SlideShare uma empresa Scribd logo
O método mais elegante de entrega de genes, em termos de composição definida e
reprodutibilidade de fabricação,envolveriapartículassintéticas, por exemplo, usando lipídios
ou polímeros para transportar DNA. No entanto, estes métodos ainda não conseguiram
absorção eficiente e expressão de genes sustentada in vivo. Assim, os ensaios de terapia de
reposiçãogenéticaque demonstrarambenefício clínico, discutidos nos §§3-6, usaram vetores
viraispara a administraçãode genes,porque os vírus são altamente adaptados para a entrega
de genes para suas células hospedeiras.
Isso significa que o provirus integrado é transmitido para células-filhas quando a célula
infectadase divide.Umvírusda leucemiamurina(MLV) foi o primeiro genoma retroviral a ser
projetado para transportar um gene estranho, o herpes simplex timidina quinase [12]. A
exclusão da sequência necessária para empacotar o ARN viral em partículas permitiu que os
genes virais necessários para a produção de partículas sejam fornecidos em cis para vetores
MLV defeituosos de replicação sem genes virais [13]. As linhas celulares de empacotamento
viral foram então construídas com os genes virais expressos a partir de dois segmentos de
DNA, eliminando essencialmente o risco de recombinação com o vetor para gerar vírus
competentesparaareplicação[14, 15]. A capacidade dosvetores MLV para administrar genes
às células-tronco bonemarrow de ratos e humanos foi muito logo demonstrada [16, 17]. Isso
ocorreu porque uma série de doenças hereditárias poderiam ser curadas por transplante de
medula óssea se um doador adequado
A eficiência da transferência
Um especialistaemterapiagênicaumavezafirmou:“a terapiagênica”sofre de trêsproblemas
técnicos principais; a transferência, a transferência e a transferência”.
Nos estudos de terapia gênica, a maior parte dos esforços é concentrada na procura de
vetores que possam transferir o DNA de modo eficiente, principalmente para células
desejadas.Nestesúltimosanosforaminventadose testadosumagrande variedadede vetores,
alguns dos quais com chances de expressar o gene estranho em um tipo celular específico
(comoglóbulosbrancos,célulasdo músculo, das vias respiratórias, etc.). Alguns destes estão
em vias de experimentação no homem e, a esperança é que apareçam resultados bons.
A duração da expressão
A terapiagênicaé praticamente inútilse a expressão do gene estranho não é mantida por um
bomperíodode tempo.Aspesquisasestãoorientadasde maneiraadesenvolversistemas que
apresentem uma expressão duradoura, de modo a submeter o paciente a um único
tratamento, ou a tratamentos repetidos em períodos maiores (anos).
A segurança do procedimento
Este é um problema particularmente evidente para os vetores virais. Alguns destes derivam
de vírus perigosos como o HIV. É então necessário que antes do uso destes vetores sejam
submetidos a critérios de segurança, particularmente no que concerne a presença de genes
que podem determinar a patogenicidade do vírus utilizado para infectar (transferir o gene
desejado) para as células do hospedeiro.
A reação imunitária
Como toda substância estranha, o produto do gene novo, o gene propriamente dito ou seu
vetorpodeminstigarumarespostaimunitárianoorganismo sob tratamento. Isto pode causar
a eliminação das células modificadas geneticamente, ou a inativação da proteína produzida
pelogene novo.Nodesenvolvimentode estratégiasnovas de terapia gênica procura-se evitar
respostas imunitárias ao vetor ou ao produto do gene introduzido. Se trata de uma tarefa
difícil e freqüentemente empírica,mas isso é cada vez mais usado em inovações no campo da
imunologia.
Os vetores virais
