Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
O Dom de Educar
1. u 1
MAIO DE 2010
FAMÍLiA pintO E SiLVA u O dOM dE EnSinAR
2. u
u
ExpEdiEntE
Projeto editorial, texto e edição Ana Lúcia Guimarães Neiva
Projeto gráfico e direção de arte Dalton Flemming
Pesquisa e texto Historiador Wilson Valladão Goularte
Colaboração Roberto Viegas
Realização Central Business Comunicação
Esta é uma publicação da Central Business Comunicação e Editora Ltda.
Todos os direitos reservados.
3. u
u
A UniBAn E OS BAndEiRAntES
A São paulo do século 21 carrega traços de modernidade e vanguarda presentes em toda
a metrópole mundial com um importante diferencial. O espírito que moveu homens para
garantir as conquistas do Brasil que temos hoje nasceu em São paulo e continua vivo em cada
empreendedor que desafia o seu tempo e seus limites. É no exemplo dos bandeirantes do
século 17 que líderes paulistas se inspiram para desbravar caminhos e abrir novas fronteiras
com coragem e determinação.
Assim é Heitor pinto e Silva Filho e seu sonho concretizado, a UniBAn, uma
instituição que, mais do que formar profissionais para o mercado de trabalho, contribui
de modo consciente para o surgimento de novas lideranças para o Brasil, em cada ramo de
atividade em que possui cursos superiores e de aperfeiçoamento. A ele e a todos os que o
seguem prestamos uma homenagem que visa resgatar a história de uma família dedicada
à educação e retratar os desafios superados para construir a imagem de uma universidade
admirada e respeitada.
nessa caminhada, em que inúmeras pessoas deram sua contribuição, é meu dever
registrar o papel desempenhado pelo eterno amigo e inspirador Sergio Luiz d’Aléssio
dos Santos. Ele, que tanto nos ajudou a compreender essa instituição gigantesca, mesmo
ausente, nos inspira a fazer muito mais pela UniBAn, para que ela siga firme seu caminho
como mais grande um exemplo dos bandeirantes de São paulo.
Antonio Carlos Urbano Andari
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AGRAdECiMEntOS
A realização desta obra só foi possível com a preciosa colaboração
de Américo Calandriello, Eloísa Vitz, Emidio de Souza, Luiz Marinho,
Mariana Alencar e Vicente paulo da Silva (Vicentinho).
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u
SUMÁRiO
intROdUÇÃO u HOjE E OntEM 07
CApÍtULO 1 u OS pRiMEiROS pASSOS 09
dO OUtRO LAdO dO RiO 10
nOBRE SACERdóCiO 1
EnSinO VERSUS GOVERnO 16
CApÍtULO 2 u MiSSÃO FAMiLiAR 19
dE pAi pARA FiLHO 0
tEntAtiVA dE MUdAnÇAS 1
tUdO AO MESMO tEMpO
OUtRAS ALtERAÇõES 8
dAndO COntinUidAdE 0
CApÍtULO 3 u nASCE A UniBAn
nOVA EtApA
dEFinindO RUMOS 6
REAÇÃO pOSitiVA 0
AVALiAÇÃO COnStAntE 1
AGitO nO MERCAdO 6
GOL dE pLACA 8
nA MESMA LinHA
COnqUiStAndO O BRASiL 8
UniBAn É tOp! 60
CApÍtULO 4 u UniBAn EM iMAGEnS E núMEROS 6
EpÍLOGO u HOjE E AMAnHÃ 100
FAMÍLiA pintO E SiLVA u O dOM dE EnSinAR
6. intROdUÇÃO u 7
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HOjE E OntEM
Os bairros paulistanos de Santana, Vila Guilherme, Campos Elíseos, tatuapé, Vila Mariana,
Morumbi e Campo Limpo têm algo em comum com as cidades paulistas de Osasco e São
Bernardo do Campo, a paranaense Cascavel e a catarinense São josé. todos foram escolhidos
para sediar uma (ou até mesmo duas) das 13 unidades da Universidade Bandeirante de São
paulo, a UniBAn, hoje conhecida como UniBAn Brasil.
O ponto de partida dessa trajetória? Engana-se quem pensa que tudo começou em
março de 1992, com o pedido da criação da universidade a partir do Centro de Ensino
Unificado Bandeirante – CEUB. A história tem origem no início do século 20, época que o
município de São paulo crescia aos arredores do pátio do Colégio e ainda não interagia 100%
com o outro lado do Rio tietê...
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OS PRIMEIROS PASSOS
FAMÍLiA pintO E SiLVA u O dOM dE EnSinAR
8. 10 u dO OUtRO LAdO dO RiO
no fim do século 19, São paulo era pouco mais que uma vila. Seus limites,
ao sul, mal ultrapassavam a área hoje conhecida como Avenida paulista;
ao norte, iam até a ponte Grande, atual ponte das Bandeiras, que unia a
cidade ao “subúrbio” — leia-se “além-rio” —, onde a infraestrutura estava
engatinhando muito lentamente.
Segundo a historiadora Maria Celestina teixeira Mendes torres,
autora do livro O Bairro de Santana , a Planta Geral da Capital de São Paulo,
organizada em 1897 sob a direção do dr. Gomes Cardim, intendente de
Obras, revela que, ao atravessar o Rio tietê, via-se “ruas abertas dos dois
lados do antigo Aterrado de Santana, agora com a denominação de Rua
Voluntários da pátria, continuando com o nome de Rua de Santana, mais
ou menos paralela à nova via de transporte, o tramway da Cantareira.
À direita da Rua Voluntários da pátria, a partir do Carandiru, as travessas
Leite de Morais, Gabriel piza, duarte de Azevedo, tomé de Souza,
Conselheiro Saraiva e a Rua Anchieta. À esquerda, o Caminho para o
Cemitério e a Rua Alfredo pujol.”
nesse cenário morava pedro pinto e Silva. nascido na vizinha juqueri
(atual município paulista de Mairiporã), em 15 de março de 1880, era caçula
de uma família de oito filhos, proprietária da Casa pinto, tradicional loja
de secos e molhados. ingressou na Escola Complementar
de São paulo com 14 anos. Aos 20, já formado, começou
a dar aulas, assim como vários colegas do universo
estudantil. naquela época, os jovens cresceram ouvindo
que o magistério tinha uma nobre missão, a do sacerdócio
educacional, e que o professor deveria, antes de tudo, ter
a vocação de doação para o ensino e para os alunos, e fazer
de seu trabalho um valioso ofício.
tal discurso surtiu efeito. de acordo com o Almanaque
Laemmert 1903-1904, pedro e outros 16 colegas lecionavam
em colégios espalhados por Santana — na primeira década
do século 20, o bairro contava com 17. A de pedro era o
Grupo Escolar Carandiru (foto à direita).
a publicação de 1970 integra a série
de monografias intituladas Histórias
dos Bairros de São Paulo, escolhidas
em concurso público e premiadas pelo
Departamento de Cultura da Secretaria
de Educação e Cultura da Prefeitura do
município de São Paulo.
1º capítulo u OS PRimEiROS PaSSOS
9. u 11
Grupo Escolar Carandiru, primeira
escola onde Pedro Pinto (sentado,
à esquerda) deu aulas.
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10. 1 u nOBRE SACERdóCiO
na época, as políticas educacionais sofriam com idas e vindas, variando
bastante de forma e de direcionamento, não permitindo a consolidação
de um programa sólido de ensino. A mão de obra, isto é, os educadores,
ora rareava, ora excedia. As escolas normais, aquelas que dariam formação
considerada superior e instruiriam o aluno numa profissão, tinham ao
seu redor o curso elementar de alfabetização, o curso regular — que mais
tarde viria a ser chamado de ginásio — e o complementar — futuramente
colegial e hoje ensino médio.
da mesma forma, para suprir a demanda por vagas, existiam, além
dos colégios públicos de responsabilidade do governo estadual, as chamadas
escolas livres, que atendiam alunos e alocavam professores que não foram
absorvidos pela “rede oficial”. tais escolas poderiam ser idealizadas e
financiadas pelo estado ou município, e também pela iniciativa particular
de algum mestre que quisesse formar um
novo grupo escolar.
pedro foi um deles. Com espírito
empreendedor, fundou a primeira Escola
isolada da Zona norte, do qual foi diretor.
paralelamente à promissora carreira de
educador, a vida pessoal também ia de vento
e popa. Casou-se com Anézia pinto e Silva e,
aos 38 anos, comemorou a chegada de Heitor
pinto e Silvas, nascido em 23 de outubro de
1918, às vésperas da década de 1920, uma
das mais importantes na história do país.
