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R E P E N S A N O O
REPENSANDO O ENSINO
R E P E N S A N O O
OESPAÇO GEOGRÁFICO:
ENSINO EREPRESENTAÇÃO
ROSÂNGELA DOIN DE ALMEIDA
ELZA YASUKO PASSINI
<g
editoracontexto
A IMf>
ORTÂNCIA DA LEITURA DE MAPAS
O que significa "ler mapas"?
Por certo. ler mapas não é apenas localizar um rio, uma cida-
de, estrada ou qualquer outro fenômeno em um mapa.
O mapa é uma representação codificada de um determinado
espaço real. Podemos até chamá-lo de um modelo de comunica-
ção, que se vale de um sistema semiórico complexo. A informa-
ção é transmitida por meio de uma linguagem cartográfica que
se utiliza de três elementos básicos: sistema de signos. redução
e projeção.
Ler mapas, portanto, significa dominar esse sistema semi6ti-
co, essa linguagem cartográfica. E preparar o aluno para essa leitu-
ra deve passar por preocupações metodológicas tão sérias quanto a
ele se ensinar a ler e escrever, contar e fazer cálculos matemáticos.
Vai-se à escola para aprender a ler e a contar; e- por que
não?-, também para ler mapas.
A IMPORTÂNCIA DO MAPA
O mapa, um modelo de comunicação visual, é utilizado co-
tidianamente por leigos em suas viagens, consulta de roteiros, lo-
15
calização de imóveis. e por geógrafos, principalmente. de forma
específica. O mapa já era utilizado pelos homens das cavemas
para expressar seus deslocamentos e registrar as informações
quanto às possibilidades de caça, problemas ele terreno, matas,
rios, etc. Eram mapas em que se usavam símbolos iconográficos
e que tinham por objetivo melhorar a sobrevivência. Eram mapas
topológicos. sem preocupação de projeção e de sistema ele signos
ordenados. mas os símbolos pictóricos eram de significação dire-
ta, sem legenda pois era a própria linguagem deles, a iconográfica.
Uma vez que a geografia é uma ciência que se preocupa com
a organização elo espaço, para ela o mapa é utilizado tanto para a
investigação quanto para a constatação de seus dados. A carto-
grafia e a geografia e outras disciplinas como a geologia, biolo-
gia caminham paralelamente para que as inrormações colhidas
sejam representadas de forma sistemática e, assim, se possa ter a
compreensão "espacial'' do fenômeno.
O mapa. portanto. é de suma importância para que todos que
se interessem por deslocamentos mais racionais, pela compreen-
são ela distribuição e organização dos espaços, possam se infor-
mar e se utilizar deste modelo e tenham uma visão de conjunto.
Os espaços são conhecidos dos cientistas que os palmilham
em suas pesquisas de campo. mas é o mapa que trará a leitura da-
quele espaço, mostrando a interligação com espaços mais amplos.
Assim. também, os leigos. ao se preocupm·em com a organi-
zação do seu espaço. ou de forma mais cotidiana com desloca-
mentos mais racionais, ou circulações alternativas (congestiona-
mentos, impedimentos) devem apelar para o mapa.
Yves Lacoste' mostra. de forma crítica. a necessidade de se
preparar as pessoas para lerem mapas. além de conhecer o seu pró-
prio espaço. Diz ele que a geografia e a cartografia em pmticular
são matérias que envolvem um conhecimento estratégico. o qual
permite às pessoas que desconhecem seu espaço e sua representa-
ção. passarem a organizar e dominar esse espaço.
16
O mapa aqui é tratado de forma genérica. mas uma planta
baixa de quaneirão e de casas nos trazem também informações
que precisariam ser analisadas pelas pessoas interessadas na loca-
ção de imóveis. Normalmente. as pessoas não consultam as plan-
tas, e ao consultá-las não conseguem colher todas as informações
que as plantas fornecem.
Porexemplo, paraaaquisição de imóveis, poucosconseguem
realmente visualizar a sua localização/orientação e compreen-
der a divisão espacial do imóvel em questão para efetuar uma es-
colha consciente.
Em caso de reforma ou de deslocamento de mobiliário. pou-
cas pessoas se utilizam de uma planta obedecendo uma escala e
fazendo as modificações na planta para depois efetuá-las na pníti-
ca. Ao contrário. encontrJmos pessoas em tentativa de ensaio e
erro, por desconhecerem a forma prática de utilização de plantas
e desenhos emescala.