Os vetores virais são vírus manipulados geneticamente, de modo a reduzir a sua
patogenicidade,semanulartotalmente oseupoderde infectar as células do hospedeiro (leia
mais sobre isso no conteúdo de vírus) Com as técnicas da engenharia genética é possível
somar ao DNA do vírus o gene que se quer transferir a determinada célula. Deste modo, o
vírus infectando a célula, trará consigo uma ou mais cópias do gene desejado.
Os retrovíruspossuema habilidadede integrar o seu DNA dentro dos cromossomos da célula
infectada.Então,ogene seráinseridonogenomadas células hospedeiras e, podem assim ser
transmitidos a todas as células-filhas das infectadas. Eles infectam somente as células que
estão proliferando.
Os lentivírus,comoo HIV,permitemtambémtransferirmaterialgenéticoparacélulasque não
proliferam(comoosneurôniose célulasdofígado) oupara célulasrefratáriaspara o retrovírus
(como as células retiradas da medula óssea).
Os adenoassociados de vírus também integram o seu DNA ao cromossomo da célula
hospedeira. Eles têm a vantagem de serem inofensivos para a natureza em relação ao
retrovírus, mas não são capazes de transportar genes de dimensões grandes.
Os adenovírus não são capazes de integrar o seu DNA ao cromossomo da célula hospedeira.
Elespodem transportar genes de grandes dimensões, mas a expressão deles não dura muito
tempo.
Os vetores não virais
Os lipossomossãoessencialmenteosúnicosvetoresnãoviraisutilizados freqüentemente. As
esferas de lipídeos podem ser um importante meio para a transferência gênica. Em
comparação aos vírus, eles têm a vantagem de não introduzir algum risco em condições de
segurança, mas eles não possuem grande eficiência e são muito seletivos.
5. Terapia de genes para tratar câncer e doenças infecciosas.
O uso de terapia genética em doenças como o câncer é uma tentativa para os médicos. A
princípio houve a tentativa de correção do genótipo das células tumorais por restauração do
gene supressor de tumores, contudo não é confiável pois a entrega dos genes a cada célula
tumoral é muito difícil de obter sucesso, e as células não modificadas ainda estarão em
quantidade superior. É mais proveitoso e lógico criar um ambiente hostil inserindo genes alvo
em linfócitosT monoclonaisdo próprio hospedeiro para destruição das células tumorais, assim
o sistema imunológico estaria apto para reconhecere eliminar os tumores.Algumas formas de
imunidade tumoral podem ser estimuladas por infusão de anticorpos monoclonais,
direcionando receptores em células tumorais, como Her2. A modificação genética pode ser
usada para gerarumgrande número de células T específicas de tumor, o que tornaria possível
utilizar as próprias células T do paciente para reconhecer o tumor. Isto funcionou com ensaios
clínicos com células T transduzidas com vetores lentivirais, que expressa um receptor de
antígeno quimérico quereconhecea proteína da superfície hematopoiética.A infusão direta de
um grande número de células T ativadas e tumoradas pode muito bem ser mais fácil do que
tentar gerar números semelhantes de células T efetoras por vacinação em pacientes tumorais
cujo sistema imunológico é muitas vezes suprimido.
As propostas para terapia genética no HIV envolvem estratégias de inibição da replicação do
vírus por entrega de proteínas virais negativas dominantes para células infectadas pelo HIV,
encadear um promotor regulado pelo HIV para um gene citotóxico, de modo que as células
infectadasmorressemou a melhorde todasqueseria fornecercélulas resistentes a infecção do
HIV, com a deleção do gene que expressa o sítio de ligação utilizado como receptor do vírus.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Terapia genética.docx

