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UNIVERDIADE AGOSTINHO NETO
                                          FACULDADE DE DIREITO
                                   Programa de Mestrado e Pós-Graduação



PESQUISA CIENTÍFICA EM CIÊNCIAS SOCIAIS
            E ECONOMICAS
                (Nível II)




                             Maio de 2011

                Prof. Doutor Jacob Massuanganhe
      PhD, Politicas Públicas, Governação e Desenvolvimento Local
               Coordenador de Programas, CPPPGL- UAN
            Curso de Pesquisadores e Analistas Sociais                    1
Objectivos Pedagógicos
 Aprofundamento do quadro da pesquisa cientifica
 Aprofundamento de modelos analíticos
 Desenvolvimento das capacidades compreensão e
  interpretação dos fenómenos
 Induzir a ciência (produção de modelos, teorias e
  até doutrinas)
 Desenvolver pesquisas sobre problemas concreto
  e apresentar resultados com soluções reais.
EM SUMA….



          FENOMENO                INFORMAÇÃO             CODIFICAÇÃO




         OBSERVAÇÃO             PROCESSAMENTO               PRATICA




                                FUNDAMENTOS              APRENDIZAGEM
         CONCLUSÃO            (Modelação cientifica –   (Lições para outros
                                  Implicações)              horizontes)




Depois do fim existe o além: Nunca tirar conclusões sem fundamentos,
pois nem sempre a conlusão significa o fim! Há sempre a necessidade de
analisar tendo em conta a multiplicidade de pontos de vista
                                                                              3
                                                               John Barnes
A questão da Pesquisa Aplicada

 Princípios         Métodos                      Técnicas
                Diagnostico e Avaliação        Hermenêutica (DRP,
CASUALIDADE                                      SWOT e PEST)

                 Relações e correlações
 MODELAÇÃO       (STATS , SPSS e EXCEL)        Estatística Descritiva


               Parâmetros determinísticos   Econométricas – Regressão
NORMALIZAÇÃO   (EVIEWS, STATA e EXCEL)          Linear e Multipla

                 Programação sistémica      Programação Linear (Matriz
OPTIMIZAÇÃO                                       de Langrange)
               (DEA, FRONTEIR e EXCEL)

                 Testes e Simulações –       Eficiência, Probabilístico,
  PREVISÃO                                     Risco e Expectativas
               Impacto (EXCEL SOLVER)
Fundamentos da Pesquisa Cientifica

 Uma pesquisa é um processo de construção do
  conhecimento que tem como metas principais gerar novos
  conhecimentos e/ou aprofundar ou refutar algum
  conhecimento pré-existente.
 É basicamente um processo de
  aprendizagem tanto do indivíduo
  que a realiza quanto da sociedade
  na qual esta se desenvolve. A
  pesquisa como actividade regular
  também pode ser definida como o
  conjunto de actividades
  orientadas na busca de um
  conhecimento com aplicação
  de métodos científicos.
Finalidade da Pesquisa
 Pesquisa Pura ou Fundamental
  *Motivada por razões de ordem intelectual.
  *Objectivo é alcançar o saber, para adquirir o conhecimento.
  *Realizada por cientistas e contribui para o avanço da ciência.

 Pesquisa aplicada
  * Motivada por razões de ordem prática.
  * Objectivo é atender as exigências da vida real (factos).
  * Busca soluções para problemas concretos correntes.

 Investigação aplicada
  * Motivada por razões de Inovativa
  * Tem um carácter mais longo (leva tempo)
  * Busca soluções futuros (por vezes não conhecidos).
Fundamentos


          Estrutura da pesquisa Científica

                            Pesquisa Científica



 Pesquisa Pura                                                 Pesquisa
ou Fundamental                                                 Aplicada


      Gera                                 Gera Produtos                              Gera
                                                             Gera Processos
  Conhecimento                              (Soluções)                            Conhecimento
                                                               (Sistemas)


 Os conhecimentos
                                                             Possui finalidade
 são aplicados em
                                                           imediata e orientada
pesquisas aplicadas
                                                            para aplicabilidade
  ou tecnológicas




                      Melhoria da Qualidade de Vida
Fundamentos

Pesquisa e Investigação Aplicada:
 Trata-se de fundamentos científicos orientados para
  a solução de problemas práticos (factos reais).
 Trata-se de uma base analítica para compreender e
  explicar os fenómenos: causa-efeito: Hermenêutica
  – Arte de interpretação)
 A Teoria Cientifica do Conhecimento e do Saber, da
  hermenêutica e metodologia Cientifica para
  fundamentar e evidenciar: Efeito sistémico -
  Cibernética – interdependência)
Fundamentos

Pesquisa Operacional:
 Fonte de pesquisa aplicada que trata-se de
  modelação dos efeitos das variáveis estudadas, num
  prisma futuro - Laboratório analítico em ciências
  sociais (estatística descritiva)
 Procura entender e modelar o comportamento dos
  agentes e prever o futuro - efeito de previsibilidade e
  motivacional) que afecta os resultados (econometria e
  programação linear).
Fundamentos

A pesquisa Aplicada
é orientada para:
 Objectividade (facto concreto)
 Relevância (Importância ou utilidade)
 Lógica (compreensível)
 Aplicabilidade (executável)
 Adaptabilidade (atender a situação local)
 Sustentabilidade (soluções douradoras)
 Cientificidade (aplicação de métodos científicos)
 Previsibilidade (analise dos efeitos e riscos futuros)
Fundamentos da Pesquisa Cientifica


Mas, para ser Científica....
 Deve-se efectivar-se através da utilização da Metodologia
  Científica e de técnicas adequadas para obtenção de
  dados.
 Metodologia meticulosa, com Método próprio e com
  técnicas específicas.
 Realidade refere-se a tudo que existe e empírico à
  experiência.
Fundamentos da Pesquisa Cientifica


  Classificação da Pesquisa Científica
             Pesquisa Científica

                                                                            CRITÉRIOS




                                                                             Procedi
                                                                                                                  Natureza                     Objecto
Finalidade        Objectivos                                                 mentos




                                                                                                                                               Campo
                                                                             Documental
                                                            Bibliográfica



                                                                                          Experimental

                                                                                                         Outros




                                                                                                                                                       Laboratório
       Aplicada




                  Exploratória


                                              Explicativa
                                 Descritiva
Pura




                                                                                                                                Quantitativa
                                                                                                                  Qualitativa
Fundamentos da Pesquisa Cientifica

Quanto aos objectivos
      Pesquisa exploratória
        Proporcionar maior familiaridade com o problema
        Levantamento bibliográfico ou entrevistas
      Pesquisa descritiva
       Factos são observados, registados, analisados, classificados e
         interpretados, sem interferência do pesquisador. Uso de técnicas
         padronizadas de colecta de dados (questionário e observação
         sistemática). Procura classificar, explicar e interpretar os
         fenômenos que ocorrem.
      Pesquisa explicativa
        Identificar factores determinantes para a ocorrência dos fenômenos
        Ciências naturais – método experimental; ciências sociais – método
13       observacional
Fundamentos da Pesquisa Cientifica

     Quanto aos Procedimentos
       Pesquisa bibliográfica (Recomendada para Pesquisa Pura)–
        elaborada a partir de material já publicado (livros, artigos de
        periódicos, etc – Teorias cientificas).
       Documental - (Recomendada para Pesquisa Aplicada)– procura
        explicar um problema a partir de referências teóricas
        publicadas em documentos (registos passados, dados,
        relatorios – Factos reais)
       Experimental – pesquisador procura refazer as condições de um
        fenômeno a ser estudado, para observá-lo sob controle.
        procura dizer de que modo ou por que aquele
        fenômeno foi produzido.

                    Pesquisa experimental pode ser feita
14                        em laboratório ou não.
Fundamentos da Pesquisa Cientifica

     Quanto à Natureza
       Pesquisa quantitativa
         Traduz em números as opiniões e informações para serem
          classificadas e analisadas
         Utilizam-se técnicas estatísticas
       Pesquisa qualitativa
         É descritiva
         As informações obtidas não podem ser quantificáveis
         Os dados obtidos são analisados (interpretados)
         A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados
          são básicas no processo de pesquisa qualntitativa


15
Fundamentos da Pesquisa Cientifica


 Quantitativa: trabalha com dados levantados por um
  mesmo questionário distribuído a uma ampla população.
  Economizam tempo e exigem menor número de
  pesquisadores. Natureza das hipóteses.

 Qualitativa: entrevista um número menor de pessoas;
  técnicas utilizadas: entrevista; história de vida. Essenciais
  para descobrir nuances de comportamento e conceitos
  como valores, expectativas e ideologias.
Fundamentos da Pesquisa Cientifica

      Quanto ao Local
        Pesquisa de campo: observação e colecta de dados diretamente
         no local da ocorrência dos factos
          Construção de um modelo da realidade
          Formas de observá-la
          Campo da pesquisa
          Formas de acesso a esse campo
          Participantes

        Pesquisa laboratorial – O experimento




17
Métodos de Pesquisa
    Cientifica
Metodologia de Pesquisa Cientifica


 “É importante distinguir metodologia de método.


 METODOLOGIA – É o conjunto de métodos ou caminhos que serão
  percorridos na busca do conhecimento. Metodologia é o conjunto
  de procedimentos empregado na realização do estudo”.

 MÉTODO – É o procedimento geral, o traçado das etapas
  fundamentais da pesquisa. Método é a justificativa para
  o tipo de procedimento (quantitativo ou
  qualitativo) empregado na pesquisa, a teoria do
  método;
Métodos de Pesquisa Cientifica


     1. MÉTODO: Caminho trilhado pelos cientistas para atingir um
         determinado objectivo - busca da verdade (Estratégia)

     2. MÉTODO: Conjunto de diversas etapas ou passos que devem ser
         dados para a realização da pesquisa.

     3. MÉTODO: Caminho ordenado e sistemático que se percorre na
         busca do conhecimento.

                      “O método estabelece o que fazer”



20                                                       Prof.Dr.Dirceu M.Guazzi
Métodos de Pesquisa Cientifica

1. Método dedutivo
Descartes (1956) Pensador e filósofo francês

 O raciocínio dedutivo é uma operação pela qual se conclui a
  partir de premissas, uma conclusão que é consequência
  lógica e necessária das premissas.
 É possível chegar a certeza através da razão. Explora a lógica numa
  sequência. É o caminho das consequências . Parte do geral para o
  particular. Partindo das teorias e leis gerais pode-se chegar a
  determinação ou previsão de fenómenos
Ex: Todo homem é mortal – Universal, geral, maior
    Pedro é homem – particular, menor
    Logo: Pedro é mortal - conclusão
       = RACIOCÍNIO/ SILOGISMO (Aristóteles)
Métodos de Pesquisa Cientifica

2. Método indutivo – Bacon (1561-1626)
 É o oposto do método dedutivo. Vai do particular para o
  geral. As constatações particulares é que levam às teorias e as
  leis geral. Consiste em enumerar os enunciados sobre o
  fenómeno que se quer pesquisar e através da observação,
  procurar-se encontrar algo que está sempre presente na
  ocorrência dos fenómenos. Confunde-se com o método
  experimental, que compreende as seguintes etapas:
   Observação – manifestações da realidade, espontâneas ou provocadas
   Hipóteses – tentativas de explicação
   Experimentação – observação da reacção causa-efeito, imaginada na hipótese
   Comparação – classificação, análise crítica dos dados
   Abstracção – verificação dos pontos de acordo e desacordo dos dados
    recolhidos
   Generalização – consiste em estender a outros casos, da mesma espécie, um
    conceito obtido com base nos dados observados
Métodos de Pesquisa Cientifica

 3. MÉTODO HIPOTÉTICO-DEDUTIVO
 Método típico das ciências experimentais que deduz de
  proposições admitidas como hipóteses. É considerado lógico
  por excelência.
 Relacionado com a experimentação – Muito usado no
  campo de pesquisa das ciências naturais.
 Se fundamenta na observação.
 Muito semelhante ao método indutivo, mas não se limita a
  observações realizadas. Através dele pode-se chegar a teorias
  e leis.
Métodos de Pesquisa Cientifica

4. MÉTODO DIALÉTICO - Marx
 Método de investigação da realidade pelo estudo de sua
  acção recíproca.
 Princípios comuns:
  1. Princípio da unidade e luta dos contrários = aspectos
      contraditórios dos fenómenos
  2. Princípio da transformação das mudanças = quantidade
      e qualidade estão inter-relacionadas, são características
      de todo objecto de estudo. Mudanças quantitativas e
      graduais geram mudanças qualitativas.
  3. Principio da negação da negação – O desenvolvimento
      processa-se em espiral, isto é, suas fases repetem-se em
      níveis superior.
Métodos de Pesquisa Cientifica

5. Método HISTÓRICO
 Consiste em investigar os acontecimentos, processos
  e instituições do passado para verificar sua influência
  na sociedade de hoje.
 Parte do princípio que a actual forma de vida social
  tem origem no passado.
 Pesquisa as raízes das instituições e dos costumes,
  para compreender a sua natureza e funções
Métodos de Pesquisa Cientifica

6. MÉTODO COMPARATIVO

 Realiza comparações com a finalidade de verificar
  semelhanças e diferenças e explicar divergências.
 É usado para comparar grupos/sociedades do
  presente no passado.
Métodos de Pesquisa Cientifica


7. MÉTODO ESTATÍSTICO

 Fundamenta-se na teoria estatística das
  probabilidades.
 Suas conclusões apresentam grande
  probabilidade de serem verdadeiras, mas há
  a margem de erros.
Métodos de Pesquisa Cientifica


8. MÉTODO FUNCIONALISTA
 Estuda a sociedade do ponto de vista da função de
  suas unidades.
 Considera toda actividade social e cultural como
  funcional = desempenho de funções.
 Aplicado com relevo para analises institucionais
  (Analise funcional)
Métodos de Pesquisa Cientifica

9. MÉTODO ESTRUTURALISTA
 Caminha do concreto para o abstracto e vice-
  versa.
 Na segunda etapa dispõem de um modelo para
  analisar a realidade concreta de diversos
  fenómenos.
 Aplicado com relevo para analises progressivas e
  economias (Estado da Nação)
Métodos de Pesquisa Cientifica

10. MÉTODO MONOGRÁFICO
 Também conhecido como método de Estudo de Caso,
  procura identificar com base numa amostragem a
  generalização dos factos.
 Consiste no estudo de determinados indivíduos (amostra),
  profissões, condições, instituições, grupos ou comunidade,
  com a finalidade de obter generalizações.
 Aplicado com relevo para analises de politicas, dado dos
  encargos e tempo para uma pesquisa generalizada (Analise
  de impacto)
Etapas e Técnicas de
 Pesquisa Cientifica;
Etapas da Pesquisa Cientifica



 Como fazer pesquisa?

realizar a pesquisa                                           interpretar resultados
(tabulação)




                  formular a pergunta   divulgar resultados
Etapas da Pesquisa Cientifica

Como iniciar uma pesquisa?
 Para pesquisar é preciso ter uma pergunta a ser respondida, e
  para fazer as "perguntas certas" é preciso que tenhamos um
  pressuposto do que seja ciência.
 Além da pergunta bem elaborada, é preciso ter clareza para
  que pesquisar e como pesquisar. Ou seja, existem três
  perguntas fundamentais para quem quer pesquisar:

 O que pesquisar? Problema (Causas e Efeitos)
 Para que pesquisar? Objectivos (Geral e Específicos)
 Como pesquisar? Metodologia (Método e técnicas)
Etapas da Pesquisa Cientifica

 1.        Escolha do tema
 2.        Revisão de literatura
 3.        Formulação do problema
                                                             PROJECTO DE
 4.        Justificativa (Fundamentação e pressupostos)       PESQUISA
 5.        Identificação de Hipoteses e evidencia Teorica
 6.        Determinação de objetivos
 7.        Metodologia (Metodo e Técnicas)
 8.        Recolha e Tabulação dos dados
 9.        Análise e discussão dos resultados
      a)     Modelação
      b)     Quadro previsional (Implicações de politicas)
 10.       Conclusão e recomendações (resultado estudo)
 11.       Bibliografia
34
Técnicas de Pesquisa Cientifica

• Conjunto de normas usadas
  especificamente em cada área das
  ciências.
• É a instrumentalização (procedimentos)
  específica da colecta de dados.
• Estão relacionadas a parte práctica da
  pesquisa, coma colecta de dados.
Técnicas de Pesquisa Cientifica

 Estão relacionadas a colecta de dados. A parte
  prática da pesquisa.
 Tem objectivo de recolher e registar, de maneira
  ordenada, os dados sobre o assunto em estudo.
   Observação (participante ou não)
   Questionário
   Entrevista
   Grupo Focal
   História de Vida
Técnicas de Pesquisa Cientifica

 SELECIONAR OS MÉTODOS E AS TÉCNICAS

 Cada pesquisa tem a sua metodologia e exige
  técnicas específicas para a obtenção dos dados de
  acordo com os objectivos da pesquisa (questionários,
  entrevistas, observação directa, formulários...)
 Adequar as técnicas disponíveis às características da
  pesquisa. A escolha é fundamental para o
  desenvolvimento dela.
Técnicas de Pesquisa Cientifica

                 MÉTODOS E AS TÉCNICAS

 Cada pesquisa tem a sua metodologia e exige
  técnicas específicas para a obtenção dos dados de
  acordo com os objectivos (questionários, entrevistas,
  observação directa, formulários...) – Efeito de
  percepção-interpretação dos actores.
 Adequar as técnicas disponíveis às características da
  pesquisa. A escolha é fundamental para o
  desenvolvimento e precisão da informação obtida
  (entrevista sobre impacto do HIV em período de campanha
  eleitoral) – Efeito de sensibilidade dos actores.
Técnicas de Pesquisa Cientifica baseadas no DRP



                                       Além do objectivo de
                                        impulsionar a auto-
                                        análise e a
                                        autodeterminação
                                        de grupos comunitários,
                                        o propósito do DRP é a
                                        obtenção directa de
                                        informação primária ou
                                        de "campo" na
                                        comunidade.

