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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM (SENAI)
CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO
ADRIANO DE ALMIEDA
GLADIEL SOUZA FERREIRA
GREGORY SANTANA REMIZIO
JULINIANO DA SILVA NUNES
TATIANE APARECIDA RODRIGUES LIONCIO
DIRETRIZES PARA IMPLANTAÇÃO DE UM CÓDIGO DE
SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS: ESTUDO DE
CASO SENAI-ARACRUZ-ES
Aracruz – ES
2015
ADRIANO DE ALMEIDA
GLADIEL SOUZA FERREIRA
GREGORY SANTANA REMIZIO
JULINIANO DA SILVA NUNES
TATIANE APARECIDA RODRIGUES LIONCIO
DIRETRIZES PARA IMPLANTAÇÃO DE UMCÓDIGO DE
SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS: ESTUDO DE
CASO SENAI-ARACRUZ-ES
Projeto de pesquisa apresentado
ao SENAI de Aracruz, como
requisito parcial de avaliação da
disciplina SST do curso Técnico
em Segurança do Trabalho.
Orientador (a): Prof. Tiago
Damacena
3
Aracruz – ES
2015
RESUMO
Nas edificações, a proteção contra incêndios deve ser encarada como uma
obrigação em um dever indeclinável de proteger acima de todas as vidas humanas e
o patrimônio envolvido.
Logo, a prevenção, instalação de processos e métodos na proteção contra incêndios
não podem ser negligenciados em favor da economia de custos, pois seus prejuízos
podem se traduzir em perdas irreparáveis. Este trabalho objetiva analisar e
aprofundar o estudo sobre o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico
(COSCIP)de uma edificação. Em decorrência do objetivo geral, os objetivos
específicos foram: [ii] Trabalho, com ênfase Código de Segurança Contra Incêndio e
Pânico (COSCIP) e; [ii] Produzir subsídios e ter acesso a informações, tomando
como base as normas técnicas e legislação brasileira para a elaboração de projetos
de COSCIP exigidos pelo Corpo de Bombeiros. Nesse sentido, o trabalho inicia com
uma revisão bibliográfica do tema, continua descrevendo a edificação analisada, os
equipamentos de proteção contra incêndio. Os métodos de prevenção e proteção
descritos no projeto de COSCIP, adotados na edificação em estudo atendem as
normas técnicas regulamentadoras da ABNT e as exigências legais do Estado do
Espirito Santo pelo Corpo de Bombeiros.
Palavras-chave: COSCIP, Proteção, Segurança; Incêndios.
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS.
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
ART – Anotação de Responsabilidade Técnica
CO2 – Gás Carbônico
CREA – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia
GLP – Gás Liquefeito de Petróleo
GN – Gás Natural
IRB – Instituto de Resseguros do Brasil
NRB – Norma Regulamentadora Brasileira
PPCI – Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio
COSCIP – Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico
SPDA – Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas
PQS - Pó Quimico Seco
5
Sumário
2. OBJETIVOS........................................................................................................11
2.1. Objetivo geral..................................................................................................11
2.2. Objetivos específicos ......................................................................................11
3. REVISÕES BIBLIOGRÁFICAS ..........................................................................12
3.1. FOGO ............................................................................................................12
3.2. CLASSES DE INCÊNDIO ..............................................................................14
3.3. CAUSAS DE INCÊNDIO................................................................................15
3.4. PROPAGAÇÃO DO FOGO............................................................................17
3.5. MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO..........................................................18
3.6. AGENTES EXTINTORES ..............................................................................18
3.6.1. A ÁGUA ...................................................................................................19
3.6.2. ESPUMA AQUOSA OU MECÂNICA .......................................................19
3.6.3. GASES INERTES....................................................................................20
3.6.4. PÓ QUÍMICO SECO................................................................................20
3.7. SISTEMAS DE COMBATE AO FOGO...........................................................21
3.8. MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO .........................................21
3.9. PROJETOS....................................................................................................23
3.10. DETALHAMENTO DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO 24
3.10.1. ISOLAMENTO DE RISCOS...................................................................24
3.10.2. COMPARTIMENTAÇÃO VERTICAL E HORIZONTAL..........................24
3.10.3. RESISTÊNCIA DAS ESTRUTURAS AO FOGO....................................25
3.10.4. RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS AO FOGO ........................................26
3.11. CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES.......................................................26
3.11.1. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO AO RISCO...................27
3.11.2. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO A SUA OCUPAÇÃO.....27
3.11.3. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO A SUA ALTURA ...........27
3.11.4. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO A SUA ÁREA OU
DIMENSÕES EM PLANTA.................................................................................28
3.11.5. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO ÀS SUAS
CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS .............................................................28
6
3.11.6. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO A SUA CARGA DE
INCÊNDIO ..........................................................................................................29
3.12. CÁLCULO DA POPULAÇÃO.......................................................................30
3.13. SAÍDAS DE EMERGÊNCIA.........................................................................30
3.14. CÁLCULO DO NÚMERO DE UNIDADES DE PASSAGEM.........................31
3.15. NÚMEROS MÍNIMOS DE SAÍDAS DE EMERGÊNCIA ..............................32
3.16. DISTÂNCIAS MÁXIMAS A SEREM PERCORRIDAS..................................32
3.17. DESCARGA.................................................................................................33
3.18. TEMPO NECESSÁRIO PARA A DESOCUPAÇÃO .....................................33
3.19. CORREDORES ...........................................................................................34
3.20. PORTAS ......................................................................................................34
3.21. ESCADAS....................................................................................................35
3.22. GUARDA-CORPOS E BALAUSTRADAS ....................................................37
3.23. CORRIMÃOS...............................................................................................37
3.24. SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA ..............................................................38
3.25. ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA................................................................39
3.26. EXTINTORES DE INCÊNDIO......................................................................40
3.27. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS.......42
4. METODOLOGIA ..................................................................................................43
4.1. DESCRIÇÕES DO ESTUDO ..........................................................................43
4.2. DESCRIÇÕES DO OBJETO EM ESTUDO ....................................................43
4.3 - LEGISLAÇÃO E NORMAS UTILIZADAS ......................................................44
5. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ....................................46
5.1. DESCRIÇÃO DA EDIFICAÇÃO.....................................................................46
5.1.1. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO AO RISCO.....................46
5.1.2. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO A SUA OCUPAÇÃO......47
5.1.3. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO A SUA ALTURA ............47
5.1.4. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO AS SUAS DIMENSÕES
EM PLANTA .......................................................................................................47
5.1.5. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO AS SUAS
CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS .............................................................47
5.1.6. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO A SUA CARGA DE
INCÊNDIO ..........................................................................................................48
7
5.1.7. CÁLCULO DA POPULAÇÃO...................................................................48
5.2. DEFINIÇÕES DAS EXIGÊNCIAS MÍNIMAS DE PROTEÇÃO DE UMA
EDIFICAÇÃO .........................................................................................................48
5.3. DETALHAMENTOS DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO .49
5.3.2. SAÍDAS DE EMERGÊNCIA.....................................................................49
5.3.3. CÁLCULO DO NÚMERO DE UNIDADES DE PASSAGEM ....................50
5.3.4. DISTÂNCIAS MÁXIMAS A SEREM PERCORRIDAS..............................50
5.3.5. Descarga .................................................................................................50
5.3.6. TEMPO NECESSÁRIO PARA A DESOCUPAÇÃO.................................50
5.3.7. EXIGÊNCIA DE ALARME........................................................................50
5.3.8. EXIGÊNCIA DE SISTEMA DE INSTALAÇÃO HIDRÁULICA ...................51
5.3.9. CORREDORES .......................................................................................51
5.3.10. PORTAS ................................................................................................51
5.3.11. SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA ........................................................51
5.3.12. ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA..........................................................52
5.3.13. EXTINTORES DE INCÊNDIO................................................................52
5.3.14. SISTEMA DE PROTEÇÃO DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS..........55
6. IDENTIFICAÇÃO DE POTENCIAIS CENÁRIOS E HIPÓTESES ACIDENTAIS .56
7. ORGANIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA ...................................................................58
7.1. RELAÇÕES DOS ÓRGÃOS EXTERNOS – APOIO ......................................59
7.2. RELAÇÕES DOS TELEFONES DA UNIDADE..............................................60
7.3. ESTRUTURA E RESPONSABILIDADES ......................................................61
7.3.1. GERENTE: ..............................................................................................61
7.3.2. DIRETOR:................................................................................................61
7.3.3. COORDENADORES: ..............................................................................62
7.3.4. APOIO PEDAGÓGICO: ...........................................................................62
7.3.5. DOCENTE: ..............................................................................................63
8. CONCLUSÃO ......................................................................................................64
9. REFERÊNCIASBIBLIOGRAFICAS......................................................................66
ANEXO .....................................................................................................................68
FLUXOGRAMA DE PROCEDIMENTO DE EMERGÊNCIA ......................................68
ROTA DE FUGA ....................................................................................................70
8
ORGANOGRAMA DE ATENDIMENTO A EMERGÊNCIA.....................................71
9
1. INTRODUÇÃO
Ao se analisar o tema Prevenção e Combate a Incêndios, observa-se que esse
contexto é uma das principais medidas de controle e prevenção de acidentes e
tragédias, como grandes incêndios.
