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Financiamento e Gestão 
DA EDUCAÇÃO NO BRASIL 
Financiamento e Gestão 
Gasto público em educação e desempenho 
escolar 
Joana Monteiro | 2014
Gasto Público em 
Educação e 
Desempenho Escolar 
Joana Monteiro 
Dezembro 2014
Motivação 
• O Brasil promoveu um avanço considerável na escolaridade da sua população nas 
duas últimas décadas. 
• A média de anos estudos da população jovem (entre 18 e 24 anos) aumentou 55% em 20 anos, 
alcançando 9 anos em 2012. 
• Entretanto, muitos problemas persistem, principalmente relacionados à qualidade do 
ensino. 
• A comparação entre 65 países com base nos resultados do PISA coloca o país como 58º no ranking de 
desempenho em matemática, 55º no de leitura, e 59º no de ciências. 
• Nesse cenário, o aumento da parcela de recursos destinados ao sistema educacional é 
uma das mudanças mais discutidas politicamente. 
• 75% dos recursos dos royalties para a educação. 
• Plano Nacional de Educação (PNE) destina 10% do PIB para educação até 2010. 
• Propostas partem do princípio que há escassez de recursos na área e que dinheiro é o 
motor da mudança.
Objetivo 
• Este estudo busca analisar se há uma associação entre aumento de gasto público em 
educação na quantidade e qualidade. Para isso, analisa-se: 
• Gasto municipal em educação e indicadores de quantidade e qualidade do ensino para a 
totalidade dos municípios brasileiros. 
• O desempenho nos anos 2000 dos municípios brasileiros produtores de petróleo 
beneficiados com royalties de petróleo.
Quais as evidências a respeito da importância de 
recursos na área de educação no Brasil? 
• Não existe evidência de que há restrição de recursos ativa na área de educação no 
Brasil. 
• Barbosa Filho e Pessoa (2010) calculam que gasto público total no ensino fundamental e 
médio representa 4% do PIB. No Chile, esse valor é 3,9% do PIB e na média da OCDE é 3,6% 
do PIB. 
• Rocha et al (2013) indica que não há escassez de recursos para a educação no Brasil e que 
há um elevado grau de desperdício. 
• Estudos apontam que não existe associação entre gasto em educação e desempenho 
escolar. 
• Amaral e Menezes-Filho (2009) mostram que não existe uma correlação entre o nível de 
gastos municipais em educação e desempenho municipal na Prova Brasil em 2005. 
• Hanushek e Kimko (2000) e Hanushek e Luque (2003) não encontram uma evidência de 
uma relação entre mais recursos para o sistema educacional e desempenho dos estudantes.
Dados e Indicadores 
• FINBRA: dados de despesa pública municipal 
• INEP: dados escolares municipais (ex: número de professores, infraestrutura escolar e notas na 
Prova Brasil). 
• Atlas de Desenvolvimento Humano: indicadores de escolaridade da população. 
• Agência Nacional de Petróleo (ANP): a produção de petróleo por municípios. 
• Indicadores de cobertura escolar: 
• a taxa de frequência líquida no fundamental. 
• o percentual de crianças de 6 a 14 anos que não frequenta a escola. 
• Indicadores de investimento em educação 
• Infraestrutura das escolas 
• Número e salário de professores 
• Indicadores de escolaridade da geração jovem: 
• Taxa de analfabetismo entre a população de 11 a 14 anos. 
• Expectativa de anos de estudo. 
• Indicadores de qualidade do ensino: 
• Percentual de crianças de 6 a 14 anos com 2 anos ou mais de atraso escolar. 
