2. Os diversos elementos do projeto geométrico devem ser
escolhidos de forma que a estrada possa atender aos
objetivos para os quais foi projetada, dando condições de
escoamento de tráfego que justifique o investimento feito
Elementos básicos:
Número de faixas de tráfego
Pistas
Acostamentos
Separadores centrais
Faixas para drenagem
Taludes de cortes e aterros
ELEMENTOS BÁSICOS DO PROJETO
GEOMÉTRICO
plataforma da
estrada
3. Faixa de tráfego é o espaço destinado ao fluxo de uma
corrente de veículos
Pista de rolamento é o conjunto de duas ou mais faixas de
tráfego num sentido
Largura de uma pista é a soma das larguras das faixas de
tráfego que a compõe. A largura de cada faixa deverá ser
a largura do veículo padrão acrescida de um espaço de
segurança
ELEMENTOS BÁSICOS DO PROJETO
GEOMÉTRICO
9. Um dos principais elementos que determina as
características futuras de uma rodovia é o tráfego que ela
irá suportar
O projeto geométrico de uma estrada de rodagem é
condicionado, principalmente, pelo tráfego previsto, que
permite o estabelecimento da Classe de Projeto da Rodovia
e o adequado dimensionamento de seus elementos
Um dos principais aspectos a considerar na Classificação
Técnica de Estradas é o aspecto operacional:
demanda de tráfego volume de tráfego
NOÇÕES DE TRÁFEGO
10. Volume de tráfego: é o número de veículos que passa por
uma determinada seção de estrada, num determinado
intervalo de tempo
É o principal parâmetro no estudo do tráfego. Os volumes
podem ser referidos a um ou aos dois sentidos do movimento
Volume anual: (quantidade total de veículos que passa
numa estrada durante o período de um ano), é utilizado
quando se deseja estimar a receita para a implantação de
pedágios, para determinar índice de acidentes ou estudar
as tendências de crescimento do volume para fins de
determinação do volume de tráfego da estrada no ano-
horizonte de projeto
CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DO TRÁFEGO
11. Tabela VII.3-1: Lote D. Pedro - Estimativa de volumes anuais pedageados por praça (em
milhares de veículos)
A estimativa do volume total de veículos pedageados no Lote D. Pedro para o período de concessão é
de aproximadamente 1,6 bilhão de veículos, sendo que 74% são veículos de passeio
12. Volume diário médio (VDM): (quantidade média de
veículos que passa numa seção da estrada, durante
um dia), é utilizado para avaliar a distribuição do
tráfego, medir a demanda atual da estrada,
programação de melhorias etc.
É também empregada a expressão equivalente, Volume
Médio Diário (VMD)
CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DO TRÁFEGO
13. Variações de volume: os fluxos de tráfego apresentam
variações contínuas de volume. As variações mais
importantes ocorrem em função do tempo e de maneira
cíclica
Variações horárias: refletem a variação do tráfego
durante as 24 horas do dia. A flutuação padrão apresenta
“picos” pela manhã e ao fim da tarde, coincidindo com os
horários de início e fim de expediente, nas áreas urbanas
O intervalo das 12 às 14 h também apresenta um volume
relativamente alto, mas inferior aos de pico da manhã e da
tarde
CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DO TRÁFEGO
14. Variações diárias e semanais: são variações que ocorrem
durante cada semana, conforme os dias da semana.
De maneira geral, em vias urbanas, os volumes diários
variam pouco nos dias úteis da semana, com 2ª e 6ª-feira
apresentando valores um pouco acima da média, e os
mínimos volumes ocorrem nos domingos e feriados.
Em vias rurais, geralmente, observa-se um
comportamento inverso. Normalmente, os maiores
volumes ocorrem nos fins de semana e feriados
CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DO TRÁFEGO
15. Variações mensais: ocorrem durante os meses do ano,
sendo a flutuação verificada através dos volumes
observados mensalmente
As variações são mais sensíveis nas vias rurais do que nas
urbanas, sofrendo influências sazonais decorrentes, por
exemplo, dos períodos de colheita, férias escolares etc.
Variações anuais: variações que ocorrem de ano para
ano, como uma decorrência do desenvolvimento
econômico da região, resultando no crescimento da
demanda de tráfego. São informações relativas aos
volumes anuais que podem ser utilizadas nos estudos de
projeções de tráfego para o ano-horizonte de projeto
CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DO TRÁFEGO
16. Tráfego existente (atual): é o tráfego que utiliza (ou
vai utilizar) a estrada no ano em que se faz o estudo.
