O rio São Francisco é o principal rio da bacia hidrográfica de mesmo nome, nascendo em Minas Gerais e percorrendo 3.160 quilômetros por quatro estados nordestinos. Sua água é importante para agricultura, irrigação e geração de energia hidrelétrica na região.
1. TEXTO I: TEXTO II:
O rio A bacia hidrográfica do São Francisco
Sempre sonhando rumo ao mar, O rio principal é o São Francisco, que tem o apelido de Velho
como uma canção de prata, Chico. Ele nasce em Minas Gerais e percorre 3.160
vai cantando em seus cristais quilômetros, passando pela Bahia, por Pernambuco, Alagoas e
desde a noite até a alvorada; Sergipe.
vem carregado de pássaros, O São Francisco é muito importante na economia do Nordeste.
vem cheirando à montanha, Ele permite a agricultura em suas margens e sua água é
sempre sonhando rumo ao mar, também usada para irrigar terras distantes. Além disso, abriga
caminho que nunca acaba. as usinas hidrelétricas de Xingó e Paulo Afonso. Entre os
(Cesáreo Rosa-Nieves. In: Poemas com sol e sons – Poesia afluentes estão os rios Carinhanha e Pardo.
latino-americana para meninas e meninos. São Paulo: (Almanaque Recreio. São Paulo: Abril, 2003. p.74.)
Melhoramentos, 2000. p. 56.)
1. Que semelhanças podemos apontar entre os dois textos? ·
2. E que diferenças?
3. Qual texto traz informações objetivas?
4. Qual texto deixa transparecer certa emoção?
Quando a palavra é utilizada com seu sentido comum (o que aparece no dicionário) dizemos que foi empregada
denotativamente. Quando é utilizada com um sentido diferente daquele que lhe é comum, dizemos que foi empregada conotativamente,
este recurso é muito explorado na Literatura. Fonte: http://www.brasilescola.com/literatura/denotacao-conotacao.htm
Observe a imagem abaixo: (Texto publicitário das sandálias havaianas) Observando atentamente o anúncio, podemos
perceber que a expressão “está cheio de
dedos” pode assumir dois sentidos.
5. Qual o sentido denotativo dessa expressão?
E qual o conotativo?
6. A seu ver, essa duplicidade de sentidos
atrapalhou o entendimento do texto? Por quê?
7. Você acha que a duplicidade de sentidos foi
proposital?
Fonte: CEREJA, W. R.; MAGALHÃES, T. C. Gramática: texto, reflexão e uso. São Paulo: Atual, 2008.
LEIA OS TEXTOS ABAIXO E RESOLVA AS QUESTÕES TEXTO IV
PROPOSTAS:
TEXTO III
Fonte: http://aventurangola.blogspot.com/2008_12_01_archive.html
Exercícios: Fonte: http://blogpaulaenis.wordpress.com/2009/09/25/pastel-de-1-real/
1. No texto acima, a garota entendeu corretamente a Exercícios:
mensagem do vendedor? Explique. 3.Explique a ambiguidade presente no texto acima.
2. De que outra forma o vendedor poderia dizer para que a 4. Reescreva o trecho ambíguo de forma a resolver a
menina não entendesse errado? ambiguidade apresentada
3. Que erro de ortografia existe no texto?
2. Em TEXTOS HUMORÍSTICOS, é frequente a interpretação de sentença ambígua (= duplo sentido) da maneira menos
provável, desprezando-se muitas vezes os elementos contextuais que favoreceriam uma interpretação mais provável.
Os textos abaixo se valem do recurso apresentado acima para obter o efeito humorístico. Leia-os atentamente e responda ao
que se pede.
TEXTO V TEXTO VI TEXTO VII TEXTO VIII
a) Um garoto pergunta b) -Doutor, já quebrei o c) -Não deixe sua cadela entrar d) O bêbado está no consultório e
para o outro: braço em vários lugares. na minha casa de novo. Ela está o médico diz:
- Você nasceu em - Se eu fosse o senhor, não cheia de pulgas. - Eu não atendo bêbado.
Pelotas? voltava mais para esses -Diana, não entre nessa casa de - Então quando o senhor estiver
- Não, nasci inteiro. lugares. novo. Ela está cheia de pulgas. bom eu volto - disse o bêbado.
Exercícios:
1.Explique o duplo sentido contido em cada uma das anedotas acima.
2.Escolha duas anedotas e reescreva-as de forma a impedir uma interpretação indevida.
LEIA O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES PROPOSTAS.
- Mas você foi procurar logo um padre ? Precisa de ajuda
psiquiátrica. Talvez clínica, não sei. Ter pavor daquilo não
é saudável.
