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A CONCEPÇÃO DE MORTE NUMA PERSPECTIVA ESPAÇO-TEMPORAL: O
MORRER NA MESOPOTÂMIA E CONTEMPORANEIDADE.
PEDRO LUCAS PAULINO TORRES1
RESUMO
Este presente trabalho tem por objetivo investigar as mudanças espaços-
temporais ocorridas nas representações e atitudes do homem diante à morte e o
morrer levando em consideração a sociedade mesopotâmica e contemporânea.
Palavras-Chave: morte – representações – concepções.
INTRODUÇÃO
Analisar o modo distinto com que algumas sociedades têm lidado com a
morte e o morrer e as significativas transformações que ocorreram ao longo do
tempo e do espaço é o eixo norteador deste trabalho, em outras palavras, busca-se
por meio dele compreender as relações do homem com a morte a partir de seu
desenvolvimento histórico investigando as representações da morte.
A inquietação sobre este assunto surgiu a partir da necessidade em entender
o modo com o qual a sociedade contemporânea lida com a morte e o morrer, sendo
também outras razões fundamentais que impulsionaram à escrita desse artigo as
disciplinas cursadas durante o primeiro semestre do curso de licenciatura em
História na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).
Afinal, teria sido a relação homem/morte inalterada na medida em que as
civilizações mudavam?
Conforme KOVÁCS (1992, p. 53) a visão da morte e o que aparece de mais
temido está diretamente ligado ao contexto histórico e sociocultural.
Mistério, incerteza e, consequentemente, medo daquilo que não se conhece
são marcas de caracterização atribuídas a morte, atributos esses que desafiaram e
desafiam as mais distintas culturas; as quais através dos mitos, da filosofia, da arte e
1
Graduando em História pela Universidade Estadual da Paraíba, UEPB sob MATRÍCULA: 141448032
E-mail: pedro-paulino96@hotmail.com
religiões buscaram respostas que tornassem compreensível o desconhecido a fim
de remediar a angústia gerada pela morte, ficando evidente esse posicionamento na
citação abaixo:
Irmã do sono, filha da noite, a morte é introdutória aos mundos
desconhecidos do Inferno ou do Paraíso, o que revela sua
ambivalência, como à terra, aproximando, de certa forma, os homens
dos ritos de passagem. Afinal de contas mors janua vitae (a morte é
porta da vida). A ideia de morte se tornou uma condição transponível
e passageira, pois o crente geralmente reluta em acreditar que a
morte absoluta ou o aniquilamento possa pôr fim à sua existência e,
por isso, espera ter sua vida prorrogada indefinidamente.
(MUNIZ, Paulo Henrique. 2006, p.166)
A constante negação do relacionamento com a morte chama a atenção para o
fato de na atualidade este assunto ser quase totalmente ignorado, sendo que nas
culturas mais antigas a visão era distinta.
Para compreendermos de que forma esta relação foi sendo transformada na
medida em que as civilizações evoluíam, será feito primeiramente um breve histórico
sobre a morte.
A segunda parte tratará de um levantamento histórico sobre a representação
e concepção de morte na Mesopotâmia e por fim uma análise de como a morte é
vista nos dias atuais posto que o lugar e o pensamento sobre a morte se
modificaram ao passar do tempo, acompanhando o desenvolvimento social e
econômico.
BREVE HISTÓRICO SOBRE A MORTE
Desde os primórdios da civilização já se buscava uma justificativa para
comprovar que a morte não é um fim e os ritos tornaram-se um meio de preparar o
defunto para um outro mundo, ou para um outra vida depois da morte.
Segundo CALLIA (2005) os homens, na tentativa de lidar com o confronto
com a morte passaram a criar diversas manifestações culturais, entre elas: rituais,
celebrações, cultos e rezas.
Se levarmos em consideração o parecer do filósofo alemão Arthur
Schopenhauer, os animais só conhecem o presente, não tendo experiência das
dimensões temporais do futuro e do passado. Por causa disso é a compreensão da
finitude e da morte, tornada possível pela abertura temporal do ser humano, que
constitui a autêntica raiz da filosofia, assim como das religiões.
