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Movimento FUTURISTA - ManifestosMovimento FUTURISTA - Manifestos
Suas obras baseavam-se fortemente na velocidade e nos
desenvolvimentos tecnológicos do final do século XIX;
Escrito pelo poeta italiano Filippo Tommaso Marinetti;
Publicado no jornal francês Le Figaro em 1909 (Paris);
Capital internacional das artes e da cultura
Distancia-se de Milão e de Roma (tradição acadêmica, historicista)
Marcou a fundação do futurismo, um dos primeiros
movimentos da arte moderna;
Consistia em 11 itens que proclamavam a ruptura com o
passado e a identificação do homem com a máquina, a
velocidade e o dinamismo do novo século.
1. Nós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito da energia e do destemor.
2. A coragem, a audácia, a rebelião serão elementos essenciais de nossa poesia.
3. A literatura exaltou até hoje a imobilidade pensativa, o êxtase, o sono. Nós queremos exaltar o movimento agressivo, a insônia febril, o passo
de corrida, o salto mortal, o bofetão e o soco.
4. Nós afirmamos que a magnificência do mundo enriqueceu-se de uma beleza nova: a beleza da velocidade. Um automóvel de corrida com seu
cofre enfeitado com tubos grossos, semelhantes a serpentes de hálito explosivo... um automóvel rugidor, que correr sobre a metralha, é mais
bonito que a Vitória de Samotrácia.
5. Nós queremos entoar hinos ao homem que segura o volante, cuja haste ideal atravessa a Terra, lançada também numa corrida sobre o circuito
da sua órbita.
6. É preciso que o poeta prodigalize com ardor, fausto e munificiência, para aumentar o entusiástico fervor dos elementos primordiais.
7. Não há mais beleza, a não ser na luta. Nenhuma obra que não tenha um caráter agressivo pode ser uma obra-prima. A poesia deve ser
concebida como um violento assalto contra as forças desconhecidas, para obrigá-las a prostrar-se diante do homem.
8. Nós estamos no promontório extremo dos séculos!... Por que haveríamos de olhar para trás, se queremos arrombar as misteriosas portas do
Impossível? O Tempo e o Espaço morreram ontem. Nós já estamos vivendo no absoluto, pois já criamos a eterna velocidade onipresente.
9. Nós queremos glorificar a guerra - única higiene do mundo - o militarismo, o patriotismo, o gesto destruidor dos libertários, as belas ideias
pelas quais se morre e o desprezo pela mulher.
10. Nós queremos destruir os museus, as bibliotecas, as academias de toda natureza, e combater o moralismo, o feminismo e toda vileza
oportunista e utilitária.
11. Nós cantaremos as grandes multidões agitadas pelo trabalho, pelo prazer ou pela sublevação; cantaremos as marés multicores e polifônicas das
revoluções nas capitais modernas; cantaremos o vibrante fervor noturno dos arsenais e dos estaleiros incendiados por violentas luas elétricas; as
estações esganadas, devoradoras de serpentes que fumam; as oficinas penduradas às nuvens pelos fios contorcidos de suas fumaças; as
pontes, semelhantes a ginastas gigantes que cavalgam os rios, faiscantes ao sol com um luzir de facas; os piróscafos aventurosos que farejam o
horizonte, as locomotivas de largo peito, que pateiam sobre os trilhos, como enormes cavalos de aço enleados de carros; e o voo rasante dos
aviões, cuja hélice freme ao vento, como uma bandeira, e parece aplaudir como uma multidão entusiasta.
É da Itália, que nós lançamos pelo mundo este nosso manifesto de violência arrebatadora e incendiária, com o qual fundamos hoje o
"futurismo", porque queremos libertar este país de sua fétida gangrena de professores, de arqueólogos, de cicerones e de antiquários. Já é
tempo de a Itália deixar de ser um mercado de belchiores. Nós queremos libertá-la dos inúmeros museus que a cobrem toda de inúmeros
cemitérios.
AntonioAntonioAntonioAntonio Sant’EliaSant’EliaSant’EliaSant’Elia ----
Arquiteto italiano
Um dos principais divulgadores do Futurismo
Influenciado pelas cidades industriais americanas
Em 1912 produziu um
conjunto de desenhos de
grande impacto da sua Città
Nuova “Cidade Nova”,
retratando uma escala
monumental e o
aparecimento de novas
tecnologias e materiais.
Manifesto
Antonio Sant’Elia, 11 de julho de 1914
1. Toda a pseudo-arquitetura de vanguarda, austríaca, alemã e americana.
2. Toda a arquitetura clássica solene, hierática, cenográfica, decorativa, monumental,
graciosa, agradável.
3. A embalsamação, a reconstrução, a reprodução dos monumentos e palácios antigos.
4. As linhas perpendiculares e horizontais, as formas cúbicas e piramidais que são estáticas,
graves, oprimentes e absolutamente fora da nossa novíssima sensibilidade.