39
Técnicas de Pesquisa Cientifica baseadas no DRP




40
Técnicas de Pesquisa Cientifica baseadas no DRP

     Princípios Básicos
      Respeita a sabedoria e a cultura do grupo
      Analisa e entende as diferentes percepções
       (participativo)
      Escutar todos da comunidade (inclusiva)
      Visualização
      Triangulação (confrontação das informações)
      Busca fundamentos de base
      Analise e apresentação na comunidade
      Traduz as soluções com base nos problemas identificados

41
      Prioriza a acção com base em consensos da maioria
Mapa de Recursos:
                        ZONA 1        • VECTORES LOCAIS
                 ZONA 2
                                      • OPORTUNIDADES
                             ZONA 3




               ZONA 4



    REGIAO 1




Mapa de Aptidão:
   • Agricultura
Cadeia




   • Industria
42
   • Mineração
Técnicas de Pesquisa Cientifica baseadas no DRP

  O DRP fundamenta a sua acção no trabalho de campo com uso de
     entrevistas (Consulta), e métodos participativos (Inclusão).
      Primeira fase do diagnóstico: análise da situação e
       identificação de problemas ou Limitações. O propósito deste
       passo é que, partindo de uma análise da situação actual da
       comunidade, as identifiquem os seus problemas ou limitações
       mais importantes.
      Segunda fase do diagnóstico: aprofundar as limitações
       identificadas e procurar soluções. São enfocadas as causas e os
       efeitos das limitações priorizadas no segundo passo. São
       analisadas as causas dos problemas que podem ser melhorados
       com um esforço conjunto.
43
Técnicas de Pesquisa Cientifica

ENTREVISTA
 Constitui instrumento eficaz na colecta de dados fidedignos, desde que
  seja bem elaborada, bem realizada e bem interpretada.
 Adequar o conteúdo da entrevista aos dados que se pretende levantar (
  ver CATEGORIAS TEÓRICAS no problema, nos objectivos, na
  fundamentação teórica)

   Deve-se definir os objectivos e os tipos de entrevistas.
   Pode ter como objectivos
   identificar opiniões sobre fatos ou fenómenos.
   determinar pelas respostas individuais, a conduta previsível em certas
    circunstâncias
   descobrir os factores que influenciam ou determinam opiniões
    sentimentos condutas, comparar condutas
A ENTREVISTA
    pode ser:
 PADRONIZADA OU ESTRUTURADA
Fazer uma série de perguntas aos informantes, segundo um roteiro
  preestabelecido.

 DESPADRONIZADA OU NÃO ESTRUTURADA
Conversação informal. Pode ser alimentada por perguntas abertas. Dá
  maior liberdade ao informante
 PAINEL
Realizado com várias pessoas, que são levadas a opinar sobre um assunto.
Técnicas de Pesquisa Cientifica

     Arte de Perguntar…..
      Um dos pontos-chave no começo da entrevista é
      mostrar que não se trata de um interrogatório, e, sim,
      de apreender os conhecimentos da pessoa
      entrevistada. Existem certos tipos de perguntas que
      ajudam no processo da entrevista:
       o Perguntas abertas: "qual é a sua opinião sobre...?"
       o Perguntas estimulantes: "como conseguiu ter um jardim tão bonito?"
       o Perguntas dignificantes: "você que tem tanta experiência... o que
         pode me dizer em relação a…?"
       o Perguntas sobre eventos-chave: "como conseguiram recuperar a força
         depois da seca?
46
Técnicas de Pesquisa Cientifica

1. Recolha de dados
QUESTIONÁRIOS
Conjunto de perguntas que o informante responde SEM a presença do
pesquisador. O informante não poderá contar com explicações adicionais.
Emprego preferencialmente de perguntas fechadas, que pedem respostas
curtas, diretas e previsíveis. Podem ser tabuladas(Mais fácil de se analisar
os dados) = Sim ou não / Sempre, nunca, as vezes
    Perguntas abertas – Dão mais liberdade de respostas, proporcionam maiores
    informações, mas dificultam a apuração dos fatos. Precisam ser agrupadas por
    semelhanças para serem analisadas = Qual a sua opinião, Quais as causas
    Perguntas abertas numa série de perguntas fechadas – Oferece maior número de
    informações, sem dificultar a tabulação.(Perguntas para marcar X em várias
    respostas)
Técnicas de Pesquisa Cientifica

1. Recolha de dados
FORMULÁRIO
Conjunto de perguntas que o informante responde COM a presença do
pesquisador. Usado quando se pretende obter respostas mais amplas.

Vantagens:
• Pode ser aplicado para qualquer tipo de informante. Pode ser preenchido
  pelo pesquisador. Apresenta maior flexibilidade. O pesquisador pode
  reformular as perguntas, adaptando-as as situações.
• O pesquisador pode explicar melhor os objetivos da pesquisa e as
  questões. O pesquisador preenche ou orienta o preenchimento,
  proporcionando mais uniformidade na anotação das respostas.
• A formulação das questões deve ser clara, objetiva e ordenada.
Técnicas de Pesquisa Cientifica

1. Recolha de dados

 Constitui uma etapa importantíssima da pesquisa de campo.
 Os dados coletados serão posteriormente elaborados, analisados,
interpretados e representados graficamente.
 Depois será feita a discussão dos resultados da pesquisa com base na
análise e interpretação dos dados.
Técnicas de Pesquisa Cientifica

2. PREPARAÇÃO DOS DADOS
 SELECÇÃO –Visa a exatidão das informações obtidas. Em caso de descrepancia
entre as informações é indispensável verificar a falha na coleta dos dados. (reaplicar o
instrumento de pesquisa). Evitar informações confusas e incompletas.Objectiva corrigir
as falhas e o excesso de informações.
 CATEGORIZAÇÃO – Realiza-se mediante um sistema de codificação. Exemplo: P 1
= Professor 1 * D = Director
Consiste em classificar os dados, agrupando-os em categorias. Em seguida atribui-se um
código, número ou letras para cada categoria. Para transformar os dados qualitativos em
quantitativos. Tornando mais claro a sua representação.
Os dados coletados serão posteriormente elaborados, analisados, interpretados e
representados graficamente.
TABULAÇÃO - Depois será feita a discussão dos resultados da pesquisa com base na
análise e interpretação dos dados.
                                                                               (STATS)
Técnicas de Pesquisa Cientifica

     3. Sistematização dos Dados




51
Técnicas de Pesquisa Cientifica

5. Tratamento e Analise de dados
 Construção de modelos analiticos
 Identificação dos instrumentos de análise
    Excel
    Stats
Cálculos e interpretação dos Resultados
    Análise de resultados
    Confrontação com o modelo teórico
Modelação Analítica:Input - Output
Prisma que procura analisar o efeito ou o
comportamento dos agregados (variaveis
independentes) que afectam positiva ou
negativamento o resultado (varialvel
dependente): Y=f(x),
Traduzido na formula:
Y=a+bX
Y = Resultado
X = Instrumentos analiticos
a e b = Parametros que medem a magnitude
(Exemplo de uma função linear)
Recapitulando…
PROBLEMA                           OBJECTIVOS                        HIPÓTESES
Definir, identificar,              Definir os objectivos da          Solução provisória do
delimitar, compreender             pesquisa que atendem ao           problema. Teoria
factores peculiares,               problema tendo em mente           prevalecente, O
identificar variáveis e            as causas e as                    desenvolvimento da pesquisa
relações entre elas                consequencias bem                 determinará a sua validade (
                                   separadas                         confirmação ou negação)

METODOLOGIA                            VARIÁVEIS
Definir a forma como a                                               DELIMITAÇÃO DO
                                       Factores ou                   UNIVERSO DA PESQUISA
pesquisa será leva da a cabo…          circunstancias que
as entrevistas, os                                                   Os sujeitos de uma pesquisa,
                                       influem sobre o               ou seja os elementos que
questionarios, o tipo de variais       fato/fenômeno/proble
(qualitativas ou quantitativas,                                      serão investigados compõem
                                       ma a ser investigado.         uma amostra da pesquisa e
tecnicas de analise de dados e
interpretação dos resultados                                         podem ser generalizados para
                                                                     todo o universo

ANALISE DOS                          CONCLUSÔES                      RECOMENDAÇÔES
RESULTADOS                           Analisar os resultado face ao   Propor medidas de politica ou
Analisar os resultados               problema e onjectivos da        estrategias de acção face ao
das estimativas ou dos               pesuisa. Explora~Se das         problema identificado e
resultados e comparar                implicações (consequencias do   analisado (Politicas baseadas
com a teroria e as                   objecto de analise)             em evidencias
hipoteses.
Metodologia Científica
Metodologia Científica


CIÊNCIA
Acção comprometida com:
esforço empírico e teórico
(Pressupostos e hipoteses) que
aproxima a ciencia à realidade;
Objectividade e transparência;
debate crítico permanente
 (comportamento analítico)
Caracter da ciência:
    universalismo
         compartilhamento
              sistemática
Metodologia Científica

Características da Ciência

•Conhecimento pelas causas;
• Profundidades e generalidades das conclusões;
• Finalidade teórica e prática;
• Objectos: formais e factuais;
• Método e controle;
• Exactidão;
• Aspecto social.


   Ciência se compõe a partir de um
   conjunto de hipóteses (pré-solução) e
   teorias (aprendizagem genérica).
Metodologia Científica


Ciência: Conjunto organizado de conhecimentos
 construídos através de método científico
 (baseadas em teorias). Seu principal objectivo é
 a formulação de explicações dos fenómenos.


Acção investigativa: frente ao desconhecido e aos
 limites impostos pela natureza e pela sociedade.

Acção sistemática, metódica (critérios) e crítica.
 Esforço para descobrir princípios explicativos
 para aproximação e reaproximação com a
 realidade.
PESQUISA E INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

“[...] toda pesquisa tem uma
 intencionalidade, que é a de elaborar
 conhecimentos que possibilitem
 compreender e transformar a
 realidade com base nos postulados e
 metodologia da ciência (métodos: caminho
 e técnicas: procedimentos).

“ A Investigação cientifca procura
  identificar e/ou aprofundar novas
  facetas decorrentes da transformação
  ou origem natural da sociedade”
                           (PÁDUA, 2000).
    A pesquisa é sempre consequente enquanto que a
                  Investigação é casual
PESQUISA ACADEMICA (Pura)
A Pesquisa Académica procura analisar e aprofundar
 os postulados teoricos, com o fim de identificar a sua
 aplicabilidade, descrever um fenomenos ou dar
 contributos para o conhecimento.

 Trabalho executado com o
 objectivo de desenvolver novos
 conhecimentos ou a compreensão
 dos já existentes, necessários
 para determinar os meios pelos
 quais se pode desenvolver e
 aprimorar produtos, processos ou
 sistemas, visando satisfazer uma
 necessidade específica e
 reconhecida.
PESQUISA APLICADA
A Pesquisa Aplicada procura sistematizar um
 conjuntos de hipoteses e teorias cientificas a
 fenomenos reais (factos), na busca de uma
 explicação (causa/efeitos) e/ou solução.

 A pesquisa aplicada é aquela
 em que o pesquisador é movido
 pela necessidade de conhecer
 para aplicação imediata de
 resultados. Contribui para fins
 práticos, visando à solução mais
 ou menos imediata de
 problemas encontrados na
 realidade.
CIÊNCIA E SENSO COMUM
Senso comum   alimenta a ciência

              busca refinar o senso
  Ciência
              comum



                 Teorias
                científicas



                mudanças no
                senso comum   Henriette Gomes, 2007
A Hermenêutica como
ciência do saber e fonte
  de Pesquisa Aplicada
O processo de aprendizagem
TEORIA DA APRENDIZAGEM:
 Aprender é um processo de aquisição de
  conhecimentos, habilidades, valores e essencialmente de
  desenvolvimento da capacidade de pensar, julgar e
  empregar conceitos que conduzam às mudanças de
  atitudes e de comportamentos...
       o A educação pode ser definida como a tentativa consciente
         de promover a aprendizagem de outras pessoas.
       o tradicionalmente, a análise centrou-se em torno do ensino
         formal. Agora, com a mudança de paradigma educacional,
         aprender significa ir além da instrução formal pode ser
         promovida em ambientes diversos.
                                            Henriette Gomes, 2007
O processo de aprendizagem
 O processo de aprendizagem pode ser definido de
 forma sintética como o modo como os seres adquirem
 novos conhecimentos, desenvolvem competências e
 mudam o comportamento. Contudo, a complexidade
 desse processo dificilmente pode ser explicada apenas
 através de recortes do todo.
 Por     outro    lado,    qualquer
 definição está, invariavelmente,
 impregnada de pressupostos
 político-ideológicos, relacionados
 com a visão de homem,
 sociedade e saber.
O processo de aprendizagem
 O termo Conhecimento recebe as
  seguintes definições: competências
  ou habilidades adquiridas por uma
  pessoa através da experiência ou da
  educação; compreensão teórica ou
  prática em um determinado tema.
 O conhecimento não é conclusivo,
  abre novos desafios e oportunidades
  para o seu aprofundamento.
  “Quanto mais sei, sinto que nada sei”
   Nogar, 1982
O processo de aprendizagem
 A aquisição do conhecimento envolve processos
 cognitivos complexos:
  A percepção,
  Aprendizagem,
  Sociabilização, e
  Reflexão
  Fundamentação
  Interpretação.

                              A Hermenêutica
O Conceito Originário:




 Interpretação das gravuras em escrituras sagradas
A Hermeneutica

 Origem do Termo: O termo "hermenêutica" provém do
 verbo grego "hermēneuein" e significa "declarar",
 "anunciar", "interpretar", "esclarecer" e, por último,
 "traduzir". Significa que alguma coisa é "tornada
 compreensível" ou "levada à compreensão".
 Hermenêutica é um ramo da filosofia
 que se debate com a compreensão
 humana e a interpretação de textos
 escritos. A palavra deriva do nome do
 deus grego Hermes, o mensageiro dos
 deuses, a quem os gregos atribuíam a
 origem da linguagem e da escrita e
 considerado o patrono da comunicação
 e do entendimento humano.
 Normas de linguagem que governaram a comunicação por escrita nos tempos
                                                                      69
                                bíblicos
O Método Hermeneutico
O conceito de interpretação ocupa um lugar central nas
correntes da filosofia e das ciências sociais que tem
referencial filosófico. O método hermenêutico opera com um
conceito de linguagem não óbvia, onde os sentidos nunca
estão colocados previamente, mas se constituem numa
relação de interpretação. O certo é que este termo
originalmente exprimia a compreensão e a exposição de uma
sentença "dos deuses", a qual precisa de uma
 interpretação para ser                       SABEDORIA
apreendida correctamente.
Visão objectivista de
interpretação, consiste em
esclarecer os postulados da sua
realidade, descrever suas leis,
mecanismos e funcionamento.
                                        CONHECIMENTO
A Hermenêutica e Pesquisa Analítica
Soluções Reias para Problemas Concretos.
Aplicação dos fundamentos da ciencia para análise
e interpretação dos fenomenos – com aplicação do
saber cientifico e subjectivo.

                  Doutrina       Teoria       Paradigma
                                                Princípios
                   Princípios    Princípios
                                               Normativos
                  Fundamentais    Gerais
                                              (Orientadores)


                                               Regulamento
                                   Lei da
                  Constituição                 da Actividade
                                 Economia
                                                Comercial
A hermenêutica
 Método Holístico: E ainda, a Holística- Tradado no estudo da
  doutrina Cibernética - A cibernética surgiu como uma ciência
  interdisciplinar destinada a estabelecer relações entre várias ciências e
  permitir que cada ciência utilizasse os conhecimentos desenvolvidos
  pelas demais ciências, centrando o objecto de investigação os fenómenos
  que individualmente a ciência não tenha explorado ou desenvolvido
  princípios, tentando explicar o vazio encontrado no domínio da
  integração das varias ciências do conhecimento.

  Quem fala de Cibernética, deve se
  lembrar em primeira instancia da
  palavra sinergias (interligações,
  sistemas), que abarcaria o texto a luz
  de um mundo transdiciplinar
  (filosofia, história, sociologia...)
  interligado e abrangente.
                                                                         72
Aprendizagem Hermeneutica na Pesquisa

 Sinergético: Nenhuma ciência é suficiente, há sempre influencia
  de outros campos científicos - Autocorrelação. Como tal as
  conclusões de uma pesquisa pode ser influenciada pela natureza
  interpretativa: Interpretação Gramatical ou Filológica,
  Interpretação Lógica, interpretação Sistemática, Interpretação
  Histórica, Interpretação Teleológica, Interpretação Sociológica,
  interpretação económica, jurídica, antropológica.

 Pluralidade: Há consenso entre a generalidade dos autores de
  que a interpretação, a despeito da pluralidade de elementos que
  devem ser tomados em consideração, é una. Nenhum método deve ser
  absolutizado: os diferentes meios empregados ajudam-se uns aos
  outros, combinando-se e controlando-se reciprocamente.
                                                                     73
Aprendizagem Hermeneutica na Pesquisa

 Multidisciplinaridade: a mudança de foco da ciência, ao passar da
 busca das leis fundantes para abordagem de problemas de pesquisa, levou
 a comunidade científica a se incomodar com as divisões dos saberes. A
 abordagem de um problema tem que ser equacionada nas mais diversas
 facetas.

 Sistemico (autogerenciador): Dada a dificuldade de implementar
 um programa sistêmico de pesquisa, o mais comum é adotar uma
 abordagem multidisciplinar, o que significa adotar uma abordagem que
 utilize o campo conceitual de diversas disciplinas dentro das ciências
 humanas. Cada vez mais se afirma, assim, equipes multidisciplinares de
 pesquisa.
O MODELO DE INP-OUTPUT
A abordagem do Modelo I/O é voltada para o processo
analítica (mudanças). Na lógica da pesquisa aplicada, a
preocupação é associar os vários métodos e técnica
visando explicar o fenómeno:
   •   Distingue o fenómeno como ponto partida
   •   Solução como ponto de chegada
   •   Analise de alternativas - Processo.
   •   A tomada de decisão sobre alternativa – Efectividade
   •   A preocupação é centrada na maximização dos resultados
       (solução normativa vs solução optimizante.
Modelação Analítica:Input - Output
                      AMBIENTE
                       (ERRO)




FENOMENO                                 SOLUÇÃO
                      PROCESSO
                       PESQUISA         “Resultados”
“Fenomeno”             APLICADA           (Eficácia)
(Objectivos)
                     (Eficiência)
                IMPACTO / MUDANÇA




               EFEITOS /TRANSFORMAÇÃO
                      (Efectividade)
Realinhando a ciência
 O método: o ponto de partida é o problema a ser resolvido. O
  pesquisador percebe um problema e supõe uma solução possível, ou
  seja, uma explicação racional da situação a ser compreendida ou
  aperfeiçoada: a hipótese. Muitas podem ser as hipóteses possíveis, mas o
  pesquisador centra-se na que lhe parece mais profícua. Para comprovar a
  hipótese o pesquisador deve ir a realidade e verificá-la. As informações
  colhidas na realidade devem indicar as conclusões do trabalho científico.