Por não sabermos o que é a morte e os já que tiveram a experiência não
pode relata-la aos que aqui ficaram a vida por vezes torna-se árdua ao passo que
por antecipação temos consciência de nosso fim e para alguns pensar este fim não
seja agradável ou prioridade.
Como afirma MARTON (2009), a morte é um acontecimento banal, aparece
como um fato dentre outros; um fato que o jornalista relata, o médico legista
constata, o biólogo analisa, o policial investiga. Mas, por outro lado, um fato que não
tem igual, um fato ímpar, desmedido e incomensurável. Não podemos deixar de
constatar que a morte é um mistério; não temos como nos proteger de seu caráter
vertiginoso e desconcertante. É por isso, aliás, que tanto falamos nela e dela tanto
ouvimos falar.
O MORRER NA MESOPOTÂMIA
A morte tem um papel de grande relevância nas sociedades e na sociedade
mesopotâmica, considerada o “berço da civilização”, não foi diferente.
Ao contrário dos egípcios do Médio Império, que tinham certo desprezo pela vida
e geralmente uma atitude de alegre resignação relativamente liberta de superstições
grosseiras a atitude mesopotâmica, ao contrário, era melancólica, pessimista e
inquietada por terrores mórbidos existindo uma indiferença enquanto o destino após
a morte.
Os povos mesopotâmios tinham por costume enterrar os corpos dos mortos de
uma maneira aos olhos da modernidade estranha, onde o cadáver era
cuidadosamente acompanhado de todas as marcas de sua identidade pessoal e
familiar (seus pertences, objetos de uso, vestimentas e até mesmo comidas
prediletas) garantindo assim que nada lhe faltaria na travessia do mundo da vida
para o mundo da morte.
Logo, implantar no subterrâneo terrestre os pertences e corpo dos seres amados
fazia que os mesmos tornassem sagrados, haja vista que na civilização
mesopotâmica acreditava-se que o homem era nascido da terra.
“No fundo de seus sepulcros, os mortos formam assim as raízes
que, dando ao grupo humano seu ponto de ancoragem no solo, lhe
asseguram a estabilidade no espaço e a continuidade no tempo. [...]
Na ótica mesopotâmia, uma sociedade cortada de seus mortos não
tem mais lugar no tabuleiro de xadrez da extensão terrestre. Com
suas raízes, ela perde sua estabilidade, sua consistência, sua
coesão”. (Vernant, J-P. 1982, p. 108.)
Nessa época, era costume construir as casas ao lado dos túmulos; era habitual
entender a vida e a morte como intimamente ligadas onde os rituais de inumação
manifestam o significado tanto da vida quanto da morte.
O sepultamento era realizado com muito cuidado a fim de garantir que nada
faltasse na travessia, nada perturbasse, ou violasse, o espaço sagrado do túmulo.
Para os povos mesopotâmios a morte tinha significado de degradação de
existência, ou melhor, diminuição da vida. Para eles o essencial consistia na
administração adequada da existência na terra, no registro de sua identidade.
Aqui, trata-se, antes de tudo, de uma demarcação de fronteiras que separam a
continuidade do mundo da vida e do mundo da morte.
A MORTE E O MORRER NA CONTEMPORANEIDADE
Apesar de sempre representar para o homem uma forma de pensar a própria
existência, as concepções sobre a morte foram se alterando durante os tempos.
Contudo, será necessário retrocedermos a modernidade para compreendermos
como a morte é vista atualmente.
Nas sociedades mais antigas, assim como na Mesopotâmica, era habitual
entender a vida e a morte como intimamente ligadas onde na modernidade ambas
tornam-se opostas.
Morrer passa a ser também um momento de ruptura, no qual o
homem era arrancado de sua vida cotidiana e lançado num momento
irracional, violento e cruel. Assim passa a ocorrer uma separação
entre a vida e a morte e uma laicização da última.
