poema

1. Luzia06-06-2016

2. Sempre há um amor secreto
Que nos enche o coração
Queremos que seja discreto
Calamos essa paixão.

4. Adormecemos sonhando
Com esse ardor sufocado
E quantas vezes, chorando
Lembramos o ser amado.

6. Sofre-se assim, murmurando
Um nome que é proibido
Vai-se o olhar marejando
De um pranto sempre contido.

8. Que a alma é cousa carente
Manda em nós, e não devia
Põe-nos o gesto dormente
Sente a gente o que não queria.

10. Até que um dia a garganta
Deixa soltar-se um gemido
É a dor que se agiganta
Num coração oprimido.

12. É fantasia, gritamos
Ao nosso EU interior
Mas à alma confessamos
Quanto é o vero aquele amor.

14. A natureza tem disto;
Prega partidas na gente
Esconde até o que é benquisto
E retarda o que é premente.

16. Pois guardada sempre está
A nossa justa metade
Saber dela, aonde está
É a nossa prioridade.

18. Eugénio de Sá
“E o poeta em toda esta emoção
Volve pra Deus a voz e aos céus
berra
Um grito que se eleva em oração;”

19. Formatação: Luzia Gabriele
Email: luziagabriele@hotmail.com
Poeta: Eugénio de Sá
Colaboração: Zélia Bauer
Montagens: Luzia Gabriele
Imagens: Internet
Música: Dick Hyman Musettas Waltz Instrumental
Data : 06 de Junho de 2016