5. O uso dos materiais maciços, volumosos, duradouros, antiquados, custosos.
Combate e despreza
1. Que a arquitetura futurista é a arquitetura do cálculo, da audácia temerária e da
simplicidade; a arquitetura do concreto armado, do ferro, do vidro, do papelão, da fibra
têxtil e de todos aqueles sucedâneos da madeira, da pedra e do tijolo que permitem obter o
máximo da elasticidade e da leveza;
2. Que a arquitetura futurista não é por isto uma árida combinação de praticidade e de
utilidade, mas permanece arte, isto é, síntese, expressão;
3. Que as linhas oblíquas e aquelas elípticas são dinâmicas, pela sua própria natureza,
têm uma potência emotiva superior àquelas perpendiculares e às horizontais, e que não
pode existir uma arquitetura dinamicamente integradora que as exclua;
4. Que a decoração, como qualquer coisa de sobreposto à arquitetura, é um absurdo, e que
somente do uso e da disposição original do material bruto ou nu ou violentamente colorido,
depende o valor decorativo da arquitetura futurista;
Proclama
5. Que, como os antigos extraíram inspiração da arte dos elementos da natureza, nós
materialmente e espiritualmente artificiais – devemos achar aquela inspiração nos
elementos do novíssimo mundo mecânico que criamos, do qual a arquitetura deve ser a
mais bela expressão, a síntese mais completa, a integração artística mais eficaz;
6. A arquitetura como arte das formas dos edifícios segundo critérios preestabelecidos
acabou;
7. Por arquitetura deve-se entender o esforço de harmonizar com liberdade e com
grande audácia, o ambiente com o homem, isto é, tornar o mundo das coisas uma projeção
direta do mundo do espírito;
8. De uma arquitetura assim concebida não pode nascer nenhuma rotina plástica e linear,
porque os caracteres fundamentais da arquitetura futurista serão a decadência e a
transitoriedade. As casas durarão menos do que nós. Cada geração deverá fabricar
a própria cidade. Esta constante renovação o ambiente arquitetônico contribuirá para a
vitória do futurismo, que já se afirma com as Palavras em liberdade, o Dinamismo plástico,
a Música sem apuramento e a Arte dos rumores, e pela qual lutamos sem trégua contra
a covardia passadista.
O futurismo repudia a ideia de uma existência
pacificada, por associá-la essencialmente à
apatia, ao desinteresse pelo progresso, à
impossibilidade de seguir em direção ao futuro.
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  • 1. Movimento FUTURISTA - ManifestosMovimento FUTURISTA - Manifestos Suas obras baseavam-se fortemente na velocidade e nos desenvolvimentos tecnológicos do final do século XIX; Escrito pelo poeta italiano Filippo Tommaso Marinetti; Publicado no jornal francês Le Figaro em 1909 (Paris); Capital internacional das artes e da cultura Distancia-se de Milão e de Roma (tradição acadêmica, historicista) Marcou a fundação do futurismo, um dos primeiros movimentos da arte moderna; Consistia em 11 itens que proclamavam a ruptura com o passado e a identificação do homem com a máquina, a velocidade e o dinamismo do novo século.
  • 2. 1. Nós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito da energia e do destemor. 2. A coragem, a audácia, a rebelião serão elementos essenciais de nossa poesia. 3. A literatura exaltou até hoje a imobilidade pensativa, o êxtase, o sono. Nós queremos exaltar o movimento agressivo, a insônia febril, o passo de corrida, o salto mortal, o bofetão e o soco. 4. Nós afirmamos que a magnificência do mundo enriqueceu-se de uma beleza nova: a beleza da velocidade. Um automóvel de corrida com seu cofre enfeitado com tubos grossos, semelhantes a serpentes de hálito explosivo... um automóvel rugidor, que correr sobre a metralha, é mais bonito que a Vitória de Samotrácia. 5. Nós queremos entoar hinos ao homem que segura o volante, cuja haste ideal atravessa a Terra, lançada também numa corrida sobre o circuito da sua órbita. 6. É preciso que o poeta prodigalize com ardor, fausto e munificiência, para aumentar o entusiástico fervor dos elementos primordiais. 7. Não há mais beleza, a não ser na luta. Nenhuma obra que não tenha um caráter agressivo pode ser uma obra-prima. A poesia deve ser concebida como um violento assalto contra as forças desconhecidas, para obrigá-las a prostrar-se diante do homem. 8. Nós estamos no promontório extremo dos séculos!... Por que haveríamos de olhar para trás, se queremos arrombar as misteriosas portas do Impossível? O Tempo e o Espaço morreram ontem. Nós já estamos vivendo no absoluto, pois já criamos a eterna velocidade onipresente. 9. Nós queremos glorificar a guerra - única higiene do mundo - o militarismo, o patriotismo, o gesto destruidor dos libertários, as belas ideias pelas quais se morre e o desprezo pela mulher. 