Historicamente, desde as décadas de 70 e 80, grandes incêndios em edifícios altos
chocaram e paralisaram o Brasil, tais como o Edifício Joelma, com 25 pavimentos,
em 1974; o Edifício Andraus, com 31 pavimentos, em 1972; as torres da CESPI,
com 21 e 27pavimentos, em 1987, em São Paulo; entre outros. Estes incêndios
marcaram o país, pela perda de centenas de vida de pessoas, documentos
importantes, geraram danos materiais incalculáveis e uma fobia coletiva do fogo em
grandes edificações.
A realidade é que não havia preocupação sobre instalações de incêndio naquela
época, pois nas décadas anteriores não ocorreram grandes incêndios no Brasil.
Coincidentemente, neste mesmo período, as edificações começaram a ter alturas
mais elevadas, excesso de vidros nas fachadas, utilização de estruturas de concreto
armado, divisórias leves e materiais não resistentes ao fogo, ou seja, não se
pensava em técnicas construtivas, materiais ou soluções arquitetônicas adequadas
para cada tipo de edificação para evitar a propagação do fogo.
Estes eventos desencadearam uma preocupação nacional com a segurança contra
incêndios nas edificações. Foi o despertar para o problema no Brasil.
Através destes episódios, o assunto sobre prevenção e proteção contra incêndio
começou a ser discutido, com isso surgiu à necessidade da elaboração de normas
técnicas e legislações a serem seguidas.
Os grandes incêndios continuam acontecendo até hoje, no Brasil e no mundo, e são
exemplos repetidos do quanto ainda temos de aprender para entender os
fenômenos relacionados com a origem e a propagação do fogo (Beltrano 2010).
A população está frequentemente exposta a situações adversas, sem uma
adequada capacidade de reconhecimento dos riscos e efetiva atuação na resposta e
enfrentamento.
Sobre este assunto, é importante relatar que tragédias e acidentes desta natureza
continuam acontecendo, como é o caso recente do incêndio da Boate Kiss,
10
acontecido em janeiro de 2013, em Santa Maria/RS. Este caso sugere uma
significativa falta de cultura de segurança; seja por negligência dos proprietários ou
descaso dos órgãos públicos. Conforme o Relatório Técnico apresentado pelo
Conselho Regional de Engenharia do Rio Grande do Sul (CREA/RS 2013), o
incêndio ocorreu no interior de um galpão, adaptado de forma errônea para ser um
bar ou danceteria. As mudanças arquitetônicas efetuadas não levaram em
consideração os possíveis riscos e os investimentos realizados no âmbito da
segurança foram mal direcionados ou insuficientes.
Atualmente, com o objetivo de preservar e proteger as pessoas e o patrimônio
público ou privado, em cada estado brasileiro existe uma legislação específica,
composta por Normas Técnicas, Leis, Portarias e Resoluções do Corpo de
Bombeiros, a qual norteia e orienta a elaboração dos projetos de prevenção e
proteção contra incêndio.
A proteção contra incêndio deve ser encarada como uma obrigação e necessidade
de proteger acima de tudo as vidas humanas, e secundariamente o patrimônio
envolvido; independente do seu custo financeiro. A construção de qualquer tipo de
edificação mais segura deve ser um dever indeclinável e ético do projetista, executor
da obra e do empreendedor, independente das exigências legais.
O trabalho tem como tema o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico
(COSCIP). Fica delimitado à análise crítica de um COSCIP, com estudo de um caso.
Sua questão de estudo é: Quais os procedimentos e métodos eficazes e corretos
utilizados para atender as exigências e normas técnicas vigentes na elaboração e
análise Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico em edificações prediais, no
caso em estudo?
O trabalho em questão será estruturado da seguinte maneira:
Inicialmente é introduzido o trabalho, apresentando a importância, justificativa e seus
objetivos referentes ao tema em estudo.
 REVISÕES BIBLIOGRÁFICAS são apresentados, de forma sintética,
definições coletadas na revisão da bibliografia realizada a partir da definição
do tema;
 METODOLOGIAS são apresentadas as principais características da
Pesquisa aplicada, qualitativa e quantitativa. Também é descrito o objeto em estudo;
11
 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS descrevem os
resultados obtidos pela execução da pesquisa, a quantificação e a previsão
de custos para implantação do COSCIP;
 CONCLUSÃO encerra o trabalho, apresentando as considerações finais
sobre o estudo. Na sequência contam as REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
1.1. OBJETIVOS
Os objetivos do estudo estão divididos em objetivo geral e objetivos específicos,
sendo.
1.1.1. Objetivo geral
Analisar e aprofundar o estudo sobre o Código de Segurança Contra Incêndio e
Pânico de uma edificação residencial multipavimentada, tomando por base as
normas técnicas e a legislação brasileira que versam sobre o assunto em questão;
1.1.2. Objetivos específicos
 Produzir subsídios técnicos e ter acesso a informações, tomando como base
as normas técnicas e legislação brasileira para a elaboração de projetos de
COSCIP exigidos pelo Corpo de Bombeiros;
 Buscar a aplicação das normas através de visitas ao corpo de bombeiros.
 Analisar documentações do estabelecimento relacionadas ao programa de
controle ou incêndio.
 Mitigar os riscos ocasionados por um incêndio.
 Identificar os dispositivos de prevenção contra incêndio existente no
estabelecimento.
 Apresentar recomendações pertinentes a implementação de um PCE.
1.2. JUSTIFICATIVAS.
O incêndio em grande proporção quando ocasionado pode resultar em danos a
estrutura do estabelecimento, as pessoas que ocupam aquela edificação resultando
até mesmo em mortes, como o papel de um TST é ser prevencionista, propomos ao
SENAI a implantação de um COSCIP.
12
O SENAI inserido neste contexto será agraciado com as contribuições das ações de
planejamento e na adoção de medidas preventivas que poderão ser implantadas na
empresa.
3. REVISÕES BIBLIOGRÁFICAS
3.1. FOGO
Toda edificação, sob o ponto de vista de segurança, está sujeita a uma calamidade.
Imprevisível: o fogo. O fogo é capaz de causar grandes acidentes e catástrofes,
gerando perdas de vidas humanas e enormes prejuízos materiais. Para se fazer à
prevenção e o combate efetivo a incêndios, deve-se conhecer a mecânica do fogo
em todos os seus aspectos: causas, formação e suas consequências.
A vida moderna aumenta os riscos de incêndios devido às grandes concentrações
humanas nas grandes cidades, edificações mais próximas e altas, concepções
arquitetônicas que favorecem a propagação do fogo, materiais empregados de fácil
combustão e pela proliferação e concentração de toda espécie.
“O fogo sempre irá conviver com o homem, por isso ambos devem viver em
harmonia, para que isso aconteça, ele deve ser controlado para que esta relação
não seja quebrada”.(BRENTANO, 2010, p. 89).
O fogo pode ser definido como uma reação química, denominada combustão, que é
uma oxidação rápida entre um material combustível, sólido, líquido ou gasoso, e o
oxigênio do ar, provocada por uma fonte de calor que gera luz e calor.
Em outras palavras, o fogo é uma combustão viva que se manifesta através da
produção de chamas que geram luz e desprendem calor, além da emissão de
fumaça, gases e outros resíduos. Segundo Brentano (2010), cada um desses
produtos derivados da combustão geram consequências:
 As chamas formam a parte espetacular e visível do fogo, iluminam e atraem;
13
 A fumaça impede a visibilidade, provoca pânico, intoxica e/ou asfixia, dificulta
a saída e a aproximação para o combate ao fogo, corrói objetos frágeis;
 Os gases são invisíveis, podem ser tóxicos, inodoros e a sua difusão provoca
a propagação do fogo. Atualmente, com os materiais sintéticos cada vez em
maior quantidade usados nos revestimentos de construções, aumentou a
quantidade de produtos gasosos prejudiciais ao homem em uma situação de
incêndio. A fumaça e os gases tóxicos são responsáveis por mais de 80%
das mortes em incêndios;
 O calor aquece o ar chegando a altíssimas temperaturas, provocando a
propagação do fogo através da combustão espontânea de certos materiais e
a de formação e a perda de resistência de outros; como exemplo a própria
estrutura de uma edificação;
 O oxigênio do ar é consumido durante a combustão em ambientes fechados
tornando-o irrespirável;
 Os resíduos deixados pelos combustíveis sólidos comuns, como as cinzas,
além de emitirem fumaças.
Para que haja a ocorrência do fogo, deve haver a concorrência simultânea de três
elementos essenciais: material combustível, comburente (oxigênio) e uma fonte de
calor, formando o triângulo do fogo. Caso haja a propagação do fogo após a sua
ocorrência, deve haver a transferência de calor molécula para molécula do material
combustível, ainda intacta, que entram em combustão sucessivamente, gerando
então, a reação química em cadeia.