 As conclusões não são mais absolutas que a hipótese formulada, mas se o
  pesquisador as considera válidas submete-as à comunidade científica. Ao
  submetê-las dirá quais são as delimitações do problema, como as
  percebeu, por que sua hipótese é legítima e o procedimento que adotou
  para verificar sua hipótese e chegar às suas conclusões. Cada pessoa
  então poderá julgar o saber produzido e sua credibilidade. Assim se dá a
  objetivação que hoje está no centro do método científico.
Aprendizagem Cientifica
CONSTRUÇÃO DA PESQUSA CIENFICA


        PESQUISA PASSO-Á-PASSO
PROJECTO DE
 PESQUISA
Projecto de Pesquisa Científica


Projecto: do latin pro-jicere (colocar adiante)

“Qualquer pesquisa, para ser desenvolvida,
necessita de um projecto, e bem feito, que a
oriente. Pode até não garantir o sucesso da
investigação, mas a sua ausência, certamente
garante o insucesso.”

(VERGARA, 2000)
Projecto de Pesquisa Científica

• O Projecto de Pesquisa é um documento que tem por
  finalidade antever e metodizar as etapas operacionais de um
  trabalho de pesquisa. Nele, você irá traçar os caminhos que
  deverão ser trilhados para alcançar seus objectivos. O
  documento permitirá a avaliação da pesquisa pela
  comunidade científica e será apresentado para se obter
  aprovação e/ou financiamento para sua execução.

• O esquema para elaboração de um projecto de pesquisa não é
  único e não existem regras fixas para sua elaboração. Um
  projecto deve trazer elementos que contemplem respostas às
  seguintes questões:
     o que será pesquisado? O que se vai fazer?;
     por que se deseja fazer a pesquisa?;
     para que se deseja fazer a pesquisa?;
     como será realizada a pesquisa?;
     quais recursos serão necessários para sua execução?;
     quanto vai custar, quanto tempo vai se levar para executá-la e
      quem serão os responsáveis pela sua execução?
Projecto de Pesquisa Científica

Perguntas de partida…..
 Organize suas perguntas
  • Quais são as partes do seu tema ?
  • Qual o contexto do tema ?
  • Qual a importância do seu tema?
  • Quem deu contribuições relevantes ao tema?
  • Como outros autores abordaram o assunto?
  • O que resta por investigar no tema?
  • Qual a é contribuição do trabalho a ser produzido?




   83
Projecto de Pesquisa Científica

Fases do Projecto…..
 CAPA E INDICE


1. INTRODUÇÃO                     7. OBJECTIVOS
2. O TEMA                         8. METODOLOGIA
3. REVISÃO LITERÁRIA              9. CRONOGRAMA
4. FUNDAMENTAÇÃO                  10. ORÇAMENTO
5. O PROBLEMA                     11. BIBLIOGRAFIA
6. HIPOTESES                         ANEXOS
Projecto de Pesquisa Científica

A Capa do trabalho…..
 Instituição Promotora
 Título do Projecto
 Nome do autor
 A quem será apresentado
 Nome do orientador do Projecto
 Mês e ano da conclusão
 Obs.: Esta página não é numerada, é considerada
  Pré-textual (Página principal diferente)

             “A FACE DO TRABALHO ….É O ESPELHO….
             O MEU ORGULHO ESTA NO ESPELHO DO QUE FAÇO.”

             KILLERS, 1997
Projecto de Pesquisa Científica

Esquema do Trabalho
 Concluído o Projeto, o pesquisador elaborará um
  Esquema do Trabalho que é uma espécie de esboço
  daquilo que ele pretende inserir no seu Relatório Final
  da pesquisa.
 O Esquema do Trabalho guia o pesquisador na
  elaboração do texto final. Por se tratar de um esboço
  este Esquema pode ser totalmente alterado durante o
  desenvolvimento do trabalho.
 Quando conseguimos dividir o tema genérico em
  pequenas partes, ou itens, poderemos redigir sobre
  cada uma das partes, facilitando significativamente o
  desenvolvimento do texto.
   86
Projecto de Pesquisa Científica
Fases do Projecto…..
1. Introdução
    A instrudução pode ser relevante para uma abordagem generica
     sobre o objecto a pesquisar, dando um panorama mais amplo
     sobre os fenomeno. A introdução deve conter elementos que são
     mais tarde detalhados no projecto ou na pesquisa.
    Permite que se tenha uma visualização situacional do problema.
     Delimita a abordagem a ser apresentada na pesquisa. Arrole os
     argumentos que indiquem que sua pesquisa é significativa,
    importante e/ou relevante.

       Contextualização:      Importa    fazer    referencia    na
        contextualização o ambiente envolvente da pesquisa, pelo
        que deverá apresentar de forma clara o contexto do estudo,
        sendo que deverá o estudo, respknder algo da actualidade.

       Situação Actual: A descrição da situação actual procura
        identificar o ponto de partida, que será importantye para
        avaliar o s objectivos (ponto de partida) e os resultados
        esperados (ponto de chegada).
Projecto de Pesquisa Científica
Fases do Projecto…..
1. Escolha do Tema
    Existem dois fatores principais que interferem na escolha de um
     tema para o trabalho de pesquisa (Internos e Externos).
     Algumas questões devem ser levadas em consideração na
     escolha;
    O tema escolhido deve: a) Representar uma questão relevante,
     cujo melhor modo de solução se faz por meio de uma pesquisa
     científica; b) Ser factível em relação à competência dos
     pesquisadores.

2. Revisão de Literatura
    Estudos sobre o tema, ou sobre o problema, já realizado por
     outros autores. Indica qual a opção teórica em relação aos
     autores. Essa teoria me oferece através desse conceito uma
     compreensão melhor.
    Oferece suporte para a interpretação e análise: Livros, artigos /
     monografias / dissertações / teses recentes sobre o que está sendo
     estudado (não mais de 5 anos).
Projecto de Pesquisa Científica

3. Fundamentação (justificação)
    É a justificação para o trabalho de pesquisa. Mostra a
     relevância e a motivação para ser efectuado ( destauqe no
     conhecimento, nas novas expoeriencias, nova abordage,
     etc.). O tema escolhido pelo pesquisador e a Hipótese
     levantada são de suma importância de ser comprovada.

   Deve-se tomar o cuidado, na elaboração da fundamentação,
    de não se tentar justificar a Hipótese levantada, ou seja,
    tentar responder ou concluir o que vai ser buscado no
    trabalho de pesquisa. A Justificação exalta a importância
    do tema a ser estudado, ou justifica a necessidade de se
    levar a efeito tal empreendimento.
Projecto de Pesquisa Científica

4. O Problema
    O problema é a mola propulsora de todo o trabalho de
     pesquisa. Depois de definido o tema, levanta-se uma questão
     para ser respondida através de uma hipótese, que será
     confirmada ou negada através do trabalho de pesquisa. O
     Problema é criado pelo próprio autor e relacionado ao tema
     escolhido.
    O autor criará um questionamento para definir a abrangência de
     sua pesquisa. O Problema gera a motivação da pesquisa!

   Domínio do Problema, constiste na identificação:
       O que está errado? (Efeitos adversos)
       Por que está errado? (Causas)
       O que, Onde e Quando deseja-se realizar? (Tarefa)
       Para que deseja-se realizar tal tarefa? (Propósito)
Projecto de Pesquisa Científica
5. Hipotese
 A Hipótese é sinônimo de suposição. Neste sentido, Hipótese é uma
  afirmação categórica (uma suposição), que tente responder ao
  Problema levantado no tema escolhido para pesquisa. É uma pré-
  solução para o Problema levantado. São formuladas em função das
  evidencias teoricas, factuais ou experiências. As hipoteses podem
  estabelcer as relações causa.efeito e como tal oferece as variaveis
  (qualitativas pou quantitativas)
Exemplo: (Problema de desistencia dos alunos)
  Hipótese 1: A falta de recursos para sustentar o curso, proporciona
  a desistência dos alunos.
  Hipótese 2: Os alunos desistem, após notarem que o curso
  escolhido não satisfaz seus anseios.
  Hipótese 3: A desistência é gerada pela “forte” cobrança exercida
  pelos professores.
As hipóteses deverão ser aceites ou refutadas após obtenção de evidencias e
fundamentos. Os dados deverão oferecer a sustentação. O trabalho de pesquisa,
então, irá confirmar ou negar a Hipótese (ou suposição) levantada.
Projecto de Pesquisa Científica

6. Objectivos
 A definição dos Objetivos determina o que o pesquisador quer
  atingir com a realização do trabalho de pesquisa. É sinônimo de
  meta, fim. Deverá ser delimitado!
 Alguns autores separam os Objetivos em Objetivo Geral e
  Objetivos Específicos. Uma regra para se definir os Objetivos é
  colocá-los começando com o verbo no infinitivo:

Exemplos:
   Esclarecer;
   Definir;
   Procurar;
   Permitir
   Demonstrar;
   Quantificar;
   Realizar;
Projecto de Pesquisa Científica
7. Metodologia
 A Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e
  exata de toda ação desenvolvida no método (caminho) do
  trabalho de pesquisa. Define os metodos e as técnicas a serem
  observadas ao longo do estudo.
 O desenho metodológico que se pretende adotar: será do tipo
  quantitativa, qualitativa, descritiva, explicativa ou exploratória.
  Será um levantamento, um estudo de caso, uma pesquisa
  experimental, etc. Define em que população (universo) será
  aplicada a pesquisa. Explique como será selecionada a amostra e o
  quanto esta corresponde percentualmente em relação à população
  estudada.
 Identifca as formas de tabulação e tratamento dos dados. É a
  explicação detalhada do tipo de pesquisa (natureza descriticva,
  bibliografica, dfe campo, etc…) ; dos instrumental utilizado para a
  condução da pesquisa (questionário, entrevista etc);            dos
  instrumentos analiticos ( estimativas baseadas no excel, STATA,
  SPSS);
   Resumindo: tudo aquilo que se utilizou no trabalho de pesquisa.
Projecto de Pesquisa Científica

8. Cronograma
 É a previsão do tempo que será gasto na realização do trabalho de
  acordo com as actividades a serem cumpridas. As actividades e os
  períodos serão definidos a partir das características de cada
  pesquisa e dos critérios determinados pelo autor do trabalho.
 Os períodos podem estar divididos em dias, semanas, quinzenas,
  meses, bimestres, trimestres etc. Estes serão determinados a partir
  dos critérios de tempo adoptados por cada pesquisador. Apresenta
  o cronograma estimando o tempo necessário para executar cada
  uma das etapas.
9. Orçamento
 Normalmente as monografias, as dissertações e as teses não
   necessitam que sejam expressos os recursos financeiros. Os
   recursos só serão incluídos quando o Projecto for apresentado para
   uma instituição financiadora.
 O orçamento deverá espelhar detalhadamente as categorias das
   despesas associadas as actividades as serem executadas ao longo
   da pesquisa (logística para o trabalho de campo, despesas de
   comunicações e transporte, despesas com pessoal, etc)
Projecto de Pesquisa Científica

8. Bibliografia
 As referências dos documentos consultados para a elaboração do
  Projeto é um item obrigatório. Nelas normalmente constam os
  documentos e qualquer fonte de informação consultados no
  Levantamento de Literatura.
 A Internet representa uma novidade nos meios de pesquisa. Trata-
  se de uma rede mundial de comunicação via computador, onde as
  informações são trocadas livremente entre todos.
 www.periodicos.capes.gov.br, (data de acesso)


10. Anexos
 Este item também só é incluído caso haja necessidade de juntar ao
  Projeto algum documento que venha dar algum tipo de
  esclarecimento ao texto. A inclusão, ou não, fica a critério do autor
  da pesquisa.

Projecto de Pesquisa Científica

Citações:
 A citação pode ser utilizada para esclarecer, ilustrar ou sustentar
  um determinado assunto, ela garante respeito ao autor da idéia e
  ao leitor. Dá credibilidade ao trabalho científico. As citações
  podem estar localizadas no texto ou em notas de rodapé e podem
  ser: Curtas (até três linhas); Longas (mais de três linhas); ou
  Directas (cópia fiel do autor consultado);
Toda citação deve vir acompanhada da indicação de autoria, esta pode
estar inclusa no texto (na sentença, frase) ou entre parênteses.
       Maximiano (2000, p. 358) afirma que os factores de manutenção ou
       aspectos insatisfatórios, dizem respeito ao contexto do trabalho, ou seja, às
       condições dentro das quais o trabalho era realizado.”
       “A teoria de Alderfer, como a de Maslow, é difícil de ser testada, o que torna
       difícil avaliar sua aplicação a situações organizacionais.” (STONER, 1994, p.
       326).
Projecto de Pesquisa Científica

Referências:
 Existem elementos essenciais e elementos complementares que
  identificam a obra. Os elementos essenciais são obrigatórios à
  identificação do autor (sobrenome e Nomes), O Ano da publicação
  (XXX); O título, subtítulo (quando houver), edição, local de
  publicação, editora ou produtora e data de publicação ou
  produção.
   HIBBELER, R. C. (2005). Estática: mecânica para engenharia. 10.ed. São
    Paulo: Prentice Hall.
   DORF, R. C.; BISHOP, R. H. (2001) Sistemas de controle modernos. 8.
    ed. Rio de Janeiro: LTC.
   ANDRADE, R. O. B. de; TACHIZAWA, T.; CARVALHO, A. B. de (2002).
    Gestão ambiental: enfoque estratégico aplicado ao desenvolvimento
    sustentável. 2.ed. São Paulo: Makron Books, 2002.
Projecto de Pesquisa Científica


                          NOTA:


    Um projecto de pesquisa nunca tem
 conclusões e muito menos recomendações.
   Normalmente o Projecto não apresenta
             sumário executivo.
Elaboração de Artigo
     Científico
DO QUE SE TRATA A ELABORAÇÃO DE UM
  ARTIGO CIENTÍFICO BEM ESCRITO ?




Idéia                          Idéia


               Paper
ARTIGO CIENTÍFICO


Conceito de Artigo Científico:

“é parte de uma publicação com autoria declarada, que
        apresenta e discute idéias, métodos, técnicas,
         processos e resultados nas diversas áreas do
                                       conhecimento”.

                                   (GONÇALVES, 2004).
Artigo Científico



Definição de Artigo de Periódico:
“... trabalhos técnico-científicos, escritos por um ou mais autores,
     com a finalidade de divulgar a síntese analítica de estudos e
     resultados de pesquisas. Formam a parte principal em
     periódicos especializados e devem seguir as normas editorias
     do periódico a que se destinam. Os artigos podem ser de dois
     tipos:
      a) originais, quando apresentam abordagens ou assuntos
          inéditos;
      b) de revisão, quando abordam, analisam ou resumem
          informações já publicadas”.

     Normas para apresentação de Documentos Científicos, 2001.
Artigo Científico
FINALIDADES DO ARTIGO CIENTÍFICO


 Comunicar os resultados de pesquisa, ideias e debates de
  uma maneira clara, concisa e fidedigna.
 Servir de medida nas decisões referentes à contratação,
  promoção e estabilidade no emprego. Reflectir a análise de
  um dado assunto, num certo período de tempo.
 Servir de meio de comunicação e de intercâmbio de ideias
  entre cientistas da sua área de actuação. Levar os teste de
  uma hipótese, provar uma teoria (tese, trabalho científico).
 Registar e transmitir algumas observações originais. Servir
  para rever o estado de um dado campo de pesquisa.
Artigo Científico


 AS MOTIVAÇÕES DO AUTOR


   “aquele que sabe o quê e como, provavelmente, escreve
      um bom trabalho, mas aquele que sabe o porquê não
         só escreve um óptimo artigo, como também sabe
      corrigir o próprio trabalho e o dos outros autores”.

    Artigo Científico: do desafio à conquista – Victoria Secaf, 2004.
Artigo Científico

  ESTRUTURA RECOMENDADA DE UM ARTIGO
               CIENTÍFICO
     ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS

    Título e subtítulo (se houver)
     Nome do(s) autor(es)
     Crédito(s) do(s) autor(es)
     Agradecimento (opcional)
     Resumo (no idioma do país)
     Palavras-chave ou descritores
Artigo Científico
                                                  Cont.


   ELEMENTOS TEXTUAIS

   São elementos que compõe o texto do artigo.

    Introdução (tema, objetivo, relevância)
    Desenvolvimento (metodologia, resultados e
   discussão)
    Argumentação ou fundamento lógico
    Conclusão
Artigo Científico
                                       Cont.


ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS

  Referências
  Apêndices (elaborados pelo autor)
  Anexos (documentos)
  Tradução do Resumo
  Tradução dos descritores
  Data
QUESTIONARIO
Questionário

ELABORAÇÃO DE QUESTIONÁRIOS
“Um bom questionário deve conquistar o entrevistado
e estimular seu interesse em dar respostas completas
e precisas. Deve alcançar esse objectivo ao mesmo
tempo em que estabelece uma compreensão
simultânea, por todos os entrevistados, tanto das
perguntas como das respostas.”

Definição de questionário: é uma técnica estruturada
para recolha de dados que consiste em uma série de
perguntas, escritas ou orais, que um entrevistado
deve responder.
Questionário

ELABORAÇÃO DE QUESTIONÁRIOS
Objectivos de um questionário: qualquer questionário tem
três objectivos:

1) Transformar a informação desejada em um conjunto de perguntas
   específicas que os entrevistados tenham condições de responder;

2) Motivar e incentivar o entrevistado a se deixar envolver pela
   entrevista, a cooperar e a completar a entrevista (finalizar a
   entrevista). Ao planejar o questionário, o pesquisador deve sempre
   minimizar o cansaço e o tédio do entrevistado;

3) Deve sempre minimizar o erro de resposta. O erro de resposta
   aparece quando os entrevistados dão respostas imprecisas ou
   quando elas são registadas ou analisadas inadequadamente.
Aplicação técnica
             DEFINIÇÃO DO
                 TEMA




                                        111
            ELABORAÇÃO DO
               PROJECTO


ELABORAÇÃO DOS            SELECÇÃO DA
QUESTIONÁRIOS              AMOSTRA



                 ENTREVISTA



           TRATAMENTO DE
                DADOS
Questionário

Elaboração dos questionários
 Questões sem ambigüidade




                                                  112
 Evitar eventos compostos (multiplicidade)

 Evitar ou esclarecer previsões contraditórias


 Evitar ordenamento de posições


 Número de questões entre 20 e 25
Questionário


Perguntas importantes na construção do
 questionário

 Que decisões preciso tomar com essa
  pergunta?
 Que problema desejo responder?
 Que hipóteses preciso testar?
 Quais os objetivos a alcançar?




