Este documento apresenta os fundamentos da pesquisa científica em ciências sociais e económicas, discutindo objetivos pedagógicos, métodos, técnicas e classificações da pesquisa. Resume os principais tipos de pesquisa, como pesquisa pura, aplicada e investigação aplicada; e discute métodos como dedutivo, indutivo, hipotético-dedutivo, dialético e histórico.
1. UNIVERDIADE AGOSTINHO NETO
FACULDADE DE DIREITO
Programa de Mestrado e Pós-Graduação
PESQUISA CIENTÍFICA EM CIÊNCIAS SOCIAIS
E ECONOMICAS
(Nível II)
Maio de 2011
Prof. Doutor Jacob Massuanganhe
PhD, Politicas Públicas, Governação e Desenvolvimento Local
Coordenador de Programas, CPPPGL- UAN
Curso de Pesquisadores e Analistas Sociais 1
2. Objectivos Pedagógicos
Aprofundamento do quadro da pesquisa cientifica
Aprofundamento de modelos analíticos
Desenvolvimento das capacidades compreensão e
interpretação dos fenómenos
Induzir a ciência (produção de modelos, teorias e
até doutrinas)
Desenvolver pesquisas sobre problemas concreto
e apresentar resultados com soluções reais.
3. EM SUMA….
FENOMENO INFORMAÇÃO CODIFICAÇÃO
OBSERVAÇÃO PROCESSAMENTO PRATICA
FUNDAMENTOS APRENDIZAGEM
CONCLUSÃO (Modelação cientifica – (Lições para outros
Implicações) horizontes)
Depois do fim existe o além: Nunca tirar conclusões sem fundamentos,
pois nem sempre a conlusão significa o fim! Há sempre a necessidade de
analisar tendo em conta a multiplicidade de pontos de vista
3
John Barnes
4. A questão da Pesquisa Aplicada
Princípios Métodos Técnicas
Diagnostico e Avaliação Hermenêutica (DRP,
CASUALIDADE SWOT e PEST)
Relações e correlações
MODELAÇÃO (STATS , SPSS e EXCEL) Estatística Descritiva
Parâmetros determinísticos Econométricas – Regressão
NORMALIZAÇÃO (EVIEWS, STATA e EXCEL) Linear e Multipla
Programação sistémica Programação Linear (Matriz
OPTIMIZAÇÃO de Langrange)
(DEA, FRONTEIR e EXCEL)
Testes e Simulações – Eficiência, Probabilístico,
PREVISÃO Risco e Expectativas
Impacto (EXCEL SOLVER)
5. Fundamentos da Pesquisa Cientifica
Uma pesquisa é um processo de construção do
conhecimento que tem como metas principais gerar novos
conhecimentos e/ou aprofundar ou refutar algum
conhecimento pré-existente.
É basicamente um processo de
aprendizagem tanto do indivíduo
que a realiza quanto da sociedade
na qual esta se desenvolve. A
pesquisa como actividade regular
também pode ser definida como o
conjunto de actividades
orientadas na busca de um
conhecimento com aplicação
de métodos científicos.
6. Finalidade da Pesquisa
Pesquisa Pura ou Fundamental
*Motivada por razões de ordem intelectual.
*Objectivo é alcançar o saber, para adquirir o conhecimento.
*Realizada por cientistas e contribui para o avanço da ciência.
Pesquisa aplicada
* Motivada por razões de ordem prática.
* Objectivo é atender as exigências da vida real (factos).
* Busca soluções para problemas concretos correntes.
Investigação aplicada
* Motivada por razões de Inovativa
* Tem um carácter mais longo (leva tempo)
* Busca soluções futuros (por vezes não conhecidos).
7. Fundamentos
Estrutura da pesquisa Científica
Pesquisa Científica
Pesquisa Pura Pesquisa
ou Fundamental Aplicada
Gera Gera Produtos Gera
Gera Processos
Conhecimento (Soluções) Conhecimento
(Sistemas)
Os conhecimentos
Possui finalidade
são aplicados em
imediata e orientada
pesquisas aplicadas
para aplicabilidade
ou tecnológicas
Melhoria da Qualidade de Vida
8. Fundamentos
Pesquisa e Investigação Aplicada:
Trata-se de fundamentos científicos orientados para
a solução de problemas práticos (factos reais).
Trata-se de uma base analítica para compreender e
explicar os fenómenos: causa-efeito: Hermenêutica
– Arte de interpretação)
A Teoria Cientifica do Conhecimento e do Saber, da
hermenêutica e metodologia Cientifica para
fundamentar e evidenciar: Efeito sistémico -
Cibernética – interdependência)
9. Fundamentos
Pesquisa Operacional:
Fonte de pesquisa aplicada que trata-se de
modelação dos efeitos das variáveis estudadas, num
prisma futuro - Laboratório analítico em ciências
sociais (estatística descritiva)
Procura entender e modelar o comportamento dos
agentes e prever o futuro - efeito de previsibilidade e
motivacional) que afecta os resultados (econometria e
programação linear).
10. Fundamentos
A pesquisa Aplicada
é orientada para:
Objectividade (facto concreto)
Relevância (Importância ou utilidade)
Lógica (compreensível)
Aplicabilidade (executável)
Adaptabilidade (atender a situação local)
Sustentabilidade (soluções douradoras)
Cientificidade (aplicação de métodos científicos)
Previsibilidade (analise dos efeitos e riscos futuros)
11. Fundamentos da Pesquisa Cientifica
Mas, para ser Científica....
Deve-se efectivar-se através da utilização da Metodologia
Científica e de técnicas adequadas para obtenção de
dados.
Metodologia meticulosa, com Método próprio e com
técnicas específicas.
Realidade refere-se a tudo que existe e empírico à
experiência.
12. Fundamentos da Pesquisa Cientifica
Classificação da Pesquisa Científica
Pesquisa Científica
CRITÉRIOS
Procedi
Natureza Objecto
Finalidade Objectivos mentos
Campo
Documental
Bibliográfica
Experimental
Outros
Laboratório
Aplicada
Exploratória
Explicativa
Descritiva
Pura
Quantitativa
Qualitativa
13. Fundamentos da Pesquisa Cientifica
Quanto aos objectivos
Pesquisa exploratória
Proporcionar maior familiaridade com o problema
Levantamento bibliográfico ou entrevistas
Pesquisa descritiva
Factos são observados, registados, analisados, classificados e
interpretados, sem interferência do pesquisador. Uso de técnicas
padronizadas de colecta de dados (questionário e observação
sistemática). Procura classificar, explicar e interpretar os
fenômenos que ocorrem.
Pesquisa explicativa
Identificar factores determinantes para a ocorrência dos fenômenos
Ciências naturais – método experimental; ciências sociais – método
13 observacional
14. Fundamentos da Pesquisa Cientifica
Quanto aos Procedimentos
Pesquisa bibliográfica (Recomendada para Pesquisa Pura)–
elaborada a partir de material já publicado (livros, artigos de
periódicos, etc – Teorias cientificas).
Documental - (Recomendada para Pesquisa Aplicada)– procura
explicar um problema a partir de referências teóricas
publicadas em documentos (registos passados, dados,
relatorios – Factos reais)
Experimental – pesquisador procura refazer as condições de um
fenômeno a ser estudado, para observá-lo sob controle.
procura dizer de que modo ou por que aquele
fenômeno foi produzido.
Pesquisa experimental pode ser feita
14 em laboratório ou não.
15. Fundamentos da Pesquisa Cientifica
Quanto à Natureza
Pesquisa quantitativa
Traduz em números as opiniões e informações para serem
classificadas e analisadas
Utilizam-se técnicas estatísticas
Pesquisa qualitativa
É descritiva
As informações obtidas não podem ser quantificáveis
Os dados obtidos são analisados (interpretados)
A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados
são básicas no processo de pesquisa qualntitativa
15
16. Fundamentos da Pesquisa Cientifica
Quantitativa: trabalha com dados levantados por um
mesmo questionário distribuído a uma ampla população.
Economizam tempo e exigem menor número de
pesquisadores. Natureza das hipóteses.
Qualitativa: entrevista um número menor de pessoas;
técnicas utilizadas: entrevista; história de vida. Essenciais
para descobrir nuances de comportamento e conceitos
como valores, expectativas e ideologias.
17. Fundamentos da Pesquisa Cientifica
Quanto ao Local
Pesquisa de campo: observação e colecta de dados diretamente
no local da ocorrência dos factos
Construção de um modelo da realidade
Formas de observá-la
Campo da pesquisa
Formas de acesso a esse campo
Participantes
Pesquisa laboratorial – O experimento
17
19. Metodologia de Pesquisa Cientifica
“É importante distinguir metodologia de método.
METODOLOGIA – É o conjunto de métodos ou caminhos que serão
percorridos na busca do conhecimento. Metodologia é o conjunto
de procedimentos empregado na realização do estudo”.
MÉTODO – É o procedimento geral, o traçado das etapas
fundamentais da pesquisa. Método é a justificativa para
o tipo de procedimento (quantitativo ou
qualitativo) empregado na pesquisa, a teoria do
método;
20. Métodos de Pesquisa Cientifica
1. MÉTODO: Caminho trilhado pelos cientistas para atingir um
determinado objectivo - busca da verdade (Estratégia)
2. MÉTODO: Conjunto de diversas etapas ou passos que devem ser
dados para a realização da pesquisa.