As principais características dos elementos componentes do fogo são:
 O combustível é toda a matéria suscetível à queima, isto é, após a inflamação
continua queimando sem nenhuma adição suplementar de calor. Pode ser
sólido, líquido ou gasoso. A maior parte dos combustíveis sólidos possui um
mecanismo sequencial para a sua ignição. Para entrar em combustão devem
ser primeiramente aquecidos liberando vapores combustíveis que se
misturam como oxigênio do ar gerando uma mistura inflamável. Os
combustíveis líquidos se vaporizam ao serem aquecidos, misturando-se com
14
o oxigênio do ar, formando uma mistura inflamável. Os gases, para entrar em
combustão devem formar uma mistura inflamável com o oxigênio do ar, cuja
concentração deve estar dentro de uma faixa ideal;
 O comburente, geralmente o oxigênio do ar, é o agente químico que ativa e
conserva a combustão, combinando-se com os gases ou vapores do
combustível, formando uma mistura inflamável;
 O calor, energia que dá início, mantém e incentiva a propagação do fogo. O
calor é o provocador da reação química da mistura inflamável, proveniente da
combinação dos gases ou vapores do combustível e do comburente.
A reação química em cadeia, que é a transferência de calor de uma molécula do
material em combustão para a molécula vizinha, ainda intacta, que se aquece e
entra em combustão, assim sucessivamente, até que todo o material esteja em
combustão.
3.2. CLASSES DE INCÊNDIO
Os incêndios são classificados, de acordo com o material combustível, em quatro
classes:
 Classe A: São incêndios que ocorrem em materiais combustíveis comuns,
como madeira, papel, tecidos, etc. Estes materiais queimam em superfície e
em profundidade, deixando resíduos após a sua combustão, como brasas e
cinzas. A extinção mais eficaz se dá pela ação da água, pois estes materiais
necessitam de resfriamento para a extinção do fogo;
 Classe B: São incêndios que ocorrem na mistura do ar com os vapores que
se formam nas superfícies dos líquidos combustíveis inflamáveis, como óleos,
gasolina, entre outros, que queimam somente em superfície, não deixando
resíduos; e nos gases inflamáveis como gás liquefeito do petróleo (GLP), gás
natural (GN), hidrogênio e outros. A extinção se dá por abafamento, pela
quebrada reação química em cadeia ou pela retirada do material combustível.
Os agentes extintores podem ser produtos químicos secos, líquidos
15
vaporizem-te, CO2, água nebulizada e a espuma química, que é o melhor
agente extintor;
 Classe C: São incêndios que ocorrem em equipamentos elétricos
energizados. Deve ser usado agente extintor não condutor de eletricidade.
São usados os pós- químicos secos, líquidos vaporizam-te e CO2;
 Classe D: São incêndios que ocorrem em metais combustíveis, chamados de
pirofóricos, como magnésio, titânio, lítio, alumínio, entre outros. Estes metais
queimam mais rapidamente, reagem com o oxigênio atmosférico, atingindo
temperaturas mais altas que outros materiais combustíveis. O combate exige
equipamentos, técnicas e agentes extintores especiais para cada tipo de
metal combustível, que formam uma capa protetora isolando o metal
combustível do ar atmosférico.
3.3. CAUSAS DE INCÊNDIO
Para ocorrer o início de um incêndio em uma edificação, deve-se ter à concorrência
simultânea e fundamental de uma fonte de calor, de um combustível e de um
componente humano. O componente humano passa a ser fundamental neste
evento, podendo ser encontrado através de falhas no projeto e/ou execução de
instalações, bem como pela negligência comportamental na ocupação da edificação.
Tais componentes, aliados a reação química em cadeia e ao oxigênio, garantem a
manutenção do fogo, bem como o seu crescimento. Segundo Pozzobon (2010),
quando se estudam as causas de um incêndio, procura-se saber como, porque e
onde iniciou o processo de combustão, se a sua origem é proveniente da ação direta
do homem ou não.
Assim sendo, podem-se classificar as causas de um incêndio como:
 Causas humanas (culposas e criminosas): A causa humana culposa é
causada pela ação direta do homem por negligência, imprudência ou
imperícia.
Exemplificando: quando o homem manipula uma determinada fonte de calor sem
observar os cuidados necessários, deixando, por exemplo, o ferro de passar roupa
ligada, sobre a mesa; usar o maçarico próximo a um material inflamável; deixar velas
16
acesas sobre o móvel, etc. A causa criminosa se identifica quando o homem, por
motivos psicológicos e materiais, voluntariamente, provoca um incêndio ou explosão.
É o chamado incendiaríssimo. Vários são os motivos que levam um homem a
provocar um incêndio: vingança, motivos financeiros, destruição de documentos,
ocultação de crimes, etc. Também, por motivos psicopáticos o homem pode
provocar um incêndio. São os chamados piromaníacos, que provocam incêndios
com o intuito mórbido de se emocionar com o espetáculo apresentado pelas
chamas:
 Causas naturais: Ocorrem pelos chamados fenômenos naturais, tais como
raios elétricos, descargas atmosféricas, terremotos, erupções vulcânicas,
desabamentos, o sol (através da concentração de seus raios em vidros e
lentes);cujo controle foge dos procedimentos preventivos;
 Causas acidentais (elétricas mecânicas e químicas): são as que ocorrem
devido às falhas ocasionais, mesmo que o homem tenha tomado às devidas
precauções para que isso não ocorra, entretanto, devido a inúmeros fatores
independentes da sua vontade, eles acontecem. São exemplos de causas
elétricas:
Aquecimento excessivo de um motor por falta de lubrificação, que pode provocar um
curto-circuito; superaquecimento na fiação devido à sobrecarga nos circuitos ou
circuitos mal calculados; arcos elétricos e centelhas, devido, principalmente, a
curtos-circuitos; faíscas provenientes de chaves ou outros aparelhos elétricos; falta
de proteção nos circuitos; eletricidade estática, etc.
São exemplos de causas mecânicas: Atritos ou fricção provocados por falta de
lubrificação em rolamentos e mancais; emperramento de correias de sistema de
transmissão ou transporte em indústrias, causando sua queima; explosão mecânica
dos vasos de pressão de caldeiras, autoclaves e tubulações pressurizadas. Como
exemplo de causas químicas, podemos citar o fenômeno chamado de
autocombustão causado pela absorção da umidade em determinados produtos
químicos, tais como: hidro sulfito de sódio, óxido de cálcio, penta sulfeto de fósforo,
pó de alumínio, pó de bronze, pó de zinco, potássio, dentre outros.
17
 Causas industriais: o risco de incêndios industriais vem aumentando devido à
utilização de novos materiais e projetos de edificações, além do grande
consumo de energia, onde uma das fontes de energia é a calorífica. Com a
Revolução Industrial, os países que implantaram parques industriais
observaram o crescimento assustador dos casos de incêndios, principalmente
nos centros urbanos criados para atender a demanda de mão-de-obra para
as indústrias.
3.4. PROPAGAÇÃO DO FOGO
O fogo se comporta de forma complexa, tendo suas propagações muitas vezes
imprevisíveis. Os fatores que contribuem para a propagação do fogo estão
relacionados com a transmissão de calor, que pode ocorrer de três formas
principais:
 Condução ou contato, pelas próprias labaredas que passam de um para outro
pavimento através de janelas, cortinas e outros materiais, ou através de um
meio físico aquecido pelo fogo que conduz o calor até o outro, como paredes
e tetos;
 Convecção, isto é, pelo meio circulante gasoso, como os gases e o ar quente
produzido pelo fogo, que sobem entrando em contato com outros materiais
que são aquecidos até entrar em combustão;
 Radiação, isto é, por meio de ondas ou raios caloríficos gerados por um corpo
aquecido, que irradia calor em todas as direções através do espaço,
semelhantes à luz. É a sensação térmica sentida na pele devido aos raios
solares ou na aproximação de um fogo.
Em um incêndio as três formas de propagação do fogo geralmente são
concomitantes, embora, em determinado momento, uma delas predomine sobre as
demais.
A propagação do fogo deve ser sempre pensada e analisada com muito cuidado na
elaboração de um COSCIP, eliminando assim, a possibilidade de uma reação em
cadeia.
18
3.5. MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO
Segundo Brentano (2010), sempre que se deseja extinguir o fogo, deve-se
neutralizar um dos seus três elementos componentes, pelo menos, ou interromper a
reação química em cadeia.
