Este documento discute os quatro pilares da educação propostos pelo relatório da UNESCO "Educação: um tesouro a descobrir". São eles: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a viver juntos. O autor analisa como esses pilares se relacionam com os processos de globalização e com o discurso pós-moderno, legitimando uma educação alinhada com as transformações da sociedade capitalista globalizada.
Este documento discute os quatro pilares da educação propostos pela UNESCO (aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a viver juntos) e sua relação com a globalização e a pós-modernidade. O autor argumenta que a educação tem se adaptado às transformações da sociedade capitalista globalizada com foco na razão instrumental. Ele questiona se os pilares da UNESCO legitimam essa visão pragmática da educação.
Este artigo discute o modelo decolonial e a importância de dar voz aos outros e ouvir suas perspectivas. Ele argumenta que os pensadores decoloniais questionam o sistema massificador que suprimiu os modos de ser e pensar das populações tradicionais na América Latina. Além disso, defende que o desenvolvimento deve ser baseado na promoção das comunidades locais e em seu protagonismo, diminuindo interferências externas. Por fim, a interculturalidade é importante para ouvir os calados e torná-los visíveis e protagonistas de seu pró
Este artigo discute a ideia de poder em Michel Foucault e como ela se relaciona com o Estado e a arte de governar. O autor explica que Foucault via o poder como originando das múltiplas ações e relações humanas em vez de uma fonte centralizada. Também discute como a arte de governar evoluiu ao longo da história, desde a Idade Média, quando o poder dos reis vinha de Deus, até a mentalidade moderna e a ênfase no bem-estar da população.
Karl Marx analisa a sociedade capitalista como caracterizada pela relação de conflito entre a burguesia, que detém os meios de produção, e o proletariado, que possui apenas sua força de trabalho. Segundo Marx, a educação burguesa serve para reproduzir a alienação e exploração social. Marx defende uma educação baseada na práxis social e no trabalho consciente para transformar a sociedade.
Montaigne símbolo e referencial para uma geração novaAugusto Rodrigues
Trabalho escrito apresentado na IV Mostra Acadêmica da Faculdade Salesiana Dom Bosco.
Relaciona as perspectivas educativas do filósofo renancentista Michel de Montaigne e os recentes estudos das Novas Gerações no tempo da pós-modernidade
Educação básica no brasil agenda da modernidade Darlan Campos
1) O documento discute a modernidade e pós-modernidade e como essas ideias se relacionam com a educação básica no Brasil.
2) Ele argumenta que a educação foi relegada como um tópico importante, mas está sendo redescoberta devido ao seu impacto no desenvolvimento econômico e estratificação social.
3) O autor aponta itens de uma agenda para a educação básica no Brasil, incluindo o fracasso de usar a educação apenas para transmitir conhecimento e a necessidade de considerar fatores institucionais
O documento discute a racionalização da sociedade na modernidade segundo as perspectivas de Habermas e Giddens. Habermas vê a modernidade como um projeto inacabado de emancipação da razão que envolve a racionalização das instituições através do progresso científico-técnico. Giddens argumenta que a modernidade precisou (re)inventar tradições para manter a segurança ontológica dos indivíduos diante das mudanças. A racionalização envolve refletir criticamente sobre as práticas sociais frente a uma real
1. O documento discute o papel do movimento estudantil no processo revolucionário, analisando a relação entre a intelectualidade e as classes sociais.
2. A intelectualidade não constitui uma classe em si mesma, mas vincula-se às classes dominantes ou ao proletariado. Há atração da burguesia, repulsão da burguesia e atração do proletariado sobre a intelectualidade.
3. O movimento estudantil representa um setor da intelectualidade e desempenha importante papel na revolução através da luta ide
Este documento discute os quatro pilares da educação propostos pela UNESCO (aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a viver juntos) e sua relação com a globalização e a pós-modernidade. O autor argumenta que a educação tem se adaptado às transformações da sociedade capitalista globalizada com foco na razão instrumental. Ele questiona se os pilares da UNESCO legitimam essa visão pragmática da educação.
Este artigo discute o modelo decolonial e a importância de dar voz aos outros e ouvir suas perspectivas. Ele argumenta que os pensadores decoloniais questionam o sistema massificador que suprimiu os modos de ser e pensar das populações tradicionais na América Latina. Além disso, defende que o desenvolvimento deve ser baseado na promoção das comunidades locais e em seu protagonismo, diminuindo interferências externas. Por fim, a interculturalidade é importante para ouvir os calados e torná-los visíveis e protagonistas de seu pró
Este artigo discute a ideia de poder em Michel Foucault e como ela se relaciona com o Estado e a arte de governar. O autor explica que Foucault via o poder como originando das múltiplas ações e relações humanas em vez de uma fonte centralizada. Também discute como a arte de governar evoluiu ao longo da história, desde a Idade Média, quando o poder dos reis vinha de Deus, até a mentalidade moderna e a ênfase no bem-estar da população.
Karl Marx analisa a sociedade capitalista como caracterizada pela relação de conflito entre a burguesia, que detém os meios de produção, e o proletariado, que possui apenas sua força de trabalho. Segundo Marx, a educação burguesa serve para reproduzir a alienação e exploração social. Marx defende uma educação baseada na práxis social e no trabalho consciente para transformar a sociedade.
Montaigne símbolo e referencial para uma geração novaAugusto Rodrigues
Trabalho escrito apresentado na IV Mostra Acadêmica da Faculdade Salesiana Dom Bosco.
Relaciona as perspectivas educativas do filósofo renancentista Michel de Montaigne e os recentes estudos das Novas Gerações no tempo da pós-modernidade
Educação básica no brasil agenda da modernidade Darlan Campos
1) O documento discute a modernidade e pós-modernidade e como essas ideias se relacionam com a educação básica no Brasil.
2) Ele argumenta que a educação foi relegada como um tópico importante, mas está sendo redescoberta devido ao seu impacto no desenvolvimento econômico e estratificação social.
3) O autor aponta itens de uma agenda para a educação básica no Brasil, incluindo o fracasso de usar a educação apenas para transmitir conhecimento e a necessidade de considerar fatores institucionais
O documento discute a racionalização da sociedade na modernidade segundo as perspectivas de Habermas e Giddens. Habermas vê a modernidade como um projeto inacabado de emancipação da razão que envolve a racionalização das instituições através do progresso científico-técnico. Giddens argumenta que a modernidade precisou (re)inventar tradições para manter a segurança ontológica dos indivíduos diante das mudanças. A racionalização envolve refletir criticamente sobre as práticas sociais frente a uma real
1. O documento discute o papel do movimento estudantil no processo revolucionário, analisando a relação entre a intelectualidade e as classes sociais.
2. A intelectualidade não constitui uma classe em si mesma, mas vincula-se às classes dominantes ou ao proletariado. Há atração da burguesia, repulsão da burguesia e atração do proletariado sobre a intelectualidade.
3. O movimento estudantil representa um setor da intelectualidade e desempenha importante papel na revolução através da luta ide
O documento discute a democratização do ensino médio através da politecnia e formação cidadã. Aborda o direito à educação, visões epistemológicas, aquisição de conhecimento, trabalho como princípio educativo e a importância da matemática para a vida. Defende uma educação que promova a emancipação e a construção de uma sociedade mais justa.
O documento discute a educação politécnica segundo a perspectiva de Marx. A educação politécnica visa unir formação intelectual e trabalho produtivo, contrariando a educação burguesa que separa esses elementos. Ela permitiria o desenvolvimento pleno das capacidades humanas numa sociedade pós-capitalista livre da dominação de classe. Há debates sobre os termos mais adequados usados por Marx, mas o conceito central é de uma educação que supere a divisão entre trabalho manual e intelectual.
O documento descreve quatro correntes paradigmáticas na educação de adultos: progressista, humanista, crítica e progressista. A corrente progressista enfatiza a aprendizagem baseada na experiência e reflexão para promover o progresso social e democrático. A corrente humanista vê o adulto como tendo necessidade de auto-desenvolvimento e aprendizagem autodirigida. A corrente crítica critica as outras por não considerarem o contexto social e enfatiza a educação para promover a participação cívica e mudança social.
Filosofia e ciência no século xix pedagogiarenanmedonho
O documento discute as influências do positivismo, idealismo e socialismo no século XIX sobre a filosofia, ciência e pedagogia. O positivismo de Augusto Comte enfatizava a ciência experimental como único conhecimento válido. Isso levou ao cientificismo e tentativas de aplicar os métodos das ciências naturais em outras áreas. O positivismo apoiou o ensino laico e tecnicista. O socialismo criticou os efeitos da revolução industrial e defendia a democratização e não-dualidade do ensino.
A comunicação organizacional e memória institucionalMargareth Michel
O trabalho analisa os enfoques sobre a memória organizacional e como esse trabalho é articulado: questões estratégicas de resgate e construção de memória; a emergência do
“mercado de memórias”, a relação entre a cultura e a memória organizacional, os instrumentos utilizados. São desenvolvidas reflexões teóricas nas áreas estudadas aliadas ao estudo de caso de vários centros de memória que foram criados no Brasil, dos mais antigos aos mais recentes,
por exemplo, o Núcleo de Memória Odebrecht (1999) o Centro de Memória Bunge (1994) o Memória Globo (1999), o Memória Votorantim (2002), o Projeto Memória Bosch (2003) e o Centro de Memória Natura (1992).
O documento discute a educação em direitos humanos no ensino superior e pós-graduação. Aborda as teorias sobre currículo, a educação ocidental moderna, as mudanças para um "novo currículo", a globalização e fragmentação, a educação em direitos humanos, a Declaração de Viena, o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos e seus objetivos.
O documento discute as características da modernidade e como elas se transformaram na pós-modernidade. A modernidade trouxe emancipação e positividade, mas na pós-modernidade esses aspectos foram colocados a serviço do neoliberalismo selvagem, levando a exclusão social. A religião também foi afetada, passando a ser vista como assunto privado enquanto a técnica e ciência explicam os fatos sem referência ao sagrado. Isso levou a diversificação religiosa e relativismo.
1) A sociologia da infância visa estabelecer a infância como objeto sociológico legítimo, resgatando-a das perspectivas biológicas e psicológicas.
2) A sociologia da infância propõe interrogar a sociedade a partir da perspectiva das crianças, aumentando o conhecimento sobre a infância e a sociedade como um todo.