3. MÉTODO: Caminho ordenado e sistemático que se percorre na
busca do conhecimento.
“O método estabelece o que fazer”
20 Prof.Dr.Dirceu M.Guazzi
21. Métodos de Pesquisa Cientifica
1. Método dedutivo
Descartes (1956) Pensador e filósofo francês
O raciocínio dedutivo é uma operação pela qual se conclui a
partir de premissas, uma conclusão que é consequência
lógica e necessária das premissas.
É possível chegar a certeza através da razão. Explora a lógica numa
sequência. É o caminho das consequências . Parte do geral para o
particular. Partindo das teorias e leis gerais pode-se chegar a
determinação ou previsão de fenómenos
Ex: Todo homem é mortal – Universal, geral, maior
Pedro é homem – particular, menor
Logo: Pedro é mortal - conclusão
= RACIOCÍNIO/ SILOGISMO (Aristóteles)
22. Métodos de Pesquisa Cientifica
2. Método indutivo – Bacon (1561-1626)
É o oposto do método dedutivo. Vai do particular para o
geral. As constatações particulares é que levam às teorias e as
leis geral. Consiste em enumerar os enunciados sobre o
fenómeno que se quer pesquisar e através da observação,
procurar-se encontrar algo que está sempre presente na
ocorrência dos fenómenos. Confunde-se com o método
experimental, que compreende as seguintes etapas:
Observação – manifestações da realidade, espontâneas ou provocadas
Hipóteses – tentativas de explicação
Experimentação – observação da reacção causa-efeito, imaginada na hipótese
Comparação – classificação, análise crítica dos dados
Abstracção – verificação dos pontos de acordo e desacordo dos dados
recolhidos
Generalização – consiste em estender a outros casos, da mesma espécie, um
conceito obtido com base nos dados observados
23. Métodos de Pesquisa Cientifica
3. MÉTODO HIPOTÉTICO-DEDUTIVO
Método típico das ciências experimentais que deduz de
proposições admitidas como hipóteses. É considerado lógico
por excelência.
Relacionado com a experimentação – Muito usado no
campo de pesquisa das ciências naturais.
Se fundamenta na observação.
Muito semelhante ao método indutivo, mas não se limita a
observações realizadas. Através dele pode-se chegar a teorias
e leis.
24. Métodos de Pesquisa Cientifica
4. MÉTODO DIALÉTICO - Marx
Método de investigação da realidade pelo estudo de sua
acção recíproca.
Princípios comuns:
1. Princípio da unidade e luta dos contrários = aspectos
contraditórios dos fenómenos
2. Princípio da transformação das mudanças = quantidade
e qualidade estão inter-relacionadas, são características
de todo objecto de estudo. Mudanças quantitativas e
graduais geram mudanças qualitativas.
3. Principio da negação da negação – O desenvolvimento
processa-se em espiral, isto é, suas fases repetem-se em
níveis superior.
25. Métodos de Pesquisa Cientifica
5. Método HISTÓRICO
Consiste em investigar os acontecimentos, processos
e instituições do passado para verificar sua influência
na sociedade de hoje.
Parte do princípio que a actual forma de vida social
tem origem no passado.
Pesquisa as raízes das instituições e dos costumes,
para compreender a sua natureza e funções
26. Métodos de Pesquisa Cientifica
6. MÉTODO COMPARATIVO
Realiza comparações com a finalidade de verificar
semelhanças e diferenças e explicar divergências.
É usado para comparar grupos/sociedades do
presente no passado.
27. Métodos de Pesquisa Cientifica
7. MÉTODO ESTATÍSTICO
Fundamenta-se na teoria estatística das
probabilidades.
Suas conclusões apresentam grande
probabilidade de serem verdadeiras, mas há
a margem de erros.
28. Métodos de Pesquisa Cientifica
8. MÉTODO FUNCIONALISTA
Estuda a sociedade do ponto de vista da função de
suas unidades.
Considera toda actividade social e cultural como
funcional = desempenho de funções.
Aplicado com relevo para analises institucionais
(Analise funcional)
29. Métodos de Pesquisa Cientifica
9. MÉTODO ESTRUTURALISTA
Caminha do concreto para o abstracto e vice-
versa.
Na segunda etapa dispõem de um modelo para
analisar a realidade concreta de diversos
fenómenos.
Aplicado com relevo para analises progressivas e
economias (Estado da Nação)
30. Métodos de Pesquisa Cientifica
10. MÉTODO MONOGRÁFICO
Também conhecido como método de Estudo de Caso,
procura identificar com base numa amostragem a
generalização dos factos.
Consiste no estudo de determinados indivíduos (amostra),
profissões, condições, instituições, grupos ou comunidade,
com a finalidade de obter generalizações.
Aplicado com relevo para analises de politicas, dado dos
encargos e tempo para uma pesquisa generalizada (Analise
de impacto)
32. Etapas da Pesquisa Cientifica
Como fazer pesquisa?
realizar a pesquisa interpretar resultados
(tabulação)
formular a pergunta divulgar resultados
33. Etapas da Pesquisa Cientifica
Como iniciar uma pesquisa?
Para pesquisar é preciso ter uma pergunta a ser respondida, e
para fazer as "perguntas certas" é preciso que tenhamos um
pressuposto do que seja ciência.
Além da pergunta bem elaborada, é preciso ter clareza para
que pesquisar e como pesquisar. Ou seja, existem três
perguntas fundamentais para quem quer pesquisar:
O que pesquisar? Problema (Causas e Efeitos)
Para que pesquisar? Objectivos (Geral e Específicos)
Como pesquisar? Metodologia (Método e técnicas)
34. Etapas da Pesquisa Cientifica
1. Escolha do tema
2. Revisão de literatura
3. Formulação do problema
PROJECTO DE
4. Justificativa (Fundamentação e pressupostos) PESQUISA
5. Identificação de Hipoteses e evidencia Teorica
6. Determinação de objetivos
7. Metodologia (Metodo e Técnicas)
8. Recolha e Tabulação dos dados
9. Análise e discussão dos resultados
a) Modelação
b) Quadro previsional (Implicações de politicas)
10. Conclusão e recomendações (resultado estudo)
11. Bibliografia
34
35. Técnicas de Pesquisa Cientifica
• Conjunto de normas usadas
especificamente em cada área das
ciências.
• É a instrumentalização (procedimentos)
específica da colecta de dados.
• Estão relacionadas a parte práctica da
pesquisa, coma colecta de dados.
36. Técnicas de Pesquisa Cientifica
Estão relacionadas a colecta de dados. A parte
prática da pesquisa.
Tem objectivo de recolher e registar, de maneira
ordenada, os dados sobre o assunto em estudo.
Observação (participante ou não)
Questionário
Entrevista
Grupo Focal
História de Vida
37. Técnicas de Pesquisa Cientifica
SELECIONAR OS MÉTODOS E AS TÉCNICAS
Cada pesquisa tem a sua metodologia e exige
técnicas específicas para a obtenção dos dados de
acordo com os objectivos da pesquisa (questionários,
entrevistas, observação directa, formulários...)
Adequar as técnicas disponíveis às características da
pesquisa. A escolha é fundamental para o
desenvolvimento dela.
38. Técnicas de Pesquisa Cientifica
MÉTODOS E AS TÉCNICAS
Cada pesquisa tem a sua metodologia e exige
técnicas específicas para a obtenção dos dados de
acordo com os objectivos (questionários, entrevistas,
observação directa, formulários...) – Efeito de
percepção-interpretação dos actores.
Adequar as técnicas disponíveis às características da
pesquisa. A escolha é fundamental para o
desenvolvimento e precisão da informação obtida
(entrevista sobre impacto do HIV em período de campanha
eleitoral) – Efeito de sensibilidade dos actores.
39. Técnicas de Pesquisa Cientifica baseadas no DRP
Além do objectivo de
impulsionar a auto-
análise e a
autodeterminação
de grupos comunitários,
o propósito do DRP é a
obtenção directa de
informação primária ou
de "campo" na
comunidade.
39
41. Técnicas de Pesquisa Cientifica baseadas no DRP
Princípios Básicos
Respeita a sabedoria e a cultura do grupo
Analisa e entende as diferentes percepções
(participativo)
Escutar todos da comunidade (inclusiva)
Visualização
Triangulação (confrontação das informações)
Busca fundamentos de base
Analise e apresentação na comunidade
Traduz as soluções com base nos problemas identificados
41
Prioriza a acção com base em consensos da maioria
42. Mapa de Recursos:
ZONA 1 • VECTORES LOCAIS
ZONA 2
• OPORTUNIDADES
ZONA 3
ZONA 4
REGIAO 1
Mapa de Aptidão:
• Agricultura
Cadeia
• Industria
42
• Mineração
43. Técnicas de Pesquisa Cientifica baseadas no DRP
O DRP fundamenta a sua acção no trabalho de campo com uso de
entrevistas (Consulta), e métodos participativos (Inclusão).
