O documento discute o papel do professor em ambientes de e-learning. Aprendizagem online envolve presença cognitiva, social e de ensino. O papel do professor inclui design do curso, facilitação da discussão e fornecimento de feedback. Autores defendem que os professores devem ser curadores que criam espaços para construção colaborativa de conhecimento.
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
Papel Professor eLearning
1. UC Processos Pedagógicos em eLearning
Professora: Drª Lina Morgado.
A Pedagogia do e-Learning:
o papel do professor online
R Joadne Stenner de Moraes Radicchi Rocha
2. Pedagogia
“Pedagogia é um conjunto de técnicas,
princípios, métodos e estratégias da educação
e do ensino [...] A Pedagogia estuda os ideais
de educação, segundo uma determinada
concepção de vida, e dos processos e
técnicas mais eficientes para realizá-los,
visando aperfeiçoar e estimular a capacidade
das pessoas, seguindo objetivos definidos.”
Fonte: http://www.significados.com.br/pedagogia/
3. “Actualmente, a pedagogia é considerada
como sendo o conjunto de saberes que
compete à educação enquanto fenómeno
tipicamente social e especificamente
humano. Trata-se de uma ciência aplicada
de carácter psicossocial, cujo objeto de
estudo é a educação.”
Fonte : Conceito de pedagogia - O que é, Definição e Significado http://conceito.de/pedagogia#ixzz45ok3a9i6
4. A palavra educação nos remete ao vocábulo
aprendizagem que nada mais é do que o
processo de aquisição do conhecimento,
quando competências e habilidades são
desenvolvidas. Este processo se dá de
inúmeras formas e vem evoluindo de acordo
com a demanda da sociedade.
“Cada época desenvolveu pedagogias,
tecnologias, atividades de aprendizagem e
critérios de avaliação distintos [...]”
(Anderson; Dron, 2012, p.120)
5. O surgimento das tecnologias digitais de informação e
comunicação (TDIC) determinou o surgimento de um
novo paradigma, o paradigma tecnológico. Vive-se,
atualmente, numa Sociedade em Rede.
As TDIC permitem ao indivíduo o acesso remoto, em
tempo real e por múltiplos meios à informação,
interferindo nas maneiras de como lidar com o
conhecimento e como construí-lo. A busca por
compreender como se dá a aprendizagem não é
recente: várias teorias como o behaviorismo, o
cognitivismo, o construtivismo e o construcionismo
foram elaboradas para explicar esse processo.
Todavia, excetuando-se o construcionismo, todas
estas teorias foram elaboradas em um tempo não
influenciado pelas TDIC, quando não nos
relacionávamos através de múltiplas redes digitais. E
como é agora?
7. Na própria definição de Siemens, conectivismo é
‘[...] a integração de princípios explorados pelo
caos, rede, e teorias da complexidade e auto-
organização. A aprendizagem é um processo que
ocorre dentro de ambientes nebulosos onde os
elementos centrais estão em mudança – não
inteiramente sob o controle das pessoas. A
aprendizagem (definida como conhecimento
acionável) pode residir fora de nós mesmos
(dentro de uma organização ou base de dados),
é focada em conectar conjuntos de informações
especializados, e as conexões que nos
capacitam a aprender mais são mais importantes
que nosso estado atual de conhecimento”.
(Siemens, 2004).
8. Princípios do conectivismo
• aprendizagem e conhecimento apóiam-se na diversidade de
opiniões e posições;
• aprendizagem é a capacidade de conectar nós específicos ou
fontes de informações;
• a aprendizagem pode residir em dispositivos não humanos;
• a capacidade de investir no saber mais é muito mais importante do
que o conhecimento que o indivíduo já possui;
• é necessário cultivar e manter conexões para facilitar a
aprendizagem contínua;
• a habilidade de perceber conexões entre áreas, idéias, conceitos é
fundamental;
• a atualização do conhecimento é a intenção de todas as atividades
de aprendizagem conectivistas;
• tomar decisão é processo de aprendizagem;
• as decisões tidas como corretas hoje, podem estar erradas
amanhã devido às rápidas mudanças que afetam a realidade social
(Siemens, 2004).
10. e-learning: definição
“[...] é uma modalidade de ensino a distância que
possibilita a auto-aprendizagem, com a
mediação de recursos didáticos
sistematicamente organizados, apresentados em
diferentes suportes tecnológicos de informação,
utilizados isoladamente ou combinados, e
veiculado através da internet.
Alguns termos, apesar de apresentarem certa
diferença conceitual, na prática são utilizados
como sinônimos de E-learning. São eles: web
training, web education, educação à distância via
internet, ensino controlado por tecnologia, ensino
dirigido por computador etc.”
Fonte: http://www.prof2000.pt/users/acr/materiais/ead/elearn2.htm
11. Segundo Anderson e Dron (2012), são três as
gerações de pedagogia a distância
• Pedagogia cognitivo-behaviorista
• Pedagogia socioconstrutivista
• Pedagogia conectivista
Para estes autores, a educação de alta
qualidade contempla os três modelos de
educação.