ALEITURA DE MAPAS
Ler mapas é um processo que começa com a decodificação,
envolvendo algumas etapas metodológicas as quais devem ser
respeitadas para que a leitura seja eficaz.
ltlicia-se uma leitura pela observação do título. Temos que
saber qual o espaço representado. seus limites, suas informações.
Depois, é preciso observar a legenda ou a decodificação propria-
mente dita, relacionando os significanteseo significado dos signos
relacionados na legenda. Épreciso também se fazeruma leitura dos
significantes/significados espalhados no mapa e procurar refletir
sobre aquela distribuição/organização. Observar também a escala
gráfica ou numérica acusada no mapa para posterior cálculo das
distâncias afim de se estabelecer comparações ou interpretações.
1
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Fonte: E. P. Nahum. Mapas- Estado de São Paulo.
São Paulo, Scipione, 1989.
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Fonte: Idem.
18
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Fonte: E. P. Nahum. Mapas- Estado de São Paulo.
São Paulo, Scipione, 1989.
fOIIé: OGui&, ~ 7'édiÇãO,
SAo Paulo, Mapograf, 1987.
o 8.75 17,50 km
Escala 1:2:187:500
19
Sabemos que o mapa é uma redução proporcional da
realidade. Eé a escala que estabelece quantas vezes o espaço real
sofreu redução.
Uma escala de 1: 100 significa que todas as medidas foram
reduzidas cem vezes. Lê-se umporcem.Cadacentímetro no mapa
equivale a cem centímetros na realidade.
Essa escala é uma escala grande e fornece plantas baixas de
detalhe. São as plantas que podem retratar detalhes de imóveis.
De 1:500 a 1:5000 significa que todas as medidas foram re-
duzidas 500 ou 5 mil vezes. Lê-se um por quinhentos e um por
cinco mil. Cada centímetro no mapa equivale a 500 centímetros
ou 5000 em na realidade. Utiliza-se esta escala para as plantas de
cidadesc planos cadastrais. Nos planos cadastrais a representação
é de detalhe das linhas essenciais sem deformação, evidenciando
a localização exata, dimensões lineares e areolares dos prédios.
Deve ser um desenho geometricamente exato, conservando-se os
ângulos e a relatividade das distâncias.
Ao ultrapassar a escala de I:20.000 até 1:250.000 encontra-
mos as cartas topográficas.
As representações dessas escalas, ainda consideradas gran-
des,possuem como limites, habitualmente, as coordenadasgeográ-
ficas, e raramente os limites políticos.
As canas de escalas menores que 1:500.000 podem ser cha-
madas corográficas, fornecendo uma visão geral de uma região
(core= região).
Sãodenominados mapas, as representações de escala menor
(1:1.000.000) portanto com menor número de detalhes e os limi-
tes da área representada são os limites políticos.
As cartas gerais de escalas menores (I:205.000.000) podem
atingir o mundo. São os planisférios. E a forma do globo é bidi-
mensionada, com clarezado L
mçado dos meridianos e paralelos2.
Conforme diminui aescala ou conforme a área atingida pela
representação rorna-se maior há perda de informação e há necessi-
dade de se interpretar as generalizações. É preciso ter-se em coma
20
que no processo de mapeamento houve uma classificação das in-
formações e um minucioso trabalho de classificação para sele-
cionar as informações mais significativas para o objetivo daquela
representação. Na figura I observamos que ocupando o mesmo
espaço no papel, a escala se refere a espaços maiores.
Para tanto, deve-se ter bem claro o objetivo do mapeamen-
to. Naturalmente há uma grande diferença entre mapas para fins
turísticos e mapas para fins de pesquisas de dados precisos da geo-
grafia física e econômica.
Em todos os mapas há necessidade desta clareza de objeti-
vos. Ao selecionar as informações deve-se buscar as generaliza-
ções mas sem perder informações importantes.
Ao ler o mapa, o usuário deve terem mente essas generaliza-
ções e ao reverter o processo representação X espaço físico real,
não deixar de considerá-las.
Desta forma, tentamos deixar claro que o mínimo de infor-
mações sobre as técnicas de mapeamento são necessária~ para o
leitor obter maior sucesso na leitura do mapa.
MAPEADOR X LEITOR DE MAPAS
Iniciando o aluno em sua tarefa de mapear, estamos, portan-
to. mostrando os caminhos para que se torne um leitor consciente
da linguagem cartográfica.