Primeira fase do diagnóstico: análise da situação e
identificação de problemas ou Limitações. O propósito deste
passo é que, partindo de uma análise da situação actual da
comunidade, as identifiquem os seus problemas ou limitações
mais importantes.
Segunda fase do diagnóstico: aprofundar as limitações
identificadas e procurar soluções. São enfocadas as causas e os
efeitos das limitações priorizadas no segundo passo. São
analisadas as causas dos problemas que podem ser melhorados
com um esforço conjunto.
43
44. Técnicas de Pesquisa Cientifica
ENTREVISTA
Constitui instrumento eficaz na colecta de dados fidedignos, desde que
seja bem elaborada, bem realizada e bem interpretada.
Adequar o conteúdo da entrevista aos dados que se pretende levantar (
ver CATEGORIAS TEÓRICAS no problema, nos objectivos, na
fundamentação teórica)
Deve-se definir os objectivos e os tipos de entrevistas.
Pode ter como objectivos
identificar opiniões sobre fatos ou fenómenos.
determinar pelas respostas individuais, a conduta previsível em certas
circunstâncias
descobrir os factores que influenciam ou determinam opiniões
sentimentos condutas, comparar condutas
45. A ENTREVISTA
pode ser:
PADRONIZADA OU ESTRUTURADA
Fazer uma série de perguntas aos informantes, segundo um roteiro
preestabelecido.
DESPADRONIZADA OU NÃO ESTRUTURADA
Conversação informal. Pode ser alimentada por perguntas abertas. Dá
maior liberdade ao informante
PAINEL
Realizado com várias pessoas, que são levadas a opinar sobre um assunto.
46. Técnicas de Pesquisa Cientifica
Arte de Perguntar…..
Um dos pontos-chave no começo da entrevista é
mostrar que não se trata de um interrogatório, e, sim,
de apreender os conhecimentos da pessoa
entrevistada. Existem certos tipos de perguntas que
ajudam no processo da entrevista:
o Perguntas abertas: "qual é a sua opinião sobre...?"
o Perguntas estimulantes: "como conseguiu ter um jardim tão bonito?"
o Perguntas dignificantes: "você que tem tanta experiência... o que
pode me dizer em relação a…?"
o Perguntas sobre eventos-chave: "como conseguiram recuperar a força
depois da seca?
46
47. Técnicas de Pesquisa Cientifica
1. Recolha de dados
QUESTIONÁRIOS
Conjunto de perguntas que o informante responde SEM a presença do
pesquisador. O informante não poderá contar com explicações adicionais.
Emprego preferencialmente de perguntas fechadas, que pedem respostas
curtas, diretas e previsíveis. Podem ser tabuladas(Mais fácil de se analisar
os dados) = Sim ou não / Sempre, nunca, as vezes
Perguntas abertas – Dão mais liberdade de respostas, proporcionam maiores
informações, mas dificultam a apuração dos fatos. Precisam ser agrupadas por
semelhanças para serem analisadas = Qual a sua opinião, Quais as causas
Perguntas abertas numa série de perguntas fechadas – Oferece maior número de
informações, sem dificultar a tabulação.(Perguntas para marcar X em várias
respostas)
48. Técnicas de Pesquisa Cientifica
1. Recolha de dados
FORMULÁRIO
Conjunto de perguntas que o informante responde COM a presença do
pesquisador. Usado quando se pretende obter respostas mais amplas.
Vantagens:
• Pode ser aplicado para qualquer tipo de informante. Pode ser preenchido
pelo pesquisador. Apresenta maior flexibilidade. O pesquisador pode
reformular as perguntas, adaptando-as as situações.
• O pesquisador pode explicar melhor os objetivos da pesquisa e as
questões. O pesquisador preenche ou orienta o preenchimento,
proporcionando mais uniformidade na anotação das respostas.
• A formulação das questões deve ser clara, objetiva e ordenada.
49. Técnicas de Pesquisa Cientifica
1. Recolha de dados
Constitui uma etapa importantíssima da pesquisa de campo.
Os dados coletados serão posteriormente elaborados, analisados,
interpretados e representados graficamente.
Depois será feita a discussão dos resultados da pesquisa com base na
análise e interpretação dos dados.
50. Técnicas de Pesquisa Cientifica
2. PREPARAÇÃO DOS DADOS
SELECÇÃO –Visa a exatidão das informações obtidas. Em caso de descrepancia
entre as informações é indispensável verificar a falha na coleta dos dados. (reaplicar o
instrumento de pesquisa). Evitar informações confusas e incompletas.Objectiva corrigir
as falhas e o excesso de informações.
CATEGORIZAÇÃO – Realiza-se mediante um sistema de codificação. Exemplo: P 1
= Professor 1 * D = Director
Consiste em classificar os dados, agrupando-os em categorias. Em seguida atribui-se um
código, número ou letras para cada categoria. Para transformar os dados qualitativos em
quantitativos. Tornando mais claro a sua representação.
Os dados coletados serão posteriormente elaborados, analisados, interpretados e
representados graficamente.
TABULAÇÃO - Depois será feita a discussão dos resultados da pesquisa com base na
análise e interpretação dos dados.
(STATS)
52. Técnicas de Pesquisa Cientifica
5. Tratamento e Analise de dados
Construção de modelos analiticos
Identificação dos instrumentos de análise
Excel
Stats
Cálculos e interpretação dos Resultados
Análise de resultados
Confrontação com o modelo teórico
53. Modelação Analítica:Input - Output
Prisma que procura analisar o efeito ou o
comportamento dos agregados (variaveis
independentes) que afectam positiva ou
negativamento o resultado (varialvel
dependente): Y=f(x),
Traduzido na formula:
Y=a+bX
Y = Resultado
X = Instrumentos analiticos
a e b = Parametros que medem a magnitude
(Exemplo de uma função linear)
54. Recapitulando…
PROBLEMA OBJECTIVOS HIPÓTESES
Definir, identificar, Definir os objectivos da Solução provisória do
delimitar, compreender pesquisa que atendem ao problema. Teoria
factores peculiares, problema tendo em mente prevalecente, O
identificar variáveis e as causas e as desenvolvimento da pesquisa
relações entre elas consequencias bem determinará a sua validade (
separadas confirmação ou negação)
METODOLOGIA VARIÁVEIS
Definir a forma como a DELIMITAÇÃO DO
Factores ou UNIVERSO DA PESQUISA
pesquisa será leva da a cabo… circunstancias que
as entrevistas, os Os sujeitos de uma pesquisa,
influem sobre o ou seja os elementos que
questionarios, o tipo de variais fato/fenômeno/proble
(qualitativas ou quantitativas, serão investigados compõem
ma a ser investigado. uma amostra da pesquisa e
tecnicas de analise de dados e
interpretação dos resultados podem ser generalizados para
todo o universo
ANALISE DOS CONCLUSÔES RECOMENDAÇÔES
RESULTADOS Analisar os resultado face ao Propor medidas de politica ou
Analisar os resultados problema e onjectivos da estrategias de acção face ao
das estimativas ou dos pesuisa. Explora~Se das problema identificado e
resultados e comparar implicações (consequencias do analisado (Politicas baseadas
com a teroria e as objecto de analise) em evidencias
hipoteses.
56. Metodologia Científica
CIÊNCIA
Acção comprometida com:
esforço empírico e teórico
(Pressupostos e hipoteses) que
aproxima a ciencia à realidade;
Objectividade e transparência;
debate crítico permanente
(comportamento analítico)
Caracter da ciência:
universalismo
compartilhamento
sistemática
57. Metodologia Científica
Características da Ciência
•Conhecimento pelas causas;
• Profundidades e generalidades das conclusões;
• Finalidade teórica e prática;
• Objectos: formais e factuais;
• Método e controle;
• Exactidão;
• Aspecto social.
Ciência se compõe a partir de um
conjunto de hipóteses (pré-solução) e
teorias (aprendizagem genérica).
58. Metodologia Científica
Ciência: Conjunto organizado de conhecimentos
construídos através de método científico
(baseadas em teorias). Seu principal objectivo é
a formulação de explicações dos fenómenos.
Acção investigativa: frente ao desconhecido e aos
limites impostos pela natureza e pela sociedade.
Acção sistemática, metódica (critérios) e crítica.
Esforço para descobrir princípios explicativos
para aproximação e reaproximação com a
realidade.
59. PESQUISA E INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
“[...] toda pesquisa tem uma
intencionalidade, que é a de elaborar
conhecimentos que possibilitem
compreender e transformar a
realidade com base nos postulados e
metodologia da ciência (métodos: caminho
e técnicas: procedimentos).
“ A Investigação cientifca procura
identificar e/ou aprofundar novas
facetas decorrentes da transformação
ou origem natural da sociedade”
(PÁDUA, 2000).
A pesquisa é sempre consequente enquanto que a
Investigação é casual
60. PESQUISA ACADEMICA (Pura)
A Pesquisa Académica procura analisar e aprofundar
os postulados teoricos, com o fim de identificar a sua
aplicabilidade, descrever um fenomenos ou dar
contributos para o conhecimento.