10. Nós queremos destruir os museus, as bibliotecas, as academias de toda natureza, e combater o moralismo, o feminismo e toda vileza oportunista e utilitária. 11. Nós cantaremos as grandes multidões agitadas pelo trabalho, pelo prazer ou pela sublevação; cantaremos as marés multicores e polifônicas das revoluções nas capitais modernas; cantaremos o vibrante fervor noturno dos arsenais e dos estaleiros incendiados por violentas luas elétricas; as estações esganadas, devoradoras de serpentes que fumam; as oficinas penduradas às nuvens pelos fios contorcidos de suas fumaças; as pontes, semelhantes a ginastas gigantes que cavalgam os rios, faiscantes ao sol com um luzir de facas; os piróscafos aventurosos que farejam o horizonte, as locomotivas de largo peito, que pateiam sobre os trilhos, como enormes cavalos de aço enleados de carros; e o voo rasante dos aviões, cuja hélice freme ao vento, como uma bandeira, e parece aplaudir como uma multidão entusiasta. É da Itália, que nós lançamos pelo mundo este nosso manifesto de violência arrebatadora e incendiária, com o qual fundamos hoje o "futurismo", porque queremos libertar este país de sua fétida gangrena de professores, de arqueólogos, de cicerones e de antiquários. Já é tempo de a Itália deixar de ser um mercado de belchiores. Nós queremos libertá-la dos inúmeros museus que a cobrem toda de inúmeros cemitérios.
  • 3. AntonioAntonioAntonioAntonio Sant’EliaSant’EliaSant’EliaSant’Elia ---- Arquiteto italiano Um dos principais divulgadores do Futurismo Influenciado pelas cidades industriais americanas
  • 4. Em 1912 produziu um conjunto de desenhos de grande impacto da sua Città Nuova “Cidade Nova”, retratando uma escala monumental e o aparecimento de novas tecnologias e materiais.
  • 6. 1. Toda a pseudo-arquitetura de vanguarda, austríaca, alemã e americana. 2. Toda a arquitetura clássica solene, hierática, cenográfica, decorativa, monumental, graciosa, agradável. 3. A embalsamação, a reconstrução, a reprodução dos monumentos e palácios antigos. 4. As linhas perpendiculares e horizontais, as formas cúbicas e piramidais que são estáticas, graves, oprimentes e absolutamente fora da nossa novíssima sensibilidade. 5. O uso dos materiais maciços, volumosos, duradouros, antiquados, custosos. Combate e despreza
  • 7. 1. Que a arquitetura futurista é a arquitetura do cálculo, da audácia temerária e da simplicidade; a arquitetura do concreto armado, do ferro, do vidro, do papelão, da fibra têxtil e de todos aqueles sucedâneos da madeira, da pedra e do tijolo que permitem obter o máximo da elasticidade e da leveza; 2. Que a arquitetura futurista não é por isto uma árida combinação de praticidade e de utilidade, mas permanece arte, isto é, síntese, expressão; 3. Que as linhas oblíquas e aquelas elípticas são dinâmicas, pela sua própria natureza, têm uma potência emotiva superior àquelas perpendiculares e às horizontais, e que não pode existir uma arquitetura dinamicamente integradora que as exclua; 4. Que a decoração, como qualquer coisa de sobreposto à arquitetura, é um absurdo, e que somente do uso e da disposição original do material bruto ou nu ou violentamente colorido, depende o valor decorativo da arquitetura futurista; Proclama
  • 8. 5. Que, como os antigos extraíram inspiração da arte dos elementos da natureza, nós materialmente e espiritualmente artificiais – devemos achar aquela inspiração nos elementos do novíssimo mundo mecânico que criamos, do qual a arquitetura deve ser a mais bela expressão, a síntese mais completa, a integração artística mais eficaz; 6. A arquitetura como arte das formas dos edifícios segundo critérios preestabelecidos acabou; 7. Por arquitetura deve-se entender o esforço de harmonizar com liberdade e com grande audácia, o ambiente com o homem, isto é, tornar o mundo das coisas uma projeção direta do mundo do espírito; 8. De uma arquitetura assim concebida não pode nascer nenhuma rotina plástica e linear, porque os caracteres fundamentais da arquitetura futurista serão a decadência e a transitoriedade. As casas durarão menos do que nós. Cada geração deverá fabricar a própria cidade. Esta constante renovação o ambiente arquitetônico contribuirá para a vitória do futurismo, que já se afirma com as Palavras em liberdade, o Dinamismo plástico, a Música sem apuramento e a Arte dos rumores, e pela qual lutamos sem trégua contra a covardia passadista.
  • 9.
  • 10.
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18. O futurismo repudia a ideia de uma existência pacificada, por associá-la essencialmente à apatia, ao desinteresse pelo progresso, à impossibilidade de seguir em direção ao futuro.