O documento descreve o teste de Velocidade de Hemossedimentação (VHS), explicando que mede a taxa de sedimentação dos eritrócitos no sangue total. Ele discute que a VHS é um teste inespecífico, mas variações na taxa podem indicar processos inflamatórios, infecciosos ou neoplásicos. Também explica o mecanismo da eritrosedimentação, que ocorre pela formação de rouleaux (empilhamento) dos eritrócitos devido à redução da carga elétrica em sua superfí
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Estudo da velocidade de hemossedimentação (vhs)
1. Estudo da Velocidade de
Hemossedimentação (VHS)
Juliana Hernandez
Laboratório de Hematologia
Hospital Universitário João de Barros Barreto
2. Velocidade de Hemossedimentação (VHS)
Plasma se
deposita na
parte superior
Eritrosedimentação
Eritrócitos
sedimentam
Sangue colhido com
anticoagulante
VHS
3. VHS – Patologias
Teste Sua variação é, quase
Amplamente
Inespecífico sempre, sinal de alteração
empregado
orgânica ou de enfermidade
Processos inflamatórios, infecciosos e neoplásicos
Acompanhar o
curso evolutivo
de certas
doenças
4. Eritrosedimentação - Mecanismo
Acontece pela agregação de hemácias e
consequente formação de rouleaux
Fenômeno de rouleaux ou empilhamento
das hemácias; observa-se que as hemácias
se dispõem semelhante a pilhas de moedas
A formação em rouleaux é limitada pela carga
negativa dos eritrócitos, que se repelem e não se
agregam.
Essa força repulsiva eletrostática, chamada potencial zeta é
produzido por uma intensa carga negativa em nível da superfície
os eritrócitos, em decorrência da sua riqueza em ácido siálico, o
que explica porque estas células se mantêm separadas
7. VHS - Outros fatores
1. Tamanho dos eritrócitos.
2. Diferença de densidade entre os
eritrócitos e o plasma.
3. Viscosidade do plasma.
4. Temperatura.
8. Fatores que afetam o VHS
A temperatura do local de teste deve ser mantida constante (20 a 25 0C)
enquanto o teste está sendo realizado; baixas temperaturas diminuem a
velocidade de hemossedimentação;
O tubo de sedimentação deve ser mantido exatamente na vertical; mesmo
poucos graus de inclinação podem afetar significativamente a VHS;
O teste deve ser feito em uma bancada livre de vibrações.;
Pipeta mal lavada
Ao deixarmos repousar, posicionado verticalmente, uma pipeta de Westergren preenchida com sangue colhido com anticoagulante, se observa que, depois de algum tempo, os eritrócitos sedimentam em seu fundo, formando-se duas fases que correspondem ao plasma (parte superior) e as células sangüíneas constituídas fundamentalmente por eritrócitos (parte inferior). Este processo se denomina eritrosedimentação e a velocidade com que se realiza (VHS ou VSG) pode variar em diversas situações patológicas.
Apesar do VHS ser um teste inespecífico, ele é amplamente empregado na prática clínica, pois sua variação é quase sempre sinal de alteração orgânica ou de enfermidade. Assim, devido a freqüente correlação entre a VHS e o grau de atividade da enfermidade, sua determinação é de grande utilidade para acompanhar o curso evolutivo de certas afecções, entre as que se destacam, os processos inflamatórios crônicos (artrite reumatóide, polimialgia reumática e tuberculose, lúpus eritematoso, linfomas)
O mecanismo da eritrosedimentação não é bem conhecido. Parece obedecer a interações eletrostáticas entre a superfície dos eritrócitos e diversas proteínas plasmáticas que favorecem (fibrinogênio e globulinas) ou dificultam (albumina) o empilhamento destes corpúsculos vermelhos. As principais macromoléculas que contribuem para o aumento da VHS em ordem decrescente são o fibrinogênio, a alfaglobulina e a gamaglobulina . As principais macromoléculas que contribuem para retardo da VHS são a albumina e a lecitina , porém não há correlação absoluta entre a VHS e algumas das frações protéicas do plasma
As principais macromoléculas que contribuem para o aumento da VHS em ordem decrescente são o fibrinogênio, a alfaglobulina e a gamaglobulina . As principais macromoléculas que contribuem para retardo da VHS são a albumina e a lecitina , porém não há correlação absoluta entre a VHS e algumas das frações protéicas do plasma. A intensidade do potencial zeta depende em grande parte da composição protéica do plasma e especialmente da relação entre a concentração de albumina, globulinas e fibrinogênio. Sendo assim, a albumina tende a aumentar o potencial zeta distanciando mais as hemácias, enquanto as globulinas e, sobretudo o fibrinogênio diminuem o potencial zeta favorecendo o empilhamento das hemácias, portanto, aumentando a velocidade de queda dos glóbulos vermelhos. Isto se deve ao fato de que tanto o fibrinogênio como as globulinas têm um maior peso molecular e uma conformação espacial menos esférica que a albumina, o que aumenta a constante dielétrica do plasma e reduz o potencial zeta eritrocitário. De acordo com este mecanismo, o valor normal da VHS resulta do equilíbrio entre as principais proteínas plasmáticas