A capital paulista iniciava o que viria
ser o mais fantástico surto de crescimento
urbano já registrado na história da
humanidade. O grande poderio econômico
cafeeiro e o início do desenvolvimento
industrial atraiam não apenas imigrantes
italianos, portugueses e espanhóis, mas
também migrantes de vários cantos do Brasil.
Esse contingente populacional, grande
Para homenagear o professor Pedro Pinto e Silva, a Prefeitura e diversificado, que vinha tentar “fazer a
designou seu nome para uma rua curta, porém arborizada
e tranquila (fotos ao lado), no bairro Palmas do Tremembé,
América”, “fazer a vida”, foi fundamental
na Zona Norte de São Paulo. também no processo de expansão
1º capítulo u OS PRimEiROS PaSSOS
12. 1 u
econômica. Além disso, engrossava o coro daqueles que pediam por maciços
investimentos governamentais em educação. nesse momento, tendo
em vista a necessidade de possibilitar a instrução da qual viriam maiores
qualificações profissionais, o presidente do Estado, julio prestes, inicia uma
reforma procurando unificar e modernizar a educação em São paulo.
Assim, sempre entusiasmado com a profissão escolhida e às voltas com
novos desafios propostos pelo setor, pedro assumiu em 1927 o posto de
vice-diretor e depois de diretor-geral do Grupo Escolar de Santana – GES
(atual Escola Estadual Buenos Aires, cujo
Filho de pedro, Heitor centenário foi festejado em 2009).
também foi homenageado
pela cidade de São paulo
por seus feitos em prol
da educação
Esta passagem elevada para pedestres,
localizada sobre a avenida Prestes
maia, uma das vias mais importantes
do eixo Norte-Sul da capital paulista,
situada entre os bairros República e da
Sé, foi denominada de professor Heitor
Pinto em 00.
1º capítulo u OS PRimEiROS PaSSOS
14. 16 u EnSinO VERSUS GOVERnO
nos anos 1930, mais precisamente com a Revolução, ao mesmo tempo
em que buscava incessantemente modernizar o parque industrial,
desenvolver tecnologias e fortalecer a economia, o governo continuou
pecando por constantes confusões e descasos com o ensino público,
isto é, com a educação do povo.
durante a Era Vargas, não foi diferente. Um famoso texto assinado por
eminentes professores do país, o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova,
propunha que se tomassem medidas muito próximas do que hoje chamamos
de inclusão social na área educacional. A iniciativa pleiteava a educação
mista, laica, obrigatória e gratuita para todos os graus de ensino, bem como
a consolidação de um conteúdo programático. Além disso, tencionava
estruturar a administração do ensino público em órgãos descentralizados,
onde pudessem atuar mais próximos da escola e dos alunos.
Vale destacar (página ao lado) um trecho do manifesto, que ressoa
com os anseios educacionais e sociais da época. Em resumo: os professores
visavam que as políticas de educação estivessem voltadas para a formação
de indivíduos. Assim como pedro pinto e Silva, que também lutava por
isso, demonstrando constante preocupação com a formação dos alunos no
exercício diário de sua profissão. tanto que não se cansava em falar para
quem quisesse escutar: “a responsabilidade do educador é maior do que
a de um pai, pois ele desenvolve cérebros, transforma comportamentos e
desenvolve o ser humano”.
Entretanto, com a frequente alternância de
propostas políticas governamentais, o que se viu
com a instauração do Estado novo na década de
1930 foi um progressivo distanciamento entre o
ensino das classes rica e pobre. Assim as famílias
mais abastadas matriculavam seus filhos em
escolas que lhes dariam formação educacional
ampla e diversificada, enquanto as mais simples
tinham acesso apenas ao saber profissionalizante.
Redigido por fernando de azevedo, o manifesto foi
assinado por 6 intelectuais, entre os quais anísio
Teixeira, afrânio Peixoto, Lourenço filho, Roquette
Pinto, Delgado de Carvalho, Hermes Lima e Cecília
meireles (foto). ao ser lançado, em meio ao processo
de reordenação política resultante da Revolução de
190, o documento se tornou o marco inaugural do
projeto de renovação educacional do País.
1º capítulo u OS PRimEiROS PaSSOS
15. u 17
“A seleção dos alunos nas suas aptidões
naturais, a supressão de instituições
criadoras de diferenças sobre base
econômica, a incorporação dos estudos do
magistério à universidade, a equiparação
dos mestres e professores em remuneração
e trabalho, a correlação e a continuidade do
ensino em todos os graus e a reação contra
tudo que lhe quebra a coerência interna e
a unidade vital constituem o programa de
uma política educacional, fundada sobre
a aplicação do princípio unificador que
modifica profundamente a estrutura íntima
e a organização dos elementos constitutivos
do ensino e dos sistemas escolares. ”
Trecho do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova
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16. u 19
u
MISSÃO FAMILIAR
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17. 0 u dE pAi pARA FiLHO
desde o começo, as dificuldades encontradas no meio educacional nunca
foram motivo para pedro desistir de seu nobre ofício. Empreendedor,
apaixonado pela profissão e incansável na arte de educar, era um homem
rígido, cumpridor de horários e compromissos. Como professor e diretor,
tinha forte sentimento de zelo por alunos, professores e pela comunidade —
o bem-estar de todos era o seu bem-estar. Enfim, um profissional exemplar,
inspirador, com uma legião de seguidores.
Um deles foi o filho Heitor pinto e Silva. Casado com
Maria Conceição Garcia pinto e Silva, teve dois meninos:
Heitor e Wladmir. Graduado no curso de Magistério e técnico
em peritagem Agrícola, foi professor do Serviço nacional de
Aprendizagem industrial – Senai, criado em 22 de janeiro
de 1942, pelo decreto-lei nº. 4.048, assinado pelo então
presidente da República Getúlio Vargas.
na época, a indústria brasileira enfrentava as
consequências da Segunda Guerra Mundial, que agravava
a questão da demanda de mão de obra qualificada. O Senai
então surgiu com três missões definidas: organizar, para
todas as indústrias, a formação sistemática
dos aprendizes de ofício, futuros operários
industriais; elevar o nível de cultura geral,
com noções tecnológicas, dos trabalhadores
menores, destinados a atividades não
qualificadas; e cuidar do aperfeiçoamento
dos operários já existentes.
A propaganda presidencial
nos anos 1930 estimulava
o patriotismo principalmente
na sala de aula
º capítulo u miSSãO famiLiaR
18. tEntAtiVA dE MUdAnÇAS u 1
nesse período, criou-se outro centro de ensino, o Serviço nacional de
Aprendizagem Comercial – SEnAC, em 1946. Ambos foram estabelecidos
devido à Reforma Capanema. promovida pelo então ministro da Educação,
Gustavo Capanema, durante o Estado novo, o intuito era colocar em prática
um plano nacional modernizante de educação, que pudesse construir e
consolidar centros de excelência em saber. tamanha era a vontade de fazer
e acontecer, que as mais importantes universidades públicas do Brasil foram
construídas nos anos 1940, como o instituto tecnológico de Aeronáutica
– itA, fundado em 1947.
Só que, ao invés de efetivamente conseguir dar ao país a necessária
solidez educacional característica dos processos de desenvolvimento
industrial, tecnológico e econômico, o que se viu com a Reforma Capanema
foi o aumento na diferença entre a educação de ricos e pobres. O ensino
gratuito garantido constitucionalmente ia apenas até o segundo grau.