CAPUTO, Rodrigo F. (2008, p.77)
É com o surgimento do cristianismo que vida e morte se acham
completamente separadas a partir da introdução da noção de sacralidade da vida,
um dom de Deus a ser preservado.
Com a ressurreição de Cristo, a igreja consola os cristãos da morte, que
passa a ser encarada como uma passagem para a verdadeira vida: “deixem os
mortos enterrarem os mortos, que se esqueça a morte e se viva a vida, pois o que
se chama de morte nada mais é do que uma passagem para se alcançar a
verdadeira vida” (MARTON, Scarlett, 2009).
Contudo, as representações e as atitudes do homem perante a morte
sofreram transformações importantes e sutis, mas até então não se havia alterado a
familiaridade com a morte e com os mortos. “A morte tornara-se um acontecimento
pleno de consequências; convinha pensar nela mais aturadamente. Mas ela não se
tornara nem assustadora nem angustiante. Continuava familiar, domesticada”
(ARIÉS, 1989a, p. 44).
Entretanto, a partir da segunda metade do século XX, passa a ocorrer uma
mudança brusca, na qual a morte deixa de ser familiar e passa a ser um objeto
interdito, ou seja, o homem aos poucos começou a expulsar a morte de sua vida
cotidiana devendo está ser reprimida e proibida.
Outro aspecto bastante curioso acerca da morte ocorrido na
contemporaneidade é a transferência do local da morte posto que já não se morre
em casa, no meio dos familiares, mas sozinho no hospital.
Desse modo, os ritos e representações alteraram-se junto a concepção atual
de morte visto que o local do velório também se alterou. O morto é tolerado cada vez
menos em seu domicilio sendo em muitos casos velados em espaços específicos
para tal rito por vezes em função de questões higiênicas, por outras a falta de
condições psicológicas de vivenciar esta situação.
Maranhão (1986) afirma que a sociedade contemporânea tem estabelecido,
através de formas culturais, a redução da morte e tudo o que está relacionado a ela
no intuito de negar a experiência da mesma.
Criou-se um tabu ao falar sobre a morte na atualidade, sendo está muitas
vezes mascarada quando interpelada por crianças sempre relacionando-a como
uma “viagem”, “descanso”.
Mesmo sendo negado (banalizada), o tempo todo falamos e ouvimos falar
sobre a morte em nosso cotidiano sempre ligada ao sentido de perda, contudo um
tema a ser evitado.
Para o homem ela é um desafio ao modo que o obrigou a deparar-se com
sua finitude e fragilidade. Todavia, a situação cada vez mais se agrava nesta
sociedade que preconiza a produtividade e o lucro, que prega a eficácia a qualquer
preço, que promove o espírito de competição e a lógica da exclusão. O morrer
passa a ser visto como um insucesso e frustração o que lhes possibilita a diluição da
dor na coletividade e que os mesmos encarem a morte de modo natural.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após de forma sucinta analisar as representações e significações do homem
em relação à morte e o morrer na sociedade mesopotâmica e contemporânea, é
possível verificar que as significativas alterações ocorridas no significado e
representação deste em relação à morte ao longo do tempo e espaço se deram
mediante a complexidade do ser humano e sua consciência de finitude ao passo que
este não enxerga a morte como algo simples e natural, mas sim, um evento tão
complexo quanto ele próprio.
O cristianismo teve grande influência em se tratando da concepção de morte
nos dias atuais, ao passo que pregou ser a vida mais importante que a morte já que
se está nada mais era que uma passagem para se alcançar a verdadeira vida, por
conseguinte rompendo com a concepção de travessia para o mundo desconhecido
adotada pelos mesopotâmicos.
Portanto, a morte deixa de ser familiar para torna-se um tabu o qual o homem
pós-moderno deve fugir, silenciar afim de não lidar com a mesma, embora tal atitude
seja inevitável.
