SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 4
Ceteris paribus, também grafado como coeteris paribus ('ce.te.ris 'pa.ri.bus na pronúncia
eclesiástica ou ko.'e.te.ris 'pa.ri.bus, na pronúncia restaurada1 ), é uma expressão do latim que
pode ser traduzida por "todo o mais é constante" ou "mantidas inalteradas todas as outras
coisas".
A condição ceteris paribus é usada na economia para fazer uma análise de mercado da
influência de um factor sobre outro, sem que as demais variáveis sofram alterações.
Por exemplo: Um aumento de preço de um determinado produto causa uma redução na procura,
"ceteris paribus". Se houvesse variação na renda do consumidor, ou seja, sem a condição
"ceteris paribus", não se poderia afirmar o mesmo a respeito da procura sem informações
adicionais.
Condição ceteris paribus
A condição ceteris paribus é muito usada na economia (mas não só), em razão da complexidade
da análise onde existe um número indeterminado de variáveis de influência remota que podem,
eventualmente, desconectar a observação do resultado. Pelo que existe a necessidade de reduzir
o número de variáveis dentro de todo o conjunto daquelas que são suscetíveis de exercer
influência permanente ou esporádica sobre o fenómeno, para que este possa ser explicado.
Uma predição ou constatação acerca da influência ou conexão esporádica ou permanente entre
dois fenómenos, é considerada coeteris paribus quando outras variáveis exógenas (externas) que
poderiam cancelar o relacionamento entre o antecedente e o consequente são tidas como tendo
influência remota para explicação do comportamento do fenómeno em análise e cuja variação é
desconsiderada, sendo assim compreendidas como constantes.
O que é Trade-off:
Trade-off ou tradeoff é uma expressão em inglês que significa o ato de escolher uma coisa em
detrimento de outra e muitas vezes é traduzida como "perde-e-ganha".
O trade-off implica um conflito de escolha e uma consequente relação de compromisso, porque
a escolha de uma coisa em relação à outra, implica não usufruir dos benefícios da coisa que não
é escolhida. Isso implica que para que aconteça o trade-off, elemento que faz a escolha deve
conhecer os lados positivos e negativos das suas oportunidades.
Estamos perante um cenário de trade-off quando é preciso sacrificar alguma coisa para obter um
bem maior, o que muitas vezes causa um tipo de dilema.
Um trade-off pode ocorrem em várias situações da vida. Por exemplo, um carro que é mais
pesado tem mais estabilidade e segurança, mas em princípio perde velocidade e consome mais
combustível. Assim, um aspecto positivo é perdido mas outros são adquiridos. O mesmo
acontece no caso do atletismo, porque se um atleta escolhe correr a maratona, ele não terá
sucesso se quiser competir nos 100 metros, porque a sua estrutura fisiológica estará adaptada
para participar na maratona. Neste último caso, o atleta decide trocar os 100 metros pela
maratona.
Trade-off na Economia
No âmbito da economia, a expressão trade-off é muitas vezes descrita como custo de
oportunidade, pois representa o que uma pessoa deixa de usufruir de uma coisa por ter escolhido
outra.
Um tema relacionado com isto é a Curva de Phillips, que indica que algumas políticas
econômicas de diminuir a taxa de desemprego implicaria um aumento da taxa de inflação.
Trade-off na Logística
Na logística, um trade-off implica um custo para uma determinada empresa, porque tem que
investir para melhorar vários aspectos do negócio (como equipamentos, formação de
trabalhadores, melhorar as estruturas e os transportes, etc.). Apesar disso, esse trade-off vai
compensar no médio e longo prazo, porque vai possibilitar o crescimento da organização e o
aumento da sua lucratividade.
Post hoc ergo propter hoc
A expressão latina post hoc ergo propter hoc ("depois disso, logo causado por isso") é o nome
de uma falácia lógica, também conhecida como correlação coincidente, que consiste na ideia
de que dois eventos que ocorram em seqüência cronológica estão necessariamente interligados
através de uma relação de causa e efeito1 .
Post hoc ergo propter hoc é um erro especialmente tentador, porque de fato a seqüência
temporal parece ser parte integrante de causalidade2 3 . Entretanto, a falácia está em chegar a
uma conclusão baseada unicamente na ordem dos acontecimentos, em vez de tomar em
consideração outros fatores que possam excluir ou confirmar tal conexão.
Estrutura lógica
 Quando A ocorreu, B ocorreu
 Logo, A é a causa de B
Exemplos
 O galo sempre canta antes do nascer do sol. Logo, o sol nasce porque o galo canta.
 Uma pessoa se muda para uma república. Os antigos moradores da república então
dizem: "Nós nunca tivemos problemas com o fogão até que você se mudou para cá.
Logo você é a causa desse problema."
Composição (falácia)
Composição é uma falácia que consiste em afirmar que o todo possui a mesma propriedade da
parte1 . É o raciocínio inverso da divisão.
Estrutura lógica
 A é composto de partes B.
 B tem características X.
 Logo, A tem características X.
Exemplos
 As células não têm consciência. Portanto, o cérebro, que é feito de células, não tem
consciência.
o A frase ignora que o cérebro como um todo possui propriedades diferentes de
suas células.
 A instituição religiosa tem alguns membros corruptos, logo a instituição religiosa é toda
corrupto.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Gráfico (seno e cosseno)
Gráfico (seno e cosseno)Gráfico (seno e cosseno)
Gráfico (seno e cosseno)
neliosnahum
 