• Média municipal na Prova Brasil
Aumento de gastos está correlacionado com aumento de 
escolaridade 
• Municípios que mais aumentaram os gastos em educação foram os que mais 
aumentaram os anos de estudo de sua população 
0 2 4 6 
-4 -2 
-.5 0 .5 1 1.5 
Despesa municipal com educação (R$ mil pc, variação 2000-2010)
Aumento de gastos está correlacionado com a diminuição 
na taxa de analfabetismo da população jovem 
10 20 
-30 -20 -10 
0 
-.5 0 .5 1 1.5 
Despesa municipal com educação (R$ mil pc, variação 2000-2010)
Aumento de gastos não está correlacionado com 
maior desempenho na Prova Brasil 
0 2 4 
-2 
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Despesa com educação (R$ mil pc, variação 2005-2011)
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resultados educacionais 
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dependente: 
Taxa de 
frequência 
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ensino 
fundamental 
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fundamental com 
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Discussão 
• Embora exista uma relação entre maiores gastos e maior escolaridade, não é claro que 
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• Financiamento à educação responde a número de crianças na escola. 
• Maior gasto pode ser resultado de outras condições dos municípios: 
• Municípios mais ricos tendem a ter uma economia mais dinâmica e investir mais em 
educação. 
• Locais onde a população é mais educada prioriza mais o setor e por isso tem melhores 
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O boom de receita de royalties de petróleo 
• Houve um enorme crescimento nas receitas de royalties entre 1997 e 2010. 
• Existem duas vantagens de analisar o caso dos municípios brasileiros beneficiados 
com royalties. 
• Regra de distribuição de royalties de petróleo segue um critério geográfico e beneficia 
desproporcionalmente um pequeno grupo de 60 municípios que foram “tratados” com um 
grande volume de recursos , enquanto municípios vizinhos receberam quantidades ínfimas 
de recursos. 
• Ajuda a entender o potencial de impacto da Lei que determina que 75% da receita de 
royalties seja investida no setor educacional.
O boom de receita de royalties de petróleo 
Evolução das compensações financeiras (royalties + participações 
especiais) paga aos municípios (R$ milhão, valores reais de 2012)
A regra de distribuição de receitas de royalties 
Fonte: ANP (2001)
Exemplo da distribuição de royalties
Diferença entre gastos em educação 
2 
1 
2.5 
0 
1.5 
.5 
0 1 2 3 
Despesa com educação (R$ mil pc, 2011) 
Não Produtores Pequenos Produtores 
Grandes Produtores
O boom de receita de royalties de petróleo 
• Como resultado, ocorreram fortes aumentos de gastos municipais que foram 
em parte transferidos para a educação. 
• Efeitos estimados: 
• 15% da receita de royalties foi convertida em despesas na área de educação. 
• Os municípios produtores gastaram R$ 72 per capita a mais em educação entre 2000 e 2010 
do que os outros municípios utilizados como referência. 
• Os royalties implicaram em um aumento de 11% nas despesas com educação, que é 
equivalente a 20% da receita do FUNDEB.
Municípios produtores de petróleo são líderes em despesa 
em educação, mas não apresentam melhor desempenho 
Macaé 
Casimiro de Abreu 
Felipe Guerra 
Esplanada 
Areia Branca 
Porto do Mangue 
Governador Dix-Sept Rosado 
Alto do Rodrigues 
Serra do Mel 
Coari 
Macau 
Pendências 
Carmópolis 
Divina Pastora 
Rosário do Catete 
Siriri 
Araças 
Cairu 
Pojuca 
Anchieta 
Itapemirim 
Jaguaré 
Armação dos Búzios 
Cabo Frio 
Campos dosC Garoayptaecbauzses 
Quissamã 
Rio das Ostras 
São João da Barra 
10 
2 4 6 8 
0 1 2 3 
Despesa com educação (R$ mil pc, 2011)
Comparação de resultados na área de educação 
100 
20 40 60 80 
0 
Taxa de frequência líquida no 
ensino fundamental 
1991 2000 2010 
Não Produtores Produtores 
Maiores Produtores Intervalo de confiança 
10 20 30 40 50 
0 
% crianças com 2 ou mais anos de atraso escolar 
Porcentagem de crianças com dois ou 
mais anos de atraso escolar 
1991 2000 2010 
Não Produtores Produtores 
Maiores Produtores Intervalo de confiança
Nenhum impacto sobre aprendizado escolar 
250 
200 
150 
100 
50 
0 
2005 2011 
Não Produtores Produtores 
Maiores Produtores Intervalo de confiança 
200 
150 
100 
50 
0 
Nota municipal de português da Prova Brasil 4ª série 
2005 2011 
Não Produtores Produtores 
Maiores Produtores Intervalo de confiança
Correlação entre recebimento de royalties e 
resultados educacionais 
Variável dependente: 
Taxa de frequência 
líquida ao ensino 
fundamental 
Expectativa de anos 
de estudo 
% de crianças de 6 a 
14 anos no 
fundamental com 2 
anos ou mais de 
Taxa de 
analfabetismo da 
população de 11 a 
14 anos de idade 
(1) (2) (3) (4) 
0.159 -0.138 0.026 1.486 
(0.140) (0.348) (0.358) (1.361) 
Δ Despesa per capita com 
educação 
Dummy estado X X X X 
Observações 226 226 226 222 
R-quadrado 0.482 0.744 0.633 0.179 
Média da variável dependente 0.043 0.206 -0.282 -0.149 
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educação 
• Os resultados até aqui apresentados indicam que o aumento de gastos não resultou 
em melhoras na área de educação. Por que? 
