Baile da Saudade / Loja Maçônica Segredo, Força e União de Juazeiro Ba
Debate esquerda x direita e eleições presidenciais no Brasil
1. AGRISSÊNIOR
NOTICIAS
Pasquim informativo e virtual.
Opiniões, humor e mensagens
EDITORES: Luiz Ferreira da Silva
(luizferreira1937@gmail.com) e
Jefferson Dias (jeffcdiass@gmail.com)
Edição 499 – ANO XI Nº 13 – 29 de outubro de 2014
MEDALHA PERNAMBUCANA
O meu colega Mário Jorge de Carvalho Lima, o MARÚ, do Colégio Estadual de Alagoas (1951-
1957), Economista com um vasto curriculum na SUDENE, aos 74 anos é reconhecido pelo
Governo de Pernambuco com a Medalha Pernambucana do Mérito Bombeiro Militar, outorgada
àqueles que prestaram relevantes serviços à Corporação em prol da causa pública. Um detalhe
a mais: pela primeira vez pai e filho (Edgar) são homenageados. (Luiz Ferreira da Silva).
ESQUERDA VERSUS DIREITA NAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DOBRASIL
Fernando Alcoforado
(http://fernandoalcoforado.zip.net)
Esquerda e Direita são uma forma comum de
classificar posições políticas, ideológicas, ou
partidos políticos. Esses termos surgiram com
o advento da Revolução Francesa.
Durante o reinado de Luis XVI, os membros
do Terceiro Estado, que indicava as pessoas
que não faziam parte do clero (Primeiro
Estado) nem da nobreza (Segundo Estado),
se sentavam à esquerda do rei enquanto os
do clero e da nobreza se sentavam à direita.
Os mais radicais que normalmente eram
contra as decisões do rei ficaram conhecidos
como a esquerda enquanto os favoráveis às
decisões eram os de direita.
A partir de 1848, agudizou-se em todo o
mundo o confronto entre a direita,
representada pelos conservadores, e a
esquerda, representada pelos socialistas,
enquanto os liberais centristas se
posicionavam entre as duas correntes
2. ideológicas tendendo mais para as posições
dos conservadores. Norberto Bobbio, filósofo
italiano, afirmava que uma diferença
fundamental entre esquerda e direita é a de
que a primeira é defensora intransigente da
igualdade e a direita não. A esquerda acredita
que a maior parte das desigualdades é social
e, enquanto tal, eliminável e a direita acha
que a maior parte delas é natural e portanto
ineliminável (Ver Bobbio, Norberto. Direita e
esquerda. Editora UNESP. São Paulo, 1995).
O confronto entre a direita e a esquerda
atingiu as culminâncias em todo o mundo com
o advento da Revolução Russa em 1917, a
constituição do bloco de países socialistas no
leste europeu e a luta de libertação nacional
que levou à descolonização ocorrida em
vários países da periferia capitalista após a 2ª.
Guerra Mundial, a Revolução Chinesa em
1949, a Revolução Cubana em 1959 e a
Guerra do Vietnam. As vitórias alcançadas
pelos movimentos de esquerda em todo o
mundo criaram a sensação de que um mundo
novo, socialista, mesmo com matizes
diferentes em cada país, estaria em gestação.
Mudar o mundo através do Estado foi o
paradigma que predominou no âmbito dos
partidos políticos de esquerda do século XVIII
até a década de 1990 do século XX. A tese
dos partidos políticos de esquerda que
fundamentava essas concepções é simples:
conquista-se o Estado que até então era um
instrumento da burguesia e o transforma em
um instrumento da classe trabalhadora
através da Reforma ou da Revolução Social.
A tese de considerar o Estado como centro
irradiador da mudança foi um rotundo
fracasso em todas as partes do mundo, tanto
nos países que tentaram construir o
socialismo, quanto nos países periféricos que
adotaram uma postura nacionalista na
promoção de seu desenvolvimento.
Ambos os enfoques, o reformista e o
revolucionário fracassaram no seu projeto de
mudar pacificamente ou radicalmente a
sociedade. Com o fim do socialismo real na
década de 1990, os grandes partidos de
esquerda em todos os países do mundo
abandonaram não apenas as teses
revolucionárias, mas também as reformistas
visando as mudanças sociais. Muitos partidos
de esquerda no mundo se tornaram partidos
da ordem dominante. A partir da década de
1990, a esquerda que nasceu em 1848 e
conquistou o poder em vários países perdeu o
rumo devido, sobretudo à falta de um projeto
alternativo ao que foi implantado na União
Soviética e em outros países.
