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O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES: Metodologias de Operacionalização (parte I) 1.ª Etapa Subdomínio Seleccionado A.2 (Promoção das Literacias da Informação, Tecnológica e Digital) O conceito de “Literacia da Informação” constitui um dos papéis mais importantes das bibliotecas escolares na aprendizagem e no currículo. Face à diversificação e à quantidade de meios de informação no mundo actual, é impossível pensar o saber em moldes tradicionais. A um processo de pura acumulação do saber, opõe-se a aquisição de capacidades e competências susceptíveis de favorecer a autoformação e a educação ao longo da vida dos indivíduos, como os únicos meios capazes de os preparar para a vida num contexto de mudança acelerada.  Segundo Doyle (1994: 5 cit. por Loertscher e Woolls, 1997: 339), a literacia da informação é “a habilidade para aceder, avaliar e utilizar a informação proveniente de fontes variadas.” Todd define-a como “a habilidade para usar a informação, de acordo com determinado objectivo e de forma eficaz” (Todd, 1996: 35). A ALA (American Library Association), (ref. por Loertscher e Wools, 1997) registava, em 1989, que a literacia de informação exige que uma pessoa seja capaz de reconhecer quando necessita de informação e possua as habilidades para localizar, avaliar e usar com eficácia a informação necessária, considerando-se que se encontram nesta situação aqueles de quem, mais recentemente, se diz que aprenderam a aprender. A literacia da informação mobiliza, assim, uma série de competências fundamentais requeridas por todas as disciplinas escolares, tendo por isso um carácter necessariamente transversal. Hamers e Overtoom (1998) afirmam que quando alguém aprende a resolver um determinado problema, usando o conhecimento e as estratégias de que dispõe, adquiriu uma capacidade. Se for capaz de aplicar (transferir) esta capacidade a uma situação relativamente nova, chamamos-lhe competência.  A BE apenas poderá cumprir o seu papel na promoção da literacia da informação se for utilizada pelos alunos e integrada em processos de aprendizagem e auto-aprendizagem que facilitem o desenvolvimento das competências em literacia. A noção de literacia da informação ampliou e modificou consideravelmente a influência que a biblioteca escolar tinha até há pouco tempo na aprendizagem, a qual se traduzia no conceito mais restrito de “formação de utilizadores”, entendido como o conjunto de acções levadas a cabo no âmbito das actividades de uma biblioteca, destinadas a optimizar a utilização dos seus recursos. As “competências de Biblioteca” consistiam no saber utilizar o catálogo, na localização dos livros nas estantes, através das cotas, na utilização das enciclopédias/obras de referência, etc. Neste momento, os profissionais tentam ou estão a aprender a substituir as “competências de Biblioteca” isoladas, por competências de informação directamente relacionadas com os conteúdos das áreas curriculares e em articulação com as actividades de ensino na sala de aula. O ensino de competências informáticas pode seguir o mesmo tipo de abordagem. Os professores-bibliotecários, os professores de informática e os restantes professores necessitam de trabalhar em conjunto para desenvolver unidades e lições que incluem competências informáticas, competências gerais de informação e conteúdos das áreas disciplinares.  Segundo Cooke (1989) o ensino de “competências de biblioteca” fracassou por “não dar a conhecer aos alunos a necessidade de eles reflectirem sobre a informação que adquiriam, porque é que a adquiriam e como deveriam utilizá-la”. O mesmo problema se colocou, como já vimos, em relação ao ensino das tecnologias de informação de um modo isolado, o qual provou não contribuir para a transferência das competências adquiridas em novas situações.  