Os métodos de extinção do fogo são utilizados de acordo com o elemento
componentes do mesmo que se deseja neutralizar, são:
 Extinção por isolamento (retirada do material): Em algumas situações de
incêndio é possível retirar o material combustível. Em incêndios em
edificações, a neutralização desse elemento é difícil, se não impossível;
 Extinção por abafamento (retirada do comburente): Neste caso procura-se
evitar que o material em combustão seja alimentado por mais oxigênio do ar,
reduzindo sua concentração na mistura inflamável;
 Extinção por resfriamento (retirada do calor): Com a utilização de um agente
extintor, este agente absorve o calor do fogo e do material em combustão,
como consequente resfriamento deste material. De forma geral, o
resfriamento do material combustível é a forma mais comum de extinguir o
fogo em edificações e o agente mais utilizado é a água;
 Extinção química (quebra da cadeia de reação química): Com o lançamento
ao fogo de determinados agentes extintores, suas moléculas se dissociam
pela ação do calor, formando átomos de radicais livres, que se combina com
a mistura inflamável resultante do gás ou vapor do material combustível com
o comburente, formando uma mistura não inflamável, interrompendo a reação
química em cadeia.
3.6. AGENTES EXTINTORES
Segundo Brentano (2010), para se extinguir o fogo é necessário eliminar, no mínimo,
um dos elementos formadores do fogo. Para isso, na maioria das vezes, deve-se
utilizar a água ou certas substâncias químicas, sólidas, líquidas ou gasosas,
chamadas de agentes extintores, que atuam diretamente sobre um ou mais desses
19
elementos. Cada material combustível tem assuas características de combustão,
exigindo, com isso, formas específicas para extinguir o fogo. O agente extintor a ser
utilizado deve ser apropriado, para que sua ação seja rápida e eficiente, causando o
mínimo de danos à vida das pessoas, ao conteúdo e a edificação.
Os principais agentes extintores utilizados são: água, espuma aquosa ou mecânica,
gases inertes e pós-químicos secos.
3.6.1. A ÁGUA
A água é a substância mais usada como agente extintor de incêndio por várias
razões:
 É a mais difundida na natureza e, portanto, a mais disponível, abundante e
barata;
 É a mais efetiva no combate ao fogo, porque tem grande poder de absorção
de calor;
 É um agente extintor seguro, não tóxico, não corrosivo e estável.
Como agente extintor, a água age sobre o fogo porque tem a capacidade de
resfriamento e abafamento, simultaneamente, conforme seu estado físico.
No estado líquido a água pode ser utilizada na forma de;
 Jato compacto, que age por resfriamento;
 Jato de neblina, que age por resfriamento e abafamento (melhor ação sobre o
fogo).
No estado gasoso, a água pode ser usada na forma de vapor, que age unicamente
por abafamento. O vapor é utilizado como agente extintor de incêndios em indústrias
onde ele já é usado ininterruptamente nos processos produtivos.
3.6.2. ESPUMA AQUOSA OU MECÂNICA
20
A espuma aquosa ou mecânica é composta por bolhas de gás, normalmente o ar,
formada a partir de uma solução aquosa de um agente concentrado líquido formador
de espuma (extrato). É produzida com a agitação de uma mistura de água com
extrato em determinadas proporções com a aspiração simultânea de ar atmosférico.
Com a espuma é mais leve e flutua sobre o líquido combustível, extingue o fogo por
abafamento e resfriamento.
3.6.3. GASES INERTES
Os gases inertes mais usados nas composições são o dióxido de carbono, o
nitrogênio, o argônio e outros. Desses, o mais usado, barato e um dos mais efetivos
é o próprio dióxido de carbono, anídrico carbônico ou gás carbônico. Os dois
últimos, embora sendo mais caros, são cada vez mais usados, como na composição
do gás Inergen.
São usados no combate a incêndios em equipamentos energizados eletricamente,
arquivos, bibliotecas, centro de processamento de dados, etc., e em quase todos os
materiais combustíveis, principalmente quando o agente extintor não deve danificar
estes materiais.
3.6.4. PÓ QUÍMICO SECO
Os pós-químicos secos têm com bases químicas principais o bicarbonato de sódio, o
bicarbonato de potássio, o cloreto de potássio, bicarbonato de potássio-ureia e o
monofosfato de amônia, misturados com aditivos que dão estabilidade ao pó frente à
umidade e à aglutinação.
A extinção do fogo se dá por abafamento, resfriamento e, principalmente, pelo
rompimento da cadeia de reação química. Os pós químicos secos são eficientes
para extinguir fogos líquidos inflamáveis, podendo ser usados no combate a fogos
em alguns equipamentos elétricos energizados. O seu uso deve ser evitado em
21
equipamentos eletrônicos, pois o pó químico em contato com a umidade do ar corrói
as placas dos circuitos atingidos.
3.7. SISTEMAS DE COMBATE AO FOGO
Segundo Brentano (2010), para se combater o fogo numa edificação, devem ser
usados os agentes extintores específicos para os materiais combustíveis existentes
na edificação.
Os sistemas de combate ao fogo que podem ser adotados de acordo com o tipo de
material combustível que se quer proteger e o grau de risco da edificação são:
 Sistema de extintores de incêndio. Este sistema é o obrigatório em todas as
edificações;
 Sistema de hidrantes e de mangotinhos;
 Sistema de chuveiros automáticos (“sprinklers”);
 Sistema de projetores de água;
 Sistema de espuma mecânica;
 Sistema fixo de gases.
3.8. MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO
Para se alcançar um grau de eficácia contra incêndios, quanto a sua concepção e
operacionalidade, são preconizadas pelas normas técnicas e legislações vigentes
medidas de proteção.
As medidas de proteção podem ser divididas em:
 Passivas ou preventivas: Estas medidas têm por objetivo minimizar as
possibilidades da eclosão de um princípio de fogo, bem com reduzir a
probabilidade de seu alastramento;
 Ativas ou de combate: Estas medidas visam agir sobre o fogo já existente,
para extingui-lo ou, então, controlá-lo até à chegada do corpo de bombeiros
ao local, criando facilidades para que este combate seja o mais eficaz
possível.
22
As principais medidas de proteção preventiva ou passiva nas edificações são:
 Afastamento entre edificações;
 Segurança estrutural das edificações;
 Compartimentações horizontais e verticais;
 Saídas de emergência;
 Sistema de controle e detecção da fumaça de incêndio;
 Sistema de detecção de calor;
 Instalação de sistema DRR-disjuntor referencial residual;
 Controle dos materiais de revestimento e acabamento;
 Controle das possíveis fontes de incêndio;
 Sistema de proteção contra descargas atmosféricas;
 Central de gás;
 Acesso de viaturas do corpo de bombeiros junto à edificação;
 Brigada de incêndio.
As principais medidas de proteção ativa ou de combate a focos de fogo são:
 Sistemas de detecção e de alarme de incêndio;
 Sistema de sinalização de emergência;
 Sistema de iluminação de emergência;
 Sistema de extintores de incêndio;
 Sistema de hidrantes ou de mangotinhos;
 Sistema de chuveiros automáticos (“sprinklers”);
 Sistema de espuma mecânica para combate em alguns tipos de riscos;
 Sistema fixo de gases limpos ou CO2 para combate a incêndios em alguns
tipos de riscos.
23
3.9. PROJETOS
Segundo Brentano (2010), a vida humana é o objetivo principal e, como tal, sempre
deve ser pensado como sendo o mais importante e delineador de todos os
parâmetros determinantes do projeto da edificação.
Os projetos dos meios de proteção para os ocupantes da edificação dependem do
tipo de ocupação da mesma, como:
 Quais são as atividades desenvolvidas na edificação?
 Quais são as possíveis fontes de fogo na edificação?
 Que produtos combustíveis são usados ou existem na edificação?
 Que características físicas ou mentais possuem seus ocupantes?
 Como pode ser o comportamento dos mesmos durante uma emergência de
incêndio?
Também, merece destaque a proteção do patrimônio, pois os investimentos são
bastante elevados, e, consequentemente, as perdas por decorrência de um
incêndio.
Muitas medidas de segurança que devem ser tomadas e só podem ser executadas
quando previstas no projeto arquitetônico, porque envolvem áreas e volumes das
edificações. Para tanto, podemos afirmar da importância do projeto arquitetônico
como o início da proteção contra incêndios.
O projeto de prevenção contra incêndios são todas as medidas de proteção contra
incêndios de uma edificação que devem ser tomadas, tanto passivas como ativas,
devendo ser encaminhado aos órgãos públicos competentes para análise e
aprovação. O projeto é constituído por um conjunto de documentos escritos e
gráficos.
O projeto arquitetônico e o projeto de COSCIP devem ser focados em duas
premissas básicas:
 Evitar o início do fogo. Para isso, no projeto da edificação devem estar
previstas todas as medidas construtivas para que seja evitado que o fogo
aconteça;
24
 Havendo a ocorrência de foco de fogo, devem ser previstos meios
apropriados para a desocupação com segurança e rapidez da edificação e
instalações adequadas para que seja isolado no seu local de origem e
combatido de forma rápida e eficaz.
3.10. DETALHAMENTO DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO
3.10.1. ISOLAMENTO DE RISCOS
Conforme descrito no item 2.4 PROPAGAÇÃO DO FOGO, o fogo se propaga entre
edifícios isolados através de radiação térmica, através das aberturas nas fachadas,
cobertura da edificação e pelas chamas que alcançam a edificação vizinha; através
de convecção, quando os gases quentes emitidos por uma edificação atingem a
edificação vizinha; ou através da condução, quando as chamas se propagam de
uma edificação para a outra.