- E eu não sei ? Eu queria ser como você. Viver com a
- De uns tempos para cá, eu só penso naquilo. perspectiva daquilo naturalmente, até alegremente. Ir para
- Eu penso naquilo desde os meus, sei lá, onze anos. aquilo assoviando.
- Onze anos? - Ah, vou. Assoviando e dando pulinho. Olhe, já sei o que
- É. E o tempo todo. eu vou fazer. Vou apresentar você a uma amiga minha.
- Não. Eu, antigamente, pensava pouco naquilo. Era uma coisa Ela vai tirar todo o seu medo.
que não me preocupava. Claro que a gente convivia com aquilo - Sei. Uma dessas transcendentalistas.
desde cedo. Via acontecer à nossa volta, não podia ignorar. Mas - Não é daqui mesmo. Codinome Neca. Com ela é tiro e
não era, assim, uma preocupação constante. Como agora. queda. Figurativamente falando, claro.
- Pra mim sempre foi. Aliás, eu não penso em outra coisa. - Hein ?
- Desde criança!? - O quê ?
- De dia e de noite. - Do que é que nós estamos falando?
- E como é que você conseguia viver com isso, desde criança? - Do que é que você está falando?
- Mas é uma coisa natural. Acho que todo mundo é assim. Você - Daquilo. Da morte.
é que é anormal, se só começou a pensar naquilo nessa idade. - Ah. - E você ?
- Antes eu pensava, mas hoje é uma obsessão. Fico imaginando - Esquece.
como será. O que eu vou sentir. Como será depois. ( Luis Fernando Veríssimo. Sexo na cabeça. Rio de
- Você se preocupa demais. Precisa relaxar. A coisa tem que Janeiro: Objetiva, 2002. p. 107-8)
acontecer naturalmente. Se você fica ansioso é pior. Aí sim,
aquilo se torna uma angústia, em vez de um prazer.
- Um prazer ? Aquilo ? 1. Explique a que se deve a ambiguidade presente no
- Pra você não sei. Pra mim, é o maior prazer que um homem texto lido.
pode ter. É quando o homem chega ao paraíso. 2. A ambiguidade do texto é reforçada por várias
- Bom, se você acredita nisso, então pode pensar naquilo como situações, palavras e expressões. Que sentidos assume a
um prazer. Pra mim é o fim. expressão “chegar ao paraíso”?
- Você precisa de ajuda, rapaz. 3. Você pode perceber que a ambiguidade pode gerar
- Ajuda religiosa ? Perdi a fé há muito tempo. Da última vez que problemas de comunicação, como ocorreu no texto acima.
falei com um padre a respeito, só o que ele me disse foi que eu Qual o motivo que levou o autor a demonstrar a
devia rezar. Rezar muito, para poder enfrentar aquilo sem medo. ambiguidade em seu texto? Que efeito ele pretendia
provocar no leitor?
Observe as imagens e responda: Em d) temos uma propaganda do chocolate "Nhá
3. Alguns esclarecimentos sobre as imagens: Benta".
Em a) temos uma declaração que foi dada pela modelo para a revista Em e) temos uma "paródia" de uma propaganda do
Veja. Banco do Brasil (BB)
Em b) temos um outdoor de propaganda de plano funerário. Em f) temos uma placa colocada na Praça da
Em c) temos uma manchete publicada pelo jornal Folha de São Paulo. Liberdade em Belo Horizonte.
Exercícios: Nos textos apresentados abaixo podemos identificar a presença da ambiguidade. Sua tarefa é explicar o duplo
sentido presente em cada texto e dizer se tal ambiguidade foi usada como recurso ou representa um problema para a
interpretação do texto.
a) b) c)
d) e) f)
Enfermeira inglesa de 78 anos manda tatuar mensagem no peito pedindo para não proceder a manobras de ressuscitação em caso de parada
cardíaca. (Mundo Online, 4, fev., 2003)
Ela não era enfermeira (era secretária), não era inglesa (era brasileira) e não tinha 78 anos, mas sim 42; bela mulher, muito conservada.
Mesmo assim, decidiu fazer a mesma coisa. Foi procurar um tatuador, com o recorte da notícia. O homem não comentou: perguntou apenas o
que era para ser tatuado.
– É bom você anotar – disse ela – porque não será uma mensagem tão curta como essa da inglesa.
Ele apanhou um caderno e um lápis e dispôs-se a anotar.
– “Em caso de que eu tenha uma parada cardíaca” – ditou ela –, “favor não proceder à ressuscitação”.
Uma pausa, e ela continuou: – “E não procedam à ressuscitação, porque não vale a pena. A vida é cruel, o mundo está cheio de ingratos.”
Ele continuou escrevendo, sem dizer nada. Era pago para tatuar, e quanto mais tatuasse, mais ganharia.