Com as dificuldades de acesso ao ensino superior gratuito ou com os altos
custos do ensino superior particular, a população se via cada vez mais distante
das universidades. Encontrava, então, no Senai, Senac e diversos cursos
profissionalizantes oferecidos em todo o território nacional os meios para
que obtivessem sua inserção no mercado de trabalho.
depois de participar dessa inovadora experiência
educacional idealizada pelo governo — que, mais uma
fotos: Edelson arlindo Sales
vez, não foi bem-sucedido na sua missão de oferecer
ensino de mesma qualidade para todos —, Heitor,
profissional dedicado, tranquilo e discreto, dono de
uma fala macia e cativante, atuou como diretor das
duas unidades do Colégio Salete: em São paulo e São
Bernardo do Campo. Com o pai pedro, fundou, em
18 de julho de 1956, a Academia paulista Anchieta,
instituição mantenedora com sede na Avenida Rudge,
315, bairro paulistano de Campos Elíseos. A instituição,
que nasceu como uma associação civil de direito
privado, sem fins lucrativos, de caráter educativo,
filantrópico e técnico-cultural, marcaria presença em O Colégio Salete foi fundado em 197
vários momentos da trajetória da família pinto e Silva. e, desde então, vem desenvolvendo
em Santana um excelente trabalho
educacional na comunidade.
Tanto Heitor pai como Heitor filho
deram aulas na instituição, antes
que a mesmo pertencesse à família.
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19. u
“As noites eram frescas e serenas, inspirando as
pessoas ao convívio, num cenário onde a lua e a serra
construíram o fundo infinito para o planalto da margem
direita do Rio Tietê.
As manhãs de verão, em oposição, eram abrasantes,
principalmente à beira do rio, onde se viam pequenos
barcos, bandos de meninos se refrescando, um ou outro
tentando pescar bagre ou um cascudo, em suas águas
cheias de vida.
Essa era Santana das chácaras, das ruas de terra,
Santana do centro comercial, localizada entre as
Ruas Alfredo Pujol, Dr. César e Voluntários da Pátria.
Foi nesta Santana que cresci, exatamente
na Rua Leite de Moraes, na propriedade
de meu avó, o professor Pedro Pinto.”
Heitor Pinto e Silva filho
O relato, acima, traz à tona o cenário do bairro paulistano de
Santana do início dos anos 190, onde o menino Heitor, fanático
por pipas e bicicleta, conheceu os amigos que até hoje estão
ao seu lado. foi na região que ele fez a primeira comunhão, na
igreja de Santana (foto à direita), que, no século anterior, fora
construída em terreno doado pela família Pinto e Silva.
º capítulo u miSSãO famiLiaR
21. u tUdO AO MESMO tEMpO
Outro seguidor de pedro, Heitor pinto e Silva
Filho também se viu às voltas com a educação
desde cedo. nascido em 31 março de 1946,
na Rua Leite de Morais, Santana, ficou sob os
cuidados do avô devido às constantes viagens a
trabalho de seu pai. tanto que antes de completar
19 anos, já formado, dava aulas ao lado de seu
eterno mestre. Mas ele decidiu seguir outros
caminhos. O primeiro passo foi mudar-se para
Campinas, São paulo, onde ficou apenas dois
anos cursando Medicina. desistiu porque as
aulas eram em período integral — algo sufocante
a marcação a lápis, feita na moldura do retrato, não deixa para quem não gosta de se sentir preso a nada.
dúvidas: Heitor estudou na Grupo Escolar de Santana,
colégio em que seu avô Pedro fora vice-diretor e depois
Arrumou as malas e voltou para a capital paulista
diretor geral no fim dos anos 190. para fazer direito na pontifícia Universidade
Católica – pUC. Era 1969. Começava, talvez, um
dos períodos produtivos e agitados de sua vida — dentro e fora da faculdade.
Enquanto dividia o tempo entre aulas e livros — principalmente os que
tratavam de Filosofia, uma de suas grandes paixões —, Heitor Filho fundou
em 1970 o Curso Anchieta , instituição que oferecia cursos de português,
matemática, biologia, física e química para quem em seu devido tempo não
havia conseguido o diploma de ginásio e colegial. Era o famoso Madureza,
rebatizado de Ensino Supletivo com a divulgação da nova Lei de diretrizes
e Bases da Educação, publicada em 29 de setembro de 1971 e promulgada
pelo então presidente da República, General Emílio Médici — essa versão
duraria até a reforma de 1996, já no governo democrático de Fernando
Henrique Cardoso.
As aulas eram dadas em dois endereços: Rua Voluntários da pátria,
2.035, e na Avenida tucuruvi, 325. A escola,
que chegou a ter dois mil estudantes, contava
Heitor Filho tomou a com a família pinto e Silva em seu corpo
iniciativa de fundar o docente. Orgulhosos, avô e pai davam todo
o apoio ao jovem educador e também
Curso Anchieta, o qual professor de 23 anos, que, cheio de ideias
a família pinto e Silva e assumidamente contra a ditadura, lançou
integrava o corpo docente um jornal semanal, Polêmika, que chegou
a ter uma tiragem de 100 mil exemplares.
º capítulo u miSSãO famiLiaR
22. u
Heitor Pinto e Silva filho
em ação, dando aula de
português. O também
diretor do jornal Polêmika
divulgava o Curso anchieta
no periódico (abaixo).
FAMÍLiA pintO E SiLVA u O dOM dE EnSinAR
23. 6 u
no semanário, falava-se
de tudo e todos. Mas
principalmente sobre o que
acontecia na Zona norte
de São paulo
no escritório vizinho ao Anchieta
— Rua Voluntários da pátria, 2.100 —,
o diretor presidente Heitor pinto e Silva
Filho se reunia com a equipe do periódico,
formada pelo diretor administrativo Roberto
Atihé, a jornalista responsável Laura de
Souza, o editor-chefe nicolau Chauí,
o repórter Hugo Cortez e o publicitário
joão nelson dos Santos. A primeira edição, rodada na gráfica do diários
Associados, foi distribuída pela Zona norte de São paulo na semana de
14 a 20 de maio de 1972. O terceiro número já contava com 12 páginas,
e um artigo (página ao lado) de Heitor Filho — que assinou como diretor
do Curso Anchieta — explicava a importância da nova lei referente à
Educação assinada por Médici .
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25. 8 u OUtRAS ALtERAÇõES
Vale destacar que, durante a ditadura, a principal característica
da política educacional foi a ampliação da grade curricular com a inclusão
de disciplinas — educação artística, educação física e educação moral e
cívica —, a facultação do ensino religioso, uma normatização do trabalho
do professor, que ganhava mais apoio e estrutura, e a disposição das verbas
orçamentárias municipais para o ensino no país. Esta última medida,
de direcionamento das verbas, caracterizou um reflexo da descentralização
da organização ensino.
Coube, a partir de então, ao Ministério da Educação e Cultura - MEC
subordinar os órgãos regionais à sua legislação e coordenação, mas aos
órgãos regionais destinou-se a fiscalização e o cumprimento das políticas
a educação
educacionais das três esferas do poder: municipal, estadual e federal.
física tornou- no que tange ao ensino superior, com a nova versão da lei, a
se obrigatória
durante a universidade ganhou o direcionamento para ensino, pesquisa e extensão
Ditadura. O que norteia as melhores entidades públicas ou privadas do Brasil até
livro acima, de
Hudson Ventura hoje. Ela passou a ser reconhecida pela sociedade por sua importância na
Teixeira, de
1976, foi um dos
modernização, que o país incessantemente buscava — e continua buscando
primeiros a ser —, na formação de indivíduos e na produção do saber.
usado em sala
de aula. O ensino superior, consequentemente, foi tratado de maneira mais
abrangente com a regulamentação de cursos e entidades, e o incentivo dado
pelos militares à educação básica tornou-se um complemento um pouco
mais forte para o acesso aos cursos de graduação. no texto da primeira LdB,
de 1961, já existia o espírito que visava
desde a primeira versão, educar o cidadão ao invés de apenas formar
o trabalhador. O aspecto profissional da
a Lei de diretrizes e profissão continuava sendo a principal tônica
Bases da Educação visava da educação. Entretanto, a formação do
educar ao invés de só indivíduo merecia devida atenção e dedicação
desde o ensino básico até o superior.
formar o trabalhador Ainda assim, mesmo com as
tentativas de modernização, frequentar os
cursos superiores continuava possível a pequenas parcelas da população,
e o número de cursos e de entidades ainda era reduzido. As universidades
públicas, em geral, destinavam-se ao ensino de ponta para a formação de
uma elite intelectual capaz de gerir a nação. Seu acesso, além de difícil, era
muito concorrido. As universidades particulares também possuíam ensino e
estrutura de qualidade, porém o preço das mensalidades não cabia no bolso
de grande parte da população.