Para que haja o isolamento, deve-se se ter afastamentos mínimos entre edificações
e compartimentações horizontais e verticais na própria edificação para confinar o
fogo durante um determinado período, de maneira que permita a saída segura de
seus ocupantes, e que também o combate possa ser iniciado evitando a propagação
do fogo. Também, para facilitaras operações de resgate, evitar ou retardar o colapso
parcial ou total da edificação e para minimizar os danos às edificações vizinhas e à
infraestrutura pública.
3.10.2. COMPARTIMENTAÇÃO VERTICAL E HORIZONTAL
Para que seja evitada a propagação do fogo, deve-se compartilhar fisicamente a
edificação, visando dividir a mesma em células que tenham capacidade de suportar
a queima dos materiais combustíveis, impedindo e minimizando seu alastramento.
Uma compartimentação elaborada corretamente depende dos elementos
construtivos utilizados e suas características físicas que fazem com que ele resista a
25
determinado tempo à ação do fogo. Ela deve possuir três características construtivas
básicas, como a estabilidade estrutural, a estanqueidade às chamas, gases e
fumaça e por fim o isolamento térmico durante um tempo predeterminado.
Assim as compartimentações de isolamento podem ser do tipo horizontal e vertical.
A compartimentação horizontal se destina a impedir a propagação do fogo no plano
horizontal do pavimento de origem para outros ambientes ou setores do mesmo
pavimento através de aberturas diversas existentes entre eles ou para edificações
vizinhas através de janelas das fachadas. Ela pode obtida através de paredes e
portas corta-fogo, registros corta fogo nos dutos que transpassam as paredes corta-
fogo, selagem corta-fogo da passagem de cabos elétricos e tubulações das paredes
corta-fogo e afastamento horizontal entre janelas de setores compartimentados.
A compartimentação vertical se destina a impedir a propagação do fogo do
pavimento de origem para os pavimentos consecutivos no plano vertical através de
aberturas diversas existentes entre eles ou para as edificações vizinhas através das
janelas das fachadas. Ela pode ser obtida através de lajes corta-fogo,
enclausuramento de escadas através de paredes e portas corta-fogo, registro corta-
fogo em dutos que intercomunicam os pavimentos, selagem de abas verticais ou
abas horizontais projetando-se além da fachada, resistentes ao fogo, separando as
janelas de pavimentos consecutivos.
Segundo Brentano (2010), a compartimentação é a forma mais econômica e eficaz
de se proteger passivamente do fogo uma edificação.
3.10.3. RESISTÊNCIA DAS ESTRUTURAS AO FOGO
Sempre que ocorre um incêndio em uma edificação de forma generalizada, a
temperatura alcança níveis tão elevados que, a estrutura normalmente não suporta.
Para isso, elas devem ser projetadas e construídas dentro de certos padrões
mínimos de desempenho, com os objetivos de:
 Que os materiais de revestimento e acabamento não só não propaguem o
fogo como não contribuam para o mesmo;
26
 Que as paredes de compartimentação permitam evitar e retardar a
propagação das chamas, do calor e da fumaça;
 Evitar o colapso estrutural parcial ou total da edificação.
A estrutura de uma edificação deve resistir ao permitindo que os seus ocupantes
consigam sair em segurança, garantir condições para se combater o fogo pelo
socorro externo e minimizar as possíveis perdas materiais, inclusive de edificações
vizinhas.
3.10.4. RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS AO FOGO
Cada material componente de uma edificação possui características que auxiliam ou
não no combate a um foco de incêndio.
As características construtivas da edificação, as características e quantidade dos
materiais utilizados na obra e os materiais combustíveis depositados no local estão
relacionados aos níveis elevados de temperatura que o incêndio possa alcançar, sob
o ponto de vista de sustentar a combustão e propagar as chamas. Na queima do
material combustível, um fator importante a ser considerado é a fumaça.
Em função da quantidade e opacidade da fumaça, o material pode provocar
empecilhos à fugadas pessoas e ao combate do incêndio.
Os materiais empregados em uma edificação possuem dois objetivos;
 Dificultar o alastramento de um foco de incêndio;
 Limitar a severidade do ambiente onde o fogo se originou.
3.11. CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES
Esta classificação é importante porque a partir dela serão definidas as condições
construtivas de prevenção à eclosão de foco de fogo na edificação e os
equipamentos necessários para o combate efetivo, caso ele ocorra.
27
3.11.1. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO AO RISCO
Para elaboração do COSCIP é necessária à consulta à tabela de tarifa de Seguro-
Incêndio do Brasil que classifica os tipos de ocupação de cada edificação. De acordo
com esta tabela, o Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) apresenta as seguintes
classes de ocupação quanto ao risco: Classe A (risco baixo), Classe B (risco médio)
e Classe C (risco alto).Conforme a NBR 12693/2013, os tipos de ocupação de cada
edificação são classificados de acordo com a carga de incêndio especifica, podendo
ser de risco baixo, risco médio ou risco alto.
3.11.2. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO A SUA
OCUPAÇÃO
Esta classificação é necessária para um correto dimensionamento do COSCIP, cujo
valor será utilizado na determinação do cálculo de população, sendo seus
parâmetros importantes para verificarmos a proteção necessária na elaboração do
mesmo. Para tal classificação utilizamos a Tabela 1 da NBR 9077/2001.
3.11.3. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO A SUA ALTURA
Segundo Brentano (2010), considerando as medidas de proteção contra incêndio
devem ser implementada três alturas:
 Altura descendente (hd): Esta altura é definida como a diferença de nível
entre o piso do último pavimento-tipo ou pavimento habitável e o nível do piso
do pavimento de descarga que dá acesso ao passeio público;
 Altura ascendente (ha): Esta altura é definida com a diferença de nível entre o
piso mais baixo da edificação, no caso o subsolo ou o último subsolo, quando
houver mais de um, e o nível do pavimento de descarga que dá acesso ao
passeio público;
28
 Altura real ou total (ht): Esta altura é definida como o desnível entre a saída
para a via pública do nível de descarga mais baixo e o nível mais alto de
qualquer edificação, geralmente o topo do reservatório superior de água fria.
Ela é utilizada no dimensionamento do sistema de proteção de descargas
atmosféricas (SPDA).
A altura é um fator importante no correto dimensionamento do COSCIP, pois com
edificações cada vez mais altas, precisamos verificar os sistemas adequados para
cada empreendimento. Para tal classificação utilizamos a Tabela 2 da NBR
9077/2001.
3.11.4. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO A SUA ÁREA
OU DIMENSÕES EM PLANTA
A área do pavimento ou de toda a edificação é um parâmetro determinante para a
escolha do tipo de proteção contra o fogo a ser utilizado.
Segundo Brentano (2010), as edificações são classificadas em dois grandes grupos,
para todas as ocupações com área:
 Inferior ou igual a 750 m²;
 Superior a 750 m².
As edificações são classificadas quanto às suas dimensões em planta de acordo
com a Tabela 3 da NBR 9077/2001.
3.11.5. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO ÀS SUAS
CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
As edificações podem apresentar maior ou menor facilidade para a propagação do
fogo, conforme as suas concepções arquitetônicas e estruturais e os materiais
utilizados. As edificações são classificadas quanto às suas características
construtivas de acordo com a Tabela 4 da NBR 9077/2001.
29
3.11.6. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO A SUA CARGA
DE INCÊNDIO
Para entender esta classificação, deve se compreender a designação de carga de
incêndio e de carga de incêndio especifica.
Carga de incêndio na edificação é a soma da adição das energias caloríficas
possíveis de serem liberadas pela combustão completa de todos os materiais
combustíveis contidos num ambiente, pavimento ou edificação, inclusive os
revestimentos das paredes, divisórias, pisos e tetos.
Carga de incêndio especifica é o valor da carga de incêndio total dividido pela área
de piso correspondente, expresso em megajoules por metro quadrado (Mj/m²).
As cargas de incêndio específicas podem ser determinadas por valores
característicos nas edificações e áreas de risco, conforme a ocupação e uso
específico, de acordo com a Tabela A.1 da NBR 12693/2013.
As edificações quanto a sua carga de incêndio especifica, de acordo com a NBR
12693/2013 podem ser classificadas em risco baixo, risco médio e risco alto.
Segundo Brentano (2010), as edificações quanto a sua carga de incêndio especifica
podem ser classificadas de acordo com detalhamento do Quadro 1.
30
3.12. CÁLCULO DA POPULAÇÃO
A importância do cálculo da população em uma edificação se dá pelo fato de
fornecer dados para o dimensionamento das saídas de emergência,
independentemente do número real de ocupantes da mesma.
Segundo Brentano (2010), o cálculo da população é determinado pela sua
ocupação, área do pavimento ou da edificação, obtida pelo projeto arquitetônico e
pela sua densidade ocupacional, obtida pela Tabela 4 da NBR 9077/2001.