Ela continuou falando.(...). Àquela altura o tatuador, homem vivido, já tinha adivinhado como terminaria a história (...). E antes que ela
contasse a sua tragédia resolveu interrompê-la.
– Desculpe, disse, mas para eu tatuar tudo o que a senhora me contou, eu precisaria de mais três ou quatro mulheres.
Ela começou a chorar. Ele consolou-a como pôde. Depois, convidou-a para tomar alguma coisa num bar ali perto.
Estão vivendo juntos há algum tempo. E se dão bem. (...). Ele fez uma tatuagem especialmente para ela, no seu próprio peito. Nada de muito
artístico (...). Mas cada vez que ela vê essa tatuagem, ela se sente reconfortada. Como se tivesse sido ressuscitada, e como se tivesse
vivendo uma nova, e muito melhor, existência. (Moacyr Scliar, Folha de S. Paulo, 10/03/2003.)
1. O trecho da crônica que mostra que o cronista inspirou-se em um 2. O fato gerador do conflito que constrói a crônica é a secretária:
fato real é: a) ser mais jovem que a enfermeira da notícia.
a) a notícia, retirada da Internet, que introduz a crônica. b) concluir que a vida não vale a pena.
b) as manobras de ressuscitação praticadas pelos médicos. c) achar romântica a história da enfermeira
c) a reprodução da conversa entre a secretária e o tatuador. d) ter se envolvido com o tatuador.
d) a história de amor entre a secretária e o tatuador.
3. Um trecho do texto que expressa uma opinião é: 4. O trecho do texto que retrata a consequência após o encontro da
a) “Mesmo assim, decidiu fazer a mesma coisa.” secretária com o tatuador é:
b) “O homem não comentou; perguntou apenas o que era para ser a) “Foi procurar um tatuador, com o recorte da notícia”.
tatuado.” b) “Ele apanhou um caderno e um lápis e dispôs-se a anotar”.
c) “A vida é cruel, o mundo está cheio de ingratos.” c) “E antes que ela contasse a sua tragédia resolveu interrompê-la”.
d) “Ela começou a chorar. Ele consolou-a como pôde.” d)” Estão vivendo juntos há algum tempo. E se dão bem”.
(Luís Fernando Veríssimo)
O teste definitivo para você saber se você está ou não integrado no mundo moderno é a secretária eletrônica. O que você faz quando
4. liga para alguém e quem atende é uma máquina. Tem gente que nem pensa nisso. Falam com a secretária eletrônica com a maior
naturalidade, qual é o problema? É apenas um gravador estranho com uma função a mais. Mas aí é que está. Não é uma máquina como
qualquer outra. É uma máquina de atender telefone. O telefone (que eu não sei como funciona, ainda estou tentando entender o estilingue)
pressupõe um contato com alguém e não com alguma coisa.
A secretária eletrônica abre um buraco nesta expectativa estabelecida. É desconcertante. Atendem — e é alguém dizendo que não está lá!
Seguem instruções para esperar o bip e gravar a mensagem.
É aí que começa o teste. Como falar com ninguém no telefone? Um telefonema é como aqueles livros que a gente gosta de ler, que só
tem diálogos. É travessão você fala,travessão fala o outro. E de repente você está falando sozinho. Não é nem monólogo. É diálogo só de um.
— Ahn, sim, bom, mmm... olha, eu telefono depois. Tchau.
O “tchau” é para a máquina. Porque temos este absurdo medo de magoá-la. Medo de que a máquina nos telefone de volta e nos
xingue, ou pelo menos nos bipe com reprovação. Sei de gente que muda a voz para falar com secretária eletrônica. Fica formal, cuida a
construção da frase. Às vezes precisa resistir à tentação de ligar de novo para regravar a mensagem porque errou a colocação do pronome.
Outros não resistem. Ao saber que estão sendo gravados, limpam a garganta, esperam o bip e anunciam:
— De Augustin Lara... E gravam um bolero. Talvez seja a única atitude sensata.
INTERPRETAÇÃO
1. “O teste definitivo para você saber...”; o vocábulo definitivo, nesse 2, “O que você faz quando liga para alguém e quem atende é uma
contexto, corresponde ao seguinte sinônimo: máquina”. Nesse segundo período do texto, os elementos que estão
a) inapelável b) decisivo em oposição semântica são:
c) determinado d) derradeiro e) aprovado a) você / quem b) faz / liga
c) liga / atende d) alguém / máquina e) o / uma
3. O item que mostra um desenvolvimento INADEQUADO 4. “O teste definitivo para você saber se você está ou não integrado no mundo
do segmento sublinhado é: moderno é a secretária eletrônica”; a forma de reescrever-se esse segmento do
a) “O teste definitivo para você saber = o teste definitivo texto que ALTERA o seu sentido original é:
para que você saiba. a) Para você saber se está ou não integrado no mundo moderno, o teste
b) “Ao saber que estão sendo gravados = quando sabem definitivo é a secretária eletrônica.
