Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Sustentabilidade na Saúde Corporativa
1. A Sustentabilidade na
Saúde Corporativa
Paulo Magno do Bem Filho
MBA Executivo em Saúde
Mestre em Medicina
Pós graduado em Medicina do Trabalho
2.
3. Pensamento Sistêmico
Organizações imersas em problemas
complexos: Muitas variáveis, relações
intrincadas, alto dinamismo e diferentes
interesses
Modelo de gestão atual
Foco nas partes, não no todo
Nos objetos isolados e
não nas relações
Na estrutura estática e
não nos processos dinâmicos
10. 7,6%
11,4%
14,0%
17,0%
25,5%
2004 2014 2019 2024 2034
Custo médio do plano de saúde em relação
à folha de pagamento
... E mais projeções
EUA: Desperdiçam 30% do recursos com procedimentos
desnecessários e gaps de qualidade
13. Melhor Assistência à Saúde:
“Incrementar a qualidade através de uma
assistência à saúde centrada no paciente,
acessível e segura”
População saudável/ Comunidades Saudáveis:
“Incrementar a saúde da população
americana através de intervenções
direcionadas à mudança em determinantes
comportamentais, sociais e ambientais”
Assistência Acessível:
“Reduzir o custo da assistência à saúde para
indivíduos, famílias , empregadores e
governo.”
Triplo Objetivo
14. Reduzir Custos sem Racionamento:
Prevenção e Bem-estar
Condições
Preveníveis
Saúde
Mantida
Cliente
Saudável
15. Reduzir Custos sem Racionamento :
Evitando Hospitalizações
Condições
Preveníveis
Saúde
mantida
Cliente
Saudável
Não
Hospitalização
Episódios
Agudos
16. Reduzir Custos sem Racionamento:
Tratamento Eficiente e com
Sucesso
Condições
Preveníveis
Saúde
Mantida
Cliente
Saudável
Não
Hospitalização
Episódios
Agudos
Desfecho
eficiente e com
Sucesso
Complicações,
Infecções,
Readmissões
Desfecho com
sucesso, mas
com alto custo
17. Organizações que podem prover (ou efetivamente gerenciar) o cuidado
contínuo, através de uma rede assistencial integrada (real ou
virtual)
• Devem incluir em sua rede, prestadores de atenção primária;
• Dispor de estrutura de gestão que possua sistemas administrativos
e clínicos;
• Possuir informações sobre custo e qualidade( médicos e demais
prestadores) ;
• Aceitar princípios de medicina baseada em evidências ,
engajamento de pacientes (auto-cuidado) e foco no paciente.
Organizações Responsáveis
pelo Cuidado (ACO)
18. Produto pioneiro , lançado pela Unimed Vitória
em Mar/2013
Modelo assistencial baseado em Atenção Primária
com Médico Personal e Equipe Multidisciplinar
Profissonais com alta qualificação técnica e
humana
Sistema de informações que permite o
gerenciamento do cuidado.
Incentivo ao cliente quando adesão ao programa
envelhecimento ativo (autocuidado)
EXEMPLO
19. RESULTADOS
Cerca de 20.000 clientes
84,4% dos clientes recomendam o produto
Redução de 34% na frequência de internações e 48 %
de exames complementares, ao se comparar com
os demais produtos da Unimed Vitória
Clientes que permaneceram no produto por mais de
12 meses tiveram redução de cerca de 10% de
custo assistencial ao se comparar período anterior
20. SADIO
DOENTE, MAS
NÃO SABE
SEQUELAS
LESÃO DE
ÓRGÃOS-
ALVO
DOENTE E SABE
DOENÇA = FATOR
DE RISCO PARA
COMPLICAÇÕES
FATORES OU
SITUAÇÕES
DE RISCO
PREVENÇÃO
PRIMÁRIA
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
PREVENÇÃO
TERCIÁRIA
PROMOÇÃO
DA SAÚDE
SCREENING TRATAMENTO
DOENÇAS CASOS
QUALIDADE
DE VIDA
FATORES DE RISCO
Estilo de vida Controle de dano
Atenção hospitalar
Atenção ambulatorial Domiciliar
Intervenção no curso da doença
LEAVELL& CLARK, 1965
21. Má notícia: Depende mais de outros setores (governo,
educação, urbanismo, etc) do que do setor saúde
Difícil de medir efeitos : Investimento a longo prazo
Boa notícia: Estes setores estão se movendo
Exemplos: Tabagismo no Brasil , Ciclovias , Cidades
Sustentáveis (OCDE)
Oportunidade : Projetos de Responsabilidade Social
Promoção da Saúde
23. Custo Benefício:
Cessação Tabagismo
• Em 5 anos do início do programa : retorno de US$ 1,75 para cada
dólar investido
• Em 25 anos do início do programa: retorno de US$ 8,89 para cada
dólar investido (Warner, 1996)
24. Prevalência de excesso de peso na população
brasileira ( Vigitel, MS)Uma Má
Notícia
Vitória: 48%
26. Adoecimento - Classificação de
Schilling, (1984)
CATEGORIA EXEMPLOS
I-Trabalho como causa
necessária
· Intoxicação por chumbo
· Silicose
· “Doenças profissionais”
legalmente prescritas
· Outras
II-Trabalho como fator
contributivo, mas não
necessário
· Doença coronariana
· Doenças do aparelho locomotor
· Câncer
· Varizes dos membros inferiores
· Outras
III-Trabalho como provocador
de um distúrbio latente, ou
agravador de doença já
estabelecida
· Bronquite crônica
· Dermatite de contato alérgica
· Asma
· Doenças mentais
· Outras
27. Saúde/Doença dos Trabalhadores: Uma
Taxonomia Operacional*
Doenças
Profissionais
Têm relação com
condições de trabalho
específicas...
