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                 O culto da Virgem Maria na liturgia.
( síntese da Exortação Apostólica de Paulo VI – 02/02/1974 – O culto da Vigem Maria)

A Virgem Maria na liturgia renovada.

        O lugar da Virgem Maria no culto cristão é considerado de primeiro plano na
sagrada liturgia; com efeito, alem do rico conteúdo doutrinal, possui uma eficácia
pastoral sem igual e um reconhecido valor exemplar para s outras formas de culto.
        O calendário geral, cuidadosamente restaurado, pelo Sacrossanto Concilio, é
destinado a dispor com o devido relevo, em determinados dias, a celebração da obra da
salvação, distribuindo ao longo de todo o ano os mistérios de Cristo, desde a encarnação
até a espera de sua gloriosa vinda(SC 102), o que permite inserir de modo mais orgânico
a memória da Mãe no ciclo anual dos mistérios do Filho.

Maria no culto litúrgico do Advento.

        A solenidade de 08 de dezembro é celebração conjunta da Imaculada conceição
de Maria, da preparação radical(Is 11,1-10) para avinda do salvador, e do feliz começo
da Igreja sem nódoa e sem ruga: “ A fim de preparar para o vosso Filho a mãe que fosse
digna dele, preservastes a Virgem Maria da mancha do pecado original, enriquecendo-a
com a plenitude da vossa graça. Nela, nos destes a s primícias da Igreja, esposa de
Cristo, sem ruga e sem mancha, resplandecente de beleza. Puríssima, na verdade, devia
ser a Virgem que nos daria o salvador, o Cordeiro sem mancha, que tira os pecados.
Escolhida entre todas asa mulheres, modelo de santidade e advogada nossa...”(Prefácio
da Imaculada conceição – Maria e a Igreja).
        Alem destas ocasiões, no tempo do Advento a liturgia recorda com freqüência a
santa Virgem, sobretudo nas férias de 17 a 24 de dezembro e, particularmente no
domingo que precede o Natal, em que se faz ressoar antigas vozes proféticas sobre a
virgem Mãe e o Messias e lê episódios evangélicos relativos ao nascimento iminente do
Cristo e de seu Precursor.
        Desta forma, os fiéis que vivem com a liturgia o espírito do Advento,
considerando o amor inefável com que a Virgem Maria esperou o Filho: Predito pelos
profetas, esperado com amor de mãe pela Virgem Maria, Jesus foi anunciado e
mostrado presente por são João Batista”( Prefacio do Advento II), são convidados a
toma-la como modelo e preparar-se para ir ao encontro do Salvador que vem,
“vigilantes na oração, e celebrando os seus louvores”( Prefacio do Advento II).
        A liturgia do advento também, unindo a expectativa messiânica e a do glorioso
retorno de Cristo com a memória admirada da Mãe, apresenta um feliz equilíbrio cultual
que pode servir de norma para impedir qualquer tendência a separar o culto da Virgem
Maria do seu necessário ponto de referencia, que é Cristo. Este período, portanto, deve
ser considerado um tempo particularmente apropriado ao culto da Mãe do Senhor.

Maria no culto litúrgico do tempo do natal.

        O tempo do Natal constitui uma memória prolongada da maternidade divina,
virginal, salvifica, daquela que, “virgem intocada, deu ao mundo o Salvador”. Com
efeito, na solenidade do Natal do Senhor, a Igreja, enquanto adora o Salvador, venera-
lhe a gloriosa Mãe; na Epifania do Senhor, enquanto celebra a vocação universal à
salvação, contempla a Virgem como verdadeira sede da Sabedoria e verdadeira Mãe do
Rei, a apresentar à adoração dos Magos o redentor de todos os povos(Mt 2,11).
Na festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José, olha com profunda
reverencia a santa vida que levam na casa de Nazaré, Jesus, Filho de Deus e Filho do
homem, Maria, sua Mãe e, José, homem justo. No período natalino, a atenção comum
deve voltar-se para a solenidade de Maria santíssima, Mãe de Deus. Colocada, por
antiga sugestão da liturgia de Roma, no primeiro dia de janeiro, destina-se a celebrar a
parte de Maria neste mistério da salvação e a exaltar a singular dignidade que dele
deriva para a “santa Mãe”.
        Por intermédio de Maria recebemos o Autor da Vida: “Salve. Ó santa Mãe de
Deus, vós destes à luz o Rei que governa o céu e a terra pelos séculos eternos”; da
virgindade fecunda de Maria destes à humanidade a salvação eterna...”( Antífona inicial
e Coleta própria do dia). Esta é a ocasião propicia para renovar a adoração ao recém-
nascido Príncipe da Paz, para ouvir novamente o jubiloso anuncio angélico( Lc 2,14),
para implorar de Deus, por intermédio da Rainha da Paz, o dom supremo da paz.
        Para isso, na feliz coincidência da oitava do natal com o dia inaugural de
primeiro de janeiro, foi instituído o Dia Mundial da Paz.