Economia política
Economia políticaEconomia política
Economia política
Weslley Cruz
 
Função exponencial e função logarítmica
Função exponencial e função logarítmicaFunção exponencial e função logarítmica
Função exponencial e função logarítmica
Everton Moraes
 
Economia mercados
Economia  mercadosEconomia  mercados
Economia mercados
AllangCruz
 
Aula 6 - Funções Exponenciais e Logarítmicas
Aula 6 - Funções Exponenciais e LogarítmicasAula 6 - Funções Exponenciais e Logarítmicas
Aula 6 - Funções Exponenciais e Logarítmicas
Turma1NC
 

Mais procurados (20)

Gráfico (seno e cosseno)
Gráfico (seno e cosseno)Gráfico (seno e cosseno)
Gráfico (seno e cosseno)
 
Planejamento e controle da capacidade
Planejamento e controle da capacidadePlanejamento e controle da capacidade
Planejamento e controle da capacidade
 
15 funcoes essenciais_unidade2
15 funcoes essenciais_unidade215 funcoes essenciais_unidade2
15 funcoes essenciais_unidade2
 
Economia política
Economia políticaEconomia política
Economia política
 
Declaração de estocolmo - TRAB. ACADÊMICO
Declaração de estocolmo - TRAB. ACADÊMICODeclaração de estocolmo - TRAB. ACADÊMICO
Declaração de estocolmo - TRAB. ACADÊMICO
 
Agua nos solos
Agua nos solosAgua nos solos
Agua nos solos
 
Toyotismo
ToyotismoToyotismo
Toyotismo
 
Função exponencial e função logarítmica
Função exponencial e função logarítmicaFunção exponencial e função logarítmica
Função exponencial e função logarítmica
 
Economia mercados
Economia  mercadosEconomia  mercados
Economia mercados
 
A Actividade Económica
A Actividade EconómicaA Actividade Económica
A Actividade Económica
 
Aula 6 - Funções Exponenciais e Logarítmicas
Aula 6 - Funções Exponenciais e LogarítmicasAula 6 - Funções Exponenciais e Logarítmicas
Aula 6 - Funções Exponenciais e Logarítmicas
 
Tópico 08 - Derivadas
Tópico 08 - DerivadasTópico 08 - Derivadas
Tópico 08 - Derivadas
 
Sistemas agroflorestal ( safs )
Sistemas agroflorestal ( safs )Sistemas agroflorestal ( safs )
Sistemas agroflorestal ( safs )
 
Politicas publicas
Politicas publicasPoliticas publicas
Politicas publicas
 
1 slides - diagrama de causa e efeito (ishikawa)
1   slides - diagrama de causa e efeito (ishikawa)1   slides - diagrama de causa e efeito (ishikawa)
1 slides - diagrama de causa e efeito (ishikawa)
 
PRÁTICAS AGRÍCOLAS Sustentável
PRÁTICAS AGRÍCOLAS SustentávelPRÁTICAS AGRÍCOLAS Sustentável
PRÁTICAS AGRÍCOLAS Sustentável
 
Aula 5 - Sistemas de Produção
Aula 5 - Sistemas de ProduçãoAula 5 - Sistemas de Produção
Aula 5 - Sistemas de Produção
 
Aula 07 derivadas - regras de derivação - parte 1
Aula 07   derivadas - regras de derivação - parte 1Aula 07   derivadas - regras de derivação - parte 1
Aula 07 derivadas - regras de derivação - parte 1
 