O factor chave no sucesso de qualquer programa de competências de informação reside, portanto, na sua integração no currículo escolar. Para promover esta integração, é importante que os professores-bibliotecários trabalhem com os restantes professores da escola, planeando e levando a cabo em conjunto um programa de competências, de modo a assegurar que estas são consideradas tanto nas diferentes componentes do currículo desenvolvidas no contexto da sala de aula como no contexto do trabalho na biblioteca. O ensino de competências de informação é, deste modo, encarado como um processo amplo e contínuo que atravessa o currículo e a escola e envolve o professor-bibliotecário e os professores das diferentes disciplinas como parceiros, num planeamento e ensino em cooperação. O impacto é, no entanto, difícil de observar. As competências a desenvolver são visíveis, apenas, a médio e longo prazo, e, por isso, um programa de avaliação, neste domínio, deve desenvolver-se ao longo de um ciclo de estudos.  Pode-se concluir que o fulcro da questão está no trabalho de colaboração entre professores e professores-bibliotecários/equipas da BE, na articulação curricular e na análise constante dos efeitos que esse trabalho produz nos alunos. O envolvimento dos professores é fundamental, uma vez que podem, mais facilmente, apresentar evidências dos pontos fracos através da avaliação de competências dos alunos ao longo do ano e em contexto de sala de aula. A BE não pode transmitir a sua mensagem, apenas, na base teórica, mas aliá-la às práticas lectivas como complemento e prolongamento das mesmas, sempre que necessário. Pretende-se que os alunos sejam autónomos e construam o seu próprio conhecimento através das experiências de pesquisa, selecção e tratamento da informação de que dispõem e transfiram esse conhecimento, sempre que necessário, para outras situações. O professor-bibliotecário deve instituir-se como especialista de aprendizagem, associando alunos, professores e recursos e determinando o que os alunos aprendem e como aprendem; facilitando o acesso à informação em vários suportes; formando os utilizadores na produção de informação e formas de comunicação variados, etc. A aquisição das competências tecnológicas e de informação será fundamental à aprendizagem ao longo da vida, na medida em que os alunos ficam na posse de ferramentas, imprescindíveis à sua integração num mundo em constante mudança. 1. PLANO DE AVALIAÇÃO 1. Problema/Diagnóstico Temos verificado que uma percentagem significativa dos alunos da Escola/Agrupamento revela falhas básicas em termos de literacia de informação: não definem com clareza o que procuram, não recorrem a fontes diversificadas nem utilizam as estratégias adequadas para localizar informação, não sabem seleccionar a informação mais pertinente em função do objectivo final e produzir documentos da sua autoria, não relacionam a informação com os conhecimentos que já possuem para produzir ideias novas e não conseguem comunicar a informação recolhida.  1.1 Evidências recolhidas: - Na BE (observação do desempenho dos alunos). - Nas reuniões com os departamentos.  - Em diálogo com os professores.  - No Conselho Pedagógico.  - Através da observação dos trabalhos realizados pelos alunos na BE.   1.2 Pressupostos inerentes ao problema detectado:  Apesar da BE ter instituído um modelo de pesquisa de informação e de planificar algumas acções de implementação do mesmo, aprovadas em Conselho Pedagógico, nem todos os professores aplicam o que foi estipulado. Além disso, verificamos que, sistematicamente, são propostos trabalhos de pesquisa sem a apresentação de um guião com orientações claras e precisas sobre o objecto da investigação. Face ao problema detectado e dada a importância do assunto, propomos o desenvolvimento de uma acção de avaliação concertada, apenas para o 5.º ano. O Plano de Melhoria será aplicado no ano lectivo 2010/2011 aos alunos do 6.º ano (alunos aos quais se aplicou o plano), conjuntamente com o novo domínio a avaliar. Supomos que se os alunos adquirirem as competências necessárias neste domínio, prosseguirão para o 3.