Trabalho executado com o
objectivo de desenvolver novos
conhecimentos ou a compreensão
dos já existentes, necessários
para determinar os meios pelos
quais se pode desenvolver e
aprimorar produtos, processos ou
sistemas, visando satisfazer uma
necessidade específica e
reconhecida.
61. PESQUISA APLICADA
A Pesquisa Aplicada procura sistematizar um
conjuntos de hipoteses e teorias cientificas a
fenomenos reais (factos), na busca de uma
explicação (causa/efeitos) e/ou solução.
A pesquisa aplicada é aquela
em que o pesquisador é movido
pela necessidade de conhecer
para aplicação imediata de
resultados. Contribui para fins
práticos, visando à solução mais
ou menos imediata de
problemas encontrados na
realidade.
62. CIÊNCIA E SENSO COMUM
Senso comum alimenta a ciência
busca refinar o senso
Ciência
comum
Teorias
científicas
mudanças no
senso comum Henriette Gomes, 2007
64. O processo de aprendizagem
TEORIA DA APRENDIZAGEM:
Aprender é um processo de aquisição de
conhecimentos, habilidades, valores e essencialmente de
desenvolvimento da capacidade de pensar, julgar e
empregar conceitos que conduzam às mudanças de
atitudes e de comportamentos...
o A educação pode ser definida como a tentativa consciente
de promover a aprendizagem de outras pessoas.
o tradicionalmente, a análise centrou-se em torno do ensino
formal. Agora, com a mudança de paradigma educacional,
aprender significa ir além da instrução formal pode ser
promovida em ambientes diversos.
Henriette Gomes, 2007
65. O processo de aprendizagem
O processo de aprendizagem pode ser definido de
forma sintética como o modo como os seres adquirem
novos conhecimentos, desenvolvem competências e
mudam o comportamento. Contudo, a complexidade
desse processo dificilmente pode ser explicada apenas
através de recortes do todo.
Por outro lado, qualquer
definição está, invariavelmente,
impregnada de pressupostos
político-ideológicos, relacionados
com a visão de homem,
sociedade e saber.
66. O processo de aprendizagem
O termo Conhecimento recebe as
seguintes definições: competências
ou habilidades adquiridas por uma
pessoa através da experiência ou da
educação; compreensão teórica ou
prática em um determinado tema.
O conhecimento não é conclusivo,
abre novos desafios e oportunidades
para o seu aprofundamento.
“Quanto mais sei, sinto que nada sei”
Nogar, 1982
67. O processo de aprendizagem
A aquisição do conhecimento envolve processos
cognitivos complexos:
A percepção,
Aprendizagem,
Sociabilização, e
Reflexão
Fundamentação
Interpretação.
A Hermenêutica
69. A Hermeneutica
Origem do Termo: O termo "hermenêutica" provém do
verbo grego "hermēneuein" e significa "declarar",
"anunciar", "interpretar", "esclarecer" e, por último,
"traduzir". Significa que alguma coisa é "tornada
compreensível" ou "levada à compreensão".
Hermenêutica é um ramo da filosofia
que se debate com a compreensão
humana e a interpretação de textos
escritos. A palavra deriva do nome do
deus grego Hermes, o mensageiro dos
deuses, a quem os gregos atribuíam a
origem da linguagem e da escrita e
considerado o patrono da comunicação
e do entendimento humano.
Normas de linguagem que governaram a comunicação por escrita nos tempos
69
bíblicos
70. O Método Hermeneutico
O conceito de interpretação ocupa um lugar central nas
correntes da filosofia e das ciências sociais que tem
referencial filosófico. O método hermenêutico opera com um
conceito de linguagem não óbvia, onde os sentidos nunca
estão colocados previamente, mas se constituem numa
relação de interpretação. O certo é que este termo
originalmente exprimia a compreensão e a exposição de uma
sentença "dos deuses", a qual precisa de uma
interpretação para ser SABEDORIA
apreendida correctamente.
Visão objectivista de
interpretação, consiste em
esclarecer os postulados da sua
realidade, descrever suas leis,
mecanismos e funcionamento.
CONHECIMENTO
71. A Hermenêutica e Pesquisa Analítica
Soluções Reias para Problemas Concretos.
Aplicação dos fundamentos da ciencia para análise
e interpretação dos fenomenos – com aplicação do
saber cientifico e subjectivo.
Doutrina Teoria Paradigma
Princípios
Princípios Princípios
Normativos
Fundamentais Gerais
(Orientadores)
Regulamento
Lei da
Constituição da Actividade
Economia
Comercial
72. A hermenêutica
Método Holístico: E ainda, a Holística- Tradado no estudo da
doutrina Cibernética - A cibernética surgiu como uma ciência
interdisciplinar destinada a estabelecer relações entre várias ciências e
permitir que cada ciência utilizasse os conhecimentos desenvolvidos
pelas demais ciências, centrando o objecto de investigação os fenómenos
que individualmente a ciência não tenha explorado ou desenvolvido
princípios, tentando explicar o vazio encontrado no domínio da
integração das varias ciências do conhecimento.
Quem fala de Cibernética, deve se
lembrar em primeira instancia da
palavra sinergias (interligações,
sistemas), que abarcaria o texto a luz
de um mundo transdiciplinar
(filosofia, história, sociologia...)
interligado e abrangente.
72
73. Aprendizagem Hermeneutica na Pesquisa
Sinergético: Nenhuma ciência é suficiente, há sempre influencia
de outros campos científicos - Autocorrelação. Como tal as
conclusões de uma pesquisa pode ser influenciada pela natureza
interpretativa: Interpretação Gramatical ou Filológica,
Interpretação Lógica, interpretação Sistemática, Interpretação
Histórica, Interpretação Teleológica, Interpretação Sociológica,
interpretação económica, jurídica, antropológica.
Pluralidade: Há consenso entre a generalidade dos autores de
que a interpretação, a despeito da pluralidade de elementos que
devem ser tomados em consideração, é una. Nenhum método deve ser
absolutizado: os diferentes meios empregados ajudam-se uns aos
outros, combinando-se e controlando-se reciprocamente.
73
74. Aprendizagem Hermeneutica na Pesquisa
Multidisciplinaridade: a mudança de foco da ciência, ao passar da
busca das leis fundantes para abordagem de problemas de pesquisa, levou
a comunidade científica a se incomodar com as divisões dos saberes. A
abordagem de um problema tem que ser equacionada nas mais diversas
facetas.
Sistemico (autogerenciador): Dada a dificuldade de implementar
um programa sistêmico de pesquisa, o mais comum é adotar uma
abordagem multidisciplinar, o que significa adotar uma abordagem que
utilize o campo conceitual de diversas disciplinas dentro das ciências
humanas. Cada vez mais se afirma, assim, equipes multidisciplinares de
pesquisa.
75. O MODELO DE INP-OUTPUT
A abordagem do Modelo I/O é voltada para o processo
analítica (mudanças). Na lógica da pesquisa aplicada, a
preocupação é associar os vários métodos e técnica
visando explicar o fenómeno:
• Distingue o fenómeno como ponto partida
• Solução como ponto de chegada
• Analise de alternativas - Processo.
• A tomada de decisão sobre alternativa – Efectividade
• A preocupação é centrada na maximização dos resultados
(solução normativa vs solução optimizante.
77. Realinhando a ciência
O método: o ponto de partida é o problema a ser resolvido. O
pesquisador percebe um problema e supõe uma solução possível, ou
seja, uma explicação racional da situação a ser compreendida ou
aperfeiçoada: a hipótese. Muitas podem ser as hipóteses possíveis, mas o
pesquisador centra-se na que lhe parece mais profícua. Para comprovar a
hipótese o pesquisador deve ir a realidade e verificá-la. As informações
colhidas na realidade devem indicar as conclusões do trabalho científico.
As conclusões não são mais absolutas que a hipótese formulada, mas se o
pesquisador as considera válidas submete-as à comunidade científica. Ao
submetê-las dirá quais são as delimitações do problema, como as
percebeu, por que sua hipótese é legítima e o procedimento que adotou
para verificar sua hipótese e chegar às suas conclusões. Cada pessoa
então poderá julgar o saber produzido e sua credibilidade. Assim se dá a
objetivação que hoje está no centro do método científico.
81. Projecto de Pesquisa Científica
Projecto: do latin pro-jicere (colocar adiante)
“Qualquer pesquisa, para ser desenvolvida,
necessita de um projecto, e bem feito, que a
oriente. Pode até não garantir o sucesso da
investigação, mas a sua ausência, certamente
garante o insucesso.”
(VERGARA, 2000)
82. Projecto de Pesquisa Científica
• O Projecto de Pesquisa é um documento que tem por
finalidade antever e metodizar as etapas operacionais de um
trabalho de pesquisa. Nele, você irá traçar os caminhos que
deverão ser trilhados para alcançar seus objectivos. O
documento permitirá a avaliação da pesquisa pela
comunidade científica e será apresentado para se obter
aprovação e/ou financiamento para sua execução.