PaganeiiP mostra como os passos metodológicos de mapear
levam à formação de um bom leitor. Baseada na teoria de Piaget de
quea criança na idade do pensamentoconcreto necessita agir para
conseguirconstruirconceitoseedificarosconhecimentos,elasugere
que se leve oaluno aelaborar mapas para torná-lo um leitoreficaz.
Essa ideia tem sido mal interpretada pois existe no mercado
editorial urna proliferação de cadernos de mapas mudos destinados
21
aqueoalunocoloque nomede paíseserios,ou pinte países/estadosou
municípios. Estastarefassão mecanicistas enão levam à formaçãode
conceitos quanto à linguagem cartográfica. Aaçüo para que oaluno
possa entenderalinguagem cartográfica não estáem pintarou copiar
contornos, mas em "fazer o mapa" para que. acompanhando meto-
dologicamentecadapasso do processo- reduzirproporcionalmente,
estabelecer um sistema de signos ordenados, obedecer um sistema
de projeções para que haja coordenaçãode pontos de vista (descen-
tralização espacial)-, familiarize-se com a linguagem cartográfica.
Acreditamos que mesmo depois disso o aluno sentirá dificul-
dades em organizar um sistemade signos de forma ordenada, mas
é vivendo estas ditkuldades que ele irá construir noções profun-
das de organização de um sistema semiótico. Ao ter que generali-
zar, estabelecer uma classificação e selecionaras informações que
devam ser mapeadas, o aluno será forçado a tomar consciência
das informações - as pertinentes c as não pertinentes -, o que
melhorará seu raciocínio lógico.
Ao reduzir o espaço estudado à sua representação, o aluno
percebe logo a necessidade da proporcionalidade, para que não
ocorram deformações. É a esta ação-reflexão que se refere Piaget
ao mostrar a construção do pensamento na criança pela ação.
Em suma, através desta ação de mapear e não através de có-
pias ou pinturas de mapas, dá-se um verdadeiro passo metodológi-
co para o aprendizado de mapas.
Como foi visto, para Piager' todo conhecimento deve ser
construído pela criança através de suas ações. Essas ações, em
interação com o meio e o conhecimento anterior_já organizado na
mente, proporcionam a acomodação dos conhecimentos percebi-
dos que passam a ser assimilados.
Portanto, para que o aluno consiga dar o signiticado aos sig-
niticantesdeveviveropapeldecodilicador,antesdeserdecoditicador.
Três aspectos devem ser considerados neste momento: a
função simbólica; o conhecimento da utilização do símbolo e o
espaço a ser representado.
22
Pi age~ diz que a funçfto simbólica surge por volta dos dois
anos de idade com o aparecimento da linguagem. No caso particu-
lar deste livro. porém, o interesse é o da compreensão do símbolo
como representaçcio gráfica, isto é, dos símbolos criados pela cri-
ança que representam uma ideia ou objeto. Este fenômeno liga-se
ao desenvolvimento do desenho infantil como e}(pressão gráfica
da criança.
Respeitando a teoria construtiva de Piaget a oportunidadede
a criança codificar levará, quando da capacidade de reversibilida-
de, a decodificar.
Assim, consideremos o espaço de ação cotidiana da criança,
o espaço a ser representado. A partirdele também serão construí-
das as noções espaciais. Acriança perceberá o seu espaço de ação
antes de representá-lo, e, ao representá-lo usará símbolos. ouseja,
codificará. Antes. po11anto de ser leitorade mapas, eladeverá agir
como mapeadora do seu espaço conhecido.
Ao reverter esse processo, estará lendo o mapa: primeiro do
seu espaço próximo para conseguir aos poucos abstrair espaços
mais distantes, através da generali-tação e transferência de conhe-
cimento. Isto através das deduções lógico-matemáticas. já na
idade do pensamento formal.
Podemos organizar três momentos nesse processo:
• Tarefas operatórias para a construção de pré-aprendiza-
gens, que facilitarão a leitura ele mapas. São elas as atividades ele
orientação, observação de pontos de referência, localizaçãocoma
utilização deretas coordenadascomo pontosde referência,coorde-
nação ele pontos de vista, proporcionalidade, conservação de for-
ma, tamanho e comprimento. Piaget6 mostra que é fácil a utiliza-
ção de retas coordenadas como pontos de referência no cotidiano,
uma vez que a própria natureza e os elementos urbanos do cotidia-
no nos fornecem essas coordenadas: árvores, ruas planas. postes.
paredes, portas, chão. Ponanto parece que esses pontos de refe-
rência devem ser usados para a localização de elementos simples
23
como a casa da criança, através da observação em relações topoló-
gicas, projetivas ou euclidianas.
