O documento discute a possibilidade de Jesus ter sido casado com Maria Madalena com base em evidências do Novo Testamento e da época. Um pergaminho recentemente encontrado sugere o casamento de Jesus, reacendendo o debate. A tradição cristã de Jesus ter sido solteiro carece de fundamentação bíblica ou histórica.
1. PAPIRO SUGERE O CASAMENTO DE JESUS
Há aproximadamente 2.000 anos as pessoas questionam: Jesus era casado?
Esta semana reacendeu-se a chama da polêmica situação marital de Jesus. Vejam no Jornal da Band
apresentado por Boris Casoy. Para informação mais detalhada assistam a veiculação da mesma notícia
pelo correspondente internacional Flavio Aguiar diretamente de Berlim.
Afinal de contas, Jesus era casado?
Os livros abaixo foram editados particularmente por mim, como resultado de muitos anos de pesquisas
que, pela primeira vez, colocam Jesus e Madalena como personagens históricos e casados, contudo,
fora do contexto religioso. Neles são apresentadas a verdadeira identidade do pai biológico e do pai
adotivo de Jesus, a verdadeira identidade de Maria Madalena e a linhagem descendente deste polêmico
casal até os dias atuais.
(Sinopse dos livros e local para compra no final deste comentário)
Ainda que os livros acima sejam o resultado de minhas pesquisas, e não servirem como prova definitiva
que só poderá vir por meio de documentos originais comprovadamente validados, servirão aos leitores
de mente aberta como forma de preparação para uma revelação futura, creio eu, não muito distante.
Como colocou o editor do livro O Santo Graal e a Linhagem Sagrada no comentário de capa, palavras
as quais faço minhas agora:
Prepare-se o leitor de O Santo Graal e a Linhagem Sagrada para conhecer uma extraordinária
hipótese que, se confirmada – e, segundo os autores, ela brevemente o será – altera em
profundidade a história do Ocidente nos últimos 2 mil anos.
Contudo, as possibilidades de que Jesus tenha sido casado são muito maiores que a tradicional
afirmação cristã do contrário. Uma das maiores evidências para esta possibilidade vem do próprio Novo
Testamento que mantém absoluto silêncio sobre a situação marital de Jesus. A despeito da defesa de
Jesus ser solteiro pelo silêncio bíblico de seu estado civil, este silêncio, ao contrário, é muito mais
indicativo de seu casamento; se o contrário fosse verdade, os Evangelhos não hesitariam em mencionar.
Mais ainda, na época de Jesus não existia o cristianismo e, Jesus, por ser um judeu praticante, deveria
seguir as Leis de Moisés dentre as quais se insere a Lei Yibum (Lei do Levirato em português; latim
Levir = Cunhado), um dos mandamentos da Torá, a qual obriga o irmão de um homem que morreu sem
filhos de se casar com a viúva quando este não deixa descendência masculina, sendo que o filho deste
casamento é considerado descendente do morto, ou seja, torna a criança herdeira do morto e não
2. herdeira do irmão que é o pai genético. Esta Lei, embora seja judaica e claramente especificada em
Deuteronômio 25:9-10*, está também bem descrita em Lucas 20:27-36 no Novo Testamento:
...alguns saduceus, que não criam na ressurreição, perguntaram a Jesus: Mestre, Moisés nos
deixou escrito que se morrer alguém, tendo mulher mas não tendo filhos, o irmão dele case com a
viúva, e suscite descendência ao irmão. Havia, pois, sete irmãos. O primeiro casou-se e morreu
sem filhos; então o segundo, e depois o terceiro, casaram com a viúva; e assim todos os sete, e
morreram, sem deixar filhos. Depois morreu também a mulher. Portanto, na ressurreição, de qual
deles será ela esposa, pois os sete por esposa a tiveram?
Exemplo de aplicação desta Lei encontramos em Gênesis 38:2-9:
E viu Judá ali a filha de um homem cananeu, cujo nome era Sua; e tomou-a por mulher, e a
possuiu.
E ela concebeu e deu à luz um filho, e chamou-lhe Er.
E tornou a conceber e deu à luz um filho, e chamou-lhe Onã.
E continuou ainda e deu à luz um filho, e chamou-lhe Selá; e Judá estava em Quezibe, quando ela
o deu à luz.
Judá, pois, tomou uma mulher para Er, o seu primogênito, e o seu nome era Tamar.
Er, porém, o primogênito de Judá, era mau aos olhos do SENHOR, por isso o SENHOR o matou.
Então disse Judá a Onã: Toma a mulher do teu irmão, e casa-te com ela, e suscita descendência a
teu irmão.
Onã, porém, soube que esta descendência não havia de ser para ele; e aconteceu que, quando
possuía a mulher de seu irmão, derramava o sêmen na terra, para não dar descendência a seu
irmão.