1. Desperdício Ativo/Corrupção: O aumento de gastos em educação de fato não 
chegou às escolas e aos alunos, tendo sido desperdiçado ou desviado antes de 
atingir seus destinatários. 
2. Desperdício Passivo: Os recursos foram investidos em bens e atividades que não 
afetam o aprendizado escolar. 
3. Dificuldade de mensuração: recursos foram investidos em bens e atividades que 
não são captados pelos nossos indicadores E o desempenho escolar não é 
corretamente medido pela Prova Brasil e por todos os outros indicadores.
Como os recursos foram utilizados?
Conclusão 
• Não existe evidência de que o aumento de gastos pode ser o motor para melhorar a 
educação brasileira 
• Transformar investimentos e o aumento no tempo na escola em aprendizado é um 
desafio muito maior do que colocar crianças na escola. As estimativas mostram que, 
na média, os municípios ainda não encontraram uma receita para transformar mais 
recursos em maior aprendizado. 
• É preciso investir em entender que políticas educacionais geram resultados e a que 
custo.
O que a literatura tem apontado 
• A qualidade do professor é fundamental 
• Intervenções na infância são fundamentais pois alunos em 
desvantagem social entram na escola com menor capacidade de 
aprendizado. 
• Gestão escolar importa 
• Cultura de altas expectativas
O que a literatura tem apontado 
• A qualidade do professor tem efeitos determinantes na vida dos professores (Rockoff, 
2004; Rivkin et al, 2005; Aaronson et al., 2007; Kane and Staiger, 2008). 
• Chetty et al. (2012) estima que qualidade do professor está associada a maior 
renda futura, maior probabilidade de frequentar a faculdade, e menor change de 
ter filho durante a adolescência. 
• Como selecionar, treinar e reter bons professores? 
• Características observáveis como nota de admissão na faculdade ou titulação são 
pouco correlacionadas com qualidade dos professores (Aaronson et al., 2007; 
Rivkin et al., 2005; Kane and Staiger, 2008; Rockoff et al., 2008). 
• Programas que buscam tornar os professores mais eficientes tem pouco impacto 
sobre a qualidade dos professores (ver Boyd et al 2007 para revisão). 
• Substituir professores ruins seria muito efetivo, mas é politicamente muito difícil.
O que a literatura tem apontado 
• Entusiasmo crescente no exterior na ideia de condicionar incentivos financeiros aos 
desempenho dos alunos em testes padronizados (value-added) 
• Avaliações de impacto desses programas tem encontrado resultados ambíguos: 
• Em países em desenvolvimento onde o padrão é muito baixo, incentivos 
financeiros aos professores melhorou o aprendizado dos alunos (Duflo et al. 
2013; Glewwe et al. 2010; Muralidharan and Sundararaman 2011) 
• Nos EUA os efeitos estimados são nulos (Springer et al. 2010, Fryer 2014) 
• Por que incentivos financeiros podem não funcionar? 
• Professores não sabem como prover uma aula melhor 
• Resultados dos alunos dependem de fatores que não estão no controle dos 
professores (ex. problemas familiares, violência da comunidade). 
