O documento descreve a economia colonial brasileira baseada na produção de cana-de-açúcar nos engenhos, que eram grandes propriedades rurais. Os engenhos empregavam intensivamente mão de obra escrava africana para cultivo, colheita e processamento da cana. A sociedade colonial era altamente hierarquizada e baseada na exploração dos escravos, que sofriam maus tratos e tentavam resistir formando quilombos.
3. engenho
ENGENHO era o nome dado à grande
propriedade latifundiária que explorava
a produção de açúcar, formada pelas
plantações, a casa-grande, a capela, a
senzala e a própria fábrica do açúcar
(engenho).
6. Engenhos
• No engenho, havia
• senzalasenzala,, que era a construção rústica
destinada ao abrigo dos escravos;
• casa grande, a construção luxuosa
na qual habitavam o senhor, que era
o proprietário do engenho e dos
escravos; juntamente com seus
familiares e parentes.
7. PLANTATION
Para extrair lucro máximo na atividade
açucareira, Portugal favoreceu a criação de
plantations destinadas ao cultivo de açúcar.
Características:
consistiam em grandes expansões de
terras (latifúndios)
controladas por um único proprietário
(senhor-de-engenho).
Mão de obra escrava
exportação
8. A sociedade colonial
• A sociedade no período do açúcar era
marcada pela grande diferenciação social.
• No topo da sociedade,
• com poderes políticos e econômicos, estavam
os senhores de engenho.
• Abaixo, aparecia uma camada média formada
por pessoas livres (feitores, capatazes, padres,
militares, comerciantes e artesãos) e
funcionários públicos.
• E na base da sociedade estavam os escravos,
de origem africana, tratados como simples
mercadorias e responsáveis.
• Era uma sociedade patriarcal, pois o senhor de
engenho exercia um grande poder social.
9.
10. Por que a economia colonial e
imperial baseou-se no trabalho
escravo?
O latifúndio monocultor no Brasil
exigia uma mão-de-obra
permanente.
Era inviável a utilização de
portugueses assalariados, já que
a intenção não era vir para
trabalhar, e sim para se
enriquecer no Brasil.
11. Uma maquina faz o trabalho de 400 trabalhadores
Uma pesquisa atual relata que com o avanço das máquinas
nos canaviais paulistas foram fechados pelo menos 40 mil
postos de trabalho no corte da cana-de-açúcar desde 2007
12. Cana-de-açúcar
atualmente
• A região do interior do
estado de São Paulo concentra,
atualmente, a maior quantidade de
canaviais. As usinas produzem álcool,
principalmente o etanol para ser usado
como combustível de automóveis.
• Etanol
• O etanol é bem menos poluente em
comparação aos combustíveis fósseis
(derivados do petróleo: diesel e
gasolina). Uma parte da produção
destas usinas de cana destina-se à
fabricação de açúcar branco e
aguardente
14. São Paulo produz 60% da
produção
produção
Cana de 12 meses: a cana é
plantada pouco tempo após a
última colheita e será colhida
no ano seguinte; nesta opção,
a terra será sempre cultivada
com cana, mas a
produtividade é mais baixa,
por isso ela só é adotada em
cerca de 20% dos casos;
Cana de 18 meses: após a
última colheita do canavial, a
terra fica vários meses
descansando . 80% da
produção
15. Origem dos escravos
os bantos, capturados na África
equatorial e tropical provenientes do
Congo, Guiné e Angola,
e os sudaneses, vindos da África
ocidental, Sudão e norte da Guiné.
17. ESCRAVIDÃO
Na economia canavieira, a maioria dos
escravos trabalhava em todo o processo
de produção, na lavoura e na produção
do açúcar.
No engenho, onde se fabricava o
açúcar, trabalhavam na moenda, na
casa das caldeiras e na casa de purgar.
Foi empregado também na agricultura
de abastecimento interno, na criação de
gado e nas pequenas manufaturas.
Trabalhavam muito, de quatorze a
dezesseis horas.
18. Escravidão
No Brasil, a escravidão teve início com a
produção de açúcar na primeira metade do
século XVI. Os portugueses traziam os negros
africanos de suas colônias na África para utilizar
como mão-de-obra escrava nos
engenhos de açúcar do Nordeste.
O transporte era feito da África para o
Brasil nos porões do navios negreiros.
Amontoados, em condições desumanas,
muitos morriam antes de chegar ao Brasil,
sendo que os corpos eram lançados ao
mar.
20. escravo
• Encontrava-se na posição de propriedade de seu
senhor, não possuindo assim qualquer direito.
• Era o seu proprietário o responsável por garantir os
elementos básicos à sua sobrevivência, como a
alimentação e as suas vestimentas.
• O cativo estava à disposição do seu dono, que o
superexplorava.
• Era vigiado pelos chamados capitães-do-mato, que
também capturavam os escravos fugidos e lhes
aplicava os mais diversos tipos de castigos, como o
açoitamento, o tronco, peia, entre outras punições, o
que contribuía para diminuir o tempo de vida dessa
mão-de-obra..
24. Resistência dos escravos
No período de escravidão no Brasil (séculos XVII e
XVIII), os negros que conseguiam fugir se refugiavam
com outros em igual situação em locais bem
escondidos e fortificados no meio das matas. Estes
locais eram conhecidos como quilombos.
Nestas comunidades, eles viviam de acordo com
sua cultura africana, plantando e produzindo em
comunidade. Na época colonial, o Brasil chegou a
ter centenas destas comunidades espalhadas,
principalmente, pelos atuais estados da
Bahia, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso,
Minas Gerais e Alagoas.
25.
26. PALMARES
O Quilombo dos Palmares localizava-se na serra da
Barriga, região hoje pertencente ao estado de Alagoas,
no Brasil.
Foi o mais emblemático dos quilombos formados no
período colonial, tendo resistido por mais de um século, o
seu mito transformando-se em moderno símbolo brasileiro
da resistência do africano à escravatura,
As mais famosas lideranças foram Ganga Zumba e seu
sobrinho, Zumbi.
Embora não se possa precisar o número de habitantes nos Palmares,
historiadores estimam que, em 1670, alcançou cerca de vinte mil pessoas.
27. • . Passavam as noites nas senzalas
• . Eram constantemente castigados fisicamente, sendo que o
açoite era a punição mais comum no Brasil Colônia.
• Eram proibidos de praticar sua religião de origem africana ou
de realizar suas festas e rituais africanos.
• Tinham que seguir a religião católica, imposta pelos senhores
de engenho, adotar a língua portuguesa na comunicação.
Mesmo com todas as imposições e restrições, não deixaram a
cultura africana se apagar.
• Escondidos, realizavam seus rituais, praticavam suas festas,
mantiveram suas representações artísticas e até
desenvolveram uma forma de luta: a capoeira.
• As mulheres negras também sofreram muito com a escravidão,
embora os senhores de engenho utilizassem esta mão-de-obra,
principalmente, para trabalhos domésticos. Cozinheiras,
arrumadeiras e até mesmo amas de leite foram comuns
naqueles tempos da colônia.