• Atividades de codificaçtio do cotidiano para o exercício
da função simbólica no mapeamento, facilitando, desta forma, a
compreensão da relação signilicame X significado, pela criação
de significantes para o que a criança quiser representar e organiza-
dos em uma legenda.
• Leitura propriameme dita. Decodificar. ligando o signifi-
cante e o significado para melhor compreensão da legenda e toda
a simbologia dos mapas.
Este procedimento parece estar de acordo com o pensa-
mento de Jean Piaget, pois segundo ele "o ensino da representa-
ção não consiste em apresentar uma lista de palavras a aprender,
mas antes no desenvolvimento da capacidade de representar o
conhecimentojá constmído a nível prático?'''.
Desta forma. constroem-seos pré-requisitos para a leitura de
mapas e que são a compreensão de: proporcionalidade; projeção;
relaçãocodificação Xdecodificaçãoouarelação significanteXsig-
nificadodossignoscanográficosedetodaalinguagemcartográfica;
retas coordenadascomo pontos de referências;orientação e locali-
zação; pontos de referência para a localização; limitese fronteiras.
Mclaughlins sugere que a criança na fase operacional con-
creta sejacapazde lidar somentecom variáveisde um tipo de cada
vez. Assim, os mapas para essas crianças e aquelas que ainda es-
tão desenvolvendo as operações formais deveriam ter um número
limitado de vru·iáveis: limitação (a não mais que quatro) de nomes
de cidades. ruas. produções e os seus respectivos signos. Simielli9
mostrou também a necessidade de se separar as informações
dos mapas para facilitar a compreensão. Segundo ela, os alunos
entendem melhor as informações quando o mapa de hidrografia é
24
estudado separadamente do relevo, mesmo que posteriormente
haja correlação das informações, numa leitura mais complexa,
envolvendo interpretação a nível mais abrangente.
Para se chegar a um nível de interpretação mais profundo
é necessário que o aluno lenha passado por experiências para a
construção das noções espaciais, partindo das relações elemen-
tares no espaço cotidiano. Esse assunto será desenvolvido no
próximo capítulo.
Nows
1
Yn:s UlcoSie. A G..:og:nlfia. i"soserve em prilll(iro lugar p:.1ro fazer a Gucrr;t, Cmupioos,
P<~t}ÍN$, l988.
E:!S~1 clássifK:o<;~o está base~Kia em: André libauh. G~ocartografia. São Paulo. NitCional·
Edusp. 1975, e Miguel Sanchcs. "A Canog,mfia como t&:nica t'uxiliar d<' Goografin"' em
Boletim de GeogmfiaTooréti<:a. AGETOO. Rio Claro. 3 (6) ; 33-54. 1973.
1
Tomok<> P:tgnnelli. ''A NoçfiQ de Est,;•çoe deTemt)()'' em ~cvist:t Oricnl~':!lo n° 6 - IG -
USP. S5o Paulo. nuv/19RS.
_. Jt.an Pütget. 01pud C<Hls.tànct K{lmii e R. Oe~·ries.. A teoti:l de Piaget e a edu(."~ào
pré-escolar. Li&boa. Socilcullur. sld.
t J~an Piagct, F'onnnçiio do símbolo nn crinnça., Rio de Janeiro. Zahar &lirores. 1974.
• Jt.an Ping.et. La RcpréSéntation de I'Es.i:Klécchez. I'Enfant_ Pàris. PUF, 1981.
1 Collbtai)Ce Kamiie R. Devries. A tOOfi;a de Pi;.lget e a educac."1•o pré·e.'~colar. Lisbo:1. SoeiI·
cutwr.s/d.
• Mcl:~ughhn apud 8. J. Wadswonh. Piagct para professores dn pré-escola e I" Gnm. São
Paulo, Pioneira, 1984.