º capítulo u miSSãO famiLiaR
26. u 9
Um dos primeiros livros impressos
durante a Ditadura trazia o
calendário cívico a ser seguido por
todas as escolas do Brasil.
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27. 0 u dAndO COntinUidAdE
Assuntos voltados à educação, como os recém-citados, à saúde, à política
nacional e internacional e à administração pública, sobretudo a da Zona
norte, entre outros, eram tratados semanalmente em Polêmika, cuja linha
editorial deixava claro a importância de manter o leitor bem informado, por
dentro do que acontecia no bairro, no Estado, no país e no mundo. Foram
55 edições — a última foi distribuída na semana de 27 de maio e 2 de junho
de 1973. no ano seguinte Heitor se formou em direito aos 28 anos.
O jovem, porém, não manifestava
sua opinião somente pelas críticas
Após comprar o Colégio ferrenhas feitas no semanário. Certo
Salete, Heitor Filho foi de suas convicções políticas e sociais, o
neto de pedro não demorou a discursar e
adquirindo mais e mais discutir nos corredores da pUC ao lado dos
intituições de ensino companheiros Gerson Mendonça neto,
ivo Galli e Orlando Maluf, com os quais
participou ativamente do famoso Centro
Acadêmico 22 de Agosto, criado em 1947 com os objetivos de lutar para
que o estudante de direito encontre seu lugar na sociedade e trabalhar pelo
engrandecimento da universidade brasileira, entre outros. Heitor e seus
colegas formaram a Chapa i, que esteve à frente do diretório até dez anos
após sua formatura.
Com o diploma debaixo do braço e reconhecido sucesso na
área educacional, o agora também advogado tinha mais uma atividade:
administrar o Colégio Salete — aquele em que seu pai trabalhou nos
anos 1950 —, o qual comprou em 1973. Empolgado diante do novo
desafio profissional, decidiu fazer mestrado em Gestão Universitária
e Administração pública.
Sempre tendo a família como aliada e a Academia paulista Anchieta
como respaldo, Heitor foi adquirindo outras instituições a
Em agosto de 197 foi realizada uma assembléia fim de oferecer aos concluintes do ensino de 2º grau novos
extraordinária para discutir o nome do C.a., o
distintivo e a flâmula. Propostas como Centro
cursos, fortalecendo, assim, o ensino superior da Zona norte
acadêmico Teixeira de freitas ou Centro acadêmico de São paulo. São elas: Faculdade Anchieta, com os cursos
alexandre Corrêa, homenagens a grandes juristas,
foram vencidas pelo nome de Centro acadêmico “ de Filosofia e Ciências Sociais, criados nos anos de 1954
de agosto”, data de oficialização da PUC. O Centro e 1960 e reconhecidos em 1957 e 1962, respectivamente;
acadêmico começou no porão de uma casa no
antigo campo de futebol, onde hoje é o prédio novo. Faculdade paulista de Ciências, Letras e Educação, com os
Hoje, localizado no térreo do prédio velho, o C.a.
de agosto tem um espaço privilegiado que já foi
cursos de pedagogia, Matemática, Letras e História, criados
utilizado de diversas formas. em 1971. pedagogia e Matemática foram reconhecidos
º capítulo u miSSãO famiLiaR
28. u 1
Na PUC, Heitor
foi absorvido pela
emoção das lutas
universitárias.
aluno de andré
franco montoro,
recebe o convite
para participar
de reuniões
políticas nos
tempos em que
elas aconteciam
praticamente na
clandestinidade.
foi uma época de
muitos embates,
tensões, emoções
e dissabores.
em 1974; Letras e História, em 1975; Faculdade paulista de Ciências da
Saúde, com os cursos de Enfermagem e Obstetrícia — criado em 1979
e reconhecido em 1982, nutrição e Fisioterapia — criados em 1984 e
reconhecidos em 1988; e a Faculdade paulista de Administração, com o
curso de Administração — habilitação
em Comércio Exterior, criado em 1988 e
reconhecido em 1993. posteriormente,
Heitor Filho reuniu, após muita luta, todos
os cursos num só local, fundando, assim, o
Centro de Ensino Unificado Bandeirante
– CEUB, em dezembro de 1989, por
meio de um ato do Conselho Federal de
Educação. A mantenedora? A Academia
paulista Anchieta, é claro.
O começo da invejável façanha de
Heitor fora acompanhada passo a passo pelo
nobre educador pedro pinto — laureado
como professor emérito, em 1954, pela Para atender às novas aspirações e necessidades
da clientela então existente, a academia Paulista
Câmara Municipal de São paulo — até 25 de fevereiro anchieta ampliou seu campo de atuação mediante
de 1978, quando veio a falecer na cidade paulista de Santos. a oferta de cursos 1º e º graus. a institução assumiu,
assim, a condição de mantenedora dos Colégios
Mas certamente ele sabia que o espírito empreendedor Salete e Colégios anchieta (o que oferecia o
madureza nos anos 1970), já atuantes nos ensinos
e visionário do neto ia alçá-lo a voos cada vez mais altos de 1º e º graus desde 196.
e promissores.
FAMÍLiA pintO E SiLVA u O dOM dE EnSinAR
29. u
u
NASCE A UNIBAN
FAMÍLiA pintO E SiLVA u O dOM dE EnSinAR
30. u nOVA EtApA
Com apenas 43 anos, o professor e advogado Heitor pinto e Silva Filho
assumiu o comando do Centro de Ensino Unificado Bandeirante – CEUB,
que oferecia cursos nas áreas de saúde, exatas e humanas. Ao seu lado, o
pai, então com 70 anos, acompanhava tudo de perto, somando forças com o
primogênito na tomada de decisões à frente da Academia paulista Anchieta,
mantenedora da instituição recém-fundada.
Apesar de a Lei de diretrizes e Bases de 1971 ser modificada somente
em 1996, durante o governo FHC, na Constituição de 1988, ano anterior ao
da formação do CEUB, já existia certa flexibilização para o estabelecimento
e normatização de novas entidades de ensino superior. A obtenção do registro
de universidade não estava mais restrita à universalidade do conhecimento.
Assim, mediante a construção de um bem estruturado corpo de ensino
e de pesquisa em um campo do saber, a entidade poderia obter o certificado
de universidade.
diante da oportunidade, Heitor não perdeu tempo. Após se estruturar,
organizar e planejar os próximos passos, em 10 de março de 1992 (veja
documento ao lado) enviou carta-consulta de autoria da conselheira Zilma
Gomes parente de Barros, para a avaliação do Conselho Federal de Educação
- CFE. Zilma, por causa do término de seu mandato, foi substituída por
Margarida Maria do Rego Barros pires Leal, da Universidade do Maranhão.
Em 7 de maio, o presidente do CFE designou
os professores Ana Silvia tavares Silva, da
Amiga e conselheira, Universidade Federal do Maranhão, josé Alberto
Margarida pires Leal de Souza Freitas, da Universidade de São paulo,
participou passo a e Maurício Lanski, da Universidade Federal
de Minas Gerais, para compor a comissão de
passo do nascimento acompanhamento da instituição proponente.
da UniBAn depois de um ano e meio de reuniões,
vários quadros e relatórios avaliados, análises
de cursos e de projetos futuros detalhadamente
especificados, a comissão votou pelo reconhecimento do CEUB como
Universidade Bandeirante de São paulo – UniBAn, a ser mantida pela
Academia paulista Anchieta. data da grande conquista: 9 de setembro de
1993. Além da vitória como educador, Heitor Filho, que assumiu a função
de reitor da nova instituição, ganhou uma grande amiga: Margarida Leal,
mulher inteligente e cultíssima, que se tornou sua conselheira na frutífera
etapa que se iniciava.