   113
Elaboração do Questionário

Experiência e criatividade são características pessoais decisivas na
elaboração de questionários. Um questionário mal construído compromete os
resultados finais de um estudo. Alguns cuidados devem ser tomados:
Linguagem: deve ser simples, clara e compatível com a escolaridade do
público-alvo da pesquisa; as frases devem ser redigidas na voz ativa, em
ordem direta (sujeito, verbo e complementos). É necessário também que as
perguntas sejam imparciais, de modo a não direcionar as respostas dos
entrevistados. Devem-se evitar termos vagos como frequentemente ou
ocasionalmente, porque tornam as respostas dos entrevistados incomparáveis.

Formato das perguntas: Elas podem ser abertas, fechadas ou semi-abertas:
-Uma pergunta aberta (não estruturada) é aquela que o entrevistado pode
responder livremente, com as próprias palavras. Elas tem a vantagem de
relevar mais sobre o assunto. Desvantagens:
-Dificuldade que se encontra na tabulação das respostas, principalmente
quando se trata de uma pesquisa quantitativa em grande escala;
-Influência das crenças do entrevistador ao perguntar e ao transcrever as
respostas e o consumo de tempo na coleta e tabulação dos dados.
Elaboração do Questionário

•Perguntas fechadas (ou estruturadas): são aquelas que apresentam
previamente opções de resposta. Normalmente são definidas de acordo com a
experiência do pesquisador e também com base em pesquisas de dados
secundários. As principais perguntas fechadas são:

• Perguntas dicotômicas: apresentam duas opções de respostas (1) Sim (2)
não. Admite-se a inclusão de terceira alternativa, do tipo “não sei” ou
“nenhum”.
Exemplos: 1) sexo: (1) Masculino  (2) Feminino

• Perguntas de múltipla escolha: trazem três ou mais alternativas de
resposta.
Exemplo: 1) Qual marca de refrigerante acabou de comprar?
(1) Coca cola (2) Pepsi (3) Guaraná (4) Fanta

•    Desvantagens: limitam muito as respostas que se podem obter dos
     entrevistados.
•    Vantagens: são práticas, fáceis de interpretar e tabular. Facilita a
     comparação entre as respostas dos entrevistados na fase de análise de
     dados.
Elaboração do Questionário

-Escala de Likert: o entrevistado deve expressar seu grau de concordância
ou discordância com afirmações.
Exemplo: A qualidade de um café solúvel está em: (mostrar escala)
      Item          Concordo         Concordo      Indiferente     Discordo     Discordo
                   totalmente       parcialmente                 parcialmente   Totalmente
    • Sabor

   2. Pureza

 3. Rendimento

 4. Solubilidade

  5. Variedade

    6. Preço

 7. Embalagem

 8. Outro atributo: (especificar)
Elaboração do Questionário

-Escala de importância: o entrevistado deve classificar itens em importância.
Exemplo: Gostaria que dissesse o grau de importância de cada um dos itens
abaixo ao comprar café solúvel (mostrar escala)

      Item             Muito      Importante   Indiferente     Pouco        Não é
                     importante                              importante   importante
• Qualidade

2. Variedade da
linha
3. Composição
do produto
4. Tradição da
marca
5. Embalagem

6. Disponibilidade

7. Preço
Elaboração do Questionário

Diferencial semântico: o respondente escolhe um ponto entre duas palavras
opostas.
Exemplo: O café solúvel Líder é:
Excelente _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Mau
Caro _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Barato
Puro _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Impuro
Disponível _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Indisponível

Escala de intenção de compra: pergunta-se ao entrevistado se compraria
um produto/serviço, dadas certas condições (preço, disponibilidade, mudanças
na composição, etc.).

Exemplo: Estando o café solúvel Líder disponível em diversos pontos de venda,
  ao preço do Kz 50 a embalagem de 100g, você:

(1) Certamente compraria           (2) Provavelmente compraria
(3) Provavelmente não compraria      (4) Certamente não compraria
(5) Não sei
Elaboração do Questionário

Sequência das perguntas:
-As perguntas iniciais de um questionário devem ser fáceis e
interessantes, para que se crie desejo de cooperação do entrevistado;

Exemplo: pode se perguntar uma opinião do respondente em questão
aberta, ou usar perguntas qualificadoras (que indicam se ele está apto
a participar da pesquisa). Perguntas difíceis ou pessoais, que
desanimam o entrevistado, devem aparecer no fim do questionário.

Tamanho do questionário: depende da abrangência do problema de
pesquisa e do método de contacto com os entrevistados, mas se deve
ter em mente que um questionário extenso desperta má vontade nos
respondentes. Entretanto, um questionário muito curto pode
comprometer objectivos de uma pesquisa, já que questões importantes
podem ficar sem resposta. O pesquisador deve usar sua experiência e
bom senso para definir o tamanho do questionário.
Elaboração do Questionário

Sequência das perguntas

   Perguntas  introdutórias
   Perguntas delicadas
   Perguntas afins
   Série padronizada de respostas
   Sequência lógica
   Perguntas de filtragem ou “peneira”
   Verificações de confiabilidade
   Perguntas abertas de acompanhamento
   Perguntas abertas de aspectos gerais


Extensão do questionário
EM suma….
1º Passo: Conhecer o contexto associado ao projecto.
2º Passo: Recolher informações preliminares a respeito de
        questões importantes para as partes interessadas e os
        indivíduos-chave:
        - informações descritivas
        - informações comportamentais
        - informações preferenciais
3º Passo: Delinear e especificar questões chaves
4º Passo: Elaborar primeira versão do questionário
5º Passo: Aplicar Pré-Teste para avaliar:
        - Clareza
        - Abrangência
        - Aceitabilidade
6º Passo: Revisar as perguntas (se necessário, efectuar novo
        pré-teste)
7º Passo: Aplicar o questionário
Referências
BAPTISTA, Sofia Galvão; CUNHA, Murilo Bastos. Estudos de usuários: visão global
dos métodos de coleta de dados. Perspectivas em Ciência da Informação, v. 12, n. 2,
p. 168-184, maio/ago. 2007.

CUNHA, Murilo Bastos da. Metodologias para estudo dos usuários de informação
científica e tecnológica. Revista de Biblioteconomia de Brasília, Brasília, v.10, n.2
(número temático sobre estudo e tratamento de usuários da informação), p. 5-20,
jul./dez. 1982.

FIGUEIREDO, Nice Menezes de. Estudos de uso e usuários da informação. Brasília:
IBICT, 1994. 154 p. ISBN – 85.7013.040-X

REA, Louis M. e PARKER, Richard A. Metodologia de Pesquisa: do planejamento à
execução. São Paulo: Pioneira, 2002.
AMOSTRA
Teoria de Amostragem

População e Amostra
Preferências musicais dos estudantes?
 População - Amostra - Unidade estatística



• População (N): todos os estudantes
• Amostra (n): grupo reduzido de estudantes
• Unidade Estatística (obs): cada um dos
estudantes
Teoria de Amostragem

Censo e Amostragem
Censo
Num censo são observados todos os
indivíduos da população relativamente aos
diferentes atributos que estão sendo objectos
de estudo.
Amostragem
Numa amostragem, o estudo estatístico
baseia-se numa parte da população, isto é,
numa amostra que deve ser representativa
dessa população.
Teoria de Amostragem


 A população pode ser tão pequena que o custo e o tempo
 de um censo sejam pouco maiores que para uma
 amostra.

 Representatividade – Uma das limitações da amostra é
 assegurar a representatividade das unidades
 estatísticas que reflictam a situação genérica.

 Se for exigido uma precisão completa nos resultados –
 neste caso o censo é o único método aceitável.
            Ex: um banco não faria uma amostragem de suas agências
                    para saber o montante de dinheiro disponível.

 Ocasionalmente, já se dispõe de informação completa,
 de modo que não há necessidade de uma amostra.
Teoria de Amostragem

Vantagens da Amostragem
 Uma amostra pode facilmente actualizada do que a
 população, os resultados de um censo podem ser
 demorados (com incidência de erro significativo).

 Custo – o custo de se fazer um censo pode ser
 proibitivo. Um censo acarreta mobilização de recursos
 técnicos, humanos, materiais e financeiros

 Precisão – a amostragem envolve menor número de
 inquiridores, diminuindo a incidência do erro.

 Tempo – O tempo necessário para a realização de um
 censo é significativo, comparando com um
 amostragem.
Teoria de Amostragem

AMOSTRAGEM ALEATÓRIA SIMPLES
 É o processo de retirada das unidades de observação de
 uma população no qual cada unidade tem a mesma
 oportunidade de integrar a amostra.

 Equivale a um sorteio.


 Uso da Tabela de Dígitos Pseudo-aleatórios.
Teoria de Amostragem

AMOSTRAGEM SISTEMÁTICA
(periódica)
 É o processo de seleção das unidades de
 observação que é realizada periodicamente
 utilizando um intervalo de seleção (i.s)
 calculado, para uma população finita, através
 da divisão do tamanho da população (N) e o
 tamanho da amostra (n) a selecionar.

                  i.s = N / n
Teoria de Amostragem

O processo de Amostragem
 Métodos de amostragem apropriados e consistentes
 garantem que os levantamentos sejam
 representativos das populações em que estão a ser
 conduzidos

 Amostras representativas são parecidas com a
 verdadeira população

 Eles garantem que os levantamentos sejam
 consistentes de ano para ano, e que sejam
 consistentes nos locais


                                                     #3-3-4
Teoria de Amostragem

População e Amostra
 Por que o recurso de uma
amostra e não de uma população ?

                 •Economia de tempo
                 •Redução de custos

  Como selecionar as
 amostras?
                  • Amostragem aleatória
                  • Amostragem sistemática
                  • Amostragem estratificada
Teoria de Amostragem
Teoria de Amostragem

Exemplo
 Em uma população de 200 alunos, há 120 meninos e 80 meninas.
  Extraia uma amostra representativa, de 10%, dessa população.
  Nesse exemplo, há uma característica que permite identificar 2
  subconjuntos, a característica Sexo..
     SEXO      POPULAÇÃO   AMOSTRA (10%)
   Masculino      120           12
    Feminino      80             8
     Total        200           20



 Portanto, a amostra deve conter 12 alunos do sexo masculino e 8
  do sexo feminino, totalizando 20 alunos, que correspondem a
  10% da população.
Teoria de Amostragem
ENTREVISTA
Levantamento de Dados:

 É a base fundamental para o desenvolvimento de um trabalho
 de organização. Um levantamento imperfeito, incompleto, com
 dados verídicos e inconsistentes, poderá gerar uma análise




                                                          138
 tecnicamente perfeita, porém com o resultado comprometido
 porque a nova sistemática operacional proposta poderá ficar
 aquém da actual, complicando em vez de solucionar o
 problema existente.
                            Em síntese: quando se levanta
                             “lixo”, analisa-se “lixo” e,
                          consequentemente, a proposta não
                                   será diferente.
                                 Pedro Gomes, 2007

                                 Portanto, ao fazer um
                          levantamento tenha muito cuidado!
Levantamento de Dados:

Técnicas de Levantamento
Pesquisa Institucional e Revisão Bibliográfica




                                                              139
             A Pesquisa Institucional e/ou Revisão
              Bibliográfica deve ser a primeira técnica
              empregada em um levantamento, pois oferece
              suporte às demais, possibilitando um
              entendimento mais direccionado ao assunto a ser
              tratado.
             Revisão Bibliográfica – Consiste em pesquisar
              a literatura pertinente (livros, revistas
              especializadas, legislação, artigos, etc).
             Pesquisa Institucional – consiste basicamente
              em identificar, na empresa, trabalhos que já
              foram desenvolvidos sobre o assuntos (estatuto
              social, regimentos, normas, regulamentos,
              manuais, instruções normativas, relatórios, etc).
Levantamento de Dados:

 Observação Directa
 Das técnicas de levantamento existentes, talvez a
                                                             
  Observação Directa seja a mais eficiente, pois




                                                             140
  possibilita verificar “in loco” as actividades que estão
  sendo desenvolvidas, permitindo, assim, recolher as
  informações de acordo com o desenrolar das operações
  e/ou execução dos processos.
 Para execução desta técnica, basta simplesmente que
  o analista observe as actividades de cada
  funcionário, registando o que está sendo realizado
  (forma de execução, tempo de duração, dificuldades,
  procedimentos gerais, etc).
 Contudo, por ocasião da analise, o profissional deve
  estar ciente que é natural ao ser humano aumentar
  o seu desempenho e a sua produtividade
  quando esta sendo observado.
Levantamento de Dados: A Entrevista


                   A Entrevista é uma das técnicas
                    mais comuns no levantamento de




                                                      141
                    dados, visando a resolução dos
                    problemas organizacionais.
                   Consiste em um diálogo
                    planeado com o fim de obter
                    informações de quem executa as
                    actividades, por meio de uma
                    comunicação verbal e directa, com
                    o objectivo de recolher subsídios e
                    informações para uma posterior
                    análise.
Levantamento de Dados: A Entrevista

           Fases da Entrevista:
            a) Planeamento
             a) Preparar-se com respeito ao assunto, para




                                                         142
             que se possa dialogar e entender a
             terminologia e as explicações técnicas dos
             usuários;
              b) Seleccionar as pessoas que serão
              entrevistadas, ou seja aquelas que
              efectivamente tenham condições de dar as
              informações desejadas;

              c) marcar hora e local e preferencialmente no
              “habitat” natural do entrevistado, para que
              ele se sinta mais à vontade.
Técnicas de Pesquisa Cientifica
 PLANEAMENTO DA ENTREVISTA

 O ENTREVISTADOR deve saber para que vai realizar a
  entrevista. Quais as informações que deseja obter. Conhecer
  bem o entrevistado ( se ele preenche os requisitos para ser
  informante, se conhece o assunto e está disposto a prestar
  informações)
 Ter sensibilidade, escolher condições favoráveis para a
  realização da entrevista. Marcar dia hora local e garantir
  sigilo nas informações colhidas.
 Ter contacto prévio com os líderes do grupo, para
  autorizarem as entrevistas.
 Elaborar um roteiro ou formulário previamente de acordo
  com as informações que deseja obter. Definir se ela vai ser
  gravada ou anotada(preparar materiais)
Técnicas de Pesquisa Cientifica

PLANEAMENTO DA ENTREVISTA
 Registar fielmente o que foi dito pelos informantes,
  inclusive o que observou (constrangimento, hesitação,
  ênfase, entonação do entrevistado.)
 Inicialmente explicar ao informante a finalidade da pesquisa
  e solicitar a sua colaboração. Deixar o informante a vontade.
  Clima cordial para não inibi-lo.
 As perguntas devem ser formuladas de acordo com os
  objectivos da pesquisa, feitas um de cada vez, com
  linguagem adequada, sem sugerir ou induzir respostas.
 Ouvir mais do que falar. Não interromper o entrevistado.
 Ao final agradecer a colaboração do entrevistado e ressaltar
  a importância dele para a pesquisa.
Levantamento de Dados: A Entrevista

             b) Fase de Execução (Entrevista
              propriamente dita
                 a) Após cumprimentar o entrevistado, dar uma




                                                               145
                 ideia geral sobre o assunto a ser abordado e
                 esclarecer sobre o tipo de informação desejada;
                 b) Deixar o entrevistado à vontade dentro de um
                 clima de cordialidade e confiança;
                 c) Utilizar um vocabulário simples e de fácil
                 compreensão para o entrevistado, evitando o uso
                 de termos técnicos e sofisticados;
                 d) Deve-se ser observado que no momento da
                 entrevista não é ocasião oportuna para criticar e
                 muito menos para corrigir suas falhas, mas
                 sim de colher informações consistentes para uma
                 posterior análise;
                 e) Concluída a entrevista, deve-se solicitar ao
                 entrevistado que faça alguns comentários sobre o
                 assunto em questão, tipo: críticas, elogios e,
                 principalmente sugestões.
Levantamento de Dados: A Entrevista




            Abordagens à entrevista de tipo
                     qualitativo


      Não
                           Semi-              Estruturada
  estruturada
                        estruturada            (standard
   (informal
Levantamento de Dados: A Entrevista


I. Entrevista não estruturada
(informal, aberta, etnográfica, em profundidade)

  Desenvolve-se no fluir de uma conversa
  Ocorre com frequência na observação participante
  Consciência dos entrevistados?
  As questões emergem tipicamente do contexto imediato
  Não existe um guião prévio estruturado
Entrevista

Levantamento de Dados: A Entrevista

Pontos (eventualmente) fortes
Permite ao entrevistador responder bem a diferenças
individuais e a mudanças situacionais
As questões podem ser individualizadas para melhorar a
comunicação
Aumenta a imediaticidade
Pontos (eventualmente) fracos
Requer muito tempo para obter informação sistemática
Pode levar muito tempo a que as mesmas questões sejam
abordadas por diferentes pessoas
Depende bastante das capacidades e treino do
entrevistador
Entrevista

 Levantamento de Dados: A Entrevista

 II. Entrevista semi-estruturada
 caracteriza-se pela existência de um guião previamente
preparado que serve de eixo orientador ao desenvolvimento
da entrevista
 procura garantir que os diversos participantes respondam
às mesmas questões. não se exige uma ordem rígida nas
questões mas que sejam cobertas na entrevista
 o guião funciona como um checklist
 o desenvolvimento da entrevista vai-se adaptando ao
entrevistado. mantém-se um elevado grau de liberdade na
exploração das questões
Entrevista

Levantamento de Dados: A Entrevista

Pontos (eventualmente) fortes
 optimização do tempo disponível
 tratamento mais sistemático dos dados
 especialmente aconselhado para entrevistas a grupos
 permite seleccionar temáticas para aprofundamento
 não se espera introduzir novas questões mas não se fecha
essa possibilidade
Entrevista

Levantamento de Dados: A Entrevista

III. Entrevista estruturada (standard, sistemática)
 quando é importante minimizar a variação entre as
questões postas aos entrevistados
 maior uniformidade no tipo de informação recolhida
 quando há vários entrevistadores
 questões colocadas tal como forma previamente escritas
 as palavras utilizadas são escolhidas previamente
 as categorias possíveis de respostas estão previamente
definidas
 a avaliação das respostas durante a entrevistas é
reduzida
Entrevista

Levantamento de Dados: A Entrevista

Pontos (eventualmente) fortes
 facilita a análise posterior
 torna mais fácil uma réplica do estudo

Pontos (eventualmente) fracos
 a flexibilidade e espontaneidade são reduzidas
 reduz ou anula a possibilidade de aprofundar questões
que não foram antecipadas pelo entrevistar
 circunstâncias e elementos pessoais não são tomadas em
consideração
Referências
 MARCONI, M. A. LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa:
  planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de
  pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 2. ed. São
  Paulo: Atlas, 1990.
 RUDIO, Franz Victor. Introdução ao projeto de pesquisa
  científica. Petrópolis, Vozes, 1986.
 LAVILLE, Christian. A construção do saber: manual de
  metodologia da pesquisa em ciências humanas. Porto Alegre:
  Editora Artes Médicas Sul Ltda; Belo Horizonte: Editora UFMG,
  1999.
PROCESSAMENTO
   DE DADOS
Processamento de Dados

ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
 Os dados recolhidos pela pesquisa apresentar-se-ão
 “em bruto”, pelo que o seu tratamento vai tdeterminar
 a qualidade dos resultados (correcção dos erros de
 dados);
 Várias técnicas sáo aplicadas para a triagem dos
 dados, no entanto o mais importante é assegurar que
 os dados recolhidos passam por uma re-analise.
 Necessitando da utilização de procedimentos para seu
 arranjo, análise e compreensão.