Doenças Relacionadas ao Trabalho
Têm sua freqüência, surgimento ou gravidade
modificados pelo trabalho
Doenças Comuns ao Conjunto da População
Não guardam relação de causa com o trabalho, mas
condicionam a saúde dos trabalhadores...
Formas de Adoecimento Mal Caracterizadas (Expressões de
Sofrimento, “Problemas”, Disfunções, Distúrbios, “Mal-
Estar”, etc.)
* fonte: Professor René Mendes, “Determinantes Sociais do Processo Saúde/Doença e Trabalho”
28. Mônica, 43 anos, Telefonista
2015: Sofre de Hipertensão Arterial Sistêmica ( HAS) e ocasionalmente tem crises de
cefaléia. É tabagista desde os 20 anos de idade. Vive sozinha . Queixa que o trabalho
torna-se cada dia mais estressante pois recebe diariamente destratos dos clientes.
Toma anti hipertensivo de forma irregular . Não pratica atividade física
Durante as crises de cefaléia sempre vai ao Pronto Socorro. Também vai ao
Ginecologista anualmente mas tem 3 anos que não vai ao Cardiologista ou a um Clínico
Geral
Anualmente faz exame periódico onde é solicitado audiometria e alguns exames
laboratoriais . A consulta com o médico dura menos de 5 minutos
2020: Sofre um Acidente Vascular Cerebral
“Um sistema fragmentado
desenhado para obter os
resultado que obtêm”
29. Total Worker Health Program
1. O risco de adoecimento dos trabalhadores é aumentado pela exposição a
agentes nocivos ocupacionais e pelo estilo de vida não saudável
2. Os trabalhadores de maior risco de exposição a agentes nocivos são
também os mais predispostos a ter estilos de vida não saudáveis
3. Integrar os programas de promoção de saúde e SST pode aumentar a
participação e a efetividade nos trabalhadores de alto-risco.
4. Programas amplos que incluem bem-estar e estilo de vida, gestão de
doenças crônicas e reabilitação juntamente com saúde e segurança no
trabalho podem trazer resultados significativos em termos de custos de
assistência médica e aumento de produtividade
SESMT
Qualidade
de Vida
Assisten-
cial
30. PROMOÇÃO DA SAÚDE
NAS EMPRESAS
EUA
Empresas com programas consistentes de saúde, bem-estar e segurança
apresentam melhores indicadores na lista S&P 500 nas simulações de retorno
sobre o investimento
Meta-análise sobre Impacto financeiro dos programas de promoção da saúde:
Economia média em custos médicos de US$3,27 para cada US$ 1,00
investido, e economia de US$2,73 referente à redução do absenteísmo.
Brasil
Fator Acidentário de Prevenção (FAP) possibilita redução ou majoração das
alíquotas (RAT) de 1, 2 ou 3% sobre a folha de pagamento
Aumento do absenteísmo pode trazer grandes impactos financeiros.
As patologias que mais levam ao afastamento (doenças ósteo-musculares,
cardiovasculares e mentais/emocionais): forte correlação com o estilo de
vida
31. PROMOÇÃO DA SAÚDE
NAS EMPRESAS
http://www.iess.org.br/promosaudeogata&odonnell.pdf
O que não funciona:
“Programas baseados em ações pontuais, focadas em palestras ou
distribuição de materiais informativos. Feiras de saúde, comemorações em
dias comemorativos ou SIPATs , que utilizam unicamente a satisfação dos
participantes como parâmetro de avaliação. Mesmas atividades por muitos
anos (como ginástica laboral, grupos de corrida, sessões de massagem,
grupos de coral) sem reavaliá-las e analisar sua efetividade.”
