O documento resume as discussões de uma plenária da Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (FEAB) sobre análise de conjuntura e questão agrária e formação em gênero. Escolas de agronomia de todo o país participaram e debateram temas como o neoliberalismo, o papel do PT no governo, a luta contra a opressão de gênero e sexualidade, e os desafios de levar esses debates para as comunidades rurais.
Plataforma FEAB discute gênero e conjuntura agrária
1. Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil - FEAB
Coordenação Nacional 2012-2013 Cruz Das Almas/BA - UFRB
E-mail: cnfeab@yahoo.com.br
PLENÁRIA DE SUPERINTENDÊNCIAS
UFRRJ – Seropédica-RJ, Outubro de 2012.
GRADE:
ESCOLAS PRESENTES:
Santa Maria (Coordenação Regional 1); Belém (CO ERA Norte); Crato (CO ERA
Nordeste); Viçosa (Coordenação Regional 3); Juazeiro (NTP de Agroecologia),
Florianópolis (Coordenação Regional 2); Cuiabá (Coordenação Regional 4); Aracaju
(Coordenação Regional 8); Diamantina (NTP de Gênero e Sexualidade); Piracicaba (NTP
de RI); Frederico Westphalen (NTP de Agroecologia); Ilha Solteira (NTP de História e
Comunicação); Jaboticabal (Coordenação Regional 7); Pelotas; Seropédica (CO EREA
Sudeste); Campos (CO 56º CONEA) e Cruz das Almas (Coordenação Nacional).
2. RELATORIAS DOS ESPAÇOS:
1- Análise de Conjuntura e Questão Agrária – Joba (MST/RJ)
De 1990 a 2002 foi um período que para a esquerda se caracterizou como um
período de avanço do neoliberalismo, com privatizações, abertura econômica para o
capital internacional e desmonte do Estado Nacional. Isso muda o cenário brasileiro
que acaba tornando vulneráveis os sindicatos, que hoje apresenta poucas lutas
unificadas. O BNDS era o arcabouço das grandes privatizações no Brasil no período de
avalancha neoliberal no Brasil, incentivando as privatizações, além de colocar os bens
do povo à venda.
Na universidade houve grandes prejuízos por conta do que representou uma
geração de dez anos de formados num período com pouca ou nenhuma experiência de
organização e luta, fortalecendo o debate da neutralidade da ciência e da educação
que nega a luta de classes existente na sociedade.
Foi um período marcado por grande repressão aos movimentos sociais, onde o
estado queria “limpar as barreiras” para a implantação do neoliberalismo, então os
movimentos do campo que apresentavam resistência no período FHC foram
extremamente criminalizados, “satanizados”, captado e praticamente aniquilado. Todo
esse processo neoliberal foi dirigido para a elite, representada politicamente pelo
PSDB e DEM que representavam setores econômicos que facilitavam a inserção das
empresas transnacionais no Brasil. No campo o agronegócio representava o avanço
capitalista, havendo representações tanto do setor Nacional quanto do setor
Internacional.
Nesse período a análise, quase consensual, da esquerda brasileira era que
precisávamos de um instrumento que aglutinasse todos os ramos, um partido, seja o
modelo convencional que dispute eleições, seja um novo. No período o partido que
representava isso era o PT, que servia como referencia de instrumento político de
esquerda que aglutinava todos. A partir de 1989, este faz uma leitura que o
importante era a vitória para o governo, perdendo de vista o horizonte do poder.
A vitória do PT nas eleições de 2002 é a concretização de um processo onde o Partido
dos Trabalhadores explorando as contradições da burguesia interna, entra num
processo de aliança com setores da burguesia interna arrastando os setores da
indústria e do agronegócio nacional a fazerem essa aliança com o PT, o que ficou
representado pela presença do Industrial José de Alencar como candidato à vice-
presidência na mesma chapa que o sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva.
Por tanto, a composição do executivo foi uma coalisão de forças, não
representando um governo de esquerda. Nesse período houve uma disputa pelo
governo e os setores burgueses numa tentativa de fragmentar a esquerda brasileira.
Na movimentação desse governo a esquerda nunca comandou o Pais, ficando a cargo
da burguesia industrial que utiliza o BNDS para fortalecer esse setor industrial
nacional, que muda o eixo do mercado brasileiro para atender não somente os Estados
Unidos, mas também, países europeus, africanos e asiáticos. Outra manobra
econômica utilizada foi aumentar os impostos, reduzir as taxas de energia, construção
de grandes hidroelétricas para fortalecer as indústrias. No desenvolvimento desse
governo de composição de forças aumentaram-se as contradições com o governo à
3. medida que se percebe que não há projetos para os setores dos movimentos sociais,
igrejas etc. Mesmo após o PT chegar ao governo os movimentos sociais continuam a
ser o setor que ganha menos benefícios, e continuam sendo criminalizados, agora
através do judiciário e principalmente pela mídia. Isso tudo leva ao descontentamento
e questionamento da esquerda brasileira. No governo em que todos ganha, mas não
há mudanças estruturais, e hoje a esquerda não tem força social para dirigir as
mudanças, gerando cada vez mais contradições na sociedade. O que esta em disputa
para o próximo período é a chamada nova classe media. Para disputar o povo
brasileiro é necessário utilizar novas leituras, para não ser entendido como os
atrasados que lutam por “pautas atrasadas” como reforma agraria. O agronegócio
conquista corações e mentes e é o nosso grande inimigo no campo, mas apresentam
contradições como trabalho escravo, exploração e domínio econômico sobre os
camponeses.
Nesse processo chamado por parte da esquerda de neodesenvolvimentismo o
governo não rompe com o modelo neoliberal e trabalha a inclusão social com políticas
momentâneas, pontuais e assistencialistas como bolsa família, minha casa minha vida,
PAA, PNAE, que não é a solução para o problema existente na sociedade, mas que
melhora as condições de vida da classe trabalhadora, aumentando ainda mais as
contradições existentes. Ficando como desafio para a esquerda brasileira pensar a
melhor forma de explorar essas contradições canalizando para o processo de
acirramento da luta de classes.
No campo o Brasil continua exercendo seu papel na divisão internacional do
trabalho, que de produzir e exportar matéria prima, tradicionalmente a produção de
commodities agrícola. Nesse período de crise econômica a saída encontrada pelo
capitalismo foi transformar o capital internacional fictício em compras de territórios na
África e América Latina, remodelando seu projeto capitalista no campo.
2- Formação em Gênero – Mari (Ex-feabenta e militante da diversidade sexual)
O espaço iniciou-se com uma rodada de apresentações de nomes e status de
relacionamentos associando com uma dinâmica logo em seguida. A dinâmica consistiu
em cada pessoa contar quantos homens e quantas mulheres estavam presentes na
sala, anotar em um papel e depois confrontar os números entre tod@s. O resultado
apresentado foi o mesmo e a partir disso a Mari inicia o debate sobre o que é ter
características de mulher ou de homem e como se dá essa construção na sociedade,
mostrando que a percepção do feminino e do masculino e de como esses sexos devem
se comportar e se relacionar é algo que nos foi introduzido e naturalizado, ou seja, o
sexo faz referência às características anatômicas e o gênero refere-se ao
comportamento de cada sexo e é social e historicamente construído.
A construção dos gêneros é decorrente da sociedade patriarcal em que
vivemos, que apesar de ser anterior ao Capitalismo não era universal e foi generalizada
tornando-se fator estruturante para o Capital. O patriarcado surgiu quando foi criada a
propriedade privada, onde os homens detinham os bens e o poder, gerando
hierarquização e dominação sob a mulher, vista como propriedade de procriação.
Assim, o patriarcado estabeleceu duas possibilidades de gênero que delimitam a
liberdade dos nossos corpos e escolhas, por conta da construção cultural que sofrem, e
4. que são caracterizados como opostos, mas complementares para o sistema capitalista.
Então temos construído o homem padrão, que é violento, agressivo, forte e sábio, que
ocupa os espaços públicos e de poder e que precisam ser “Homem de verdade”. E de
outro lado a mulher padrão, que é delicada, frágil, cuidadosa, submissa, que ocupa os
espaços reservados e que precisa estar “protegida”. Da mesma forma a sexualidade foi
padronizada e criada a heteronormatividade, onde cada gênero deve se interessar pelo
gênero oposto.