• O esquema para elaboração de um projecto de pesquisa não é
único e não existem regras fixas para sua elaboração. Um
projecto deve trazer elementos que contemplem respostas às
seguintes questões:
o que será pesquisado? O que se vai fazer?;
por que se deseja fazer a pesquisa?;
para que se deseja fazer a pesquisa?;
como será realizada a pesquisa?;
quais recursos serão necessários para sua execução?;
quanto vai custar, quanto tempo vai se levar para executá-la e
quem serão os responsáveis pela sua execução?
83. Projecto de Pesquisa Científica
Perguntas de partida…..
Organize suas perguntas
• Quais são as partes do seu tema ?
• Qual o contexto do tema ?
• Qual a importância do seu tema?
• Quem deu contribuições relevantes ao tema?
• Como outros autores abordaram o assunto?
• O que resta por investigar no tema?
• Qual a é contribuição do trabalho a ser produzido?
83
84. Projecto de Pesquisa Científica
Fases do Projecto…..
CAPA E INDICE
1. INTRODUÇÃO 7. OBJECTIVOS
2. O TEMA 8. METODOLOGIA
3. REVISÃO LITERÁRIA 9. CRONOGRAMA
4. FUNDAMENTAÇÃO 10. ORÇAMENTO
5. O PROBLEMA 11. BIBLIOGRAFIA
6. HIPOTESES ANEXOS
85. Projecto de Pesquisa Científica
A Capa do trabalho…..
Instituição Promotora
Título do Projecto
Nome do autor
A quem será apresentado
Nome do orientador do Projecto
Mês e ano da conclusão
Obs.: Esta página não é numerada, é considerada
Pré-textual (Página principal diferente)
“A FACE DO TRABALHO ….É O ESPELHO….
O MEU ORGULHO ESTA NO ESPELHO DO QUE FAÇO.”
KILLERS, 1997
86. Projecto de Pesquisa Científica
Esquema do Trabalho
Concluído o Projeto, o pesquisador elaborará um
Esquema do Trabalho que é uma espécie de esboço
daquilo que ele pretende inserir no seu Relatório Final
da pesquisa.
O Esquema do Trabalho guia o pesquisador na
elaboração do texto final. Por se tratar de um esboço
este Esquema pode ser totalmente alterado durante o
desenvolvimento do trabalho.
Quando conseguimos dividir o tema genérico em
pequenas partes, ou itens, poderemos redigir sobre
cada uma das partes, facilitando significativamente o
desenvolvimento do texto.
86
87. Projecto de Pesquisa Científica
Fases do Projecto…..
1. Introdução
A instrudução pode ser relevante para uma abordagem generica
sobre o objecto a pesquisar, dando um panorama mais amplo
sobre os fenomeno. A introdução deve conter elementos que são
mais tarde detalhados no projecto ou na pesquisa.
Permite que se tenha uma visualização situacional do problema.
Delimita a abordagem a ser apresentada na pesquisa. Arrole os
argumentos que indiquem que sua pesquisa é significativa,
importante e/ou relevante.
Contextualização: Importa fazer referencia na
contextualização o ambiente envolvente da pesquisa, pelo
que deverá apresentar de forma clara o contexto do estudo,
sendo que deverá o estudo, respknder algo da actualidade.
Situação Actual: A descrição da situação actual procura
identificar o ponto de partida, que será importantye para
avaliar o s objectivos (ponto de partida) e os resultados
esperados (ponto de chegada).
88. Projecto de Pesquisa Científica
Fases do Projecto…..
1. Escolha do Tema
Existem dois fatores principais que interferem na escolha de um
tema para o trabalho de pesquisa (Internos e Externos).
Algumas questões devem ser levadas em consideração na
escolha;
O tema escolhido deve: a) Representar uma questão relevante,
cujo melhor modo de solução se faz por meio de uma pesquisa
científica; b) Ser factível em relação à competência dos
pesquisadores.
2. Revisão de Literatura
Estudos sobre o tema, ou sobre o problema, já realizado por
outros autores. Indica qual a opção teórica em relação aos
autores. Essa teoria me oferece através desse conceito uma
compreensão melhor.
Oferece suporte para a interpretação e análise: Livros, artigos /
monografias / dissertações / teses recentes sobre o que está sendo
estudado (não mais de 5 anos).
89. Projecto de Pesquisa Científica
3. Fundamentação (justificação)
É a justificação para o trabalho de pesquisa. Mostra a
relevância e a motivação para ser efectuado ( destauqe no
conhecimento, nas novas expoeriencias, nova abordage,
etc.). O tema escolhido pelo pesquisador e a Hipótese
levantada são de suma importância de ser comprovada.
Deve-se tomar o cuidado, na elaboração da fundamentação,
de não se tentar justificar a Hipótese levantada, ou seja,
tentar responder ou concluir o que vai ser buscado no
trabalho de pesquisa. A Justificação exalta a importância
do tema a ser estudado, ou justifica a necessidade de se
levar a efeito tal empreendimento.
90. Projecto de Pesquisa Científica
4. O Problema
O problema é a mola propulsora de todo o trabalho de
pesquisa. Depois de definido o tema, levanta-se uma questão
para ser respondida através de uma hipótese, que será
confirmada ou negada através do trabalho de pesquisa. O
Problema é criado pelo próprio autor e relacionado ao tema
escolhido.
O autor criará um questionamento para definir a abrangência de
sua pesquisa. O Problema gera a motivação da pesquisa!
Domínio do Problema, constiste na identificação:
O que está errado? (Efeitos adversos)
Por que está errado? (Causas)
O que, Onde e Quando deseja-se realizar? (Tarefa)
Para que deseja-se realizar tal tarefa? (Propósito)
91. Projecto de Pesquisa Científica
5. Hipotese
A Hipótese é sinônimo de suposição. Neste sentido, Hipótese é uma
afirmação categórica (uma suposição), que tente responder ao
Problema levantado no tema escolhido para pesquisa. É uma pré-
solução para o Problema levantado. São formuladas em função das
evidencias teoricas, factuais ou experiências. As hipoteses podem
estabelcer as relações causa.efeito e como tal oferece as variaveis
(qualitativas pou quantitativas)
Exemplo: (Problema de desistencia dos alunos)
Hipótese 1: A falta de recursos para sustentar o curso, proporciona
a desistência dos alunos.
Hipótese 2: Os alunos desistem, após notarem que o curso
escolhido não satisfaz seus anseios.
Hipótese 3: A desistência é gerada pela “forte” cobrança exercida
pelos professores.
As hipóteses deverão ser aceites ou refutadas após obtenção de evidencias e
fundamentos. Os dados deverão oferecer a sustentação. O trabalho de pesquisa,
então, irá confirmar ou negar a Hipótese (ou suposição) levantada.
92. Projecto de Pesquisa Científica
6. Objectivos
A definição dos Objetivos determina o que o pesquisador quer
atingir com a realização do trabalho de pesquisa. É sinônimo de
meta, fim. Deverá ser delimitado!
Alguns autores separam os Objetivos em Objetivo Geral e
Objetivos Específicos. Uma regra para se definir os Objetivos é
colocá-los começando com o verbo no infinitivo:
Exemplos:
Esclarecer;
Definir;
Procurar;
Permitir
Demonstrar;
Quantificar;
Realizar;
93. Projecto de Pesquisa Científica
7. Metodologia
A Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e
exata de toda ação desenvolvida no método (caminho) do
trabalho de pesquisa. Define os metodos e as técnicas a serem
observadas ao longo do estudo.
O desenho metodológico que se pretende adotar: será do tipo
quantitativa, qualitativa, descritiva, explicativa ou exploratória.
Será um levantamento, um estudo de caso, uma pesquisa
experimental, etc. Define em que população (universo) será
aplicada a pesquisa. Explique como será selecionada a amostra e o
quanto esta corresponde percentualmente em relação à população
estudada.
Identifca as formas de tabulação e tratamento dos dados. É a
explicação detalhada do tipo de pesquisa (natureza descriticva,
bibliografica, dfe campo, etc…) ; dos instrumental utilizado para a
condução da pesquisa (questionário, entrevista etc); dos
instrumentos analiticos ( estimativas baseadas no excel, STATA,
SPSS);
Resumindo: tudo aquilo que se utilizou no trabalho de pesquisa.
94. Projecto de Pesquisa Científica
8. Cronograma
É a previsão do tempo que será gasto na realização do trabalho de
acordo com as actividades a serem cumpridas. As actividades e os
períodos serão definidos a partir das características de cada
pesquisa e dos critérios determinados pelo autor do trabalho.
Os períodos podem estar divididos em dias, semanas, quinzenas,
meses, bimestres, trimestres etc. Estes serão determinados a partir
dos critérios de tempo adoptados por cada pesquisador. Apresenta
o cronograma estimando o tempo necessário para executar cada
uma das etapas.
9. Orçamento
Normalmente as monografias, as dissertações e as teses não
necessitam que sejam expressos os recursos financeiros. Os
recursos só serão incluídos quando o Projecto for apresentado para
uma instituição financiadora.
O orçamento deverá espelhar detalhadamente as categorias das
despesas associadas as actividades as serem executadas ao longo
da pesquisa (logística para o trabalho de campo, despesas de
comunicações e transporte, despesas com pessoal, etc)
95. Projecto de Pesquisa Científica
8. Bibliografia
As referências dos documentos consultados para a elaboração do
Projeto é um item obrigatório. Nelas normalmente constam os
documentos e qualquer fonte de informação consultados no
Levantamento de Literatura.