A fórmula utilizada é:
P = A x Do;
Onde: P = População em número de pessoas;
A: Área do ambiente, pavimento ou edificação em m²;
Do: Densidade ocupacional, em nº de pessoas/m².
3.13. SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
Segundo Brentano (2010), a saída de emergência ou rota de saída de emergência é
um caminho contínuo, devidamente protegido, sinalizado e iluminado, constituído
por portas, corredores, vestíbulos, escadas, rampas, saguões, passagens externas,
etc., a ser percorrido pelos ocupantes, por seus próprios meios, em caso de incêndio
ou de outra emergência, a partir de qualquer ponto da edificação, até atingir a via
pública ou outro espaço externo devidamente seguro.
De acordo com a NBR 9077/2001, os objetivos básicos das saídas de emergência
são possibilitar que os seus ocupantes se desloquem com segurança por seus
próprios meios, de qualquer ponto da edificação para um lugar livre da ação do fogo,
calor, fumaça e gases, independente da origem do fogo. Também, se deve permitir o
acesso externo do corpo de bombeiros, para efetuar de forma rápida e segura o
salvamento dos ocupantes.
As saídas de emergência devem atender as determinações legais de acessibilidade
às edificações dispostas na NBR 9050/2004. Também devem possuir uma rota
31
acessível para um trajeto contínuo, desobstruído e sinalizado, que conecta os
ambientes das edificações, e que possa ser utilizada de formas autônomas e segura
por todas as pessoas, inclusive aquelas com deficiência física ou mobilidade
reduzida.
As rotas das saídas de emergência compreendem de forma geral:
 No plano horizontal: São considerados todos os caminhos ou espaços
localizados no interior dos pavimentos, que podem dar acesso a uma área de
refúgio no mesmo pavimento ou diretamente às escadas, rampas ou
elevadores de emergência. Estas rotas podem ser corredores, passarelas,
varandas, terraços, sacadas, etc;
 No plano vertical: São considerados todos os caminhos ou meios utilizados
para se deslocar entre pavimentos de diferentes níveis, que dão acesso a
áreas de refúgio ou ao pavimento de descarga. Estas rotas são escadas,
rampas e elevadores de emergência.
Os elementos de cálculo necessários para o dimensionamento das rotas de saída de
emergência de uma edificação são:
 Cálculo da população de acordo com a sua ocupação;
 Cálculo do número de unidades de passagem necessário;
 Distâncias máximas a serem percorridas;
 Determinação do número mínimo de saídas de emergência;
 Tempo necessário para a desocupação total da edificação.
3.14. CÁLCULO DO NÚMERO DE UNIDADES DE PASSAGEM
Conforme a NBR 9077/2001, a largura das saídas deve ser dimensionada de acordo
com a população que por ela transitar, sendo que os acessos são dimensionados
em função da população de cada pavimento, porém as escadas, rampas e
descargas são dimensionadas em função do pavimento de maior população,
considerando-se o sentido da saída.
32
Para o cálculo do número de unidades de passagem necessário nas rotas de saída
de emergência usa-se a formula:
N = P / C
Onde: N = Número de unidades de passagem;
P = População do ambiente, pavimento ou edificação, em nº de pessoas;
C = Capacidade da unidade de passagem, em nº de pessoas por minuto/ unidadede
passagem, de acordo com a ocupação da edificação, de acordo com a tabela 5 da
NBR9077/2001.
As larguras mínimas das saídas de emergência estipuladas pela NBR 9077/2001,
são as seguintes:
a) 1,10m, correspondendo a duas unidades de passagem e 55cm, para as
ocupações em geral, ressalvado o disposto a seguir;
b) 2,20m, para permitir a passagem de macas, camas, e outros, nas ocupações do
grupo H, divisão H-3.
As larguras das saídas deve ser medida na sua parte mais estreita, não sendo
admitidas saliências de alisares, pilares e outros, com dimensões maiores que
10x25 cm.
3.15. NÚMEROS MÍNIMOS DE SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
O número mínimo de saídas exigidas para os diferentes tipos de ocupação é
determinado em função da sua altura, dimensões em planta e características
construtivas década edificação, de acordo com Tabela 7 da NBR 9077/2001.
Também, admite-se saída única em habitações multifamiliares (A-2), quando não
houver mais de quatro unidades autônomas por pavimento.
3.16. DISTÂNCIAS MÁXIMAS A SEREM PERCORRIDAS
33
Consiste na distância entre o ponto mais afastado e o acesso a uma saída de
emergência segura, devendo sempre considerar o risco à vida humana decorrente
do fogo, podendo variar de acordo com a ocupação, características construtivas da
edificação e a existência de chuveiros automáticos para a contenção dos incêndios.
As distancias máximas a serem percorridas constam na Tabela 6 da NBR
9077/2001.
Segundo Brentano (2010), as saídas e as escadas devem ser localizadas de forma a
propiciar efetivamente aos ocupantes a oportunidade de escolher a melhor rota de
saída, mas para isso devem estar suficientemente afastadas umas das outras.
3.17. DESCARGA
Descarga ou área de descarga é o trecho da rota de saída de emergência de uma
edificação constituída pelo espaço entre o término de uma escada, rampa ou
elevador de emergência e uma porta, que dá acesso a uma área externa protegida
ou para a via pública.
A descarga pode ser constituída por:
 Corredor ou saguão enclausurado;
 Área aberta com pilotis;
 Corredor a céu aberto.
3.18. TEMPO NECESSÁRIO PARA A DESOCUPAÇÃO
Um dado importante nas saídas de emergência é o tempo necessário para que toda
a edificação seja desocupada numa situação de incêndio, considerando as
diversidades de possibilidades de locomoção e de velocidade de deslocamento de
seus ocupantes.
Segundo Brentano (2010), recomenda-se para as velocidades médias de
deslocamentos e o tempo máximo de desocupação a seguir:
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 Velocidade de deslocamento Trajetos horizontais = 20 m/min. o Escadas = 5
m/min;
 Tempo máximo para a desocupação total de uma edificação = 20 min.
3.19. CORREDORES
Os corredores têm um papel fundamental na evacuação de uma edificação, sendo
que nos mesmos recomenda-se ter paredes revestidas com materiais resistentes ao
fogo e que não desprendam gases tóxicos e fumaça. Além disso, corredores longos
devem possuir aberturas para exaustão.
Os corredores devem arbitrar as seguintes considerações:
 Permitir o fluxo fácil de todos os ocupantes dos pavimentos da edificação;
 Permanecer totalmente desobstruídos e livres de quaisquer obstáculos em
todos os pavimentos;
 Ter larguras mínimas de acordo com as unidades de passagem;
 Devem possuir pé-direito mínimo de 2,50m, conforme NBR 9077/2001;
 Ter sinalização visual, sonora e tátil junto as portas que dão acesso às
escadas e nos seus corrimãos;
 De desníveis máximos de 5mm. Na forma de rampa com desníveis de 5 até
15mm. Em degraus e ser sinalizados como tais, acima de 15mm.
3.20. PORTAS
As portas das rotas de saída e aquelas das salas com capacidade acima de 50
pessoas e em comunicação com os acessos e descargas devem abrir no sentido do
trânsito de saída e não podem ser trancadas.
Em salas com capacidade acima de 200 pessoas, as portas de comunicação com os
acessos, escadas e descarga devem ser dotadas de ferragem do tipo antipânico,
conforme NBR11785/1997.
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Segundo Brentano (2010), as portas de saídas de emergência devem ter as
seguintes dimensões mínimas de vão de luz:
 80 cm, valendo por uma unidade de passagem;
 1,00m, valendo por duas unidades de passagem;
 1,50m, em duas folhas, valendo por três unidades de passagem;
 2,00m, com duas folhas, valendo por quatro unidades de passagem.
Acima de 2,20m de vão de luz é exigida a divisão do vão por uma coluna central.
As portas de saída de emergência incluídas na rota de fuga são elementos
importantes para a contenção e proteção contra o fogo, sendo definidas como corta-
fogo (PCF), resistente são fogo (PRF) e à prova de fumaça pressurizada (PF),
conforme a NBR 11742/2003.
3.21. ESCADAS
As escadas podem ter diversas formas, larguras e degraus, porém qualquer escada
de uma edificação deve ser incombustível, os elementos estruturais oferecerem
resistência ao fogo de, no mínimo de 2 hs, ser dotadas de guarda-corpos nos seus
lados abertos e corrimãos, ter pisos e patamares em condições antiderrapantes.
Para correto dimensionamento de uma escada devemos observar a largura da
escada, altura e largura dos degraus, bocel e comprimento dos patamares.
De acordo com a NBR 9077/2001, os degraus devem atender as seguintes
condições geométricas:
a) Ter a altura do espelho “h” compreendida entre 16 e 18cm, com tolerância de
0,5cm;
b) Ter a largura da base do piso “b” calculada pela fórmula:
63 cm £ (2h + b) £ 64 cm.