Os indivíduos que não correspondem às tais padronizações são inferiorizados e
oprimidos, pois para uma sociedade patriarcal e capitalista é preciso procriar, produzir
mão-de- obra e consumir. E além de ser dividido, o gênero é hierarquizado, onde
temos a formulação da divisão sexual do trabalho e do machismo. Historicamente são
os homens que ocupam os espaços de poder e a esfera do trabalho e as mulheres que
ficam encarregadas pelos cuidados com a casa e os filhos e limitadas ao espaço
privado. E mesmo com o avanço das mulheres no espaço público e das conquistas por
direitos, a dominação do homem sob a mulher ainda é um fator atual e que impede a
autonomia sob seus corpos. Os casos de violência sexual e física contra mulheres são
números elevados no Brasil e em todo mundo, onde a cada 24h uma mulher é
violentada no país. Debater essa questão e como enfrentá-la é uma tarefa
indissociável da militância na luta contra as opressões.
Em 2006 entrou em vigor a Lei Maria da Penha como lei de direitos humanos,
fruto da luta de mulheres que se organizam contra o sistema que as violenta e oprime,
e leva este nome em homenagem à uma jovem mulher que lutou contra seu agressor
para puni-lo. A Lei propõe coibir e punir as ações de violência praticada contra
mulheres, mas ela sozinha não muda a situação de violência por isso é preciso ter
políticas de apoio e prevenção. O que acontece com o quadro de algumas Leis, como a
‘Maria da Penha’, que temos hoje no Brasil é sua incapacidade de criar costumes e de,
simplesmente, funcionar. A falta de incentivo do próprio poder público e de auxílio às
mulheres violentadas, muitas vezes acaba gerando a retirada da acusação por conta da
mulher estar desamparada socialmente e não conseguir se desvincular do agressor
quando no caso é seu companheiro. Nestes casos, é muito difícil para a mulher buscar
ajuda, porque ela não tem de fato uma garantia que a assegure. Quem hoje vai preso
no país são presos políticos, como ladrão, traficante e estuprador. No caso da mulher
violentada que faz a denúncia e o agressor não é preso, quem acaba por se aprisionar
é a própria mulher, que precisa manter-se escondida daquele que a violentou. Além
disso, o discurso da criação de leis acaba sendo de diminuir a impunidade dos
opressores, mas não cumpre com o papel da transformação da consciência e da forma
de pensar destes agressores. Nosso sistema penitenciário, o aparato repressor e o
judiciário não influenciam na rediscussão do modo de viver e sobre a contradição
cotidiana das opressões.
A opressão às mulheres homossexuais é também um ponto a ser discutido, é
cada vez maior o número de lésbicas que são violentadas dentro da nossa sociedade
que foi culturalmente ensinada dentro da heternormatividade que a imagem da
mulher é atribuída à reprodução e tem seu sexo a domínio do homem. Muitas vezes é
usado o discurso machista de “ensinar” à mulher homossexual sua sexualidade e estas
mulheres além de espancadas são violentadas sexualmente. A lei Maria da Penha
ainda precisa avançar para assegurar os casos de violência homofóbica contra a
5. mulher, como já tem avançado nos casos de violência entre parceiras lésbicas, em que
já houve punição para este caso no país.
O debate em torno do feminismo e da organização de mulheres na luta por
seus direitos e contra todas as formas de opressão e violência contra a mulher tem
sido pautado pela Via Campesina, onde há uma importante forma de articulação e
diálogo para nossa Federação. O conhecimento dos direitos das mulheres precisa
atingir todos os espaços para que mais e mais mulheres sejam libertadas das
opressões, daí a importância de as organizações que abraçam esta pauta e dos grupos
feministas estarem sempre dialogando e procurando formas de trazer para o dia-a-dia
da sociedade o reconhecimento da defesa da mulher.
Um pilar para a desconstrução do machismo e da opressão contra a mulher é a
desconstrução da própria masculinidade do homem na sociedade, como os costumes
de seu comportamento quanto àquelas características que foram atribuídas ao
“machão”, o “homem de verdade”. É preciso problematizar o papel do homem na
perspectiva do patriarcado, fazendo com que ele se reconheça como agente que
carrega a figura do opressor. A naturalização do comportamento machista é um fator
presente no dia-a-dia e no comportamento do homem e da mulher, por isso é um
grande desafio tanto para o homem se reconhecer quanto opressor como para a
mulher perceber-se como oprimida. Daí a importância dos espaços de auto-
organização das mulheres, que é o momento em que a mulher pode dialogar com
companheiras e compartilhar suas experiências, se ajudando a perceber as formas de
opressão e como combatê-las. A auto-organização das mulheres surge a partir de uma
real necessidade dentro dos espaços.
DEBATE:
Destaque à importância dos espaços de auto-organização das mulheres da
FEAB também para além do CONEA, é preciso incentivar e estar trabalhando
constantemente nas Escolas a pauta de gênero.
É de fato um avanço muito grande e necessário os homens estarem
descontruindo sua masculinidade e se sentindo mais mulher, se colocando no lugar
delas para entender a opressão existente. Nos espaços da FEAB não é diferente e
temos um grande desafio, mesmo entre os avanços que já temos na Federação,
trazendo pra debate também a questão da sexualidade.
Precisamos perceber a dificuldade de se trabalhar com essas questões com os
camponeses e comunidades tradicionais, onde é um assunto mais delicado. Temos o
desafio de entender e saber como discutir.
Experiências com terreiros também devem ser acompanhadas e levadas em
conta nos estudos feministas, pois é uma cultura considerada matriarcal onde a
imagem da mulher tem outra perspectiva comparando com a sociedade patriarcal,
inclusive os homens que praticam o candomblé são vistos pela sociedade como
homossexuais por conta da figura da mulher, a “mãe do terreiro”, ser bastante forte.
* Foram apresentados dois vídeos sobre desconstrução da masculinidade com relatos
de organizações de homens que discutem o feminismo e o combate às opressões de
gênero.
6. 3- Movimento Estudantil Geral e Juventude
- Carla Bueno Flufo (Ex-Feabenta e Coordenação Nacional do Levante Popular da
Juventude):
O maior desafio que encontramos hoje ao debater juventude não é conceitua-
la, mas sim fazer uma leitura e entende-la. Existem diferentes conceitos sociológicos
para juventude.
O que se tem de projeto hoje para a juventude:
A juventude é estratégica para o capitalismo. É uma possibilidade de mão de
obra barata, atacada com grande incentivo da mídia para o consumo exacerbado, etc.
e essas características que são ensinadas à juventude contribuem com a manutenção
do atual sistema. Já a juventude da classe trabalhadora, além de cumprir com esse
papel de sustentação do sistema, é jovem, negra e pobre que estão sendo
exterminados porque vivem a margem do sistema.
Ao longo da nossa historia, em todas as revoluções que aconteceram em nível
mundial a juventude teve um papel crucial, como na revolução Cubana, Sandinista e
Bolivariana, que ainda esta em curso, onde existe um ministério da juventude popular.
Na Venezuela, todos os jovens tem acesso à educação de ensino superior, o que
mostra a importância da juventude dentro de um processo revolucionário. Ela e o
fermento principal dentro da construção de uma nova sociedade.
Hoje a cada 10 jovens estudantes, 07 são trabalhadores. Isso nos coloca um
desafio: Como nos acumulamos forças partir desse sujeito que também é trabalhador
(a)? E qual e a possibilidade desse jovem trabalhador acompanhar a dinâmica da
militância do movimento estudantil?
No Brasil existem 51 milhões de jovens, o que equivale a 27% da população
nacional, sendo que apenas 5,4 milhões, ou seja, 15% são estudantes do ensino
superior. Isso mostra que temos 15% de jovens para organizar dentro da universidade,
mas os outros 85% não estão dentro dela. Desses 15% de jovens que estão no ensino
superior, apenas 23% estão em universidades publicas e 77% estão nas instituições
particulares.
De 10 anos para cá, o acesso ao nível superior público aumentou em 70%, fruto
da política de expansão de vagas do governo federal (REUNI e PROUNI). Estes
programas, mesmo com suas muitas contradições, estão abrindo a possibilidade de
mais jovens terem acesso ao ensino publico, e agora, com a aprovação das cotas,
teremos uma grande mudança no quadro da universidade.