º ciclo com uma base mais sólida de trabalho e será mais fácil darem continuidade às aprendizagens adquiridas. 2. PLANO DE INTERVENÇÃO ObjectivosRecursosActividades a DesenvolverImpacto EsperadoObjectivo geral:- Promover a Literacia da Informação.Objectivos específicos:- Promover o uso da BE. - Promover a articulação curricular no domínio das competências de informação, por ano/ciclo. - Promover uma efectiva cooperação com os docentes.- Estimular o uso rigoroso e eficiente das TIC.- Estimular o uso do modelo de pesquisa da escola.- Recursos humanos: Equipa da BE, Colaboradores da BE, Coordenadores de Departamento, Professores das ACND, Alunos Voluntários.- Recursos tecnológicos: equipamentos do CR.- Recursos documentais em formatos diversos: enciclopédias e documentos de referência, dossiês temáticos, guiões de orientação de pesquisa e outros. - Levantamento dos currículos das competências de informação inerentes a cada disciplina/área curricular do 5.º ano. - Elaboração de um currículo de competências transversais adequado ao 5.º ano. - Elaboração de um plano, com os docentes de cada disciplina, dos temas de desenvolvimento/trabalhos de pesquisa a realizar na BE (temas de pesquisa, calendarização, recursos necessários, tipo de intervenção da equipa da BE). - Formação dos alunos voluntários do 3.º ciclo, na área em causa, para auxiliarem os alunos do 5.º ano (sempre que possível). - Visitas e acções de formação na BE, em contexto turma, durante as aulas de Estudo Acompanhado e/ou Área de Projecto: realização de trabalhos de projecto, seguindo o modelo de pesquisa; uso de ferramentas digitais. - Elaboração de guiões, listagens de sites úteis, listas bibliográficas e disponibilização dos mesmos na página da BE. - A BE é um espaço de referência para os Alunos e Professores. - Os Alunos: utilizam, normalmente, o modelo de pesquisa adoptado pela escola e realizam trabalhos pessoais e com qualidade; utilizam a página da BE e os recursos nela inseridos como ferramentas de trabalho; recorrem quer a obras de referência e materiais impressos quer a fontes digitais; pedem ajuda aos Professores da Equipa, sempre que necessitam; elaboram trabalhos de pesquisa por iniciativa própria; consultam o catálogo autonomamente. - Os Professores: procuram a Equipa da BE com frequência e propõem actividades em parceria; elaboram guiões de pesquisa para orientação dos alunos; recorrem aos materiais produzidos pela BE para enriquecer a actividade lectiva; colaboram com a BE na análise da evolução das avaliações dos alunos.  Nota – Foi realizada uma planificação conjunta dos vários indicadores devido à interligação existente. 3. PLANIFICAÇÃO DA AVALIAÇÃO Tipo de avaliaçãoMétodos e InstrumentosIntervenientesAvaliação baseada em evidências A.2.2 - Recolha documental de registos de planeamento e das actividades da BE. - Projecto Educativo e Curricular do Agrupamento.- Projectos Curriculares das Turmas do 5.º ano.- Registos de Reuniões e contactos.- Materiais de apoio produzidos e editados.A.2.4 - Grelha de Observação da Utilização da Biblioteca em Contexto Lectivo.- Grelha de Análise de Trabalhos Escolares dos Alunos.- Questionários aos professores.- Questionários aos alunos.- Dados estatísticos de utilização da BE (visitas à BE, empréstimos domiciliários/presenciais/aulas, materiais produzidos, etc.).- Análise diacrónica das avaliações dos alunos.- Equipa da BE - Director - Directores de Turma- Professores que leccionam Estudo Acompanhado/Área de projecto - Alunos do 5.º ano de escolaridade- Equipa da BE - Professores de diferentes disciplinas/ áreas disciplinares.- Equipa da BE - Alunos do 5.º ano- Equipa da BE - Directores de Turma- Professores das áreas de Estudo Acompanhado/Área de Projecto - Directores de Turma do 5.º ano  Nota – Por impossibilidade do formando, apenas se indicam, a título de exemplo, dois indicadores. 4. CRONOGRAMA DatasActividadesIntervenientesAté final de Novembro- Divulgação do Modelo de Auto-Avaliação.- Selecção do domínio a avaliar.