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O PAIS: PEREIRA DE SOUZA E CIA LTDA. RIO DE JANEIRO - TEL:(21) 2544-3070, SÃO
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(79)9978-8962, PREÇO DE ASSINATURAS: ANUAL: R$ 782,00 – OBS: PREÇO
BÁSICO DE REFERÊNCIA PARA ASSINATURA ANUAL/DIÁRIA. CONSULTE OU-
TRAS MODALIDADES E PREÇOS PROMOCIONAIS. VENDA AVULSA BAHIA E
SERGIPE: DIAS ÚTEIS: R$ 2,00. DOMINGO: R$ 3,00. OUTROS ESTADOS: DIAS
ÚTEIS R$ 4,00, DOMINGOS: R$ 5,00.
BRUNO AZIZ
O
Estatuto do Idoso completou dez anos.
Algo a comemorar? Muito pouco. Ser
idoso neste País significa, em geral, ter
baixa renda, que não dá para comprar re-
médios indispensáveis ao prolongamento da
vida. Significa também exclusão do ambiente
familiar, exílio, abandono.
A velhice é digna apenas para as apo-
sentadorias e pensões ricas. Para os que
puderam amealhar – e raramente entra nis-
so o mérito do trabalho árduo e honesto. A
existência de castas oriundas da má dis-
tribuição de riqueza e pressão do poder
econômico opõe nobres e vassalos.
Um flagrante desrespeito, que assume a
forma da desatenção, pune em cheio o ido-
so. Como e de onde tirar alegria, em época
marcada pela dependência, pelos cuidados
diários, se por toda parte o idoso brasileiro
é considerado um vulto, quase um espectro
para o qual não se olha duas vezes?
O Estatuto do Idoso é por enquanto mais uma
lei de fachada. Serve para gerar miúdos gestos
de cortesia aqui e ali, praticados por pessoas de
fato educadas. Se não evita o desconforto, corre
o risco de engrossar o elenco de ações hipócritas
que caracteriza nossa cultura.
Somos mesmo um bando de hipócritas. De
fingidores, de dissimuladores, dos que arvoram
falsa virtude e em proveito do seu bem-estar
atraem para si uma aura de santidade. O resto
– todos os indesejáveis e injustiçados – que se
arranje como melhor lhe aprouver.
Um país que remenda tanto a Consti-
tuição e insiste em negar seus preceitos
básicos, na prática desafiadora da politi-
cagem, da corrupção, tem longa estrada a
percorrer. Em que geração obteremos fi-
nalmente a consciência dos direitos hu-
manos, da justiça social aplicada?
O Dia do Idoso foi marcado em Salvador por
uma marcha de senhoras e senhores da cha-
mada terceira idade, que alguns idosos tolos
consideram “a melhor idade”. Ainda bem que
o desejo de protesto, de cobranças públicas
começa a arder, apesar do spray de pimenta e
das bombas de gás que a hipocrisia rotula “de
efeito moral”.
HÉLIO PÓLVORA ESCREVE AOS DOMINGOS
Hélio Pólvora
Escritor, membro da Academia de Letras da
Bahia
hpolvora@gmail.com
O
desânimo e a tristeza se abateram
sobre aqueles dois discípulos que
voltavam de Jerusalém para Emaús.
Eles haviam seguido Jesus de Nazaré e pos-
to nele sua esperança, mas estavam de-
cepcionados, porque tudo terminara de for-
ma rápida, inesperada e frustrante. Con-
denado, Jesus não reagiu; castigado, não se
defendeu; ironizado pelos soldados, não
desceu da Cruz para mostrar o seu poder.
Onde ficaram suas palavras, seus milagres
e as multidões que o haviam seguido? O
que restava de suas promessas e da es-
perança que havia despertado em tantos
corações? Para os dois discípulos, só havia
uma saída: deixar Jerusalém e voltar para
a sua aldeia. Estavam voltando, na verdade,
para sua vida antiga, sem perspectivas e
sem esperança. Foi quando um desconhe-
cido pediu para acompanhá-los e quis co-
nhecer o motivo de sua tristeza. Tendo ou-
vido sua história marcada por decepções,
passou a demonstrar-lhes que conhecia as
promessas feitas pelos profetas, que a Cruz
e a morte no Calvário, longe de terem sido
o final de tudo, eram um novo caminho que
se abria para eles. Suas palavras eram uma
luz para aqueles corações envolvidos por
nuvens escuras.