3) A geração é concebida como uma categoria social relevante para revelar as possibilidades e limitações da estrutura social, sendo importante reconceitualizar
O século XVIII foi marcado por importantes revoluções como a Revolução Industrial e a Revolução Francesa. A primeira trouxe novos contingentes para as cidades e impactou a sociedade. A segunda buscou assegurar direitos às novas populações urbanas. O ritmo acelerado das cidades e mudanças econômicas e políticas alimentaram a ideia de que a vida em sociedade é fruto do trabalho humano. Isso contribuiu para o desenvolvimento da Sociologia no século XIX, para compreender transformações sociais.
A crise intelectual do pensamento na era contemporânea e como superá laFernando Alcoforado
O mundo se defronta na era contemporânea com várias crises, econômica, política, social e ambiental. A cada dia que se passa, essas crises se aprofundam, seja nos planos nacionais, seja em escala planetária. Mas, a maior crise vivida hoje pela humanidade é, sem sombra de dúvidas, a crise intelectual do pensamento que se constitui no principal obstáculo à superação das demais crises e à construção de uma nova sociedade e nova ordem mundial centradas no real progresso econômico, político, social e ambiental. A crise intelectual do pensamento da era contemporânea é que faz com que o mundo em que vivemos funcione de forma caótica como uma nave à deriva rumo ao desastre.
Texto a Pluralidade das Juventudes Militantes no Recife, de Otávio Luiz Macha...Otavio Luiz Machado
1) O documento discute os novos movimentos juvenis em Recife após a transição democrática, incluindo movimentos estudantis e culturais.
2) A pesquisa analisa a fragmentação dos movimentos estudantis e o surgimento de novos grupos nos movimentos populares e culturais.
3) Os modelos sociológicos tradicionais de análise juvenil são discutidos, assim como novas abordagens pós-modernas.
I seminário sobre a crítica á educação burguesaManoel Santhos
1) O documento é sobre o 1o Seminário sobre a Crítica da Educação Burguesa realizado pela Universidade Estadual de Santa Cruz em 2014.
2) Apresenta os principais conceitos da dialética marxista sobre a relação entre estrutura econômica e superestrutura e como isso se aplica à educação.
3) Discute autores dialéticos e suas contribuições ao pensamento pedagógico marxista, como o conceito de trabalho e omnilateralidade.
O livro discute sete saberes necessários para a educação do futuro: lidar com erros e ilusões, conhecimento relevante, ensinar a condição humana, identidade terrena, incertezas, compreensão e ética do gênero humano. O autor argumenta que a educação deve preparar os estudantes para uma sociedade globalizada enfrentando esses desafios de forma crítica e autônoma.
Ri soc v os direitos humanos na pós modernidadeFelix
O documento discute os efeitos da globalização sobre os conceitos de cidadania e direitos humanos. Apresenta como a globalização levou a uma tensão entre os princípios democráticos e os direitos humanos de âmbito nacional versus global. Também destaca que, apesar dos desafios, os direitos humanos podem servir como um instrumento para promover mais justiça em nível transnacional na era da globalização.
O documento discute a origem da Sociologia da Educação no século 19 como resposta às Revoluções Industrial e Francesa. Também apresenta os principais pensadores da área, incluindo Auguste Comte, Émile Durkheim, Max Weber e Karl Marx, e como cada um abordou o papel da educação e da escola na sociedade.
1) O documento discute a ideologia alemã e a filosofia alemã. 2) Marx e Engels criticam os jovens hegelianos por apenas substituírem uma fraseologia por outra ao invés de lidarem com a realidade material. 3) Eles argumentam que as condições materiais e a produção determinam a estrutura social e as ideias das pessoas.
O documento discute a ideologia e a ciência. A primeira parte resume os principais pontos de A Ideologia Alemã de Marx e Engels, incluindo suas críticas aos jovens hegelianos e a introdução do materialismo histórico. A segunda parte aborda a metodologia científica em ciências sociais, discutindo neutralidade científica, juízo de valor e a relação entre teoria e prática.
O documento discute a evolução do pensamento sobre desenvolvimento. Inicialmente, o desenvolvimento era visto como um processo linear de evolução de sociedades atrasadas para modernas. Posteriormente, reconheceu-se que o subdesenvolvimento era resultado de relações de dependência no sistema econômico internacional, levando a uma mudança no paradigma teórico de linear para relacional.
Este artigo discute a experiência educacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) à luz da teoria marxista da educação. A escola no MST visa formar sujeitos para a transformação social, promovendo o acesso ao conhecimento científico e a diferentes tipos de trabalho. Contudo, há desafios em equilibrar a ênfase na prática com o acesso ao saber elaborado.
O documento discute a Pós-Modernidade, definida como um período de incertezas após a desconstrução de princípios modernos como Deus, unidade e verdade. Apresenta duas fases da Pós-Modernidade, a primeira de 1950 até o fim da Guerra Fria, e a segunda definida pela digitalidade e descentralização. Também discute influências do filósofo Michel Foucault e sua visão crítica sobre educação e sistemas de pensamento.
Muq - simionatto. as expressões ideoculturais da crise capitalista na atualid...maisumaquestao
1. O documento discute as expressões ideoculturais da crise do capitalismo na atualidade e sua influência teórico-política.
2. Analisa o advento do pós-modernismo a partir da década de 1970, questionando grandes teorias sociais e promovendo abordagens fragmentadas.
3. Argumenta que o pós-modernismo serve como ideologia da contra-reforma neoliberal ao enfraquecer a compreensão das relações sociais totais.
As teorias pedagógicas modernas resiginificadas pelo debate contemporâneoSheila V. mussi
As teorias pedagógicas modernas estão ligadas a eventos como a Reforma Protestante e a Iluminismo. Estas teorias enfrentam desafios no contexto atual de mudanças como a globalização e novas tecnologias. Educadores devem considerar a complexidade da educação e promover a subjetivação, autonomia e integração social dos estudantes.
O documento discute a democratização do ensino médio através da politecnia e formação cidadã. Aborda o direito à educação, visões epistemológicas, aquisição de conhecimento, trabalho como princípio educativo e a importância da matemática para a vida. Defende uma educação que promova a emancipação e a construção de uma sociedade mais justa.
O documento discute a educação politécnica segundo a perspectiva de Marx. A educação politécnica visa unir formação intelectual e trabalho produtivo, contrariando a educação burguesa que separa esses elementos. Ela permitiria o desenvolvimento pleno das capacidades humanas numa sociedade pós-capitalista livre da dominação de classe. Há debates sobre os termos mais adequados usados por Marx, mas o conceito central é de uma educação que supere a divisão entre trabalho manual e intelectual.
O documento descreve quatro correntes paradigmáticas na educação de adultos: progressista, humanista, crítica e progressista. A corrente progressista enfatiza a aprendizagem baseada na experiência e reflexão para promover o progresso social e democrático. A corrente humanista vê o adulto como tendo necessidade de auto-desenvolvimento e aprendizagem autodirigida. A corrente crítica critica as outras por não considerarem o contexto social e enfatiza a educação para promover a participação cívica e mudança social.
Filosofia e ciência no século xix pedagogiarenanmedonho
O documento discute as influências do positivismo, idealismo e socialismo no século XIX sobre a filosofia, ciência e pedagogia. O positivismo de Augusto Comte enfatizava a ciência experimental como único conhecimento válido. Isso levou ao cientificismo e tentativas de aplicar os métodos das ciências naturais em outras áreas. O positivismo apoiou o ensino laico e tecnicista. O socialismo criticou os efeitos da revolução industrial e defendia a democratização e não-dualidade do ensino.
A comunicação organizacional e memória institucionalMargareth Michel
O trabalho analisa os enfoques sobre a memória organizacional e como esse trabalho é articulado: questões estratégicas de resgate e construção de memória; a emergência do
“mercado de memórias”, a relação entre a cultura e a memória organizacional, os instrumentos utilizados. São desenvolvidas reflexões teóricas nas áreas estudadas aliadas ao estudo de caso de vários centros de memória que foram criados no Brasil, dos mais antigos aos mais recentes,
por exemplo, o Núcleo de Memória Odebrecht (1999) o Centro de Memória Bunge (1994) o Memória Globo (1999), o Memória Votorantim (2002), o Projeto Memória Bosch (2003) e o Centro de Memória Natura (1992).
O documento discute a educação em direitos humanos no ensino superior e pós-graduação. Aborda as teorias sobre currículo, a educação ocidental moderna, as mudanças para um "novo currículo", a globalização e fragmentação, a educação em direitos humanos, a Declaração de Viena, o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos e seus objetivos.
O documento discute as características da modernidade e como elas se transformaram na pós-modernidade. A modernidade trouxe emancipação e positividade, mas na pós-modernidade esses aspectos foram colocados a serviço do neoliberalismo selvagem, levando a exclusão social. A religião também foi afetada, passando a ser vista como assunto privado enquanto a técnica e ciência explicam os fatos sem referência ao sagrado. Isso levou a diversificação religiosa e relativismo.
1) A sociologia da infância visa estabelecer a infância como objeto sociológico legítimo, resgatando-a das perspectivas biológicas e psicológicas.
2) A sociologia da infância propõe interrogar a sociedade a partir da perspectiva das crianças, aumentando o conhecimento sobre a infância e a sociedade como um todo.
3) A geração é concebida como uma categoria social relevante para revelar as possibilidades e limitações da estrutura social, sendo importante reconceitualizar
O século XVIII foi marcado por importantes revoluções como a Revolução Industrial e a Revolução Francesa. A primeira trouxe novos contingentes para as cidades e impactou a sociedade. A segunda buscou assegurar direitos às novas populações urbanas. O ritmo acelerado das cidades e mudanças econômicas e políticas alimentaram a ideia de que a vida em sociedade é fruto do trabalho humano. Isso contribuiu para o desenvolvimento da Sociologia no século XIX, para compreender transformações sociais.
A crise intelectual do pensamento na era contemporânea e como superá laFernando Alcoforado
O mundo se defronta na era contemporânea com várias crises, econômica, política, social e ambiental. A cada dia que se passa, essas crises se aprofundam, seja nos planos nacionais, seja em escala planetária. Mas, a maior crise vivida hoje pela humanidade é, sem sombra de dúvidas, a crise intelectual do pensamento que se constitui no principal obstáculo à superação das demais crises e à construção de uma nova sociedade e nova ordem mundial centradas no real progresso econômico, político, social e ambiental. A crise intelectual do pensamento da era contemporânea é que faz com que o mundo em que vivemos funcione de forma caótica como uma nave à deriva rumo ao desastre.
Texto a Pluralidade das Juventudes Militantes no Recife, de Otávio Luiz Macha...Otavio Luiz Machado
1) O documento discute os novos movimentos juvenis em Recife após a transição democrática, incluindo movimentos estudantis e culturais.