“A concepção de morte tida por civilizações clássicas, passou
por radicais mudanças em suas representações, sendo de início o
grande impulsionador dessas alteridades o pensamento cristão ao
significar a morte como utopia divina, mas tarde a ruptura do sujeito
unitário pregado pelo iluminismo e o surgimento do sujeito pós-
moderno - fragmentando - onde o homem passou a explicar-se,
posto que acredita não ser mais promessa do absoluto foi outro
agente modificador da significação de morte para a
contemporaneidade haja vista que o indivíduo já possui consciência
de si, e o teocentrismo já não faz mais sentido para este homem;
passando a representar a morte como uma lacuna por ser uma área
desconhecida pelo mesmo (uma área mais subjetiva cuja o homem
nega pensar)”. MOURA, Flawyo G.2
REFERÊNCIAS
ARIÈS, Philippe. História da morte no Ocidente. Trad. Priscila Vianade Siqueira.
Rio de Janeiro: Ediouro, 2003.
CAPUTO, R. F. O homem e suas representações sobre a morte e o morrer: um
percurso histórico. Disponível em: <http://.
www.uniesp.edu.br/revista/revista6/pdf/8.pdf. Acesso em: 14 abr. 2014.
GIACOIA, J. O. A visão da morte ao longo do tempo. Disponível em:
<http://www.fmrp.usp.br/revista/2005/ vol38n1/1_a_visao_morte_longo_tempo.
Acesso em:26 abr. 2014.
KOVÁCS, M. J. (1992). Morte e desenvolvimento humano. São Paulo: Casa do
Psicólogo, 1992.
MARANHÃO, José Luiz de Souza. O que é morte. 2. ed. São Paulo:Brasilense,
1986.
MARTON, Scorlett. Morte com um instante de vida. Disponível em: <http://
http://www.revistafilosofia.com.br/ESFI/Edicoes/32/imprime129564.asp Acesso em:
14 jun. 2014.
MUNIZ, Paulo H. O estudo da morte e suas representações socioculturais,
simbólicas e espaciais. Revista Varia Scientia v.06, n° 12, p.159-169; 2006.
2
Graduando em História pela Universidade Estadual da Paraíba, UEPB. Monitor da disciplina História Antiga I e
Diretor do Departamento de Cultura e Eventos do CA (Centro Acadêmico) de História.

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Concepção da Morte na Mesopotâmia e Atualidade

  • 1. A CONCEPÇÃO DE MORTE NUMA PERSPECTIVA ESPAÇO-TEMPORAL: O MORRER NA MESOPOTÂMIA E CONTEMPORANEIDADE. PEDRO LUCAS PAULINO TORRES1 RESUMO Este presente trabalho tem por objetivo investigar as mudanças espaços- temporais ocorridas nas representações e atitudes do homem diante à morte e o morrer levando em consideração a sociedade mesopotâmica e contemporânea. Palavras-Chave: morte – representações – concepções. INTRODUÇÃO Analisar o modo distinto com que algumas sociedades têm lidado com a morte e o morrer e as significativas transformações que ocorreram ao longo do tempo e do espaço é o eixo norteador deste trabalho, em outras palavras, busca-se por meio dele compreender as relações do homem com a morte a partir de seu desenvolvimento histórico investigando as representações da morte. A inquietação sobre este assunto surgiu a partir da necessidade em entender o modo com o qual a sociedade contemporânea lida com a morte e o morrer, sendo também outras razões fundamentais que impulsionaram à escrita desse artigo as disciplinas cursadas durante o primeiro semestre do curso de licenciatura em História na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Afinal, teria sido a relação homem/morte inalterada na medida em que as civilizações mudavam? Conforme KOVÁCS (1992, p. 53) a visão da morte e o que aparece de mais temido está diretamente ligado ao contexto histórico e sociocultural. Mistério, incerteza e, consequentemente, medo daquilo que não se conhece são marcas de caracterização atribuídas a morte, atributos esses que desafiaram e desafiam as mais distintas culturas; as quais através dos mitos, da filosofia, da arte e 1 Graduando em História pela Universidade Estadual da Paraíba, UEPB sob MATRÍCULA: 141448032 E-mail: pedro-paulino96@hotmail.com