Tendo chegado a Emaús, vendo que o
desconhecido ia adiante, os dois discípulos
lhe fizeram um convite: “Fica conosco, Se-
nhor” (Lc 24,29). Convite feito, convite acei-
to. Quando o companheiro de caminhada
sentou-se à mesa com eles e partiu o pão,
perceberam que ele era Jesus. “Neste mo-
mento, seus olhos se abriram, e eles o re-
conheceram. Ele, porém, desapareceu da
vista deles” (Lc 24,31).
A explicação das Escrituras, na viagem com
o desconhecido, não havia sido suficiente para
abrir os olhos dos discípulos de Emaús. Seus
corações arderam, é verdade, mas o gesto es-
sencial para reconhecerem o Ressuscitado foi o
pão partido e repartido. Foi nessa hora que
Cristo revelou sua identidade. Ao participarem
desse gesto de partilha, reconheceram aquele
que durante sua vida sempre se doara aos
outros – doação que teve seu ponto máximo no
Calvário.
Dom Murilo S.R. Krieger
Arcebispo de São Salvador da Bahia e primaz do Brasil
sec.arcebispo@arquidiocesesalvador.org.br
EDITORIAL
Arrecadação
e gastos
AcapacidadedeinvestimentodaPrefeitura
de Salvador foi praticamente nula neste
ano: apenas 0,5% do orçamento, segundo
números apresentados pelo secretário da
Fazenda, Mauro Ricardo Costa. Foi resul-
tado do profundo desequilíbrio entre re-
ceita e despesa no município. Para o ano
que vem, a intenção é ampliar esse per-
centual, passando para 16%.
Faz-se urgente retomar a capacidade de
investimento, ancorada na redução dos
gastos e, ao mesmo tempo, na ampliação
da receita. A expectativa da Fazenda é de
que esta aumente 56% em 2014.
Deve-se, no entanto, ter o cuidado de
construir esse crescimento ancorado na re-
dução da inadimplência ou no combate à
sonegação,emvezdeàcustadapopulação
que já arca com o pagamento dos diversos
impostos.Outrocaminhoaserperseguidoé
o que dá acesso às verbas federais, dis-
poníveis via apresentação de projetos. E há,
ainda, a possibilidade de empréstimos na-
cionais ou do exterior.
O atual nível de atividade econômica em
Salvador,paralisadaempartepeloimpasse
jurídico com o PDDU (Plano Diretor de De-
senvolvimento Urbano) e a Louos (Lei de
Ordenamento, Uso e Ocupação do Solo), é
incompatível com previsões muito otimis-
tas quanto ao aumento da arrecadação.
Mas,umavezampliada,seriainaceitável
ver todo o esforço escoar em direção do
custeio da máquina pública (hoje mais da
metade dos recursos próprios está com-
prometida com o pagamento da folha de
salário dos servidores municipais).
Salvador é uma cidade-dormitório, sem
indústrias,dependentedosetordeserviçose
do turismo, e nos últimos anos tem perdido
visitantesporcontadadegradaçãodaorla,
do abandono a que foi relegado o Centro
Histórico,docaosinstaladonotrânsitoedo
aumento da violência.
A utilização racional dos recursos, por-
tanto, é tão imprescindível quanto o au-
mento dos investimentos em obras de in-
fraestrutura, de ampliação da mobilidade
urbanaedemelhoriadaqualidadedevida
dos moradores.
“O País não valoriza o conhecimento, apenas o título.
O aluno quer terminar o curso sem se preocupar se
realmente aprendeu” PRISCILA FONSECA DA CRUZ, diretora do movimento Todos pela Educação
Os idosos
são espectros
Fica conosco,
Senhor!