2) A pesquisa analisa a fragmentação dos movimentos estudantis e o surgimento de novos grupos nos movimentos populares e culturais.
3) Os modelos sociológicos tradicionais de análise juvenil são discutidos, assim como novas abordagens pós-modernas.
I seminário sobre a crítica á educação burguesaManoel Santhos
1) O documento é sobre o 1o Seminário sobre a Crítica da Educação Burguesa realizado pela Universidade Estadual de Santa Cruz em 2014.
2) Apresenta os principais conceitos da dialética marxista sobre a relação entre estrutura econômica e superestrutura e como isso se aplica à educação.
3) Discute autores dialéticos e suas contribuições ao pensamento pedagógico marxista, como o conceito de trabalho e omnilateralidade.
O livro discute sete saberes necessários para a educação do futuro: lidar com erros e ilusões, conhecimento relevante, ensinar a condição humana, identidade terrena, incertezas, compreensão e ética do gênero humano. O autor argumenta que a educação deve preparar os estudantes para uma sociedade globalizada enfrentando esses desafios de forma crítica e autônoma.
Ri soc v os direitos humanos na pós modernidadeFelix
O documento discute os efeitos da globalização sobre os conceitos de cidadania e direitos humanos. Apresenta como a globalização levou a uma tensão entre os princípios democráticos e os direitos humanos de âmbito nacional versus global. Também destaca que, apesar dos desafios, os direitos humanos podem servir como um instrumento para promover mais justiça em nível transnacional na era da globalização.
O documento discute a origem da Sociologia da Educação no século 19 como resposta às Revoluções Industrial e Francesa. Também apresenta os principais pensadores da área, incluindo Auguste Comte, Émile Durkheim, Max Weber e Karl Marx, e como cada um abordou o papel da educação e da escola na sociedade.
1) O documento discute a ideologia alemã e a filosofia alemã. 2) Marx e Engels criticam os jovens hegelianos por apenas substituírem uma fraseologia por outra ao invés de lidarem com a realidade material. 3) Eles argumentam que as condições materiais e a produção determinam a estrutura social e as ideias das pessoas.
O documento discute a ideologia e a ciência. A primeira parte resume os principais pontos de A Ideologia Alemã de Marx e Engels, incluindo suas críticas aos jovens hegelianos e a introdução do materialismo histórico. A segunda parte aborda a metodologia científica em ciências sociais, discutindo neutralidade científica, juízo de valor e a relação entre teoria e prática.
O documento discute a evolução do pensamento sobre desenvolvimento. Inicialmente, o desenvolvimento era visto como um processo linear de evolução de sociedades atrasadas para modernas. Posteriormente, reconheceu-se que o subdesenvolvimento era resultado de relações de dependência no sistema econômico internacional, levando a uma mudança no paradigma teórico de linear para relacional.
Este artigo discute a experiência educacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) à luz da teoria marxista da educação. A escola no MST visa formar sujeitos para a transformação social, promovendo o acesso ao conhecimento científico e a diferentes tipos de trabalho. Contudo, há desafios em equilibrar a ênfase na prática com o acesso ao saber elaborado.
O documento discute a Pós-Modernidade, definida como um período de incertezas após a desconstrução de princípios modernos como Deus, unidade e verdade. Apresenta duas fases da Pós-Modernidade, a primeira de 1950 até o fim da Guerra Fria, e a segunda definida pela digitalidade e descentralização. Também discute influências do filósofo Michel Foucault e sua visão crítica sobre educação e sistemas de pensamento.
Muq - simionatto. as expressões ideoculturais da crise capitalista na atualid...maisumaquestao
1. O documento discute as expressões ideoculturais da crise do capitalismo na atualidade e sua influência teórico-política.
2. Analisa o advento do pós-modernismo a partir da década de 1970, questionando grandes teorias sociais e promovendo abordagens fragmentadas.
3. Argumenta que o pós-modernismo serve como ideologia da contra-reforma neoliberal ao enfraquecer a compreensão das relações sociais totais.
As teorias pedagógicas modernas resiginificadas pelo debate contemporâneoSheila V. mussi
As teorias pedagógicas modernas estão ligadas a eventos como a Reforma Protestante e a Iluminismo. Estas teorias enfrentam desafios no contexto atual de mudanças como a globalização e novas tecnologias. Educadores devem considerar a complexidade da educação e promover a subjetivação, autonomia e integração social dos estudantes.
O documento discute os principais conceitos do Iluminismo, como a primazia da razão sobre a fé, a defesa do conhecimento racional e a crença nos iluministas em poder reestruturar a sociedade. Também aborda a educação na Idade Contemporânea e os questionamentos a modelos educativos autoritários, além de conceitos como formação integral e construção do sujeito.
A instalação de ditaduras militares representou um período obscuro na história da América Latina no século XX, quando governos autoritários reprimiram movimentos sociais e perseguiram opositores políticos com tortura e censura, com apoio dos Estados Unidos, em um contexto da Guerra Fria.
Curriculo e posmodernidade bernadete gattibelluomosp
Este artigo discute as contraposições entre autores sobre a produção do conhecimento em contextos modernos ou pós-modernos e como isso afeta a pesquisa em educação. Mostra que não há consenso sobre o uso dos termos "pós-modernidade" e "pós-moderno" e argumenta que estamos em uma transição entre essas eras, não totalmente modernos ou pós-modernos. Discute também os desafios para a pesquisa educacional nesse período de transição.
1) O documento discute a origem e formação da Sociologia no contexto da sociedade capitalista. 2) Fatores históricos como a Revolução Industrial e a Revolução Francesa contribuíram para o surgimento da Sociologia no século XVIII. 3) Auguste Comte é considerado o fundador da Sociologia e propôs uma abordagem positivista para estudar a sociedade de forma científica.
Este documento discute o papel da universidade na sociedade e sua relação com outros atores sociais. Aborda as crises de hegemonia, legitimidade e institucional que as universidades enfrentam, incluindo a perda de centralidade cultural, questionamento de sua democratização e autonomia versus responsabilidade social. Duas experiências universitárias no Nordeste brasileiro são analisadas para entender como responderam às demandas sociais.
O documento discute as ideias de Michel Foucault, Edgar Morin e os Estudos Culturais em relação à educação. Apresenta as principais ideias de Foucault sobre como as instituições como a escola exercem controle sobre os indivíduos. Também descreve como Morin defende uma educação transdisciplinar que reconheça a complexidade do conhecimento. Por fim, resume os Estudos Culturais como uma corrente que analisa a cultura popular e a recepção de produtos midiáticos.
A modernidade surgiu na Europa Ocidental como uma busca por ordem a partir da desordem dos séculos XV e XVI. Ela se caracterizou pela Reforma Protestante, Estados Nacionais centralizados, expansão comercial, ideais humanistas de um futuro melhor construído pelo homem e racionalidade. A modernidade ampliou a percepção do tempo histórico e tentou estabelecer limites claros entre ordem e caos.
O documento discute a fragmentação do conhecimento versus a interdisciplinaridade no contexto da educação superior brasileira. A produção excessiva de informações promove a tendência ao conhecimento fragmentado em disciplinas isoladas, em contraste com abordagens interdisciplinares. A educação superior brasileira é marcada por um modelo linear e fragmentador de conhecimento, como mostram as leis e diretrizes educacionais.
1) O documento discute as transformações sociais que ocorreram entre os séculos 15 e 18 na Europa, incluindo a expansão do comércio, o crescimento das cidades, a Revolução Industrial e a Revolução Francesa.
2) Essas transformações sociais criaram novas perguntas e desafios que levaram ao surgimento da Sociologia no século 19 como forma de compreender a sociedade moderna.
3) A Sociologia surgiu principalmente nas cidades para estudar problemas como a desigualdade social que se tornaram evidentes no contexto urb
A pós modernidade como ideologia do neoliberalismo e da globalizaçãoFernando Alcoforado
1) A pós-modernidade representa uma reação cultural à perda de confiança no projeto iluminista e moderno, questionando conceitos como verdade, razão e progresso.
2) Autores como Jean-François Lyotard e David Harvey caracterizam a pós-modernidade como o fim das "grandes narrativas" da modernidade e uma época de fragmentação e incerteza.
3) O documento argumenta que a pós-modernidade serve como uma poderosa ideologia do neoliberalismo para ocultar conflitos de classe e manter o controle social.
A pós modernidade como ideologia do neoliberalismo e da globalizaçãoRoberto Rabat Chame
1) A pós-modernidade representa uma reação cultural à perda de confiança no projeto iluminista e moderno, questionando conceitos como verdade, razão e progresso.
2) Autores como Lyotard e Harvey caracterizam a pós-modernidade pela quebra das "grandes narrativas" da modernidade e pelo questionamento do que não deu certo nela.
3) A pós-modernidade serve como ideologia do neoliberalismo ao incorporar uma forma de produzir imaginário social que corresponde aos interesses da classe dominante.
A interdisciplinaridade como um movimento articulador no processo ensino-apre...PIBID UFPEL
A interdisciplinaridade como um movimento articulador no processo ensino-aprendizagem
http://www.pibidufpel.tk/
Ministério da Educação (MEC) / Diretoria de Educação Básica Presencial (DEB)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID)
O documento resume o capítulo 1 do livro "Renovar a Teoria Crítica e Reiventar a Emancipação Social" de Boaventura de Sousa Santos. O capítulo discute a "Sociologia das Ausências" e a "Sociologia das Emergências" como formas de entender racionalidades alternativas ignoradas. Propõe a "tradução" entre saberes como forma de ampliar nosso entendimento do mundo.
1) O documento discute as relações entre antropologia, estudos culturais e educação no contexto das transformações da modernidade.
2) A antropologia clássica enfocou a alteridade e exterioridade de outros grupos, mas foi questionada por não captar o contexto político das diferenças.
3) Estudos culturais emergiram como nova perspectiva teórica questionando os limites do conhecimento produzido pela modernidade.
Este documento fornece um guia de estudos sobre sociologia e ciências sociais. Ele discute visões prévias das relações humanas e da sociedade, apresenta os principais conceitos de várias ciências sociais e fatos históricos, e aborda tópicos como emoções humanas, consciência, cultura, educação e desenvolvimento. O guia tem como objetivo induzir os estudantes a pensar de forma sistêmica sobre essas áreas do conhecimento aplicadas à realidade brasileira.