que estão sendo gravados. b) A secretária eletrônica é o teste definitivo para você saber se está ou não
c) “para regravar a mensagem” = para que regrave a integrado no mundo moderno.
mensagem. c) É a secretária eletrônica o definitivo teste para você saber se está ou não
d) “Seguem instruções para esperar o bip” = seguem integrado no mundo moderno.
instruções para que se espere o bip. d) Para você saber se está ou não integrado no mundo moderno, a secretária
e) “como aqueles livros que a gente gosta de ler” = como eletrônica é o teste definitivo.
aqueles livros que a gente gosta que se leiam. e) O teste definitivo do mundo moderno para você saber se está ou não
integrado nele é a secretária eletrônica.
5. O item em que o vocábulo PARA tem significado diferente de 6. A frase do texto em que há claramente a personificação da secretária
todos os demais é: eletrônica por meio de uma ação humana que lhe é atribuída, é:
a) “O teste definitivo para você saber...” a) ‘Medo de que a máquina nos telefone de volta...”
b) “O que você faz quando liga para alguém...” b) “O tchau’ é para a máquina.”
c) “Seguem instruções para esperar o bip...” c) “Porque temos este absurdo medo de magoá-la”
d) “Sei de gente que muda a voz para falar com a secretária..” d) “Não é uma máquina como qualquer outra.”
e) “...ligar de novo para regravar a mensagem.” e) Sei de gente que muda a voz para falar com secretária eletrônica.”
7. A frase abaixo que representa uma linguagem coloquial é: 8. “Tem gente que nem pensa nisso. Falam com a secretária eletrônica com
a) “Tem gente que nem pensa nisso.” a maior naturalidade, qual é o problema?” A pergunta final desse segmento:
b) “Falam com a secretária eletrônica com a maior a) é feita pelo próprio autor do texto.
naturalidade.” b) é questão atribuída à secretária eletrônica.
c) “Talvez seja a única solução sensata.” c) é da autoria da “gente que nem pensa nisso”.
d) “E gravam um bolero.” d) parte de quem não é atendido pela secretária com naturalidade.
e) “É apenas um gravador estranho com uma função a mais.” e) questiona o problema de não haver quem atenda o telefone.
9. “A secretária eletrônica abre um buraco nesta expectativa 10. O trecho entre parênteses no segundo parágrafo — que eu não sei
estabelecida”; a “expectativa” referida no texto é a de que: como funciona, ainda estou tentando entender o estilingue — tem a
a) se entre em contato com alguém. função de:
b) se possa deixar um recado. a) mostrar a competência tecnológica do autor do texto.
c) a secretária eletrônica esteja ligada. b) fazer pouco das máquinas modernas.
d) se possa seguir as instruções da máquina. c) demonstrar a inadequação do autor diante das coisas modernas.
e) não tenham ligado a secretária eletrônica. d) transmitir um tom crítico ao texto.
11. “— Ahn, sim, bom, mmm...”; essas 12. O item em que o sentido da oração sublinhada está ERRADAMENTE indicado, é:
palavras Indicam, por parte de quem é a) “O que você faz quando liga para alguém e quem atende é uma máquina” — tempo.
atendido pela secretária eletrônica: b) “...regravar a mensagem porque errou a colocação do pronome” — causa.
a) aborrecimento b) hesitação ç) “Sei de gente que muda a voz para falar com a secretária eletrônica” — finalidade.
c) espanto d) desilusão e) “Ao saber que estão sendo gravados “ —tempo.
e) admiração
13. Afirmação que cabe ao texto como um todo é que ele: 14. Há tipos diferentes de atitudes diante do atendimento de uma secretária
a) critica amargamente os novos meios tecnológicos. eletrônica. A frase cuja identificação dessa atitude NÃO está adequada é:
b) elogia a tranqüilidade dos que não temem as máquinas. a) “Falam com a secretária eletrônica com a maior naturalidade” —
c) ironiza a falta de educação da secretária eletrônica. tranqüilidade.
d) destaca a desumanização nas relações humanas. b) “Como falar com ninguém no telefone?” — confusão mental.
e) indica uma solução para os problemas de comunicação, c) ‘E gravam um bolero” — lirismo.
d) “Sei de gente que muda a voz para falar com secretária eletrônica” —
formalismo.