Maria na Anunciação e na Assunção.

        Para a solenidade da Encarnação do verbo, o calendário romano reconstituiu a
antiga denominação de Anunciação do Senhor, porém a celebração era a festa conjunta
de Cristo e da Virgem: do Verbo que se faz “filho de Maria” (Mc 6,3), e da Virgem que
se torna Mãe de Deus.
        Relativamente a Cristo, o Oriente e o Ocidente na riqueza inauxerível de suas
liturgias, celebram tal solenidade como memória do fiat salvifico do Verbo encarnado;
como comemoração do inicio da redenção e da indissolúvel união esponsal da natureza
humana na única Pessoa do Verbo.
        Relativamente a Maria, tanto Oriente como Ocidente celebram-na como festa da
nova Eva, virgem obediente e fiel que com seu fiat generoso(Lc 1,38) se torna por obra
do Espírito Santo, Mãe de Deus, mas também verdadeira Mãe dos vivos, verdadeira Arca
da aliança e verdadeiro Templo de Deus; memória de um momento culminante do
dialogo de salvação entre Deus e o homem e, comemoração do livre consentimento da
Virgem e do seu concurso no plano de redenção.
        A solenidade de 15 de agosto celebra a gloriosa assunção de Maria ao céu: festa
de seu destino de plenitude e de bem-aventurança; festa da glorificação de sua alma
imaculada e de seu corpo virginal, de sua perfeita configuração com Cristo
Ressuscitado; festa que propõe a Igreja e à humanidade a imagem e o consolador
documento da realização da esperança final.
        A solenidade de Assunção tem um prolongamento festivo na celebração de
Nossa Senhora rainha, que ocorre oito dias depois. Sentada junto ao rei dos séculos,
Maria esplende como rainha e intercede como Mãe.

Liturgia de fatos salvíficos nos quais a Mãe é associada ao Filho.

       Trata-se das celebrações que comemoram acontecimentos salvíficos nos quais a
Virgem esteve estritamente associada ao Filho. Tais festas são: a natividade de Maria (8
de setembro), “ a esperança e aurora de salvação para o mundo inteiro; a Visitação(31 de
maio), na qual a liturgia recorda a “bem-aventurada Virgem Maria a trazer no seio o seu
Filho”, a ir ter com Isabel para levar-lhe o auxilio de sua caridade; a memória da
Virgem das Dores(15 de setembro), que ajuda reviver o momento decisivo da história da
salvação e a venerar a Mãe “associada à paixão do Filho” e “ junto dele erguido na
cruz”.

        A Apresentação do Senhor (2 de fevereiro), deve ser considerada como memória
conjunta do Filho e da Mãe, a saber, celebração de um mistério de salvação operado por
Cristo, a que a Virgem foi intimamente unida, qual Mãe do servo sofredor de Javé, qual
executora de uma missão destinada a todo o Israel e qual modelo do novo povo.

Outras memórias e festas litúrgicas de Maria.