• Incentivos não são claros ou não são suficientes para estimular o esforço. 
• Professores podem se concentrar apenas em “ensinar para o teste”.
O que a literatura tem apontado 
• Evidência de que práticas de ensino dentro de sala de aula fazem muita 
diferença. 
• Apenas 64% do tempo da classe seja usado para transmissão de 
conteúdo, 20 pontos percentuais abaixo de padrões internacionais 
(Bruns et al, 2012) 
• Os alunos de professores que passam dever para casa, corrigem, 
explicam a matéria até os alunos entenderem, mostram para que serve o 
aprendido e indicam livros de literatura aprendem mais. (Fernandes e 
Ferraz, 2014). 
• Principais variáveis associadas à qualidade do professor são as que 
medem as práticas em sala de aula (Schady et al 2014).
Conclusão 
• Não existe uma fórmula e muitas propostas que parecem razoáveis não geram 
resultados. 
• É preciso inovar, testar e avaliar. 
• “Brasil tem padrão A+ em qualidade de dados e padrão C em termos de uso dos 
mesmos em avaliações de impacto”. (Bruns et al, 2012) 
• O debate não deve ser pautado pelo que pode e não pode em termos de ideologia e 
sim em termos das evidências sobre o que funciona no setor público. 
• Só uma coisa parece certa: mais recursos sem mudar a forma como a educação é 
provida não altera o aprendizado escolar.
Obrigada
Plano Nacional de Educação 
A HELPING HAND? TEACHER QUALITY AND LEARNING OUTCOMES IN KINDERGARTEN 
Norbert Schady, IADB 
Co-Authors: Maria Caridad Araujo, IADB; Pedro Carneiro, University College London and 
Yyannú Cruz 
Aguayo, IADB 
Achieving World-Class Education in Brazil - The Next Agenda. Barbara Bruns 
David Evans,Javier Luque 
Teacher Performance Pay: Experimental Evidence from India" 
(with Venkatesh Sundararaman), Journal of Political Economy, 2011, Vol. 119, No. 1, pp. 
39-77

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Análise do impacto do gasto público em educação no Brasil

  • 1. Financiamento e Gestão DA EDUCAÇÃO NO BRASIL Financiamento e Gestão Gasto público em educação e desempenho escolar Joana Monteiro | 2014
  • 2. Gasto Público em Educação e Desempenho Escolar Joana Monteiro Dezembro 2014
  • 3. Motivação • O Brasil promoveu um avanço considerável na escolaridade da sua população nas duas últimas décadas. • A média de anos estudos da população jovem (entre 18 e 24 anos) aumentou 55% em 20 anos, alcançando 9 anos em 2012. • Entretanto, muitos problemas persistem, principalmente relacionados à qualidade do ensino. • A comparação entre 65 países com base nos resultados do PISA coloca o país como 58º no ranking de desempenho em matemática, 55º no de leitura, e 59º no de ciências. • Nesse cenário, o aumento da parcela de recursos destinados ao sistema educacional é uma das mudanças mais discutidas politicamente. • 75% dos recursos dos royalties para a educação. • Plano Nacional de Educação (PNE) destina 10% do PIB para educação até 2010. • Propostas partem do princípio que há escassez de recursos na área e que dinheiro é o motor da mudança.
  • 4. Objetivo • Este estudo busca analisar se há uma associação entre aumento de gasto público em educação na quantidade e qualidade. Para isso, analisa-se: • Gasto municipal em educação e indicadores de quantidade e qualidade do ensino para a totalidade dos municípios brasileiros. • O desempenho nos anos 2000 dos municípios brasileiros produtores de petróleo beneficiados com royalties de petróleo.
  • 5. Quais as evidências a respeito da importância de recursos na área de educação no Brasil? • Não existe evidência de que há restrição de recursos ativa na área de educação no Brasil. • Barbosa Filho e Pessoa (2010) calculam que gasto público total no ensino fundamental e médio representa 4% do PIB. No Chile, esse valor é 3,9% do PIB e na média da OCDE é 3,6% do PIB. • Rocha et al (2013) indica que não há escassez de recursos para a educação no Brasil e que há um elevado grau de desperdício. • Estudos apontam que não existe associação entre gasto em educação e desempenho escolar. • Amaral e Menezes-Filho (2009) mostram que não existe uma correlação entre o nível de gastos municipais em educação e desempenho municipal na Prova Brasil em 2005. • Hanushek e Kimko (2000) e Hanushek e Luque (2003) não encontram uma evidência de uma relação entre mais recursos para o sistema educacional e desempenho dos estudantes.