Se enxergarmos que a FEAB tem o desafio de organizar os estudantes de
agronomia dentro das universidades, e que isso possibilita que o jovem esteja em
movimento, que se sinta parte e sujeito da transformação, e que tenha pelo menos a
opção de escolha, etc. é preciso construir, além de manter a formação de militantes e
quadros, uma política de massa que seja capaz de dialogar e organizar todos os
estudantes. Os centros acadêmicos são muito importantes para fazer essa ponte, o
dialogo, a via institucional e eleitoral são ferramentas importantes para essa política
de massa e esses espaços precisam ser disputados pela FEAB.
A UNE é a entidade de representação dos estudantes do Brasil. Querendo ou
não querendo é ela quem nos representa, é essa entidade que aparece no imaginário
do povo quando se fala em Movimento Estudantil. Enquanto FEAB, precisamos nos
7. sentir parte disso. As politicas tocadas na UNE serão as que vivenciaremos em nossas
Universidades. Precisamos considerar a nossa historia, e a UNE é um espaço histórico
de organização dos estudantes. É importante a Federação se fazer presente nos
espaços da UNE e disputá-la. Dentro da FEAB nós trabalhamos apenas um pedacinho
do movimento estudantil, e é dentro da UNE o espaço que podemos congregar todos
os estudantes e somar forças, articular para fazer luta de massa e poder mudar a
conjuntura. Hoje no Brasil, o poder do estado, da mídia, do dinheiro está com a
burguesia, suas forças são elas. A classe trabalhadora encontra sua força na massa,
com o povo em movimento. A tarefa histórica da FEAB neste momento é acumular
força para a construção do socialismo e organizar o máximo de estudantes que puder.
- Carol (Diretora da UNE pela Oposição de Esquerda):
A juventude tem diversas formas de organização, no nosso caso, que estamos
na universidade, é através do movimento estudantil. O movimento estudantil tem a
tarefa de não apenas debater as lutas coorporativas, mas também sobre a formação
do profissional que está dentro desta instituição, e sua relação como sujeito
transformador da sociedade.
As políticas públicas de expansão e de cotas evidencia o fato positivo de que a
classe trabalhadora esta entrando na universidade, mas tem muita dificuldade para se
manter dentro dessa universidade, sua formação torna-se desqualificada, sem
assistência estudantil, devido aos cortes do governo para as verbas da educação
superior.
São boas as experiências do movimento estudantil para as lutas fora da
universidade pela aproximação e articulação com os movimentos sociais populares.
Hoje, a maioria dos estudantes não se sente representados pela UNE. A estrutura e a
organicidade da entidade se tornaram burocratizadas e ainda não se da de forma
totalmente horizontal. Um dos desafios da oposição de esquerda da UNE é como
criamos uma nova maneira de aproximar os estudantes frente aos espaços não muito
atraentes da entidade. É preciso aproximar estes estudantes e pelas pautas mais
comuns, pelas contradições mais latentes que a principio podem parecer puramente
luta corporativa, mas que deve ser o inicio de um processo de conscientização e
entendimento, por parte destes estudantes, de que a luta do movimento estudantil
está para além de pautas coorporativas. A luta coorporativa é um meio e não um fim.
Juntos/as, precisamos pensar em uma alternativa de construção de um espaço
menos burocratizado, congressos onde os estudantes se sintam a vontade de
participar, colocar a UNE de volta nas ruas, uma nova forma de fazer política dentro da
entidade. O capitalismo só vem se fortalecendo e a UNE é um instrumento importante
para a organização dos estudantes, pensando as práticas da nova cultura que
queremos construir.
DEBATE:
Coloca-se que o debate e deliberações da bandeira de ME Geral, a respeito da
UNE no último CONEA foi descuidada para com este assunto, sendo que precisávamos
de maior tempo para amadurecer a ideia de a Federação estar retornando aos espaços
da UNE, isso gerou um atropelamento e uma conclusão precoce de que a FEAB deve
8. estar participando dos espaços da UNE novamente. (leitura da carta do coletivo Mais
Vale o que Será)
Por outro lado, existem opiniões de que o congresso trouxe bons elementos
para a discussão e a federação deve voltar a participar dos espaços da UNE, para
pensar a melhor forma de se inserir e construir a UNE.
Existem divergências neste debate sobre a disputa da UNE. Os apontamentos
contra a entidade são pela estrutura burocratizada, problemas de direção da UNE que
está aparelhada pelo governo, não contempla nossas bandeiras de luta, a construção
do socialismo e não transparece a luta dos estudantes na rua.
As características positivas fazem a leitura de que a UNE tem a capacidade de
representação da massa estudantil e é um espaço importante de ser disputado, tendo
em vista de que as políticas atuais da UNE não contemplam a forma de fazer política
da Federação e deve-se tentar mudar este quadro e assim criar uma nova política que
seja diferente desta direção atual. As considerações dos congressos e a própria
entidade são de esquerda e isso não pode ser desconsiderado. É preciso ser debatido,
avaliar a partir da nossa participação nos espaços.
4- Descriminalização das Drogas – Renato Cinco (Marcha da Maconha/RJ) e
Fábio Ferraz (FEAB – Floripa/SC)
Inicialmente foi colocado pelos palestrantes um pouco do histórico da
criminalização das drogas, deixando claro que o grande foco inicial sempre foi a igreja
na sua tentativa que caçar outras religiões e etnias que faziam uso de outras
substâncias para fins espirituais. Assim foi com os árabes, os negros e os índios e
muitos outros. A forte catequização mundial por parte da igreja católica ficando visível
principalmente no período da inquisição onde homens e mulheres eram caçados como
animais e queimados na fogueira devido a divergências espirituais e crenças distintas
da igreja.
Após uma breve análise da igreja fomos adentrando nas questões econômicas e
culturais focando principalmente na proibição da cannabis sativa, popularmente
conhecida como maconha. Contrário ao que muitos acreditam, a primeira proibição no
mundo sobre a maconha se deu particularmente no Brasil em meados do séc XVIII
porém, sem grandes repercussões internacionais.
Os EUA, para variar foi foco indissociável da discussão devido sua guerra contra
as drogas e a grande perseguição étnica presente na criminalização de substâncias
neste país norte americano. Proibição do ópio devido ao consumo pelos imigrantes
chineses, proibição da cocaína devido ao uso pelos imigrantes negros que trabalhavam
em docas em New Orleans e a proibição da maconha devido ao uso dos imigrantes
mexicanos.
Já por volta de 1920 foi proibido nos EUA o uso do álcool que deu origem ao
forte crime organizado, gerenciado pelo grande mafioso Alcapone. Os EUA vendo a
incapacidade em controlar o uso do álcool acabou por legalizar novamente o álcool em
1937. Porém todo um aparato policial foi criado para recriminar o comércio ilegal,
aparato este que ficou de mãos vazias com o fim da proibição. Em 1942 é proibido a
maconha nos EUA.
9. Diversos fatores foram enumerados e correlacionados com a criminalização
específica da maconha tendo como pontapé inicial sempre a igreja e sua gama por
uma catequização global e monopólio da cultura e religião mundial.
Foi abordado sobre os grandes interesses das corporações, indústrias e governo.
Indústria petrolífera, petroquímica, farmacêutica e a alianças destes com o governo
norte americano. O grande “bum” internacional se fez durante o governo Nixon e a
guerra do Vietnã.
Superando os por quês da criminalização, entramos na discussão dos efeitos
desta criminalização, esclarecendo como a política de repressão das drogas de fato
não funcionou e continua não funcionando. Um ótimo esclarecimento foi deixar claro
que não há uma política de criminalização das drogas, mas sim uma política de
criminalização da pobreza onde só os negros, pobres e oriundos do gueto acabam por
serem indicados, perseguidos e trancafiados. Muitos números foram mostrados com o
intuito de esclarecer quem são hoje os ”perigos produtores, comerciantes, e usuários”
perseguidos pelo aparato repressor do estado.
Também foram feitos esclarecimentos a respeito dos muitos fins que podem se
dar através da fibra do cânhamo e do óleo da cannabis (derivados da maconha). Fins
medicinais e econômicos. Muitas possibilidades foram colocadas, mostrando a
infinidade de materiais e susbstâncias que podem ser derivadas da maconha.
