2. Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Literaturas da Língua Portuguesa Curso de Línguas e Humanidades 12º ano Com a docente: Isabel Cosme e as alunas: Ana João e Cátia Silva
3. Pôr-do-sol em Namibe Centro de Luanda Angola Localização de Angola A cidade de Lubango
4. Angola Avenida dos combatentes, Luanda Sala de aula em Bié Trabalhadora angolana Presidente da República, José Eduardo dos Santos
6. Literatura Angolana A literatura de Angola nasceu antes da Independência do país em 1975, com o movimento Novos Intelectuais de Angola. A sua literatura traz muito realismo ao retratar o preconceito, a dor causada pelos castigos corporais, o sofrimento pela morte dos entes queridos, a exclusão social. A palavra literária desempenhou em Angola um importante papel na superação do estatuto de colónia.
7. Literatura Angolana Presente nas campanhas libertadoras foi responsável por ecoar o grito de liberdade de uma nação por muito tempo silenciado, mas nunca esquecido. O angolano vive, por algum tempo, entre duas realidades, a sociedade colonial europeia e a sociedade africana; os seus escritos são, por isso, os resultados dessa tensão existente entre os dois mundos.
8. Alda Lara Nome completo: Alda Ferreira Pires Barreto de Lara Albuquerque Nascimento: Benguela, Angola, 9 de Junho de1930 Estado Civil: casada com o escritor Orlando Albuquerque Educação: Estudou nas Faculdades de Medicina de Lisboa e Coimbra Morte: Cambambe, Angola, 30 de Janeiro de 1962
10. Regresso … Voltar... Ver de novo baloiçar a fronde magestosa das palmeiras que as derradeiras horas do dia, circundam de magia... Regressar... Poder de novo respirar, (oh!...minha terra!...) aquele odor escaldante que o húmus vivificante do teu solo encerra! Embriagar uma vez mais o olhar, numa alegria selvagem, com o tom da tua paisagem, que o sol, a dardejar calor, transforma num inferno de cor... Quando eu voltar, que se alongue sobre o mar, o meu canto ao Creador! Porque me deu, vida e amor, para voltar...
11. Regresso … Não mais o pregão das varinas, nem o ar monótono, igual, do casario plano... Hei-de ver outra vez as casuarinasa debruar o oceano... Não mais o agitar fremente de uma cidade em convulsão... não mais esta visão, nem o crepitar mordente destes ruídos... os meus sentidos anseiam pela paz das noites tropicais em que o ar parece mudo, e o silêncio envolve tudo Sede...Tenho sede dos crepúsculos africanos, todos os dias iguais, e sempre belos, de tons quasi irreais... Saudade...Tenho saudade do horizonte sem barreiras..., das calemas traiçõeiras, das cheias alucinadas... Saudade das batucadas que eu nunca via mas pressentia em cada hora, soando pelos longes, noites fora!...
12. Regresso … Sim! Eu hei-de voltar, tenho de voltar, não há nada que mo impeça. Com que prazer hei-de esquecer toda esta luta insana... que em frente está a terra angolana, a prometer o mundo a quem regressa... Ah! quando eu voltar... Hão-de as acácias rubras, a sangrar numa verbena sem fim, florir só para mim!... E o sol esplendoroso e quente, o sol ardente, há-de gritar na apoteose do poente, o meu prazer sem lei... A minha alegria enorme de poder enfim dizer: Voltei!...
19. Análise Formal Esta composição poética é constituída por cinco estrofes livres: a primeira com cinco versos, a segunda com dezoito versos, a terceira com vinte e seis versos, a quarta com oito versos e a última com doze. O esquema rimático não segue nenhuma ordem lógica, bem como a métrica dos versos. A rima é pobre e consoante e o ritmo alterna entre lento e rápido.
20. Reflexão Foi, realmente, importante para nós a realização deste trabalho, uma vez que nos colocou em contacto, não só com a poetisa Alda Lara, mas também com a cultura e literatura do seu país. Pudemos, assim, conhecer melhor Angola e a sua história, para seguidamente a relacionarmos com as temáticas abordadas pelos seus escritores e escritoras, não se tornando a análise do poema “Regresso” uma actividade isolada, mas em harmonia com aquilo que integra a vivência angolana passada e presente.
23. O país… Identifica as seguintes personalidades angolanas Pepetela José Eduardo dos Santos José Eduardo Agualusa
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25. O preconceito, a dor causada pelos castigos corporais, o trabalho nas roças, a exclusão social e a tensão existente entre duas realidades distintas: a sociedade colonial europeia e a sociedade africana.
26. Os direitos de reclamação dos cidadãos angolanos quando maltratados pelos brancos na época da escravatura.
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28. Uma realidade exterior ao sujeito, que apenas conta a história de uma jovem angolana que há muito se encontrava afastada da pátria.
29. Uma realidade que retrata o sentimento saudosista do sujeito poético, uma vez que o seu maior desejo é regressar à sua terra.