Isto não garante, em absoluto, que Jesus fosse casado, mas, reduz em muito a possibilidade de que não
o fosse. Como registrou na página 25 do Observer de Londres em 28 de março de 1971, o teólogo
católico Charles Davis, na época professor de religião da Universidade Sir George Williams em
Montreal:
É muito improvável que Jesus não tenha se casado antes de começar sua vida pública. Se ele
tivesse insistido no celibato, isso teria criado um frêmito, uma reação, que teria deixado algum
traço. Assim, a falta de comentário sobre o casamento de Jesus nos Evangelhos é um forte
argumento, não contra mas a favor da hipótese de casamento, porque qualquer prática ou defesa
do celibato voluntário, no contexto judeu da época, teria sido tão estranha que teria atraído muita
atenção e comentários.
Os autores de O Santo Graal e a Linhagem Sagrada colocam desta maneira:
*
Se morarem irmãos juntos, e um deles morrer e não tiver filhos, a mulher do defunto não se casará
com homem estranho, de fora; o irmão de seu marido estará com ela, recebê-la-á por mulher, e fará a
obrigação dum cunhado para com ela. O primogênito que ela lhe der, sucederá ao nome do irmão
falecido, para que o nome deste não se apague de Israel.
3. Se Jesus não fosse casado, este fato teria sido flagrantemente conspícuo. Teria chamado a
atenção, sendo usado para caracterizá-lo e identificá-lo. Teria colocado Jesus à parte de seus
contemporâneos, de forma significativa. Se este tivesse sido o caso, pelo menos um dos
Evangelhos mencionaria tão marcante desvio dos costumes. Se Jesus fosse de fato celibatário,
como pretende a tradição posterior, é extraordinário que não exista referência a isso. A ausência
de tal referência sugere fortemente que Jesus, no que diz respeito ao celibato, vivia conforme as
convenções de sua época e de sua cultura – em suma, que ele era casado. Só isto explica
satisfatoriamente o silêncio dos Evangelhos sobre o assunto.
Mais ainda, a hipótese de casamento aumenta muito em se tratando de um Rabi (Mestre), como Jesus
era chamado, que, segundo vários estudiosos conspícuos, um dos requisitos para esta função é que fosse
casado. Como colocam novamente os autores de O Santo Graal e a Linhagem Sagrada:
Jesus deve ter seguido algum tipo de treinamento formal e era oficialmente reconhecido como um
rabino. Isto estaria conforme a tradição, que descreve Jesus como um rabino no sentido estrito do
termo. Mas se Jesus era um rabino em sentido estrito, um casamento não teria sido provável, mas
certo. A lei judia é explícita: “Um homem não casado não pode ser professor.”
Por outro lado, costuma-se afirmar, reivindicando artigo de prova, que os Evangelhos não mencionam
em lugar algum a condição marital de Jesus. Mas isto não é verdade. Segundo Laurence Gardner, em
seu livro A Linhagem do Santo Graal, “um dos motivos porque não há menção direta do estado civil de
Jesus no Novo Testamento é que as evidências foram deliberadamente retiradas por decreto da Igreja” e
que “isso foi revelado recentemente, em 1958, quando um manuscrito do Patriarca Ecumênico de
Constantinopla foi descoberto num mosteiro em Mar Saba, a leste de Jerusalém, por Morton Smith,
professor de história antiga na Universidade de Columbia, EUA”.
Ainda segundo Gardner, corroborado pelos autores de O Santo Graal e a Linhagem Sagrada, Clemente
de Alexandria numa carta diz que mandou suprimir uma parte do Evangelho de Marcos, porque não
estava de acordo com as disposições da Igreja e termina com uma instrução oficial para serem
guardados secretamente textos específicos do Evangelho de Marcos. Segue parte da carta:
Pois mesmo que seja verdade, aquele que ama a Verdade não deve concordar com isso. Pois nem
todas as coisas verdadeiras são a Verdade; tampouco aquela verdade que parece verdadeira às
opiniões humanas deve ser preferível à verdadeira Verdade – aquela que é de acordo com a fé. A
essas verdades ninguém deve dar ouvidos; tampouco, caso venham disseminar suas falsificações,
deve-se concordar que o Evangelho secreto é de Marcos, e sim negar mediante juramento. Pois
nem todas as coisas verdadeiras devem ser ditas a todos os homens.
De qualquer forma, nenhuma passagem na Bíblia, nem nas epístolas de Paulo, nem nos apócrifos, ou
em qualquer outra fonte, afirma o celibato de Jesus. Pergunto eu: ONDE ESTÁ A FONTE QUE
AFIRMA O "CELIBATO DE JESUS" NA QUAL SE BASEOU O IMPERADOR PAGÃO DE
ROMA, CONSTANTINO?
Será que o pergaminho agora encontrado e veiculado no Jornal Nacional faz parte apenas do início de
um processo de amaciamento das pessoas como forma de abrir caminho para uma mudança de
paradigma de nossa ingênua sociedade? Só o futuro nos responderá!