No âmbito da agronomia, não teve como não pensar em quem deteria os meios de
produção e comércio em caso de uma legalização no Brasil. A discussão girou
claramente em torno do agronegócio e do pequeno agricultor, e mesmo com o grande
conservadorismo, o agronegócio se coloca hoje, muito mais aceitável a maconha do
que os pequenos produtores (isso devido a forte investida da mídia contra esta
substância).
Por fim se esclareceu também os conceitos a respeito da despenalização,
descriminalização, legalização e liberação ampliando a visão dos participantes a
respeito das diferenças de cada conceito e garantindo através da discussão que o
conceito de descriminalização é uma luta individual e pequeno burguês que não
garante o fim da opressão nas camadas baixas da sociedade.
DEBATE:
Questionamentos levantados:
Diego ( FEAB Juazeiro) – Como a maconha seria inserida na discussão da agricultura
familiar e como esse debate se relaciona com a luta de classe?
Piu (FEAB Juazeiro) – Maconha é droga como é feita a comparação com as outras
drogas?
Rafa (FEAB Cruz) – Como vai se dá a questão do modelo agrícola? É guerra às drogas,
as drogas financiam a guerra?
Santiago (FEAB Cruz) – Como se é levado esse debate ao publico da periferia?
Lamarca (FEAB Jaboticabal) – Relação da criminalização dos usuários e da redução da
maioridade penal.
10. Negão (Cruz) – Papel da criminalização relacionando com o genocídio da população
negra e das tradições. Os gastos públicos são astronômicos e prova a falência dessa
estratégia.
Tunã (Coletivo Nacional Levante) – importância das discussões desse tipo dentro da
universidade por estar no amago das relações burguesas.
Felipe (Coletivo Nacional Levante) – o debate não pode ser visto pela ótica das
liberdades individuais, mas sim como fator estruturante no combate ao sistema,
experiência da USP na repressão da reitoria com a policia por indícios de consumo de
Cannabis.
PagaLanche (FEAB Pira) – perpetuação dos debates dentro da FEAB, regulamentação
do estado como isso seria palpável, problematiza o dialogo com a base dos
movimentos sociais, como o uso de drogas é relacionando com os problemas diários
da vida do trabalhador.
Murilo (FEAB Cruz) – a renda dos traficantes são maiores que a renda dos pais, e a
preocupação vêm para onde vão as pessoas que tem o trafico como modo de ganhar a
vida. E a importância de consolidar um grupo para se discutir permanentemente na
FEAB.
Mirian (FEAB Viçosa) – como se dar a organização da marcha da maconha
Diego (FEAB Santa Maria) – incoerência da Agronomia em não utilizar a planta para
fins de estudos.
Felipe (Coletivo Nacional Levante) – importância do viés antropológico no estudo da
descriminalização.
5- Campanhas / CONCLAEA
5.1- CONCLAEA
Abertura do ponto: Jéfferson Duarte - CN
Em 1991 na cidade de Pelotas-RS ocorreu o primeiro CLACEEA (Congresso
Latino Americano e Caribenho das Entidades Estudantis de Agronomia), onde
aproximou debates das entidades que compõe a CONCLAEA (Confederação Caribenha
e Latino Americana dos Estudantes de Agronomia) e foi alimentando a caminha no
combate ao Imperialismo enquanto entidade que discute as questões de classes como
uma pauta em comum.
Os últimos CLACEEA’s ocorreram no Paraná em 2008, na Colômbia em 2009 e
2011, na Argentina em 2012 e no ano de 2013 acontecerá no Uruguai de 15 a 26 de
janeiro. Antecedendo os Congressos as entidades realizam pré-CLACEEA’s por regiões
do continente com caráter de mobilização, em que neste ano teremos o da Andina e
do Cone Sul. O pré-CLACEEA e Primeiro Encontro de Estudantes de Agronomia do Cone
Sul será no Rio Grande do Sul com cidade ainda a definir entre os dias 2 e 4 de
Novembro deste ano, sendo organizado pela escola de Santa Maria, onde a Argentina,
a Colômbia e o Uruguai já garantiram a presença.
O desafio que temos quanto FEAB é mobilizar a militância a estar presente no
CLACEEA e se inserir mais na CONCLAEA. Enquanto CN o esforço é traduzir a revista
feita em 2009 que apresenta um histórico da CONCLAEA e que precisa ser fomentado
em debates nas escolas. A campanha de apoio Brasil esta com Chaves foi uma boa
11. ação em que a FEAB se inseriu e deu o caráter de visão da América Latina que
precisamos ampliar, além de estar defendendo a ALBA como o projeto Latino-
americano contra o Imperialismo. Inclusive para FEAB ainda há o desafio de
compreender as diferentes leituras da América Latina e aumentar essa integração.
Foi deliberada no CONEA a participação mútua entre os países que compõem a
CONCLAEA no EIV, esse caráter interdisciplinar é um desafio para a CONCLAEA e a
FEAC tem construído uma unidade em torno dessa pauta. A FEAB precisa buscar meios
de trazer estudantes dos outros países para o EIV, trabalhar as questões da
Curricularização da Extensão também ao nível de CONCLAEA, trabalhar o caráter
interdisciplinar dos cursos na área de Agronomia e Agroecologia e estar dialogando
dentro da FEAC com essas trocas de experiências. Além disso, para amadurecer a
CONCLAEA dentro da FEAB é necessário participar dos espaços a fim de compreender
e trazer para dentro do CONEA a pauta a cerca da disputa da América Latina.
Em relação ao próximo CLACEEA temos de conjuntura do Uruguai que existem
apenas dois cursos de Agronomia no país, os Movimentos Sociais não é são tão amplos
e apresenta uma questão agrária bem diferenciada da brasileira, com isso teremos um
importante desafio junto a uma ótima oportunidade de estarmos conhecendo a
realidade dos companheiros AeA (Associación de Estudiantes de Agronomia) no
Uruguai. Para a FEAB há uma expectativa dentro da CONCLAEA que se assuma
instancias para 2013, pois o Brasil é visto como referencia no M.E. da Agronomia e de
organicidade da nossa entidade e estamos a alguns anos sem assumir instâncias da
Confederação.
Questões que devemos levar em consideração quando pensamos em
CONCLAEA e nas relações com a FEAC (Federação dos Estudantes de Agronomia da
Colômbia), por exemplo, são: Viçosa-MG tem um grande número de colombianos em
intercambio e o C.A. foi chamado pra avaliar os intercâmbios do MERCOSUL; as
vivências com as comunidades tradicionais na Colômbia é um espaço muito rico e a
FEAB tem a capacidade de internalizar para dentro da federação; no CONEAC
(Congresso Nacional dos Estudantes de Agronomia da Colômbia) em setembro houve
participação de quatro brasileiros que perceberam um momento difícil e de
fragmentação da esquerda e com uma analise rápida já se pode perceber que não há
discussões em torno do feminismo e da agroecologia, pautas que já possuem certo
avanço nos espaços da FEAB.
DEBATES:
A discussão das relações internacionais e da CONCLAEA não estão tão firmes e
presentes na federação. O que temos feito são esforços pontuais de estarmos
presentes nos espaços, mas não estar construindo efetivamente a CONCLAEA e temos
dificuldade de fazer as analises completa da América Latina.
Precisamos reforçar a importância de estar inseridos e construindo a
CONCLAEA, pois os companheiros latinos apostam muito na FEAB por possuir grande
importância pelas trocas de experiência de militância para suas organizações. É uma
questão para ser pensada pela CN e pelo NTP de RI sobre como ampliar a relação
internacionalista através da Via Campesina e fortalecer os espaços da CONCLAEA.
É importante as escolas se atentarem mais a questão dos intercâmbios de
países latinos dentro da universidade e de aproveitar esta situação com mais
12. intencionalidade. A DENEM tem uma conjuntura interessante que é um convenio dos
governos Brasil x CUBA com os militantes no sentido de fazer intercâmbios para trocas
de experiências.
A FEAB tem uma referencia dentro da CONCLAEA, pelos seus processos,
relações, assim como a FEAC que surgiu a partir das experiências e contribuições da
FEAB, as giras e os EIVs que enriqueceram o processo da CONCLAEA.
A FEAB precisa começar a se atentar a debater mais o processo de Reforma
agrária na América Latina e contribuir com as pautas de Feminismo e Agroecologia das
entidades estudantis latinas companheiras. Assim, precisamos buscar experiência de
organização junto a esses países para poder contribuir e avaliar o que se pode
aproveitar para FEAB e o que podemos contribuir.
