3. OBJETIVOS DA AULA:
ÉTICA HELENÍSTICA I
⮚Contextualizar a ética helenística;
⮚Compreender o que é o hedonismo;
⮚Caracterizar o hedonismo epicurista.
4. REFLEXÃO
O HEDONISMO pode ser definido como a busca pelo
prazer. Costuma-se dizer que a civilização contemporânea é
hedonista, já que relaciona a felicidade, por exemplo, à
satisfação dos desejos imediatos e ao consumismo.
A pessoa hedonista é
aquela que busca o prazer
como bem supremo da
vida humana.
6. De acordo com o artigo, “A psicanálise
face ao hedonismo contemporâneo”:
“O sujeito atual organiza-se a partir do
eixo individualista-hedonista, e o
sofredor não se encaixa nos moldes
atuais de exaltação do eu e
exibicionismo. Vemo-nos acossados
pela obrigação de ser feliz. As
propagandas publicitárias reificam, a
todo momento, esta exigência.”
REFLEXÃO
Fonte:
https://images.app.goo.gl/sMuUffhJc4Mo5jP56
7. ÉTICA HELENÍSTICA: Contextualização
O helenismo caracterizou-
se pela fusão das culturas grega e
oriental, em decorrência da
expansão do Império Macedônico
de Alexandre, O Grande, e depois
pela conquista romana. Estendeu-
se do século IV a. C. até o século
II de nossa era.
8. EPICURO DE SAMOS (341 a. C. - 270 a.C.)
Sua escola, frequentada por amigos e
seguidores, ficou conhecida como “O
Jardim de Epicuro”
Dedicou-se ao atomismo,
buscando fundamentar a
liberdade humana
Hedonismo: busca pelo prazer
Considerado “O profeta do prazer” e “O
Apóstolo da Amizade”
9. EPICURISMO: PRINCIPAIS IDEIAS
A felicidade pode ser alcançada.
De acordo com Epicuro, para se alcançar a
felicidade, devemos tomar quatro
“remédios”:
● Não se deve temer os deuses;
● Não se deve temer a morte;
● O Bem não é difícil de se alcançar;
● Os males não são difíceis de suportar.
11. EPICURISMO: PRINCIPAIS IDEIAS
Para atingir a felicidade o próprio indivíduo se basta.
Não precisamos, portanto, da Cidade, das instituições, da
nobreza, das riquezas, e todas as coisas e nem mesmo os
deuses: o ser humano é perfeitamente "autárquico".
12. ATIVIDADE
1) (ENEM – 2014) Alguns dos desejos são naturais e
necessários; outros, naturais e não necessários; outros,
nem naturais nem necessários, mas nascidos de vã
opinião. Os desejos que não nos trazem dor se não
satisfeitos não são necessários, mas o seu impulso pode
ser facilmente desfeito, quando é difícil obter sua
satisfação ou parecem geradores de dano.
EPICURO DE SAMOS. “Doutrinas principais”. In: SANSON,
V. F. Textos de filosofia. Rio de Janeiro: Eduff, 1974.
13. ATIVIDADE
1) No fragmento da obra filosófica de Epicuro, o homem
tem como fim:
a) defender a indiferença e a impossibilidade de se atingir o
saber.
b) aceitar o sofrimento e o rigorismo da vida com resignação.
c) alcançar o prazer moderado e a felicidade.
d) valorizar os deveres e as obrigações sociais.
14. 1) No fragmento da obra filosófica de Epicuro, o homem
tem como fim:
a) defender a indiferença e a impossibilidade de se atingir o
saber.
b) aceitar o sofrimento e o rigorismo da vida com resignação.
c) alcançar o prazer moderado e a felicidade.
d) valorizar os deveres e as obrigações sociais.
ATIVIDADE - CORREÇÃO
15. HEDONISMO
• HEDONISMO = HEDONÊ (Prazer)
• ARISTIPO DE CIRENE, discípulo de
Sócrates e Fundador da Escola
Cirenaica
• Busca da felicidade por meio da
maximização dos momentos de
prazer
• Hedonismo “simplista”.
16. HEDONISMO EM EPICURO
• O caminho mais simples para
atingirmos o prazer é o
afastamento da dor.
• APONIA E ATARAXIA.
• Prazer do sábio > Controle das
paixões e domínio de si mesmo.
17. Vamos ao texto!
Carta sobre a felicidade (a Meneceu) -
Epicuro
“O prazer é o início e o fim de uma vida feliz.
Com efeito, nós o identificamos com o bem
primeiro e inerente ao ser humano, em
razão dele praticamos toda escolha e toda
recusa, e a ele chegamos escolhendo todo
bem de acordo com a distinção entre prazer
e dor...
18. Vamos ao texto!
...Embora o prazer seja nosso bem primeiro e
inato, nem por isso escolhemos qualquer prazer:
há ocasiões em que evitamos muitos prazeres,
quando deles nos advêm efeitos o mais das vezes
desagradáveis; ao passo que consideramos
muitos sofrimentos preferíveis aos prazeres, se
um prazer maior advier depois de suportarmos
essas dores por muito tempo.”
19. ATIVIDADE
2) Para Epicuro, o prazer pode ser entendido como início e
fim de uma vida feliz. Porém, o filósofo estabelece uma
relação entre o prazer do sábio e o controle das paixões e
domínio de si mesmo. Para você, em que contextos é
necessário abdicar do prazer imediato para evitar a dor ou
para que um prazer superior e prolongado possa vir no
futuro?
20. ATIVIDADE - CORREÇÃO
2) Resposta pessoal. É importante refletir que, de
acordo com Epicuro, muitas vezes é necessário
abrir mão de um prazer mais imediato, se ele
tiver como consequência algum desprazer, ou
aceitar algum sofrimento, caso o prazer que dele
advier seja superior. Por exemplo, se quero
passar no vestibular (prazer maior), devo aceitar
o sofrimento de estudar ao invés de sair com os
amigos no fim de semana etc.
21. Divisão dos Tipos de Prazeres em Epicuro
Prazeres Naturais e Necessários:
São os prazeres que estão relacionados
com a conservação da vida e do
indivíduo. Ex: comer, beber, dormir
etc.
22. Divisão dos Tipos de Prazeres em Epicuro
Prazeres Naturais e Não Necessários:
São os prazeres provindos de variações
supérfluas dos prazeres naturais e
necessários. Ex: dormir demais, beber
demais, comer algum alimento
refinado, cultivar amizades etc.
23. Divisão dos Tipos de Prazeres em Epicuro
Prazeres Não Naturais e Não Necessários:
São os prazeres que nascem das opiniões
dos homens e não são nem naturais e
nem necessários para a nossa
sobrevivência. Ex: Poder, Fama, Riqueza
etc.
24. Divisão dos Tipos de Prazeres em Epicuro
Prazeres Naturais e
Necessários.
Prazeres Naturais e Não
Necessários.
Prazeres Não Naturais e
Não Necessários.
25. Revisão
✔O helenismo é caracterizado pela fusão das
culturas grega e oriental. Uma das suas principais
tendências é a ética hedonista;
✔O hedonismo surgiu com Aristipo de Cirene, que
tinha a maximização de momentos de prazer
como o caminho para a felicidade;
✔Epicuro formulou um hedonismo mais complexo,
do prazer com moderação. O filósofo rejeitava os
prazeres desnecessários e destacava a
importância dos prazeres necessários.