15.0 item em que a oração sublinhada NÃO indica uma ação em seqüência 16. Em todos os itens abaixo há uma junção de um
cronológica em relação à oração anterior, é: substantivo com um adjetivo; o par em que o adjetivo NÃO
a) “0 que você faz quando liga para alguém e quem atende é uma máquina representa uma opinião do autor do texto é:
b)”...esperam o bip e anunciam.” a) atitude sensata b) teste definitivo
c) “Seguem instruções para esperar o bip e gravar a mensagem.” c) absurdo medo d) mundo moderno
d) “Medo de que a máquina nos telefone de volta e nos xingue.” e) gravador estranho
5. Tenho um amigo que fica indignado quando peço na padaria “duzentas” gramas de presunto — já que a forma correta, insiste ele, é
duzentos gramas. Sempre discutimos sobre os diferentes modos de falar. Ele argumenta que as regras de pronúncia e de ortografia,
já que
existem, devem ser obedecidas, e que os mais cultos (como eu, um cara que traduz livros) devem insistir na forma correta, a fim de
esclarecer e encaminhar gente menos iluminada.
Eu sempre argumento que, quando ele diz que só existe uma forma correta de falar, está usurpando um termo de outro ramo,
que está tentando aplicar a ética à gramática, como se falar corretamente implicasse algum grau de correção moral, como se dizer
“duzentas” significasse incorrer numa falha de caráter, e dizer duzentos gramas fosse prova de virtude e integridade.
Ele vem então com aquela de que se pode desculpar a moça da padaria quando fala “duzentas”, pois ela desconhece a norma
culta, mas quanto a mim, que a domino, demonstro uma falha de caráter ao ignorá-la em benefício dos outros — só para evitar o
constrangimento de falar diferente. “Quem sabe fazer o bem e não o faz comete pecado” — parece concluir.
Eu reconheço, sim, que falo de forma diferente dependendo de quem seja meu interlocutor. Às vezes uso deliberadamente
formas como “tentêmo” ou “vou ir”. Pelo mesmo motivo, todas as gírias e dialetos locais me interessam. Não que — por exemplo—a
decisão de dizer “duzentas” gramas seja consciente, uma premeditação em favor da inclusão social. É que, algumas vezes, a coisa
certa a se fazer — sobretudo na linguagem falada — é ignorar a norma, ou pervertê-la. Quando peço “duzentas gramas de presunto,
por favor”, a moça da padaria invariavelmente repete, como que para extorquir minha profissão de fé à norma inculta:
__ DUZENTAS?
— Duzentas, confirmo eu, já meio arrependido, mas caindo, ainda assim, em tentação. (Adaptado de Pauto Brabo, site A bacia das
almas)
1. A posição do autor do texto em relação aos diferentes níveis 2. Atente para as seguintes afirmações:
de linguagem é a de quem: I. A indignação do amigo deve-se ao fato de que o autor, que se
a) por desconhecer a norma culta, não pode mostrar apresenta como um homem culto, não domina as regras de
constrangimento quando não fala corretamente. pronúncia e de ortografia.
b) por dominar a norma culta, sente-se à vontade para deturpá- II. Para o amigo do autor, a desobediência à norma culta é
la, sem que haja qualquer razão para isso. sobremaneira indesculpável quando quem a infringe é aquele
c) mesmo dominando a norma culta, não hesita em transgredi-la, que não a desconhece.
quando isso favorece a comunicação com os outros, III.0 autor comunga com seu amigo a convicção de que o uso da
d) por desconhecer a norma culta, despreza a presunção das norma culta beneficia o interlocutor que ainda não a conhece.
pessoas que insistem em corrigir quem fala incorretamente. Em relação ao texto, está correto o que se afirma em:
e) mesmo dominando a norma culta, desobedece-a a)I, II e III b) I e II, somente
sistematicamente, não importando a situação de uso da c) II e III, somente d) I e III, somente
linguagem.
3. No segundo parágrafo, a argumentação do autor diante da convicção do 4. De acordo com o contexto, é irônica a seguinte
amigo quanto ao uso da linguagem pode ser assim resumida: frase:
a) Deve-se desculpar o pecado de quem insiste em falar ou escrever de modo a) (...) caindo, ainda assim, em tentação.
incorreto. b) (...) as regras de pronúncia e de ortografia (...)
b) Não se deve contundir o plano da suposta correção da norma culta como devem ser
plano ético das virtudes pessoais. obedecidas (...)
c) Mesmo quem desconhece a norma culta está virtualmente habilitado para c) (..j pois ela desconhece a norma culta (..)
um dia vir a dominá-la. d) (...) algumas vezes, a coisa certa a se fazer é
d) Quem se vale da linguagem espontânea demonstra ser mais virtuoso do que ignorar a norma
aquele que se vale da norma culta. e) (...) todas as gírias e dialetos locais me
e) O desconhecimento da norma culta prejudica apenas a comunicação, mas interessam.
não implica falta de caráter.