- Equipa da BE- Director- Conselho PedagógicoAté meados de Janeiro- Divulgação do domínio a avaliar nos Órgãos de Gestão Intermédia do Agrupamento.- Adaptação dos questionários seleccionados para os professores, turmas e encarregados de educação para aplicação dos instrumentos de recolha de evidências.- Equipa da BE- Professores3.ª semana de Fevereiro- 1.ª aplicação de questionários.- Alunos do 5.º ano- ProfessoresMês de Março- Tratamentos dos dados obtidos nos questionários da 1.ª aplicação.- Equipa da BE/ Colaboradores da BEÚltima semana de Maio- 2.ª aplicação de questionários.- Alunos do 5.º ano- ProfessoresMês de Junho- Tratamentos dos dados obtidos nos questionários da 2.ª aplicação.- Tratamento final dos dados.- Equipa /Colaboradores da BEDurante o mês de Julho- Elaboração do relatório de Auto-Avaliação/Perfil da BE.- Análise do relatório em Conselho Pedagógico.- Elaboração de um Plano de Melhoria, caso necessário.- Professor Bibliotecário- Conselho Pedagógico 5. IDENTIFICAÇÃO DAS AMOSTRAS Questionário aos ProfessoresQuestionários aos AlunosGrelha de Observação da Utilização da Biblioteca em Contexto LectivoGrelha de Análise de Trabalhos Escolares dos AlunosUniverso – Total de professores da escola sede do agrupamentoPercentagem – 20%Distribuição: proporcional ao número de elementos dos vários departamentos.Universo -Alunos do 5.º ano de escolaridadePercentagem – 10% Universo – Alunos do 5.º ano de escolaridadePercentagem – 10% Serão aplicadas de comum acordo com os professores, em grupo ou individualmente.Universo – Alunos do 5.º ano de escolaridadePercentagem – 10% Serão aplicadas de comum acordo com os professores, em grupo ou individualmente. 6. LIMITAÇÕES DO PROCESSO - Reduzido número de horas dos elementos da equipa (para além do professor-bibliotecário). - Falta de tempo do professor-bibliotecário (assume o tratamento dos documentos sozinho). - Dificuldades de observação de determinados parâmetros. O formando António Tavares
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Tarefa SessãO 4 1ª Parte

  • 1. O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES: Metodologias de Operacionalização (parte I) 1.ª Etapa Subdomínio Seleccionado A.2 (Promoção das Literacias da Informação, Tecnológica e Digital) O conceito de “Literacia da Informação” constitui um dos papéis mais importantes das bibliotecas escolares na aprendizagem e no currículo. Face à diversificação e à quantidade de meios de informação no mundo actual, é impossível pensar o saber em moldes tradicionais. A um processo de pura acumulação do saber, opõe-se a aquisição de capacidades e competências susceptíveis de favorecer a autoformação e a educação ao longo da vida dos indivíduos, como os únicos meios capazes de os preparar para a vida num contexto de mudança acelerada. Segundo Doyle (1994: 5 cit. por Loertscher e Woolls, 1997: 339), a literacia da informação é “a habilidade para aceder, avaliar e utilizar a informação proveniente de fontes variadas.” Todd define-a como “a habilidade para usar a informação, de acordo com determinado objectivo e de forma eficaz” (Todd, 1996: 35). A ALA (American Library Association), (ref. por Loertscher e Wools, 1997) registava, em 1989, que a literacia de informação exige que uma pessoa seja capaz de reconhecer quando necessita de informação e possua as habilidades para localizar, avaliar e usar com eficácia a informação necessária, considerando-se que se encontram nesta situação aqueles de quem, mais recentemente, se diz que aprenderam a aprender. A literacia da informação mobiliza, assim, uma série de competências fundamentais requeridas por todas as disciplinas escolares, tendo por isso um carácter necessariamente transversal. Hamers e Overtoom (1998) afirmam que quando alguém aprende a resolver um determinado problema, usando o conhecimento e as estratégias de que dispõe, adquiriu uma capacidade. Se for capaz de aplicar (transferir) esta capacidade a uma situação relativamente