2. Significado de Orientar
v.t. Dispor uma coisa de acordo com a
posição-guia ou modelo. Dirigir, guiar,
nortear, encaminhar, esclarecer
dúvidas (informar). Fig. Aconselhar.
O que é “ser Orientador”?
Orientação – ato ou arte de orientar;
dar direção, rumo, guia, impulso.
4. O que é ser Orientador
Educacional?
Ver página 25 da apostila, 1º parágrafo
5. O contexto de trabalho do
Orientador Educacional
Nenhum país alcança pleno
desenvolvimento, se não garantir a todos
os cidadãos, em todas as etapas de sua
existência, as condições para uma vida
digna, de qualidade física, psicológica,
social e econômica.
6. A educação tem, nesse cenário, papel
fundamental, sendo a escola o espaço no
qual se deve favorecer, a todos os
cidadãos, o acesso ao conhecimento e o
desenvolvimento de competências, ou
seja, a possibilidade de apreensão do
conhecimento historicamente produzido
pela humanidade e de sua utilização no
exercício efetivo da cidadania.
(ARANHA, Maria Salete Fábio. A Escola. Brasília: Ministério da Educação,
Secretaria de Educação Especial, 2004).
7. Nesse contexto, a atividade de
orientação educacional remete a questões
que entrecruzam funções não tão claras
quanto aparentam ser.
Hoje, acima de tudo, o OE é um articulador
do Projeto político-pedagógico da escola.
É o profissional especialista que trabalha
com a SINERGIA do grupo: coesão em
prol de um objetivo comum.
Mas nem sempre foi assim...
8. Histórico da Orientação
Educacional
• A Orientação Educacional surge não de uma
necessidade da escola. Surge fora do
sistema escolar (1908, nos EUA, com Frank
Parsons) – como Orientação Vocacional – e
só depois (1912, EUA, com Jesse Davis) se
desenvolve no sistema escolar. (Ver p. 25, 2º §)
• A preocupação não estava no
desenvolvimento do aluno, mas sim na
formação profissional.
9. Orientação Educacional no
Brasil
No Brasil teve início em 1924 em São Paulo no
Liceu de Artes e Ofícios. A finalidade era
vocacional, com a criação do “Serviço de
orientação profissional e educacional” com o
objetivo de guiar o indivíduo na escolha de sua
profissão. (Página 26, 2º §)
Em 1931, Lourenço filho, diretor do
Departamento de Educação do Estado
de São Paulo, criou o Serviço Público de
Orientação profissional, na USP. (P. 26,
3º §)
10. Influência francesa
1940 – O governo federal incentiva a criação
do Serviço de Orientação educacional em
todas as escolas, de acordo com o Decreto
Lei 4.073/42: é a regulamentação legal da
Orientação Educacional. (Ver p. 28, último §)
Nas décadas seguintes, o OE passa a
ser considerado um “ajustador”: cabia
a ele ajustar o aluno à escola, à
sociedade a partir de parâmetros
considerados satisfatórios.
11. 1942 a 1946 – São marcos no
desenvolvimento da Orientação Educacional
no Brasil: além da preocupação com o
ajustamento comportamental do aluno, a
preocupação com a qualificação profissional
se atrelava à redefinição político-econômica
em curso.
A OE foi legalmente instituída, tornando-se
obrigatória no ensino secundário, primando
pela orientação vocacional.
12. A Lei 4.024/61 reafirma a necessidade da
Orientação Educacional, entretanto falta
pessoal habilitado. (Ver p. 29, último§)
Em 1968, durante a ditadura militar, a Lei
5564/68 regulamenta o exercício da
profissão de OE. Os cursos de Pedagogia
sofrem reformulações para adequar-se aos
princípios vigentes na época. (Ver p. 30, 3º §)
A Lei 5692/71 instituiu a obrigatoriedade da
OE nos estabelecimentos de ensino de 1º e 2º
graus. (Ver p. 30, último § - crítica)
13. Influência sociológica
Na década de 1980, a influência de
abordagens marxistas na educação
(Bourdieu, Althusser, Snyders) foram
encaminhando as discussões para o
contexto escolar e o contexto social mais
amplo. A escola passa a ser vista como
reprodutora do sistema social.
(Ver p. 31, 2º §)
14. A escola passou a ser questionada
quanto a seus objetivos e propósitos.
A exclusão social ganha espaço em termos de
discussão e reflexão.
A OE, vai deixando de lado as questões de
ajustamento comportamental e pouco a pouco o
OE deixa de ser visto como um “terapeuta” que
deveria atender “alunos-problema”, e vai
assumindo seu compromisso político na escola.
(Ver p. 31, último §; p. 33,
2º §)
15. A Orientação Educacional
hoje
A lei 9.394/96 – Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional -
não traz mais a obrigatoriedade
legal da orientação educacional
nas escolas.
(Ver p. 35, 2º §)
16. O Orientador Educacional é, por
excelência, um promotor do
desenvolvimento humano por ser um
articulador das relações entre as
pessoas.
(Ver p. 37, 2º §)
17. Ninguém é proprietário de um
conhecimento, mas sim responsável
por um dos fios necessários à
tessitura de unir o tapete de saberes
e fazeres que só existirá com a
troca, no trançado de todos os fios
necessários.
(Alves & Garcia, 1999, p.141).
18. Bibliografia
ALVES, Nilda; GARCIA, Regina Leite.
(orgs). O fazer e o pensar dos
supervisores e orientadores
educacionais. São Paulo: Loyola, 1999.
GRINSPUN, Miriam P. S. Zippin.
Orientação Educacional: conflito de
paradigmas e alternativas para a
escola. São Paulo: Cortez, 2011.
19. Questões
1) Qual é a origem histórica da OE, nos EUA?
2) Como tem início a OE no Brasil?
3) Com a regulamentação da OE em 1942, qual
era a função do OE?
4) Com a LDB de 1961, qual era o papel do OE na
escola?
5) Qual é a crítica que se pode fazer à Lei
5692/71, que instituía a obrigatoriedade da
OE nas escolas de 1º e 2º graus?
6) Na década de 1980 que mudanças ocorrem na
OE, no Brasil?
7) Descreva a situação atual da OE no Brasil.
8) Qual é hoje o principal papel da OE?