5. Considerando-se o contexto, na passagem em que a moça da padaria pergunta “DUZENTAS?”, repetindo a palavra ouvida:
a) a atendente demonstra compartilhar a mesma indignação do amigo do autor.
b) o amigo do autor encontraria uma razão para mudar de ideia quanto às suas convicções linguísticas.
c) o autor demonstra seu constrangimento ao ser imediatamente corrigido por uma atendente.
d) o autor faz crer que a pergunta teria sido um pedido de confirmação da forma verbal por ele utilizada.
e) a atendente demonstra sua satisfação em reconhecer o esforço do autor em se valer de uma linguagem espontânea.
INTERPRETAÇÃO DE TIRINHAS DA TURMA DA MÔNICA
1) No primeiro quadrinho os personagens estão fazendo o quê?
2) Qual o sinal de pontuação bastante presente neste primeiro quadrinho?
3) Para que ele serve?
4) Se o sinal de pontuação fosse trocado por interrogação o que mudaria?
5) Cebolinha consegue visualizar o que acontece dentro da bola de cristal?
6) Justifique a sua resposta escrevendo a fala do Cebolinha.
7) As palavras crás e pof são onomatopéias que representam os sons. Que sons elas estão representando respectivamente?
TEXTO: GENTE GRANDE E GENTE Dona Nenén, a professora da minha classe, foi quem primeiro me entrou no
6. MIÚDA coração.
Vinte e quatro anos, pouco mais ou menos, leve, magrinha,
pequenina, e olhos pardos e grandes. Um riso bonito e tranquilo clareando-
lhe o rosto.
Eu nunca tinha visto moça mais linda. E tão forte impressão ela me
causava com a sua beleza, que eu tirava constantemente os olhos dos
livros para ficar minutos esquecido a olhá-la.
Ela, porém, me advertia:
- Não se distraia, menino, cuide da sua liçãozinha.
Era uma criatura doce, delicada, suavíssima. Assim, miudinha,
misturada ali conosco, podia-se pensar que fosse nossa irmã mais velha.
Fazia-se respeitar porque se fazia estimar.
Não ralhava nunca. Apenas nos olhava com aqueles olhos grandes e
serenos. Bastava aquilo para que nos sentíssemos arrependidos e
envergonhados.
Mas, quando a falta era grande, além do olhar, ela nos contava uma
história. Quase uma fábula ou um apólogo, com um fundo moral que
mostrava o erro cometido. (Viriato Correia).
INTERPRETAÇÃO
1. Qual o sentido da expressão em destaque? 5. Construa frases empregando as palavras:
“Dona Nenén (...) foi quem primeiro me entrou no coração.” a) constantemente
b) advertir
c) arrependido
2. A palavra coração pode ser empregada em expressões d) distrair
com vários sentidos: e) respeitar
desabafar-se; f) impressão
a parte mais importante,
o centro; 6. Dê o antônimo de:
pessoa insensível, cruel; a) tranquilo
amor, afeto; aflito, angustiado; sinceramente, afetuosamente; b) bonito
pessoa extremamente bondosa. c) delicada
Indique o sentido que ela assume nas frases abaixo. d) magrinha
a) Minha professora tem um coração de ouro. e) leve
b) Você tem um coração de pedra. f) esquecido
c) Chegou à casa da amiga com o coração nas mãos.
d) Falou de todo coração. 7. Qual era a profissão de dona Nenén?
e) Para se vencer a guerra era preciso alcançar o coração do
país. 8. O texto apresenta-nos a descrição de dona Nenén.
f) Abriu seu coração e contou toda a verdade. Quando pretendemos descrever uma pessoa,
podemos apresentá-la sob dois aspectos: físico e psicológico.
3. Explique o sentido das seguintes palavras do texto: Descreva de acordo com esses dois
a) “Ela, porém, me advertia:” aspectos.
b) “... olhos pardos e grandes... “
c) “... um riso tranqüilo e bonito clareando-lhe o rosto.” 9. A repreensão das faltas cometidas pelos alunos ocorria de
d) “Era uma criatura doce...” que forma: direta ou indireta?
e) “... eu tirava constantemente os olhos dos livros...”
10. Por meio do relato de uma fábula ou apólogo, a
4. Pesquise e responda: o que é um apólogo? professora fazia com que os alunos fizessem que tipo
de reflexão?
Exercícios – Crase – 1. A ocorrência da crase no aviso acima nos permite que
interpretação?
2. Pode-se afirmar que há erro no emprego da crase. Explique por
quê.