 Tentativa  de determinação da fidedignidade dos
 dados, por intermédio do grau de certeza que se pode
 ter acerca dos mesmos.
Processamento de Dados

 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS

Opções para aplicação da técnica:
  tabulação de campos de dados
    somatório de datas de vencimento de títulos gerando um hash-
     total que deverá ser confrontado com o campo correspondente
     gravado no registo trailer, ou monitoria;
  contagem de campos/registos
    Apuramento de totais por tipo de registo ou campo. somatório
     dos campos de valores quantitativos para efeito de confrontação
     ou acompanhamento de acumuladores análogos.

  análise conteúdo campos/registos
    verificação da existência de campos ou registos em um arquivo;
    correlação entre campos de um mesmo arquivo para verificação
     da coerência e validade desses campos;
statis
Data analises
EXERCICIO EM GRUPO (4x4)
1. Com base no aprendizado, elabore 10 perguntas sobre
   os temas apresentados na aula.
2. Conduza uma entrevista com 30 observações
3. Processar a informação com base no StatsPac
4. Produzir os resultados e elaborar o relatório descritivo
Obrigado !
jacob.massuanganhe@gmail.com

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Tema 1 fundamentos de pesquisa científica final1

  • 1. UNIVERDIADE AGOSTINHO NETO FACULDADE DE DIREITO Programa de Mestrado e Pós-Graduação PESQUISA CIENTÍFICA EM CIÊNCIAS SOCIAIS E ECONOMICAS (Nível II) Maio de 2011 Prof. Doutor Jacob Massuanganhe PhD, Politicas Públicas, Governação e Desenvolvimento Local Coordenador de Programas, CPPPGL- UAN Curso de Pesquisadores e Analistas Sociais 1
  • 2. Objectivos Pedagógicos  Aprofundamento do quadro da pesquisa cientifica  Aprofundamento de modelos analíticos  Desenvolvimento das capacidades compreensão e interpretação dos fenómenos  Induzir a ciência (produção de modelos, teorias e até doutrinas)  Desenvolver pesquisas sobre problemas concreto e apresentar resultados com soluções reais.
  • 3. EM SUMA…. FENOMENO INFORMAÇÃO CODIFICAÇÃO OBSERVAÇÃO PROCESSAMENTO PRATICA FUNDAMENTOS APRENDIZAGEM CONCLUSÃO (Modelação cientifica – (Lições para outros Implicações) horizontes) Depois do fim existe o além: Nunca tirar conclusões sem fundamentos, pois nem sempre a conlusão significa o fim! Há sempre a necessidade de analisar tendo em conta a multiplicidade de pontos de vista 3 John Barnes
  • 4. A questão da Pesquisa Aplicada Princípios Métodos Técnicas Diagnostico e Avaliação Hermenêutica (DRP, CASUALIDADE SWOT e PEST) Relações e correlações MODELAÇÃO (STATS , SPSS e EXCEL) Estatística Descritiva Parâmetros determinísticos Econométricas – Regressão NORMALIZAÇÃO (EVIEWS, STATA e EXCEL) Linear e Multipla Programação sistémica Programação Linear (Matriz OPTIMIZAÇÃO de Langrange) (DEA, FRONTEIR e EXCEL) Testes e Simulações – Eficiência, Probabilístico, PREVISÃO Risco e Expectativas Impacto (EXCEL SOLVER)
  • 5. Fundamentos da Pesquisa Cientifica  Uma pesquisa é um processo de construção do conhecimento que tem como metas principais gerar novos conhecimentos e/ou aprofundar ou refutar algum conhecimento pré-existente.  É basicamente um processo de aprendizagem tanto do indivíduo que a realiza quanto da sociedade na qual esta se desenvolve. A pesquisa como actividade regular também pode ser definida como o conjunto de actividades orientadas na busca de um conhecimento com aplicação de métodos científicos.
  • 6. Finalidade da Pesquisa  Pesquisa Pura ou Fundamental *Motivada por razões de ordem intelectual. *Objectivo é alcançar o saber, para adquirir o conhecimento. *Realizada por cientistas e contribui para o avanço da ciência.  Pesquisa aplicada * Motivada por razões de ordem prática. * Objectivo é atender as exigências da vida real (factos). * Busca soluções para problemas concretos correntes.  Investigação aplicada * Motivada por razões de Inovativa * Tem um carácter mais longo (leva tempo) * Busca soluções futuros (por vezes não conhecidos).
  • 7. Fundamentos Estrutura da pesquisa Científica Pesquisa Científica Pesquisa Pura Pesquisa ou Fundamental Aplicada Gera Gera Produtos Gera Gera Processos Conhecimento (Soluções) Conhecimento (Sistemas) Os conhecimentos Possui finalidade são aplicados em imediata e orientada pesquisas aplicadas para aplicabilidade ou tecnológicas Melhoria da Qualidade de Vida
  • 8. Fundamentos Pesquisa e Investigação Aplicada:  Trata-se de fundamentos científicos orientados para a solução de problemas práticos (factos reais).  Trata-se de uma base analítica para compreender e explicar os fenómenos: causa-efeito: Hermenêutica – Arte de interpretação)  A Teoria Cientifica do Conhecimento e do Saber, da hermenêutica e metodologia Cientifica para fundamentar e evidenciar: Efeito sistémico - Cibernética – interdependência)
  • 9. Fundamentos Pesquisa Operacional:  Fonte de pesquisa aplicada que trata-se de modelação dos efeitos das variáveis estudadas, num prisma futuro - Laboratório analítico em ciências sociais (estatística descritiva)  Procura entender e modelar o comportamento dos agentes e prever o futuro - efeito de previsibilidade e motivacional) que afecta os resultados (econometria e programação linear).
  • 10. Fundamentos A pesquisa Aplicada é orientada para:  Objectividade (facto concreto)  Relevância (Importância ou utilidade)  Lógica (compreensível)  Aplicabilidade (executável)  Adaptabilidade (atender a situação local)  Sustentabilidade (soluções douradoras)  Cientificidade (aplicação de métodos científicos)  Previsibilidade (analise dos efeitos e riscos futuros)
  • 11. Fundamentos da Pesquisa Cientifica Mas, para ser Científica....  Deve-se efectivar-se através da utilização da Metodologia Científica e de técnicas adequadas para obtenção de dados.  Metodologia meticulosa, com Método próprio e com técnicas específicas.  Realidade refere-se a tudo que existe e empírico à experiência.
  • 12. Fundamentos da Pesquisa Cientifica Classificação da Pesquisa Científica Pesquisa Científica CRITÉRIOS Procedi Natureza Objecto Finalidade Objectivos mentos Campo Documental Bibliográfica Experimental Outros Laboratório Aplicada Exploratória Explicativa Descritiva Pura Quantitativa Qualitativa
  • 13. Fundamentos da Pesquisa Cientifica Quanto aos objectivos  Pesquisa exploratória  Proporcionar maior familiaridade com o problema  Levantamento bibliográfico ou entrevistas  Pesquisa descritiva  Factos são observados, registados, analisados, classificados e interpretados, sem interferência do pesquisador. Uso de técnicas padronizadas de colecta de dados (questionário e observação sistemática). Procura classificar, explicar e interpretar os fenômenos que ocorrem.  Pesquisa explicativa  Identificar factores determinantes para a ocorrência dos fenômenos  Ciências naturais – método experimental; ciências sociais – método 13 observacional
  • 14. Fundamentos da Pesquisa Cientifica Quanto aos Procedimentos  Pesquisa bibliográfica (Recomendada para Pesquisa Pura)– elaborada a partir de material já publicado (livros, artigos de periódicos, etc – Teorias cientificas).  Documental - (Recomendada para Pesquisa Aplicada)– procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em documentos (registos passados, dados, relatorios – Factos reais)  Experimental – pesquisador procura refazer as condições de um fenômeno a ser estudado, para observá-lo sob controle. procura dizer de que modo ou por que aquele fenômeno foi produzido. Pesquisa experimental pode ser feita 14 em laboratório ou não.
  • 15. Fundamentos da Pesquisa Cientifica Quanto à Natureza  Pesquisa quantitativa  Traduz em números as opiniões e informações para serem classificadas e analisadas  Utilizam-se técnicas estatísticas  Pesquisa qualitativa  É descritiva  As informações obtidas não podem ser quantificáveis  Os dados obtidos são analisados (interpretados)  A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualntitativa 15
  • 16. Fundamentos da Pesquisa Cientifica  Quantitativa: trabalha com dados levantados por um mesmo questionário distribuído a uma ampla população. Economizam tempo e exigem menor número de pesquisadores. Natureza das hipóteses.  Qualitativa: entrevista um número menor de pessoas; técnicas utilizadas: entrevista; história de vida. Essenciais para descobrir nuances de comportamento e conceitos como valores, expectativas e ideologias.
  • 17. Fundamentos da Pesquisa Cientifica  Quanto ao Local  Pesquisa de campo: observação e colecta de dados diretamente no local da ocorrência dos factos  Construção de um modelo da realidade  Formas de observá-la  Campo da pesquisa  Formas de acesso a esse campo  Participantes  Pesquisa laboratorial – O experimento 17
  • 18. Métodos de Pesquisa Cientifica
  • 19. Metodologia de Pesquisa Cientifica  “É importante distinguir metodologia de método.  METODOLOGIA – É o conjunto de métodos ou caminhos que serão percorridos na busca do conhecimento. Metodologia é o conjunto de procedimentos empregado na realização do estudo”.  MÉTODO – É o procedimento geral, o traçado das etapas fundamentais da pesquisa. Método é a justificativa para o tipo de procedimento (quantitativo ou qualitativo) empregado na pesquisa, a teoria do método;
  • 20. Métodos de Pesquisa Cientifica 1. MÉTODO: Caminho trilhado pelos cientistas para atingir um determinado objectivo - busca da verdade (Estratégia) 2. MÉTODO: Conjunto de diversas etapas ou passos que devem ser dados para a realização da pesquisa. 3. MÉTODO: Caminho ordenado e sistemático que se percorre na busca do conhecimento. “O método estabelece o que fazer” 20 Prof.Dr.Dirceu M.Guazzi
  • 21. Métodos de Pesquisa Cientifica 1. Método dedutivo Descartes (1956) Pensador e filósofo francês  O raciocínio dedutivo é uma operação pela qual se conclui a partir de premissas, uma conclusão que é consequência lógica e necessária das premissas.  É possível chegar a certeza através da razão. Explora a lógica numa sequência. É o caminho das consequências . Parte do geral para o particular. Partindo das teorias e leis gerais pode-se chegar a determinação ou previsão de fenómenos Ex: Todo homem é mortal – Universal, geral, maior Pedro é homem – particular, menor Logo: Pedro é mortal - conclusão = RACIOCÍNIO/ SILOGISMO (Aristóteles)
  • 22. Métodos de Pesquisa Cientifica 2. Método indutivo – Bacon (1561-1626)  É o oposto do método dedutivo. Vai do particular para o geral. As constatações particulares é que levam às teorias e as leis geral. Consiste em enumerar os enunciados sobre o fenómeno que se quer pesquisar e através da observação, procurar-se encontrar algo que está sempre presente na ocorrência dos fenómenos. Confunde-se com o método experimental, que compreende as seguintes etapas:  Observação – manifestações da realidade, espontâneas ou provocadas  Hipóteses – tentativas de explicação  Experimentação – observação da reacção causa-efeito, imaginada na hipótese  Comparação – classificação, análise crítica dos dados  Abstracção – verificação dos pontos de acordo e desacordo dos dados recolhidos  Generalização – consiste em estender a outros casos, da mesma espécie, um conceito obtido com base nos dados observados
  • 23. Métodos de Pesquisa Cientifica 3. MÉTODO HIPOTÉTICO-DEDUTIVO  Método típico das ciências experimentais que deduz de proposições admitidas como hipóteses. É considerado lógico por excelência.  Relacionado com a experimentação – Muito usado no campo de pesquisa das ciências naturais.  Se fundamenta na observação.  Muito semelhante ao método indutivo, mas não se limita a observações realizadas. Através dele pode-se chegar a teorias e leis.
  • 24. Métodos de Pesquisa Cientifica 4. MÉTODO DIALÉTICO - Marx  Método de investigação da realidade pelo estudo de sua acção recíproca.  Princípios comuns: 1. Princípio da unidade e luta dos contrários = aspectos contraditórios dos fenómenos 2. Princípio da transformação das mudanças = quantidade e qualidade estão inter-relacionadas, são características de todo objecto de estudo. Mudanças quantitativas e graduais geram mudanças qualitativas. 3. Principio da negação da negação – O desenvolvimento processa-se em espiral, isto é, suas fases repetem-se em níveis superior.
  • 25. Métodos de Pesquisa Cientifica 5. Método HISTÓRICO  Consiste em investigar os acontecimentos, processos e instituições do passado para verificar sua influência na sociedade de hoje.  Parte do princípio que a actual forma de vida social tem origem no passado.  Pesquisa as raízes das instituições e dos costumes, para compreender a sua natureza e funções
  • 26. Métodos de Pesquisa Cientifica 6. MÉTODO COMPARATIVO  Realiza comparações com a finalidade de verificar semelhanças e diferenças e explicar divergências.  É usado para comparar grupos/sociedades do presente no passado.
  • 27. Métodos de Pesquisa Cientifica 7. MÉTODO ESTATÍSTICO  Fundamenta-se na teoria estatística das probabilidades.  Suas conclusões apresentam grande probabilidade de serem verdadeiras, mas há a margem de erros.
  • 28. Métodos de Pesquisa Cientifica 8. MÉTODO FUNCIONALISTA  Estuda a sociedade do ponto de vista da função de suas unidades.  Considera toda actividade social e cultural como funcional = desempenho de funções.  Aplicado com relevo para analises institucionais (Analise funcional)
  • 29. Métodos de Pesquisa Cientifica 9. MÉTODO ESTRUTURALISTA  Caminha do concreto para o abstracto e vice- versa.  Na segunda etapa dispõem de um modelo para analisar a realidade concreta de diversos fenómenos.  Aplicado com relevo para analises progressivas e economias (Estado da Nação)
  • 30. Métodos de Pesquisa Cientifica 10. MÉTODO MONOGRÁFICO  Também conhecido como método de Estudo de Caso, procura identificar com base numa amostragem a generalização dos factos.  Consiste no estudo de determinados indivíduos (amostra), profissões, condições, instituições, grupos ou comunidade, com a finalidade de obter generalizações.  Aplicado com relevo para analises de politicas, dado dos encargos e tempo para uma pesquisa generalizada (Analise de impacto)
  • 31. Etapas e Técnicas de Pesquisa Cientifica;
  • 32. Etapas da Pesquisa Cientifica Como fazer pesquisa? realizar a pesquisa interpretar resultados (tabulação) formular a pergunta divulgar resultados
  • 33. Etapas da Pesquisa Cientifica Como iniciar uma pesquisa?  Para pesquisar é preciso ter uma pergunta a ser respondida, e para fazer as "perguntas certas" é preciso que tenhamos um pressuposto do que seja ciência.  Além da pergunta bem elaborada, é preciso ter clareza para que pesquisar e como pesquisar. Ou seja, existem três perguntas fundamentais para quem quer pesquisar:  O que pesquisar? Problema (Causas e Efeitos)  Para que pesquisar? Objectivos (Geral e Específicos)  Como pesquisar? Metodologia (Método e técnicas)
  • 34. Etapas da Pesquisa Cientifica 1. Escolha do tema 2. Revisão de literatura 3. Formulação do problema PROJECTO DE 4. Justificativa (Fundamentação e pressupostos) PESQUISA 5. Identificação de Hipoteses e evidencia Teorica 6. Determinação de objetivos 7. Metodologia (Metodo e Técnicas) 8. Recolha e Tabulação dos dados 9. Análise e discussão dos resultados a) Modelação b) Quadro previsional (Implicações de politicas) 10. Conclusão e recomendações (resultado estudo) 11. Bibliografia 34
  • 35. Técnicas de Pesquisa Cientifica • Conjunto de normas usadas especificamente em cada área das ciências. • É a instrumentalização (procedimentos) específica da colecta de dados. • Estão relacionadas a parte práctica da pesquisa, coma colecta de dados.
  • 36. Técnicas de Pesquisa Cientifica  Estão relacionadas a colecta de dados. A parte prática da pesquisa.  Tem objectivo de recolher e registar, de maneira ordenada, os dados sobre o assunto em estudo.  Observação (participante ou não)  Questionário  Entrevista  Grupo Focal  História de Vida
  • 37. Técnicas de Pesquisa Cientifica SELECIONAR OS MÉTODOS E AS TÉCNICAS  Cada pesquisa tem a sua metodologia e exige técnicas específicas para a obtenção dos dados de acordo com os objectivos da pesquisa (questionários, entrevistas, observação directa, formulários...)  Adequar as técnicas disponíveis às características da pesquisa. A escolha é fundamental para o desenvolvimento dela.
  • 38. Técnicas de Pesquisa Cientifica MÉTODOS E AS TÉCNICAS  Cada pesquisa tem a sua metodologia e exige técnicas específicas para a obtenção dos dados de acordo com os objectivos (questionários, entrevistas, observação directa, formulários...) – Efeito de percepção-interpretação dos actores.  Adequar as técnicas disponíveis às características da pesquisa. A escolha é fundamental para o desenvolvimento e precisão da informação obtida (entrevista sobre impacto do HIV em período de campanha eleitoral) – Efeito de sensibilidade dos actores.
  • 39. Técnicas de Pesquisa Cientifica baseadas no DRP  Além do objectivo de impulsionar a auto- análise e a autodeterminação de grupos comunitários, o propósito do DRP é a obtenção directa de informação primária ou de "campo" na comunidade. 39
  • 40. Técnicas de Pesquisa Cientifica baseadas no DRP 40
  • 41. Técnicas de Pesquisa Cientifica baseadas no DRP Princípios Básicos  Respeita a sabedoria e a cultura do grupo  Analisa e entende as diferentes percepções (participativo)  Escutar todos da comunidade (inclusiva)  Visualização  Triangulação (confrontação das informações)  Busca fundamentos de base  Analise e apresentação na comunidade  Traduz as soluções com base nos problemas identificados 41  Prioriza a acção com base em consensos da maioria
  • 42. Mapa de Recursos: ZONA 1 • VECTORES LOCAIS ZONA 2 • OPORTUNIDADES ZONA 3 ZONA 4 REGIAO 1 Mapa de Aptidão: • Agricultura Cadeia • Industria 42 • Mineração