O que funciona:
“Programas com abordagem ampla, de enfoque populacional, integrados
e que apresentam indicadores claros e metas realistas.
32. PROMOÇÃO DA SAÚDE
NAS EMPRESAS
1. Ter a Promoção da Saúde no Trabalho como Política de Recursos
Humanos , alinhada com Alta Direção
2. Diagnóstico Estrutural dos Programas : HERO Scorecard e o CDC Worksite
Health ScoreCard ( ferramentas de domínio público )
3. Avaliação de risco de saúde (health risk assessment ou HRA).
Ferramentas com 40 a 80 perguntas : hábitos de saúde, medidas
biométricas, problemas médicos e interesses relativos à saúde
4. Criar um plano de ação abrangente e personalizado com atividades para
os diferentes níveis de risco e engajamento
5. Mensurar regularmente os resultados e propiciar melhoria contínua do
programa
36. VIVER NAS EMPRESAS
Avaliação
Individual
Palestras, Grupos e
Oficinas
Curso de
Gestante
Monitoramento Individual
Tele-Orientação
Interface com a Medicina
do Trabalho
Gerenciamento Clinico de Carteira
Consultas de Enfermagem
Tratamento
da Dor Crônica
Médico Enfermeiro Fisioterapeuta Nutricionista Psicológo
37. 275
2160
1028
373
Classificação de nível
Nível 0
Nível 1
Nível 2
Nível 3
56%
27%
9% 8%
CLASSIFICAÇÃO DE NÍVEL DE ATENÇÃO
Total: 3836 vidas
Nível 0 – nenhum fator de risco e nenhuma doença
Nível 1 – 01 fator de risco e nenhuma doença
Nível 2 – mais de 01 fator de risco e 01 doença
Nível 3 – mais de 01 fator de risco e mais de 01 doença
TOTAL DE EMPRESAS GERENCIADAS: 24
38. COMPARATIVO DE DOENÇA IDENTIFICADAS:
UNIMED VITÓRIA X EMPRESAS INSERIDAS NO VIVER*
FORAM CONSIDERADAS AS SEGUINTES DOENÇAS:
• Alteração na Glicemia ou Diabetes declarada
• Alteração na Pressão Arterial ou Hipertensão declarada
• Problema de coluna
• Obesidade
* População Avalaida pelo Viver nas empresas – 20.000 vidas
41. Web 2.0
Se refere à nova geração da WEB incluindo sua arquitetura e
aplicações , se caracterizando por uma transição de websites
isolados de informação, para uma plataforma computacional em
Web para os usuários finais.
Um fenômeno social de criação e distribuição de conteúdo,
caracterizado pela comunicação aberta, descentralização de
autoridade e liberdade para compartilhar e reutilizar.
42. Selfcare Management - Health 2.0
patientslikeme
http://www.patientslikeme.com/
O New York Times descreveu o site como
uma espécie de MySpace para os aflitos. Os
participantes falam sobre tratamentos, que
funciona e o que não funciona, dão nota
para os medicamentos e contam o quanto
eles aliviaram seus sintomas.
Fonte :
52. Nos dias 22 e 23 de março de 2013, a SOBED (Sociedade
Brasileira de Endoscopia Digestiva) promoverá o 1º Curso
de Formação em Enteroscopia por Cápsula Endoscópica.
http://infocoacs.wordpress.com/2013/03/04/primeiro-
curso-de-enteroscopia-por-capsula-endoscopica
Dispositivos
56. Tsunami e Robôs
Elderly care is no small issue in Japan. In fact, it may be perhaps one of the
most important driving points in the future of Japanese robotics research.
57. Reflexões
• O sistemas de saúde enfrentam uma crise cuja solução é complexa
• A transição demográfica e epidemiológica trazem grandes desafios
para os sistema de saúde que já são ineficientes
• A necessidade de se trabalhar de forma integrada entre os diferentes
atores (operadora e empresa , saúde ocupacional e área
assistencial)
• O programas de promoção da saúde e gestão de riscos em saúde
quando bem estruturados geram bons resultados a médio e longo
prazo
• A tecnologia bem empregada é fundamental para a sustentabilidade
dos sistemas de saúde
• A atenção e cuidado contínuo são valores que nunca devem ser
abandonados
58. “Nós sempre superestimamos as
mudanças que ocorrerão nos
próximos dois anos. E
subestimamos as que ocorrerão
nos próximos dez”
Bill Gates
Paulo Magno do Bem Filho
pdobem@gmail.com
pdobem@unimedvx.com.br
Tel: 27 98875 1033