Este documento resume um livro sobre a desmotivação dos professores. Analisa como as políticas neoliberais e as pressões do mercado têm afetado negativamente o sistema educativo e o trabalho dos professores, levando à sua desmotivação. Discute também como as constantes reformas educativas ignoram a opinião dos professores e como a falta de autonomia curricular contribui para a sua frustração.
O documento discute os principais temas e desenvolvimentos da sociologia contemporânea, incluindo: 1) o contexto histórico pós-guerra e a emergência de novos estados e economias; 2) os desafios do crescimento econômico e desenvolvimento social; 3) as principais escolas sociológicas como a de Chicago e Frankfurt e suas abordagens à sociedade urbana e industrial.
Semelhante a Unesco os-quatro-pilares-da-educação-pós-moderna (20)
O documento é sobre a história da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. Contém referências à crucificação de Jesus, suas últimas palavras na cruz ("Meu Deus, meu Deus! Porque tu me abandonastes?") e a exclamação final de que Jesus vive, celebrando a Páscoa.
Orientações para elaborar Projeto de PesquisaDanielle Souza
Como escrever um projeto? Quais etapas importantes? Como pesquisar? Orientações dadas nas aulas de Robótica do Colégio Arquidiocesano S. Coração de Jesus.
Este documento descreve as regras e objetivos do Torneio Interno de Robótica de 2016 no Colégio Arquidiocesano. O tema é "Desafio Energético" e as equipes devem completar missões relacionadas a fontes de energia enquanto pesquisam sobre os impactos ambientais, financeiros e sociais da energia. As equipes serão avaliadas em missões, pesquisa e torcida para determinar a vencedora.
Olhar de Criança- Valorizando os ambientes do Nosso ColégioDanielle Souza
Os alunos aprenderam sobre fotografia e sua história como parte de um projeto maior sobre serem a "luz do mundo". Eles aprenderam sobre a profissão de fotógrafo e praticaram capturando fotos valorizando os ambientes da escola.
O documento descreve um projeto realizado por alunos do 3o ano A da Unidade Farolândia do Colégio Arquidiocesano "S.Coração de Jesus" em Aracaju em 19 de novembro de 2015. O projeto teve como objetivo ensinar os alunos sobre fotografia, sua história e importância. Os alunos fotografaram diferentes ambientes do colégio, valorizando o patrimônio arquitetônico.
Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. Este ano, o Colégio Arquidiocesano participou com atividade cientista na escola e também com o projeto de Robótica e Tecnologia Assistiva criando um circuito temático para demonstração.
Beach Arqui- Abertura da Semana da CriançaDanielle Souza
O evento "Beach RQ 2015" ocorrerá no dia 04/10 das 7h às 10h no Bar Paraíso do Baixinho na Rodovia José Sarney em frente ao clube da AABB e promete diversão para as crianças, contando com a presença obrigatória dos responsáveis nas arenas.
Este documento descreve uma atividade de robótica com matemática para alunos do 6o ano com o objetivo de revisar frações, construir e programar um protótipo de calculadora de frações usando o EV3 e trabalhar em equipe. Os alunos também irão identificar conceitos tecnológicos.
O documento é um relato autobiográfico de Lúcio Alves, um pedagogo que foi diagnosticado com insuficiência renal crônica em 2012 e desde então depende de hemodiálise. Ele descreve sua jornada desde o diagnóstico, passando pelos desafios iniciais do tratamento e adaptação à nova realidade de saúde, até seu atual processo de transplante renal em São Paulo.
Apresentação criada com o intuito de diferenciar o Lego brinquedo do Lego Projeto Education. Início de aula com os 6ºs anos do Ensino Fundamental em Colégio Arquidiocesano de Aracaju
Políticas de Inclusão e Educação Bilíngue para SurdosDanielle Souza
Trabalho apresentado no 7º Encontro Internacional de Formação de Professores e o 8º Fórum Permanente de Inovação Educacional, Formação de Professores e os Desafios da Prática da Educação Contemporânea, na UNIT.
Este livro apresenta jogos de lógica para treinar estudantes para a Olimpíada Brasileira de Informática. O livro explica o formato e tipos de questões da OBI e fornece estratégias para resolução de problemas. Além disso, inclui exercícios e simulados para prática, com respostas detalhadas. O objetivo é preparar estudantes do ensino fundamental para as competições de informática.
A oficina de robótica introduz conceitos de tecnologia e ciência de forma lúdica e prática para alunos do 5o ano. As aulas acontecem quinzenalmente onde os alunos, divididos em grupos, constroem robôs aplicando conceitos aprendidos em matérias como física, matemática e biologia. O objetivo é estimular a criatividade, raciocínio lógico e trabalho em equipe dos estudantes.
Trabalhando com os 5ºs anos nas Aulas de Educação Tecnológica do Colégio Arquidiocesano S. Coração de Jesus no projeto "Um mundo melhor" abordando toda a construção de história, ambiente, personagens, tipos de discurso, gêneros literários!
O documento explica o que é uma paródia, como fazer uma paródia musical e dá dicas e passos para criar uma paródia. Uma paródia é uma imitação engraçada ou crítica de uma obra, como misturar a melodia de uma música famosa com uma letra diferente. Para fazer uma boa paródia, as frases devem encaixar na composição original e a criatividade é fundamental. O texto ensina a escolher uma música, cantar com "na na na" e trocar gradualmente por novas palavras.
As crianças do 5° ano irão analisar capas de revistas para identificar personagens, design e layout. Eles também irão aprender como criar suas próprias capas de revistas, focando no que atrai a atenção do leitor.
Apresentação para aulas de Educação Tecnológica do Colégio Arquidiocesano S. Coração de Jesus. O objetivo da mesma foi mostrar Aracaju antes e depois para os alunos perceberem as mudanças da nossa cidade!!!
Os professores Danielle, Flávio e Viviane testaram os sensores e programação de um carrinho bimotor com os estudantes. Eles enfatizaram a importância do trabalho em equipe e da metodologia da aula. Os alunos colocaram as mãos na obra para construir o carrinho.
O Que é Um Ménage à Trois?
A sociedade contemporânea está passando por grandes mudanças comportamentais no âmbito da sexualidade humana, tendo inversão de valores indescritíveis, que assusta as famílias tradicionais instituídas na Palavra de Deus.
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoMateusTavares54
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Redação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptx
Unesco os-quatro-pilares-da-educação-pós-moderna
1. Unesco: Os quatro pilares
da “educação pós-moderna”*
Lenildes Ribeiro Silva**
Resumo
Este artigo busca relacionar as discussões sobre a educação explicitadas no
relatório para a Unesco Educação: um tesouro a descobrir com o discurso da
pós-modernidade de Lyotard. Apresenta-se a proposta de educação trazida no
relatório, em destaque, os quatro pilares da educação: aprender a conhecer,
aprender a fazer, aprender a ser e aprender a viver juntos, tendo como ponto
de partida a relação entre o processo de globalização e o discurso da pós-mo-
dernidade, e ainda desses com a educação que se desenvolve cada vez mais
em âmbito mundial. Procura assim interrogar o sentido dos referidos pilares
e do discurso da educação que neles se fundamenta, suas afinidades com as
transformações da sociedade atual na ordenação globalizada do capital, palco
em que se articula o discurso da pós-modernidade.
Palavras-chave: Unesco. Os quatro pilares da educação. Educação. Globalização.
Pós-modernidade.
Introdução
Embora evidenciado mais especificamente no século XX, o termo
globalização compreende um processo que se inicia junto ao sistema
capitalista, quando este buscou consolidar suas conquistas por meio da
dominação territorial, econômica e cultural, expandindo-se pelo mundo
não apenas como modo de produção e circulação de mercadorias, mas
também como idéias e valores, modos de agir e sentir, de cultura. A
retomada de sua expansão, após a Segunda Guerra Mundial, a Guerra
* Artigo recebido em 26/06/2008 e aprovado em 13/10/2008.
** Doutoranda em história e filosofia da educação na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
– Grupo Paidéia. E-mail: lenildesribeiro@hotmail.com
2. 360 SILVA, L.R. – Unesco: Os quatro pilares da “educação pós-moderna”
Fria e a queda do muro de Berlim, marca o início de um novo processo
de reprodução ampliada, ainda pautada em parâmetros ocidentais, o que
Ianni (1997) vem chamar de ocidentalização do mundo. A reorganiza-
ção do mundo desfaz a antiga ordenação soberana dos Estados-nações1
que agora são constituídos nas relações de interdependência entre as
nações.
As mudanças, articulações e relações que se desenvolvem nessa
nova configuração do mundo territorial e cultural reestruturam também
o mundo do trabalho. Surgem novas exigências de mercado, requerem-
se novas aptidões, qualificações e competências. São estruturas que se
movem e se rearticulam mundialmente, formando o que Ianni vem cha-
mar de fábrica global, que denomina “uma transformação quantitativa e
qualitativa do capitalismo para além das fronteiras, subsumindo formal
ou realmente todas as outras formas de organização social e técnica do
trabalho, da produção e reprodução ampliada do capital” (Ianni, 1997,
p. 17). Na esteira do novo, o espaço escolar e a universidade também se
reestruturam em outras formas de ensinar e aprender, condizentes com
os reordenamentos da sociedade mundial, levantando a possibilidade do
questionamento sobre as mudanças que se articulam também no discurso
mundializado para a educação. Assim, dentre as discussões propostas para
a educação mundializada, este trabalho interroga o sentido dos quatro
pilares da educação, sua relação com a chamada pós-modernidade, evi-
denciando, dessa forma, o sentido da educação que se promulga nesse
discurso e da sociedade que se legitima.
Globalização e pós-modernidade
No trajeto da globalização do capitalismo, a modernização das
sociedades ancorada nos processos de tecnologização e informatiza-
ção faz com que se reorganizem os sistemas de ensino, redefinindo o
que se aprende e para que se aprende, pautando-se cada vez mais nas
exigências atuais, mundiais, afinadas com a técnica e com o trabalho
modificado. A modernização, conforme expressa Ianni (1997), é um
processo simultâneo à globalização e inevitável ao desenvolvimento
do capitalismo, como crescimento, evolução e progresso. Relaciona-se,
assim, à industrialização, mercantilização, racionalização, tecnificação,
urbanização, secularização, processos que ultrapassam as barreiras físicas
e se impõem às nações de maneira articulada aos padrões ocidentais.
3. Inter-Ação: Rev. Fac. Educ. UFG, 33 (2): 359-378, jul./dez. 2008 361
“Simultaneamente, modernizar é inaugurar o novo ou o desconhecido,
seja proveniente ‘de fora’, seja oriundo de ‘mudanças internas’” (Ianni,
1997, p. 88). A modernização está “predominantemente determinada
pela racionalidade do capitalismo, enquanto racionalidade pragmática,
técnica, automática” (Ianni, 1997, p. 91).