nova, chamamos-lhe competência. A BE apenas poderá cumprir o seu papel na promoção da literacia da informação se for utilizada pelos alunos e integrada em processos de aprendizagem e auto-aprendizagem que facilitem o desenvolvimento das competências em literacia. A noção de literacia da informação ampliou e modificou consideravelmente a influência que a biblioteca escolar tinha até há pouco tempo na aprendizagem, a qual se traduzia no conceito mais restrito de “formação de utilizadores”, entendido como o conjunto de acções levadas a cabo no âmbito das actividades de uma biblioteca, destinadas a optimizar a utilização dos seus recursos. As “competências de Biblioteca” consistiam no saber utilizar o catálogo, na localização dos livros nas estantes, através das cotas, na utilização das enciclopédias/obras de referência, etc. Neste momento, os profissionais tentam ou estão a aprender a substituir as “competências de Biblioteca” isoladas, por competências de informação directamente relacionadas com os conteúdos das áreas curriculares e em articulação com as actividades de ensino na sala de aula. O ensino de competências informáticas pode seguir o mesmo tipo de abordagem. Os professores-bibliotecários, os professores de informática e os restantes professores necessitam de trabalhar em conjunto para desenvolver unidades e lições que incluem competências informáticas, competências gerais de informação e conteúdos das áreas disciplinares. Segundo Cooke (1989) o ensino de “competências de biblioteca” fracassou por “não dar a conhecer aos alunos a necessidade de eles reflectirem sobre a informação que adquiriam, porque é que a adquiriam e como deveriam utilizá-la”. O mesmo problema se colocou, como já vimos, em relação ao ensino das tecnologias de informação de um modo isolado, o qual provou não contribuir para a transferência das competências adquiridas em novas situações. O factor chave no sucesso de qualquer programa de competências de informação reside, portanto, na sua integração no currículo escolar. Para promover esta integração, é importante que os professores-bibliotecários trabalhem com os restantes professores da escola, planeando e levando a cabo em conjunto um programa de competências, de modo a assegurar que estas são consideradas tanto nas diferentes componentes do currículo desenvolvidas no contexto da sala de aula como no contexto do trabalho na biblioteca. O ensino de competências de informação é, deste modo, encarado como um processo amplo e contínuo que atravessa o currículo e a escola e envolve o professor-bibliotecário e os professores das diferentes disciplinas como parceiros, num planeamento e ensino em cooperação. O impacto é, no entanto, difícil de observar. As competências a desenvolver são visíveis, apenas, a médio e longo prazo, e, por isso, um programa de avaliação, neste domínio, deve desenvolver-se ao longo de um ciclo de estudos. Pode-se concluir que o fulcro da questão está no trabalho de colaboração entre professores e professores-bibliotecários/equipas da BE, na articulação curricular e na análise constante dos efeitos que esse trabalho produz nos alunos. O envolvimento dos professores é fundamental, uma vez que podem, mais facilmente, apresentar evidências dos pontos fracos através da avaliação de competências dos alunos ao longo do ano e em contexto de sala de aula. A BE não pode transmitir a sua mensagem, apenas, na base teórica, mas aliá-la às práticas lectivas como complemento e prolongamento das mesmas, sempre que necessário. Pretende-se que os alunos sejam autónomos e construam o seu próprio conhecimento através das experiências de pesquisa, selecção e tratamento da informação de que dispõem e transfiram esse conhecimento, sempre que necessário, para outras situações. O professor-bibliotecário deve instituir-se como especialista de aprendizagem, associando alunos, professores e recursos e determinando o que os alunos aprendem e como aprendem; facilitando o acesso à informação em vários suportes; formando os utilizadores na produção de informação e formas de comunicação variados, etc. A aquisição das competências tecnológicas e de informação será fundamental à aprendizagem ao longo da vida, na medida em que os alunos ficam na posse de ferramentas, imprescindíveis à sua integração num mundo em constante mudança. 