º capítulo u NaSCE a UNiBaN
31. u
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO
INTERESSADO/MANTENEDORA UF
ACADEMIA PAULISTA ANCHIETA SP
ASSUNTO
Reconhecimento do CENTRO DE ENSINO UNIFICADO BANDEIRANTE
- CEUB, como UNIVERSIDADE BANDEIRANTE DE SÃO PAULO -
UNIBAN
RELATOR: SR. CONS. Margarida Maria do Rego Barros Pires Leal
CÂMARA OU COMISSÃO
PARECER nº 760/93 APROVADO EM
CETU
PROCESSO Nº 23001.000023/90-67
I - RELATÓRIO
O presente processo refere-se à criação da
UNIVERSIDADE BANDEIRANTE DE SÃO PAULO - UNIBAN, a par-
tir do CENTRO DE ENSINO UNIFICADO BANDEIRANTE - CEUB, pe-
la via do reconhecimento, cuja solicitação faz parte da
Carta-Consulta encaminhada a este Conselho pela Academia
Paulista Anchieta, mantenedora daquele Centro de Ensino.
Referida Carta-Consulta foi acolhida pelo
Parecer CFE nº 163/92, de 10 de março de 1992, de autoria
da Conselheira Zilma Gomes Parente de Barros, a quem nos
coube substituir, em razão do término do seu mandato nes-
te Conselho.
Pela Portaria nº 25, de 7 de maio de
1992, o Presidente do Conselho Federal de Educação desig-
nou os Professores Ana Silvia Tavares Silva, da Universi-
dade Federal do Maranhão, José Alberto de Souza Freitas,
da Universidade de São Paulo e Maurício Lanski, da Uni-
versidade Federal de Minas Gerais e atual docente da Uni-
versidade de Brasília, para compor, sob nossa coordena-
ção, a Comissão de Acompanhamento junto à Instituição
proponente.
Em 19 de maio de 1992, na sala de reu-
niões do CENTRO DE ENSINO UNIFICADO BANDEIRANTE, foi em-
possada a citada Comissão na presença de dirigentes da
mantenedora ACADEMIA PAULISTA ANCHIETA, de diretores das
unidades de ensino e de outras autoridades acadêmicas.
FAMÍLiA pintO E SiLVA u O dOM dE EnSinAR
32. 6 u dEFinindO RUMOS
O novo empreendimento educacional da Família pinto e Silva, assim como os
outros, nasceu com o propósito de fortalecer a prática indissociável do ensino,
da pesquisa e da extensão. A sua filosofia de trabalho repousa na pesquisa
integrada, eleita como base sobre a qual será possível obter níveis de qualidade
de ensino cada vez mais expressivos, que são revertidos à comunidade sob
a forma de extensão, de modo a contribuir para a educação integral do ser
humano. Mas como fazer isso?
Foram determinados, então, os objetivos que norteiam a instituição
até os dias de hoje: capacitar profissionais especialistas, técnicos, professores e
pesquisadores nas diferentes ocupações demandadas pela sociedade; estimular
e realizar a pesquisa como forma de investigação da realidade, desenvolvendo
metodologias para produzir e inovar conhecimentos e instrumentalizar o
ensino; manter intercâmbio cultural, científico e tecnológico com instituições
do país e do exterior, objetivando a troca de
experiências e o aprimoramento técnico-científico;
desde o começo, viabilizar o crescimento da comunidade acadêmica
UniBAn fortalece a por meio de cursos de pós-graduação e extensão
prática indissociável e de atividades curriculares e extracurriculares,
que fortaleçam a relação teoria-prática; estender
do ensino, da pesquisa o ensino à comunidade com cursos, serviços e
e da extensão outras atividades, procurando concentrar esforços
para o desenvolvimento de ações conjuntas; e
atuar na comunidade, possibilitando a expansão de
programas de atendimento nas diversas áreas do setor do conhecimento.
Após estabelecer as diretrizes, a UniBAn inaugurou duas unidades em
1995. A primeira na Avenida Rudge, 315, batizada de Campus RG, mesmo
endereço da Academia paulista Anchieta. A segunda na Rua Maria Cândida,
1.813, no bairro paulistano da Vila Guilherme, escolhido então para ser a sede
da instituição. Enquanto Heitor estava às voltas com as novas atribuições, foi
divulgada a versão da LdB de 1996 (trecho na página ao lado), regulamentando
o registro das universidades e dos cursos. Estes passaram a depender de
avaliações periódicas do governo federal que poderia não renovar, suspender ou
cassar a licença da entidade como universidade. Uma das formas encontradas
para acompanhar a performance das instituições foi por meio do Exame
nacional de Cursos – EnC, o famoso provão, que avaliaria o nível dos cursos
oferecidos por universidades particulares e públicas.
º capítulo u NaSCE a UNiBaN
33. u 7
no ano seguinte, 1997, Heitor expande seus domínios, estabelecendo-
se na Avenida Rudge Ramos, 1.501, no município de São Bernardo do
Campo, batizando o local de Campus ABC. neste mesmo ano, um decreto do
Ministério da Educação permitiu que universidades e faculdades passassem a
ter fins lucrativos. Assim, em 1998, a direção da UniBAn tomou uma atitude
considerada inusitada por muitos: assumiu seu perfil empresarial. traduzindo:
começou a trabalhar com planejamentos de gestão e financeiro, a ter uma
administração mais profissionalizada e também a pagar imposto de Renda de
pessoa jurídica, iSS, piS e Cofins — como toda empresa. dessa forma, o reitor
chega à virada do milênio com três unidades da UniBAn a pleno vapor e
muita vontade e garra de seguir adiante.
a ESSÊNCia Da LEi DE DiRETRiZES E BaSES Da EDUCaÇãO
TÍTULO i
Da Educação
art. 1º. a educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana,
no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil
e nas manifestações culturais.
§ 1º. Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino,
em instituições próprias.
§ º. a educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social.
TÍTULO ii
Dos Princípios e fins da Educação Nacional
art. º. a educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade
humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.
art. º. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
i - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
ii - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
iii - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
iV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
Vi - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
Vii - valorização do profissional da educação escolar;
Viii - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;
ix - garantia de padrão de qualidade;
x - valorização da experiência extraescolar;
xi - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
FAMÍLiA pintO E SiLVA u O dOM dE EnSinAR
34. 8 u
Eis o primeiro endereço da UNiBaN.
Localizado na avenida Rudge, 1, no
bairro paulistano de Campos Elíseos,
é conhecido como Campus RG. Tem
mais 10.000 m e oferece cursos de
graduação nas áreas de humanas e
exatas e cursos de licenciatura. Nesta
unidade, encontram-se laboratórios
diversos, Centro de Convivência e
Conveniência, a TV UNiBaN e um
belíssimo teatro recém-inaugurado.
º capítulo u NaSCE a UNiBaN
36. 0 u REAÇÃO pOSitiVA
O primeiro ano da nova era traz dados marcantes para o setor educacional
em geral. Em debate promovido pelo jornal Folha de S.Paulo, em 12 de julho
de 2000, mediado pelo jornalista Gilberto dimenstein, Luiz Roberto Curi,
então diretor de políticas públicas para o ensino superior do MEC, revela
que em cinco anos, isto é, de 1994 a 1999, aumentou em 40% o número de
brasileiros no ensino superior. E o melhor: sem perda de qualidade no ensino.
na ocasião, Heitor Filho, um dos participantes da mesa-redonda,
defendeu a possibilidade de o ministério criar alternativas de financiamento
das mensalidades de estudantes de instituições particulares. “O trabalhador
pode sacar o FGtS dele para ajudar na compra da casa própria, mas não
pode financiar a mensalidade do filho”, exemplificou, não imaginando
que dali a pouco mais de quatro anos um projeto governamental permitiria
que muitos jovens sem recursos realizariam o sonho de ter o seu diploma
de terceiro grau...