Sua determinação é feita através de contagens
volumétricas ou análises estatísticas de demanda
Tráfego desviado: é o tráfego existente em outras
estradas e que passa a utilizar a estrada em questão,
no momento em que são realizados melhoramentos
ou terminada sua construção
CLASSIFICAÇÃO DO TRÁFEGO
17. Tráfego gerado: é o tráfego potencial que não existia
e que passa a existir pelo efeito do melhoramento ou
da construção, com consequente desenvolvimento
da região. Sua determinação é bastante difícil e
imprecisa e é normalmente efetuada através de
estudos econômicos
CLASSIFICAÇÃO DO TRÁFEGO
18. Leves
Pesados ou comerciais
A corrente de tráfego é composta por veículos que diferem
entre si quanto ao tamanho, peso e velocidade. Sua
composição é a medida, em porcentagem, dos diferentes tipos
de veículos
COMPOSIÇÃO DO TRÁFEGO EM UMA RODOVIA
19. Os veículos pesados, sendo
mais lentos e ocupando
maiores espaços na pista,
interferem na mobilidade
dos outros veículos,
acarretando uma
diminuição da vazão de
tráfego
Por isso, é comum adotar
um fator de equivalência e
transformar um volume
misto num volume
equivalente de carros de
passeio
COMPOSIÇÃO DO TRÁFEGO EM UMA RODOVIA
20. Com o objetivo de se conhecer o número de veículos que
passa através de um determinado ponto da estrada,
durante um certo período. Pode determinar o volume
diário médio (VDM), a composição do tráfego etc.
Serve para a avaliação do número de acidentes,
classificação de estradas e fornecer subsídios para
planejamento rodoviário, projeto geométrico de estradas,
estudos de viabilidade e projetos de construção e
conservação
CONTAGENS DE TRÁFEGO EM UMA RODOVIA
21. No DER-SP, a coleta estatística está sendo realizada nos
meses de abril, julho e outubro, obedecendo a fixação dos
dias da semana:
• (1º) Abril – 4ª e 5ª-feira
• (2º) Julho – 6ª-feira e sábado
• (3º) Outubro – domingo, 2ª e 3ª-feira
Assim, podem ser feitas projeções de tráfego para o ano-
horizonte, definidor da Classe de Projeto da Estrada
(classificação técnica), úteis para a programação de
melhorias na malha rodoviária
CONTAGENS DE TRÁFEGO EM UMA RODOVIA
22. É o número máximo de veículos que pode passar por uma
determinada seção, em uma direção ou ambas, durante a
unidade de tempo, nas condições normais de tráfego e da
via
A capacidade nunca poderá ser excedida sem que se
modifiquem as condições da via
A capacidade de uma via depende de quanto as condições
físicas e de tráfego prevalecentes distanciam-se das
condições consideradas ideais
CAPACIDADE DE TRÁFEGO
23. Largura da faixa de tráfego >= 3,60 m
Existência de acostamento e que tenha distância
lateral livre de 1,80 m, sem qualquer obstáculo que
reduza a visibilidade
Existência de canteiro central (ou separador físico)
Altura livre mínima sobre a via de 4,50 m (gabarito
vertical)
CONDIÇÕES FÍSICAS
24. Existência de faixas especiais de aceleração,
desaceleração e de retorno nos cruzamentos
Pavimento em boas condições de uso
Rampa máxima de 2%
Existência de distância de visibilidade igual ou
superior a 450 m
CONDIÇÕES FÍSICAS
25. Tráfego composto exclusivamente de veículos de
passeio
Existência de controle total de acessos à via
Fluxo contínuo, livre de interferências laterais de
veículos e pedestres
CONDIÇÕES DE TRÁFEGO
26. Definida anteriormente para condições ideais, ela dá o valor
limite do número de veículos que poderá passar por uma
dada seção
Capacidades de tráfego das diversas vias
Porém, além desse valor, devem ser consideradas as
condições de operação da via. Para medir as diversas
condições de operação, desenvolveu-se o conceito de Níveis
de Serviço
CAPACIDADE
TIPO DE VIA CAPACIDADE TEÓRICA
Via com várias faixas de tráfego 2.000 automóveis por hora e por faixa
Via com duas faixas de tráfego e
duas mãos de direção
2.800 automóveis por hora, em ambas
as direções
27. Está associado às diversas condições de operação de uma
via, quando acomoda diferentes volumes de tráfego
É uma medida qualitativa do efeito de uma série de
fatores, tangíveis e intangíveis, que para efeito prático é
estabelecido apenas em função da velocidade
desenvolvida na via e da relação entre o volume de
tráfego e a capacidade da via (V/C)
Qualquer seção de uma via pode operar em diferentes
níveis de serviço, dependendo do instante considerado
São seis os níveis de serviço classificados pelo Highway
Capacity Manual (HCM 2010)
NÍVEIS DE SERVIÇO