  • 6. Dados e Indicadores • FINBRA: dados de despesa pública municipal • INEP: dados escolares municipais (ex: número de professores, infraestrutura escolar e notas na Prova Brasil). • Atlas de Desenvolvimento Humano: indicadores de escolaridade da população. • Agência Nacional de Petróleo (ANP): a produção de petróleo por municípios. • Indicadores de cobertura escolar: • a taxa de frequência líquida no fundamental. • o percentual de crianças de 6 a 14 anos que não frequenta a escola. • Indicadores de investimento em educação • Infraestrutura das escolas • Número e salário de professores • Indicadores de escolaridade da geração jovem: • Taxa de analfabetismo entre a população de 11 a 14 anos. • Expectativa de anos de estudo. • Indicadores de qualidade do ensino: • Percentual de crianças de 6 a 14 anos com 2 anos ou mais de atraso escolar. • Média municipal na Prova Brasil
  • 7. Aumento de gastos está correlacionado com aumento de escolaridade • Municípios que mais aumentaram os gastos em educação foram os que mais aumentaram os anos de estudo de sua população 0 2 4 6 -4 -2 -.5 0 .5 1 1.5 Despesa municipal com educação (R$ mil pc, variação 2000-2010)
  • 8. Aumento de gastos está correlacionado com a diminuição na taxa de analfabetismo da população jovem 10 20 -30 -20 -10 0 -.5 0 .5 1 1.5 Despesa municipal com educação (R$ mil pc, variação 2000-2010)
  • 9. Aumento de gastos não está correlacionado com maior desempenho na Prova Brasil 0 2 4 -2 -.5 0 .5 1 Despesa com educação (R$ mil pc, variação 2005-2011)
  • 11. Correlação entre despesa em educação e resultados educacionais Variável dependente: Taxa de frequência líquida ao ensino fundamental Expectativa de anos de estudo % de crianças de 6 a 14 anos no fundamental com 2 anos ou mais de atraso idade-série Taxa de analfabetismo da população de 11 a 14 anos de idade (1) (2) (3) (4) 0.054 0.143 -0.360 0.015 (0.018)*** (0.025)*** (0.126)*** (0.131) Δ Despesa per capita com Dummy estado X X X X Observações 4,155 4,155 4,155 3,747 R-quadrado 0.064 0.587 0.245 0.137 Média da variável dependente 0.044 0.177 -0.135 -0.121 Efeito médio 0.01 0.03 -0.09 0.00
  • 12. Discussão • Embora exista uma relação entre maiores gastos e maior escolaridade, não é claro que foi a disponibilidade de dinheiro que puxou a mudança. • Financiamento à educação responde a número de crianças na escola. • Maior gasto pode ser resultado de outras condições dos municípios: • Municípios mais ricos tendem a ter uma economia mais dinâmica e investir mais em educação. • Locais onde a população é mais educada prioriza mais o setor e por isso tem melhores ganhos educacionais e aloca mais recursos a área. • Prefeito que prioriza o setor busca iniciativas para reter crianças nas escolas e aplica mais recursos na área.
  • 13. O boom de receita de royalties de petróleo • Houve um enorme crescimento nas receitas de royalties entre 1997 e 2010. • Existem duas vantagens de analisar o caso dos municípios brasileiros beneficiados com royalties. • Regra de distribuição de royalties de petróleo segue um critério geográfico e beneficia desproporcionalmente um pequeno grupo de 60 municípios que foram “tratados” com um grande volume de recursos , enquanto municípios vizinhos receberam quantidades ínfimas de recursos. • Ajuda a entender o potencial de impacto da Lei que determina que 75% da receita de royalties seja investida no setor educacional.