Retratando as novas exigências locais que se articulam mundial-
mente, Schaff (1996) afirma em suas análises a chegada de uma segunda
revolução industrial. Nela, a evolução da tecnologia fará com que o
homem seja substituído em seu trabalho, gradativa e inevitavelmente,
pela robotização. São mudanças que não se limitam ao mundo do em-
prego, mas recaem sobre os indivíduos na sua vida social, na estrutura
familiar, no planejamento do ócio inevitável, na busca de sentido para a
vida. “A segunda revolução, que estamos assistindo agora, consiste em
que as capacidades intelectuais do homem são ampliadas e inclusive
substituídas por autômatos, que eliminam com êxito crescente o tra-
balho humano na produção e nos serviços” (Shcaff, 1996, p. 22). São
ampliações, mudanças e substituições que se relacionam em todos os
setores da vida humana, tanto no trabalho como fora dele. Assim, “todas
as pessoas pensantes do mundo percebem que nos encontramos diante
de uma mudança profunda, que não é apenas tecnológica, mas abrange
todas as esferas da vida social” (Schaff, 1996, p. 15).
Tais reflexões evidenciam o exposto pelo pensamento de Ianni,
no qual a produção e reprodução ampliada do capital não significa
apenas a expansão de um sistema econômico pelo mundo, mas trata-se
fundamentalmente de um modo de produção que se organiza conforme
exigências mundiais e padrões ocidentais, articulando dimensões so-
ciais, econômicas e culturais. No contexto de um mundo cada vez mais
global, emergem questionamentos sobre as concepções de razão, ciência,
história, indivíduo e sociedade. O mundo se rearticula em novos tempos
e espaços, abrindo caminho a questões sobre a descontinuidade histórica
e a chegada de um novo tempo: a chamada pós-modernidade.
Autores que defendem a pós-modernidade questionam a legiti-
midade e a verdade do saber, partindo para a promulgação da ruptura
histórica em face de novos tempos, novas exigências, em que o moder-
no é apresentado como projeto que não se realizou, sendo, portanto,
superado pelo pós-moderno. São base para essa nova configuração da
história e do tempo as mudanças que surgem em meio à modernização
das sociedades que parecem indicar uma nova era na qual os chamados
4. 362 SILVA, L.R. – Unesco: Os quatro pilares da “educação pós-moderna”
metarrelatos cedem lugar à presentificação do tempo, exigindo dos indi-
víduos novas capacitações e competências que torne possível o domínio
técnico da modernização, da informatização, seja no mundo do emprego
ou fora dele.
Definindo a pós-modernidade, Lyotard2 (1986) afirma que a con-
dição pós-moderna pauta-se, basicamente, na “incredulidade em relação
aos metarrelatos” (p. xvi), o que se relaciona com a nova realidade socio-
cultural da sociedade. Nesse sentido, questiona a legitimação do saber
em virtude de novas exigências pautadas em técnicas e procedimentos,
evidenciando o saber como uma mercadoria indispensável às nações
que dele lançariam mão a fim de estabelecer relações de concorrência
e permanência no jogo de poder. Diferentemente da constituição dos
Estados-nações no início da modernidade, em que estes se impunham
por meio da conquista de territórios e da centralização do governo, as
estratégias de conquistas dos Estados-nações reaparecem hoje baseadas
na busca e no domínio das informações, na capacidade produtiva que
circulam como moedas (Lyotard, 1986, p. 7).
Contrário ao pensamento pós-moderno, Ianni retoma a discussão
sobre as contradições e os conflitos que se inscrevem no interior da
sociedade global marcados pela redefinição dos Estados-nações, a dis-
solução da definição de espaço e tempo advindos desde a emergência
do Iluminismo, a reorganização geográfica do mundo e a reorientação
da vida em todos seus setores. Conforme explicita Ianni:
Esse é o horizonte em que se reabre a problemática da modernidade.
Como a globalização abala mais ou menos profundamente os parâme-
tros históricos e geográficos, ou as categorias de tempo e espaço, que
se haviam elaborado com base no Estado-nação, nas configurações e
movimentos da sociedade nacional, logo se reabre a problemática da
continuidade e não-continuidade da modernidade; assim como o debate
modernidade ou pós-modernidade. Muito do que tem sido a controvérsia
sobre “pequeno relato e o grande relato”, o “individualismo metodológico
e o holismo metodológico”, ou “as interpretações micro e macro”, entre
outros dilemas, têm algo a ver com a ruptura epistemológica provocada
pela globalização, quando se abalam os quadros sociais e mentais com
os quais muitos se haviam habituado. (Ianni, 1997, p. 164)
A controvérsia entre modernidade e pós-modernidade é, para Ianni,
um problema epistemológico e tem no seu germe a indefinição da própria
5. Inter-Ação: Rev. Fac. Educ. UFG, 33 (2): 359-378, jul./dez. 2008 363
concepção de modernidade. Diferente do processo de modernização, a
modernidade “diz respeito a um modo de ser, agir, pensar e imaginar, ou
seja, a um estado de espírito, envolvendo dilemas e horizontes filosóficos,
científicos e artísticos” (Ianni, 1997, p. 90). Nesse sentido, tratar a moder-
nidade (processo referente a um estado de espírito que envolve questões
científicas, filosóficas e culturais) como modernização (que se relaciona
ao desenvolvimento, ao crescimento, à idéia de progresso, à renovação
constante envolvendo a tecnologia, a industrialização, o pragmatismo e
o evolucionismo) ocorre na concepção da pós-modernidade. De outro
modo, ao conceber a modernidade como modernização, perdem-se os
parâmetros filosóficos, históricos e científicos antes constituídos, para
a constituição de outros múltiplos e novos, tão diversos como são os
processos, as concepções e as relações intrínsecos à globalização do
mundo e à modernização do capital. Nessa perspectiva, trata-se não de
um novo tempo chamado pós-modernidade, mas daquilo que Ianni vem
denominar de modernidade-mundo, ou seja, o deslocamento das decisões,
das definições de tempo e espaço, evidenciando-se transformações na
esfera estrutural e espiritual, sem que esta esteja subsumida naquela,
correspondendo-lhe direta e instrumentalmente.
Dentre as diversas características da modernidade-mundo, logo se des-
tacam as novas e surpreendentes formas do tempo e espaço ainda pouco
conhecidas. Além do localismo, nacionalismo e regionalismo, em geral
constituídos com base em noções de tempo e espaço acentuadamente
influenciadas pela historicidade e territorialidade do Estado-nação, o
globalismo abre outros horizontes de historicidade e territorialidade.
(Ianni, 1997, p. 166)
Nessa indefinição, o saber é destituído da sua possibilidade crí-
tica, emancipatória, conduzindo o ensino institucionalizado a partir de
princípios correspondentes à modernização e aos padrões capitalistas
e ocidentais. Da mesma forma que se relacionam pós-modernidade e
globalização, a educação, em sua relação com a sociedade e a cultura,
também se reconfigura em meio a essas tensões e contradições. Traz,
dessa forma, no seu discurso oficializado, nas políticas e práticas que se
desenvolvem na esfera pública e particular, traços do discurso pós-mo-
derno, da orientação para a presentificação do tempo, da legitimação dos
processos e das estruturas que se desenvolvem no interior da sociedade
capitalista.
6. 364 SILVA, L.R. – Unesco: Os quatro pilares da “educação pós-moderna”
Educação, globalização e o discurso da pós-modernidade
O sistema capitalista no seu desenvolvimento se fez como modo de
produção também de idéias e concepções de mundo. Sua esquematização
e racionalização se constituem de tal forma que a sociedade – em todos
seus processos e relações – tende a ser por ele influenciada, realizando-
se, conforme ressalta Ianni (1999), como processo civilizatório. Nesse
raciocínio, a economia, a ciência, a cultura e, relacionada a estes, a edu-
cação desenvolvem-se segundo os parâmetros do capital que se expande
invadindo territórios e mentes. A lógica do mundo globalizado se articula
com a lógica da razão instrumental e, dessa forma, a totalidade social e
global racionaliza os processos e as estruturas objetivando aquilo ao qual
se põe a serviço: o capital mundializado. Para Ianni, “esse é o reino da
razão instrumental, técnica ou subjetiva, permeando progressivamente
todas as esferas da vida social, em âmbito local, nacional, regional e
mundial” (Ianni, 1997, p. 81). Nesse cenário, a educação institucionali-
zada se apresenta cada vez mais adaptada às transformações da sociedade
capitalista fundada no pragmatismo e na razão instrumental.
Tudo o que diz respeito à educação passa a ser considerado como uma
esfera altamente lucrativa de aplicação do capital; o que passa a influen-
ciar decisivamente os fins e os meios envolvidos; de tal modo que a
instituição de ensino, não só a privada como também a pública, passa a
ser organizada e administrada segundo a lógica da empresa, corporação
ou conglomerado. (Ianni, 2004, p. 112)
Obedecendo à reestruturação geográfica e governamental do
mundo em globalização, agências da ONU são mobilizadas no sentido
de pensar orientações e estratégias para a educação.3 Essas agências
organizam fóruns4 e aprovam documentos que definem orientações para
os níveis de ensino. São orientações que se pautam na modernização e
ressaltam a importância da educação básica para todos e da satisfação
das necessidades básicas de aprendizagem. Necessidades a que corres-
pondem
tanto os instrumentos essenciais para a aprendizagem (como a leitura e
a escrita, a expressão oral, o cálculo, a solução de problemas), quanto os
conteúdos básicos da aprendizagem (como conhecimentos, habilidades,
valores e atitudes), necessários para que os seres humanos possam so-
7. Inter-Ação: Rev. Fac. Educ. UFG, 33 (2): 359-378, jul./dez. 2008 365
breviver, desenvolver plenamente suas potencialidades, viver e trabalhar
com dignidade, participar plenamente do desenvolvimento, melhorar a
qualidade de vida, tomar decisões fundamentais e continuar aprendendo.
(Declaração, 1993)
As incompatibilidades do ensino tradicional, cerrado aos muros
das escolas, com o nascente desenvolvimento tecnológico, as exigências
de um novo trabalhador, flexível, atento às mudanças de seu tempo, as
dificuldades de alcance da educação a todos que dela necessitavam fize-
ram com que o ensino fosse reestruturado. Dessa forma, as atenções de
todo o mundo se voltam para a educação básica que atenderia a todos,
utilizando, entre outros meios, a tecnologia que permitia a educação fora
do espaço escolar.