• M. li. Ramo~ Simielli. O map;• como meio de Comunic~lç~o C:1nogrMica: implicações oo
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  • 1. R E P E N S A N O O REPENSANDO O ENSINO R E P E N S A N O O OESPAÇO GEOGRÁFICO: ENSINO EREPRESENTAÇÃO ROSÂNGELA DOIN DE ALMEIDA ELZA YASUKO PASSINI <g editoracontexto
  • 2. A IMf> ORTÂNCIA DA LEITURA DE MAPAS O que significa "ler mapas"? Por certo. ler mapas não é apenas localizar um rio, uma cida- de, estrada ou qualquer outro fenômeno em um mapa. O mapa é uma representação codificada de um determinado espaço real. Podemos até chamá-lo de um modelo de comunica- ção, que se vale de um sistema semiórico complexo. A informa- ção é transmitida por meio de uma linguagem cartográfica que se utiliza de três elementos básicos: sistema de signos. redução e projeção. Ler mapas, portanto, significa dominar esse sistema semi6ti- co, essa linguagem cartográfica. E preparar o aluno para essa leitu- ra deve passar por preocupações metodológicas tão sérias quanto a ele se ensinar a ler e escrever, contar e fazer cálculos matemáticos. Vai-se à escola para aprender a ler e a contar; e- por que não?-, também para ler mapas. A IMPORTÂNCIA DO MAPA O mapa, um modelo de comunicação visual, é utilizado co- tidianamente por leigos em suas viagens, consulta de roteiros, lo- 15
  • 3. calização de imóveis. e por geógrafos, principalmente. de forma específica. O mapa já era utilizado pelos homens das cavemas para expressar seus deslocamentos e registrar as informações quanto às possibilidades de caça, problemas ele terreno, matas, rios, etc. Eram mapas em que se usavam símbolos iconográficos e que tinham por objetivo melhorar a sobrevivência. Eram mapas topológicos. sem preocupação de projeção e de sistema ele signos ordenados. mas os símbolos pictóricos eram de significação dire- ta, sem legenda pois era a própria linguagem deles, a iconográfica. Uma vez que a geografia é uma ciência que se preocupa com a organização elo espaço, para ela o mapa é utilizado tanto para a investigação quanto para a constatação de seus dados. A carto- grafia e a geografia e outras disciplinas como a geologia, biolo- gia caminham paralelamente para que as inrormações colhidas sejam representadas de forma sistemática e, assim, se possa ter a compreensão "espacial'' do fenômeno. O mapa. portanto. é de suma importância para que todos que se interessem por deslocamentos mais racionais, pela compreen- são ela distribuição e organização dos espaços, possam se infor- mar e se utilizar deste modelo e tenham uma visão de conjunto. Os espaços são conhecidos dos cientistas que os palmilham em suas pesquisas de campo. mas é o mapa que trará a leitura da- quele espaço, mostrando a interligação com espaços mais amplos. Assim. também, os leigos. ao se preocupm·em com a organi- zação do seu espaço. ou de forma mais cotidiana com desloca- mentos mais racionais, ou circulações alternativas (congestiona- mentos, impedimentos) devem apelar para o mapa. Yves Lacoste' mostra. de forma crítica. a necessidade de se preparar as pessoas para lerem mapas. além de conhecer o seu pró- prio espaço. Diz ele que a geografia e a cartografia em pmticular são matérias que envolvem um conhecimento estratégico. o qual permite às pessoas que desconhecem seu espaço e sua representa- ção. passarem a organizar e dominar esse espaço. 16
  • 4. O mapa aqui é tratado de forma genérica. mas uma planta baixa de quaneirão e de casas nos trazem também informações que precisariam ser analisadas pelas pessoas interessadas na loca- ção de imóveis. Normalmente. as pessoas não consultam as plan- tas, e ao consultá-las não conseguem colher todas as informações que as plantas fornecem. Porexemplo, paraaaquisição de imóveis, poucosconseguem realmente visualizar a sua localização/orientação e compreen- der a divisão espacial do imóvel em questão para efetuar uma es- colha consciente. Em caso de reforma ou de deslocamento de mobiliário. pou- cas pessoas se utilizam de uma planta obedecendo uma escala e fazendo as modificações na planta para depois efetuá-las na pníti- ca. Ao contrário. encontrJmos pessoas em tentativa de ensaio e erro, por desconhecerem a forma prática de