Este documento discute uma campanha publicitária realizada entre 2003-2004 no Rio Grande do Sul que utilizou personagens inspirados em contos de fadas para promover a proteção da infância. Também analisa como a publicidade pode ser entendida como uma tecnologia do imaginário e como produções cinematográficas recentes têm reinterpretado e parodiado contos de fadas clássicos.
Apresentação "Os contos de fada na Comunicação" Parte 3
1. Os contos de fada na comunicação
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul –PUCRS -BRASIL
FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL -FAMECOS
PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL
www. pucrs.br/famecos/pos
Dra. Juliana Tonin
juliana.tonin@pucrs.br
Me. Larissa Azubel
larissalauffer@gmail.com
Gabriela Kurtz
gabriela@sidicom.com.br
Karina Weber
karinaweber.rs@gmail.com
2. Exemplo prático de pesquisa
Tecnologia do Imaginário:
PUBLICIDADE
ano 2003-2004
6. 18 meses de campanha em números
Junho de 2003 a outubro de 2004
●Junho 2003 / Dezembro de 2003
25.114TV
37.456Rádio
233Jornais da RBS
168.832visitas no sitewww.clicrbs.com.br/cuidedascrianças
238reportagens inspiradas na Campanha (praticamente uma por dia)
756reportagens sobre a campanha apareceram nos jornais da RBS
1,3 milhãode pôsteres temáticos com as figuras dos monstrinhos
450.000adesivos
7. Segunda fase da campanha
Janeiro a outubro de 2004
●Lançamento da Semana dos Monstrinhos nas escolas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
●Foi apresentada e discutida pelos Deputados Federais em Brasília.
●A RBS recebeu o Grande Prêmio Ayrton Senna de Jornalismo na categoria Veículo de Comunicação pela Campanha “O Amor é a Melhor Herança, Cuide das Crianças”.
●Em outubro de 2004 os monstros fizeram um show no Parque da Redenção de Porto Alegre.
8. Levantamento da Campanha
Oquesepodeentenderdetodaatrajetóriadacampanha?Dequeformaapublicidadeparticipa,comotecnologiadoimaginário,atravésdessacampanha,utilizandoanarrativadoscontoslendasdelendascomomanifestaçãoedinamizaçãodoimagináriocontemporâneo?
9. Matriz para análise
Dinamismo do Imaginário: metamorfose dos contos e lendas
Metamorfoses no conceito de família e de infânci
Metamorfoses no conceito de família e de infância
Philippe Ariès
Elisabeth Badinter
Transparência do Mal
Jean Baudrillard
Georges Bataille
10. Publicidade como
Tecnologia do Imaginário
Relembrando...
Tecnologiadoimaginárioéum“dispositivodeintervenção”,formatação,interferênciaeconstruçãodas“baciassemânticas”quedeterminarãoa“complexidade”dos“trajetosantropológicos”deindivíduosougrupos.Elaestabelece“laçosocial”eimpõe-secomooprincipalmecanismodeproduçãosimbólicada“sociedadedoespetáculo”.
Dispositivos:Livros,teatro,cinema,rádio,televisão,jornal,literatura,publicidadesãoosmeios,astecnologias,osdispositivos.
11. A PUBLICIDADE poderia ser definida, então como sendo, ao mesmo tempo, um dispositivo de intervençãoe espelhodo mundo!!
12. Considerações: para onde foi o mal?
Gigantescamanobradecirurgiaplástica.
Apositividade,aeliminaçãodanegatividade,é,emúltimainstância,aeliminaçãodassingularidades,aeliminaçãodoEu. Fimdaoposiçãodialética.
17. Grupo de Pesquisa
Março 2012 –Julho 2012
Estudos sobre Imagem e Imaginário
Agosto de 2012 até os dias de hoje
Projeto de Pesquisa: O Conto (de um imaginário que) não pára
18. Período2000-2012
●1045 -filmes, animações, séries, jogos interativos e vídeos didáticos.
●412
●26 produções com temática sobre contos de fadas
19. -Essas 26 produções estão distribuídas harmonicamente entre 2000 e 2012.
-Ao menos um título por ano.
-Do universo de 26 filmes envolvendo os contos de fada, 19 (73%) deles apresentaram mudança em sua trama, geralmente em tom de paródia.
20. 5 títulos analisados
Produção
Título/ Ano de lançamento no Brasil
2005
Deu a Louca na Chapeuzinho 1 -lançamento 2006
2011
DeuaLoucanaChapeuzinho2-lançamento2011
2006
Deu a Louca na Cinderela -lançamento 2007
2009
A verdadeira história do Gato de Botas -lançamento 2009
2009
Deu a Louca na Branca de Neve -lançamento 2009
27. Gilbert Durand
Os contos traduzem a forma de pensar de cada geração.
Psicológico: instrumentos terapêuticos, ritos de passagens, questões como abandono, morte, orfandade, separação, etc.
Sociológico:Espelho das formas sociais, representações.
Antropológico: instrumentos para acionar a função simbólica e direcionar sua ação fantástica, fundamental por proporcionar o equilíbrio vital (eufemização da morte); equilíbrio psicossocial (amortecimento entre o impulso e sua repressão); equilíbrio antropológico (instauração do homem como ser simbólico); infinita transcendência (ênfase ao valor supremo do homem). A ação fantástica, para Durand, é o alimento da constituição da cultura.