5.2- Campanhas
Campanha Permanente Contra o Uso de Agrotóxicos e Pela Vida
Abertura de ponto: Joelton Belau – CN
Ainda no CONEA de Santa Maria em 2010 surgiu a pauta da luta contra os
agrotóxicos nos Movimentos, quando a FEAB foi convidada para participar do
Seminário Nacional dos MSP’s, onde se decidiu dar início à Campanha Permanente
Contra o Uso de Agrotóxico e Pela Vida. Deste então a FEAB enquanto entidade que
compõe a Via Campesina se colocou na Campanha e preparou o jornal “Se o campo
não planta, a cidade não janta” trazendo a pauta da campanha da luta contra os
agrotóxicos para trabalhar nas calouradas. Posteriormente, ao iniciar 2011, tivemos o
lançamento oficial da Campanha com materiais para debate e com o desafio de
reverberar com a sociedade e abranger os diversos setores.
A Campanha inicialmente trouxe o debate da saúde, questionando que o
veneno esta presente na alimentação diária da sociedade. Foi lançado o documentário
“O Veneno Está na Mesa”, a cartilha, o primeiro dossiê da Abrasco e diversos materiais
informativos. Agora vivemos um momento de segunda etapa da Campanha em torno
de uma reflexão sobre o modelo de agricultura atual e propondo a saída da
Agroecologia. Os objetivos da Campanha são de sensibilizar a sociedade sobre o que
ameaça a saúde que é proveniente do avanço do Capital, construir unidade nos
setores na construção da pauta e denunciar as empresas que produzem e
comercializam os agrotóxicos.
Quem constrói a Campanha são os MSP’s do campo, instituições de pesquisa,
movimentos sindicais, Grupos organizados, algumas ONG’s, executivas dos cursos de
agrárias e saúde e alguns mandatos político-legislativos. E nestes dois anos a
Campanha já conseguiu extrapolar as fronteiras do Brasil, sendo puxada pela Via
Campesina e só tende a ganhar forças. Novos materiais estão sendo lançados como a
parte 2 do dossiê e a segunda cartilha e novos setores começam a se inserir.
DEBATE:
Diante da importância da pauta e da dimensão da Campanha o que fica pra
FEAB é conseguir trabalha-la mais nas Escolas, levando em consideração que o debate
13. é uma boa forma de dialogar nas calouradas e em outros espaços nas Universidades
para trazer a estudantada pro lado da Agroecologia.
Algumas escolas da FEAB já estão inseridas em Comitês locais da Campanha e a
CN deve orientar essa construção nas outras Escolas que ainda não se aproximaram do
debate.
O próximo ano será um período da Campanha de dar maior gás, quando ela já
estará com uma boa visibilidade e poderá entrar em embates diretos contra os setores
do Agronegócio.
Campanha Basta de Violência Contra as Mulheres – Via Campesina
Abertura do ponto: Tamara Lacerda – CN
Em 2010 foi a Via Campesina lançou a Campanha “As Campesinas e os
Campesinos dizem Basta de Violência Contra as Mulheres”, que já vinha sendo
discutida pelos setores das mulheres desde 2008 na Conferência Internacional da Via.
A Campanha foi proposta com o caráter de denúncia e de desmistificar a naturalização
da violência contra a mulher, focando em toda forma de violência, seja física ou
psicológica, exercida contra as mulheres do campo, mas também visibilizando as da
cidade.
Pós o lançamento da Campanha, houveram dificuldades no processo de
andamento pelos Movimentos da Via e ela não foi internalizada nas bases. A proposta
que a Via Campesina faz para o próximo período é resgatar e trabalhar a Campanha,
dando maior visibilidade e lançando novos materiais como a cartilha de formação que
está para sair.
No Brasil a CPT (Comissão Pastoral da Terra) e o MMC (Movimento das
Mulheres Camponesas do Brasil) estão se propondo a trabalhar a Campanha e entre os
dias 17 e 20 de Outubro deste ano acontecerá o primeiro Encontro Nacional do MMC
em Brasília com a Temática “Na sociedade que a gente quer, basta de violência contra
a mulher”, que será um bom momento para dar o gás na Campanha e onde a FEAB
pode começar a se inserir e abrir relações. O Movimento pretende garantir pelo menos
um ônibus de cada estado para as mulheres dos movimentos da Via, é preciso entrar
em contato local e visualizar a possibilidade de estarmos mandando as mulheres da
nossa militância.
No último CONEA debatemos no ponto de MSP’s sobre a pouca relação que
temos com os setores de mulheres da Via Campesina e visualizamos a importância de
construir esta relação, participando assim dos calendários de luta, formações e
acompanhando as atividades. Então, a Coordenação Nacional da FEAB vem propor e
orientar às escolas a trabalhar com esta Campanha, sendo uma boa forma de amarrar
uma relação e abrir diálogo com o MMC e outros setores de mulheres da Via.
DEBATE:
Trabalhar a Campanha nas Escolas é uma boa oportunidade de a FEAB estar
aproximando as mulheres para a militância em torno de uma pauta que é tão presente
na sociedade. Deve-se trabalhar nas calouradas e nos diversos espaços da
Universidade, sendo um importante impulso para a organização de grupo de mulheres.
14. A auto-organização das mulheres em grupos feministas deve ser impulsionada
para a militância da FEAB nas Escolas para que possamos avançar nos debates em
nossos espaços nacionais e para que mais mulheres estejam se organizando em
coletivos, não só se limitando ao debate dos CONEA’s.
Precisamos fazer a pauta das mulheres tornar-se presente nas escolas e que a
militância esteja ocupando os espaços e coletivos feministas dentro das universidades
nas mais diversas áreas também.
No próximo período teremos a realização do Curso de Formação Feminista da
FEAB e ABEEF e este será um importante momento para pautarmos a Campanha e
estreitarmos os laços com as mulheres da Via Campesina, em específico o MMC.
Campanha de Curricularização da Extensão
Abertura do ponto: Joelton Belau – CN
Tendo em vista o descontentamento dos estudantes com a falta da extensão
nas Universidades e o modelo do quadro curricular que temos surgiu a proposta da
Campanha da Curricularização da Extensão na FEAB pela gestão 2011-2012 da CN –
Santa Maria e Frederico Westphalen, que lançou no último CONEA a cartilha “Sem
prática não dá, Extensão Universitária nos currículos já! – Por um(a) agrônomo(a) com
consciência social e ecológica”.
A Campanha deve englobar o conjunto dos estudantes dando um
direcionamento na formação profissional, não se distanciando da realidade do povo no
campo, visto que a extensão deve antever o ensino e a pesquisa, para conhecer a
realidade da localidade e pensar o saber científico a partir disso.
Esta campanha não se finda em si mesma, na realidade só se torna uma
Campanha de verdade se as Escolas se dispuserem a construírem e pautarem a partir
da realidade de cada uma, construindo debates, fóruns e formações locais e regionais
para discutir formação profissional. E é partindo dos acúmulos das escolas,
compartilharemos em um espaço nacional para culminando numa pauta de unidade
da Federação. Dessa forma, a Campanha trata-se de uma construção coletiva e a FEAB
deve problematizar a pauta nas Escolas para se tornar algo concreto. Além disso, a
Campanha pode ser construída com outras organizações políticas que tenham
afinidade com a FEAB e tenham a visão da necessidade da construção de um
profissional que precisa atender o interesse do povo e do(a) trabalhador(a).
A FEAB deliberou no último CONEA que se tenha um Curso Nacional sobre
Formação Profissional trazendo o que será trabalhado pela Campanha e foi proposto
que aconteça em Curitiba-PR. A partir disto, a CN também propõe que anteriormente a
este espaço as Escolas realizem fóruns para discutir a grade dos cursos e assim tocar a
Campanha com intencionalidade refletindo a realidade local.
6- Repasses das Escolas:
- SANTA MARIA (Coordenação Regional 1): Dificuldade de organizar suas atividades
devido à greve e a volta da antiga gestão da CN; Estão organizando a semana da
Calourada e a eleição do Diretório Acadêmico; Estão realizando encontros semanais
onde ocorreram alguns debates sobre juventude, drogas e Fazendo trabalho de base
com a galera nova; Houve um CF I construído juntamente com a ABEEF; Fizeram o
15. repasse da CN; Estão construindo o Encontro do Cone Sul da CONCLAEA, através de
visitas ao Uruguai, com o objetivo de estimular os militantes uruguaios na construção
do CLACEEA; Felipe foi para a Argentina com o objetivo de convocar a presença dessas
escolas para o Enc. Cone Sul que será nos dias 2 a 4 de Novembro no assentamento do
MST Tupã.