Aula 01 limites e continuidade
Aula 01   limites e continuidadeAula 01   limites e continuidade
Aula 01 limites e continuidade
 
Aula10 fluxogramas
Aula10 fluxogramasAula10 fluxogramas
Aula10 fluxogramas
 

Destaque

Ceteris paribus
Ceteris paribusCeteris paribus
Ceteris paribus
jlujant
 
Administração por Objetivo (APO)
Administração por Objetivo (APO)Administração por Objetivo (APO)
Administração por Objetivo (APO)
Camila Falcão
 
Curva de Possibilidades de Produção
Curva de Possibilidades de ProduçãoCurva de Possibilidades de Produção
Curva de Possibilidades de Produção
Yuri Silver
 
AdministraçãO Por Objetivos (Peter Drucker)
AdministraçãO Por Objetivos (Peter Drucker)AdministraçãO Por Objetivos (Peter Drucker)
AdministraçãO Por Objetivos (Peter Drucker)
roneibueno
 
Administracao Por Objetivos
Administracao Por ObjetivosAdministracao Por Objetivos
Administracao Por Objetivos
roneibueno
 
Economia aula 3 – a elasticidade e suas aplicações
Economia   aula 3 – a elasticidade e suas aplicaçõesEconomia   aula 3 – a elasticidade e suas aplicações
Economia aula 3 – a elasticidade e suas aplicações
Felipe Leo
 

Destaque (14)

Ceteris paribus
Ceteris paribusCeteris paribus
Ceteris paribus
 
Abordagem Contingencial e Administração por Objetivos
Abordagem Contingencial e Administração por ObjetivosAbordagem Contingencial e Administração por Objetivos
Abordagem Contingencial e Administração por Objetivos
 
Administração por Objetivo (APO)
Administração por Objetivo (APO)Administração por Objetivo (APO)
Administração por Objetivo (APO)
 
Trabalho APO - Peter Drucker
Trabalho APO - Peter DruckerTrabalho APO - Peter Drucker
Trabalho APO - Peter Drucker
 
Administração por objetivos TGA
Administração por objetivos TGAAdministração por objetivos TGA
Administração por objetivos TGA
 
Curva de Possibilidades de Produção
Curva de Possibilidades de ProduçãoCurva de Possibilidades de Produção
Curva de Possibilidades de Produção
 
Administração por Objetivo
Administração por ObjetivoAdministração por Objetivo
Administração por Objetivo
 
AdministraçãO Por Objetivos (Peter Drucker)
AdministraçãO Por Objetivos (Peter Drucker)AdministraçãO Por Objetivos (Peter Drucker)
AdministraçãO Por Objetivos (Peter Drucker)
 
Administracao Por Objetivos
Administracao Por ObjetivosAdministracao Por Objetivos
Administracao Por Objetivos
 
Presupuesto General del Estado 2017
Presupuesto General del Estado 2017Presupuesto General del Estado 2017
Presupuesto General del Estado 2017
 
Presupuesto General del Estado Bolivia 2017
Presupuesto General del Estado Bolivia  2017Presupuesto General del Estado Bolivia  2017
Presupuesto General del Estado Bolivia 2017
 
Demanda y Oferta
Demanda y OfertaDemanda y Oferta
Demanda y Oferta
 
Economia aula 3 – a elasticidade e suas aplicações
Economia   aula 3 – a elasticidade e suas aplicaçõesEconomia   aula 3 – a elasticidade e suas aplicações
Economia aula 3 – a elasticidade e suas aplicações
 
I lista de exercícios microeconomica -2011-1
I  lista de exercícios microeconomica -2011-1 I  lista de exercícios microeconomica -2011-1
I lista de exercícios microeconomica -2011-1
 