Em 14 de outubro daquele ano, uma dor de cabeça. Rápida, mas
incômoda. O então ministro da Educação, paulo Renato Souza, homologou
decisão do Conselho nacional de Educação – CnE de fechar o campus
Osasco, recém-inaugurado pela UniBAn no município paulista vizinho,
que já contava com 2.200 alunos. Em sua defesa, Heitor afirmou que, ao
apresentar seu plano de desenvolvimento institucional, a universidade já
previa a expansão de suas atividades para São
Bernardo do Campo, Osasco, Santo André,
Entre 1994 a 1999, o São Caetano, diadema e taboão da Serra, na
MEC registrou aumento Grande São paulo. Segundo um manifesto
de 40% do número da instituição, amplamente divulgado pela
imprensa, “o CnE e o MEC não podem
de alunos matriculados negar que a UniBAn, mesmo com a
em um curso superior convicção de que cumpria a lei, curvou-se e
protocolou documento, em 8 de outubro de
1999, por determinação expressa do então
senhor secretário de ensino superior, Abílio Baeta, com vistas a obter do CnE
a deliberação para implantação do Campus de Osasco”. dez dias depois, o
Superior tribunal de justiça liberou a unidade. porém, no ano seguinte, em
junho, o problema veio à tona novamente. E, mais uma vez, o MEC esbarrou
no Stj. ponto para a UniBAn. ponto para a educação.
º capítulo u NaSCE a UNiBaN
37. AVALiAÇÃO COnStAntE u 1
Com o intuito de levar conhecimento a parcelas cada vez maiores da
população, a UniBAn inaugura novos campi a partir de 2002: Marte
- MR, na Rua Brás Leme, 3.029, e Campo Limpo - CL, na Estrada de
Campo Limpo, 3.677. E foi neste ano, mais precisamente em junho, que
o MEC novamente provoca zunzunzum: quer o fim do sigilo de nota do
provão, com o objetivo de estabelecer maior
comprometimento por parte dos estudantes na
hora de fazer a prova, evitando assim o boicote. quanto ao provão,
A reação foi imediata. Atuando
também como presidente da Associação
Heitor pinto Filho
nacional das Universidades particulares sempre o considerou
– Anup, Heitor pinto e Silva Filho declarou uma estratégia de
ao jornal Folha de S.paulo que o exame foi
usado como instrumento de marketing do marketing do governo
governo. “Essa avaliação tem uma série de
erros metodológicos. Ela não leva a nada.
Foi utilizada em um projeto de marketing cujo objetivo, malsucedido, era
conseguir uma vaga de candidato a presidente pelo ministro. Somos a favor
da avaliação, mas ela terá de ser revista.”
E não demorou muito para isso acontecer. A partir de 2003, o
provão deixa de existir e é criado o Enade, que, além de analisar a qualidade
da educação oferecida pelas entidades universitárias, também observa
o desempenho dos alunos recém-chegados do ensino médio. Entre
controvérsias e discussões, o Enade tem sua aplicação mantida desde então
e a cada ano passa a ser mais abrangente. Exemplo: além das já citadas
avaliações, a entidade precisa obrigatoriamente ter em seu corpo docente
1/3 de mestres e doutores e 1/3 de profissionais atuando em tempo integral.
E ainda tem o dever de obter resultados de produtividade acadêmica e
científica, elaborando pesquisas e tecnologias que efetivamente contribuam
para o desenvolvimento da sociedade.
Esse último ponto é uma grande reclamação dentro das universidades
públicas. pois a concepção utilitarista desse projeto passa paulatinamente
a excluir as pesquisas abstratas e de cunho teórico menos visível. Mesmo
que de maneira subjetiva e não-aparente, esse tipo de pesquisa é o grande
promotor das bases teóricas do conhecimento que é produzido em outras
áreas. para as universidades particulares, entretanto, o utilitarismo da
pesquisa acadêmica deve ser uma discussão interna, pois diferentemente
FAMÍLiA pintO E SiLVA u O dOM dE EnSinAR
38. u
das universidades públicas, seu caráter privado e, normalmente restrito a um
número menor de campos do saber, orienta a produção científica para rumos
diversos. já a universidade pública — insistem os opositores da política do
ensino superior atual — é um centro de excelência em saber universal e não
deve sofrer influências de demandas econômicas em sua produção.
Alheia a essa discussão, a UniBAn foi fazendo a sua parte e
somando forças principalmente com órgãos públicos. tanto que em 2003
a mídia divulgou que a instituição,
em parceria com a Universidade
Federal de São paulo – Unifesp,
A UniBAn conseguiu a estava às voltas com a produção de
patente americana de um um antibiótico natural, derivado de
antibiótico natural derivado própolis das abelhas, que, segundo
os primeiros experimentos com
de própolis de abelhas camundongos, reduziria em até 70%
na taxa de crescimento de tumores.
Em entrevista para a Folha de S.Paulo,
em 29 de novembro daquele ano, o químico josé Agustín quincoces Suarez,
pesquisador da UniBAn, alertou: “ainda não dá para dizer que temos uma
droga contra o câncer”. Mas o fato é que os resultados impressionaram
especialistas da área, chegando ao ponto de a Fundação de Amparo à
pesquisa do Estado de São paulo - Fapesp pedir a patente internacional
para proteger o “achado” — a patente americana finalmente foi concedida
em 2008; a nacional ainda não saiu...
ENSiNO, PESqUiSa E ExTENSãO
a pesquisa é uma das atividades mais relevantes da UNiBaN. Seu planejamento e desenvolvimento estão calcados em
dois critérios. O primeiro busca a consolidação da pesquisa integrando as áreas básica e profissional, fortalecendo, assim, a
qualidade do ensino de graduação e pós-graduação (Lato e Stricto Sensu). Já o segundo objetiva implementar as atividades
dos núcleos integrados de pesquisa, observando competências, prioridades e experiências em diferentes áreas do
conhecimento, voltados para o desenvolvimento regional e nacional. a instituição possui mais de sete grupos de pesquisa
registrados no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq e projetos de pesquisa financiados
pela fundação de amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - fapesp. a Universidade mantém ainda convênios de
colaboração técnico-científica, como o da Sociedade Beneficente israelita Hospital albert Einstein – SBiBHaE, que prevê
inclusive o intercâmbio de pesquisadores entre as instituições para o desenvolvimento acelerado dos estudos científicos
aplicados. Vale também destacar o Programa Nacional de Cooperação acadêmica - Procad. Com o objetivo de estabelecer
pesquisas conjuntas abordando novos tópicos de pesquisa e criação de condições estimulantes à associação de projetos
para incremento de formação pós-graduada, foi estabelecida a parceria entre a UNiBaN e dois programas de estudos
da Universidade federal do Pernambuco na área da matemática, com o financiamento da Capes – Coordenação de
aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. a associação dos Laboratórios farmacêuticos Nacionais – alanac também
se tornou parceira da UNiBaN. O órgão, que apoia iniciativas de empresas que atuam na melhoria da qualidade de
produtos farmacêuticos, reconheceu na instituição, por meio do grupo de pesquisa na área químico-farmacêutica da casa,
o empenho de profissionais vinculados à pesquisa e ao desenvolvimento para a criação de conhecimentos úteis e novos
caminhos para o setor produtivo.
º capítulo u NaSCE a UNiBaN
40. u
“Um país que não investe em pesquisa é
fadado a ser eternamente pobre. A UNIBAN
não apenas acredita nisso como põe em
prática aquilo em que acredita. O incentivo
à pesquisa e à experimentação é uma prática
diária que envolve alunos e professores da
UNIBAN. Um processo que passa pela
qualificação do aprendizado do aluno,
terminando com uma contribuição efetiva
ao desenvolvimento de toda a sociedade.