  • 43. Técnicas de Pesquisa Cientifica baseadas no DRP  O DRP fundamenta a sua acção no trabalho de campo com uso de entrevistas (Consulta), e métodos participativos (Inclusão).  Primeira fase do diagnóstico: análise da situação e identificação de problemas ou Limitações. O propósito deste passo é que, partindo de uma análise da situação actual da comunidade, as identifiquem os seus problemas ou limitações mais importantes.  Segunda fase do diagnóstico: aprofundar as limitações identificadas e procurar soluções. São enfocadas as causas e os efeitos das limitações priorizadas no segundo passo. São analisadas as causas dos problemas que podem ser melhorados com um esforço conjunto. 43
  • 44. Técnicas de Pesquisa Cientifica ENTREVISTA  Constitui instrumento eficaz na colecta de dados fidedignos, desde que seja bem elaborada, bem realizada e bem interpretada.  Adequar o conteúdo da entrevista aos dados que se pretende levantar ( ver CATEGORIAS TEÓRICAS no problema, nos objectivos, na fundamentação teórica)  Deve-se definir os objectivos e os tipos de entrevistas.  Pode ter como objectivos  identificar opiniões sobre fatos ou fenómenos.  determinar pelas respostas individuais, a conduta previsível em certas circunstâncias  descobrir os factores que influenciam ou determinam opiniões sentimentos condutas, comparar condutas
  • 45. A ENTREVISTA pode ser:  PADRONIZADA OU ESTRUTURADA Fazer uma série de perguntas aos informantes, segundo um roteiro preestabelecido.  DESPADRONIZADA OU NÃO ESTRUTURADA Conversação informal. Pode ser alimentada por perguntas abertas. Dá maior liberdade ao informante  PAINEL Realizado com várias pessoas, que são levadas a opinar sobre um assunto.
  • 46. Técnicas de Pesquisa Cientifica Arte de Perguntar…..  Um dos pontos-chave no começo da entrevista é mostrar que não se trata de um interrogatório, e, sim, de apreender os conhecimentos da pessoa entrevistada. Existem certos tipos de perguntas que ajudam no processo da entrevista: o Perguntas abertas: "qual é a sua opinião sobre...?" o Perguntas estimulantes: "como conseguiu ter um jardim tão bonito?" o Perguntas dignificantes: "você que tem tanta experiência... o que pode me dizer em relação a…?" o Perguntas sobre eventos-chave: "como conseguiram recuperar a força depois da seca? 46
  • 47. Técnicas de Pesquisa Cientifica 1. Recolha de dados QUESTIONÁRIOS Conjunto de perguntas que o informante responde SEM a presença do pesquisador. O informante não poderá contar com explicações adicionais. Emprego preferencialmente de perguntas fechadas, que pedem respostas curtas, diretas e previsíveis. Podem ser tabuladas(Mais fácil de se analisar os dados) = Sim ou não / Sempre, nunca, as vezes Perguntas abertas – Dão mais liberdade de respostas, proporcionam maiores informações, mas dificultam a apuração dos fatos. Precisam ser agrupadas por semelhanças para serem analisadas = Qual a sua opinião, Quais as causas Perguntas abertas numa série de perguntas fechadas – Oferece maior número de informações, sem dificultar a tabulação.(Perguntas para marcar X em várias respostas)
  • 48. Técnicas de Pesquisa Cientifica 1. Recolha de dados FORMULÁRIO Conjunto de perguntas que o informante responde COM a presença do pesquisador. Usado quando se pretende obter respostas mais amplas. Vantagens: • Pode ser aplicado para qualquer tipo de informante. Pode ser preenchido pelo pesquisador. Apresenta maior flexibilidade. O pesquisador pode reformular as perguntas, adaptando-as as situações. • O pesquisador pode explicar melhor os objetivos da pesquisa e as questões. O pesquisador preenche ou orienta o preenchimento, proporcionando mais uniformidade na anotação das respostas. • A formulação das questões deve ser clara, objetiva e ordenada.
  • 49. Técnicas de Pesquisa Cientifica 1. Recolha de dados  Constitui uma etapa importantíssima da pesquisa de campo.  Os dados coletados serão posteriormente elaborados, analisados, interpretados e representados graficamente.  Depois será feita a discussão dos resultados da pesquisa com base na análise e interpretação dos dados.
  • 50. Técnicas de Pesquisa Cientifica 2. PREPARAÇÃO DOS DADOS  SELECÇÃO –Visa a exatidão das informações obtidas. Em caso de descrepancia entre as informações é indispensável verificar a falha na coleta dos dados. (reaplicar o instrumento de pesquisa). Evitar informações confusas e incompletas.Objectiva corrigir as falhas e o excesso de informações.  CATEGORIZAÇÃO – Realiza-se mediante um sistema de codificação. Exemplo: P 1 = Professor 1 * D = Director Consiste em classificar os dados, agrupando-os em categorias. Em seguida atribui-se um código, número ou letras para cada categoria. Para transformar os dados qualitativos em quantitativos. Tornando mais claro a sua representação. Os dados coletados serão posteriormente elaborados, analisados, interpretados e representados graficamente. TABULAÇÃO - Depois será feita a discussão dos resultados da pesquisa com base na análise e interpretação dos dados. (STATS)
  • 51. Técnicas de Pesquisa Cientifica 3. Sistematização dos Dados 51
  • 52. Técnicas de Pesquisa Cientifica 5. Tratamento e Analise de dados  Construção de modelos analiticos  Identificação dos instrumentos de análise  Excel  Stats Cálculos e interpretação dos Resultados  Análise de resultados  Confrontação com o modelo teórico
  • 53. Modelação Analítica:Input - Output Prisma que procura analisar o efeito ou o comportamento dos agregados (variaveis independentes) que afectam positiva ou negativamento o resultado (varialvel dependente): Y=f(x), Traduzido na formula: Y=a+bX Y = Resultado X = Instrumentos analiticos a e b = Parametros que medem a magnitude (Exemplo de uma função linear)
  • 54. Recapitulando… PROBLEMA OBJECTIVOS HIPÓTESES Definir, identificar, Definir os objectivos da Solução provisória do delimitar, compreender pesquisa que atendem ao problema. Teoria factores peculiares, problema tendo em mente prevalecente, O identificar variáveis e as causas e as desenvolvimento da pesquisa relações entre elas consequencias bem determinará a sua validade ( separadas confirmação ou negação) METODOLOGIA VARIÁVEIS Definir a forma como a DELIMITAÇÃO DO Factores ou UNIVERSO DA PESQUISA pesquisa será leva da a cabo… circunstancias que as entrevistas, os Os sujeitos de uma pesquisa, influem sobre o ou seja os elementos que questionarios, o tipo de variais fato/fenômeno/proble (qualitativas ou quantitativas, serão investigados compõem ma a ser investigado. uma amostra da pesquisa e tecnicas de analise de dados e interpretação dos resultados podem ser generalizados para todo o universo ANALISE DOS CONCLUSÔES RECOMENDAÇÔES RESULTADOS Analisar os resultado face ao Propor medidas de politica ou Analisar os resultados problema e onjectivos da estrategias de acção face ao das estimativas ou dos pesuisa. Explora~Se das problema identificado e resultados e comparar implicações (consequencias do analisado (Politicas baseadas com a teroria e as objecto de analise) em evidencias hipoteses.
  • 56. Metodologia Científica CIÊNCIA Acção comprometida com: esforço empírico e teórico (Pressupostos e hipoteses) que aproxima a ciencia à realidade; Objectividade e transparência; debate crítico permanente (comportamento analítico) Caracter da ciência: universalismo compartilhamento sistemática
  • 57. Metodologia Científica Características da Ciência •Conhecimento pelas causas; • Profundidades e generalidades das conclusões; • Finalidade teórica e prática; • Objectos: formais e factuais; • Método e controle; • Exactidão; • Aspecto social. Ciência se compõe a partir de um conjunto de hipóteses (pré-solução) e teorias (aprendizagem genérica).
  • 58. Metodologia Científica Ciência: Conjunto organizado de conhecimentos construídos através de método científico (baseadas em teorias). Seu principal objectivo é a formulação de explicações dos fenómenos. Acção investigativa: frente ao desconhecido e aos limites impostos pela natureza e pela sociedade. Acção sistemática, metódica (critérios) e crítica. Esforço para descobrir princípios explicativos para aproximação e reaproximação com a realidade.
  • 59. PESQUISA E INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA “[...] toda pesquisa tem uma intencionalidade, que é a de elaborar conhecimentos que possibilitem compreender e transformar a realidade com base nos postulados e metodologia da ciência (métodos: caminho e técnicas: procedimentos). “ A Investigação cientifca procura identificar e/ou aprofundar novas facetas decorrentes da transformação ou origem natural da sociedade” (PÁDUA, 2000). A pesquisa é sempre consequente enquanto que a Investigação é casual
  • 60. PESQUISA ACADEMICA (Pura) A Pesquisa Académica procura analisar e aprofundar os postulados teoricos, com o fim de identificar a sua aplicabilidade, descrever um fenomenos ou dar contributos para o conhecimento. Trabalho executado com o objectivo de desenvolver novos conhecimentos ou a compreensão dos já existentes, necessários para determinar os meios pelos quais se pode desenvolver e aprimorar produtos, processos ou sistemas, visando satisfazer uma necessidade específica e reconhecida.
  • 61. PESQUISA APLICADA A Pesquisa Aplicada procura sistematizar um conjuntos de hipoteses e teorias cientificas a fenomenos reais (factos), na busca de uma explicação (causa/efeitos) e/ou solução. A pesquisa aplicada é aquela em que o pesquisador é movido pela necessidade de conhecer para aplicação imediata de resultados. Contribui para fins práticos, visando à solução mais ou menos imediata de problemas encontrados na realidade.
  • 62. CIÊNCIA E SENSO COMUM Senso comum alimenta a ciência busca refinar o senso Ciência comum Teorias científicas mudanças no senso comum Henriette Gomes, 2007
  • 63. A Hermenêutica como ciência do saber e fonte de Pesquisa Aplicada
  • 64. O processo de aprendizagem TEORIA DA APRENDIZAGEM:  Aprender é um processo de aquisição de conhecimentos, habilidades, valores e essencialmente de desenvolvimento da capacidade de pensar, julgar e empregar conceitos que conduzam às mudanças de atitudes e de comportamentos... o A educação pode ser definida como a tentativa consciente de promover a aprendizagem de outras pessoas. o tradicionalmente, a análise centrou-se em torno do ensino formal. Agora, com a mudança de paradigma educacional, aprender significa ir além da instrução formal pode ser promovida em ambientes diversos. Henriette Gomes, 2007
  • 65. O processo de aprendizagem  O processo de aprendizagem pode ser definido de forma sintética como o modo como os seres adquirem novos conhecimentos, desenvolvem competências e mudam o comportamento. Contudo, a complexidade desse processo dificilmente pode ser explicada apenas através de recortes do todo. Por outro lado, qualquer definição está, invariavelmente, impregnada de pressupostos político-ideológicos, relacionados com a visão de homem, sociedade e saber.
  • 66. O processo de aprendizagem  O termo Conhecimento recebe as seguintes definições: competências ou habilidades adquiridas por uma pessoa através da experiência ou da educação; compreensão teórica ou prática em um determinado tema.  O conhecimento não é conclusivo, abre novos desafios e oportunidades para o seu aprofundamento. “Quanto mais sei, sinto que nada sei” Nogar, 1982
  • 67. O processo de aprendizagem  A aquisição do conhecimento envolve processos cognitivos complexos:  A percepção,  Aprendizagem,  Sociabilização, e  Reflexão  Fundamentação  Interpretação. A Hermenêutica
  • 68. O Conceito Originário: Interpretação das gravuras em escrituras sagradas
  • 69. A Hermeneutica  Origem do Termo: O termo "hermenêutica" provém do verbo grego "hermēneuein" e significa "declarar", "anunciar", "interpretar", "esclarecer" e, por último, "traduzir". Significa que alguma coisa é "tornada compreensível" ou "levada à compreensão". Hermenêutica é um ramo da filosofia que se debate com a compreensão humana e a interpretação de textos escritos. A palavra deriva do nome do deus grego Hermes, o mensageiro dos deuses, a quem os gregos atribuíam a origem da linguagem e da escrita e considerado o patrono da comunicação e do entendimento humano. Normas de linguagem que governaram a comunicação por escrita nos tempos 69 bíblicos
  • 70. O Método Hermeneutico O conceito de interpretação ocupa um lugar central nas correntes da filosofia e das ciências sociais que tem referencial filosófico. O método hermenêutico opera com um conceito de linguagem não óbvia, onde os sentidos nunca estão colocados previamente, mas se constituem numa relação de interpretação. O certo é que este termo originalmente exprimia a compreensão e a exposição de uma sentença "dos deuses", a qual precisa de uma interpretação para ser SABEDORIA apreendida correctamente. Visão objectivista de interpretação, consiste em esclarecer os postulados da sua realidade, descrever suas leis, mecanismos e funcionamento. CONHECIMENTO
  • 71. A Hermenêutica e Pesquisa Analítica Soluções Reias para Problemas Concretos. Aplicação dos fundamentos da ciencia para análise e interpretação dos fenomenos – com aplicação do saber cientifico e subjectivo. Doutrina Teoria Paradigma Princípios Princípios Princípios Normativos Fundamentais Gerais (Orientadores) Regulamento Lei da Constituição da Actividade Economia Comercial
  • 72. A hermenêutica  Método Holístico: E ainda, a Holística- Tradado no estudo da doutrina Cibernética - A cibernética surgiu como uma ciência interdisciplinar destinada a estabelecer relações entre várias ciências e permitir que cada ciência utilizasse os conhecimentos desenvolvidos pelas demais ciências, centrando o objecto de investigação os fenómenos que individualmente a ciência não tenha explorado ou desenvolvido princípios, tentando explicar o vazio encontrado no domínio da integração das varias ciências do conhecimento. Quem fala de Cibernética, deve se lembrar em primeira instancia da palavra sinergias (interligações, sistemas), que abarcaria o texto a luz de um mundo transdiciplinar (filosofia, história, sociologia...) interligado e abrangente. 72
  • 73. Aprendizagem Hermeneutica na Pesquisa  Sinergético: Nenhuma ciência é suficiente, há sempre influencia de outros campos científicos - Autocorrelação. Como tal as conclusões de uma pesquisa pode ser influenciada pela natureza interpretativa: Interpretação Gramatical ou Filológica, Interpretação Lógica, interpretação Sistemática, Interpretação Histórica, Interpretação Teleológica, Interpretação Sociológica, interpretação económica, jurídica, antropológica.  Pluralidade: Há consenso entre a generalidade dos autores de que a interpretação, a despeito da pluralidade de elementos que devem ser tomados em consideração, é una. Nenhum método deve ser absolutizado: os diferentes meios empregados ajudam-se uns aos outros, combinando-se e controlando-se reciprocamente. 73
  • 74. Aprendizagem Hermeneutica na Pesquisa  Multidisciplinaridade: a mudança de foco da ciência, ao passar da busca das leis fundantes para abordagem de problemas de pesquisa, levou a comunidade científica a se incomodar com as divisões dos saberes. A abordagem de um problema tem que ser equacionada nas mais diversas facetas.  Sistemico (autogerenciador): Dada a dificuldade de implementar um programa sistêmico de pesquisa, o mais comum é adotar uma abordagem multidisciplinar, o que significa adotar uma abordagem que utilize o campo conceitual de diversas disciplinas dentro das ciências humanas. Cada vez mais se afirma, assim, equipes multidisciplinares de pesquisa.
  • 75. O MODELO DE INP-OUTPUT A abordagem do Modelo I/O é voltada para o processo analítica (mudanças). Na lógica da pesquisa aplicada, a preocupação é associar os vários métodos e técnica visando explicar o fenómeno: • Distingue o fenómeno como ponto partida • Solução como ponto de chegada • Analise de alternativas - Processo. • A tomada de decisão sobre alternativa – Efectividade • A preocupação é centrada na maximização dos resultados (solução normativa vs solução optimizante.
  • 76. Modelação Analítica:Input - Output AMBIENTE (ERRO) FENOMENO SOLUÇÃO PROCESSO PESQUISA “Resultados” “Fenomeno” APLICADA (Eficácia) (Objectivos) (Eficiência) IMPACTO / MUDANÇA EFEITOS /TRANSFORMAÇÃO (Efectividade)
  • 77. Realinhando a ciência  O método: o ponto de partida é o problema a ser resolvido. O pesquisador percebe um problema e supõe uma solução possível, ou seja, uma explicação racional da situação a ser compreendida ou aperfeiçoada: a hipótese. Muitas podem ser as hipóteses possíveis, mas o pesquisador centra-se na que lhe parece mais profícua. Para comprovar a hipótese o pesquisador deve ir a realidade e verificá-la. As informações colhidas na realidade devem indicar as conclusões do trabalho científico.  As conclusões não são mais absolutas que a hipótese formulada, mas se o pesquisador as considera válidas submete-as à comunidade científica. Ao submetê-las dirá quais são as delimitações do problema, como as percebeu, por que sua hipótese é legítima e o procedimento que adotou para verificar sua hipótese e chegar às suas conclusões. Cada pessoa então poderá julgar o saber produzido e sua credibilidade. Assim se dá a objetivação que hoje está no centro do método científico.
  • 79. CONSTRUÇÃO DA PESQUSA CIENFICA PESQUISA PASSO-Á-PASSO
  • 81. Projecto de Pesquisa Científica Projecto: do latin pro-jicere (colocar adiante) “Qualquer pesquisa, para ser desenvolvida, necessita de um projecto, e bem feito, que a oriente. Pode até não garantir o sucesso da investigação, mas a sua ausência, certamente garante o insucesso.” (VERGARA, 2000)