        O Calendário Romano restaurado inclui outros tipos de memória e festas,
algumas ligadas a razões de culto local que adquiriram âmbito mais vasto e interesse
mais vivo: Nossa Senhora de Lourdes (11 de setembro); Dedicação da Basílica de santa
Maria Maior (5 de agosto); outras celebradas no inicio por famílias religiosa
particulares, hoje porém,verdadeiramente eclesiais: Nossa Senhora do Carmo(16 de
julho, Nossa Senhora do Santo Rosário(7 de outubro).
        Outras ainda, para lá do dado apócrifo, propõem conteúdos de alto valor
exemplar e continuam veneráveis tradições, radicadas, sobretudo no Oriente:
Apresentação da Santíssima Virgem (21 de novembro); ou exprimem orientações saídas
da piedade contemporânea: Coração Imaculado de Maria (sábado após o sagrado
Coração).
        Resta ainda aludir à possibilidade de uma freqüente comemoração litúrgica da
virgem com o recurso à Memória de santa Maria nos sábados; memória antiga e discreta
que a flexibilidade atual Calendário e a multiplicidade de formulários tornam leve e
variada.

Maria comemorada nas Orações Eucarísticas.

        A Oração Eucarística do Missal, em admirável convergência com as liturgias
orientais, contem uma significativa memória da bem-aventurada Virgem Maria. Assim o
antigo Cânon Romano, que comemora a Mãe do senhor em termos ricos de doutrina e de
inspiração cultual: “Em comunhão com toda a Igreja, recordamos e veneramos antes de
tudo a gloriosa e sempre virgem Maria, Mãe de Deus e Senhor Jesus Cristo”; assim
também as recentes Orações Eucarísticas.

Os grandes temas mariais da liturgia.

        Percorrendo os texto do Missal renovado, vemos como os grandes temas do
eucológio romano - os temas da conceição imaculada e da plenitude da graça, da
maternidade divina da virgindade integra e fecunda, do templo do Espírito Santo, da
cooperação na obra do Filho, da santidade exemplar, da intercessão misericordiosa, da
assunção ao céu, da realeza materna – foram acolhidos em perfeita continuidade com o
passado, e como outros temas, novos em certo sentido, foram introduzidos com adesão
também perfeita no desenvolvimento teológico dos nossos dias.
        O tema Maria-Igreja, introduzido nos texto do Missal com variedade de
aspectos. Tais textos, com efeito, na Imaculada Conceição de virgem reconhecem o
exórdio da Igreja, “ esposa sem mancha” de Cristo; no Mistério da maternidade
confessam-na Mãe da cabeça e dos membros: santa Mãe de Deus e solicita Mãe da
Igreja ( 1º de janeiro). Ao lançar, pois, seu olhar, quer à Igreja primitiva, quer à de
nossos dias, a liturgia encontra pontualmente Maria: lá, como presença orante
juntamente com os Apóstolos; aqui, como presença operante junto à qual quer a Igreja
viver o mistério de Cristo.


A memória de Maria no Lecionário.

       A grande abundancia de leituras bíblicas do lecionário permitiu expor de
maneira mais completa o mistério de Cristo. Disso resultou maior numero de leituras do
Antigo e do Novo Testamento concernentes à Virgem Maria, leituras que pela evidencia
de seu conteúdo ou pelas indicações de uma exegese atenta, escudada nos ensinamentos
do magistério ou uma sólida tradição, podem deveras conservar, conquanto de maneira e
em graus diversos, seu caráter marial.
       Convem observar, alem disso, que tais leituras não somente ocorrem por ocasião
das festas da Virgem, mas são proclamadas em muitas outras circunstancias; em alguns
domingos do ano litúrgico, na celebração de ritos que interessam profundamente à vida
sacramental do cristão e nas circunstancias alegres ou dolorosas de sua existência.

A Virgem no mistério de Cristo.

        A reforma pré-conciliar considerou com adequada perspectiva a Virgem no
mistério de Cristo e, em harmonia com a tradição, reconheceu o lugar singular que lhe
compete no culto cristão, como santa Mãe de Deus e ativa cooperadora do Redentor.
        Importa acentuar que o culto prestado hoje pela Igreja a Nossa Senhora é
derivação, prolongamento e incessante crescimento do culto que ela em todos os tempos
lhe tributou, com escrupuloso zelo da verdade e vigilante mobilidade de formas.
        De perene tradição, viva pela presença ininterrupta do Espírito e pela escuta
continua da palavra, a Igreja do nosso tempo tira motivações, argumentos e estímulos
para o culto que presta à Santa Virgem. E a liturgia, que do magistério recebe
confirmação e força, é expressão altíssima e documento probatório de tão viva tradição.