utilização de plantas e desenhos emescala. ALEITURA DE MAPAS Ler mapas é um processo que começa com a decodificação, envolvendo algumas etapas metodológicas as quais devem ser respeitadas para que a leitura seja eficaz. ltlicia-se uma leitura pela observação do título. Temos que saber qual o espaço representado. seus limites, suas informações. Depois, é preciso observar a legenda ou a decodificação propria- mente dita, relacionando os significanteseo significado dos signos relacionados na legenda. Épreciso também se fazeruma leitura dos significantes/significados espalhados no mapa e procurar refletir sobre aquela distribuição/organização. Observar também a escala gráfica ou numérica acusada no mapa para posterior cálculo das distâncias afim de se estabelecer comparações ou interpretações. 1 7
  • 5. l.t~.-... • .....,.. r-.... . ·- L _ _ ,,.,..· · - -· - ___,_ lo.-·-·o..-.....--. 4.('-·-·----- •"-te. .... . _ . _"" ..-·-·--------·- ~-.....................~.-· ­ ... ..('................_ ....._... .......'-_....,.. - ---- Fonte: E. P. Nahum. Mapas- Estado de São Paulo. São Paulo, Scipione, 1989. t.....~-o~~-...................._ __.,_ ...........-..-.....,............ ,............._,...__...... '"'- .....-- ..~~·..-·....._ f.t.otolloto--••-·-• -- Fonte: Idem. 18 ·,v -~· o 31 741W L.....L.......J Escalé' 1:61:025.000 ......__ ·.J,.· "71":' Escala 1:9.250:000
  • 6. a.c..-..c.....~o s...l'- 1~-·-·---'.. ~;~~<..- ..._ ,_ _ • ).::=..:.-:"'::::·- - &.Sot..... _ .... ~~ ...... f_ --- ---· t.c-·-·---· -·- Fonte: E. P. Nahum. Mapas- Estado de São Paulo. São Paulo, Scipione, 1989. fOIIé: OGui&, ~ 7'édiÇãO, SAo Paulo, Mapograf, 1987. o 8.75 17,50 km Escala 1:2:187:500 19
  • 7. Sabemos que o mapa é uma redução proporcional da realidade. Eé a escala que estabelece quantas vezes o espaço real sofreu redução. Uma escala de 1: 100 significa que todas as medidas foram reduzidas cem vezes. Lê-se umporcem.Cadacentímetro no mapa equivale a cem centímetros na realidade. Essa escala é uma escala grande e fornece plantas baixas de detalhe. São as plantas que podem retratar detalhes de imóveis. De 1:500 a 1:5000 significa que todas as medidas foram re- duzidas 500 ou 5 mil vezes. Lê-se um por quinhentos e um por cinco mil. Cada centímetro no mapa equivale a 500 centímetros ou 5000 em na realidade. Utiliza-se esta escala para as plantas de cidadesc planos cadastrais. Nos planos cadastrais a representação é de detalhe das linhas essenciais sem deformação, evidenciando a localização exata, dimensões lineares e areolares dos prédios. Deve ser um desenho geometricamente exato, conservando-se os ângulos e a relatividade das distâncias. Ao ultrapassar a escala de I:20.000 até 1:250.000 encontra- mos as cartas topográficas. As representações dessas escalas, ainda consideradas gran- des,possuem como limites, habitualmente, as coordenadasgeográ- ficas, e raramente os limites políticos. As canas de escalas menores que 1:500.000 podem ser cha- madas corográficas, fornecendo uma visão geral de uma região (core= região). Sãodenominados mapas, as representações de escala menor (1:1.000.000) portanto com menor número de detalhes e os limi- tes da área representada são os limites políticos. As cartas gerais de escalas menores (I:205.000.000) podem atingir o mundo. São os planisférios. E a forma do globo é bidi- mensionada, com clarezado L mçado dos meridianos e paralelos2. Conforme diminui aescala ou conforme a área atingida pela representação rorna-se maior há perda de informação e há necessi- dade de se interpretar as generalizações. É preciso ter-se em coma 20
