O documento discute o surrealismo como um movimento artístico que representava o subconsciente e o irracional, se inspirando nas teorias de Freud. Os surrealistas acreditavam que a arte, ao invés da razão, era o melhor caminho para se conhecer o ser humano em sua totalidade e libertar o conhecimento. O movimento valorizava sonhos, devaneios e automatismo psíquico.
1. “O surrealismo não é um estilo. É o grito da alma que se volta para si mesma”
Antonin Artaud
2. O surrealismo foi uma corrente artística
moderna que representava o subconsciente e
o irracional. Teve como marco inicial a obra
“manifesto surrealista” publicado em outubro
de 1924, pelo artista André Breton.
3. Os autores veem através das teorias de Freud
que há muito a ser descoberto sobre o ser
humano. Sendo que a razão não seria o
melhor instrumento para tais descobertas,
mas sim, a manifestação artística.
4. Inspiração em Freud;
Traz o irracional e o inconsciente;
Liberdade;
Valorizava-se o sonho, o devaneio, a loucura;
Adquirir maior conhecimento do ser humano;
Liberar o conhecimento humano;
O automatismo psíquico (escrever
espontaneamente, sem pensar, ao fluxo do
inconsciente);
o maravilhoso e o sobrenatural, vistos como
fontes em potencial de arte;
5. Salvador Dali
Joan Miró
Max Ernst
Tarcila do Amaral
René Magritte
6. André Breton 19 de fevereiro de 1896- 28 de
setembro de 1966 foi um escritor francês, poeta
e teórico do surrealismo.
Manifestos surrealistas(1924)
Segundo manifesto (1929)
7. “Imaginação querida, o que sobretudo amo em ti é não
perdoares.
Só o que me exalta ainda é a única palavra, liberdade.
Eu a considero apropriada para
manter, indefinidamente, o velho fanatismo humano.
Atende, sem dúvida, à minha única aspiração legítima.
Entre tantos infortúnios por nós herdados, deve-se
admitir que a maior liberdade de espírito nos foi
concedida.
Devemos cuidar de não fazer mau uso dela.
Reduzir a imaginação à servidão, fosse mesmo o caso de
ganhar o que vulgarmente se chama felicidade, é rejeitar
o que haja, no fundo de si, de suprema justiça.
Só a imaginação me dá contas do que pode ser, e é
bastante para suspender por um instante a interdição
terrível; é bastante também para que eu me entregue a
ela, sem receio de me enganar (como se fosse possível
enganar-me mais ainda)”.
8. Murilo Monteiro Mendes 13 de maio de 1901-
13 de agosto de 1975 foi um poeta e prosador
brasileiro, expoente do surrealismo brasileiro.
Poemas (1930)
História do Brasil (1932)
9. Canção do exílio
Minha terra tem macieiras da Califórnia
Onde cantam gaturamos de Veneza.
Os poetas da minha terra são pretos
Que vivem em torres de ametista,
Os sargentos do exército são monistas, cubistas,
Os filósofos são polacos vendendo a prestações.
A gente não pode dormir com os oradores e os
pernilongos.
Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda.
Eu morro sufocado em terra estrangeira.
Nossas flores são mais bonitas
Nossas frutas mais gostosas
Mas custam cem mil réis a dúzia.
Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade
E ouvir um sabiá com certidão de idade!
10. “Não é o medo da loucura que nos vai obrigar a
hastear a meio-pau a bandeira da imaginação”.
André Breton
Referências:
Abuarre, Maria Luiza M. Português:
contexto, interlocução e sentido/ Maria Luiza
Abuarre, Maria Bernadete M. Abuarre, Marcela
Pontara. – São Paulo : moderna, 2008.
ricardomees.blogspot.com.br/2013/04/dadaismo
-e-surrealismo