  • 82. Projecto de Pesquisa Científica • O Projecto de Pesquisa é um documento que tem por finalidade antever e metodizar as etapas operacionais de um trabalho de pesquisa. Nele, você irá traçar os caminhos que deverão ser trilhados para alcançar seus objectivos. O documento permitirá a avaliação da pesquisa pela comunidade científica e será apresentado para se obter aprovação e/ou financiamento para sua execução. • O esquema para elaboração de um projecto de pesquisa não é único e não existem regras fixas para sua elaboração. Um projecto deve trazer elementos que contemplem respostas às seguintes questões:  o que será pesquisado? O que se vai fazer?;  por que se deseja fazer a pesquisa?;  para que se deseja fazer a pesquisa?;  como será realizada a pesquisa?;  quais recursos serão necessários para sua execução?;  quanto vai custar, quanto tempo vai se levar para executá-la e quem serão os responsáveis pela sua execução?
  • 83. Projecto de Pesquisa Científica Perguntas de partida…..  Organize suas perguntas • Quais são as partes do seu tema ? • Qual o contexto do tema ? • Qual a importância do seu tema? • Quem deu contribuições relevantes ao tema? • Como outros autores abordaram o assunto? • O que resta por investigar no tema? • Qual a é contribuição do trabalho a ser produzido? 83
  • 84. Projecto de Pesquisa Científica Fases do Projecto…..  CAPA E INDICE 1. INTRODUÇÃO 7. OBJECTIVOS 2. O TEMA 8. METODOLOGIA 3. REVISÃO LITERÁRIA 9. CRONOGRAMA 4. FUNDAMENTAÇÃO 10. ORÇAMENTO 5. O PROBLEMA 11. BIBLIOGRAFIA 6. HIPOTESES ANEXOS
  • 85. Projecto de Pesquisa Científica A Capa do trabalho…..  Instituição Promotora  Título do Projecto  Nome do autor  A quem será apresentado  Nome do orientador do Projecto  Mês e ano da conclusão  Obs.: Esta página não é numerada, é considerada Pré-textual (Página principal diferente) “A FACE DO TRABALHO ….É O ESPELHO…. O MEU ORGULHO ESTA NO ESPELHO DO QUE FAÇO.” KILLERS, 1997
  • 86. Projecto de Pesquisa Científica Esquema do Trabalho  Concluído o Projeto, o pesquisador elaborará um Esquema do Trabalho que é uma espécie de esboço daquilo que ele pretende inserir no seu Relatório Final da pesquisa.  O Esquema do Trabalho guia o pesquisador na elaboração do texto final. Por se tratar de um esboço este Esquema pode ser totalmente alterado durante o desenvolvimento do trabalho.  Quando conseguimos dividir o tema genérico em pequenas partes, ou itens, poderemos redigir sobre cada uma das partes, facilitando significativamente o desenvolvimento do texto. 86
  • 87. Projecto de Pesquisa Científica Fases do Projecto….. 1. Introdução  A instrudução pode ser relevante para uma abordagem generica sobre o objecto a pesquisar, dando um panorama mais amplo sobre os fenomeno. A introdução deve conter elementos que são mais tarde detalhados no projecto ou na pesquisa.  Permite que se tenha uma visualização situacional do problema. Delimita a abordagem a ser apresentada na pesquisa. Arrole os argumentos que indiquem que sua pesquisa é significativa, importante e/ou relevante.  Contextualização: Importa fazer referencia na contextualização o ambiente envolvente da pesquisa, pelo que deverá apresentar de forma clara o contexto do estudo, sendo que deverá o estudo, respknder algo da actualidade.  Situação Actual: A descrição da situação actual procura identificar o ponto de partida, que será importantye para avaliar o s objectivos (ponto de partida) e os resultados esperados (ponto de chegada).
  • 88. Projecto de Pesquisa Científica Fases do Projecto….. 1. Escolha do Tema  Existem dois fatores principais que interferem na escolha de um tema para o trabalho de pesquisa (Internos e Externos). Algumas questões devem ser levadas em consideração na escolha;  O tema escolhido deve: a) Representar uma questão relevante, cujo melhor modo de solução se faz por meio de uma pesquisa científica; b) Ser factível em relação à competência dos pesquisadores. 2. Revisão de Literatura  Estudos sobre o tema, ou sobre o problema, já realizado por outros autores. Indica qual a opção teórica em relação aos autores. Essa teoria me oferece através desse conceito uma compreensão melhor.  Oferece suporte para a interpretação e análise: Livros, artigos / monografias / dissertações / teses recentes sobre o que está sendo estudado (não mais de 5 anos).
  • 89. Projecto de Pesquisa Científica 3. Fundamentação (justificação)  É a justificação para o trabalho de pesquisa. Mostra a relevância e a motivação para ser efectuado ( destauqe no conhecimento, nas novas expoeriencias, nova abordage, etc.). O tema escolhido pelo pesquisador e a Hipótese levantada são de suma importância de ser comprovada.  Deve-se tomar o cuidado, na elaboração da fundamentação, de não se tentar justificar a Hipótese levantada, ou seja, tentar responder ou concluir o que vai ser buscado no trabalho de pesquisa. A Justificação exalta a importância do tema a ser estudado, ou justifica a necessidade de se levar a efeito tal empreendimento.
  • 90. Projecto de Pesquisa Científica 4. O Problema  O problema é a mola propulsora de todo o trabalho de pesquisa. Depois de definido o tema, levanta-se uma questão para ser respondida através de uma hipótese, que será confirmada ou negada através do trabalho de pesquisa. O Problema é criado pelo próprio autor e relacionado ao tema escolhido.  O autor criará um questionamento para definir a abrangência de sua pesquisa. O Problema gera a motivação da pesquisa!  Domínio do Problema, constiste na identificação:  O que está errado? (Efeitos adversos)  Por que está errado? (Causas)  O que, Onde e Quando deseja-se realizar? (Tarefa)  Para que deseja-se realizar tal tarefa? (Propósito)
  • 91. Projecto de Pesquisa Científica 5. Hipotese  A Hipótese é sinônimo de suposição. Neste sentido, Hipótese é uma afirmação categórica (uma suposição), que tente responder ao Problema levantado no tema escolhido para pesquisa. É uma pré- solução para o Problema levantado. São formuladas em função das evidencias teoricas, factuais ou experiências. As hipoteses podem estabelcer as relações causa.efeito e como tal oferece as variaveis (qualitativas pou quantitativas) Exemplo: (Problema de desistencia dos alunos) Hipótese 1: A falta de recursos para sustentar o curso, proporciona a desistência dos alunos. Hipótese 2: Os alunos desistem, após notarem que o curso escolhido não satisfaz seus anseios. Hipótese 3: A desistência é gerada pela “forte” cobrança exercida pelos professores. As hipóteses deverão ser aceites ou refutadas após obtenção de evidencias e fundamentos. Os dados deverão oferecer a sustentação. O trabalho de pesquisa, então, irá confirmar ou negar a Hipótese (ou suposição) levantada.
  • 92. Projecto de Pesquisa Científica 6. Objectivos  A definição dos Objetivos determina o que o pesquisador quer atingir com a realização do trabalho de pesquisa. É sinônimo de meta, fim. Deverá ser delimitado!  Alguns autores separam os Objetivos em Objetivo Geral e Objetivos Específicos. Uma regra para se definir os Objetivos é colocá-los começando com o verbo no infinitivo: Exemplos:  Esclarecer;  Definir;  Procurar;  Permitir  Demonstrar;  Quantificar;  Realizar;
  • 93. Projecto de Pesquisa Científica 7. Metodologia  A Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda ação desenvolvida no método (caminho) do trabalho de pesquisa. Define os metodos e as técnicas a serem observadas ao longo do estudo.  O desenho metodológico que se pretende adotar: será do tipo quantitativa, qualitativa, descritiva, explicativa ou exploratória. Será um levantamento, um estudo de caso, uma pesquisa experimental, etc. Define em que população (universo) será aplicada a pesquisa. Explique como será selecionada a amostra e o quanto esta corresponde percentualmente em relação à população estudada.  Identifca as formas de tabulação e tratamento dos dados. É a explicação detalhada do tipo de pesquisa (natureza descriticva, bibliografica, dfe campo, etc…) ; dos instrumental utilizado para a condução da pesquisa (questionário, entrevista etc); dos instrumentos analiticos ( estimativas baseadas no excel, STATA, SPSS); Resumindo: tudo aquilo que se utilizou no trabalho de pesquisa.
  • 94. Projecto de Pesquisa Científica 8. Cronograma  É a previsão do tempo que será gasto na realização do trabalho de acordo com as actividades a serem cumpridas. As actividades e os períodos serão definidos a partir das características de cada pesquisa e dos critérios determinados pelo autor do trabalho.  Os períodos podem estar divididos em dias, semanas, quinzenas, meses, bimestres, trimestres etc. Estes serão determinados a partir dos critérios de tempo adoptados por cada pesquisador. Apresenta o cronograma estimando o tempo necessário para executar cada uma das etapas. 9. Orçamento  Normalmente as monografias, as dissertações e as teses não necessitam que sejam expressos os recursos financeiros. Os recursos só serão incluídos quando o Projecto for apresentado para uma instituição financiadora.  O orçamento deverá espelhar detalhadamente as categorias das despesas associadas as actividades as serem executadas ao longo da pesquisa (logística para o trabalho de campo, despesas de comunicações e transporte, despesas com pessoal, etc)
  • 95. Projecto de Pesquisa Científica 8. Bibliografia  As referências dos documentos consultados para a elaboração do Projeto é um item obrigatório. Nelas normalmente constam os documentos e qualquer fonte de informação consultados no Levantamento de Literatura.  A Internet representa uma novidade nos meios de pesquisa. Trata- se de uma rede mundial de comunicação via computador, onde as informações são trocadas livremente entre todos.  www.periodicos.capes.gov.br, (data de acesso) 10. Anexos  Este item também só é incluído caso haja necessidade de juntar ao Projeto algum documento que venha dar algum tipo de esclarecimento ao texto. A inclusão, ou não, fica a critério do autor da pesquisa. 
  • 96. Projecto de Pesquisa Científica Citações:  A citação pode ser utilizada para esclarecer, ilustrar ou sustentar um determinado assunto, ela garante respeito ao autor da idéia e ao leitor. Dá credibilidade ao trabalho científico. As citações podem estar localizadas no texto ou em notas de rodapé e podem ser: Curtas (até três linhas); Longas (mais de três linhas); ou Directas (cópia fiel do autor consultado); Toda citação deve vir acompanhada da indicação de autoria, esta pode estar inclusa no texto (na sentença, frase) ou entre parênteses. Maximiano (2000, p. 358) afirma que os factores de manutenção ou aspectos insatisfatórios, dizem respeito ao contexto do trabalho, ou seja, às condições dentro das quais o trabalho era realizado.” “A teoria de Alderfer, como a de Maslow, é difícil de ser testada, o que torna difícil avaliar sua aplicação a situações organizacionais.” (STONER, 1994, p. 326).
  • 97. Projecto de Pesquisa Científica Referências:  Existem elementos essenciais e elementos complementares que identificam a obra. Os elementos essenciais são obrigatórios à identificação do autor (sobrenome e Nomes), O Ano da publicação (XXX); O título, subtítulo (quando houver), edição, local de publicação, editora ou produtora e data de publicação ou produção.  HIBBELER, R. C. (2005). Estática: mecânica para engenharia. 10.ed. São Paulo: Prentice Hall.  DORF, R. C.; BISHOP, R. H. (2001) Sistemas de controle modernos. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC.  ANDRADE, R. O. B. de; TACHIZAWA, T.; CARVALHO, A. B. de (2002). Gestão ambiental: enfoque estratégico aplicado ao desenvolvimento sustentável. 2.ed. São Paulo: Makron Books, 2002.
  • 98. Projecto de Pesquisa Científica NOTA: Um projecto de pesquisa nunca tem conclusões e muito menos recomendações. Normalmente o Projecto não apresenta sumário executivo.
  • 99. Elaboração de Artigo Científico
  • 100. DO QUE SE TRATA A ELABORAÇÃO DE UM ARTIGO CIENTÍFICO BEM ESCRITO ? Idéia Idéia Paper
  • 101. ARTIGO CIENTÍFICO Conceito de Artigo Científico: “é parte de uma publicação com autoria declarada, que apresenta e discute idéias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento”. (GONÇALVES, 2004).
  • 102. Artigo Científico Definição de Artigo de Periódico: “... trabalhos técnico-científicos, escritos por um ou mais autores, com a finalidade de divulgar a síntese analítica de estudos e resultados de pesquisas. Formam a parte principal em periódicos especializados e devem seguir as normas editorias do periódico a que se destinam. Os artigos podem ser de dois tipos: a) originais, quando apresentam abordagens ou assuntos inéditos; b) de revisão, quando abordam, analisam ou resumem informações já publicadas”. Normas para apresentação de Documentos Científicos, 2001.
  • 103. Artigo Científico FINALIDADES DO ARTIGO CIENTÍFICO  Comunicar os resultados de pesquisa, ideias e debates de uma maneira clara, concisa e fidedigna.  Servir de medida nas decisões referentes à contratação, promoção e estabilidade no emprego. Reflectir a análise de um dado assunto, num certo período de tempo.  Servir de meio de comunicação e de intercâmbio de ideias entre cientistas da sua área de actuação. Levar os teste de uma hipótese, provar uma teoria (tese, trabalho científico).  Registar e transmitir algumas observações originais. Servir para rever o estado de um dado campo de pesquisa.
  • 104. Artigo Científico AS MOTIVAÇÕES DO AUTOR “aquele que sabe o quê e como, provavelmente, escreve um bom trabalho, mas aquele que sabe o porquê não só escreve um óptimo artigo, como também sabe corrigir o próprio trabalho e o dos outros autores”. Artigo Científico: do desafio à conquista – Victoria Secaf, 2004.
  • 105. Artigo Científico ESTRUTURA RECOMENDADA DE UM ARTIGO CIENTÍFICO ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS Título e subtítulo (se houver)  Nome do(s) autor(es)  Crédito(s) do(s) autor(es)  Agradecimento (opcional)  Resumo (no idioma do país)  Palavras-chave ou descritores
  • 106. Artigo Científico Cont. ELEMENTOS TEXTUAIS São elementos que compõe o texto do artigo.  Introdução (tema, objetivo, relevância)  Desenvolvimento (metodologia, resultados e discussão)  Argumentação ou fundamento lógico  Conclusão
  • 107. Artigo Científico Cont. ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS  Referências  Apêndices (elaborados pelo autor)  Anexos (documentos)  Tradução do Resumo  Tradução dos descritores  Data
  • 109. Questionário ELABORAÇÃO DE QUESTIONÁRIOS “Um bom questionário deve conquistar o entrevistado e estimular seu interesse em dar respostas completas e precisas. Deve alcançar esse objectivo ao mesmo tempo em que estabelece uma compreensão simultânea, por todos os entrevistados, tanto das perguntas como das respostas.” Definição de questionário: é uma técnica estruturada para recolha de dados que consiste em uma série de perguntas, escritas ou orais, que um entrevistado deve responder.
  • 110. Questionário ELABORAÇÃO DE QUESTIONÁRIOS Objectivos de um questionário: qualquer questionário tem três objectivos: 1) Transformar a informação desejada em um conjunto de perguntas específicas que os entrevistados tenham condições de responder; 2) Motivar e incentivar o entrevistado a se deixar envolver pela entrevista, a cooperar e a completar a entrevista (finalizar a entrevista). Ao planejar o questionário, o pesquisador deve sempre minimizar o cansaço e o tédio do entrevistado; 3) Deve sempre minimizar o erro de resposta. O erro de resposta aparece quando os entrevistados dão respostas imprecisas ou quando elas são registadas ou analisadas inadequadamente.
  • 111. Aplicação técnica DEFINIÇÃO DO TEMA 111 ELABORAÇÃO DO PROJECTO ELABORAÇÃO DOS SELECÇÃO DA QUESTIONÁRIOS AMOSTRA ENTREVISTA TRATAMENTO DE DADOS
  • 112. Questionário Elaboração dos questionários  Questões sem ambigüidade 112  Evitar eventos compostos (multiplicidade)  Evitar ou esclarecer previsões contraditórias  Evitar ordenamento de posições  Número de questões entre 20 e 25
  • 113. Questionário Perguntas importantes na construção do questionário  Que decisões preciso tomar com essa pergunta?  Que problema desejo responder?  Que hipóteses preciso testar?  Quais os objetivos a alcançar? 113
  • 114. Elaboração do Questionário Experiência e criatividade são características pessoais decisivas na elaboração de questionários. Um questionário mal construído compromete os resultados finais de um estudo. Alguns cuidados devem ser tomados: Linguagem: deve ser simples, clara e compatível com a escolaridade do público-alvo da pesquisa; as frases devem ser redigidas na voz ativa, em ordem direta (sujeito, verbo e complementos). É necessário também que as perguntas sejam imparciais, de modo a não direcionar as respostas dos entrevistados. Devem-se evitar termos vagos como frequentemente ou ocasionalmente, porque tornam as respostas dos entrevistados incomparáveis. Formato das perguntas: Elas podem ser abertas, fechadas ou semi-abertas: -Uma pergunta aberta (não estruturada) é aquela que o entrevistado pode responder livremente, com as próprias palavras. Elas tem a vantagem de relevar mais sobre o assunto. Desvantagens: -Dificuldade que se encontra na tabulação das respostas, principalmente quando se trata de uma pesquisa quantitativa em grande escala; -Influência das crenças do entrevistador ao perguntar e ao transcrever as respostas e o consumo de tempo na coleta e tabulação dos dados.
  • 115. Elaboração do Questionário •Perguntas fechadas (ou estruturadas): são aquelas que apresentam previamente opções de resposta. Normalmente são definidas de acordo com a experiência do pesquisador e também com base em pesquisas de dados secundários. As principais perguntas fechadas são: • Perguntas dicotômicas: apresentam duas opções de respostas (1) Sim (2) não. Admite-se a inclusão de terceira alternativa, do tipo “não sei” ou “nenhum”. Exemplos: 1) sexo: (1) Masculino (2) Feminino • Perguntas de múltipla escolha: trazem três ou mais alternativas de resposta. Exemplo: 1) Qual marca de refrigerante acabou de comprar? (1) Coca cola (2) Pepsi (3) Guaraná (4) Fanta • Desvantagens: limitam muito as respostas que se podem obter dos entrevistados. • Vantagens: são práticas, fáceis de interpretar e tabular. Facilita a comparação entre as respostas dos entrevistados na fase de análise de dados.