Ceteris paribus....economia

  • 1. Ceteris paribus, também grafado como coeteris paribus ('ce.te.ris 'pa.ri.bus na pronúncia eclesiástica ou ko.'e.te.ris 'pa.ri.bus, na pronúncia restaurada1 ), é uma expressão do latim que pode ser traduzida por "todo o mais é constante" ou "mantidas inalteradas todas as outras coisas". A condição ceteris paribus é usada na economia para fazer uma análise de mercado da influência de um factor sobre outro, sem que as demais variáveis sofram alterações. Por exemplo: Um aumento de preço de um determinado produto causa uma redução na procura, "ceteris paribus". Se houvesse variação na renda do consumidor, ou seja, sem a condição "ceteris paribus", não se poderia afirmar o mesmo a respeito da procura sem informações adicionais. Condição ceteris paribus A condição ceteris paribus é muito usada na economia (mas não só), em razão da complexidade da análise onde existe um número indeterminado de variáveis de influência remota que podem, eventualmente, desconectar a observação do resultado. Pelo que existe a necessidade de reduzir o número de variáveis dentro de todo o conjunto daquelas que são suscetíveis de exercer influência permanente ou esporádica sobre o fenómeno, para que este possa ser explicado. Uma predição ou constatação acerca da influência ou conexão esporádica ou permanente entre dois fenómenos, é considerada coeteris paribus quando outras variáveis exógenas (externas) que poderiam cancelar o relacionamento entre o antecedente e o consequente são tidas como tendo influência remota para explicação do comportamento do fenómeno em análise e cuja variação é desconsiderada, sendo assim compreendidas como constantes. O que é Trade-off: Trade-off ou tradeoff é uma expressão em inglês que significa o ato de escolher uma coisa em detrimento de outra e muitas vezes é traduzida como "perde-e-ganha". O trade-off implica um conflito de escolha e uma consequente relação de compromisso, porque a escolha de uma coisa em relação à outra, implica não usufruir dos benefícios da coisa que não
  • 2. é escolhida. Isso implica que para que aconteça o trade-off, elemento que faz a escolha deve conhecer os lados positivos e negativos das suas oportunidades. Estamos perante um cenário de trade-off quando é preciso sacrificar alguma coisa para obter um bem maior, o que muitas vezes causa um tipo de dilema. Um trade-off pode ocorrem em várias situações da vida. Por exemplo, um carro que é mais pesado tem mais estabilidade e segurança, mas em princípio perde velocidade e consome mais combustível. Assim, um aspecto positivo é perdido mas outros são adquiridos. O mesmo acontece no caso do atletismo, porque se um atleta escolhe correr a maratona, ele não terá sucesso se quiser competir nos 100 metros, porque a sua estrutura fisiológica estará adaptada para participar na maratona. Neste último caso, o atleta decide trocar os 100 metros pela maratona. Trade-off na Economia No âmbito da economia, a expressão trade-off é muitas vezes descrita como custo de oportunidade, pois representa o que uma pessoa deixa de usufruir de uma coisa por ter escolhido outra. Um tema relacionado com isto é a Curva de Phillips, que indica que algumas políticas econômicas de diminuir a taxa de desemprego implicaria um aumento da taxa de inflação. Trade-off na Logística Na logística, um trade-off implica um custo para uma determinada empresa, porque tem que investir para melhorar vários aspectos do negócio (como equipamentos, formação de trabalhadores, melhorar as estruturas e os transportes, etc.). Apesar disso, esse trade-off vai compensar no médio e longo prazo, porque vai possibilitar o crescimento da organização e o aumento da sua lucratividade.
  • 3. Post hoc ergo propter hoc A expressão latina post hoc ergo propter hoc ("depois disso, logo causado por isso") é o nome de uma falácia lógica, também conhecida como correlação coincidente, que consiste na ideia de que dois eventos que ocorram em seqüência cronológica estão necessariamente interligados através de uma relação de causa e efeito1 . Post hoc ergo propter hoc é um erro especialmente tentador, porque de fato a seqüência temporal parece ser parte integrante de causalidade2 3 . Entretanto, a falácia está em chegar a uma conclusão baseada unicamente na ordem dos acontecimentos, em vez de tomar em consideração outros fatores que possam excluir ou confirmar tal conexão. Estrutura lógica  Quando A ocorreu, B ocorreu  Logo, A é a causa de B Exemplos  O galo sempre canta antes do nascer do sol. Logo, o sol nasce porque o galo canta.  Uma pessoa se muda para uma república. Os antigos moradores da república então dizem: "Nós nunca tivemos problemas com o fogão até que você se mudou para cá. Logo você é a causa desse problema." Composição (falácia) Composição é uma falácia que consiste em afirmar que o todo possui a mesma propriedade da parte1 . É o raciocínio inverso da divisão. Estrutura lógica  A é composto de partes B.  B tem características X.  Logo, A tem características X.
  • 4. Exemplos  As células não têm consciência. Portanto, o cérebro, que é feito de células, não tem consciência. o A frase ignora que o cérebro como um todo possui propriedades diferentes de suas células.  A instituição religiosa tem alguns membros corruptos, logo a instituição religiosa é toda corrupto.