O documento discute um Modelo de Auto-Avaliação para Bibliotecas Escolares (MABE). O MABE avalia quatro domínios essenciais: apoio curricular, leitura, projetos e atividades, e gestão. O modelo fornece indicadores e fatores críticos para cada domínio e visa medir o impacto da biblioteca na escola e identificar áreas para melhoria. A aplicação do MABE permite que cada escola avalie a eficácia dos serviços da biblioteca e o progresso em relação aos objetivos educ
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Analisar a pertinência de um Modelo de Avaliação para as BE.
Reflectir sobre o Modelo enquanto instrumento pedagógico e de
melhoria.
Analisar a sua organização estrutural e funcional
Criar mecanismos de integração/ aplicação à realidade da
escola/BE.
Identificar oportunidades e constrangimentos dessa aplicação.
Reconhecer as implicações decorrentes da aplicação do Modelo
ao nível da gestão e participação da escola.
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A evolução tecnológica tem vindo a revolucionar
profundamente o acesso, uso e comunicação da
informação e a Biblioteca Escolar viu-se confrontada
com a necessidade de se ajustar a esse novo
paradigma.
Espaço organizado com
recursos de acesso à
informação e ao lazer
Espaço de trabalho, centro
de aprendizagens e de
construção do conhecimento
Antes Agora
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A BE transforma-se num espaço:
De acesso, permitindo seu uso durante o horário de
funcionamento da escola e o acesso online 24h,através do sítio
da BE.
Com oportunidades de leitura e aprendizagem acrescidas,
através da produção, em articulação com os docentes, de
instrumentos de apoio ao desenvolvimento da leitura, das
literacias e do currículo.
Valorizado e usado pela escola, pela acção desenvolvida pelo
professor bibliotecário, na recolha de evidências (evidence based
practice) que demonstram o impacto da BE nas aprendizagens e
no funcionamento global da escola.
In “O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas escolares: problemáticas e conceitos implicados”, RBE, 2010
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Realidades e conceitos que implicam alterações na forma de
entender e executar a missão da BE:
Construtivismo – em que o sujeito/aluno se apresenta como
construtor activo do próprio conhecimento;
Novas estratégias de abordagem da realidade baseadas no
questionamento contínuo e no trabalho assente na pesquisa e no uso
de diversas fontes de informação, em suportes impressos ou digitais
e na World Wide Web.
Necessidade de desenvolver novas literacias e formas de
aprendizagem ao longo da vida, originadas pelas alterações no
acesso à informação e nos processos de aprendizagem,
proporcionadas pela introdução das TIC, pelo desenvolvimento de
redes sociais, pelo surgimento de novos ambientes de trabalho e de
construção do conhecimento (Web 2.0)
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O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares
é entendido como um instrumento pedagógico e de
melhoria contínua que permita aos órgãos directivos e
aos professores bibliotecários:
- aferir o trabalho desenvolvido
- comprovar o impacto desse trabalho no funcionamento global da
escola e nas atitudes, comportamento e competências dos alunos
- identificar áreas de sucesso e lacunas que condicionam a
qualidade e eficiência dos serviços prestados
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Noção de valor, assumido como o resultado dos
benefícios que retiramos das coisas e não como algo
que lhes é inerente. Assim sendo, o valor da BE mede-
se pelos resultados que contribuam, de forma efectiva,
para os objectivos da escola em que se insere.
A auto-avaliação é entendida como um processo
pedagógico e regulador, que deve conduzir à reflexão
e originar mudanças concretas. Ou seja, pretende-se
avaliar a qualidade e eficácia da BE e aferir as mais-
valias que consegue trazer à escola em que se insere.
(“O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas escolares: problemáticas e conceitos implicados”, RBE, 2010)
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Aponta as áreas nucleares em que se deverá
processar o trabalho da/com a BE e que têm sido
apontadas como tendo impacto positivo no ensino e na
aprendizagem.
O quadro referencial que apresenta é um instrumento
pedagógico e orientador para as escolas, ao definir os
factores críticos e de sucesso da BE e sugerir
possíveis acções para a melhoria.
Engloba os diferentes níveis de escolaridade, definindo
indicadores a ser aplicados por diferentes níveis.
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Baseia-se no Modelo de Auto-Avaliação das
Bibliotecas Escolares Inglesas, adaptado às
especificidades das bibliotecas escolares do sistema
de ensino Português.
Organiza-se em quatro domínios e num conjunto de
indicadores sobre os quais assenta o trabalho da BE
e que têm sido identificados como determinantes e
com impacto positivo no ensino e na aprendizagem.
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Domínios que são objecto de avaliação:
A. Apoio ao desenvolvimento curricular
A.1. Articulação curricular da biblioteca escolar com as estruturas de
coordenação e supervisão pedagógica e com os docentes.
A.2. Promoção das literacias da informação, tecnológica e digital.
