2. "Ocupa a Ribeira das Naus um espaço vastíssimo [...]. Constrói-se ali [...] essas
grandes naus e galeões que abriram a navegação da Índia [...] Diz-se que a
construção de cada uma dessas naus custa vinte mil cruzados. É admirável aqui,
na verdade, a abundância de tudo o que é necessário para abastecer a armada,
pois não falta grande quantidade de mastros, vergas e calabares muito ensebados
e compridos; toda a sorte de pez e alcatrão; nem a arte de amolecer o ferro e o
aço [...]“
Diário,1584
O Padre Duarte de Sande escrevia no século XVI
4. Caravela, embarcação leve e resistente para as suas dimensões com dois
ou três mastros, velas latinas e castelo de popa. Possuía convés a todo o
comprimento. Não tinha cesto de gávea devido à manobra das velas
triangulares que não o permitia . A sua capacidade de navegar à bolina
tornou-a o navio ideal para a exploração do atlântico e costa africana
durante todo o séc.XV.
Caravela Bolinar
CARAVELA
6. A Caravela Redonda, usada no século XVI , era um navio que possuía três
ou quatro mastros e gurupés. O gurupés e o mastro de vante eram
aparelhados com velas redondas, os restantes com velas latinas.
Esta caravela era de grande porte chegando a atingir os 200 tonéis e
podia ser artilhada com 20 bocas de fogo de pequeno porte.
Caravela Redonda
CARAVELA REDONDA
11. A Nau era um navio de três mastros e gurupés, com cesto da gávea na
proa. Nos mastros da frente e gurupés , velas redondas, no mastro da
mezena vela triangular. Era um navio de porte imponente. O casco
elevava-se em castelos à proa e à ré, sendo este mais elevado e podendo
ter vários pisos. Transportava cargas de 500 a 1000 tonéis.
NAU
12. Reconstituição de uma cena da vida a bordo.
Desenho de Roque Gameiro
Nau do século XVI
13. O Galeão é um navio que possui quatro mastros de alto bordo, armado em
guerra. Alguns chegavam a atingir 1200 toneladas e 40 bocas de fogo. O
número de velas era variável e tinham duas ou três cobertas. Apresentava um
castelo à popa.
GALEÃO