Enchentes e deslizamentos: causas e como estudar para o vestibular
1. COLÉGIO PORTO ALVORADA
Ensino Fundamental II - Atualidades
Prof.ª Taisly Mazza da Silva
8º ano
Objetivo: mostrar o quanto é importante a dedicação ao hábito diário da leitura e, despertar a vontade dos alunos para acompanhar
os fatos do Brasil e do mundo, através dos vários meios de comunicação.
Disciplinas e temas relacionados: Ciências Humanas e suas tecnologias, Geografia, Urbanização, Brasil, Consumo.
Especialmente nos meses de dezembro e janeiro, é comum ocorrerem desastres naturais no Brasil,
(inclusive em Jaú), tais como enchentes e deslizamentos de terra. O texto abaixo foi retirado da revista “GUIA
DO ESTUDANTE Geografia Vestibular + Enem 2013”.
Ótima Leitura!
“Como as enchentes e deslizamentos que acontecem no começo do ano
podem cair no vestibular”
Imagem: Marcelo Camargo/ABr
Os links abaixo são de matérias publicadas nas últimas semanas:
- Chuva volta a causar transtornos no Rio de Janeiro (Exame)
- Alerta de deslizamento é dado em 5 comunidades do RJ (Exame)
- Enchente desabriga 240 pessoas em São Luiz do Paraitinga (Exame)
“Mas o que isso tem a ver com o vestibular?”, você talvez se pergunte. É que casos como esses
revelam muito sobre a ação do homem e a ocupação irregular do solo, especialmente em centros urbanos.
Além disso, também podem ser abordados em questões sobre o clima e o tipo de solo encontrados no Brasil.
As enchentes, o asfalto e o lixo acumulado
Em épocas de chuva, algumas regiões acumulam água naturalmente devido às condições do relevo,
como é o caso de vales e planícies à margem de rios. Sem a interferência do homem, essa água seria
simplesmente absorvida pelo solo e os rios sofreriam uma elevação controlada em seu nível.
A ocupação dessas regiões pelo homem, no entanto, transformou-as em áreas de risco. O solo das
áreas verdes absorve bem a água, mas o asfalto é impermeável e se comporta como uma capa que reveste
toda a cidade, impedindo a infiltração e o escoamento adequados.
Uma saída adotada para contornar esse problema é a criação de galerias pluviais, que transportam a
água recolhida pelos bueiros até os rios. Mas as grandes cidades têm outro problema: o imenso volume de
detritos despejados nas ruas frequentemente entope as vias de escoamento. Assim, além de impedir que a
água escoe pelos bueiros, o que já causa inundação nas ruas, o lixo acumulado nas calhas dos rios diminui sua
profundidade, criando o cenário ideal para enchentes ainda piores.
O deslizamento de encostas e a ocupação irregular do solo
Com o crescimento populacional (seja pelo aumento regular da população, seja por causa do êxodo
rural), os centros urbanos acabam precisando se expandir. O problema é que essa expansão muitas vezes
ocorre em áreas inapropriadas para receber edificações, como encostas de morros e margens de rios.
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A ocupação dessas áreas quase sempre é precedida pelo desmatamento da vegetação original que as
cobria, potencializando os riscos de erosão e deslizamentos de terra. Essa cobertura vegetal é necessária
porque protege os solos de diferentes maneiras. As raízes formam uma espécie de rede subterrânea que ajuda
na sustentação do terreno e na criação de caminhos por onde a água das chuvas pode se infiltrar – evitando,
com isso, que a água escorra pela superfície de uma vez só, arrastando toda sorte de sedimentos e nutrientes
do solo (num processo chamado de lixiviação).
Com o desmatamento, o solo fica extremamente fragilizado. Sem as raízes, sustentação do terreno
fica reduzida e suas camadas acabam cedendo com o peso da água das chuvas. A água também altera a
consistência do solo, “lubrificando” as partículas que o formam, diminuindo o atrito entre elas e facilitando
seu desprendimento. A ocupação efetiva dessas áreas, com o próprio peso das casas, completa o cenário de
desestabilização.
Enchentes e deslizamentos são muito comuns no verão do Sudeste brasileiro, região dominada pelo
clima tropical. A característica principal desse clima é justamente a existência de verões chuvosos e invernos
mais secos. Quando começa o verão, o continente se esquenta rapidamente, formando uma zona de baixa
pressão, e as massas de ar do oceano trazem as chuvas.
Alguns terrenos são menos favoráveis para construções e fazem com que as chances de
desabamentos sejam grandes. Os solos com essas características são chamados de “colapsíveis”: são
arenosos, de estrutura porosa, e frequentes nos estados de Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso do Sul,
Pernambuco e São Paulo.
O solo de massapé, comum no nordeste brasileiro,
também é problemático. Rico em material orgânico, ele é
bastante fértil e apropriado para o cultivo agrícola, mas
arriscado para a construção civil. É que o massapé sofre com
as alterações do clima: comprime-se no período de seca e se
expande com a umidade da época de chuvas. Isso resulta em
rachaduras, inclinação das casas e até desabamento,
ocorrências frequentes, por exemplo, na cidade de Salvador,
na Bahia, onde terrenos de massapé foram ocupados
irregularmente pela população de baixa renda. As construções
em locais de risco no litoral também respondem por vários
casos de desabamento. As edificações irregulares roubam
espaço da areia e das pedras na praia – que serviriam de
obstáculo natural às ondas – e acabam desmoronando,
vítimas do avanço do mar.
http://guiadoestudante.abril.com.br/blogs/atualidades-vestibular/01 de fevereiro de 2013 (acesso em 09/02/2013)
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01 - A leitura dos textos ampliou sua compreensão dos temas que você já
trabalhou durante o período escolar? Anote no mínimo dois termos que você não
conhecia e faça uma busca na internet sobre o seu significado.
02 – Faça uma seleção de notícias em jornais, revista ou internet sobre enchentes e deslizamentos
que aconteceram recentemente no município de Jaú ou no Estado de SP/RJ, e dê sugestões para amenizar
esses acontecimentos, levantando formas de como a comunidade vem habitando a sua região e o nível de
conscientização a respeito das zonas de risco. (Sugestões: você pode incluir fotos, e relatos de pessoas que
tiveram suas vidas atingidas por essas situações).
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