A ação política da velha esquerda ficou
reduzida fundamentalmente à sua
participação nas eleições parlamentares
defendendo teses liberais centristas ou
neoliberais e abdicando das teses
nacionalistas e da revolução social que
sempre foram os principais móveis de sua
atuação política no passado. Em vários
países do mundo, partidos de esquerda que
conquistaram o poder, adotam teses liberais
ou neoliberais com a concessão de amplas
benesses às classes dominantes, sobretudo
as do setor financeiro, e de “esmolas” aos “de
baixo” na escala social, para neutralizar
convulsões sociais como ocorre atualmente
no Brasil com o programa de transferência de
renda, “Bolsa Familia”.
A atual crise mundial evidenciou um vazio
teórico das esquerdas. Frente à crise das
teses neoliberais, a velha esquerda nada
apresentou como alternativa. Ao assumir os
poder em vários países, a velha esquerda não
reproduziu nem mesmo as ideias keynesianas
em que o Estado intervém na atividade
econômica que é uma solução tipicamente
capitalista adotada após a 2ª. Guerra Mundial
preferindo aderir às teses neoliberais em que
o mercado dita os rumos da atividade
econômica como ocorreu na França de
François Hollande e no Brasil com os
governos de Lula e Dilma Roussef. O máximo
que a velha esquerda faz no poder é
fortalecer o Estado para, pura e
simplesmente, manter o “status quo”
tentando, na medida do possível, tornar o
capitalismo o mais humano.
Um governo verdadeiramente de esquerda
não se dobraria aos ditames do capital
financeiro internacional como fez os governos
Lula e Dilma Roussef. Os bancos ganharam
muito dinheiro durante o governo antinacional
e neoliberal de Fernando Henrique Cardoso,
mas nunca lucraram tanto quanto nos
governos do PT. Um governo
verdadeiramente de esquerda não aderiria às
teses neoliberais como os governos do PT
3. que abdicaram de intervir na economia com a
elaboração de um plano de desenvolvimento
nacional capaz de promover o progresso
econômico e social do País.
Um governo verdadeiramente de esquerda
não permitiria a desnacionalização da
economia brasileira e o desmantelamento da
indústria nacional como ocorreu durante os
governos do PT.
Um governo verdadeiramente de esquerda
não combateria a desigualdade social com
programa de transferência de renda como o
“Bolsa Família”, mas, sim promoveria o
crescimento econômico em taxas elevadas
para gerar emprego e renda para a
população.
Um governo verdadeiramente de esquerda
não faria as alianças espúrias como as
realizadas pelo PT com José Sarney, Renan
Calheiros, Fernando Collor, Paulo Maluf, entre
outros, para se manter no poder, nem
permitiria a existência do mar de lama da
corrupção em que se transformou os
governos do PT conforme ficou comprovado
com o mensalão e a corrupção na Petrobras.
No confronto entre Dilma Roussef e Aécio
Neves no segundo turno das eleições
presidenciais, muitos adeptos das teses
esquerdistas afirmam que votarão na
candidata do PT, mesmo reconhecendo o
fracasso do atual governo, porque ela e seu
partido são de esquerda, enquanto Aécio
Neves do PSDB é de direita. Quem faz esta
afirmativa está comprometido política e
ideologicamente com o PT ou desconhece o
que se passou ou se passa nas entranhas
dos governos do PT de Lula e Dilma Roussef.
Trata-se de um mero chavão esta afirmativa.
Na essência o PT de Dilma Roussef e o
PSDB de Aécio Neves são partidos de direita,
isto é, são partidos da ordem dominante. Em
outras palavras, são partidos a serviço
especialmente do capital financeiro.
Qualquer que seja o vencedor das eleições
presidenciais, ambos os candidatos e partidos
manterão o “status-quo”. As mudanças
prometidas por ambos os candidatos na
economia e no plano social não acontecerão.
O PT tentará no governo se perpetuar no
poder, enquanto o PSDB tentará evitar que
isto aconteça. Diante desta situação, cabe ao
eleitor avaliar se é bom para o Brasil manter
no poder um partido (PT) que fracassou na
gestão do País e se dobrou aos ditames do
capital internacional e tende a se perpetuar no
poder ou optar pela alternância do poder
mesmo que ela não se traduza em mudanças
efetivas na economia e na sociedade.