3. O emprego ou não do acento grave indicador da crase pode gerar
ambiguidade. Tendo como base essa afirmação, analise os pares de
frases abaixo e indique o significado de cada uma;
a) Desenhei a caneta /desenhei à caneta.
b) Comprar a vista / comprar à vista.
c) A polícia recebeu a bala/ a polícia recebeu à bala.
d) Bater a porta / bater à porta.
e) Dar a luz / dar à luz".
f) Chegou a noite/ chegou à noite.
g) Pintei a mão/ pintei à mão.
i) Saiu a francesa/ saiu à francesa.
j) Cheirar a gasolina/ cheirar à gasolina
7. 1. Leia os fragmentos seguintes, classificando-os de acordo com as
figuras de linguagem:
a) ”Onde queres prazer sou o que dói,
E onde queres tortura, mansidão
Onde queres um lar, revolução
E onde queres bandido sou herói. “ (Caetano Veloso)
b) Ele a amava, ela o odiava.
c) Hoje fez sol, ontem, pois, choveu muito.
d) “É que teu riso penetra n'alma
Como a harmonia de uma orquestra santa.”
(Castro Alves)
e) “Rios te correrão dos olhos, se chorares!” (Olavo Bilac)
f) “Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas
Vagam nos velhos vórtices velozes
'Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas” (Cruz e Souza)
g)"...Trata-se de um usurpador do bem alheio..." (Em lugar de ladrão)
h) Ele entregou a alma a Deus. (Em lugar de: Ele morreu)
i) Nem tudo que ronca é porco,
Nem tudo que berra é bode,
Nem tudo que reluz é ouro,
Nem tudo falar se pode.
j) "Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal" (Fernando Pessoa)
l) "O primeiro milhão possuído excita, acirra, assanha a gula do
milionário." (Olavo Bilac)
m) Lemos Machado de Assis por interesse.
n) A Amazônia é o pulmão do mundo.
2. No trecho: "...dão um jeito de mudar o mínimo 3. Nos trechos: "O pavão é um arco-íris de plumas" e "...de tudo que ele
para continuar mandando o máximo", a figura de suscita e esplende e estremece e delira..." enquanto procedimento
linguagem presente é chamada: estilístico, temos, respectivamente:
a) metáfora a) metáfora e polissíndeto;
b) hipérbole b) comparação e repetição;
c) hipérbato c) metonímia e aliteração;
d) anáfora d) hipérbole e metáfora;
e) antítese e) anáfora e metáfora.
4. Assinale a alternativa em que ocorre aliteração: 5. Na frase "O fio da idéia cresceu, engrossou e partiu-
a) "Água de fonte .......... água de oceano ............. água de pranto. (Manuel se" ocorre processo de gradação. Não há gradação em:
Bandeira) a) O carro arrancou, ganhou velocidade e capotou.
b) "A gente almoça e se coça e se roça e só se vicia." (Chico Buarque) b) O avião decolou, ganhou altura e caiu.
c) "Ouço o tique-taque do relógio: apresso-me então." (Clarice Lispector)
d) "Minha vida é uma colcha de retalhos, todos da mesma cor." (Mário
c) O balão inflou, começou a subir e apagou.
Quintana) d) A inspiração surgiu, tomou conta de sua mente e frustrou-se.
e) Nenhuma das alternativas. e) João pegou de um livro, ouviu um disco e saiu.
Quando a família fala em viajar, nós logo pensamos
em fazer as malas. O que levar? Veja como preparar
a bagagem para fazer as férias.
Responda as questões abaixo.
1- O texto "Para onde você vai?" é
(A) uma fábula
(B) um texto instrucional
(C)uma carta
(D) um verbete de enciclopédia
2-Você acha que este texto foi escrito para adultos
ou para crianças e adolescentes? Justifique sua
resposta.
3-Ao Escolher o que levar nas malas, o que é
importante ter em mente? Leia as opções abaixo e
marque a resposta certa.
(A) o lugar para onde se vai: praia, campo ou cidade.
(B)o meio de transporte
(C) o clima frio ou quente
(D)o tipo de comida
4- O texto sugere que as crianças chamem um
adulto depois que as malas estiverem prontas. Por
quê?
8. 2. Assinale o segmento em que NÃO foram usadas palavras
em sentido figurado:
a) Lendo o futuro no passado dos políticos (...)
b) As fontes é que iam beber em seus ouvidos.
c) Eram 75 linhas que jorravam na máquina de escrever com
regularidade mecânica.
d) Antes do meio-dia, a coluna estava pronta.
e) (...) capaz de cortar com a elegância de um golpe de
florete.
3. Assinale a alternativa cujo termo grifado NÃO é linguagem
conotativa:
a) “... mas um defunto autor, para quem a campa foi outro
berço”
b) “Acresce que chovia - peneirava - uma chuvinha miúda,
triste”
c) “A natureza parece estar chorando a perda irreparável...”
d) “... no discurso que proferiu à beira da minha cova.”
4. O item em que o termo sublinhado está empregado no
sentido denotativo é:
a) “Além dos ganhos econômicos, a nova realidade rendeu
frutos políticos.”
b) “...com percentuais capazes de causar inveja ao
presidente.”
c) “Os genéricos estão abrindo as portas do mercado...”
d) “...a indústria disparou gordos investimentos.”
e) “Colheu uma revelação surpreendente:...”