A Virgem Maria, modelo da Igreja no exercício do culto.

        Maria é modelo de atitude espiritual com que a Igreja celebra e vive os divinos
mistérios. A exemplaridade da Virgem neste campo deriva de ser ela reconhecida como
modelo exímio da Igreja na ordem da fé, da caridade e da perfeita união com Cristo( LG
63).
        Maria é a Virgem à escuta: acolhe com fé a palavra de Deus...; agente e
testemunha singular da encarnação, volta aos acontecimentos da infância de Cristo,
confrontando-os no intimo de seu coração (Lc 2,19.51). È a Virgem em oração: expande
o intimo em expressões de glorificação a Deus, de humildade, fé, esperança no
Magnificat, no qual ressoa profeticamente antecipada, a voz da Igreja...; implora
dedicadamente por uma necessidade temporal em Cana; e a orante na Igreja nascente do
cenáculo e na Igreja de todos os tempos.
        Maria é a virgem Mãe que “por sua fé e obediência gerou na terra o próprio
Filho do pai”(LG 63). É a Virgem oferente... na apresentação no templo.. no Calvário...
“ sofrendo profundamente com seu Unigênito e associando-se com ânimo maternal no
sacrifício dele, consentindo amorosamente na imolação da vitima por ela gerada” (LG
58) e oferecendo-a ao eterno Pai .
        Modelo de toda a Igreja no exercício do culto divino, Maria é ainda,
evidentemente, mestra de vida espiritual para cada cristão... O “sim” que proferiu é
para todos os cristãos lição e exemplo para fazerem da obediência à vontade do pai o
caminho e o meio da própria santificação.

       Para isso a Igreja traduz as múltiplas relações que a unem a Maria em varias e
eficazes atitudes cultuais: veneração profunda... amor ardente... e confiante invocação...
serviço do amor... ativa imitação... comovido assombro... estudo atento.

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O culto da virgem maria na liturgia

