6. Considerado a mais viva
expressão da unidade entre a
geração e 22 e a de 30,
Carlos Drummond de
Andrade, o poeta da
escavação do real, começou
escrevendo sobre temas
cotidianos, em linguagem
coloquial e concisa, no estilo
dos poemas-piadas que
iniciaram o Modernismo.
7. 1930 - Publica seu
primeiro livro,
"Alguma Poesia"
23. Drummond não teve em mira, propriamente,
selecionar poemas pela qualidade, nem pelas fases
que acaso se observem em sua carreira poética.
1 - O Indivíduo
2 - A terra natal
3 - A família
4 - Amigos
5 - O choque social
6 - O conhecimento amoroso
7 - A própria poesia
8 - Exercícios lúdicos
9 - Uma visão, ou tentativa de, a
existência
24. Consolo na praia
Vamos, não chores.
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.
O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.
Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis carro, navio, terra.
Mas tens um cão.
Algumas palavras duras,
em voz mansa, te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.
Mas, e o humour?
A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.
Tudo somado, devias
precipitar-te, de vez, nas águas.
Estás nu na areia, no vento...
Dorme, meu filho.
25. 1987 - No 31 de janeiro
escreve seu último
poema "Elegia a um
tucano morto"
26. É homenageado pela escola de
samba Estação Primeira de
Mangueira
27. No dia 5 de agosto, depois de 2 meses de internação,
falece sua filha Maria Julieta, vítima de câncer. "E assim
vai-se indo a família Drummond de Andrade" - comenta o
poeta. 12 dias depois falece o poeta, de problemas
cardíaco, deixando obras inéditas.
28. 1998 - Inauguração do Museu de
Território Caminhos Dummondianos
em Itabira foto