5. Marque a alternativa cuja frase apresenta palavra(s)
empregada(s) em sentido figurado:
1. Analise a imagem e responda: a) O homem procura novos caminhos na tentativa de fixar
suas raízes.
b) “Mas lá, no ano dois mil, tudo pode acontecer. Hoje, não.”
c) “... os planejadores fizeram dele a meta e o ponto de
partida.”
d) “Pode estabelecer regras que conduzam a um viver
tranquilo ...”
e) “Evidentemente, (...) as transformações serão mais
rápidas.”
6. Assinale a alternativa em que NÃO há palavra empregada
em sentido figurado:
a) “O estrangeiro ainda tropeça com muita frequência na
incompreensão das sociedades por onde passa.”
b) “Quando a luz estender a roupa nos telhados, seremos, na
manhã, duas máscaras calmas.”(Mário Quintana)
c) “Vejo que o amor que te dedico aumenta seguindo a trilha
de meu próprio espanto.”
d) Não, eu te peço, não te ausentes / Porque a dor que agora
Pode-se afirmar que houve o emprego da conotação no sentes / Só se esquece no perdão.”
exemplo acima? Explique. e) “Sinto que o tempo sobre mim abate sua mão pesada.”
(Carlos Drummond de Andrade)
1) Por que no primeiro quadrinho Mônica está braba?
2) O que demonstra esta reação?
3) Qual seria o formato do balão se a Mônica estivesse calma?
4) O autor coloca uma espécie de nuvem em cima da cabeça da Mônica, o que ela significa?
5) Como a Mônica descobre quem deu o nó na orelha do coelhinho?
6) Qual é a reação do Cebolinha?
7) Para demonstrar esta reação o autor desenha o Cebolinha de que forma?
9. 2. Assinale o segmento em que NÃO foram usadas palavras
em sentido figurado:
a) Lendo o futuro no passado dos políticos (...)
b) As fontes é que iam beber em seus ouvidos.
c) Eram 75 linhas que jorravam na máquina de escrever com
regularidade mecânica.
d) Antes do meio-dia, a coluna estava pronta.
e) (...) capaz de cortar com a elegância de um golpe de
florete.
3. Assinale a alternativa cujo termo grifado NÃO é linguagem
conotativa:
a) “... mas um defunto autor, para quem a campa foi outro
berço”
b) “Acresce que chovia - peneirava - uma chuvinha miúda,
triste”
c) “A natureza parece estar chorando a perda irreparável...”
d) “... no discurso que proferiu à beira da minha cova.”
4. O item em que o termo sublinhado está empregado no
sentido denotativo é:
a) “Além dos ganhos econômicos, a nova realidade rendeu
frutos políticos.”
b) “...com percentuais capazes de causar inveja ao
presidente.”
c) “Os genéricos estão abrindo as portas do mercado...”
d) “...a indústria disparou gordos investimentos.”
e) “Colheu uma revelação surpreendente:...”
5. Marque a alternativa cuja frase apresenta palavra(s)
empregada(s) em sentido figurado:
1. Analise a imagem e responda: a) O homem procura novos caminhos na tentativa de fixar
suas raízes.
b) “Mas lá, no ano dois mil, tudo pode acontecer. Hoje, não.”
c) “... os planejadores fizeram dele a meta e o ponto de
partida.”
d) “Pode estabelecer regras que conduzam a um viver
tranquilo ...”
e) “Evidentemente, (...) as transformações serão mais
rápidas.”
6. Assinale a alternativa em que NÃO há palavra empregada
em sentido figurado:
a) “O estrangeiro ainda tropeça com muita frequência na
incompreensão das sociedades por onde passa.”
b) “Quando a luz estender a roupa nos telhados, seremos, na
manhã, duas máscaras calmas.”(Mário Quintana)
c) “Vejo que o amor que te dedico aumenta seguindo a trilha
de meu próprio espanto.”
d) Não, eu te peço, não te ausentes / Porque a dor que agora
Pode-se afirmar que houve o emprego da conotação no sentes / Só se esquece no perdão.”
exemplo acima? Explique. e) “Sinto que o tempo sobre mim abate sua mão pesada.”
(Carlos Drummond de Andrade)
1) Por que no primeiro quadrinho Mônica está braba?
2) O que demonstra esta reação?
3) Qual seria o formato do balão se a Mônica estivesse calma?
4) O autor coloca uma espécie de nuvem em cima da cabeça da Mônica, o que ela significa?
5) Como a Mônica descobre quem deu o nó na orelha do coelhinho?
6) Qual é a reação do Cebolinha?
7) Para demonstrar esta reação o autor desenha o Cebolinha de que forma?