O documento discute as doenças crônicas não transmissíveis hipertensão arterial e diabetes mellitus. A hipertensão arterial é o aumento da pressão arterial que pode ser causado por fatores genéticos e de estilo de vida. O diabetes mellitus ocorre quando o pâncreas não produz insulina o suficiente, resultando em níveis elevados de glicose no sangue. Ambas as condições podem danificar os rins ao longo do tempo e levar a complicações cardiovasculares e renais. O tratamento inclui mudanças no est
2. Doenças Crônicas – Uma visão Geral
Doenças crônicas são aquelas normalmente de desenvolvimento
lento, que duram períodos extensos – mais de 6 meses – e
apresentam efeitos de longo prazo, difíceis de prever.
A maioria dessas doenças não tem cura, como diabetes, asma,
doença de Alzheimer e hipertensão. Entretanto, várias delas podem
ser prevenidas ou controladas por meio da detecção precoce,
adoção de dieta e hábitos saudáveis, prática de exercícios e acesso
a tratamento adequado recomendado pelo profissional de saúde.
As doenças crônicas não transmissíveis constituem uma das principais
causas de morte nos países desenvolvidos e nas grandes cidades
brasileiras.
3. Hipertensão Arterial
Hipertensão Arterial é o aumento da pressão arterial
que pode ter como causas a hereditariedade, a
obesidade, o sedentarismo, o alcoolismo, o estresse,
o fumo etc.
É considerada um problema de saúde pública por sua
magnitude, risco e dificuldades no seu controle. É
também reconhecida como um dos mais importantes
fatores de risco para o desenvolvimento do acidente
vascular cerebral e infarto do miocárdio.
4. Hipertensão Arterial
Considera-se hipertenso o indivíduo que mantém uma
pressão arterial acima de 140 por 90 mmHg ou 14x9,
durante seguidos exames, de acordo com o protocolo
médico.
Pressões arteriais elevadas provocam alterações nos
vasos sanguíneos e na musculatura do coração. Pode
ocorrer hipertrofia do ventrículo esquerdo, acidente
vascular cerebral (AVC), infarto do miocárdio, morte
súbita, insuficiência renal e cardíacas, etc.
5. Rim x Hipertensão
O rim e a hipertensão arterial interagem de maneira
íntima e complexa.
Enquanto a hipertensão primária tem sido atribuída, em
parte, a alterações intrínsecas no manuseio renal de
sódio, a hipertensão secundária é mais comumente
causada por doença renal parenquimatosa.
Hipertensão sistêmica, seja primária ou secundária, é o fator
de risco mais importante para a perda progressiva da função
renal. Ademais, a grande maioria dos pacientes com doença
renal desenvolve ou agrava a hipertensão sistêmica à medida
que a função renal diminui.
6.
7. RIM COMO CAUSA DE HIPERTENSÃO
ARTERIAL PRIMÁRIA e SECUNDÁRIA
PRIMÁRIA SECUNDÁRIA
A) Sódio e Volume A. Doença renal
B) Sistema renina- parenquimatosa
angiotensina B. Hipertensão
C) Sistema nervoso renovascular
simpático renal C. Nefropatia diabética
D) Mecanismos
hipotensores renais
8. RIM COMO VÍTIMA DA HIPERTENSÃO
Mecanismos da lesão renal causada por hipertensão
sistêmica
Hipertensão como causa de doença renal progressiva
Hipertensão acelerando a progressão da insuficiência
renal
9. DIABETES MELLITUS
Diabetes Mellitus é uma doença do metabolismo da
glicose causada pela falta ou má absorção de
insulina, hormônio produzido pelo pâncreas e cuja
função é quebrar as moléculas de glicose para
transformá-las em energia a fim de que seja
aproveitada por todas as células.
A ausência total ou parcial desse hormônio
interfere não só na queima do açúcar como na sua
transformação em outras substâncias (proteínas,
músculos e gordura).
10. Diabetes Mellitus
Na verdade, não se trata de uma doença única, mas de um
conjunto de doenças com uma característica em comum: aumento
da concentração de glicose no sangue provocado por duas
diferentes situações:
a) Diabetes tipo I – o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina.
A instalação da doença ocorre mais na infância e adolescência e é
insulinodependente, isto é, exige a aplicação de injeções diárias de
insulina;
b) Diabetes tipo II – as células são resistentes à ação da insulina.
A incidência da doença que pode não ser insulinodependente, em
geral, acomete as pessoas depois dos 40 anos de idade;
c) Diabetes gestacional – ocorre durante a gravidez e, na maior
parte dos casos, é provocado pelo aumento excessivo de peso da
mãe;
d) Diabetes associados a outras patologias como as pancreatites
alcoólicas, uso de certos medicamentos, etc.
11. Fatores de Risco e Sintomas
FATORES DE RISCOS SINTOMAS
A. Obesidade (inclusive a obesidade A. Poliúria – a pessoa urina demais e,
infantil); como isso a desidrata, sente muita
B. Hereditariedade; sede (polidpsia);
C. Falta de atividade física regular; B. Aumento do apetite;
D. Hipertensão; C. Alterações Visuais;
E. Níveis altos de colesterol e D. Impotência Sexual;
triglicérides; E. Infecções fúngicas na pele e nas
F. Medicamentos, como os à base de unhas;
cortisona F. Feridas, que demoram a
G. Idade acima dos 40 anos (para o cicatrizar;
diabetes tipo II); G. Neuropatias diabéticas provocada
H. Estresse emocional pelo comprometimento das
terminações nervosas;
H. Distúrbios cardíacos e renais.
12. Nefropatia Diabética
Constitui-se por alterações nos vasos dos rins, fazendo
com que haja a perda de proteína na urina. É uma
situação em que o órgão pode reduzir sua função
lentamente, porém de forma progressiva, até a
paralisação total.
A nefropatia diabética se desenvolve em 35 a 45%
dos pacientes com diabete tipo I (DMI) e acomete uma
proporção variável entre 6 e 20% daqueles com
diabete do tipo II (DMII) podendo nestes últimos atingir
uma prevalência de 50%, na dependência do grupo
étnico considerado.
13. Embora não se tenha estabelecido se a hipertensão é causa
ou conseqüência da lesão renal, não existem dúvidas de
que a elevação da pressão arterial acelera a evolução da
nefropatia diabética e que o tratamento anti hipertensivo
efetivo reduz de forma marcante a velocidade de queda
da filtração glomerular.
Uma vez iniciado, o processo de lesão renal e elevação dos
níveis pressóricos tendem a se perpetuar e estima-se que
sem tratamento anti hipertensivo a pressão arterial se eleva
a uma taxa anual de 5 a 8% e a filtração glomerular se
reduz a uma taxa de 10ml/min por ano.