  • 1. Submit by Email Print Form O culto da Virgem Maria na liturgia. ( síntese da Exortação Apostólica de Paulo VI – 02/02/1974 – O culto da Vigem Maria) A Virgem Maria na liturgia renovada. O lugar da Virgem Maria no culto cristão é considerado de primeiro plano na sagrada liturgia; com efeito, alem do rico conteúdo doutrinal, possui uma eficácia pastoral sem igual e um reconhecido valor exemplar para s outras formas de culto. O calendário geral, cuidadosamente restaurado, pelo Sacrossanto Concilio, é destinado a dispor com o devido relevo, em determinados dias, a celebração da obra da salvação, distribuindo ao longo de todo o ano os mistérios de Cristo, desde a encarnação até a espera de sua gloriosa vinda(SC 102), o que permite inserir de modo mais orgânico a memória da Mãe no ciclo anual dos mistérios do Filho. Maria no culto litúrgico do Advento. A solenidade de 08 de dezembro é celebração conjunta da Imaculada conceição de Maria, da preparação radical(Is 11,1-10) para avinda do salvador, e do feliz começo da Igreja sem nódoa e sem ruga: “ A fim de preparar para o vosso Filho a mãe que fosse digna dele, preservastes a Virgem Maria da mancha do pecado original, enriquecendo-a com a plenitude da vossa graça. Nela, nos destes a s primícias da Igreja, esposa de Cristo, sem ruga e sem mancha, resplandecente de beleza. Puríssima, na verdade, devia ser a Virgem que nos daria o salvador, o Cordeiro sem mancha, que tira os pecados. Escolhida entre todas asa mulheres, modelo de santidade e advogada nossa...”(Prefácio da Imaculada conceição – Maria e a Igreja). Alem destas ocasiões, no tempo do Advento a liturgia recorda com freqüência a santa Virgem, sobretudo nas férias de 17 a 24 de dezembro e, particularmente no domingo que precede o Natal, em que se faz ressoar antigas vozes proféticas sobre a virgem Mãe e o Messias e lê episódios evangélicos relativos ao nascimento iminente do Cristo e de seu Precursor. Desta forma, os fiéis que vivem com a liturgia o espírito do Advento, considerando o amor inefável com que a Virgem Maria esperou o Filho: Predito pelos profetas, esperado com amor de mãe pela Virgem Maria, Jesus foi anunciado e mostrado presente por são João Batista”( Prefacio do Advento II), são convidados a toma-la como modelo e preparar-se para ir ao encontro do Salvador que vem, “vigilantes na oração, e celebrando os seus louvores”( Prefacio do Advento II). A liturgia do advento também, unindo a expectativa messiânica e a do glorioso retorno de Cristo com a memória admirada da Mãe, apresenta um feliz equilíbrio cultual que pode servir de norma para impedir qualquer tendência a separar o culto da Virgem Maria do seu necessário ponto de referencia, que é Cristo. Este período, portanto, deve ser considerado um tempo particularmente apropriado ao culto da Mãe do Senhor. Maria no culto litúrgico do tempo do natal. O tempo do Natal constitui uma memória prolongada da maternidade divina, virginal, salvifica, daquela que, “virgem intocada, deu ao mundo o Salvador”. Com efeito, na solenidade do Natal do Senhor, a Igreja, enquanto adora o Salvador, venera- lhe a gloriosa Mãe; na Epifania do Senhor, enquanto celebra a vocação universal à salvação, contempla a Virgem como verdadeira sede da Sabedoria e verdadeira Mãe do Rei, a apresentar à adoração dos Magos o redentor de todos os povos(Mt 2,11).
  • 2. Na festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José, olha com profunda reverencia a santa vida que levam na casa de Nazaré, Jesus, Filho de Deus e Filho do homem, Maria, sua Mãe e, José, homem justo. No período natalino, a atenção comum deve voltar-se para a solenidade de Maria santíssima, Mãe de Deus. Colocada, por antiga sugestão da liturgia de Roma, no primeiro dia de janeiro, destina-se a celebrar a parte de Maria neste mistério da salvação e a exaltar a singular dignidade que dele deriva para a “santa Mãe”. Por intermédio de Maria recebemos o Autor da Vida: “Salve. Ó santa Mãe de Deus, vós destes à luz o Rei que governa o céu e a terra pelos séculos eternos”; da virgindade fecunda de Maria destes à humanidade a salvação eterna...”