  • 2. religiões buscaram respostas que tornassem compreensível o desconhecido a fim de remediar a angústia gerada pela morte, ficando evidente esse posicionamento na citação abaixo: Irmã do sono, filha da noite, a morte é introdutória aos mundos desconhecidos do Inferno ou do Paraíso, o que revela sua ambivalência, como à terra, aproximando, de certa forma, os homens dos ritos de passagem. Afinal de contas mors janua vitae (a morte é porta da vida). A ideia de morte se tornou uma condição transponível e passageira, pois o crente geralmente reluta em acreditar que a morte absoluta ou o aniquilamento possa pôr fim à sua existência e, por isso, espera ter sua vida prorrogada indefinidamente. (MUNIZ, Paulo Henrique. 2006, p.166) A constante negação do relacionamento com a morte chama a atenção para o fato de na atualidade este assunto ser quase totalmente ignorado, sendo que nas culturas mais antigas a visão era distinta. Para compreendermos de que forma esta relação foi sendo transformada na medida em que as civilizações evoluíam, será feito primeiramente um breve histórico sobre a morte. A segunda parte tratará de um levantamento histórico sobre a representação e concepção de morte na Mesopotâmia e por fim uma análise de como a morte é vista nos dias atuais posto que o lugar e o pensamento sobre a morte se modificaram ao passar do tempo, acompanhando o desenvolvimento social e econômico. BREVE HISTÓRICO SOBRE A MORTE Desde os primórdios da civilização já se buscava uma justificativa para comprovar que a morte não é um fim e os ritos tornaram-se um meio de preparar o defunto para um outro mundo, ou para um outra vida depois da morte. Segundo CALLIA (2005) os homens, na tentativa de lidar com o confronto com a morte passaram a criar diversas manifestações culturais, entre elas: rituais, celebrações, cultos e rezas. Se levarmos em consideração o parecer do filósofo alemão Arthur Schopenhauer, os animais só conhecem o presente, não tendo experiência das dimensões temporais do futuro e do passado. Por causa disso é a compreensão da finitude e da morte, tornada possível pela abertura temporal do ser humano, que constitui a autêntica raiz da filosofia, assim como das religiões. Por não sabermos o que é a morte e os já que tiveram a experiência não pode relata-la aos que aqui ficaram a vida por vezes torna-se árdua ao passo que
  • 3. por antecipação temos consciência de nosso fim e para alguns pensar este fim não seja agradável ou prioridade. Como afirma MARTON (2009), a morte é um acontecimento banal, aparece como um fato dentre outros; um fato que o jornalista relata, o médico legista constata, o biólogo analisa, o policial investiga. Mas, por outro lado, um fato que não tem igual, um fato ímpar, desmedido e incomensurável. Não podemos deixar de constatar que a morte é um mistério; não temos como nos proteger de seu caráter vertiginoso e desconcertante. É por isso, aliás, que tanto falamos nela e dela tanto ouvimos falar. O MORRER NA MESOPOTÂMIA A morte tem um papel de grande relevância nas sociedades e na sociedade mesopotâmica, considerada o “berço da civilização”, não foi diferente. Ao contrário dos egípcios do Médio Império, que tinham certo desprezo pela vida e geralmente uma atitude de alegre resignação relativamente liberta de superstições grosseiras a atitude mesopotâmica, ao contrário, era melancólica, pessimista e inquietada por terrores mórbidos existindo uma indiferença enquanto o destino após a morte. Os povos mesopotâmios tinham por costume enterrar os corpos dos mortos de uma maneira aos olhos da modernidade estranha, onde o cadáver era cuidadosamente acompanhado de todas as marcas de sua identidade pessoal e familiar (seus pertences, objetos de uso, vestimentas e até mesmo comidas prediletas) garantindo assim que nada lhe faltaria na travessia do mundo da vida para o mundo da morte. Logo, implantar no subterrâneo terrestre os pertences e corpo dos seres amados fazia que os mesmos tornassem sagrados, haja vista que na civilização mesopotâmica acreditava-se que o homem era nascido da terra. “No fundo de seus sepulcros, os mortos formam assim as raízes que, dando ao grupo humano seu ponto de ancoragem no solo, lhe asseguram a estabilidade no espaço e a continuidade no tempo. [...] Na ótica mesopotâmia, uma sociedade cortada de seus mortos não tem mais lugar no tabuleiro de xadrez da extensão terrestre. Com suas raízes, ela perde sua estabilidade, sua consistência, sua coesão”. (Vernant, J-P. 1982, p. 108.) Nessa época, era costume construir as casas ao lado dos túmulos; era habitual entender a vida e a morte como intimamente ligadas onde os rituais de inumação manifestam o significado tanto da vida quanto da morte.