12. Aprendizagem online
Para Anderson (2004), a aprendizagem online
envolve três componentes determinantes:
• Presença cognitiva
• Presença social
• Presença de ensino
13. Presença social
Para Garrison, Anderson e Archer (2000), a presença
social pode ser conceituada como “a capacidade que
os participantes têm de projetar suas características
pessoais na comunidade on-line, apresentando-se aos
outros participantes como ‘pessoas reais’ ''. Estes
autores esclarecem que a função desse elemento é o
de apoiar os aspectos cognitivos e afetivos da
aprendizagem. Defendem, ainda, que a presença
social ajuda para o alcance das metas cognitivas por
incentivar e manter o pensamento crítico em uma
comunidade de aprendizagem. Ela atua como
colaboradora direta da experiência educacional e é
formada pelas categorias: expressão emocional,
comunicação aberta e coesão do grupo.
14. Presença cognitiva
A presença cognitiva é entendida como a
capacidade de estudantes construírem
conhecimentos por meio da reflexão e da
comunicação entre os participantes da
comunidade.
15. Presença de ensino
A presença de ensino está relacionada ao
professor e consiste na concepção,
facilitação e direcionamento de processos
cognitivos e sociais, objetivando que o
estudante alcance resultados de
aprendizagem significativos.
16. O papel do professor online segundo
Terry Anderson, George Siemens, Alec
Couros, dentre outros.
17. Terry Anderson
Fonte: http://tinyurl.com/h54ossj
Ao professor cabe a criação de uma efetiva
presença de ensino.
Para se criar a presença de ensino em
contextos de cursos online, o professor deve
exercer três papeis principais: o primeiro diz
respeito ao design e à organização do curso;
o segundo refere-se ao discurso facilitador e
o terceiro relaciona-se às instruções diretas
fornecidas aos estudantes.
A presença de ensino começa antes do início
do curso, no momento em que o professor
concebe e prepara o plano do curso e
continua quando ele facilita o discurso e
fornece instruções diretas, sempre que
solicitadas pelos estudantes.
20. Lina Morgado
Fonte: http://tinyurl.com/gwjgyw9
Em compilação de estudos realizados por diversos autores,
Morgado (2001) afirma que o papel do professor abrange os
aspectos pedagógicos, de Gestão, Sociais e Técnicos.
Cita Salmon (2000) afirmando que esta propõe uma síntese
abrangente das competências que o professor deve ter no que
se refere às suas características e às suas qualidades:
a) Características
- Compreensão do processo online,
- Habilidades técnicas,
- Habilidades de comunicação online,
- Conhecimentos de conteúdo,
- Características pessoais.
a) Qualidades
- Confiante,
- Construtivo,
- Espírito desenvolvedor,
- Facilitador,
- Compartilhador de conhecimento,
- Criativo.
21. Considerações Finais
Acredita-se que, dentre as inúmeras funções
do professor, as principais devem focar em:
1. Garantir a interação e participação dos
estudantes;
2. Servir de moderador, facilitador nas
discussões dos estudantes;
3. Dar um retorno significativo e oportuno do
processo de aprendizagem: Feedback.
22. Referências
Anderson, T.; Dron, J. (2011). Três gerações de pedagogia de educação a distância . Disponível em:
<http://eademfoco.cecierj.edu.br/index.php/Revista/article/view/162/33> Acesso em 21 mar. 2016.
Anderson, T. (2008). O processo de ensino num contexto de aprendizagem online . Disponível em:
http://pt.slideshare.net/isabepaiva/o-processo-de-ensino-num-contexto-de-aprendizagem-online-terry-
anderson> Acesso em 21 mar. 2016.
Anderson, T.; Rourke, L.; Garrison, D. R.; Archer, W. (2001). Assessing teaching presence in a
computer conferencing context. Journal of Asynchronous Learning Networks, n. 5(2). Disponível em:
http://cde.athabascau.ca/coi_site/documents/Anderson_Rourke_Garrison_Archer_Teaching_Presence.
pdf
Couros, A. (2010). Teaching & Learning in a Networked World (Keynote). Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=P3kS23vOqII> Acesso em: 21 mar. 2016.
Mattar, J. (2013). Aprendizagem em ambientes virtuais: teorias, conectivismo e MOOCs. Disponível em:
<http://www4.pucsp.br/pos/tidd/teccogs/artigos/2013/edicao_7/2-aprendizagem_em_ambientes_virtuais-
joao_mattar.pdf> Acesso em: 21 mar. 2016.
Morgado, L. (2001). O papel do professor em contextos de ensino online: Problemas e virtualidades.
Disponível em: <http://www.univ-ab.pt/~lmorgado/Documentos/tutoria.pdf> Acesso em: 22 mar. 2016.
Siemens, G. (2004). Conectivismo: Uma Teoria de Aprendizagem para a Idade Digital. Disponível em:
https://www.academia.edu/7573922/CONECTIVISMO_Uma_Teoria_de_Aprendizagem_para_a_Idade_Digital>
Acesso em 21 mar. 2016.