1. PLANO DE AVALIAÇÃO 1. Problema/Diagnóstico Temos verificado que uma percentagem significativa dos alunos da Escola/Agrupamento revela falhas básicas em termos de literacia de informação: não definem com clareza o que procuram, não recorrem a fontes diversificadas nem utilizam as estratégias adequadas para localizar informação, não sabem seleccionar a informação mais pertinente em função do objectivo final e produzir documentos da sua autoria, não relacionam a informação com os conhecimentos que já possuem para produzir ideias novas e não conseguem comunicar a informação recolhida. 1.1 Evidências recolhidas: - Na BE (observação do desempenho dos alunos). - Nas reuniões com os departamentos. - Em diálogo com os professores. - No Conselho Pedagógico. - Através da observação dos trabalhos realizados pelos alunos na BE. 1.2 Pressupostos inerentes ao problema detectado: Apesar da BE ter instituído um modelo de pesquisa de informação e de planificar algumas acções de implementação do mesmo, aprovadas em Conselho Pedagógico, nem todos os professores aplicam o que foi estipulado. Além disso, verificamos que, sistematicamente, são propostos trabalhos de pesquisa sem a apresentação de um guião com orientações claras e precisas sobre o objecto da investigação. Face ao problema detectado e dada a importância do assunto, propomos o desenvolvimento de uma acção de avaliação concertada, apenas para o 5.º ano. O Plano de Melhoria será aplicado no ano lectivo 2010/2011 aos alunos do 6.º ano (alunos aos quais se aplicou o plano), conjuntamente com o novo domínio a avaliar. Supomos que se os alunos adquirirem as competências necessárias neste domínio, prosseguirão para o 3.º ciclo com uma base mais sólida de trabalho e será mais fácil darem continuidade às aprendizagens adquiridas. 2. PLANO DE INTERVENÇÃO ObjectivosRecursosActividades a DesenvolverImpacto EsperadoObjectivo geral:- Promover a Literacia da Informação.Objectivos específicos:- Promover o uso da BE. - Promover a articulação curricular no domínio das competências de informação, por ano/ciclo. - Promover uma efectiva cooperação com os docentes.- Estimular o uso rigoroso e eficiente das TIC.- Estimular o uso do modelo de pesquisa da escola.- Recursos humanos: Equipa da BE, Colaboradores da BE, Coordenadores de Departamento, Professores das ACND, Alunos Voluntários.- Recursos tecnológicos: equipamentos do CR.- Recursos documentais em formatos diversos: enciclopédias e documentos de referência, dossiês temáticos, guiões de orientação de pesquisa e outros. - Levantamento dos currículos das competências de informação inerentes a cada disciplina/área curricular do 5.º ano. - Elaboração de um currículo de competências transversais adequado ao 5.º ano. - Elaboração de um plano, com os docentes de cada disciplina, dos temas de desenvolvimento/trabalhos de pesquisa a realizar na BE (temas de pesquisa, calendarização, recursos necessários, tipo de intervenção da equipa da BE). - Formação dos alunos voluntários do 3.º ciclo, na área em causa, para auxiliarem os alunos do 5.º ano (sempre que possível). - Visitas e acções de formação na BE, em contexto turma, durante as aulas de Estudo Acompanhado e/ou Área de Projecto: realização de trabalhos de projecto, seguindo o modelo de pesquisa; uso de ferramentas digitais. - Elaboração de guiões, listagens de sites úteis, listas bibliográficas e disponibilização dos mesmos na página da BE. - A BE é um espaço de referência para os Alunos e Professores. - Os Alunos: utilizam, normalmente, o modelo de pesquisa adoptado pela escola e realizam trabalhos pessoais e com qualidade; utilizam a página da BE e os recursos nela inseridos