A TORRADA QUEIMADA
Quando eu ainda era um menino, minha mãe
gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã,
na hora do jantar. E eu me lembro de
especialmente de uma noite, quando ela fez um
lanche desses, depois de um dia de trabalho
muito duro. Naquela noite distante, minha mãe
colocou um copo com leite e um prato com
torradas bastante queimadas, para o meu pai. Eu
me lembro de ter esperado um pouco, para ver se
alguém notava o fato. Tudo o que meu pai fez foi
pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe, e me
perguntar como tinha sido o meu dia na escola.
Eu não me lembro do que respondi, mas me
lembro de ter olhado para ele lambuzando a
torrada com manteiga e geleia e engolindo
cada pedaço. Quando eu deixei a mesa
naquela noite, ouvi minha mãe se
desculpando por ter queimado a torrada. E eu
nunca esquecerei o que ele disse:
- Amor, eu adoro torrada queimada.
Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo
de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele
realmente gostava de torrada queimada. Ele me
envolveu em seus braços e me disse:
- Filho, sua mãe teve um dia de trabalho muito
pesado e estava realmente cansada. Além
disso, uma torrada queimada não faz mal a
ninguém. A vida é cheia de imperfeições e as
pessoas não são perfeitas. E eu também não
sou o melhor cozinheiro do mundo.
O que tenho aprendido através dos anos é que
saber aceitar as falhas alheias, relevando as
diferenças entre uns e outros, é uma das chaves
mais importantes para criar relacionamentos
saudáveis e duradouros. E essa lição serve para
qualquer tipo de relacionamento: entre marido e
mulher, pais e filhos, irmãos e amigos.
(Autor desconhecido. Postado por Aloísio
Guimarães:
www.terradosxucuris.blogspot.com.br)
4. A VIDA SÓ É POSSÍVEL ATRAVÉS DOS DESAFIOS
Conto mais uma pequena estória…
“Era uma vez um fazendeiro que, após uma
colheita ruim, reclamou: ‘Se Deus me desse o
controle do clima, tudo seria melhor, pois parece
que ele não entende muito de agricultura.”
Isso é verdade! Ninguém jamais ouviu dizer
que Deus é um fazendeiro – como ele poderia
saber?
“O Senhor disse a ele: ‘Durante um ano eu lhe
darei o controle do clima; peça o que você
quiser, e seu desejo será concedido.”
Antigamente, Deus costumava fazer isso.
Depois ele se cansou…
“O pobre homem ficou muito feliz e
imediatamente disse: ‘Agora eu quero sol!”, e o
sol saiu. Mais tarde ele disse: ”Que chova!”, e
choveu. Durante um ano inteiro, o sol brilhava e
depois chovia. As sementes cresciam,
cresciam… era um prazer observar aquilo!
“Agora Deus pode entender como se controla o
clima”, ele pensou com orgulho. A plantação
nunca antes havia crescido tanto, ficando tão
verde, e de um verde tão saudável.
Chegou a hora de colher. O fazendeiro pegou
a foice para cortar o trigo, mas sentiu um
aperto no coração. Os caules estavam
praticamente ocos.
O Senhor veio e lhe perguntou: ‘Como estão
as suas plantas?’ O homem se queixou:
‘Pobres, meu Senhor, muito pobres!’ ‘Mas
você não controlou o clima? As coisas não
saíram como você queria?’
‘Claro! E é por isso que estou perplexo –
recebi a chuva e o sol que eu pedi, mas não
há o que colher.’
Então o Senhor disse: ‘Mas você nunca pediu
vento, tempestades, gelo e neve, tudo o que
purifica o ar e torna as raízes duras e resistentes!
Você pediu chuva e sol, mas não pediu mau
tempo. É por isso que não há o que colher.”’
A vida só é possível através dos desafios. A
vida só é possível quando você tem tanto o
bom tempo quanto o mau tempo; quando tem
prazer e dor; quando tem inverno e verão, dia
e noite; quando tem tristeza tanto quanto
felicidade, desconforto tanto quanto conforto.
A vida passa entre essas duas polaridades.
Movendo-se entre essas duas polaridades,
você aprende a se equilibrar. Entre essas
duas asas, você aprende a voar até a estrela
mais distante.
Se você escolhe o conforto, a conveniência,
você escolhe a morte. É assim que perde a
felicidade real: você escolheu a conveniência
no lugar dela.