- BELÉM (CO ERA Norte): Estão se preparando para realizar o 1º ERA/N; Estão
passando por um processo de renovação; Fizeram o planejamento junto com a ABEEF
para a construção do ERA que será realizado do dia 27 de março a 02 de abril de 2013
e devido a algumas datas importantes, a CO esta em constante reflexão sobre a
ocorrência do ato na cidade, o tema proposto para o encontro é: Agroecologia na
Amazônia, construindo saberes popular; O seminário de construção do ERA será de 15
a 17 de novembro de 2012; Estão buscando parcerias como a executiva de farmácia
para ampliar na construção do encontro.
- CRATO (CO ERA Nordeste): Estão se preparando para o seminário interno do ERA/NE
que será entre os dias 19 e 21 de outubro; O seminário de construção coletivo está
marcado para 01 a 04 de novembro; Construíram pós o CONEA o “Caldeirão dos
Movimentos Sociais”; estão acompanhando a construção do EIV-CE; Estão
acompanhando as reuniões de articulação da Via Campesina no Ceará.
- VIÇOSA (Coordenação Regional 3): Após o CONEA fizeram o repasse da R3 com a
Rural (UFRRJ); Estão participando da construção EIV-MG; Estão no processo de
seminário de formação e planejamento; As prioridades da CR são: Fortalecer escolas
do grupo FEAB, trabalhar o C.A de Viçosa, aproximação dos Grupos de Agroecologia e a
fortalecer escolas do Espírito Santo devido a ausência dos grupos de FEAB, de Lavras
que tem poucos militantes e Florestal que não consegue se organizar na FEAB e estão
trabalhado no CA iniciando o projeto Mata Atlântica; O trabalho da regional será em
conjunto da ABEEF; Lavras é AN da ENEBIO; Darão ênfase na campanha contra os
agrotóxicos e trabalharão a campanha de formação profissional; Irão acompanhar o
NTP de Gênero e Sexualidade e o NTP de Ciências & Tecnologia; Objetivam mandar
militante para o CLACEEA; Estão em planejamento da questão financeira da CR;
Participarão do ENGA facilitando 2 espaços (Campanha contra o uso dos agrotóxicos e
Campanha da curricularização da extensão) entre os dias 13 e 17 de novembro; O CA
não está com os militantes da FEAB mas existe uma pessoa da FEAB tocando esse
processo; Objetivam formar uma grupo auto organizado de mulheres.
- JUAZEIRO (NTP de Agroecologia): Realizaram uma reunião interna para debater a
Agroecologia e o NTP e visualizam mais formação política para o grupo; Têm como
objetivo apresentar a instancia nas demais escolas; Incorporaram alguns estudantes de
outras instituições no Grupo de Agroecologia Umbuzeiro (GAU); Realizaram vivência
em Agroecologia através do MAB e estão com o objetivo de planejar outras vivências;
Dia 12 aconteceu uma atividade na UNEB, com a temática O Papel do Agrônomo na
Sociedade com a participação de vários docentes, relacionando a atividade com a
campanha da Curricularização da Extensão, através do GAU e juntamente com outras
entidades; Participaram do Seminário da Campanha Contra o Uso dos Agrotóxicos Pela
Vida reunindo diversos movimentos da região, onde ficaram com a tarefa de realizar
16. um abaixo assinado com 5 mil assinaturas no vale do São Francisco; Participarão do
Seminário de Construção do ERA/NE; Têm interesse em contribuir na participação do
Seminário de Construção do ERA em Belém; O grupo esta em um bom momento
interno de formação juntamente com diversos movimentos situados em Pernambuco
e na Bahia; Estão participando de diversos espaços do MAB, MPA e MST e tem como
objetivo agregar essas pessoas para o ERA em Crato; A escola se propõe a realizar um
Curso Regional de Formação em Agroecologia de 22 de fevereiro a 3 de março, devido
a possibilidade na participação de outras regionais e tem como objetivo estender para
diversas entidades/movimentos.
- FLORIPA (Coordenação Regional 2): Após o CONEA construiu a Calourada,
trabalhando com o filme O Veneno Está na Mesa, com debates referentes ao mesmo;
Realizaram feira de trocas de sementes juntamente com outros grupos; Estão
acompanhando a construção do EIV-SC, que será de 28 de janeiro a 17 de fevereiro, e
objetivam fortalecer a divulgação do EIV para outras escolas; Estarão no espaço sobre
segurança alimentar com a Via Campesina; Estão elaborando uma cartilha sobre a
descriminalização das drogas; Terão em novembro uma semana de ensino pesquisa e
extensão, agregando diversos setores e a instancia realizara diversas intervenções
referente às campanhas; Estão debatendo sobre democracia interna, com grande
participação, e pautando a necessidade de o movimento atuar mais na própria
universidade; O C.A. e a FEAB que atuam inclusive junto com o DCE estão tocando a
nova campanha da curricularização e fizeram espaços dentro da FEAB para pensar a
campanha.
- CUIABÁ (Coordenação Regional 4): Retomaram todas as atividades da FEAB; Estão se
organizando no Comitê Estadual da Campanha Contra os Agrotóxicos, onde estão
participando do planejamento da campanha regionalmente; Realizaram planejamento
juntamente com outras executivas; Entre os dias 29 de outubro a 1 de novembro
realizarão um Seminário de Questão Agraria com bandeiras de lutas das executivas;
Estão trabalhando na organização do 4º EIV-MT, que será de 3 a 23 de janeiro de 2013;
Pretendem participar do Seminário de Construção do Encontro Regional dos
Estudantes das Agrarias na Rural (UFRRJ); Construirão o Seminário de Opressões entre
o final de novembro no começo de dezembro; Já está pronta uma cartilha sobre
Juventude, Cultura e Valores, que foi trabalho do NTP que foram no período passado,
e em breve estará divulgada.
- ARACAJU (Coordenação Regional 8): Estão construindo a 6ª Semana Acadêmica, que
abordará diversos temas que estão referentes na bandeira de luta da FEAB, como a
Campanha contra os agrotóxicos e a Campanha da Curricularização da Extensão;
Participarão da CO e CPP do 5º EIV-SE, que ainda não tem data devido ao calendário
acadêmico; A Coordenação Regional 8 terá como objetivo a renovação de antigos
grupos, que estão inativos (Maceió, Conquista e Ilhéus), fortalecer os existentes,
realizar passadas em Alagoas e um levantamento das escolas novas e das particulares
da regional 8.
- DIAMANTINA (NTP de Gênero e Sexualidade): Participaram dos eventos CONEAC e
ECOVIDA na Colômbia, que esteve relacionado à questão Gênero e sexualidade, se
17. articulando com a FEAC; Sediarão o Curso de Formação Feminista juntamente com
FEAB e ENEBIO; Apresentam algumas dificuldades em relação à C.O. por ser um grupo
novo, porém com grande apoio na construção do Coletivo Retalho de Fulô, núcleo da
Marcha Mundial das Mulheres; Realizaram planejamento interno onde tiraram a
realização de encontros semanais de formação interna; pretendem buscar os arquivos
de gênero e sexualidade históricos da FEAB para disponibilizar para a militância; Irão
trabalhar a Curricularização da Extensão; Possuem participação dos encontros e lutas
das mulheres; Participarão do Encontro Nacional do MMC em Brasília; Possuem dentro
da universidade um grupo de agroecologia onde realizam varias oficinas de agricultura
de base ecológica, cultura, entre outros.
- PIRACICABA (NTP de RI): Têm participado dos espaços sobre a articulação que
aglutinam estudantes que querem fazer parte do movimento estudantil de esquerda;
Construíram um planejamento do semestre passado com companheiros da FEAB, com
objetivo de se aproximar do grupo de extensão que trabalha com cooperativa de leite
e agroecologia, realizando estágios; Construíram a Semana da América Latina, que
apresentou como objetivo mostrar os projetos em disputa na América Latina
destacando nossa opção pela ALBA, juntamente com a ENEBIO e o Levante Popular da
Juventude; Quanto NTP de Relações Internacionais encaminharam a construção da
camisa da CONCLAEA, participar na articulação para a ida ao CLACEEA e potencializar a
CONCLAEA na FEAB; Um dos objetivos é reorganizar os Centros Acadêmicos nas
Escolas e construir uma relação mais constante com Jaboticabal em relação ao ME
Geral; Estão participando do coletivo auto organizado de mulheres, que foi recém-
criado.