As escadas devem ter um patamar a cada 3,70m de desnível, no mínimo, e sempre
que houver mudança de direção.
36
Os patamares das escadas devem atender às seguintes condições:
 Eles não podem ter degraus;
 Nas mudanças de direção eles devem estar totalmente planos, com largura
mínima igual à largura da escada que servem;
 Devem ter o comprimento calculado pela formula de Blondel, não
interessando a largura da escada:
P = (2h + b) n + b;
Sendo: P = Comprimento do patamar em cm;
H = Altura do espelho do degrau em cm;
B = Largura da base do degrau em cm;
N = Número inteiro igual a 1, 2 ou 3.
Segundo Brentano (2010), as escadas, que podem ser utilizadas nas saídas de
emergência, pode ser dos seguintes tipos:
 Escada enclausurada protegida (EP): É uma escada devidamente ventilada,
situada em ambiente envolvido por paredes resistentes ao fogo por um tempo
mínimo de 2 horas, dotadas de portas corta-fogo PCF/P-90 e com
continuidade até uma saída final para um local que ofereça segurança às
pessoas;
 Escada enclausurada à prova de fumaça (EPF) ou (PF): É uma escada cuja
caixa é constituída por paredes resistentes ao fogo por 4 horas, no mínimo, e
dotada de portas corta-fogo estanques à fumaça PCF/P-60, cujo acesso é por
antecâmara, igualmente enclausurada e com porta corta-fogo PCF/P-60, ou
local aberto, como varanda, balcão ou terraço, de modo a evitar a entrada de
fogo, de calor e de fumaça em caso de incêndio e que tenha continuidade até
uma saída final para um local que ofereça segurança às pessoas;
 Escada enclausurada à prova de fumaça pressurizada (PFP): É a escada cuja
caixa é constituída por paredes resistentes ao fogo por 4 horas, no mínimo, e
dotada de portas corta-fogo estanques à fumaça PCF/P-60, cujo acesso é por
antecâmara, igualmente enclausurada, ou local aberto, que tem
37
estanqueidade à fumaça obtida por sistema de pressurização, que mantém a
pressão interna sempre maior que a dos ambientes contíguos;
 Escada não enclausurada ou escada comum (NE): É a escada que, embora
possa fazer parte de uma rota de saída de emergência, se comunica
diretamente com os demais ambientes como corredores, saguões, etc., em
cada pavimento, não possuindo portas corta-fogo.
Escada aberta externa (AE): É a escada que tem projeção fora do corpo principal da
edificação, isolada da fachada por parede com resistência ao fogo por 2 horas, no
mínimo, sendo dotada de guarda-corpo ou gradil e corrimão sem toda a sua
extensão.
3.22. GUARDA-CORPOS E BALAUSTRADAS
As escadas e rampas em saídas de emergência devem ser protegidas de ambos os
lados por paredes ou guarda-corpos contínuos sempre que houver qualquer
desnível maior que 19cm.
A altura das guardas, internamente, deve ser, no mínimo, de 1,05m ao longo de
patamares, corredores, mezaninos, e outros; podendo ser reduzida para 92cm nas
escadas internas, quando medida verticalmente do topo da guarda a uma linha que
uma as pontas dos bocéis ou quinas dos degraus.
A altura das guardas em escadas externas, de seus patamares, de balcões e
assemelhados, quando a mais de 12 metros acima do solo adjacente, deve ser de,
no mínimo 1,30m.
As guardas constituídas por balaustradas, grades, telas e assemelhados, deverão
ter aberturas de no máximo de 15cm de diâmetro.
3.23. CORRIMÃOS
38
Os corrimãos são elementos fundamentais no ordenamento e no trânsito da
população numa saída de emergência por ocasião de uma situação de incêndio,
diminuindo as possibilidades de quedas e as consequentes obstruções no caminho.
Além disso, os corrimãos devem ter uma forma arredondada facilmente adaptada à
forma anatômica da mão, permitindo serem agarrados facilmente, devendo ter um
deslizamento contínuo, fácil e confortável em toda a sua extensão. Não são aceitos
corrimão sem saídas de emergência constituídos de elementos com arestas vivas.
Conforme a NBR 9077/2001, os corrimãos devem estar afastados 40 mm, no
mínimo, das paredes ou guardas às quais forem fixados, e prolongados, no mínimo
30cm além da projeção do primeiro degrau. Também, devem ter seção circular ou
semicircular com diâmetro entre 38 e 65mm, e a altura deve estar situada entre 80 e
92cm acima do nível do piso.
As extremidades dos corrimãos intermediários devem ser dotadas de balaústres ou
outros dispositivos para evitar acidentes.
3.24. SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA
O projeto de sinalização de emergência deve ser elaborado adotando os
procedimentos previstos nas normas técnicas: NBR 9077/2011 – Saídas de
emergência em edifícios, NBR 13434-1/2004 – Sinalização de segurança contra
incêndio e pânico – Parte 1: Princípios de projeto, NBR 13434-2/2004 - Sinalização
de segurança contra incêndio e pânico – Parte 2:Símbolos e suas formas,
dimensões e cores e a NBR 13434-3/2004 - Sinalização de segurança contra
incêndio e pânico – Parte 3: Requisitos e métodos de ensaio.
Conforme a NBR 9077/2001, a sinalização de saída é obrigatória em acessos e
descargas de escadas de emergência em geral, em prédios não – residenciais (isto
é, excluídas as edificações do grupo A); em locais de reunião de público (grupo F),
mesmo quando não dotados de escadas; e nas edificações das ocupações B, C, D,
E, H, quando classificadas em O(área maior que 750 m²).
A sinalização de emergência tem como propósito orientar e guiar os ocupantes de
uma edificação, podendo ser preventiva e ativa ao combate a incêndio. Elas
39
objetivam identificar e alertar para os pontos de riscos potenciais de incêndio, com a
finalidade da redução da ocorrência de incêndios, orientação da localização dos
equipamentos de combate ao fogo e indicar as saídas de emergência, entre outras.
A sinalização de emergência possui quatro categorias distintas, de acordo com a
sua função, as denominamos como sinalização de condições de orientações e
salvamento, alerta, proibição e de indicação de equipamentos de combate a
incêndios. Segundo Brentano (2010), diferenciamos as sinalizações de emergências
pela cor de cada placa de identificação dentro de um sistema de prevenção e
proteção contra incêndio, sendo determinadas assim:
 Vermelho: Identifica as placas de proibição ou identificando os equipamentos
de combate a incêndios e alarme;
 Amarelo: Identifica as placas de alerta e sinais de perigos;
 Verde: Identifica as placas de orientação e salvamento.
As imagens ou símbolos das placas de sinalização podem ser:
A Preta: Utilizada nas placas de proibição e alerta.
O Verde: Utilizadas nas placas de orientação e salvamento.
A Branca: Utilizada nas placas de identificação dos equipamentos de combate a
incêndios e de orientação e salvamento. Esta deverá ser fotoluminescente.
A fixação das sinalizações nas paredes deve ser no mínimo a 1,50m do piso
acabado à base da sinalização, sendo que a distância máxima entre as mesmas
deve ser entre 13 e 15m.
As sinalizações em portas das rotas de saída de emergência devem estar fixadas
imediatamente acima das portas, no máximo 10 cm acima da verga à base da
sinalização; diretamente na folha da porta, centralizada, a uma altura de 1,80m do
piso à base da sinalização ou logo acima da barra antipânico com orientação do seu
acionamento.
3.25. ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA
40
A iluminação de emergência tem como objetivo substituir a iluminação artificial
normal, que deve ser desligada ou pode falhar em caso de incêndio, por fonte de
energia própria que assegure um tempo mínimo de funcionamento. Ela deve
garantir, durante este período, um nível mínimo de iluminância para proporcionar a
saída com rapidez e segurança dos ocupantes de uma edificação.
De acordo com o Decreto Estadual n° 38.273 de 09 de março de 1998, o artigo 12,
trata da instalação de iluminação de emergência que deverá ser instaladas nas
edificações previstas na NBR 9077/2001 – Saídas de emergência em edifícios e a
NBR 10898/2000 – Sistema de iluminação de emergência.
De acordo com a NBR 10898/2000, dois métodos de iluminação de emergência são
possíveis:
 Iluminação permanente: As lâmpadas de iluminação de emergência são
alimentadas pela rede elétrica da concessionária, sendo comutadas
automaticamente para a fonte de alimentação de energia alternativa em caso
de falta e/ ou falha da fonte normal;
 Iluminação não permanente: As lâmpadas de iluminação de emergência não
são alimentadas pela rede elétrica da concessionária e, só em caso de falta
desta fonte normal, são alimentadas automaticamente pela fonte de energia
alternativa.
Podem ser encontrados dois tipos de iluminação de segurança contra incêndios:
 Iluminação de aclaramento: Destina-se a iluminar as rotas de saídas de tal
forma que os ocupantes não tenham dificuldades de evacuar a edificação;
 Iluminação de balizamento: Destina-se a iluminar os obstáculos e a
sinalização, e que indicam as rotas de saída, orientando a direção e o sentido
a ser tomado pelos ocupantes da edificação em caso de emergência.