Os discípulos de Emaús e os primeiros
cristãos compreenderam muito bem a im-
portância das lições deixadas por Jesus;
tanto, que se tornaram “perseverantes em
ouvir o ensinamento dos apóstolos, na co-
munhão fraterna, na fração do pão e nas
orações” (At 2,42). Na “fração do pão”, fa-
ziam memória da vida, morte e ressur-
reição de Jesus. A instituição da Eucaristia,
na noite da Quinta-feira Santa, havia an-
tecipado, sacramentalmente, o dom que
Cristo faria de si mesmo ao Pai, no Calvário.
Agora, em cada fração do pão, essa me-
mória seria perpetuada pelos séculos afora.
A Igreja passaria a viver de Jesus euca-
rístico, por ele seria nutrida e por ele seria
iluminada. A Eucaristia é mistério de fé e,
ao mesmo tempo, mistério de luz. Sempre
que a Igreja a celebra, podemos reviver a
experiência dos dois discípulos de Emaús:
“Seus olhos se abriram, e eles o reconhe-
ceram” (cf. EE, 3 e 6).
Os discípulos de Emaús, tendo reconhecido
o Mestre, partiram com alegria para a missão.
Deixaram sua aldeia e voltaram a Jerusalém,
para se encontrarem com os outros discípulos,
pois queriam comunicar-lhes a experiência
que tinham tido com o Senhor. Tornaram-se,
assim, testemunhas do Ressuscitado. É isso que
Jesus continua realizando em cada Missa. Ele
transforma seus discípulos em alegres mis-
sionários, anunciadores da certeza que nos dei-
xou: “Eis que estarei convosco todos os dias, até
o fim dos tempos” (Mt 28,20). Como preci-
samos dessa presença! “Sem Cristo não há luz,
não há esperança, não há amor, não há futuro”
(Bento XVI, 13.05.07).
Aproximar-se da Eucaristia é fazer nosso o
pedido dos discípulos de Emaús: “Fica conosco,
Senhor!” Como em Emaús, Jesus se senta co-
nosco, toma o pão, pronuncia a bênção, parte
o pão e o distribui. Assim, terminada a ce-
lebração, quando ouvimos: “Ide em paz, o Se-
nhor os acompanhe!”, somos convidados e nos
levantar e a voltar para a nossa Jerusalém,
testemunhando a todos o nosso encontro com
o Ressuscitado e enfrentando, com renovada
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D. MURILO KRIEGER ESCREVE AOS DOMINGOS

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O desânimo dos idosos e a esperança no Estatuto

  • 1. SALVADOR DOMINGO 6/10/2013 OPINIÃO A3 ASSOCIADA À SIP - SOCIEDADE INTERAMERICANA DE IMPRENSA ASSOCIADA AO IVC - INSTITUTO VERIFICADOR DE CIRCULAÇÃO PREMIADA PELA SOCIETY FOR NEWS DESIGN WWW.ATARDE.COM.BR 71 3340 8899 WWW.ATARDEFM.COM.BR 71 3340 8830 M.ATARDE.COM.BR 71 3340 8921 Fundado em 15/10/1912 por Ernesto Simões Filho Conselho de Administração: Presidente: Renato Simões Vice-Presidente: Vera Magdalena Simões Diretor Geral: André Blumberg Diretor de Redação: Vaguinaldo Marinheiro Diretor Comercial: Edmilson Vaz MEMBRO FUNDADOR DA ANJ - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE JORNAIS SEDE: SEDE: RUA PROFESSOR MILTON CAYRES DE BRITO, N.º 204, CAMINHO DAS ÁRVORES, CEP: 41.822-900, SALVADOR/BA, REDAÇÃO: (71)3340.8800, PABX:(71) 3340.8500, FAX: (71)3340.8712 OU 3340.8713, ENDEREÇO TELEGRÁFICO A TARDE FALE COM A REDAÇÃO: (71)3340.8800, DE SEGUNDA A SEXTA-FEIRA DAS 6:30 ÀS 00 HORAS. SÁBADOS DOMINGOS E FERIADOS: DAS 9:00 ÀS 21 HORAS; SUGESTÃO DE PAUTA: CIDADAOREPORTER@GRUPOATARDE.COM.BR, (71)3340.8991. CLASSIFICADOS POPULARES: (71)3533.0855, PUBLICIDADE: (71)3340-8757 OU 3340-8731, FAX: 3340.8710, CIRCULAÇÃO: (71)3340-8612 – FAX: 3340.8732. CENTRAL DE ASSINATURAS BAHIA E SERGIPE: (71)3533.0850. REPRESENTANTE PARA TODO O PAIS: PEREIRA DE SOUZA E CIA LTDA. RIO DE JANEIRO - TEL:(21) 2544-3070, SÃO PAULO - TEL.:(11) 3231-6111, SALVADOR - TEL.: (71)3646-6550, FORTALEZA - TEL.: (85) 3272-2429, GOIÂNIA/GO - TEL.: (62) 3287-2770, 3287-3993, 3287-3287, 3287- 4370, BELO HORIZONTE - TEL.: (31) 3224-1245, BELÉM - TEL: (91)3244-4722/3233-5163, RECIFE - TEL: (81) 3327-3785, CURITIBA - TEL: (41) 3352-2330 - 3352-8921, PORTO ALEGRE/RS - TEL.: (51) 3311-8377, OUTROS TELEFONES PELO BRASIL: SUCURSAIS: BARREIRAS/BA: RUA DOM PEDRO SEGUNDO 133, 2.º ANDAR, CEP: 47.800-000, TELEFONE: (77) 3611.4444, BRASÍLIA: END: SCS, QUADRA 1, EDIFICIO CENTRAL, SALA 1001 E 1008. CEP: 70.304-900, TELEFONES: (61) 32260543 OU 322-1343, FEIRA DE SANTANA: AV. GETÚLIO VARGAS, 2020, 1.º ANDAR, SALA 104 – PONTO CENTRAL, CEP: 44.010-100, TELEFONE: (75) 3625-1488 E (75) 3616-1486, RIO DE JANEIRO: RUA DA ALFÂNDEGA, 91, SALA 206, CENTRO, CEP: 20.070-001, TE- LEFONE: (21) 2224.3086, SANTO ANTÔNIO DE JESUS: RUA TIRADENTES, 30, SALA 305, 3.º ANDAR, EDIFICIO SÃO FRANCISCO, CENTRO, CEP: 44.571-115, TELEFONE: (75) 3631-3010, INTERIOR DA BAHIA E REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR: VM2 PUBLICIDADE, AVENIDA JOÃO DURVAL CARNEIRO, 3486, 1.º ANDAR, SALA 06, CASEB, CEP: 44.056-033, TELEFONE: (75) 3635.1044 / 3635-1037, SERGIPE E ALAGOAS: GABINETE DE MÍDIA E COMUNICAÇÃO LTDA, RUA ROSALINA, 346, JARDIM MAR AZUL, FAROLÂNDIA, CEP: 49.032-150, TELEFONE: (79) 3246.4139 OU, (79)9978-8962, PREÇO DE ASSINATURAS: ANUAL: R$ 782,00 – OBS: PREÇO BÁSICO DE REFERÊNCIA PARA ASSINATURA ANUAL/DIÁRIA. CONSULTE OU- TRAS MODALIDADES E PREÇOS PROMOCIONAIS. VENDA AVULSA BAHIA E SERGIPE: DIAS ÚTEIS: R$ 2,00. DOMINGO: R$ 3,00. OUTROS ESTADOS: DIAS ÚTEIS R$ 4,00, DOMINGOS: R$ 5,00. BRUNO AZIZ O Estatuto do Idoso completou dez anos. Algo a comemorar? Muito pouco. Ser idoso neste País significa, em geral, ter baixa renda, que não dá para comprar re- médios indispensáveis ao prolongamento da vida. Significa também exclusão do ambiente familiar, exílio, abandono. A velhice é digna apenas para as apo- sentadorias e pensões ricas. Para os que puderam amealhar – e raramente entra nis- so o mérito do trabalho árduo e honesto. A existência de castas oriundas da má dis- tribuição de riqueza e pressão do poder econômico opõe nobres e vassalos. Um flagrante desrespeito, que assume a forma da desatenção, pune em cheio o ido- so. Como e de onde tirar alegria, em época marcada pela dependência, pelos cuidados diários, se por toda parte o idoso brasileiro é considerado um vulto, quase um espectro para o qual não se olha duas vezes? O Estatuto do Idoso é por enquanto mais uma lei de fachada. Serve para gerar miúdos gestos de cortesia aqui e ali, praticados por pessoas de fato educadas. Se não evita o desconforto, corre o risco de engrossar o elenco de ações hipócritas que caracteriza nossa cultura. Somos mesmo um bando de hipócritas. De fingidores, de dissimuladores, dos que arvoram falsa virtude e em proveito do seu bem-estar atraem para si uma aura de santidade. O resto – todos os indesejáveis e injustiçados – que se arranje como melhor lhe aprouver. Um país que remenda tanto a Consti- tuição e insiste em negar seus preceitos básicos, na prática desafiadora da politi- cagem, da corrupção, tem longa estrada a percorrer. Em que geração obteremos fi- nalmente a consciência dos direitos hu- manos, da justiça social aplicada? O