- FREDERICO WESTPHALEN (NTP de Agroecologia): Assumiram o NTP de Agroecologia
juntamente com Juazeiro; Estão com dificuldades de planejamento por conta do
calendário acadêmico; Estão acompanhando o D.A; Participarão do SC-ERA/Sul, que
será em Erechim/RS; Estão começando um grupo de Agroecologia juntamente com a
ABEEF; Estão acompanhando a CO/CPP do EIV; Estão construindo chapa para
concorrer o D.A.; Planejam um seminário de formação profissional; Realizaram CF I
com @s compas de Santa Maria; Estão participando da construção do Enc. do Cone Sul
da CONCLAEA; Estão em luta tentando mudar o Projeto Politica-Pedagógico da
Universidade.
- ILHA SOLTEIRA: Tinham dificuldades de aglutinar pessoas para a Federação devido à
falta de estrutura; Entraram em disputa do C.A.; Construirão um CF I e já planejam
para a realização do CF II; Estão articulando um grupo de estudo de manejo ecológico
do solo; Participaram da formação de um coletivo de mulheres.
- JABOTICABAL (Coordenação Regional 7): Em Janeiro montaram um projeto para
realização de uma feira sobre a agricultura familiar; Possuem um grupo de extensão
que atua em assentamentos; Realizaram um debate com o tema referente ao código
florestal que aglutinou mais de 500 pessoas; Existem militantes que não participam
dos eventos da FEAB, mas que constroem as lutas junto no dia-a-dia; A CR VII tem
objetivo de continuar o trabalho em escolas mais consolidadas e visam à aproximação
nas escolas particulares; Estarão acompanhando o ENGA; Estão trabalhando na
18. companha da Curricularização da Extensão, nas discussões sobre transgênicos e com
debate de cotas raciais; Estão montando uma chapa com o peso de esquerda para o
D.A.
- PELOTAS: Participam do grupo de Agroecologia, que já participou de um processo de
fragmentação; Na universidade o D.A. defende o Agronegócio; O ME se fortificou
devido à eleição no D.A.’s de algumas forças politicas; Conseguiram aprovar no
PROEXT o EIV, porém não possuem a data devido ao Calendário Acadêmico.
- RURAL (CO EREA Sudeste): Realizaram o repasse da CR III para Viçosa/MG; Já fizeram
planejamento e vão atuar através do C.A, Possuem grupo auto organizado de
mulheres; Participam de grupos como o de agroecologia, veterinária, entre outros;
Estão trabalhando com a companha contra os agrotóxicos; Realizarão um seminário de
apresentação do projeto EREA dia 24/10, com diversas entidades como grupos
organizados e outras executivas e outras escolas. O SC do EREA será entre os dias 23 e
25 de novembro; O EIV é uma tarefa que esta em constante debate, porém ainda não
conseguiu deliberar a data por conta do calendário acadêmico; Neste momento estão
priorizando a formação interna.
- CAMPOS (CO do 56º CONEA): Já realizaram algumas articulações referentes ao
CONEA e já possuem algumas estruturas garantidas; Estão com apoio do Núcleo de
Estudos Afro-brasileiros e Indígenas nos estudos relacionados à temática do CONEA;
Realizaram um Seminário de Planejamento, onde programaram um CF I pra o dia 10 de
novembro e o CF II ainda não tem data definida; O SC do CONEA será de 07 a
09/12/2012.
- CRUZ DAS ALMAS (CN): Pós organização do 55º CONEA realizarm reunião de
planejamento da Coordenação Nacional, estudando e debatendo as deliberações;
Realizaram o repasse da gestão da CN em Santa Maria; Estão construindo o D.A.;
Parceria com o AgroVida; Tamara está inserida na organização do Coletivo de
Mulheres da UFRB; Vêm estabelecendo relação com o Núcleo de Estudos de Políticas e
Práticas em Agroecologia da UFBA.
Repasse do Planejamento da CN:
- Acompanhamentos das regiões:
Regional 1 e 2 (Sul) - Jéfferson
Regional 3 e 7 (Sudeste) - Santiago
Regional 4 e Brasília (Centro-Oeste)- Rafael
Regional 5 e 8 (Nordeste) - Belau
Regional 7 (Norte) - Negão
Regional 8 e escolas com instâncias - Tamara
- Acompanhamentos das Atividades Nacionais:
Campanha dos Agrotóxicos - Rafael, Santiago e Douglas (Nacional) e Murilo e
Jonas (Estadual).
19. REGA/ENGA e ANA: Jonas e Levi.
FENEX: Belau e Levi.
Jornada de Agroecologia do Paraná: Jefferson e Tamara
Jornada de Agroecologia da Bahia: Tamara
Coordenação Brasil da CONCLAEA: Jefferson
Via Campesina: Santiago e Jefferson
UNE: Belau (+ quem tiver disponibilidade)
- Contribuirão nas demais atividades pontuais da Coordenação Nacional a partir de
Cruz das Almas: Jonas, Eliaber, Igor, Irmão, Bira, Murilo, Carlos Arthur, Levi, Douglas,
Ramon e Tamara.
7- Leitura das Deliberações
Encaminhamentos a partir da Leitura:
- ME:
• FENEX: é preciso resgatar os materiais de acúmulos e encaminhamentos para
disponibilizar no blog da FEAB. (NTP de Histórico e Comunicação.)
• Criação de um GT para acompanhar o FENEX e reunir colaborações e debates
de Reorganização do ME e Organização do FENEX (pautas que ficaram a cargo da
FEAB). – Domitila, Paga e Belau se proporam. Deve-se começar as articulações pela
lista da FEAB e criar o GT.
• Os acompanhamentos dos fóruns da UNE se dará por escolas, orientando que
cada escola tente levar pelo menos uma representação.
• A CN precisa garantir a instrução às escolas sobre a participação nos fóruns da
UNE.
• O próximo CONEB acontecerá em Olinda em Janeiro de 2013.
- ME das Agrárias:
• O NTP de Educação e o NTP de C&T devem abrir diálogo para buscar acúmulo
sobre PPP( Projeto Político Pedagógico).
• O debate da campanha da Curricularização da Extensão deve ser ocupar os
espaços de Universidade pelas escolas da FEAB.
• O acúmulo sobre o debate de Formação Profissional deve ganhar corpo
regionalmente (espaços de formação) a fim de nacionalizar.
- Formação Profissional:
• É preciso ir atrás de Curitiba para o planejamento do Seminário de Formação.
• Além das aproximações com os outros sindicatos é preciso buscar diálogo
com sindicato da EMBRAPA.
20. - MSP’s:
• Avaliação Nacional dos EIV’s – é preciso sintetizar o acúmulo dos EIV para
uma segunda avaliação. (Como? Quando? – Pensar propostas)
- Agroecologia:
• As regionais devem mapear os cursos de Agroecologia e juntar as
informações com a CN para iniciarem relações.
- Comunicação e Finanças:
• Diversos materiais de acúmulo antigos da FEAB estão inacessíveis, é preciso
procurar esses materiais para digitalizar e disponibilizar no blog.
8- Planejamento e Encaminhamentos:
NTP’s:
- Agroecologia (Juazeiro/BA e Frederico/RS)
Juazeiro – As vivências serão priorizadas para tentar compreender e estimular outros
espaços de educação buscando um intercambio com a população do campo,
incentivando também a FEAB a mandar @s militantes para os EIV’s. Além disso irão se
empenhar para contribuir com a realização do primeiro ERA Norte. Para o ERA
nordeste, foi avaliado que no último faltou diálogo com a juventude da Via Campesina,
então para o próximo irão potencializar essa articulação e fazer com que tenha um
encontro do campo e da cidade. De 22 de fevereiro a 3 de março de 2013 será
realizado um Curso de Formação em Agroecologia regionalizado com o foco em
aumentar o raio de ação da FEAB, ampliar a consciência da militância da FEAB e se
articular com os movimentos da região. Irão fazer visitas na UNIVASF em petrolina,
articulando com o DA para apresentação a FEAB. Além disso, acompanharão a
construção do ENGA e do REGA. E por fim o NTP pretende produzir material didático,
cartilhas e vídeos para disponibilizar no blog da FEAB e para as escolas.