Resumo teórico de virologia
Resumo teórico de virologiaResumo teórico de virologia
Resumo teórico de virologia
emanuel
 
1ª Introducao Ao Curso De Virologia
1ª  Introducao Ao Curso De Virologia1ª  Introducao Ao Curso De Virologia
1ª Introducao Ao Curso De Virologia
Renato Moura
 
Virus
VirusVirus
Exercicios sobre virus
Exercicios sobre virusExercicios sobre virus
Exercicios sobre virus
Gleydson Ferreira
 
TRANSGENICOS-1.pdf
TRANSGENICOS-1.pdfTRANSGENICOS-1.pdf
TRANSGENICOS-1.pdf
MarcusBancilon1
 
Vírus
VírusVírus
Vírus
profatatiana
 
Vírus
VírusVírus
Vírus
URCA
 
Vírus
VírusVírus
Vírus
profatatiana
 
Produção Proteínas Recombinantes
Produção Proteínas RecombinantesProdução Proteínas Recombinantes
Produção Proteínas Recombinantes
LABIMUNO UFBA
 
Biotecnologia
Biotecnologia Biotecnologia
Biotecnologia
Wanessa Santos
 
Vacinas gênicas
Vacinas gênicasVacinas gênicas
Vacinas gênicas
Global Approach Consulting
 
CNVs e mosaicismo durante o desenvovimento somático
CNVs e mosaicismo durante o desenvovimento somáticoCNVs e mosaicismo durante o desenvovimento somático
CNVs e mosaicismo durante o desenvovimento somático
Rinaldo Pereira
 
Virus, AULA DE VIRUS
Virus, AULA DE VIRUSVirus, AULA DE VIRUS
Virus, AULA DE VIRUS
Fagner Souza
 
Ufp 2011.05.10 imunologia hpv
Ufp 2011.05.10 imunologia hpvUfp 2011.05.10 imunologia hpv
Ufp 2011.05.10 imunologia hpv
Hugo Sousa
 
3S_Resumo_
3S_Resumo_ 3S_Resumo_
Vírus
VírusVírus
Výýrus
VýýrusVýýrus
Výýrus
Dayane Stephany
 
Terapia gênica
Terapia gênicaTerapia gênica
Terapia gênica
Sheila Cassenotte
 
As Bases genéticas do Câncer
As Bases genéticas do CâncerAs Bases genéticas do Câncer
As Bases genéticas do Câncer
Amanda Gerardel
 
Neoplasia cervical 01
Neoplasia cervical 01Neoplasia cervical 01
Neoplasia cervical 01
guidenele
 

Semelhante a Terapia genética.docx (20)

Resumo teórico de virologia
Resumo teórico de virologiaResumo teórico de virologia
Resumo teórico de virologia
 
1ª Introducao Ao Curso De Virologia
1ª  Introducao Ao Curso De Virologia1ª  Introducao Ao Curso De Virologia
1ª Introducao Ao Curso De Virologia
 
Virus
VirusVirus
Virus
 
Exercicios sobre virus
Exercicios sobre virusExercicios sobre virus
Exercicios sobre virus
 
TRANSGENICOS-1.pdf
TRANSGENICOS-1.pdfTRANSGENICOS-1.pdf
TRANSGENICOS-1.pdf
 
Vírus
VírusVírus
Vírus
 
Vírus
VírusVírus
Vírus
 
Vírus
VírusVírus
Vírus
 
Produção Proteínas Recombinantes
Produção Proteínas RecombinantesProdução Proteínas Recombinantes
Produção Proteínas Recombinantes
 
Biotecnologia
Biotecnologia Biotecnologia
Biotecnologia
 
Vacinas gênicas
Vacinas gênicasVacinas gênicas
Vacinas gênicas
 
CNVs e mosaicismo durante o desenvovimento somático
CNVs e mosaicismo durante o desenvovimento somáticoCNVs e mosaicismo durante o desenvovimento somático
CNVs e mosaicismo durante o desenvovimento somático
 
Virus, AULA DE VIRUS
Virus, AULA DE VIRUSVirus, AULA DE VIRUS
Virus, AULA DE VIRUS
 
Ufp 2011.05.10 imunologia hpv
Ufp 2011.05.10 imunologia hpvUfp 2011.05.10 imunologia hpv
Ufp 2011.05.10 imunologia hpv
 