O relatório para a Unesco da Comissão Internacional de Educação
para o século XXI5 é um documento que aponta discussões e orientações
para a educação na busca do desenvolvimento dos países, a paz e a supe-
ração de problemas gerados num mundo que se desenvolve de maneira
rápida e a proporções gigantescas. Dentre esses problemas destacam-se a
pobreza, os conflitos étnicos, raciais e religiosos, a devastação ambiental
e a tecnologização do trabalho. Evidencia-se aqui o raciocínio de Ianni
sobre as contradições da produção e reprodução ampliada do capital
globalizado nos seguintes aspectos:
Na essência da racionalidade do capitalismo, como modo de produção
material e espiritual, como processo civilizatório, encontra-se sua irra-
cionalidade, a sua negatividade, o seu absurdo. Pode-se falar em capital
e trabalho, pobre e rico, centro e periferia, industrializado e subdesenvol-
vido, dominante e dependente, mas também se pode falar em produção
e consumo, emprego e desemprego, afluência e pauperismo, integração
e fragmentação, massificação e solidão. (Ianni, 1999, p. 65)
As contradições que emergem na sociedade capitalista tornam atu-
ais as discussões sobre a não-realização dos ideais almejados, prometidos
e vislumbrados pela razão iluminista. Ressalta-se, nesse sentido, a não
efetivação da modernidade em seus princípios e em suas promessas de
autonomia e emancipação, o que coloca em interrogação se a humanidade
inauguraria ou não um outro momento histórico, o pós-moderno.
Em um artigo que relaciona as discussões sobre a pós-modernida-
de, a globalização e suas implicações no âmbito educacional, Sanfelice
8. 366 SILVA, L.R. – Unesco: Os quatro pilares da “educação pós-moderna”
compreende que “a educação não está imune às transformações da base
material da sociedade, hoje em processo de globalização e, ao mesmo
tempo, não está imune à pós-modernidade cultural que as sinalizam”
(2003, p. 11). A pós-modernidade traz em sua base essa ordenação do
mundo que convive com o múltiplo, a rápida circulação de informações,
o pragmatismo, entre outros, que parecem invalidar as metanarrativas e,
com elas, a história. Uma das contradições desse discurso evidenciadas
por Sanfelice é a substituição das metanarrativas por uma outra, produ-
zida pelos avanços do capitalismo e sua vitória na Guerra Fria, ou seja, o
neoliberalismo que se relaciona com a globalização, a política do Estado
mínimo, a vida social sendo regida pelas leis de mercado e, relacionada
a essa, a educação que “torna-se um produto a ser consumido por quem
demonstrar vontade e competência para adquirí-la, em especial a educa-
ção ministrada nos níveis médio e superior” (Sanfelice, 2003, p. 10).
Na perspectiva do Banco Mundial, as investidas na escola e sua
função social se direcionam aos meios, às técnicas, aos métodos e às
metodologias a fim de atingir o desenvolvimento econômico dos países
por ele assistidos. A educação para todos e a preocupação com a geração
de empregos contribuem para promover o bem-estar dos indivíduos e
se tornam, assim, a principal via para que os países estejam prontos à
participação no desenvolvimento, no sentido do combate à pobreza, à
diminuição da desnutrição e aos problemas de saúde em países pobres.
Nesse sentido, a gerência da vida passa a ser definida pelos padrões esta-
belecidos na esteira da globalização, do neoliberalismo, da modernização
das sociedades e sua constante preocupação com a contemporaneidade,
contrapondo-se à história e aos sujeitos desta.
A base material da pós-modernidade é então a globalização econômica
com todas as implicações que este fenômeno vem significando para as
sociedades ou sujeitos, como já dito, subjetivamente desprovidos de
qualquer senso ativo de história. Impõem-se, como se fossem absolutos e
daqui em diante eternizados, a pós-modernidade, a globalização, a lógica
de mercado e o neoliberalismo que, apesar das posturas pós-modernas,
é a sua própria grande narrativa. (Sanfelice, 2003, p. 7)
A tecnificação da educação, a constante preocupação com o de-
sempenho na sociedade pós-industrial e a convocação da educação para
a adaptação dos indivíduos às mudanças da sociedade atual são aspectos
enfatizados por Lyotard (1986), quando questiona o saber, sua pertinência
9. Inter-Ação: Rev. Fac. Educ. UFG, 33 (2): 359-378, jul./dez. 2008 367
à atualidade, sua legitimação e validade segundo os padrões estabelecidos
pela estrutura mundial, técnica e globalizada. Desse modo, ele ressalta que
os fins funcionais dos sistemas de ensino seriam pautados não mais na
formação de ideais, o que corresponde à crise das metanarrativas, mas
nas competências necessárias ao mundo pós-moderno, aos novos Esta-
dos-nações e ao novo capital que os mantém em disputa na concorrência
globalizada, ou seja, o conhecimento, a informação. Dessa forma, as
competências do ensino seriam vinculadas à competição mundial e, assim,
“variam segundo as ‘especialidades’ respectivas que os Estados-nações
ou as grandes instituições de formação podem vender sobre o mercado
mundial”. Nesse sentido, o autor ressalta a necessidade da prioridade das
disciplinas que se relacionam à “formação ‘telemática’ (informáticos, ciber-
néticos, linguistas, matemáticos, lógicos...)” (Lyotard, 1986, p. 88-89).
Essas observações de Lyotard contrariam o pensamento de
Horkheimer ao denunciar a formalização da razão no advento do Ilu-
minismo e sua desvinculação da religião e da metafísica, aliando-se ao
método cientificista pautado na probabilidade, na lógica, na ordenação
de meios a determinados fins. Esta formalização desvinculou a razão
do questionamento sobre a essência, o universal, o sentido dos fins que
passam a ser racionais em si mesmos, deixando brechas apenas para a
configuração dos meios aos fins propostos. Longe do questionamento
sobre o sentido humano e universal, as investidas pós-modernas legiti-
mam a forma de vida capitalista e neoliberal, como única e verdadeira, à
qual o indivíduo deve adaptar-se lançando mão dos saberes necessários.
“O que se questiona é simplesmente a adequação do comportamento
do interrogado em termos desses padrões geralmente reconhecidos”
(Horkheimer, 2000, p. 19). Desse modo, ao distanciar do universal, as
investidas pós-modernas legitimam, contraditoriamente, a universalidade
de um modo de vida particular sobre todos os outros.
Essas relações possuem discussões disformes entre os autores
que buscam tratar os conflitos, problemas e avanços da sociedade atual.
Schaff (1995), correspondendo afirmativamente às investidas da socie-
dade informática, elabora um raciocínio em que ressalta estarmos na
atualidade em uma segunda revolução industrial, ou seja, a revolução
microeletrônica e a revolução informática. Trata-se da substituição dos
homens no trabalho cada vez mais por autômatos que trazem à tona a
preocupação com o desemprego estrutural gerado por essa substituição
crescente. Embora reconhecendo algumas problemáticas existentes
10. 368 SILVA, L.R. – Unesco: Os quatro pilares da “educação pós-moderna”
no desenvolvimento da sociedade informática, entre elas, os riscos do
desemprego, as desigualdades sociais e o individualismo, o autor traz
também uma visão, conforme analisa Sanfelice (2003), utópica em re-
lação ao futuro. Segundo Schaff, a sociedade informática proporcionará
aos homens uma vida mais feliz. O isolamento advindo da evolução tec-
nológica será amenizado pelas chamadas famílias ampliadas, possíveis
pelas aproximações entre os indivíduos.
A progressiva substituição do homem pelo trabalho automatiza-
do será revertida em uma melhor administração do lazer que trará aos
homens a possibilidade de se envolverem em atividades que ocupem
seu ócio e promovam uma vida mais feliz e lúdica, relacionada com
atividades culturais, religiosas e eruditas. Desse ponto de vista, emer-
gem-se do interior da nova sociedade “uma nova ética do trabalho, uma
nova qualidade de vida decorrente do prolongamento e do uso diverso
do tempo livre, uma transformação das relações humanas no interior da
família” (Schaff, 1995, p. 138).
Contrariando o raciocínio que reconhece a técnica, a modernização,
o caminho por excelência para a liberdade, a felicidade, o conhecimento,
Ianni enfatiza que esse processo, amparado pela ciência e pela tecnologia,
reduz ainda mais a possibilidade de existência de um pensamento livre e
de uma consciência verdadeira, promovendo a alienação e o pauperismo.
O processo marcado pela racionalização e pelo pragmatismo “promove
o predomínio do princípio da quantidade, em detrimento do principio da
qualidade, e realiza a crescente inversão nas relações entre os indivíduos
e os produtos de suas atividades, produzindo a subordinação do criador
à criatura” (Ianni, 1997, p. 186).
Pensar a educação na atualidade exige, essencialmente, pensar a
sociedade de que ela faz parte e os princípios que regem essa socieda-
de e seus processos educativos. Nesse raciocínio, compreende-se uma
relação intrínseca entre globalização, o discurso da pós-modernidade e
suas influências para a educação também pensada conforme a mudança
das estruturas sociais. Requer, desse modo, pensar a lógica da competi-
tividade, da produtividade e do desempenho que permeiam as atitudes
educativas e que trazem a possibilidade de interrogações sobre o sentido
da educação no limite que se impõe ao vincular seus processos, meios
e finalidade à legitimação da sociedade capitalista em transformação,
modernização e globalização, e não do pensamento sobre essas mudanças
e a constituição dos indivíduos que se formam em seu interior.
11. Inter-Ação: Rev. Fac. Educ. UFG, 33 (2): 359-378, jul./dez. 2008 369
Os quatro pilares da educação “pós-moderna”
O relatório para a Unesco, da Comissão Internacional sobre Edu-
cação para o século XXI, Educação: um tesouro a descobrir, traz uma
análise considerável a respeito do desenvolvimento da sociedade atual,
suas tensões marcadas pelo processo de globalização e modernização,
como a convivência com a diferença, a necessidade da convivência
pacífica e, relacionada a todas essas questões, a educação. São expli-
citadas reflexões sobre os rumos da educação na sociedade do século
XXI, pistas, recomendações, objetivos e metas. Dentre essas reflexões,
ressalta-se a discussão sobre os quatro pilares da educação (aprender a
conhecer, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a viver juntos),
o conceito de educação ao longo de toda a vida e as articulações que
se desenvolvem entre esses e as exigências da sociedade capitalista, em
globalização. São pilares que se relacionam ao raciocínio pós-moderno de
Lyotard para quem o saber “não se entende apenas, é claro, um conjunto
de enunciados donativos; a ele misturam-se as idéias de saber-fazer, de
saber-viver, de saber-escutar, etc” (Lyotard, 1986, p. 36).