É muito conveniente seguir a voz dos pais, é
conveniente seguir o padre, é conveniente
seguir a igreja, é conveniente seguir a
sociedade e o Estado. É muito fácil dizer sim
a essas autoridades, mas aí você nunca
cresce. Você está tentando conseguir o
tesouro da vida por um preço muito baixo.
Mas é preciso pagar por ele.
Seja um indivíduo e pague por isso. Na
verdade, se você ganhar uma coisa sem
pagar, não a aceite — isso é insultante para
você. Não a aceite; não lhe fica bem. Diga:
“Vou pagar por isso – só então, aceitarei.”.
Realmente, se uma coisa lhe é dada sem
você estar preparado para ela, sem ser capaz
de tê-la, sem estar receptivo a ela, você não
poderá possuí-la por muito tempo. Vai perdê-la
num lugar ou noutro. Você nunca será
capaz de apreciar o valor dela.
A existência nunca lhe dá algo por um
preço baixo, pois você nunca será capaz
de gostar de verdade de algo que não
exigiu nenhum esforço de você.
Escolha o mais difícil. E ser um indivíduo é a
coisa mais difícil do mundo, porque ninguém
quer que você seja um indivíduo. Todos
querem matar a sua individualidade e fazer de
você um carneirinho.
Ninguém quer que você seja você mesmo.
Por isso, você vai perdendo a felicidade vai
perdendo a direção e, obviamente, a
meditação se torna impossível, a
concentração parece quase inexistente.
Você não consegue se concentrar, não
consegue meditar, não consegue ficar com
coisa alguma por mais que uma fração de
segundo. Como pode ser feliz?
Escolha o seu destino. Eu não posso mostrar
a você qual é o seu destino – ninguém mais
5. sabe, nem você. Você tem que senti-lo, e tem
que ir devagar.
Assim, abandone tudo aquilo que, em seu ser,
for emprestado, e então você poderá sentir.
Isso sempre o conduzirá ao lugar certo, à
meta certa.
Aquilo que neste momento você chama de
consciência não é a sua consciência. É uma
substituta — uma pseudoconsciência, uma
farsa, uma falsificação. Abandone-a! E,
quando a abandonar, você poderá ver,
escondida atrás dela, a sua real consciência
que estava à sua espera.
Quando essa consciência penetrar em sua
percepção, a sua vida terá uma direção, a
meditação seguirá você como uma sombra.
Osho
ONTEM AO LUAR
Catulo da Paixão Cearense/Marisa Monte
Ontem ao luar
Nós dois em plena solidão
Tu me perguntaste
O que era dor de uma paixão
Nada respondi
Calmo assim fiquei
Mas fitando azul do azul do céu
A lua azul e te mostrei
Mostrando a ti dos olhos meus correr senti
Uma nívea lágrima e assim te respondi
Fiquei a sorrir por ter o prazer de ver a
lágrima nos olhos a sofrer
A dor da paixão não tem explicação
Como definir o que só sei sentir
É mister sofrer para se saber
O que no peito o coração não quer dizer
Pergunto ao luar travesso e tão taful
De noite a chorar na onda toda azul
pergunto ao luar do mar a canção
Qual o mistério que há na dor de uma paixão
Se tu desejas saber o que é o amor
Sentir o seu calor
O amaríssimo travor do seu dulçor
Sobe o monte a beira mar ao luar
Ouve a onda sobre a areia lacrimar
Ouve o silêncio
A falar da solidão
De um calado coração
A penar a derramar os prantos seus
Ouve o choro perenal a dor silente universal
E a dor maior que a dor de Deus
Se tu queres mais
Saber a fonte dos meus ais
Põe o ouvido aqui na rósea flor do coração
Ouve a inquietação da merencória pulsação
Busca saber qual a razão
Porque ele vive assim tão triste a suspirar
A palpitar em desesperação
Na teima de amar um insensível coração
Que a ninguém dirá no peito ingrato em que
ele está
Mas que ao sepulcro fatalmente o levará
A PIADA DA SEMANA
Um bêbado entrou num ônibus, sentou ao
lado de uma moça e disse:
- Mas como tu és feia, tu é a coisa mais
horrível que eu já vi!
- A moça olha para ele e responde:
- E tu seu bêbado nojento! E o bêbado
imediatamente responde:
- É, mas amanhã eu estou curado!
oOo
Acessar: www.r2cpress.com.br