B. Leitura e literacia
C. Projectos, parcerias e actividades livres e de abertura à comunidade
C.1. Apoio a actividades livres, extra-curriculares e de enriquecimento curricular
C.2. Projectos e parcerias
D. Gestão da Biblioteca escolar
D.1. Articulação da biblioteca com a escola. Acesso e serviços prestados pela
biblioteca
D.2. Condições humanas e materiais para a prestação dos serviços
D.3. Gestão da colecção/ da informação
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Cada domínio/subdomínio é apresentado num quadro
que inclui:
- indicadores temáticos que apontam para zonas
nucleares de intervenção;
- factores críticos de sucesso – são exemplos de
situações que operacionalizam o indicador;
- possíveis instrumentos para a recolha de evidências
que irão suportar a avaliação.
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Papel de liderança da BE, assumindo-se como um
recurso indutor de inovação;
Papel activo e de resposta às mudanças que o sistema
introduz, trazendo valor à escola no cumprimento da
sua missão e no cumprimento dos objectivos de
ensino/ aprendizagem;
Prática baseada em evidências, que permita obter os
melhores resultados possíveis, através de intervenções
cuidadosamente preparadas, com impacto nas
aprendizagens dos nossos alunos.
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Integração institucional e programática, de acordo com
os objectivos educacionais e programáticos da escola.
Desenvolvimento de competências de leitura e de um
programa de Literacia da Informação, integrado no
desenvolvimento curricular.
Articulação com departamentos, professores e alunos
na planificação e desenvolvimento de actividades
educativas e de aprendizagem.
Integração das potencialidades formativas e de
trabalho da BE nos diferentes projectos.
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A aplicação do MABE permitirá que cada escola conheça:
O impacto que as actividades realizadas pela e com a BE vão
tendo no processo de ensino e na aprendizagem;
O grau de eficiência e eficácia dos serviços prestados;
O grau de satisfação dos utilizadores.
Esta análise permite ainda:
Contribuir para a afirmação e reconhecimento do papel da BE;
Determinar até que ponto estão ou não a ser alcançados os
objectivos estabelecidos para a BE;
Identificar práticas de sucesso, que devem continuar e pontos
fracos que importa melhorar.
(Modelo de auto- avaliação da biblioteca escolar, RBE, Lisboa, 2010)
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Factores críticos à sua implementação:
O Modelo deve ser reconhecido pelas escolas e assumido como
instrumento agregador em torno do valor da BE e do impacto que
pode ter na escola e nas aprendizagens;
As evidências recolhidas no processo devem ser integradas na
planificação futura, com vista à continuidade ou melhoria dos níveis
atingidos, assumindo-se assim o Modelo como instrumento de
mudança e de melhoria da qualidade do funcionamento da BE,.
A auto-avaliação da biblioteca deve integrar a avaliação da própria
escola e ser conhecida e reconhecida pela Direcção e pela escola,
que, desta forma toma conhecimento do trabalho e impacto da BE.
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A melhoria contínua da qualidade, pretendida por este modelo,
exige o envolvimento de todos os docentes e órgãos de Direcção e
uma liderança forte do professor coordenador, que tem de
mobilizar a escola para a necessidade e implementação do
processo avaliativo.
É de extrema importância fazer entender:
Aos decisores que a BE é imprescindível e que investir em mais
recursos de informação ou em recursos humanos, não constitui um
investimento sem retorno;
Aos docentes, aos pais e aos alunos que a Biblioteca cumpre
objectivos comuns aos do resto da escola e que algum do sucesso
obtido tem a sua participação.
Em suma, que podemos fazer a diferença, na escola que servimos.
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Planear a avaliação
Seleccionar o domínio
Verificar aspectos implicados
Recolher evidências
Identificar as evidências mais relevantes para o domínio a avaliar
Organizar e produzir instrumentos
Analisar os dados
Fazer apreciações e tirar ilações
Confrontar os dados com os factores críticos de sucesso e os perfis de desempenho
Elaborar o relatório final e comunicar resultados
Preencher o modelo de relatório
Comunicar os resultados à escola/agrupamento e a outros interlocutores (incluir
resumo de resultados no relatório de auto-avaliação da escola)
Preparar e implementar um plano de acção
Identificar objectivos e metas a atingir
Planificar e implementar as acções para a melhoria
Monitorizar o processo de implementação das acções para a melhoria
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Texto da sessão, disponibilizado na plataforma.
Modelo de Auto-Avaliação da Biblioteca Escolar, RBE (2010)
Excerto de texto: “Professores Bibliotecários Escolares:
resultados da aprendizagem e prática baseada em
evidências” [http://archive.ifla.org/IV/ifla68/papers/084-
119e.pdf].
Todd, Ross (2001). O Manifesto das bibliotecas escolares
sobre a prática baseada em evidências.
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