A educação ao longo de toda a vida se refere à mudança da
noção de qualificação, pautada em uma formação única para a noção
de competência, que se relaciona a uma formação dinâmica, flexível,
condizente com a ênfase atual no trabalho em equipe, na capacidade de
iniciativa, na valorização de talentos e aptidões. Essa mudança advém da
“desmaterialização” do trabalho que exige, além da técnica, a “aptidão
para as relações interpessoais” (Delors, 2003, p. 95).
Essa mudança no tempo destinado à educação é discutida por
Schaff quando apresenta a educação permanente6 como uma realidade
possível de ser alcançada e destaca, cobrando da Unesco, sua obrigato-
riedade, assim como o é a educação escolar. A preocupação com uma
formação constante do indivíduo é justificada pela necessidade de que
ele acompanhe o acelerado ritmo em que as transformações da sociedade
ocorrem. Seria este um projeto cujo objetivo é o de formar o homo stu-
diosus, relacionado ao homem universal, tido como realização utópica
em tempos antecedentes, tornando-se hoje uma possibilidade real. Esse
novo homem é “aquele que está munido de uma instrução completa e em
condições de mudar de profissão e portanto também de posição no interior
da organização social do trabalho” (schaff, 1995, p. 125). A educação,
na análise de Schaff, sofrerá, na segunda revolução industrial, mudanças
12. 370 SILVA, L.R. – Unesco: Os quatro pilares da “educação pós-moderna”
que se expressam no ensino automatizado, na diversificação da formação
– conduzindo o trabalhador à liberdade de mudança de profissão – e na
alteração no tempo de educação institucional que se estende por toda a
vida. O progresso do conhecimento científico e tecnológico gera opor-
tunidades de ampliação de empregos, tornando necessária a preparação
do trabalhador para as novas formas de trabalho.
No “Relatório” (Delors, 1993), entretanto, a concepção de edu-
cação permanente é retomada da sua versão original, segundo as dis-
cussões mundializadas, e ampliada no sentido de ir além das reciclagens
profissionais, o que compreende a educação ao longo de toda a vida,
trazendo oportunidade de conhecimento àqueles que já se encontravam
fora da idade escolar tradicional. Embora não tratando especificamente
do conceito de educação permanente, ou, nos termos do Relatório,
educação ao longo de toda a vida, Lyotard compactua dessa idéia ao
ressaltar a necessidade do ensino romper o tempo de aprendizagem
institucional tradicional, atendendo a jovens e adultos durante toda a
sua vida produtiva.
Fora das universidades, departamentos ou instituições de vocação
profissional, o saber não é e não será mais transmitido em bloco e de
uma vez por todas os jovens antes de sua entrada na vida ativa; ele é
transmitido à la carte a adultos já ativos ou esperando sê-lo, em vista da
melhoria de sua competência e de sua promoção, mas também em vista
da aquisição de informações, de linguagens e de jogos de linguagens que
lhes permitam alargar o horizonte de sua vida profissional e de entrosar
experiência técnica e ética. (Lyotard, 1986, p. 90)
Qualificação e competências são conceitos que marcam o discurso
pós-moderno de Lyotard quando os justifica ao afirmar que “a perspec-
tiva de um vasto mercado de competências operacionais está aberta. Os
detentores desta espécie de saber são e serão objeto de ofertas e mesmo
motivo de disputa de política de sedução” (Lyotard, 1986, p. 93). Ainda
no sentido da busca do desempenho, este autor ressalta também o traba-
lho em equipe como mais um atributo para se alcançar os objetivos do
mercado competitivo, “com efeito, as performances em geral são me-
lhoradas pelo trabalho em equipe, sob condições que as ciências sociais
tornaram precisas há muito tempo” (p. 95). O trabalho em equipe e as
relações interpessoais que ocorrem em meio à competição no mundo do
emprego, entretanto, correspondem ao que Adorno chama de “multidão
13. Inter-Ação: Rev. Fac. Educ. UFG, 33 (2): 359-378, jul./dez. 2008 371
solitária”, ou seja, indivíduos que se unem em coletividades nas quais
não são desenvolvidos objetivos verdadeiramente comuns, mas atendem
cada vez mais a objetivos individualizados, à corrida pela sobrevivência
individual necessária à lógica capitalista.
Na continuidade da busca do desempenho, da eficiência no jogo
capitalista, os quatro pilares da educação possibilitam uma reflexão que
os articula diretamente com a chamada pós-modernidade, ainda que não
evidentemente demonstrada no relatório. O pilar aprender a conhecer
se associa ao conhecimento pragmático, vinculado ao preparo do traba-
lhador para a utilização de novos conhecimentos e de novas tecnologias,
conforme demonstra a afirmação de que, “aprender a conhecer e aprender
a fazer são, em larga medida, indissociáveis” (Delors, 2003, p. 93). O
conhecimento é, dessa forma, programado segundo a razão instrumental,
cuja redução ao método científico e pragmático torna-o apropriado à cons-
tituição administrada da sociedade capitalista. Isso reafirma a denúncia
de Horkheimer e Adorno (1985) ao conhecimento de que, segundo os
autores, ao se reduzir ao imediato, ao experimentado segundo moldes
cientificistas, tornou-se estático, reproduzindo o real existente. Mesmo
quando o relatório (Delors, 2001) apresenta o aprender a conhecer “como
um meio e como uma finalidade da vida humana” (p. 90), ele vincula o
desenvolvimento humano às necessidades básicas de aprendizagem, para
o alcance de “uma participação ativa na sociedade” e para continuar
aprendendo. Aliada à educação básica ainda está a preocupação com o
“ensino das ciências” e com o “espírito empreendedor” (p. 83).
Imbricado no pilar aprender a conhecer se encontra o aprender
a fazer, o qual é apresentado, de forma explícita, ligado ao mundo do
emprego e à formação profissional que se constituem no mundo hoje.
Dessa forma, e correspondendo à relação meios e fins do mercado de
trabalho, o conhecimento torna-se mais uma mercadoria a ser vendida
nas prateleiras das instituições. Desfazem-se assim as pretensões de
emancipação humana para ajustar-se à relação mercadológica, conforme
apresenta Lyotard, ao afirmar o seguinte:
Essa relação entre fornecedores e usuários do conhecimento e o próprio
conhecimento tende e tenderá a assumir a forma que os produtores e os
consumidores de mercadorias têm com essas últimas, ou seja, a forma
valor. O saber é e será produzido para ser vendido, e ele é e será consu-
mido para ser valorizado numa nova produção: nos dois casos para ser
14. 372 SILVA, L.R. – Unesco: Os quatro pilares da “educação pós-moderna”
trocado. Ele deixa de ser para si mesmo seu próprio fim; perde o seu
“valor de uso”.7 (Lyotard, 1986, p. 5)
O conhecimento torna, assim, de maneira evidente, uma mercado-
ria que se apresenta ao indivíduo como promessas de realização pessoal
numa sociedade competitiva. Referindo-se à relação mercadológica
conferida ao saber como mercadoria, Adorno (1995) acusa, baseado em
observações sobre o ensino alemão, que o professor, num processo que
se relaciona ao princípio da troca, intrínseco ao modelo capitalista de
vida, passa a ser um “vendedor de conhecimentos”. Essa realidade não
se restringe, no entanto, à especificidade de um ou outro Estado, mas se
amplia em escala mundial, conforme o sistema capitalista avança e se
impõe sobre fronteiras e culturas. Afirmando essa realidade, entretanto,
Lyotard ressalta que as instituições de ensino, especialmente as universi-
dades, são chamadas a formar competências, e não ideais. Ele relaciona,
dessa forma, o saber produzido no interior das academias ao mercado,
não a questões humanas gerais, as quais se invalidam no jogo do poder
e da troca mercadológica que perpassa tanto as relações micro, entre
trabalhadores e empresas, como aquelas que acontecem mundialmente
entre os Estados-nações.
O saber e a informação, como atributos de disputa política e de po-
der entre os Estados-nações da sociedade da informação, correspondem
à exigência de que “a educação deve permitir que todos possam recolher,
selecionar, ordenar, gerir e utilizar as mesmas informações” (Delors,
2001, p. 21). Isso evidencia a ordenação, a sistematização e a seleção,
atributos da razão instrumental, ao mesmo tempo em que expressa o
distanciamento da dúvida e do questionamento. Contraria, assim, o que
Horkheimer e Adorno afirmam no sentido de que a pretensão do conhe-
cimento, que só se faz possível na sua relação com o social e histórico,
não consiste no mero perceber, classificar e calcular, mas precisamente
na negação determinante de cada dado imediato. Ora, ao invés disso
[...] o factual tem a última palavra, o conhecimento restringe-se à sua
repetição, o pensamento transforma-se em mera tautologia. (Horkheimer;
Adorno, 1985, p. 38-39)
O aprisionamento do saber ao método cientificista, criticado por
Horkheimer e Adorno pela impossibilidade do rompimento com o estado
do mundo, é enaltecido por Lyotard ao submeter o critério de verdade
15. Inter-Ação: Rev. Fac. Educ. UFG, 33 (2): 359-378, jul./dez. 2008 373
ao critério da comprovação e da eficiência, baseados na realidade da
sociedade capitalista em seu percurso legitimado. Nesse raciocínio,
a legitimação do saber pelo poder e desempenho faz-se por meio da
“boa verificação” e o “bom veredito”. “O poder legitima a ciência e o
direito por sua eficiência, e esta por aqueles” (Lyotard, 1986, p. 84).