  • 8. que no processo de mapeamento houve uma classificação das in- formações e um minucioso trabalho de classificação para sele- cionar as informações mais significativas para o objetivo daquela representação. Na figura I observamos que ocupando o mesmo espaço no papel, a escala se refere a espaços maiores. Para tanto, deve-se ter bem claro o objetivo do mapeamen- to. Naturalmente há uma grande diferença entre mapas para fins turísticos e mapas para fins de pesquisas de dados precisos da geo- grafia física e econômica. Em todos os mapas há necessidade desta clareza de objeti- vos. Ao selecionar as informações deve-se buscar as generaliza- ções mas sem perder informações importantes. Ao ler o mapa, o usuário deve terem mente essas generaliza- ções e ao reverter o processo representação X espaço físico real, não deixar de considerá-las. Desta forma, tentamos deixar claro que o mínimo de infor- mações sobre as técnicas de mapeamento são necessária~ para o leitor obter maior sucesso na leitura do mapa. MAPEADOR X LEITOR DE MAPAS Iniciando o aluno em sua tarefa de mapear, estamos, portan- to. mostrando os caminhos para que se torne um leitor consciente da linguagem cartográfica. PaganeiiP mostra como os passos metodológicos de mapear levam à formação de um bom leitor. Baseada na teoria de Piaget de quea criança na idade do pensamentoconcreto necessita agir para conseguirconstruirconceitoseedificarosconhecimentos,elasugere que se leve oaluno aelaborar mapas para torná-lo um leitoreficaz. Essa ideia tem sido mal interpretada pois existe no mercado editorial urna proliferação de cadernos de mapas mudos destinados 21
  • 9. aqueoalunocoloque nomede paíseserios,ou pinte países/estadosou municípios. Estastarefassão mecanicistas enão levam à formaçãode conceitos quanto à linguagem cartográfica. Aaçüo para que oaluno possa entenderalinguagem cartográfica não estáem pintarou copiar contornos, mas em "fazer o mapa" para que. acompanhando meto- dologicamentecadapasso do processo- reduzirproporcionalmente, estabelecer um sistema de signos ordenados, obedecer um sistema de projeções para que haja coordenaçãode pontos de vista (descen- tralização espacial)-, familiarize-se com a linguagem cartográfica. Acreditamos que mesmo depois disso o aluno sentirá dificul- dades em organizar um sistemade signos de forma ordenada, mas é vivendo estas ditkuldades que ele irá construir noções profun- das de organização de um sistema semiótico. Ao ter que generali- zar, estabelecer uma classificação e selecionaras informações que devam ser mapeadas, o aluno será forçado a tomar consciência das informações - as pertinentes c as não pertinentes -, o que melhorará seu raciocínio lógico. Ao reduzir o espaço estudado à sua representação, o aluno percebe logo a necessidade da proporcionalidade, para que não ocorram deformações. É a esta ação-reflexão que se refere Piaget ao mostrar a construção do pensamento na criança pela ação. Em suma, através desta ação de mapear e não através de có- pias ou pinturas de mapas, dá-se um verdadeiro passo metodológi- co para o aprendizado de mapas. Como foi visto, para Piager' todo conhecimento deve ser construído pela criança através de suas ações. Essas ações, em interação com o meio e o conhecimento anterior_já organizado na mente, proporcionam a acomodação dos conhecimentos percebi- dos que passam a ser assimilados. Portanto, para que o aluno consiga dar o signiticado aos sig- niticantesdeveviveropapeldecodilicador,antesdeserdecoditicador. Três aspectos devem ser considerados neste momento: a função simbólica; o conhecimento da utilização do símbolo e o espaço a ser representado. 22
  • 10. Pi age~ diz que a funçfto simbólica surge por volta dos dois anos de idade com o aparecimento da linguagem. No caso particu- lar deste livro. porém, o interesse é o da compreensão do símbolo como representaçcio gráfica, isto é, dos símbolos criados pela cri- ança que representam uma ideia ou objeto. Este fenômeno liga-se ao desenvolvimento do desenho infantil como e}(pressão gráfica da criança. Respeitando a teoria construtiva de Piaget a oportunidadede a criança codificar levará, quando da capacidade de reversibilida- de, a decodificar. Assim, consideremos o espaço de ação cotidiana da criança, o espaço a ser representado. A partirdele também serão construí- das as noções espaciais. Acriança perceberá o seu espaço de ação antes de representá-lo, e, ao representá-lo usará símbolos. ouseja, codificará. Antes. po11anto de ser leitorade mapas, eladeverá agir como mapeadora do seu espaço conhecido. Ao reverter esse processo, estará lendo o mapa: primeiro do seu espaço próximo para conseguir aos poucos abstrair espaços mais distantes, através da generali-tação e transferência de conhe- cimento. Isto através das deduções