Afinal, a missão da universidade não é apenas
formar alunos, é ajudar o País a escrever
a sua história.”
Heitor Pinto e Silva filho
º capítulo u NaSCE a UNiBaN
42. 6 u AGitO nO MERCAdO
Ainda em 2003, mais um passo inusitado e pioneiro, sempre visando a
possibilidade de permitir o acesso ao ensino superior: a UniBAn assinou
convênio com a Central única dos trabalhadores – CUt e a Força
Sindical, oferecendo desconto de 5% nas mensalidades e inseção da taxa
de inscrição para os associados. para divulgar o vestibular daquele ano em
campanha desenvolvida pela Central Business
Comunicação, parceira da universidade desde
Sempre apostando 2000, Luiz Marinho, atual prefeito de São
no testemunhal, a Bernardo do Campo e ex-aluno da UniBAn, e o
deputado federal Vicentinho, também formado
universidade atraiu a em direito pela instituição, reforçavam a
atenção dos jovens com mensagem de que o sonho de adquirir o diploma
a apresentadora Babi superior era sim uma realidade. para todos.
Essa estratégia de comunicação surgiu
após outra, desenvolvida desde 2002 para
º capítulo u NaSCE a UNiBaN
43. u 7
chamar a atenção dos estudantes. A UniBAn tinha sua
imagem vinculada à da apresentadora Babi xavier, que na
época comandava uma atração feita para e por jovens: era
o Programa Livre, no SBt. A atriz e jornalista convocava
a garotada para os vestibulares, ressaltando a variedade
de cursos e também a de endereços. no fim de 2004, a
instituição já contava com oito unidades — mais duas haviam
sido abertas: a Morumbi i - MBi - Rua Américo Brasiliense,
1.644 - e a Morumbi ii - MBii – Rua Bela Vista, 739.
porém algo incomodava. A infraestrutura oferecida
pela instituição permitia que recebesse mais e mais alunos.
Como atrair, então, a sua atenção? Foi justamente numa
reunião com a Central Business, em setembro de 2004,
que Heitor pinto Filho, sempre antenado no que acontece
ao redor, fez uma grande revelação a Sergio Luiz d’Aléssio,
então diretor-presidente da agência: há dois anos, a ““Eu me tornei bacharel em Direito aos
UniBAn realizava um estudo que mostrava a possibilidade 8 anos, pela UNiBaN, na unidade São
Bernardo. Na época, embora eu tenha
de reduzir o custo da mensalidade em pelo menos 25%, feito a faculdade da vida e reconheça
desconto que caberia no “bolso” das pessoas, sobretudo as que grande parte do que sei e sou devo
a esse aprendizado acumulado com a
da classe d, que via seu poder econômico crescer a cada dia, prática e a luta do dia a dia, tudo o que
aprendi na escola trouxe um plus para
algo que o mercado em geral só percebeu cinco anos depois. a minha caminhada. Eu fiquei muito
diminuir preços? Uma informação dessas facilmente surpreso com todo o conhecimento
que a academia me proporcionou.
seria associada, sobretudo pela concorrência, a uma frágil acho que temos de ter a humildade
situação financeira por parte da UniBAn. A missão da de reconhecer que os estudos sempre
agregam algo a mais. Hoje, me sinto
Central Business era deixar claro que seu cliente estava mais preparado para os desafios que
me proponho a enfrentar.”
preocupado em facilitar o acesso à informação, à formação, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho,
à educação. Seu foco foi e continuava a ser a inclusão. deputado federal pelo PT
FAMÍLiA pintO E SiLVA u O dOM dE EnSinAR
44. 8 u GOL dE pLACA
O verbo “incluir”, sinônimo de envolver, abranger, introduzir, inserir, já era
conjugado há tempos na universidade por meio de várias iniciativas sociais
— como o núcleo de práticas jurídicas – npj, formado pelo Centro de
Atendimento jurídico – CAj e pelo juizado Especial Civil – jEC, o Centro
de Realibilitação UniBAn – CRU, o programa de Saúde Comunitária
– pSC e o Centro Clínico, composto pelas Clínicas de Odontologia,
Fisioterapia e psicologia e pelo Hospital Veterinário —, que até hoje atendem
a comunidade vizinha aos campi. A UniBAn, como empresa privada, divide
com os governos a missão de oferecer serviços gratuitos à população. E, com
essa iniciativa de ordem financeira, a instituição assumia o desejo de também
formar pessoas, oferecendo educação com qualidade por um preço acessível.
A partir daí a UniBAn vestia, então, a camisa da Responsabilidade Social.
Com esse conceito trabalhado em parceria com Sergio Luiz e calcado
na trajetória da própria universidade, Heitor nem titubeou na hora
de escolher o mensageiro da boa-nova: pelé. O Rei do Futebol invadiu a
mídia impressa e televisiva com a mesma garra que driblava o adversário
em busca do gol. E a campanha da Responsabilidade Social não passou
despercebida! Afinal, a UniBAn quebrou o
paradigma de que preço justo não combina
com excelência em educação. Resultado?
no vestibular de 2004/2005, a instituição
registrou 50.000 inscrições. Foi um
belíssimo gol de placa!
nesse mesmo ano, foi lançado
o programa Universidade para todos,
torcedor do Santos, o proUni, com a finalidade de conceder
bolsas de estudo integrais e parciais em
Heitor não titubeou em cursos de graduação e pós-graduação, em
escolher pelé para falar instituições privadas de educação superior.
Criado pelo Governo Federal em 2004
sobre Responsabilidade e institucionalizado pela Lei nº. 11.096,
Social em 13 de janeiro de 2005, oferece, em
contrapartida, isenção de alguns tributos
àquelas instituições de ensino que aderem ao programa.
A UniBAn, uma das primeiras universidades a aderir ao programa
federal, também lançou um projeto bastante interessante: o Bom Filho à
torna, destinado a estudantes e ex-estudantes tanto da UniBAn como do
º capítulo u NaSCE a UNiBaN
46. 0 u Colégio Salete, dando desconto de 5% sobre os valores praticados nos
cursos de graduação, pós-graduação e extensão. nos mesmos moldes,
assinou convênio com a Secretaria da Segurança Social, beneficiando
assim policiais civis e militares.
na sequência, a instituição também abraçou o programa Escola
da Família, idealizado pelo Governo do Estado de São paulo. Essa é
uma iniciativa de mão dupla. O governo financia bolsas de estudos em
universidades e, em contrapartida, o aluno participa dos programas sociais
estaduais dentro das escolas, que consistem
basicamente em cursos e atividades culturais
As 50.000 inscrições ministrados aos fins de semana nos colégios,
do vestibular 2005 visando promover a inclusão social das
mostraram que o Rei do comunidades abrangidas pela iniciativa por
meio da capacitação intelectual, cultural e
Futebol e a UniBAn também esportiva.
marcaram um golaço
O ProUni é dirigido aos estudantes egressos do ensino
médio da rede pública ou da rede particular na condição
de bolsistas integrais, com renda per capita familiar
máxima de três salários mínimos, o ProUni conta com um sistema de seleção
informatizado e impessoal, que confere transparência e segurança ao processo.
Os candidatos são selecionados pelas notas obtidas no Exame Nacional do Ensino
médio – Enem, conjugando-se, desse modo, inclusão à qualidade e mérito dos
estudantes com melhores desempenhos acadêmicos. O programa já atendeu,
desde sua criação até o processo seletivo do segundo semestre de 009, cerca
de 600 mil estudantes, sendo 70% com bolsas integrais.
º capítulo u NaSCE a UNiBaN
48. u nA MESMA LinHA
diz o velho ditado que não se mexe em time que está ganhando. Mas, ao
substituir um craque por outro, certamente a torcida vai reagir positivamente,
é claro! Entusiasmado com o desempenho de pelé, Heitor Filho fez, mais
uma vez, uma escolha certeira para a campanha do vestibular de 2005/2006:
Martinho da Vila. A ideia surgiu em uma das madrugadas, quando
normalmente tem os mais criativos insights. Ao ouvir a música O Pequeno
Burguês, em que o consagrado sambista diz que, apesar de passar no vestibular,
não podia bancar a mensalidade de uma faculdade particular, logo imaginou a
situação contrária. Assim, por meio de uma paródia, destacando que agora era
possível se formar por causa do preço justo praticado pela UniBAn, o eterno
puxador da escola de samba carioca de Vila isabel soltou a voz na televisão e no
rádio, além de esbanjar simpatia nos outdoors e anúncios de jornal e revista.