  • 14. O boom de receita de royalties de petróleo Evolução das compensações financeiras (royalties + participações especiais) paga aos municípios (R$ milhão, valores reais de 2012)
  • 15. A regra de distribuição de receitas de royalties Fonte: ANP (2001)
  • 17. Diferença entre gastos em educação 2 1 2.5 0 1.5 .5 0 1 2 3 Despesa com educação (R$ mil pc, 2011) Não Produtores Pequenos Produtores Grandes Produtores
  • 18. O boom de receita de royalties de petróleo • Como resultado, ocorreram fortes aumentos de gastos municipais que foram em parte transferidos para a educação. • Efeitos estimados: • 15% da receita de royalties foi convertida em despesas na área de educação. • Os municípios produtores gastaram R$ 72 per capita a mais em educação entre 2000 e 2010 do que os outros municípios utilizados como referência. • Os royalties implicaram em um aumento de 11% nas despesas com educação, que é equivalente a 20% da receita do FUNDEB.
  • 19. Municípios produtores de petróleo são líderes em despesa em educação, mas não apresentam melhor desempenho Macaé Casimiro de Abreu Felipe Guerra Esplanada Areia Branca Porto do Mangue Governador Dix-Sept Rosado Alto do Rodrigues Serra do Mel Coari Macau Pendências Carmópolis Divina Pastora Rosário do Catete Siriri Araças Cairu Pojuca Anchieta Itapemirim Jaguaré Armação dos Búzios Cabo Frio Campos dosC Garoayptaecbauzses Quissamã Rio das Ostras São João da Barra 10 2 4 6 8 0 1 2 3 Despesa com educação (R$ mil pc, 2011)
  • 20. Comparação de resultados na área de educação 100 20 40 60 80 0 Taxa de frequência líquida no ensino fundamental 1991 2000 2010 Não Produtores Produtores Maiores Produtores Intervalo de confiança 10 20 30 40 50 0 % crianças com 2 ou mais anos de atraso escolar Porcentagem de crianças com dois ou mais anos de atraso escolar 1991 2000 2010 Não Produtores Produtores Maiores Produtores Intervalo de confiança
  • 21. Nenhum impacto sobre aprendizado escolar 250 200 150 100 50 0 2005 2011 Não Produtores Produtores Maiores Produtores Intervalo de confiança 200 150 100 50 0 Nota municipal de português da Prova Brasil 4ª série 2005 2011 Não Produtores Produtores Maiores Produtores Intervalo de confiança
  • 22. Correlação entre recebimento de royalties e resultados educacionais Variável dependente: Taxa de frequência líquida ao ensino fundamental Expectativa de anos de estudo % de crianças de 6 a 14 anos no fundamental com 2 anos ou mais de Taxa de analfabetismo da população de 11 a 14 anos de idade (1) (2) (3) (4) 0.159 -0.138 0.026 1.486 (0.140) (0.348) (0.358) (1.361) Δ Despesa per capita com educação Dummy estado X X X X Observações 226 226 226 222 R-quadrado 0.482 0.744 0.633 0.179 Média da variável dependente 0.043 0.206 -0.282 -0.149 Teste F 7.929 7.929 7.929 7.780
  • 23. Resultados: impactos sobre a qualidade da educação • Os resultados até aqui apresentados indicam que o aumento de gastos não resultou em melhoras na área de educação. Por que? 1. Desperdício Ativo/Corrupção: O aumento de gastos em educação de fato não chegou às escolas e aos alunos, tendo sido desperdiçado ou desviado antes de atingir seus destinatários. 2. Desperdício Passivo: Os recursos foram investidos em bens e atividades que não afetam o aprendizado escolar. 3. Dificuldade de mensuração: recursos foram investidos em bens e atividades que não são captados pelos nossos indicadores E o desempenho escolar não é corretamente medido pela Prova Brasil e por todos os outros indicadores.
  • 24. Como os recursos foram utilizados?