lógico-matemáticas. já na idade do pensamento formal. Podemos organizar três momentos nesse processo: • Tarefas operatórias para a construção de pré-aprendiza- gens, que facilitarão a leitura ele mapas. São elas as atividades ele orientação, observação de pontos de referência, localizaçãocoma utilização deretas coordenadascomo pontosde referência,coorde- nação ele pontos de vista, proporcionalidade, conservação de for- ma, tamanho e comprimento. Piaget6 mostra que é fácil a utiliza- ção de retas coordenadas como pontos de referência no cotidiano, uma vez que a própria natureza e os elementos urbanos do cotidia- no nos fornecem essas coordenadas: árvores, ruas planas. postes. paredes, portas, chão. Ponanto parece que esses pontos de refe- rência devem ser usados para a localização de elementos simples 23
  • 11. como a casa da criança, através da observação em relações topoló- gicas, projetivas ou euclidianas. • Atividades de codificaçtio do cotidiano para o exercício da função simbólica no mapeamento, facilitando, desta forma, a compreensão da relação signilicame X significado, pela criação de significantes para o que a criança quiser representar e organiza- dos em uma legenda. • Leitura propriameme dita. Decodificar. ligando o signifi- cante e o significado para melhor compreensão da legenda e toda a simbologia dos mapas. Este procedimento parece estar de acordo com o pensa- mento de Jean Piaget, pois segundo ele "o ensino da representa- ção não consiste em apresentar uma lista de palavras a aprender, mas antes no desenvolvimento da capacidade de representar o conhecimentojá constmído a nível prático?'''. Desta forma. constroem-seos pré-requisitos para a leitura de mapas e que são a compreensão de: proporcionalidade; projeção; relaçãocodificação Xdecodificaçãoouarelação significanteXsig- nificadodossignoscanográficosedetodaalinguagemcartográfica; retas coordenadascomo pontos de referências;orientação e locali- zação; pontos de referência para a localização; limitese fronteiras. Mclaughlins sugere que a criança na fase operacional con- creta sejacapazde lidar somentecom variáveisde um tipo de cada vez. Assim, os mapas para essas crianças e aquelas que ainda es- tão desenvolvendo as operações formais deveriam ter um número limitado de vru·iáveis: limitação (a não mais que quatro) de nomes de cidades. ruas. produções e os seus respectivos signos. Simielli9 mostrou também a necessidade de se separar as informações dos mapas para facilitar a compreensão. Segundo ela, os alunos entendem melhor as informações quando o mapa de hidrografia é 24
  • 12. estudado separadamente do relevo, mesmo que posteriormente haja correlação das informações, numa leitura mais complexa, envolvendo interpretação a nível mais abrangente. Para se chegar a um nível de interpretação mais profundo é necessário que o aluno lenha passado por experiências para a construção das noções espaciais, partindo das relações elemen- tares no espaço cotidiano. Esse assunto será desenvolvido no próximo capítulo. Nows 1 Yn:s UlcoSie. A G..:og:nlfia. i"soserve em prilll(iro lugar p:.1ro fazer a Gucrr;t, Cmupioos, P<~t}ÍN$, l988. E:!S~1 clássifK:o<;~o está base~Kia em: André libauh. G~ocartografia. São Paulo. NitCional· Edusp. 1975, e Miguel Sanchcs. "A Canog,mfia como t&:nica t'uxiliar d<' Goografin"' em Boletim de GeogmfiaTooréti<:a. AGETOO. Rio Claro. 3 (6) ; 33-54. 1973. 1 Tomok<> P:tgnnelli. ''A NoçfiQ de Est,;•çoe deTemt)()'' em ~cvist:t Oricnl~':!lo n° 6 - IG - USP. S5o Paulo. nuv/19RS. _. Jt.an Pütget. 01pud C<Hls.tànct K{lmii e R. Oe~·ries.. A teoti:l de Piaget e a edu(."~ào pré-escolar. Li&boa. Socilcullur. sld. t J~an Piagct, F'onnnçiio do símbolo nn crinnça., Rio de Janeiro. Zahar &lirores. 1974. • Jt.an Ping.et. La RcpréSéntation de I'Es.i:Klécchez. I'Enfant_ Pàris. PUF, 1981. 1 Collbtai)Ce Kamiie R. Devries. A tOOfi;a de Pi;.lget e a educac."1•o pré·e.'~colar. Lisbo:1. SoeiI· cutwr.s/d. • Mcl:~ughhn apud 8. J. Wadswonh. Piagct para professores dn pré-escola e I" Gnm. São Paulo, Pioneira, 1984. • M. li. Ramo~ Simielli. O map;• como meio de Comunic~lç~o C:1nogrMica: implicações oo ensino da Googrotiado J ' Grau. Slo Paulo. USP/GoograJia. l986. (mimeo). 25