como ferramentas de trabalho; recorrem quer a obras de referência e materiais impressos quer a fontes digitais; pedem ajuda aos Professores da Equipa, sempre que necessitam; elaboram trabalhos de pesquisa por iniciativa própria; consultam o catálogo autonomamente. - Os Professores: procuram a Equipa da BE com frequência e propõem actividades em parceria; elaboram guiões de pesquisa para orientação dos alunos; recorrem aos materiais produzidos pela BE para enriquecer a actividade lectiva; colaboram com a BE na análise da evolução das avaliações dos alunos. Nota – Foi realizada uma planificação conjunta dos vários indicadores devido à interligação existente. 3. PLANIFICAÇÃO DA AVALIAÇÃO Tipo de avaliaçãoMétodos e InstrumentosIntervenientesAvaliação baseada em evidências A.2.2 - Recolha documental de registos de planeamento e das actividades da BE. - Projecto Educativo e Curricular do Agrupamento.- Projectos Curriculares das Turmas do 5.º ano.- Registos de Reuniões e contactos.- Materiais de apoio produzidos e editados.A.2.4 - Grelha de Observação da Utilização da Biblioteca em Contexto Lectivo.- Grelha de Análise de Trabalhos Escolares dos Alunos.- Questionários aos professores.- Questionários aos alunos.- Dados estatísticos de utilização da BE (visitas à BE, empréstimos domiciliários/presenciais/aulas, materiais produzidos, etc.).- Análise diacrónica das avaliações dos alunos.- Equipa da BE - Director - Directores de Turma- Professores que leccionam Estudo Acompanhado/Área de projecto - Alunos do 5.º ano de escolaridade- Equipa da BE - Professores de diferentes disciplinas/ áreas disciplinares.- Equipa da BE - Alunos do 5.º ano- Equipa da BE - Directores de Turma- Professores das áreas de Estudo Acompanhado/Área de Projecto - Directores de Turma do 5.º ano Nota – Por impossibilidade do formando, apenas se indicam, a título de exemplo, dois indicadores. 4. CRONOGRAMA DatasActividadesIntervenientesAté final de Novembro- Divulgação do Modelo de Auto-Avaliação.- Selecção do domínio a avaliar.- Equipa da BE- Director- Conselho PedagógicoAté meados de Janeiro- Divulgação do domínio a avaliar nos Órgãos de Gestão Intermédia do Agrupamento.- Adaptação dos questionários seleccionados para os professores, turmas e encarregados de educação para aplicação dos instrumentos de recolha de evidências.- Equipa da BE- Professores3.ª semana de Fevereiro- 1.ª aplicação de questionários.- Alunos do 5.º ano- ProfessoresMês de Março- Tratamentos dos dados obtidos nos questionários da 1.ª aplicação.- Equipa da BE/ Colaboradores da BEÚltima semana de Maio- 2.ª aplicação de questionários.- Alunos do 5.º ano- ProfessoresMês de Junho- Tratamentos dos dados obtidos nos questionários da 2.ª aplicação.- Tratamento final dos dados.- Equipa /Colaboradores da BEDurante o mês de Julho- Elaboração do relatório de Auto-Avaliação/Perfil da BE.- Análise do relatório em Conselho Pedagógico.- Elaboração de um Plano de Melhoria, caso necessário.- Professor Bibliotecário- Conselho Pedagógico 5. IDENTIFICAÇÃO DAS AMOSTRAS Questionário aos ProfessoresQuestionários aos AlunosGrelha de Observação da Utilização da Biblioteca em Contexto LectivoGrelha de Análise de Trabalhos Escolares dos AlunosUniverso – Total de professores da escola sede do agrupamentoPercentagem – 20%Distribuição: proporcional ao número de elementos dos vários departamentos.Universo -Alunos do 5.º ano de escolaridadePercentagem – 10% Universo – Alunos do 5.º ano de escolaridadePercentagem – 10% Serão aplicadas de comum acordo com os professores, em grupo ou individualmente.Universo – Alunos do 5.º ano de escolaridadePercentagem – 10% Serão aplicadas de comum acordo com os professores, em grupo ou individualmente. 6. LIMITAÇÕES DO PROCESSO - Reduzido número de horas dos elementos da equipa (para além do professor-bibliotecário). - Falta de tempo do professor-bibliotecário (assume o tratamento dos documentos sozinho). - Dificuldades de observação de determinados parâmetros. O formando António Tavares