( Antífona inicial e Coleta própria do dia). Esta é a ocasião propicia para renovar a adoração ao recém- nascido Príncipe da Paz, para ouvir novamente o jubiloso anuncio angélico( Lc 2,14), para implorar de Deus, por intermédio da Rainha da Paz, o dom supremo da paz. Para isso, na feliz coincidência da oitava do natal com o dia inaugural de primeiro de janeiro, foi instituído o Dia Mundial da Paz. Maria na Anunciação e na Assunção. Para a solenidade da Encarnação do verbo, o calendário romano reconstituiu a antiga denominação de Anunciação do Senhor, porém a celebração era a festa conjunta de Cristo e da Virgem: do Verbo que se faz “filho de Maria” (Mc 6,3), e da Virgem que se torna Mãe de Deus. Relativamente a Cristo, o Oriente e o Ocidente na riqueza inauxerível de suas liturgias, celebram tal solenidade como memória do fiat salvifico do Verbo encarnado; como comemoração do inicio da redenção e da indissolúvel união esponsal da natureza humana na única Pessoa do Verbo. Relativamente a Maria, tanto Oriente como Ocidente celebram-na como festa da nova Eva, virgem obediente e fiel que com seu fiat generoso(Lc 1,38) se torna por obra do Espírito Santo, Mãe de Deus, mas também verdadeira Mãe dos vivos, verdadeira Arca da aliança e verdadeiro Templo de Deus; memória de um momento culminante do dialogo de salvação entre Deus e o homem e, comemoração do livre consentimento da Virgem e do seu concurso no plano de redenção. A solenidade de 15 de agosto celebra a gloriosa assunção de Maria ao céu: festa de seu destino de plenitude e de bem-aventurança; festa da glorificação de sua alma imaculada e de seu corpo virginal, de sua perfeita configuração com Cristo Ressuscitado; festa que propõe a Igreja e à humanidade a imagem e o consolador documento da realização da esperança final. A solenidade de Assunção tem um prolongamento festivo na celebração de Nossa Senhora rainha, que ocorre oito dias depois. Sentada junto ao rei dos séculos, Maria esplende como rainha e intercede como Mãe. Liturgia de fatos salvíficos nos quais a Mãe é associada ao Filho. Trata-se das celebrações que comemoram acontecimentos salvíficos nos quais a Virgem esteve estritamente associada ao Filho. Tais festas são: a natividade de Maria (8 de setembro), “ a esperança e aurora de salvação para o mundo inteiro; a Visitação(31 de maio), na qual a liturgia recorda a “bem-aventurada Virgem Maria a trazer no seio o seu Filho”, a ir ter com Isabel para levar-lhe o auxilio de sua caridade; a memória da Virgem das Dores(15 de setembro), que ajuda reviver o momento decisivo da história da salvação e a venerar a Mãe “associada à paixão do Filho” e “ junto dele erguido na
  • 3. cruz”. A Apresentação do Senhor (2 de fevereiro), deve ser considerada como memória conjunta do Filho e da Mãe, a saber, celebração de um mistério de salvação operado por Cristo, a que a Virgem foi intimamente unida, qual Mãe do servo sofredor de Javé, qual executora de uma missão destinada a todo o Israel e qual modelo do novo povo. Outras memórias e festas litúrgicas de Maria. O Calendário Romano restaurado inclui outros tipos de memória e festas, algumas ligadas a razões de culto local que adquiriram âmbito mais vasto e interesse mais vivo: Nossa Senhora de Lourdes (11 de setembro); Dedicação da Basílica de santa Maria Maior (5 de agosto); outras celebradas no inicio por famílias religiosa particulares, hoje porém,verdadeiramente eclesiais: Nossa Senhora do Carmo(16 de julho, Nossa Senhora do Santo Rosário(7 de outubro). Outras ainda, para lá do dado apócrifo, propõem conteúdos de alto valor exemplar e continuam veneráveis tradições, radicadas, sobretudo no Oriente: Apresentação da Santíssima Virgem (21 de novembro); ou exprimem orientações saídas da piedade contemporânea: Coração Imaculado de Maria (sábado após o sagrado Coração). Resta ainda aludir à possibilidade de uma freqüente comemoração litúrgica da virgem com o recurso à Memória de santa Maria nos sábados; memória antiga e discreta que a flexibilidade atual Calendário e a multiplicidade de formulários tornam leve e variada. Maria comemorada nas Orações Eucarísticas. A Oração Eucarística do Missal, em admirável convergência com as liturgias orientais, contem uma significativa memória da bem-aventurada Virgem Maria. Assim o antigo Cânon Romano, que comemora a Mãe do senhor em termos ricos de doutrina e de inspiração cultual: “Em comunhão com toda a Igreja, recordamos e veneramos antes de tudo a gloriosa e sempre virgem Maria, Mãe de Deus e Senhor Jesus Cristo”; assim também as recentes Orações Eucarísticas. Os grandes temas mariais da liturgia. Percorrendo os texto do Missal renovado, vemos como os grandes temas do eucológio romano - os temas da conceição