3S_Resumo_
3S_Resumo_ 3S_Resumo_
3S_Resumo_
 
Vírus
VírusVírus
Vírus
 
Výýrus
VýýrusVýýrus
Výýrus
 
Terapia gênica
Terapia gênicaTerapia gênica
Terapia gênica
 
As Bases genéticas do Câncer
As Bases genéticas do CâncerAs Bases genéticas do Câncer
As Bases genéticas do Câncer
 
Neoplasia cervical 01
Neoplasia cervical 01Neoplasia cervical 01
Neoplasia cervical 01
 

Último

8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf
8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf
8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf
jhordana1
 
higienização de espaços e equipamentos
higienização de    espaços e equipamentoshigienização de    espaços e equipamentos
higienização de espaços e equipamentos
Manuel Pacheco Vieira
 
AULA 04.06. BOTOX.pdfHarmonizaçao Facia
AULA 04.06. BOTOX.pdfHarmonizaçao  FaciaAULA 04.06. BOTOX.pdfHarmonizaçao  Facia
AULA 04.06. BOTOX.pdfHarmonizaçao Facia
AntonioXavier35
 
A-Importancia-da-Saude-Mental-na-Juventude.pptx
A-Importancia-da-Saude-Mental-na-Juventude.pptxA-Importancia-da-Saude-Mental-na-Juventude.pptx
A-Importancia-da-Saude-Mental-na-Juventude.pptx
walterjose20
 
Sistema Reprodutor Feminino curso tec. de enfermagem
Sistema Reprodutor Feminino curso tec. de enfermagemSistema Reprodutor Feminino curso tec. de enfermagem
Sistema Reprodutor Feminino curso tec. de enfermagem
BarbaraKelle
 
VIAS+E+ADMINISTRAÇÃO+DE+MEDICAMENTOS-+AULA+03 (2).pdf
VIAS+E+ADMINISTRAÇÃO+DE+MEDICAMENTOS-+AULA+03 (2).pdfVIAS+E+ADMINISTRAÇÃO+DE+MEDICAMENTOS-+AULA+03 (2).pdf
VIAS+E+ADMINISTRAÇÃO+DE+MEDICAMENTOS-+AULA+03 (2).pdf
kailanejoyce4
 
Descubra os segredos do emagrecimento sustentável: Dicas práticas e estratégi...
Descubra os segredos do emagrecimento sustentável: Dicas práticas e estratégi...Descubra os segredos do emagrecimento sustentável: Dicas práticas e estratégi...
Descubra os segredos do emagrecimento sustentável: Dicas práticas e estratégi...
Lenilson Souza
 
higienização de espaços e equipamentos
higienização de espaços    e equipamentoshigienização de espaços    e equipamentos
higienização de espaços e equipamentos
Manuel Pacheco Vieira
 
Medicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdf
Medicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdfMedicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdf
Medicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdf
jhordana1
 

Último (9)

8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf
8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf
8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf
 
higienização de espaços e equipamentos
higienização de    espaços e equipamentoshigienização de    espaços e equipamentos
higienização de espaços e equipamentos
 
AULA 04.06. BOTOX.pdfHarmonizaçao Facia
AULA 04.06. BOTOX.pdfHarmonizaçao  FaciaAULA 04.06. BOTOX.pdfHarmonizaçao  Facia
AULA 04.06. BOTOX.pdfHarmonizaçao Facia
 
A-Importancia-da-Saude-Mental-na-Juventude.pptx
A-Importancia-da-Saude-Mental-na-Juventude.pptxA-Importancia-da-Saude-Mental-na-Juventude.pptx
A-Importancia-da-Saude-Mental-na-Juventude.pptx
 
Sistema Reprodutor Feminino curso tec. de enfermagem
Sistema Reprodutor Feminino curso tec. de enfermagemSistema Reprodutor Feminino curso tec. de enfermagem
Sistema Reprodutor Feminino curso tec. de enfermagem
 