- Relações Internacionais (Piracicaba) – Irão disponibilizar sobre a realidade da America
latina para o blog textos, participação no CLACEA e ajudarão a fomentar o debate
sobre a América latina e estudantes da CONCLAEA dentro da federação.
- Gênero e Sexualidade (Diamantina) – Foram feitas conversas com a Coordenação
Nacional e com o antigo NTP (Cuiabá), que havia proposto o primeiro Curso de
Formação Feminista da FEAB no último CONEA. A proposta que foi trazida para a OS se
fechou em o curso ser sediado em Diamantina com o NTP como CO, onde terá a
parceria com as mulheres da ABEEF, que assumiram a CO também de um curso
feminista, e a ENEBIO. O grupo de Diamantina tem grande potencial com a questão de
gênero e já vêm acumulando a partir do Coletivo de Fulô, que é um núcleo da Marcha
21. Mundial das Mulheres. De acordo com as reuniões e proposta entre as entidades em
Diamantina visualiza-se para o curso acontecer ou na semana de 8 de Março de 2013
ou no mês de Abril, e o Seminário de Construção ficou com um indicativo de ser no
mês de Dezembro.
Coordenações Regionais:
- CR 1 (Santa Maria) – Pretendem buscar amadurecimento sobre o tema da América
Latina e fazer formação para o grupo, que vem passando por um processo de
renovação pós a volta da CN. Irão priorizar o acompanhamento das escolas novas.
- CR 2 (Florianópolis / Curitiba) - Estão se articulando para dividir as passadas conforme
fique mais cômodo pelas proximidades e já estão iniciando as atividades. Os
estudantes novos na Federação estão bastante interessados em participar das
Campanhas e do CLACEEA e então estes serão focos a serem trabalhados pela CR.
- CR 3 (Viçosa) - A escola de Diamantina e de Lavras estarão recebendo um integrante
da regional para acompanhar mais de perto por estarem assumindo instâncias da
Federação. Além disso o ES também terão maiores passadas para reestruturação do
grupo de FEAB.
Divisão dos Acompanhamentos:
Míria: irá acompanhar o EREA rural e MOC, que entrara em processo de luta pelo CA.
Igor: ME geral
Sasa: Florestal e Machado, EIV MG
Antonio: irá acompanhar os trabalhos em Viçosa.
- CR 4 (Cuiabá) – Pretendem resgatar e incorporar os núcleos da FEAB em outras
instituições mais próximas (Estaduais Federais e Institutos), objetivam a visita em
outros estados e pretendem refortalecer o grupo FEAB Cuiabá com a CR. A
Companheira Kelly está trancando o curso e fará passadas nas escolas pela Regional.
Estarão acompanhando a construção do Curso Feminista em Diamantina e trouxeram
a proposta de levar para a PNEB um espaço sobre a diversidade sexual, facilitado pela
escola. Estarão na construção do EIV MT, que estará abrindo vagas para toda o Centro-
oeste e farão passadas para chamar a galera para construção. Além disso estão
responsáveis por articular um ônibus do centro-oeste para a participação no EREA, já
que não terá encontro regional na região neste período.
CR 7 (Jaboticabal) – Ficou definido que as escolas com o grupo mais consolidado serão
acompanhadas mais de perto para não perder a organicidade. Ainda será dividido
quais militantes ficarão responsáveis por cada escola.
CR 8 (Aracaju) – Estarão em mobilização com as escolas da regional, focando em
reestruturar os grupos de FEAB que foram desarticulados nos últimos tempos e
mapear os novos cursos que estão surgindo na região. Além disso irão acompanhar a
construção do ERA no Crato e o NTP de Agroecologia de Juazeiro em suas atividades.
22. ENCONTROS:
- Norte (Belém) – ERA:
Parcerias: ENEBIO, ABEEF e Movimentos Sociais.
Seminário Interno: 19 de Outubro
Seminário de Construção Coletivo: 15, 16 e 17 de Novembro
- Nordeste (Crato) – ERA:
Parcerias: ENEBIO, estudantes de zootecnia e medicina, MSP’s da Região e
Organizações de Quilombolas.
Já houve Seminário Interno
Seminário de Construção Coletivo: 1 a 4 de Novembro
- Centro-oeste – não haverá encontro.
- Sudeste (Rural/RJ) – EREA:
Já houve seminário interno
Apresentação do EREA: 24 de Outubro
Seminário de Construção Coletivo: 23 a 25 de Novembro
PNEB – Curitiba: Carta por e-mail (segue em anexo ao final da relatoria).
CONEA – Campos dos Goytacazes/RJ:
Estão acontecendo reuniões para debater o CONEA toda terça
Já houve um seminário interno.
Seminário de Construção: 7 a 9 de Dezembro
Coordenação Nacional – Cruz das Almas:
Serão trabalhadas três campanhas: Contra os Agrotóxicos, Curricularização da
Extensão e Basta de Violência contra Mulheres (Via).
A Campanha Permanente contra o uso de Agrotóxicos e Pela Vida continuará a
ser pautada com o desafio de estimular a inserção das Escolas em comitês para
trabalhar a nova etapa da Campanha.
Campanha da Curricularização da Extensão será trabalhada, estudando
também formas de potencializá-la de acordo com a realidade de cada Escola.
Aumentar a pauta sobre a aliança com os Movimentos Sociais na prática da
Federação.
23. Buscar maneiras de fazer com que a Federação se amplie e que seja tomada
como referencia dentro das Universidades – uma forma é ocupar os espaços
trabalhando nossas campanhas com a estudantada.
Incentivar a militância da FEAB a estar ocupando os Centro e Diretórios
Acadêmicos da Agronomia.
Trazer os jovens do campo das Universidades para dentro da Federação.
Reavaliar a estrutura da Federação para que se possa discutir se está
satisfazendo a militância e que as escolas consigam entender e discutir como
funciona esta estrutura.
Discutir como a FEAB pode contribuir para a mudança da UNE.
Incentivar a construção e participação da militância nos EIV’s.
Continuar articulações com as Escolas e com os grupos/entidade que
compartilham de ideais e lutas com a FEAB
Construir articulações com estudantes de agronomia de outros países –
Fortalecimento da CONCLAEA.
Repensar nossa política financeira se desafiando a dar um salto – trazer
proposta à Federação.
Manter o blog funcionando com divulgação de notícias e materiais de acúmulo
– entendemos que o blog tem sido uma importante ferramenta de acesso e
que tem gerado novos contatos com escolas novas, por exemplo.
A prioridade inicial será de passadas nas escolas que possuem instâncias.
Trabalhar as CR’s a conseguirem realizar as passadas regionalizadas.
- No último CONEA duas instâncias da Federação não foram disputadas e ficaram sem
escola para assumir, a Coordenação Nacional atual entrou em contato com algumas
escolas que demonstraram interesses pós CONEA.
O que ficou definido através da Plenária de Superintendências foi:
NTP de História e Comunicação: Ilha Solteira/SP
NTP de Juventude, Cultura, Valores, Raça e Etnia: Cruz das Almas/BA
Comissão Organizadora do Curso de Formação Feminista: Diamantina/MG
Comissão Organizadora do Seminário de Formação Profissional: Curitiba
24. “Que diremos aos nossos filhos?
Quando acabar a comida,
Quando acabar o trabalho,
E a esperança de vida?
Que os governantes são bons?
Que os policiais são amigos do povo?
Que caixões de companheiros assassinados
São a vontade do Criador?
Se assim fizermos
Um dia faltará
Comida.
Já não terá esperança.
Nem nossos filhos com vida.
que diremos então?
Que tudo é dos senhores?
Que somos todos irmãos?
E só morrem sonhadores?
Não!
Já não podemos calar.
Chega o tempo de vencer,
Chega o dia de lutar,
Sem morrer.
A única forma de vencer a morte
É enfrentá-la.
único jeito de vencer é lutar,
único modo de fazer justiça,
É continuar lutando.
Assim viveremos eternamente!”
(Poesia escrita durante a marcha realizada na Bahia – 1998)
Ademar Bogo
E A FEAB É?!
DE LUTA!!!