A Internet representa uma novidade nos meios de pesquisa. Trata-
se de uma rede mundial de comunicação via computador, onde as
informações são trocadas livremente entre todos.
www.periodicos.capes.gov.br, (data de acesso)
10. Anexos
Este item também só é incluído caso haja necessidade de juntar ao
Projeto algum documento que venha dar algum tipo de
esclarecimento ao texto. A inclusão, ou não, fica a critério do autor
da pesquisa.
96. Projecto de Pesquisa Científica
Citações:
A citação pode ser utilizada para esclarecer, ilustrar ou sustentar
um determinado assunto, ela garante respeito ao autor da idéia e
ao leitor. Dá credibilidade ao trabalho científico. As citações
podem estar localizadas no texto ou em notas de rodapé e podem
ser: Curtas (até três linhas); Longas (mais de três linhas); ou
Directas (cópia fiel do autor consultado);
Toda citação deve vir acompanhada da indicação de autoria, esta pode
estar inclusa no texto (na sentença, frase) ou entre parênteses.
Maximiano (2000, p. 358) afirma que os factores de manutenção ou
aspectos insatisfatórios, dizem respeito ao contexto do trabalho, ou seja, às
condições dentro das quais o trabalho era realizado.”
“A teoria de Alderfer, como a de Maslow, é difícil de ser testada, o que torna
difícil avaliar sua aplicação a situações organizacionais.” (STONER, 1994, p.
326).
97. Projecto de Pesquisa Científica
Referências:
Existem elementos essenciais e elementos complementares que
identificam a obra. Os elementos essenciais são obrigatórios à
identificação do autor (sobrenome e Nomes), O Ano da publicação
(XXX); O título, subtítulo (quando houver), edição, local de
publicação, editora ou produtora e data de publicação ou
produção.
HIBBELER, R. C. (2005). Estática: mecânica para engenharia. 10.ed. São
Paulo: Prentice Hall.
DORF, R. C.; BISHOP, R. H. (2001) Sistemas de controle modernos. 8.
ed. Rio de Janeiro: LTC.
ANDRADE, R. O. B. de; TACHIZAWA, T.; CARVALHO, A. B. de (2002).
Gestão ambiental: enfoque estratégico aplicado ao desenvolvimento
sustentável. 2.ed. São Paulo: Makron Books, 2002.
98. Projecto de Pesquisa Científica
NOTA:
Um projecto de pesquisa nunca tem
conclusões e muito menos recomendações.
Normalmente o Projecto não apresenta
sumário executivo.
100. DO QUE SE TRATA A ELABORAÇÃO DE UM
ARTIGO CIENTÍFICO BEM ESCRITO ?
Idéia Idéia
Paper
101. ARTIGO CIENTÍFICO
Conceito de Artigo Científico:
“é parte de uma publicação com autoria declarada, que
apresenta e discute idéias, métodos, técnicas,
processos e resultados nas diversas áreas do
conhecimento”.
(GONÇALVES, 2004).
102. Artigo Científico
Definição de Artigo de Periódico:
“... trabalhos técnico-científicos, escritos por um ou mais autores,
com a finalidade de divulgar a síntese analítica de estudos e
resultados de pesquisas. Formam a parte principal em
periódicos especializados e devem seguir as normas editorias
do periódico a que se destinam. Os artigos podem ser de dois
tipos:
a) originais, quando apresentam abordagens ou assuntos
inéditos;
b) de revisão, quando abordam, analisam ou resumem
informações já publicadas”.
Normas para apresentação de Documentos Científicos, 2001.
103. Artigo Científico
FINALIDADES DO ARTIGO CIENTÍFICO
Comunicar os resultados de pesquisa, ideias e debates de
uma maneira clara, concisa e fidedigna.
Servir de medida nas decisões referentes à contratação,
promoção e estabilidade no emprego. Reflectir a análise de
um dado assunto, num certo período de tempo.
Servir de meio de comunicação e de intercâmbio de ideias
entre cientistas da sua área de actuação. Levar os teste de
uma hipótese, provar uma teoria (tese, trabalho científico).
Registar e transmitir algumas observações originais. Servir
para rever o estado de um dado campo de pesquisa.
104. Artigo Científico
AS MOTIVAÇÕES DO AUTOR
“aquele que sabe o quê e como, provavelmente, escreve
um bom trabalho, mas aquele que sabe o porquê não
só escreve um óptimo artigo, como também sabe
corrigir o próprio trabalho e o dos outros autores”.
Artigo Científico: do desafio à conquista – Victoria Secaf, 2004.
105. Artigo Científico
ESTRUTURA RECOMENDADA DE UM ARTIGO
CIENTÍFICO
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
Título e subtítulo (se houver)
Nome do(s) autor(es)
Crédito(s) do(s) autor(es)
Agradecimento (opcional)
Resumo (no idioma do país)
Palavras-chave ou descritores
106. Artigo Científico
Cont.
ELEMENTOS TEXTUAIS
São elementos que compõe o texto do artigo.
Introdução (tema, objetivo, relevância)
Desenvolvimento (metodologia, resultados e
discussão)
Argumentação ou fundamento lógico
Conclusão
107. Artigo Científico
Cont.
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
Referências
Apêndices (elaborados pelo autor)
Anexos (documentos)
Tradução do Resumo
Tradução dos descritores
Data
109. Questionário
ELABORAÇÃO DE QUESTIONÁRIOS
“Um bom questionário deve conquistar o entrevistado
e estimular seu interesse em dar respostas completas
e precisas. Deve alcançar esse objectivo ao mesmo
tempo em que estabelece uma compreensão
simultânea, por todos os entrevistados, tanto das
perguntas como das respostas.”
Definição de questionário: é uma técnica estruturada
para recolha de dados que consiste em uma série de
perguntas, escritas ou orais, que um entrevistado
deve responder.
110. Questionário
ELABORAÇÃO DE QUESTIONÁRIOS
Objectivos de um questionário: qualquer questionário tem
três objectivos:
1) Transformar a informação desejada em um conjunto de perguntas
específicas que os entrevistados tenham condições de responder;
2) Motivar e incentivar o entrevistado a se deixar envolver pela
entrevista, a cooperar e a completar a entrevista (finalizar a
entrevista). Ao planejar o questionário, o pesquisador deve sempre
minimizar o cansaço e o tédio do entrevistado;
3) Deve sempre minimizar o erro de resposta. O erro de resposta
aparece quando os entrevistados dão respostas imprecisas ou
quando elas são registadas ou analisadas inadequadamente.
111. Aplicação técnica
DEFINIÇÃO DO
TEMA
111
ELABORAÇÃO DO
PROJECTO
ELABORAÇÃO DOS SELECÇÃO DA
QUESTIONÁRIOS AMOSTRA
ENTREVISTA
TRATAMENTO DE
DADOS
112. Questionário
Elaboração dos questionários
Questões sem ambigüidade
112
Evitar eventos compostos (multiplicidade)
Evitar ou esclarecer previsões contraditórias
Evitar ordenamento de posições
Número de questões entre 20 e 25
113. Questionário
Perguntas importantes na construção do
questionário
Que decisões preciso tomar com essa
pergunta?
Que problema desejo responder?
Que hipóteses preciso testar?
Quais os objetivos a alcançar?
113
114. Elaboração do Questionário
Experiência e criatividade são características pessoais decisivas na
elaboração de questionários. Um questionário mal construído compromete os
resultados finais de um estudo. Alguns cuidados devem ser tomados:
Linguagem: deve ser simples, clara e compatível com a escolaridade do
público-alvo da pesquisa; as frases devem ser redigidas na voz ativa, em
ordem direta (sujeito, verbo e complementos). É necessário também que as
perguntas sejam imparciais, de modo a não direcionar as respostas dos
entrevistados. Devem-se evitar termos vagos como frequentemente ou
ocasionalmente, porque tornam as respostas dos entrevistados incomparáveis.
Formato das perguntas: Elas podem ser abertas, fechadas ou semi-abertas:
-Uma pergunta aberta (não estruturada) é aquela que o entrevistado pode
responder livremente, com as próprias palavras. Elas tem a vantagem de
relevar mais sobre o assunto. Desvantagens:
-Dificuldade que se encontra na tabulação das respostas, principalmente
quando se trata de uma pesquisa quantitativa em grande escala;
-Influência das crenças do entrevistador ao perguntar e ao transcrever as
respostas e o consumo de tempo na coleta e tabulação dos dados.
115. Elaboração do Questionário
•Perguntas fechadas (ou estruturadas): são aquelas que apresentam
previamente opções de resposta. Normalmente são definidas de acordo com a
experiência do pesquisador e também com base em pesquisas de dados
secundários. As principais perguntas fechadas são:
• Perguntas dicotômicas: apresentam duas opções de respostas (1) Sim (2)
não. Admite-se a inclusão de terceira alternativa, do tipo “não sei” ou
“nenhum”.
Exemplos: 1) sexo: (1) Masculino (2) Feminino
• Perguntas de múltipla escolha: trazem três ou mais alternativas de
resposta.