VIAS+E+ADMINISTRAÇÃO+DE+MEDICAMENTOS-+AULA+03 (2).pdf
VIAS+E+ADMINISTRAÇÃO+DE+MEDICAMENTOS-+AULA+03 (2).pdfVIAS+E+ADMINISTRAÇÃO+DE+MEDICAMENTOS-+AULA+03 (2).pdf
VIAS+E+ADMINISTRAÇÃO+DE+MEDICAMENTOS-+AULA+03 (2).pdf
 
Descubra os segredos do emagrecimento sustentável: Dicas práticas e estratégi...
Descubra os segredos do emagrecimento sustentável: Dicas práticas e estratégi...Descubra os segredos do emagrecimento sustentável: Dicas práticas e estratégi...
Descubra os segredos do emagrecimento sustentável: Dicas práticas e estratégi...
 
higienização de espaços e equipamentos
higienização de espaços    e equipamentoshigienização de espaços    e equipamentos
higienização de espaços e equipamentos
 
Medicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdf
Medicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdfMedicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdf
Medicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdf
 

Terapia genética.docx

  • 1. O método mais elegante de entrega de genes, em termos de composição definida e reprodutibilidade de fabricação,envolveriapartículassintéticas, por exemplo, usando lipídios ou polímeros para transportar DNA. No entanto, estes métodos ainda não conseguiram absorção eficiente e expressão de genes sustentada in vivo. Assim, os ensaios de terapia de reposiçãogenéticaque demonstrarambenefício clínico, discutidos nos §§3-6, usaram vetores viraispara a administraçãode genes,porque os vírus são altamente adaptados para a entrega de genes para suas células hospedeiras. Isso significa que o provirus integrado é transmitido para células-filhas quando a célula infectadase divide.Umvírusda leucemiamurina(MLV) foi o primeiro genoma retroviral a ser projetado para transportar um gene estranho, o herpes simplex timidina quinase [12]. A exclusão da sequência necessária para empacotar o ARN viral em partículas permitiu que os genes virais necessários para a produção de partículas sejam fornecidos em cis para vetores MLV defeituosos de replicação sem genes virais [13]. As linhas celulares de empacotamento viral foram então construídas com os genes virais expressos a partir de dois segmentos de DNA, eliminando essencialmente o risco de recombinação com o vetor para gerar vírus competentesparaareplicação[14, 15]. A capacidade dosvetores MLV para administrar genes às células-tronco bonemarrow de ratos e humanos foi muito logo demonstrada [16, 17]. Isso ocorreu porque uma série de doenças hereditárias poderiam ser curadas por transplante de medula óssea se um doador adequado A eficiência da transferência Um especialistaemterapiagênicaumavezafirmou:“a terapiagênica”sofre de trêsproblemas técnicos principais; a transferência, a transferência e a transferência”. Nos estudos de terapia gênica, a maior parte dos esforços é concentrada na procura de vetores que possam transferir o DNA de modo eficiente, principalmente para células desejadas.Nestesúltimosanosforaminventadose testadosumagrande variedadede vetores, alguns dos quais com chances de expressar o gene estranho em um tipo celular específico (comoglóbulosbrancos,célulasdo músculo, das vias respiratórias, etc.). Alguns destes estão em vias de experimentação no homem e, a esperança é que apareçam resultados bons. A duração da expressão A terapiagênicaé praticamente inútilse a expressão do gene estranho não é mantida por um bomperíodode tempo.Aspesquisasestãoorientadasde maneiraadesenvolversistemas que apresentem uma expressão duradoura, de modo a submeter o paciente a um único tratamento, ou a tratamentos repetidos em períodos maiores (anos). A segurança do procedimento