Dia do Idoso foi marcado em Salvador por uma marcha de senhoras e senhores da cha- mada terceira idade, que alguns idosos tolos consideram “a melhor idade”. Ainda bem que o desejo de protesto, de cobranças públicas começa a arder, apesar do spray de pimenta e das bombas de gás que a hipocrisia rotula “de efeito moral”. HÉLIO PÓLVORA ESCREVE AOS DOMINGOS Hélio Pólvora Escritor, membro da Academia de Letras da Bahia hpolvora@gmail.com O desânimo e a tristeza se abateram sobre aqueles dois discípulos que voltavam de Jerusalém para Emaús. Eles haviam seguido Jesus de Nazaré e pos- to nele sua esperança, mas estavam de- cepcionados, porque tudo terminara de for- ma rápida, inesperada e frustrante. Con- denado, Jesus não reagiu; castigado, não se defendeu; ironizado pelos soldados, não desceu da Cruz para mostrar o seu poder. Onde ficaram suas palavras, seus milagres e as multidões que o haviam seguido? O que restava de suas promessas e da es- perança que havia despertado em tantos corações? Para os dois discípulos, só havia uma saída: deixar Jerusalém e voltar para a sua aldeia. Estavam voltando, na verdade, para sua vida antiga, sem perspectivas e sem esperança. Foi quando um desconhe- cido pediu para acompanhá-los e quis co- nhecer o motivo de sua tristeza. Tendo ou- vido sua história marcada por decepções, passou a demonstrar-lhes que conhecia as promessas feitas pelos profetas, que a Cruz e a morte no Calvário, longe de terem sido o final de tudo, eram um novo caminho que se abria para eles. Suas palavras eram uma luz para aqueles corações envolvidos por nuvens escuras. Tendo chegado a Emaús, vendo que o desconhecido ia adiante, os dois discípulos lhe fizeram um convite: “Fica conosco, Se- nhor” (Lc 24,29). Convite feito, convite acei- to. Quando o companheiro de caminhada sentou-se à mesa com eles e partiu o pão, perceberam que ele era Jesus. “Neste mo- mento, seus olhos se abriram, e eles o re- conheceram. Ele, porém, desapareceu da vista deles” (Lc 24,31). A explicação das Escrituras, na viagem com o desconhecido, não havia sido suficiente para abrir os olhos dos discípulos de Emaús. Seus corações arderam, é verdade, mas o gesto es- sencial para reconhecerem o Ressuscitado foi o pão partido e repartido. Foi nessa hora que Cristo revelou sua identidade. Ao participarem desse gesto de partilha, reconheceram aquele que durante sua vida sempre se doara aos outros – doação que teve seu ponto máximo no Calvário. Dom Murilo S.R. Krieger Arcebispo de São Salvador da Bahia e primaz do Brasil sec.arcebispo@arquidiocesesalvador.org.br EDITORIAL Arrecadação e gastos AcapacidadedeinvestimentodaPrefeitura de Salvador foi praticamente nula neste ano: apenas 0,5% do orçamento, segundo números apresentados pelo secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa. Foi resul- tado do profundo desequilíbrio entre re- ceita e despesa no município. Para o ano que vem, a intenção é ampliar esse per- centual, passando para 16%. Faz-se urgente retomar a capacidade de investimento, ancorada na redução dos gastos e, ao mesmo tempo, na ampliação da receita. A expectativa da Fazenda é de que esta aumente 56% em 2014. Deve-se, no entanto, ter o cuidado de construir esse crescimento ancorado na re- dução da inadimplência ou no combate à sonegação,emvezdeàcustadapopulação que já arca com o pagamento dos diversos impostos.Outrocaminhoaserperseguidoé o que dá acesso às verbas