Exemplo: 1) Qual marca de refrigerante acabou de comprar?
(1) Coca cola (2) Pepsi (3) Guaraná (4) Fanta
• Desvantagens: limitam muito as respostas que se podem obter dos
entrevistados.
• Vantagens: são práticas, fáceis de interpretar e tabular. Facilita a
comparação entre as respostas dos entrevistados na fase de análise de
dados.
116. Elaboração do Questionário
-Escala de Likert: o entrevistado deve expressar seu grau de concordância
ou discordância com afirmações.
Exemplo: A qualidade de um café solúvel está em: (mostrar escala)
Item Concordo Concordo Indiferente Discordo Discordo
totalmente parcialmente parcialmente Totalmente
• Sabor
2. Pureza
3. Rendimento
4. Solubilidade
5. Variedade
6. Preço
7. Embalagem
8. Outro atributo: (especificar)
117. Elaboração do Questionário
-Escala de importância: o entrevistado deve classificar itens em importância.
Exemplo: Gostaria que dissesse o grau de importância de cada um dos itens
abaixo ao comprar café solúvel (mostrar escala)
Item Muito Importante Indiferente Pouco Não é
importante importante importante
• Qualidade
2. Variedade da
linha
3. Composição
do produto
4. Tradição da
marca
5. Embalagem
6. Disponibilidade
7. Preço
118. Elaboração do Questionário
Diferencial semântico: o respondente escolhe um ponto entre duas palavras
opostas.
Exemplo: O café solúvel Líder é:
Excelente _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Mau
Caro _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Barato
Puro _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Impuro
Disponível _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Indisponível
Escala de intenção de compra: pergunta-se ao entrevistado se compraria
um produto/serviço, dadas certas condições (preço, disponibilidade, mudanças
na composição, etc.).
Exemplo: Estando o café solúvel Líder disponível em diversos pontos de venda,
ao preço do Kz 50 a embalagem de 100g, você:
(1) Certamente compraria (2) Provavelmente compraria
(3) Provavelmente não compraria (4) Certamente não compraria
(5) Não sei
119. Elaboração do Questionário
Sequência das perguntas:
-As perguntas iniciais de um questionário devem ser fáceis e
interessantes, para que se crie desejo de cooperação do entrevistado;
Exemplo: pode se perguntar uma opinião do respondente em questão
aberta, ou usar perguntas qualificadoras (que indicam se ele está apto
a participar da pesquisa). Perguntas difíceis ou pessoais, que
desanimam o entrevistado, devem aparecer no fim do questionário.
Tamanho do questionário: depende da abrangência do problema de
pesquisa e do método de contacto com os entrevistados, mas se deve
ter em mente que um questionário extenso desperta má vontade nos
respondentes. Entretanto, um questionário muito curto pode
comprometer objectivos de uma pesquisa, já que questões importantes
podem ficar sem resposta. O pesquisador deve usar sua experiência e
bom senso para definir o tamanho do questionário.
120. Elaboração do Questionário
Sequência das perguntas
Perguntas introdutórias
Perguntas delicadas
Perguntas afins
Série padronizada de respostas
Sequência lógica
Perguntas de filtragem ou “peneira”
Verificações de confiabilidade
Perguntas abertas de acompanhamento
Perguntas abertas de aspectos gerais
Extensão do questionário
121. EM suma….
1º Passo: Conhecer o contexto associado ao projecto.
2º Passo: Recolher informações preliminares a respeito de
questões importantes para as partes interessadas e os
indivíduos-chave:
- informações descritivas
- informações comportamentais
- informações preferenciais
3º Passo: Delinear e especificar questões chaves
4º Passo: Elaborar primeira versão do questionário
5º Passo: Aplicar Pré-Teste para avaliar:
- Clareza
- Abrangência
- Aceitabilidade
6º Passo: Revisar as perguntas (se necessário, efectuar novo
pré-teste)
7º Passo: Aplicar o questionário
122. Referências
BAPTISTA, Sofia Galvão; CUNHA, Murilo Bastos. Estudos de usuários: visão global
dos métodos de coleta de dados. Perspectivas em Ciência da Informação, v. 12, n. 2,
p. 168-184, maio/ago. 2007.
CUNHA, Murilo Bastos da. Metodologias para estudo dos usuários de informação
científica e tecnológica. Revista de Biblioteconomia de Brasília, Brasília, v.10, n.2
(número temático sobre estudo e tratamento de usuários da informação), p. 5-20,
jul./dez. 1982.
FIGUEIREDO, Nice Menezes de. Estudos de uso e usuários da informação. Brasília:
IBICT, 1994. 154 p. ISBN – 85.7013.040-X
REA, Louis M. e PARKER, Richard A. Metodologia de Pesquisa: do planejamento à
execução. São Paulo: Pioneira, 2002.
125. Teoria de Amostragem
População e Amostra
Preferências musicais dos estudantes?
População - Amostra - Unidade estatística
• População (N): todos os estudantes
• Amostra (n): grupo reduzido de estudantes
• Unidade Estatística (obs): cada um dos
estudantes
126. Teoria de Amostragem
Censo e Amostragem
Censo
Num censo são observados todos os
indivíduos da população relativamente aos
diferentes atributos que estão sendo objectos
de estudo.
Amostragem
Numa amostragem, o estudo estatístico
baseia-se numa parte da população, isto é,
numa amostra que deve ser representativa
dessa população.
127.
128. Teoria de Amostragem
A população pode ser tão pequena que o custo e o tempo
de um censo sejam pouco maiores que para uma
amostra.
Representatividade – Uma das limitações da amostra é
assegurar a representatividade das unidades
estatísticas que reflictam a situação genérica.
Se for exigido uma precisão completa nos resultados –
neste caso o censo é o único método aceitável.
Ex: um banco não faria uma amostragem de suas agências
para saber o montante de dinheiro disponível.
Ocasionalmente, já se dispõe de informação completa,
de modo que não há necessidade de uma amostra.
129. Teoria de Amostragem
Vantagens da Amostragem
Uma amostra pode facilmente actualizada do que a
população, os resultados de um censo podem ser
demorados (com incidência de erro significativo).
Custo – o custo de se fazer um censo pode ser
proibitivo. Um censo acarreta mobilização de recursos
técnicos, humanos, materiais e financeiros
Precisão – a amostragem envolve menor número de
inquiridores, diminuindo a incidência do erro.
Tempo – O tempo necessário para a realização de um
censo é significativo, comparando com um
amostragem.
130. Teoria de Amostragem
AMOSTRAGEM ALEATÓRIA SIMPLES
É o processo de retirada das unidades de observação de
uma população no qual cada unidade tem a mesma
oportunidade de integrar a amostra.
Equivale a um sorteio.
Uso da Tabela de Dígitos Pseudo-aleatórios.
131. Teoria de Amostragem
AMOSTRAGEM SISTEMÁTICA
(periódica)
É o processo de seleção das unidades de
observação que é realizada periodicamente
utilizando um intervalo de seleção (i.s)
calculado, para uma população finita, através
da divisão do tamanho da população (N) e o
tamanho da amostra (n) a selecionar.
i.s = N / n
132. Teoria de Amostragem
O processo de Amostragem
Métodos de amostragem apropriados e consistentes
garantem que os levantamentos sejam
representativos das populações em que estão a ser
conduzidos
Amostras representativas são parecidas com a
verdadeira população
Eles garantem que os levantamentos sejam
consistentes de ano para ano, e que sejam
consistentes nos locais
#3-3-4
133. Teoria de Amostragem
População e Amostra
Por que o recurso de uma
amostra e não de uma população ?
•Economia de tempo
•Redução de custos
Como selecionar as
amostras?
• Amostragem aleatória
• Amostragem sistemática
• Amostragem estratificada
135. Teoria de Amostragem
Exemplo
Em uma população de 200 alunos, há 120 meninos e 80 meninas.
Extraia uma amostra representativa, de 10%, dessa população.
Nesse exemplo, há uma característica que permite identificar 2
subconjuntos, a característica Sexo..
SEXO POPULAÇÃO AMOSTRA (10%)
Masculino 120 12
Feminino 80 8
Total 200 20
Portanto, a amostra deve conter 12 alunos do sexo masculino e 8
do sexo feminino, totalizando 20 alunos, que correspondem a
10% da população.
138. Levantamento de Dados:
É a base fundamental para o desenvolvimento de um trabalho
de organização. Um levantamento imperfeito, incompleto, com
dados verídicos e inconsistentes, poderá gerar uma análise
138
tecnicamente perfeita, porém com o resultado comprometido
porque a nova sistemática operacional proposta poderá ficar
aquém da actual, complicando em vez de solucionar o
problema existente.
Em síntese: quando se levanta
“lixo”, analisa-se “lixo” e,
consequentemente, a proposta não
será diferente.
Pedro Gomes, 2007
Portanto, ao fazer um
levantamento tenha muito cuidado!
139. Levantamento de Dados:
Técnicas de Levantamento
Pesquisa Institucional e Revisão Bibliográfica
139
A Pesquisa Institucional e/ou Revisão
Bibliográfica deve ser a primeira técnica
empregada em um levantamento, pois oferece
suporte às demais, possibilitando um
entendimento mais direccionado ao assunto a ser
tratado.