  • 25. Conclusão • Não existe evidência de que o aumento de gastos pode ser o motor para melhorar a educação brasileira • Transformar investimentos e o aumento no tempo na escola em aprendizado é um desafio muito maior do que colocar crianças na escola. As estimativas mostram que, na média, os municípios ainda não encontraram uma receita para transformar mais recursos em maior aprendizado. • É preciso investir em entender que políticas educacionais geram resultados e a que custo.
  • 26. O que a literatura tem apontado • A qualidade do professor é fundamental • Intervenções na infância são fundamentais pois alunos em desvantagem social entram na escola com menor capacidade de aprendizado. • Gestão escolar importa • Cultura de altas expectativas
  • 27. O que a literatura tem apontado • A qualidade do professor tem efeitos determinantes na vida dos professores (Rockoff, 2004; Rivkin et al, 2005; Aaronson et al., 2007; Kane and Staiger, 2008). • Chetty et al. (2012) estima que qualidade do professor está associada a maior renda futura, maior probabilidade de frequentar a faculdade, e menor change de ter filho durante a adolescência. • Como selecionar, treinar e reter bons professores? • Características observáveis como nota de admissão na faculdade ou titulação são pouco correlacionadas com qualidade dos professores (Aaronson et al., 2007; Rivkin et al., 2005; Kane and Staiger, 2008; Rockoff et al., 2008). • Programas que buscam tornar os professores mais eficientes tem pouco impacto sobre a qualidade dos professores (ver Boyd et al 2007 para revisão). • Substituir professores ruins seria muito efetivo, mas é politicamente muito difícil.
  • 28. O que a literatura tem apontado • Entusiasmo crescente no exterior na ideia de condicionar incentivos financeiros aos desempenho dos alunos em testes padronizados (value-added) • Avaliações de impacto desses programas tem encontrado resultados ambíguos: • Em países em desenvolvimento onde o padrão é muito baixo, incentivos financeiros aos professores melhorou o aprendizado dos alunos (Duflo et al. 2013; Glewwe et al. 2010; Muralidharan and Sundararaman 2011) • Nos EUA os efeitos estimados são nulos (Springer et al. 2010, Fryer 2014) • Por que incentivos financeiros podem não funcionar? • Professores não sabem como prover uma aula melhor • Resultados dos alunos dependem de fatores que não estão no controle dos professores (ex. problemas familiares, violência da comunidade). • Incentivos não são claros ou não são suficientes para estimular o esforço. • Professores podem se concentrar apenas em “ensinar para o teste”.
  • 29. O que a literatura tem apontado • Evidência de que práticas de ensino dentro de sala de aula fazem muita diferença. • Apenas 64% do tempo da classe seja usado para transmissão de conteúdo, 20 pontos percentuais abaixo de padrões internacionais (Bruns et al, 2012) • Os alunos de professores que passam dever para casa, corrigem, explicam a matéria até os alunos entenderem, mostram para que serve o aprendido e indicam livros de literatura aprendem mais. (Fernandes e Ferraz, 2014). • Principais variáveis associadas à qualidade do professor são as que medem as práticas em sala de aula (Schady et al 2014).
  • 30. Conclusão • Não existe uma fórmula e muitas propostas que parecem razoáveis não geram resultados. • É preciso inovar, testar e avaliar. • “Brasil tem padrão A+ em qualidade de dados e padrão C em termos de uso dos mesmos em avaliações de impacto”. (Bruns et al, 2012) • O debate não deve ser pautado pelo que pode e não pode em termos de ideologia e sim em termos das evidências sobre o que funciona no setor público. • Só uma coisa parece certa: mais recursos sem mudar a forma como a educação é provida não altera o aprendizado escolar.
  • 32. Plano Nacional de Educação A HELPING HAND? TEACHER QUALITY AND LEARNING OUTCOMES IN KINDERGARTEN Norbert Schady, IADB Co-Authors: Maria Caridad Araujo, IADB; Pedro Carneiro, University College London and Yyannú Cruz Aguayo, IADB Achieving World-Class Education in Brazil - The Next Agenda. Barbara Bruns David Evans,Javier Luque Teacher Performance Pay: Experimental Evidence from India" (with Venkatesh Sundararaman), Journal of Political Economy, 2011, Vol. 119, No. 1, pp. 39-77