  • 2. Este é um problema particularmente evidente para os vetores virais. Alguns destes derivam de vírus perigosos como o HIV. É então necessário que antes do uso destes vetores sejam submetidos a critérios de segurança, particularmente no que concerne a presença de genes que podem determinar a patogenicidade do vírus utilizado para infectar (transferir o gene desejado) para as células do hospedeiro. A reação imunitária Como toda substância estranha, o produto do gene novo, o gene propriamente dito ou seu vetorpodeminstigarumarespostaimunitárianoorganismo sob tratamento. Isto pode causar a eliminação das células modificadas geneticamente, ou a inativação da proteína produzida pelogene novo.Nodesenvolvimentode estratégiasnovas de terapia gênica procura-se evitar respostas imunitárias ao vetor ou ao produto do gene introduzido. Se trata de uma tarefa difícil e freqüentemente empírica,mas isso é cada vez mais usado em inovações no campo da imunologia. Os vetores virais Os vetores virais são vírus manipulados geneticamente, de modo a reduzir a sua patogenicidade,semanulartotalmente oseupoderde infectar as células do hospedeiro (leia mais sobre isso no conteúdo de vírus) Com as técnicas da engenharia genética é possível somar ao DNA do vírus o gene que se quer transferir a determinada célula. Deste modo, o vírus infectando a célula, trará consigo uma ou mais cópias do gene desejado. Os retrovíruspossuema habilidadede integrar o seu DNA dentro dos cromossomos da célula infectada.Então,ogene seráinseridonogenomadas células hospedeiras e, podem assim ser transmitidos a todas as células-filhas das infectadas. Eles infectam somente as células que estão proliferando. Os lentivírus,comoo HIV,permitemtambémtransferirmaterialgenéticoparacélulasque não proliferam(comoosneurôniose célulasdofígado) oupara célulasrefratáriaspara o retrovírus (como as células retiradas da medula óssea). Os adenoassociados de vírus também integram o seu DNA ao cromossomo da célula hospedeira. Eles têm a vantagem de serem inofensivos para a natureza em relação ao retrovírus, mas não são capazes de transportar genes de dimensões grandes. Os adenovírus não são capazes de integrar o seu DNA ao cromossomo da célula hospedeira. Elespodem transportar genes de grandes dimensões, mas a expressão deles não dura muito tempo. Os vetores não virais Os lipossomossãoessencialmenteosúnicosvetoresnãoviraisutilizados freqüentemente. As esferas de lipídeos podem ser um importante meio para a transferência gênica. Em
  • 3. comparação aos vírus, eles têm a vantagem de não introduzir algum risco em condições de segurança, mas eles não possuem grande eficiência e são muito seletivos. 5. Terapia de genes para tratar câncer e doenças infecciosas. O uso de terapia genética em doenças como o câncer é uma tentativa para os médicos. A princípio houve a tentativa de correção do genótipo das células tumorais por restauração do gene supressor de tumores, contudo não é confiável pois a entrega dos genes a cada célula tumoral é muito difícil de obter sucesso, e as células não modificadas ainda estarão em quantidade superior. É mais proveitoso e lógico criar um ambiente hostil inserindo genes alvo em linfócitosT monoclonaisdo próprio hospedeiro para destruição das células tumorais, assim o sistema imunológico estaria apto para reconhecere eliminar os tumores.Algumas formas de imunidade tumoral podem ser estimuladas por infusão de anticorpos monoclonais, direcionando receptores em células tumorais, como Her2. A modificação genética pode ser usada para gerarumgrande número de células T específicas de tumor, o que tornaria possível utilizar as próprias células T do paciente para reconhecer o tumor. Isto funcionou com ensaios clínicos com células T transduzidas com vetores lentivirais, que expressa um receptor de antígeno quimérico quereconhecea proteína da superfície hematopoiética.A infusão direta de um grande número de células T ativadas e tumoradas pode muito bem ser mais fácil do que tentar gerar números semelhantes de células T efetoras por vacinação em pacientes tumorais cujo sistema imunológico é muitas vezes suprimido. As propostas para terapia genética no HIV envolvem estratégias de inibição da replicação do vírus por entrega de proteínas virais negativas dominantes para células infectadas pelo HIV, encadear um promotor regulado pelo HIV para um gene citotóxico, de modo que as células infectadasmorressemou a melhorde todasqueseria fornecercélulas resistentes a infecção do HIV, com a deleção do gene que expressa o sítio de ligação utilizado como receptor do vírus.