Este documento discute como melhorar o ensino na escola secundária Augusto Gomes através de projetos interdisciplinares que promovam a resolução de problemas reais. Atualmente, os alunos têm dificuldades em aplicar conhecimentos a novas situações e as avaliações focam-se na memorização. O autor propõe que os projetos desenvolvam competências transversais por meio de desafios do mundo real, colocando os alunos no centro da aprendizagem através da interação social. O objetivo é que desenvolvam pens
ESCOLA SECUNDÁRIA AUGUSTO GOMES PROJETO ENSINO BÁSICO
1. ESCOLA SECUNDÁRIA AUGUSTO GOMES, MATOSINHOS - ENSINO BÁSICO | 7ºANO DE ESCOLARIDADE | 2011-12
Como na Vida!
Numa Escola de Compreender o Mundo
Projeto 3º Ciclo do Ensino Básico “Afinal, o que é uma praia?”
“E se a nossa sala de aula fosse em Marte?
“Como é que eu posso ser melhor pessoa”
Docente de Ciências Naturais
Formação “Como na Vida”
Sofia Pimenta1,2
Grupo 520, Departamento de Ciências Exactas e Experimentais, Escola Secundária Augusto Gomes, Matosinhos
1
E-mail: sofiapimenta@esag-edu.net
2
Questão/proposta de reflexão
Um desafio-problema por trimestre? Mais que um desafio-problema por trimestre?
O que pode ter mais vantagens na interdisciplinaridade? Onde se pode mobilizar mais as diferentes
disciplinas? Será que desafios mais curtos promovem estratégias mais adequadas e efetivas?
Para sugerir uma resposta a esta questão, proponho-me a analisar a seguinte
situação:
A escola/o ensino/a aprendizagem.
Conhecer o que temos, o que queremos, para onde vamos e onde deveríamos estar…
O que temos:
-que na globalidade, os relatórios de análise dos resultados dos alunos, nomeadamente em
situação de avaliação externa (testes intermédios e exames nacionais, quer no ensino básico,
quer no ensino secundário) têm mostrado que os alunos revelam maior dificuldade na
resolução de problemas retirados e formulados a partir de situações reais do quotidiano;
-que as dificuldades em transpor, mobilizar e utilizar o conhecimento construído em situações
novas e reais poderá ser explicada pelo ensino ainda muito mecanizado e suportado em
avaliações memorísticas que não permite que os alunos desenvolvam competências
essências;
-que a maioria dos educadores ainda associa o papel de ensinar ao professor e o papel de
escutar ao aluno.
O que queremos:
-que o papel da escola será sempre desenvolver aprendizagens;
-que o aprender seja interagir, comunicar, partilhar, errar, experimentar novas ideias,
superar o erro e avançar;
-que o professor estimule, enriqueça e oriente a aprendizagem dos alunos;
-que o aluno exponha, discuta e avalie as suas aprendizagens.
Para onde vamos:
-para uma atmosfera de aprendizagem onde se atribua ao aluno o principal papel no
desenvolvimento das aprendizagens em ambientes colaborativos, ou seja, em interacção
social;
-para a fomentação de resolução de problemas reais ligados às suas vivências e a
comportamentos que exigem a procura de solução para esses problemas;
-para um ambiente onde se proporcione o desenvolvimento, em simultâneo e
transversalmente, de competências nos domínios do Conhecimento (substantivo, processual e
epistemológico), do Raciocínio e da Comunicação.
2. Onde deveríamos estar:
-no final do processo onde os alunos tenham desenvolvido processos mentais mais elevados
(transferência de conhecimento, aplicação, avaliação e integração de novos saberes);
-na utilização de ferramentas como a autonomia, criatividade e o desenvolvimento do
pensamento crítico necessárias para que os alunos possam vir a ser cidadãos adultos
responsáveis, informados e intervenientes na sociedade
Numa Escola de Compreender o Mundo, num projeto como na vida sabemos para onde
vamos e onde deveríamos estar…este é o nosso desafio.
14 maio 2012
Sofia Pimenta