E a certeza absoluta de que a UniBAn seguia pelo caminho certo foi
publicamente confirmada. Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, de 3 de
dezembro de 2006, a universidade conquistou o primeiro lugar no Ranking
das Melhores Empresas para Estagiar. A iniciativa inédita foi lançada pelo
Centro de integração Empresas-Escola – CiEE, em parceria com o ibope
Solution e a Associação Brasileira de Recursos Humanos – ABRH-Sp.
de acordo com a matéria, uma das características mais importantes
que levaram os estudantes a eleger a
UniBAn como vencedora foi justamente
Em 2006, Martinho da a possibilidade de aprender, unindo teoria
Vila reforçou a mensagem e prática de forma integrada no ambiente
de trabalho.
de que é possível sim para coroar a boa fase, o Censo
estudar em universidade da Educação Superior do inep, instituto
particular de pesquisa e avaliação do Ministério da
Educação, divulgou que a UniBAn foi
a universidade que mais cresceu no país
— 34%!— entre os anos de 2004 e 2006,
conquistando 26 mil novos alunos. O
resultado é quase o triplo do verificado
para o total das instituições de ensino
superior (12%) e mais que o dobro de
alunos matriculados na graduação das cinco
maiores universidades privadas do Brasil.
º capítulo u NaSCE a UNiBaN
49. u
O PEqUENO BURGUÊS – LETRa ORiGiNaL O PEqUENO BURGUÊS – PaRÓDia
Felicidade, passei no vestibular Felicidade, vou prestar vestibular
Mas a faculdade é particular E a universidade eu posso pagar
Particular, ela é particular Posso pagar, na UNIBAN posso pagar
Particular, ela é particular Posso pagar, na UNIBAN posso pagar
Livros tão caros, tantas taxas pra pagar Curso barato, qualidade de arrasar
Meu dinheiro muito raro, Tudo o que em outras é raro,
Alguém teve que emprestar Na UNIBAN vim encontrar
O meu dinheiro alguém teve que emprestar Tudo o que é raro, na UNIBAN vim encontrar
O meu dinheiro alguém teve que emprestar Tudo o que é raro, na UNIBAN vim encontrar
Morei no subúrbio, andei de trem atrasado Mesmo morando longe, nunca cheguei atrasado
Do trabalho ia pra aula, sem A UNIBAN tem sete campi,
Jantar e bem cansado Todos bem localizados
Mas lá em casa à meia-noite tinha E pro meu conhecimento
Sempre a me esperar Eu só tinha que juntar
Um punhado de problemas e criança pra criar Qualidade de ensino com a vontade de estudar
Para criar, só criança pra criar De estudar, mais vontade de estudar
Para criar, só criança pra criar De estudar, mais vontade de estudar
Mas felizmente eu consegui me formar Daqui uns anos, vou conseguir me formar
Mas da minha formatura não cheguei participar Já me sinto preparado para um emprego conquistar
Faltou dinheiro pra beca e também pro meu anel Tudo graças a uma ideia, que é muito especial
Nem o diretor careca entregou o meu papel Um programa de “Responsa”, Compromisso Social
O meu papel, meu canudo de papel Social, um Programa Social
O meu papel, meu canudo de papel Social, um Programa Social
E depois de muitos anos, E o sucesso, convenhamos,
Só decepções, desenganos Não vai demorar muitos anos
Dizem que sou um burguês muito privilegiado Dizem que sou um aluno muito privilegiado
Mas burgueses são vocês Mas depende de você
Eu não passo de um pobre-coitado Não é fácil, o ensino é puxado
Mas quem quiser ser como eu, E quem quiser fazer UNIBAN
Vai ter é que penar um bocado Vai ter que estudar um bocado
Um bom bocado, vai penar um bom bocado Um bom bocado, vai estudar um bom bocado
FAMÍLiA pintO E SiLVA u O dOM dE EnSinAR
50. u
“Embora vivemos em momentos de
pertubações sociais, como violência, mau
desenvolvimento e planejamento da educação
como um todo e despreparo do indivíduo para
o mercado de trabalho, não estamos dando
apoio ao jovem para exercer seu papel social, o
que vem gerando marginalidade e a exclusão.
Só se pode corrigir o homem por meio de uma
educação responsável, em bases metodológicas
claras, dando força aos professores,
restituindo-lhes o respeito e a credibilidade
exigidos, e indo de encontro as questões
conjunturais que impedem o crescimento
e a aplicação de um processo educacional e
consistente para todos.”
Heitor Pinto e Silva filho
apaixonado por artes em geral, Heitor Pinto e Silva filho,
casado atualmente com a diretora teatral Eloísa Vitz,
conheceu o consagrado ator Juca de Oliveira. Encantado
com o carisma do artista, apostou nele para a campanha
do vestibular de 007. a grande sacada foi instigar o aluno
a responder o que o Juca de Oliveira estaria fazendo num
comercial da UNiBaN. as dez respostas mais criativas
ganharam uma bolsa de estudos. mais uma vez a reação
do público foi bem positiva e produtiva.
º capítulo u NaSCE a UNiBaN
51. u
CURSOS VESPERTINOS COM 25% DE DESCONTO
Responsabilidade Social
1.500 Bolsas ProUni
INSTITUTO DE NEGÓCIOS INSTITUTO POLITÉCNICO
Administração*** 4 anos Mensais* 439, Análise de Sistemas 4 anos Mensais**** 289,
Gestão
Logística Empresarial
INSTITUTO DE
Pessoas nas Organizações 2 anos COMUNICAÇÃO E ARTES
Negócios e Finanças
Bancária Mensais* 289, Artes Cênicas 2 anos
Secretariado
Gastronomia**
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO Enfermagem 4 anos Mensais* 534,
LICENCIATURAS Gestão Hospitalar 3 anos
Pedagogia
Letras 2 anos Mensais* 289, FACULDADES
Educação Física Direito*** 5 anos Mensais* 498,
*Valores das mensalidades para pagamento até o último dia útil do mês anterior ao vencimento, conforme edital de valores 2007.
** Aulas realizadas no Restaurante-Escola UNIBAN/Dom Francisco - R. Alfredo Pujol, 217 - Santana.
***Não serão aceitas matrículas para candidatos com idade inferior a 40 anos nos cursos de Direito e Administração. Demais cursos não têm limite de idade.
**** Bacharelado no 4º ano. Valor R$ 422,00.
inscrições abertas www.uniban.br
VESTIBULAR 16/12 ligue 33 UNIBAN
Matrículas abertas para formados
FAMÍLiA pintO E SiLVA u O dOM dE EnSinAR
52. 6 u
No vestibular de 008, Heitor filho
teve uma ideia genial: unir gerações
diferentes da música numa mesma
campanha. a intenção? Reforçar
a importância da transmissão de
conhecimento. Ele sugeriu nomes
únicos como Germano martins, Ângela
maria e Cauby Peixoto. Para compor
os duetos, Pedro Camargo mariano,
Luciana mello e Wanessa Camargo,
respectivamente. as inusitadas
parcerias deram um show ao cantarem
a música Hino ao Estudante, de
Teixierinha. Outra ação publicitária e
mercadológica bem-sucedida.
53. u 7
O CONHECIMENTO
Z
PASSA DE GERACAO
Z
Z
PARA GERACAO.
Z
FACA PARTE DE UMA QUE PODE
Z
MUDAR O MUNDO.
I
I
RESPONSABILIDADE SOCIAL. CURSOS COM 25% DE DESCONTO.
VESTIBULAR 01/12
FAMÍLiA pintO E SiLVA u O dOM dE EnSinAR