ESCOLA PREPARATÓRIA DE CADETES DO EXÉRCITO - CARTA ABERTA
MUNDO HIPÓCRITA
1. MUNDO HIPÓCRITA
Ninguém quer o corpo do criminoso nazista
Erich Priebke, morto há três dias.
O enterro do capitão das SS, Erich Priebke, condenado em 1998 à prisão
perpétua pela participação na morte de 335 civis italianos, ainda não pôde ser
resolvido.
Três dias depois de sua morte, em Roma, aos 100 anos, o criminoso nazista
alemão Erich Priebke continua suscitando controvérsia devido ao repúdio do
Vaticano, da Argentina, da Alemanha e da Prefeitura de Roma em realizar seu
funeral.
Dresden, 13 de Fevereiro de 1945
Eu não gostaria de nenhum conselho como nós podemos destruir importantes
alvos militares nos arredores de Dresden; eu gostaria de conselhos como nós
podemos assar 600.000 refugiados de Breslau em Dresden
Sir Winston Churchill
Se for preciso, nós esperamos poder destruir quase cada casa em cada cidade
alemã.
Sir Winston Churchill
Na noite de 13 para 14 de fevereiro de 1945 ocorreu o maior crime de guerra
cometido durante a Segunda Guerra Mundial. Em apenas uma noite de
350.000 a 500.000 civis e soldados incapacitados alemães foram exterminados
pelos democráticos, liberais e justos bombardeios à cidade de Dresden.
Dresden era uma cidade hospital, sem qualquer peça de artilharia anti-aérea,
sem militares e sem qualquer tipo de instalação militar. Dresden servia como
receptora dos refugiados do leste. Os telhados eram marcados com a cruz
vermelha. Ela abrigava refugiados, mulheres, crianças e soldados feridos,
além de um zoológico. 700.000 bombas foram lançadas sobre essa cidade,
incluindo bombas incendiárias. A temperatura chegou aos 1600 ºC, o solo
ficou vitrificado, das pessoas sobraram apenas cinzas.
2. O genocídio do povo alemão exterminou “80% de todas as cidades alemãs
com mais de 100.000 habitantes”. O ataque aéreo dos criminosos de guerra
aliados despejou sobre a população civil das cidades alemãs “40.000
toneladas de bombas no ano de 1942, 120.000 toneladas de bombas em 1943,
650.000 toneladas de bombas em 1944 e, nos últimos quatro meses de 1945,
mais de 500.000 toneladas de bombas”. [Die Welt, 11.2.1995, pág. G1]
As seguintes cidades alemãs foram transformadas em crematório pelos
principais criminosos de guerra Churchill e Roosevelt, cujos centros suas
bombas trouxeram o dobro de calor análogo ao centro de um crematório: Kiel,
Neumünster, Stralsund, Bremerhaven, Emden, Wilhelmshaven, Hamburg,
Neubrandenburg, Neustrelitz, Prenzlau, Bremen, Hannover, Rheine,
Osnabrück, Hildesheim, Braunschweig, Magdeburg, Berling, Potsdam,
Frankfurt/Oder, Bocholt, Münster, Kleve, Wesel, Dortmund, Hamm, Soest,
Krefeld, Mönchengladbach, Düsseldorf, Aachen, Düren, Bonn, Köln, Siegen,
Koblenz, Trier, Bingen, Bad Kreuznach, Mainz, Worms, Kaiserslautern,
Pirmasens, Karlsruhe, Pforzheim, Stuttgart, Freiburg, Friedrichshafen, Ulm,
München, Augsburg, Straubing, Heilbronn, Nürnberg, Ingolstadt, Bayreuth,
Mannheim, Ludwigshafen, Darmstadt, Offenbach, Hanau, Frankfurt, Gießen,
Schweinfurt, Würzburg, Gießen, Kassel, Nordhausen, Merseburg, Leipzig,
Chemnitz, Dresden, Eilenburg, Halberstadt, Magdeburg, Gelsenkirchen,
Oberhausen, Witten, Duisburg, Hagen, Wuppertal, Solingen, Neuß,
Remscheid, Brilon, Aschaffenburg.
Os “democratas”, que libertaram os alemães de Hitler, vieram com morte e
extermínio sobre o povo. Mais uma vez: Eles assassinaram na noite infernal
de Dresden cerca de 500.000 pessoas e destruíram um dos mais belos
patrimônios da humanidade, pois Dresden era considerada a Florença do Elba.
Mulheres que pariam naquele momento, buscavam desesperadamente pular
para fora daquele centro transformado em alto-forno, em busca do ar frio do
inverno. Mas, em minutos, mãe e o bebê a nascer viram cinzas de crematório.
Milhares atingidos pelas bombas de fósforo buscam sua salvação nos lagos da
cidade, mas o fósforo não se extingue com água. Mesmo os animais do
Zoológico, sejam elefantes ou leões, todos procuravam a salvação da morte
nas fontes d’água. E assim fundiam-se um com o outro, sejam recém-nascidos,
mães, idosos, feridos, assim como os inocentes animais do Zoológico. Tudo
em nome da “libertação”.