  • 116. Elaboração do Questionário -Escala de Likert: o entrevistado deve expressar seu grau de concordância ou discordância com afirmações. Exemplo: A qualidade de um café solúvel está em: (mostrar escala) Item Concordo Concordo Indiferente Discordo Discordo totalmente parcialmente parcialmente Totalmente • Sabor 2. Pureza 3. Rendimento 4. Solubilidade 5. Variedade 6. Preço 7. Embalagem 8. Outro atributo: (especificar)
  • 117. Elaboração do Questionário -Escala de importância: o entrevistado deve classificar itens em importância. Exemplo: Gostaria que dissesse o grau de importância de cada um dos itens abaixo ao comprar café solúvel (mostrar escala) Item Muito Importante Indiferente Pouco Não é importante importante importante • Qualidade 2. Variedade da linha 3. Composição do produto 4. Tradição da marca 5. Embalagem 6. Disponibilidade 7. Preço
  • 118. Elaboração do Questionário Diferencial semântico: o respondente escolhe um ponto entre duas palavras opostas. Exemplo: O café solúvel Líder é: Excelente _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Mau Caro _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Barato Puro _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Impuro Disponível _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Indisponível Escala de intenção de compra: pergunta-se ao entrevistado se compraria um produto/serviço, dadas certas condições (preço, disponibilidade, mudanças na composição, etc.). Exemplo: Estando o café solúvel Líder disponível em diversos pontos de venda, ao preço do Kz 50 a embalagem de 100g, você: (1) Certamente compraria (2) Provavelmente compraria (3) Provavelmente não compraria (4) Certamente não compraria (5) Não sei
  • 119. Elaboração do Questionário Sequência das perguntas: -As perguntas iniciais de um questionário devem ser fáceis e interessantes, para que se crie desejo de cooperação do entrevistado; Exemplo: pode se perguntar uma opinião do respondente em questão aberta, ou usar perguntas qualificadoras (que indicam se ele está apto a participar da pesquisa). Perguntas difíceis ou pessoais, que desanimam o entrevistado, devem aparecer no fim do questionário. Tamanho do questionário: depende da abrangência do problema de pesquisa e do método de contacto com os entrevistados, mas se deve ter em mente que um questionário extenso desperta má vontade nos respondentes. Entretanto, um questionário muito curto pode comprometer objectivos de uma pesquisa, já que questões importantes podem ficar sem resposta. O pesquisador deve usar sua experiência e bom senso para definir o tamanho do questionário.
  • 120. Elaboração do Questionário Sequência das perguntas  Perguntas introdutórias  Perguntas delicadas  Perguntas afins  Série padronizada de respostas  Sequência lógica  Perguntas de filtragem ou “peneira”  Verificações de confiabilidade  Perguntas abertas de acompanhamento  Perguntas abertas de aspectos gerais Extensão do questionário
  • 121. EM suma…. 1º Passo: Conhecer o contexto associado ao projecto. 2º Passo: Recolher informações preliminares a respeito de questões importantes para as partes interessadas e os indivíduos-chave: - informações descritivas - informações comportamentais - informações preferenciais 3º Passo: Delinear e especificar questões chaves 4º Passo: Elaborar primeira versão do questionário 5º Passo: Aplicar Pré-Teste para avaliar: - Clareza - Abrangência - Aceitabilidade 6º Passo: Revisar as perguntas (se necessário, efectuar novo pré-teste) 7º Passo: Aplicar o questionário
  • 122. Referências BAPTISTA, Sofia Galvão; CUNHA, Murilo Bastos. Estudos de usuários: visão global dos métodos de coleta de dados. Perspectivas em Ciência da Informação, v. 12, n. 2, p. 168-184, maio/ago. 2007. CUNHA, Murilo Bastos da. Metodologias para estudo dos usuários de informação científica e tecnológica. Revista de Biblioteconomia de Brasília, Brasília, v.10, n.2 (número temático sobre estudo e tratamento de usuários da informação), p. 5-20, jul./dez. 1982. FIGUEIREDO, Nice Menezes de. Estudos de uso e usuários da informação. Brasília: IBICT, 1994. 154 p. ISBN – 85.7013.040-X REA, Louis M. e PARKER, Richard A. Metodologia de Pesquisa: do planejamento à execução. São Paulo: Pioneira, 2002.
  • 124.
  • 125. Teoria de Amostragem População e Amostra Preferências musicais dos estudantes? População - Amostra - Unidade estatística • População (N): todos os estudantes • Amostra (n): grupo reduzido de estudantes • Unidade Estatística (obs): cada um dos estudantes
  • 126. Teoria de Amostragem Censo e Amostragem Censo Num censo são observados todos os indivíduos da população relativamente aos diferentes atributos que estão sendo objectos de estudo. Amostragem Numa amostragem, o estudo estatístico baseia-se numa parte da população, isto é, numa amostra que deve ser representativa dessa população.
  • 127.
  • 128. Teoria de Amostragem  A população pode ser tão pequena que o custo e o tempo de um censo sejam pouco maiores que para uma amostra.  Representatividade – Uma das limitações da amostra é assegurar a representatividade das unidades estatísticas que reflictam a situação genérica.  Se for exigido uma precisão completa nos resultados – neste caso o censo é o único método aceitável. Ex: um banco não faria uma amostragem de suas agências para saber o montante de dinheiro disponível.  Ocasionalmente, já se dispõe de informação completa, de modo que não há necessidade de uma amostra.
  • 129. Teoria de Amostragem Vantagens da Amostragem  Uma amostra pode facilmente actualizada do que a população, os resultados de um censo podem ser demorados (com incidência de erro significativo).  Custo – o custo de se fazer um censo pode ser proibitivo. Um censo acarreta mobilização de recursos técnicos, humanos, materiais e financeiros  Precisão – a amostragem envolve menor número de inquiridores, diminuindo a incidência do erro.  Tempo – O tempo necessário para a realização de um censo é significativo, comparando com um amostragem.
  • 130. Teoria de Amostragem AMOSTRAGEM ALEATÓRIA SIMPLES  É o processo de retirada das unidades de observação de uma população no qual cada unidade tem a mesma oportunidade de integrar a amostra.  Equivale a um sorteio.  Uso da Tabela de Dígitos Pseudo-aleatórios.
  • 131. Teoria de Amostragem AMOSTRAGEM SISTEMÁTICA (periódica)  É o processo de seleção das unidades de observação que é realizada periodicamente utilizando um intervalo de seleção (i.s) calculado, para uma população finita, através da divisão do tamanho da população (N) e o tamanho da amostra (n) a selecionar. i.s = N / n
  • 132. Teoria de Amostragem O processo de Amostragem  Métodos de amostragem apropriados e consistentes garantem que os levantamentos sejam representativos das populações em que estão a ser conduzidos  Amostras representativas são parecidas com a verdadeira população  Eles garantem que os levantamentos sejam consistentes de ano para ano, e que sejam consistentes nos locais #3-3-4
  • 133. Teoria de Amostragem População e Amostra  Por que o recurso de uma amostra e não de uma população ? •Economia de tempo •Redução de custos  Como selecionar as amostras? • Amostragem aleatória • Amostragem sistemática • Amostragem estratificada
  • 135. Teoria de Amostragem Exemplo  Em uma população de 200 alunos, há 120 meninos e 80 meninas. Extraia uma amostra representativa, de 10%, dessa população. Nesse exemplo, há uma característica que permite identificar 2 subconjuntos, a característica Sexo.. SEXO POPULAÇÃO AMOSTRA (10%) Masculino 120 12 Feminino 80 8 Total 200 20  Portanto, a amostra deve conter 12 alunos do sexo masculino e 8 do sexo feminino, totalizando 20 alunos, que correspondem a 10% da população.
  • 138. Levantamento de Dados:  É a base fundamental para o desenvolvimento de um trabalho de organização. Um levantamento imperfeito, incompleto, com dados verídicos e inconsistentes, poderá gerar uma análise 138 tecnicamente perfeita, porém com o resultado comprometido porque a nova sistemática operacional proposta poderá ficar aquém da actual, complicando em vez de solucionar o problema existente. Em síntese: quando se levanta “lixo”, analisa-se “lixo” e, consequentemente, a proposta não será diferente. Pedro Gomes, 2007 Portanto, ao fazer um levantamento tenha muito cuidado!
  • 139. Levantamento de Dados: Técnicas de Levantamento Pesquisa Institucional e Revisão Bibliográfica 139  A Pesquisa Institucional e/ou Revisão Bibliográfica deve ser a primeira técnica empregada em um levantamento, pois oferece suporte às demais, possibilitando um entendimento mais direccionado ao assunto a ser tratado.  Revisão Bibliográfica – Consiste em pesquisar a literatura pertinente (livros, revistas especializadas, legislação, artigos, etc).  Pesquisa Institucional – consiste basicamente em identificar, na empresa, trabalhos que já foram desenvolvidos sobre o assuntos (estatuto social, regimentos, normas, regulamentos, manuais, instruções normativas, relatórios, etc).
  • 140. Levantamento de Dados: Observação Directa  Das técnicas de levantamento existentes, talvez a  Observação Directa seja a mais eficiente, pois 140 possibilita verificar “in loco” as actividades que estão sendo desenvolvidas, permitindo, assim, recolher as informações de acordo com o desenrolar das operações e/ou execução dos processos.  Para execução desta técnica, basta simplesmente que o analista observe as actividades de cada funcionário, registando o que está sendo realizado (forma de execução, tempo de duração, dificuldades, procedimentos gerais, etc).  Contudo, por ocasião da analise, o profissional deve estar ciente que é natural ao ser humano aumentar o seu desempenho e a sua produtividade quando esta sendo observado.
  • 141. Levantamento de Dados: A Entrevista  A Entrevista é uma das técnicas mais comuns no levantamento de 141 dados, visando a resolução dos problemas organizacionais.  Consiste em um diálogo planeado com o fim de obter informações de quem executa as actividades, por meio de uma comunicação verbal e directa, com o objectivo de recolher subsídios e informações para uma posterior análise.
  • 142. Levantamento de Dados: A Entrevista  Fases da Entrevista: a) Planeamento a) Preparar-se com respeito ao assunto, para 142 que se possa dialogar e entender a terminologia e as explicações técnicas dos usuários; b) Seleccionar as pessoas que serão entrevistadas, ou seja aquelas que efectivamente tenham condições de dar as informações desejadas; c) marcar hora e local e preferencialmente no “habitat” natural do entrevistado, para que ele se sinta mais à vontade.
  • 143. Técnicas de Pesquisa Cientifica PLANEAMENTO DA ENTREVISTA  O ENTREVISTADOR deve saber para que vai realizar a entrevista. Quais as informações que deseja obter. Conhecer bem o entrevistado ( se ele preenche os requisitos para ser informante, se conhece o assunto e está disposto a prestar informações)  Ter sensibilidade, escolher condições favoráveis para a realização da entrevista. Marcar dia hora local e garantir sigilo nas informações colhidas.  Ter contacto prévio com os líderes do grupo, para autorizarem as entrevistas.  Elaborar um roteiro ou formulário previamente de acordo com as informações que deseja obter. Definir se ela vai ser gravada ou anotada(preparar materiais)
  • 144. Técnicas de Pesquisa Cientifica PLANEAMENTO DA ENTREVISTA  Registar fielmente o que foi dito pelos informantes, inclusive o que observou (constrangimento, hesitação, ênfase, entonação do entrevistado.)  Inicialmente explicar ao informante a finalidade da pesquisa e solicitar a sua colaboração. Deixar o informante a vontade. Clima cordial para não inibi-lo.  As perguntas devem ser formuladas de acordo com os objectivos da pesquisa, feitas um de cada vez, com linguagem adequada, sem sugerir ou induzir respostas.  Ouvir mais do que falar. Não interromper o entrevistado.  Ao final agradecer a colaboração do entrevistado e ressaltar a importância dele para a pesquisa.
  • 145. Levantamento de Dados: A Entrevista b) Fase de Execução (Entrevista propriamente dita a) Após cumprimentar o entrevistado, dar uma 145 ideia geral sobre o assunto a ser abordado e esclarecer sobre o tipo de informação desejada; b) Deixar o entrevistado à vontade dentro de um clima de cordialidade e confiança; c) Utilizar um vocabulário simples e de fácil compreensão para o entrevistado, evitando o uso de termos técnicos e sofisticados; d) Deve-se ser observado que no momento da entrevista não é ocasião oportuna para criticar e muito menos para corrigir suas falhas, mas sim de colher informações consistentes para uma posterior análise; e) Concluída a entrevista, deve-se solicitar ao entrevistado que faça alguns comentários sobre o assunto em questão, tipo: críticas, elogios e, principalmente sugestões.
  • 146. Levantamento de Dados: A Entrevista Abordagens à entrevista de tipo qualitativo Não Semi- Estruturada estruturada estruturada (standard (informal
  • 147. Levantamento de Dados: A Entrevista I. Entrevista não estruturada (informal, aberta, etnográfica, em profundidade)  Desenvolve-se no fluir de uma conversa  Ocorre com frequência na observação participante  Consciência dos entrevistados?  As questões emergem tipicamente do contexto imediato  Não existe um guião prévio estruturado
  • 148. Entrevista Levantamento de Dados: A Entrevista Pontos (eventualmente) fortes Permite ao entrevistador responder bem a diferenças individuais e a mudanças situacionais As questões podem ser individualizadas para melhorar a comunicação Aumenta a imediaticidade Pontos (eventualmente) fracos Requer muito tempo para obter informação sistemática Pode levar muito tempo a que as mesmas questões sejam abordadas por diferentes pessoas Depende bastante das capacidades e treino do entrevistador
  • 149. Entrevista Levantamento de Dados: A Entrevista II. Entrevista semi-estruturada  caracteriza-se pela existência de um guião previamente preparado que serve de eixo orientador ao desenvolvimento da entrevista  procura garantir que os diversos participantes respondam às mesmas questões. não se exige uma ordem rígida nas questões mas que sejam cobertas na entrevista  o guião funciona como um checklist  o desenvolvimento da entrevista vai-se adaptando ao entrevistado. mantém-se um elevado grau de liberdade na exploração das questões
  • 150. Entrevista Levantamento de Dados: A Entrevista Pontos (eventualmente) fortes  optimização do tempo disponível  tratamento mais sistemático dos dados  especialmente aconselhado para entrevistas a grupos  permite seleccionar temáticas para aprofundamento  não se espera introduzir novas questões mas não se fecha essa possibilidade
  • 151. Entrevista Levantamento de Dados: A Entrevista III. Entrevista estruturada (standard, sistemática)  quando é importante minimizar a variação entre as questões postas aos entrevistados  maior uniformidade no tipo de informação recolhida  quando há vários entrevistadores  questões colocadas tal como forma previamente escritas  as palavras utilizadas são escolhidas previamente  as categorias possíveis de respostas estão previamente definidas  a avaliação das respostas durante a entrevistas é reduzida
  • 152. Entrevista Levantamento de Dados: A Entrevista Pontos (eventualmente) fortes  facilita a análise posterior  torna mais fácil uma réplica do estudo Pontos (eventualmente) fracos  a flexibilidade e espontaneidade são reduzidas  reduz ou anula a possibilidade de aprofundar questões que não foram antecipadas pelo entrevistar  circunstâncias e elementos pessoais não são tomadas em consideração
  • 153. Referências  MARCONI, M. A. LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1990.  RUDIO, Franz Victor. Introdução ao projeto de pesquisa científica. Petrópolis, Vozes, 1986.  LAVILLE, Christian. A construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas. Porto Alegre: Editora Artes Médicas Sul Ltda; Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999.
  • 154. PROCESSAMENTO DE DADOS
  • 155. Processamento de Dados ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS  Os dados recolhidos pela pesquisa apresentar-se-ão “em bruto”, pelo que o seu tratamento vai tdeterminar a qualidade dos resultados (correcção dos erros de dados);  Várias técnicas sáo aplicadas para a triagem dos dados, no entanto o mais importante é assegurar que os dados recolhidos passam por uma re-analise. Necessitando da utilização de procedimentos para seu arranjo, análise e compreensão.  Tentativa de determinação da fidedignidade dos dados, por intermédio do grau de certeza que se pode ter acerca dos mesmos.
  • 156. Processamento de Dados ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS Opções para aplicação da técnica:  tabulação de campos de dados  somatório de datas de vencimento de títulos gerando um hash- total que deverá ser confrontado com o campo correspondente gravado no registo trailer, ou monitoria;  contagem de campos/registos  Apuramento de totais por tipo de registo ou campo. somatório dos campos de valores quantitativos para efeito de confrontação ou acompanhamento de acumuladores análogos.  análise conteúdo campos/registos  verificação da existência de campos ou registos em um arquivo;  correlação entre campos de um mesmo arquivo para verificação da coerência e validade desses campos;
  • 158. EXERCICIO EM GRUPO (4x4) 1. Com base no aprendizado, elabore 10 perguntas sobre os temas apresentados na aula. 2. Conduza uma entrevista com 30 observações 3. Processar a informação com base no StatsPac 4. Produzir os resultados e elaborar o relatório descritivo