Deslegitima-se, assim, a busca da essência, do universal, do sentido,
para o atendimento à lógica formalizada, ou seja, a formalização afasta
a própria razão da metafísica e, com ela, de todas as questões ideais,
humanas e universais. A preocupação com princípios, sentido, essência
foi, nesse trajeto, considerada como obsoleta, no sentido de que “espe-
culação é sinônimo de metafísica, e metafísica é sinônimo de mitologia
e superstição” (Horkheimer, 2000, p. 26). De forma correspondente a
esse raciocínio, Lyotard, porém, defende que
o critério do desempenho tem “vantagens”. Exclui em princípio a adesão
a um discurso metafísico, requer o abandono de fábulas, exige espíritos
claros e vontades frias, coloca o cálculo das interações no lugar da defini-
ção de essências, faz com que os “jogadores assumam a responsabilidade
não somente dos enunciados que eles propõem, mas também das regras
às quais eles os submetem para torná-los aceitáveis. Coloca em plena
luz as funções pragmáticas do saber na medida em que elas pareçam
se dispor sob o critério de eficiência: pragmáticas da argumentação, da
administração da prova, da transmissão do conhecido, da aprendizagem
por imaginação. (Lyotard, 1986, p. 113)
O pilar aprender a ser, pautado no dever de que a escola promova
o desenvolvimento total da pessoa, segue, da mesma forma, a reflexão
até aqui desenvolvida com os outros pilares. É a exigência de um mundo
em transformação, dinâmico, em que “o desenvolvimento dos serviços
exige, pois, cultivar qualidades humanas que as formações tradicionais
não transmitem, necessariamente e que correspondem à capacidade de
estabelecer relações estáveis e eficazes entre as pessoas” (Delors, 2001,
p. 95). Essa mesma exigência é transportada para a educação institucio-
nalizada, a fim de reestruturar o ensino para a personalização de forma
que, “todos, sem exceção, façam frutificar os seus talentos e potenciali-
dades criativas, o que implica, por parte de cada um, a capacidade de se
responsabilizar pela realização do seu projeto pessoal” (Delors, 2001, p.
16). Nesse sentido, aquilo que parece ser a investida em projetos pessoais
e a valorização de talentos e aptidões individuais, desvela-se como uma
16. 374 SILVA, L.R. – Unesco: Os quatro pilares da “educação pós-moderna”
estratégia fundamental ao desenvolvimento das chamadas competências
imateriais, necessárias à fase atual do capitalismo, o que se evidencia no
mundo do trabalho. Assim,
Os empregadores substituem, cada vez mais, a exigência de uma quali-
ficação ainda muito ligada, a seu ver, à idéia de competência material,
pela exigência de uma competência que se apresenta como uma espécie
de coquetel individual, combinando a qualificação, em sentido estrito,
adquirida pela formação técnica e profissional, o comportamento social,
a aptidão para o trabalho em equipe, a capacidade de iniciativa, o gosto
pelo risco. (Delors, 2001, p. 94)
Unindo as especificidades técnicas do trabalho com relações in-
terpessoais e qualidades individuais, o coquetel individual de que fala
Delors corresponde à exigência da produção e reprodução ampliada do
capitalismo em globalização, conforme destaca Sanfelice: “A teoria do
capital humano, economicista, continua sendo mais adequada para as
finalidades educacionais propostas, ou seja, sua redução à formação de
recursos da produção: globalização e qualidade total” (Sanfelice, 2003,
p. 7). Nesse raciocínio, o desenvolvimento total da pessoa e a promessa
de autonomia vinculados ao trabalho não se efetivam, antes contribuem
para a alienação do homem. A possibilidade de elaborar “pensamentos
autônomos e críticos e para formular seus próprios juízos de valor, de
modo a poder decidir, por si mesmo, como agir nas diferentes circuns-
tâncias da vida” (Delors, 2001, p. 99) não se faz ante a necessidade da
adaptação cega e de mão única. Isso evidencia o pensamento de Lyo-
tard para quem as investidas no sujeito, como estratégias de eficiência
e produtividade, têm sua eficácia no sentido de que “os procedimentos
administrativos farão aos indivíduos ‘querer’ o que é preciso ao sistema
para ser eficiente” (Lyotard, 1986, p. 113).
O viver juntos, como o quarto pilar da educação, é também
fundado na concorrência e no sucesso individual. No discurso velado,
a orientação para a educação institucionalizada se pauta, porém, em
“viver juntos desenvolvendo a compreensão do outro e a percepção das
interdependências – realizar projetos comuns e preparar-se para gerir
conflitos – no respeito pelos valores do pluralismo, da compreensão
mútua e da paz” (Delors, 2001, p. 102). Mesmo advertindo a respeito
dos problemas de um mundo competitivo e desigual, dentre os quais se
destacam conflitos, miséria, destruição ambiental e violência, o relatório
17. Inter-Ação: Rev. Fac. Educ. UFG, 33 (2): 359-378, jul./dez. 2008 375
admite a competição como necessária ao processo de desenvolvimento da
sociedade capitalista e apresenta como uma missão da educação conciliar
a “tensão entre a indispensável competição e o cuidado com a igualdade
de oportunidades” (p. 15).
A necessidade da competição e a igualdade de oportunidades, que
são contraditórias, contribuem assim para os avanços essenciais tanto no
mundo do trabalho como nas relações desenvolvidas mundialmente entre
as nações, ou seja, a cooperação internacional, fundamental para o siste-
ma capitalista em constante expansão. Assim, a ideologia da sociedade
capitalista e competitiva é racionalizada e apresentada de forma a não
permitir um raciocínio contrário. Vela-se assim a alienação, bloqueando,
ao mesmo tempo, as possibilidades de lutas contra ela.
Considerações finais
No percurso realizado neste trabalho, faz-se possível a compre-
ensão da relação entre o processo de globalização, o discurso da pós-
modernidade e as políticas educacionais que se articulam mundialmente.
Embora reconhecendo outros pontos do referido relatório que se relacio-
nam com a pós-modernidade, este trabalho priorizou as discussões dos
quatro pilares da educação e o conceito de educação ao longo de toda
a vida para conseguir fazer a reflexão proposta, em caráter de artigo.
No entanto, percebe-se que são relações amplas que ainda precisam ser
refletidas, concebendo as interfaces entre educação e sociedade.
Ignorar os discursos pós-modernos, invalidá-los, assim como
legitimá-los, é cair na permanência da situação existente, deixando fluir
o curso naturalizado do mundo sem a compreensão da possibilidade de
transformação, o que se faz no reconhecimento da história construída por
sujeitos. É preciso desvelar, conhecer os processos, as relações nos seus
discursos e sua pretensa efetivação e, assim, relacionar educação com a
estrutura social e a construção histórica, das quais não se desvinculam.
Dessa forma, expõem-se os sentidos velados, as fórmulas ideológicas
que se articulam nos discursos, trazendo à tona interrogações necessárias
a uma educação verdadeiramente transformadora e humana. Compre-
ender a sociedade, seus discursos, suas fundamentações é compreender
os rumos que a educação tem tomado, e dessa forma pensar a possibi-
lidade da experiência, do diferente, em direção a transformação social
tão vulgarmente pronunciada na atualidade.
18. 376 SILVA, L.R. – Unesco: Os quatro pilares da “educação pós-moderna”
Abstract
This article sets out to establish a relationship between discussions on education
mentioned in the report to UNESCO – Education: a treasure to discover – and
Lyotard’s post-modernity discourse. It presents the proposal for education
from this report, highlighting the four pillars of education: learning to know,
learning to do, learning to be and live together, taking as their starting point
the relationship between the process of globalization and the discourse of post-
modernity and these pillars in the context of an education which has become
increasingly global. In this way, the meaning of these pillars and the discourse
of education based on them is questioned as is their affinity to the transformation
of society in the current global ranking of capital, a stage where the discourse
of post-modernity is forged.
Key-words: Unesco. Four pillars of education. Education. Globalization.
Post-modernity.
NOTAS
1. A constituição dos Estados-nações inicia-se com a Revolução Francesa e
desenvolve-se mais significativamente nos séculos XIX e XX. Ante a ne-
cessidade de a burguesia libertar-se do Antigo Regime, os Estados-nações
fortes, centralizados, objetivavam, além da busca do progresso, a promoção
da disseminação dos ideais burgueses e a fidelidade dos cidadãos ao gover-
no. Além dos limites territoriais, a constituição dos Estados-nações requeria
certa unidade, fidelidade e submissão da população ao governo central, o
que influenciaria no desenvolvimento dos países. “Na era das revoluções,
fazia parte ou cedo se tornaria parte do conceito de nação que esta deveria
ser ‘una e indivisa’, como na fase francesa. Assim considerada, a ‘nação’ era
o corpo de cidadãos cuja soberania coletiva os constituía como um Estado
concebido como sua expressão política. Pois, fosse o que fosse uma nação,
ela sempre incluiria o elemento da cidadania e da escolha ou participação de
massa” (Hobsbawm, 1990, p. 31).
2. Autor francês (1924-1988) que desde a década de 1950, junto à Escola Fran-
cesa, apresenta a crise da razão e, com ela, o fim da modernidade. Em 1979,
é publicada a sua obra A condição pós-moderna, na qual o autor trava um
embate com os autores modernos, tensionando a idéia de verdade do saber
científico, as metanarrativas desenvolvidas nos séculos XVIII e XIX, contra-
pondo-os às transformações da chamada sociedade pós-industrial, com início
nos anos 50. Outros autores também tratam do tema, porém, neste trabalho,
as discussões sobre o discurso da pós-modernidade serão fundamentadas em
Lyotard.
19. Inter-Ação: Rev. Fac. Educ. UFG, 33 (2): 359-378, jul./dez. 2008 377
3. Banco Mundial, Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação,
a Ciência e a Cultura), Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância),
Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).
4. Na Conferência Mundial sobre Educação para Todos, em Jomtien, em 1990,
foi aprovado o primeiro documento que tratou da educação básica mundial-
mente, traçando objetivos a serem alcançados durante a chamada Década
da Educação (1990-2000). Em 2000, a Década da Educação foi avaliada,
em Dakar, estendendo os prazos estabelecidos para o alcance dos objetivos
firmados em 1990.
5. Este relatório foi elaborado pela Comissão Internacional da Educação para
o Século XXI, em 1993, atendendo a uma solicitação da Conferência Geral
da Unesco de 1991. As discussões mundializadas sobre a educação referidas
neste trabalho se fundamentam, especialmente, neste relatório.
6. A necessidade da educação permanente é explicitada no relatório Aprender
a ser (Faure, 1972) no sentido de convocar a educação a se atentar para as
mudanças no trabalho e na sociedade, marcadas pela evolução tecnológica,
cujas exigências de um novo trabalhador adaptado às transformações do
seu tempo se faz objetivando o atendimento da educação básica a todos,
por meio da tecnologia, da educação pelo espaço, possibilitando um ensino
individualizado e modernizado, prolongando-se o período de aprendizagem
para a vida toda.
7. A relação entre valor de uso e valor de troca é apresentada por Marx (2002)
no sentido de que o valor de uso tem a função de satisfazer as necessidades
humanas e o valor de troca avança para além das características físicas dos
produtos do trabalho transformados em mercadorias quantificáveis. O valor
de troca é simbólico, de modo que a mercadoria possa ser permutada por
outra de espécie diferente, tornando-se equivalentes.
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