  • 4. O sepultamento era realizado com muito cuidado a fim de garantir que nada faltasse na travessia, nada perturbasse, ou violasse, o espaço sagrado do túmulo. Para os povos mesopotâmios a morte tinha significado de degradação de existência, ou melhor, diminuição da vida. Para eles o essencial consistia na administração adequada da existência na terra, no registro de sua identidade. Aqui, trata-se, antes de tudo, de uma demarcação de fronteiras que separam a continuidade do mundo da vida e do mundo da morte. A MORTE E O MORRER NA CONTEMPORANEIDADE Apesar de sempre representar para o homem uma forma de pensar a própria existência, as concepções sobre a morte foram se alterando durante os tempos. Contudo, será necessário retrocedermos a modernidade para compreendermos como a morte é vista atualmente. Nas sociedades mais antigas, assim como na Mesopotâmica, era habitual entender a vida e a morte como intimamente ligadas onde na modernidade ambas tornam-se opostas. Morrer passa a ser também um momento de ruptura, no qual o homem era arrancado de sua vida cotidiana e lançado num momento irracional, violento e cruel. Assim passa a ocorrer uma separação entre a vida e a morte e uma laicização da última. CAPUTO, Rodrigo F. (2008, p.77) É com o surgimento do cristianismo que vida e morte se acham completamente separadas a partir da introdução da noção de sacralidade da vida, um dom de Deus a ser preservado. Com a ressurreição de Cristo, a igreja consola os cristãos da morte, que passa a ser encarada como uma passagem para a verdadeira vida: “deixem os mortos enterrarem os mortos, que se esqueça a morte e se viva a vida, pois o que se chama de morte nada mais é do que uma passagem para se alcançar a verdadeira vida” (MARTON, Scarlett, 2009). Contudo, as representações e as atitudes do homem perante a morte sofreram transformações importantes e sutis, mas até então não se havia alterado a familiaridade com a morte e com os mortos. “A morte tornara-se um acontecimento pleno de consequências; convinha pensar nela mais aturadamente. Mas ela não se tornara nem assustadora nem angustiante. Continuava familiar, domesticada” (ARIÉS, 1989a, p. 44).