imaculada e da plenitude da graça, da maternidade divina da virgindade integra e fecunda, do templo do Espírito Santo, da cooperação na obra do Filho, da santidade exemplar, da intercessão misericordiosa, da assunção ao céu, da realeza materna – foram acolhidos em perfeita continuidade com o passado, e como outros temas, novos em certo sentido, foram introduzidos com adesão também perfeita no desenvolvimento teológico dos nossos dias. O tema Maria-Igreja, introduzido nos texto do Missal com variedade de aspectos. Tais textos, com efeito, na Imaculada Conceição de virgem reconhecem o exórdio da Igreja, “ esposa sem mancha” de Cristo; no Mistério da maternidade confessam-na Mãe da cabeça e dos membros: santa Mãe de Deus e solicita Mãe da Igreja ( 1º de janeiro). Ao lançar, pois, seu olhar, quer à Igreja primitiva, quer à de nossos dias, a liturgia encontra pontualmente Maria: lá, como presença orante juntamente com os Apóstolos; aqui, como presença operante junto à qual quer a Igreja
  • 4. viver o mistério de Cristo. A memória de Maria no Lecionário. A grande abundancia de leituras bíblicas do lecionário permitiu expor de maneira mais completa o mistério de Cristo. Disso resultou maior numero de leituras do Antigo e do Novo Testamento concernentes à Virgem Maria, leituras que pela evidencia de seu conteúdo ou pelas indicações de uma exegese atenta, escudada nos ensinamentos do magistério ou uma sólida tradição, podem deveras conservar, conquanto de maneira e em graus diversos, seu caráter marial. Convem observar, alem disso, que tais leituras não somente ocorrem por ocasião das festas da Virgem, mas são proclamadas em muitas outras circunstancias; em alguns domingos do ano litúrgico, na celebração de ritos que interessam profundamente à vida sacramental do cristão e nas circunstancias alegres ou dolorosas de sua existência. A Virgem no mistério de Cristo. A reforma pré-conciliar considerou com adequada perspectiva a Virgem no mistério de Cristo e, em harmonia com a tradição, reconheceu o lugar singular que lhe compete no culto cristão, como santa Mãe de Deus e ativa cooperadora do Redentor. Importa acentuar que o culto prestado hoje pela Igreja a Nossa Senhora é derivação, prolongamento e incessante crescimento do culto que ela em todos os tempos lhe tributou, com escrupuloso zelo da verdade e vigilante mobilidade de formas. De perene tradição, viva pela presença ininterrupta do Espírito e pela escuta continua da palavra, a Igreja do nosso tempo tira motivações, argumentos e estímulos para o culto que presta à Santa Virgem. E a liturgia, que do magistério recebe confirmação e força, é expressão altíssima e documento probatório de tão viva tradição. A Virgem Maria, modelo da Igreja no exercício do culto. Maria é modelo de atitude espiritual com que a Igreja celebra e vive os divinos mistérios. A exemplaridade da Virgem neste campo deriva de ser ela reconhecida como modelo exímio da Igreja na ordem da fé, da caridade e da perfeita união com Cristo( LG 63). Maria é a Virgem à escuta: acolhe com fé a palavra de Deus...; agente e testemunha singular da encarnação, volta aos acontecimentos da infância de Cristo, confrontando-os no intimo de seu coração (Lc 2,19.51). È a Virgem em oração: expande o intimo em expressões de glorificação a Deus, de humildade, fé, esperança no Magnificat, no qual ressoa profeticamente antecipada, a voz da Igreja...; implora dedicadamente por uma necessidade temporal em Cana; e a orante na Igreja nascente do cenáculo e na Igreja de todos os tempos. Maria é a virgem Mãe que “por sua fé e obediência gerou na terra o próprio Filho do pai”(LG 63). É a Virgem oferente... na apresentação no templo.. no Calvário... “ sofrendo profundamente com seu Unigênito e associando-se com ânimo maternal no sacrifício dele, consentindo amorosamente na imolação da vitima por ela gerada” (LG 58) e oferecendo-a ao eterno Pai . Modelo de toda a Igreja no exercício do culto divino, Maria é ainda, evidentemente, mestra de vida espiritual para cada cristão... O “sim” que proferiu é para todos os cristãos lição e exemplo para fazerem da obediência à vontade do pai o
  • 5. caminho e o meio da própria santificação. Para isso a Igreja traduz as múltiplas relações que a unem a Maria em varias e eficazes atitudes cultuais: veneração profunda... amor ardente... e confiante invocação... serviço do amor... ativa imitação... comovido assombro... estudo atento.