federais, dis- poníveis via apresentação de projetos. E há, ainda, a possibilidade de empréstimos na- cionais ou do exterior. O atual nível de atividade econômica em Salvador,paralisadaempartepeloimpasse jurídico com o PDDU (Plano Diretor de De- senvolvimento Urbano) e a Louos (Lei de Ordenamento, Uso e Ocupação do Solo), é incompatível com previsões muito otimis- tas quanto ao aumento da arrecadação. Mas,umavezampliada,seriainaceitável ver todo o esforço escoar em direção do custeio da máquina pública (hoje mais da metade dos recursos próprios está com- prometida com o pagamento da folha de salário dos servidores municipais). Salvador é uma cidade-dormitório, sem indústrias,dependentedosetordeserviçose do turismo, e nos últimos anos tem perdido visitantesporcontadadegradaçãodaorla, do abandono a que foi relegado o Centro Histórico,docaosinstaladonotrânsitoedo aumento da violência. A utilização racional dos recursos, por- tanto, é tão imprescindível quanto o au- mento dos investimentos em obras de in- fraestrutura, de ampliação da mobilidade urbanaedemelhoriadaqualidadedevida dos moradores. “O País não valoriza o conhecimento, apenas o título. O aluno quer terminar o curso sem se preocupar se realmente aprendeu” PRISCILA FONSECA DA CRUZ, diretora do movimento Todos pela Educação Os idosos são espectros Fica conosco, Senhor! Os discípulos de Emaús e os primeiros cristãos compreenderam muito bem a im- portância das lições deixadas por Jesus; tanto, que se tornaram “perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na co- munhão fraterna, na fração do pão e nas orações” (At 2,42). Na “fração do pão”, fa- ziam memória da vida, morte e ressur- reição de Jesus. A instituição da Eucaristia, na noite da Quinta-feira Santa, havia an- tecipado, sacramentalmente, o dom que Cristo faria de si mesmo ao Pai, no Calvário. Agora, em cada fração do pão, essa me- mória seria perpetuada pelos séculos afora. A Igreja passaria a viver de Jesus euca- rístico, por ele seria nutrida e por ele seria iluminada. A Eucaristia é mistério de fé e, ao mesmo tempo, mistério de luz. Sempre que a Igreja a celebra, podemos reviver a experiência dos dois discípulos de Emaús: “Seus olhos se abriram, e eles o reconhe- ceram” (cf. EE, 3 e 6). Os discípulos de Emaús, tendo reconhecido o Mestre, partiram com alegria para a missão. Deixaram sua aldeia e voltaram a Jerusalém, para se encontrarem com os outros discípulos, pois queriam comunicar-lhes a experiência que tinham tido com o Senhor. Tornaram-se, assim, testemunhas do Ressuscitado. É isso que Jesus continua realizando em cada Missa. Ele transforma seus discípulos em alegres mis- sionários, anunciadores da certeza que nos dei- xou: “Eis que estarei convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28,20). Como preci- samos dessa presença! “Sem Cristo não há luz, não há esperança, não há amor, não há futuro” (Bento XVI, 13.05.07). Aproximar-se da Eucaristia é fazer nosso o pedido dos discípulos de Emaús: “Fica conosco, Senhor!” Como em Emaús, Jesus se senta co- nosco, toma o pão, pronuncia a bênção, parte o pão e o distribui. Assim, terminada a ce- lebração, quando ouvimos: “Ide em paz, o Se- nhor os acompanhe!”, somos convidados e nos levantar e a voltar para a nossa Jerusalém, testemunhando a todos o nosso encontro com o Ressuscitado e enfrentando, com renovada alegria, nossa missão. D. MURILO KRIEGER ESCREVE AOS DOMINGOS