  • 5. Entretanto, a partir da segunda metade do século XX, passa a ocorrer uma mudança brusca, na qual a morte deixa de ser familiar e passa a ser um objeto interdito, ou seja, o homem aos poucos começou a expulsar a morte de sua vida cotidiana devendo está ser reprimida e proibida. Outro aspecto bastante curioso acerca da morte ocorrido na contemporaneidade é a transferência do local da morte posto que já não se morre em casa, no meio dos familiares, mas sozinho no hospital. Desse modo, os ritos e representações alteraram-se junto a concepção atual de morte visto que o local do velório também se alterou. O morto é tolerado cada vez menos em seu domicilio sendo em muitos casos velados em espaços específicos para tal rito por vezes em função de questões higiênicas, por outras a falta de condições psicológicas de vivenciar esta situação. Maranhão (1986) afirma que a sociedade contemporânea tem estabelecido, através de formas culturais, a redução da morte e tudo o que está relacionado a ela no intuito de negar a experiência da mesma. Criou-se um tabu ao falar sobre a morte na atualidade, sendo está muitas vezes mascarada quando interpelada por crianças sempre relacionando-a como uma “viagem”, “descanso”. Mesmo sendo negado (banalizada), o tempo todo falamos e ouvimos falar sobre a morte em nosso cotidiano sempre ligada ao sentido de perda, contudo um tema a ser evitado. Para o homem ela é um desafio ao modo que o obrigou a deparar-se com sua finitude e fragilidade. Todavia, a situação cada vez mais se agrava nesta sociedade que preconiza a produtividade e o lucro, que prega a eficácia a qualquer preço, que promove o espírito de competição e a lógica da exclusão. O morrer passa a ser visto como um insucesso e frustração o que lhes possibilita a diluição da dor na coletividade e que os mesmos encarem a morte de modo natural. CONSIDERAÇÕES FINAIS Após de forma sucinta analisar as representações e significações do homem em relação à morte e o morrer na sociedade mesopotâmica e contemporânea, é possível verificar que as significativas alterações ocorridas no significado e representação deste em relação à morte ao longo do tempo e espaço se deram mediante a complexidade do ser humano e sua consciência de finitude ao passo que este não enxerga a morte como algo simples e natural, mas sim, um evento tão complexo quanto ele próprio. O cristianismo teve grande influência em se tratando da concepção de morte nos dias atuais, ao passo que pregou ser a vida mais importante que a morte já que se está nada mais era que uma passagem para se alcançar a verdadeira vida, por
  • 6. conseguinte rompendo com a concepção de travessia para o mundo desconhecido adotada pelos mesopotâmicos. Portanto, a morte deixa de ser familiar para torna-se um tabu o qual o homem pós-moderno deve fugir, silenciar afim de não lidar com a mesma, embora tal atitude seja inevitável. “A concepção de morte tida por civilizações clássicas, passou por radicais mudanças em suas representações, sendo de início o grande impulsionador dessas alteridades o pensamento cristão ao significar a morte como utopia divina, mas tarde a ruptura do sujeito unitário pregado pelo iluminismo e o surgimento do sujeito pós- moderno - fragmentando - onde o homem passou a explicar-se, posto que acredita não ser mais promessa do absoluto foi outro agente modificador da significação de morte para a contemporaneidade haja vista que o indivíduo já possui consciência de si, e o teocentrismo já não faz mais sentido para este homem; passando a representar a morte como uma lacuna por ser uma área desconhecida pelo mesmo (uma área mais subjetiva cuja o homem nega pensar)”. MOURA, Flawyo G.2 REFERÊNCIAS ARIÈS, Philippe. História da morte no Ocidente. Trad. Priscila Vianade Siqueira. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003. CAPUTO, R. F. O homem e suas representações sobre a morte e o morrer: um percurso histórico. Disponível em: <http://. www.uniesp.edu.br/revista/revista6/pdf/8.pdf. Acesso em: 14 abr. 2014. GIACOIA, J. O. A visão da morte ao longo do tempo. Disponível em: <http://www.fmrp.usp.br/revista/2005/ vol38n1/1_a_visao_morte_longo_tempo. Acesso em:26 abr. 2014. KOVÁCS, M. J. (1992). Morte e desenvolvimento humano. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1992. MARANHÃO, José Luiz de Souza. O que é morte. 2. ed. São Paulo:Brasilense, 1986. MARTON, Scorlett. Morte com um instante de vida. Disponível em: <http:// http://www.revistafilosofia.com.br/ESFI/Edicoes/32/imprime129564.asp Acesso em: 14 jun. 2014. MUNIZ, Paulo H. O estudo da morte e suas representações socioculturais, simbólicas e espaciais. Revista Varia Scientia v.06, n° 12, p.159-169; 2006. 2 Graduando em História pela Universidade Estadual da Paraíba, UEPB. Monitor da disciplina História Antiga I e Diretor do Departamento de Cultura e Eventos do CA (Centro Acadêmico) de História.