Revisão Bibliográfica – Consiste em pesquisar
a literatura pertinente (livros, revistas
especializadas, legislação, artigos, etc).
Pesquisa Institucional – consiste basicamente
em identificar, na empresa, trabalhos que já
foram desenvolvidos sobre o assuntos (estatuto
social, regimentos, normas, regulamentos,
manuais, instruções normativas, relatórios, etc).
140. Levantamento de Dados:
Observação Directa
Das técnicas de levantamento existentes, talvez a
Observação Directa seja a mais eficiente, pois
140
possibilita verificar “in loco” as actividades que estão
sendo desenvolvidas, permitindo, assim, recolher as
informações de acordo com o desenrolar das operações
e/ou execução dos processos.
Para execução desta técnica, basta simplesmente que
o analista observe as actividades de cada
funcionário, registando o que está sendo realizado
(forma de execução, tempo de duração, dificuldades,
procedimentos gerais, etc).
Contudo, por ocasião da analise, o profissional deve
estar ciente que é natural ao ser humano aumentar
o seu desempenho e a sua produtividade
quando esta sendo observado.
141. Levantamento de Dados: A Entrevista
A Entrevista é uma das técnicas
mais comuns no levantamento de
141
dados, visando a resolução dos
problemas organizacionais.
Consiste em um diálogo
planeado com o fim de obter
informações de quem executa as
actividades, por meio de uma
comunicação verbal e directa, com
o objectivo de recolher subsídios e
informações para uma posterior
análise.
142. Levantamento de Dados: A Entrevista
Fases da Entrevista:
a) Planeamento
a) Preparar-se com respeito ao assunto, para
142
que se possa dialogar e entender a
terminologia e as explicações técnicas dos
usuários;
b) Seleccionar as pessoas que serão
entrevistadas, ou seja aquelas que
efectivamente tenham condições de dar as
informações desejadas;
c) marcar hora e local e preferencialmente no
“habitat” natural do entrevistado, para que
ele se sinta mais à vontade.
143. Técnicas de Pesquisa Cientifica
PLANEAMENTO DA ENTREVISTA
O ENTREVISTADOR deve saber para que vai realizar a
entrevista. Quais as informações que deseja obter. Conhecer
bem o entrevistado ( se ele preenche os requisitos para ser
informante, se conhece o assunto e está disposto a prestar
informações)
Ter sensibilidade, escolher condições favoráveis para a
realização da entrevista. Marcar dia hora local e garantir
sigilo nas informações colhidas.
Ter contacto prévio com os líderes do grupo, para
autorizarem as entrevistas.
Elaborar um roteiro ou formulário previamente de acordo
com as informações que deseja obter. Definir se ela vai ser
gravada ou anotada(preparar materiais)
144. Técnicas de Pesquisa Cientifica
PLANEAMENTO DA ENTREVISTA
Registar fielmente o que foi dito pelos informantes,
inclusive o que observou (constrangimento, hesitação,
ênfase, entonação do entrevistado.)
Inicialmente explicar ao informante a finalidade da pesquisa
e solicitar a sua colaboração. Deixar o informante a vontade.
Clima cordial para não inibi-lo.
As perguntas devem ser formuladas de acordo com os
objectivos da pesquisa, feitas um de cada vez, com
linguagem adequada, sem sugerir ou induzir respostas.
Ouvir mais do que falar. Não interromper o entrevistado.
Ao final agradecer a colaboração do entrevistado e ressaltar
a importância dele para a pesquisa.
145. Levantamento de Dados: A Entrevista
b) Fase de Execução (Entrevista
propriamente dita
a) Após cumprimentar o entrevistado, dar uma
145
ideia geral sobre o assunto a ser abordado e
esclarecer sobre o tipo de informação desejada;
b) Deixar o entrevistado à vontade dentro de um
clima de cordialidade e confiança;
c) Utilizar um vocabulário simples e de fácil
compreensão para o entrevistado, evitando o uso
de termos técnicos e sofisticados;
d) Deve-se ser observado que no momento da
entrevista não é ocasião oportuna para criticar e
muito menos para corrigir suas falhas, mas
sim de colher informações consistentes para uma
posterior análise;
e) Concluída a entrevista, deve-se solicitar ao
entrevistado que faça alguns comentários sobre o
assunto em questão, tipo: críticas, elogios e,
principalmente sugestões.
146. Levantamento de Dados: A Entrevista
Abordagens à entrevista de tipo
qualitativo
Não
Semi- Estruturada
estruturada
estruturada (standard
(informal
147. Levantamento de Dados: A Entrevista
I. Entrevista não estruturada
(informal, aberta, etnográfica, em profundidade)
Desenvolve-se no fluir de uma conversa
Ocorre com frequência na observação participante
Consciência dos entrevistados?
As questões emergem tipicamente do contexto imediato
Não existe um guião prévio estruturado
148. Entrevista
Levantamento de Dados: A Entrevista
Pontos (eventualmente) fortes
Permite ao entrevistador responder bem a diferenças
individuais e a mudanças situacionais
As questões podem ser individualizadas para melhorar a
comunicação
Aumenta a imediaticidade
Pontos (eventualmente) fracos
Requer muito tempo para obter informação sistemática
Pode levar muito tempo a que as mesmas questões sejam
abordadas por diferentes pessoas
Depende bastante das capacidades e treino do
entrevistador
149. Entrevista
Levantamento de Dados: A Entrevista
II. Entrevista semi-estruturada
caracteriza-se pela existência de um guião previamente
preparado que serve de eixo orientador ao desenvolvimento
da entrevista
procura garantir que os diversos participantes respondam
às mesmas questões. não se exige uma ordem rígida nas
questões mas que sejam cobertas na entrevista
o guião funciona como um checklist
o desenvolvimento da entrevista vai-se adaptando ao
entrevistado. mantém-se um elevado grau de liberdade na
exploração das questões
150. Entrevista
Levantamento de Dados: A Entrevista
Pontos (eventualmente) fortes
optimização do tempo disponível
tratamento mais sistemático dos dados
especialmente aconselhado para entrevistas a grupos
permite seleccionar temáticas para aprofundamento
não se espera introduzir novas questões mas não se fecha
essa possibilidade
151. Entrevista
Levantamento de Dados: A Entrevista
III. Entrevista estruturada (standard, sistemática)
quando é importante minimizar a variação entre as
questões postas aos entrevistados
maior uniformidade no tipo de informação recolhida
quando há vários entrevistadores
questões colocadas tal como forma previamente escritas
as palavras utilizadas são escolhidas previamente
as categorias possíveis de respostas estão previamente
definidas
a avaliação das respostas durante a entrevistas é
reduzida
152. Entrevista
Levantamento de Dados: A Entrevista
Pontos (eventualmente) fortes
facilita a análise posterior
torna mais fácil uma réplica do estudo
Pontos (eventualmente) fracos
a flexibilidade e espontaneidade são reduzidas
reduz ou anula a possibilidade de aprofundar questões
que não foram antecipadas pelo entrevistar
circunstâncias e elementos pessoais não são tomadas em
consideração
153. Referências
MARCONI, M. A. LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa:
planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de
pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 2. ed. São
Paulo: Atlas, 1990.
RUDIO, Franz Victor. Introdução ao projeto de pesquisa
científica. Petrópolis, Vozes, 1986.
LAVILLE, Christian. A construção do saber: manual de
metodologia da pesquisa em ciências humanas. Porto Alegre:
Editora Artes Médicas Sul Ltda; Belo Horizonte: Editora UFMG,
1999.
155. Processamento de Dados
ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
Os dados recolhidos pela pesquisa apresentar-se-ão
“em bruto”, pelo que o seu tratamento vai tdeterminar
a qualidade dos resultados (correcção dos erros de
dados);
Várias técnicas sáo aplicadas para a triagem dos
dados, no entanto o mais importante é assegurar que
os dados recolhidos passam por uma re-analise.
Necessitando da utilização de procedimentos para seu
arranjo, análise e compreensão.
Tentativa de determinação da fidedignidade dos
dados, por intermédio do grau de certeza que se pode
ter acerca dos mesmos.
156. Processamento de Dados
ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
Opções para aplicação da técnica:
tabulação de campos de dados
somatório de datas de vencimento de títulos gerando um hash-
total que deverá ser confrontado com o campo correspondente
gravado no registo trailer, ou monitoria;
contagem de campos/registos
Apuramento de totais por tipo de registo ou campo. somatório
dos campos de valores quantitativos para efeito de confrontação
ou acompanhamento de acumuladores análogos.
análise conteúdo campos/registos
verificação da existência de campos ou registos em um arquivo;
correlação entre campos de um mesmo arquivo para verificação
da coerência e validade desses campos;
158. EXERCICIO EM GRUPO (4x4)
1. Com base no aprendizado, elabore 10 perguntas sobre
os temas apresentados na aula.
2. Conduza uma entrevista com 30 observações
3. Processar a informação com base no StatsPac
4. Produzir os resultados e elaborar o relatório descritivo