3.26. EXTINTORES DE INCÊNDIO
A NBR 12693/2013 estabelece os requisitos exigíveis para projeto, seleção e
instalação de extintores de incêndio portáteis e sobre rodas, em edificações e áreas
de risco, para combate a princípio de incêndio.
41
Extintores de incêndio são utilizados com primeira linha de ataque contra incêndio
de tamanho limitado. Eles são necessários mesmo que o local esteja equipado com
chuveiros automáticos, hidrantes e mangueiras.
Este sistema é obrigatório em todas as edificações, exceto em residências
unifamiliares, independente de qualquer outra medida de proteção.
Os extintores podem ser dois tipos, os portáteis e os sobre rodas (carreta).
Segundo Brentano (2010), o número mínimo de extintores de incêndio necessários
para a proteção contra incêndios de uma edificação é determinado:
 A classe de risco da edificação a ser protegida e a respectiva área;
 A classe do fogo a ser extinto;
 A seleção do agente extintor;
 A capacidade extintora do extintor de incêndio;
 A área máxima a ser protegida por extintor e a distância máxima a ser
percorrida pelo operador;
 O número mínimo necessário de extintores de incêndio.
De acordo com a NBR 12693/2013, cada pavimento deve possuir no mínimo duas
unidades extintoras, sendo que uma para incêndio classe A e outra para incêndio
classe B e classe C. É permitida a instalação de duas unidades extintoras de pó
ABC. Também deve haver no mínimo um extintor de incêndio distante a não mais de
5m da porta de acesso da entrada principal da edificação, entrada do pavimento ou
entrada da área de risco.
Os extintores portáteis devem ser instalados nas seguintes condições:
a) Sua alça deve estar no máximo a 1,60m do piso acabado;
b) O fundo, sua parte inferior, deve estar no mínimo a 0,10m do piso acabado,
mesmo apoiado em suporte.
Recomenda-se que os extintores estejam onde haja a menor probabilidade de o
fogo bloquear seu acesso, seja visível e de fácil retirada, que permaneça protegido
contra intempéries e danos físicos em potencial e não fique instalado em escadas.
42
Os locais destinados aos extintores devem observar os campos visuais, vertical e
horizontal, através de sinalização de paredes ou pintura sob o piso em área
industrial e depósitos.
O sistema de proteção contra incêndios, através de extintores, deverá ser instalado
conforme o projeto e passar por manutenções e inspeções conforme legislação
vigente.
3.27. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
Estabelece que toda a edificação com mais detrês pavimentos ou área total
construída maior de 750m² deverão ter sistema de proteçãocontra descargas
atmosféricas (SPDA), projetado e executado de acordo com a NBR5419/2005 –
Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas.
A determinação da projeção ou instalação do SPDA varia de acordo com o tipo,
ocupação e o porte da edificação.
Este sistema pode ser relevante na proteção contra sinistro, não assegurando uma
proteção absoluta, mas reduzindo significativamente a redução de riscos e danos
nas edificações.
O sistema de proteção contra descargas atmosféricas consiste em captores,
condutores de descida e sistema de aterramento. Os captores têm a função de
interceptar as descargas atmosféricas, podem ser constituídos de hastes, cabos
esticados, condutores em malha e naturais.
Os métodos usados nos projetos de captores podem ser:
a) Método Franklin – ângulo de proteção;
b) Método de Faraday – condutores em malha ou gaiola;
c) Modelo eletromagnético – esfera rolante e fictícia.
Um sistema de SPDA único e integrado a estrutura da edificação constitui a melhor
solução e assegura uma proteção completa a todas as instalações existentes na
edificação.
43
O projeto do SPDA deverá ser elaborado e executado por profissional técnico
habilitado (Engenheiro Eletricista) que será anexado ao Código de Segurança
Contra Incêndio e Pânico.
4. METODOLOGIA
4.1. DESCRIÇÕES DO ESTUDO
Este estudo objetiva aprofundar os conhecimentos adquiridos Técnico de Segurança
do trabalho, com ênfase em Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico.
A pesquisa realizada foi através do estudo de um caso, analisando-se uma
edificação escolar. Este método envolve o estudo profundo do objeto, de maneira a
se obter o seu conhecimento amplo.
Logo, foi necessária a revisão bibliográfica das normas, legislação e artigos que
abordam o tema sobre a proteção contra incêndios nas edificações.
O estudo deste caso trata-se de uma pesquisa qualitativa, uma vez que os dados da
edificação podem ser descritos tecnicamente a fim de obter-se uma análise do
COSCIP e de uma pesquisa quantitativa, pois dos dados obtidos através da análise
e interpretação da pesquisa descritiva podem ser expressos mediante símbolos
numéricos.
Ida até o corpo de bombeiros, buscando atualizar-se nas normas.
4.2. DESCRIÇÕES DO OBJETO EM ESTUDO
O estudo de caso foi desenvolvido no CENTRO INTEGRADO SERGIO ROGERIO
DE CASTRO, construído à Rua EPHIFANIO PONTIN, 985, VILA NOVA, ARACRUZ-
ES.
A Edificação é composta por5 blocos distribuídos:
44
 Bloco Administrativo, contendo salas para atendimento à saúde e segurança
do trabalho, salas administrativas, sede da Regional Findes e gerência da
unidade;
 Bloco de Convivência, contendo biblioteca, banheiros para alunos e
funcionários e área de lazer;
 Bloco de salas de aulas, contendo 12 salas climatizadas;
 Bloco Eletroeletrônico, contendo salas de aulas e laboratórios;
 Bloco Metalmecânica, contendo salas de aulas e laboratórios;
 Subestação de energia e parte estrutural, como caixa d'água, estacionamento
externo e área de carga e descarga e um estacionamento externo possuindo
uma área total de 28,3 mil m².
4.3 - LEGISLAÇÃO E NORMAS UTILIZADAS
A legislação de proteção contra incêndios nas edificações do Estado do Espirito
Santo.
Art 1º 20.7.1978 e 7.990, de 25.5.2005 que dizem respeito ao serviço de segurança
das pessoas e de seus bens, contra incêndio e pânico.
Art. 2º Compete ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo -
CBMES estudar, analisar, planejar, normatizar, exigir e fiscalizar todo o serviço de
segurança das pessoas e de seus bens, contra incêndio e pânico, conforme disposto
nesta Lei e em sua regulamentação.
A legislação nacional sobre proteção contra incêndios é a Norma Regulamentadora
23da Portaria 3214/1978 do Ministério do Trabalho e Emprego. A Lei nº 5.194 trata
das atividades do CREA como órgão de fiscalização profissional, nesta Lei Federal
consta também que todo o sistema de prevenção e proteção contra incêndio deve
ter Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). Caso contrário, o sistema sem
ART caracteriza o exercício ilegal da profissão, estando o responsável sujeito a rigor
da lei. Para a elaboração de um COSCIP é importante ter conhecimento das
exigências das normas técnicas utilizadas na proteção contra incêndios em
edificações, referentes à sua ocupação, o grau de risco, o armazenamento e o
45
manuseio dos produtos combustíveis, os critérios para a determinação dos tipos de
equipamentos que devem ser instalados, as medidas preventivas, as medidas ativas
de combate, entre outros.
As normas técnicas regulamentadoras e as exigências legais utilizadas na
elaboração e análise deste COSCIP foram:
_ DECRETO Nº 2423-R, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2009. (Alterado pelo Decreto Nº
3823-R, DE 29 de junho de 2015). Regulamenta a Lei nº 9.269, de 21 de julho de
2009 e institui o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico (COSCIP) no
âmbito do território do Estado e estabelece outras providências.
PORTA RIA N.º 192 - R, DE 10 DE MARÇO DE 2010. E dá outras providências.
NORMA TECNICA- 09/10 - que disciplina a segurança contra incêndio dos
elementos de construção.
Norma Técnica nº 10/2013 Parte 1 do Centro de Atividades Técnicas, que
estabelece as condições gerais a serem observadas para as saídas de emergência.
Norma Técnica Nº 10/2010, Parte 2 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina
os requisitos para a pressurização de escada de segurança no Estado do Espírito
Santo.
Norma Técnica nº 10/2010, Parte 4 do Centro de Atividades Técnicas, que
estabelece as condições gerais a serem observadas para o dimensionamento das
saídas de emergência para edificações e áreas de risco destinadas a shows e
eventos;
Norma Técnica nº 11/2010 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina a
compartimentação horizontal e a compartimentação vertical.
Norma Técnica nº 12/2009 do Centro de Atividades Técnicas do Corpo de
Bombeiros Militar do Espírito Santo que versa sobre sistema de proteção por
extintores.
Norma Técnica nº 13/2013 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina os
requisitos relacionados à iluminação de emergência.
Norma Técnica nº 14/2010 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina a
sinalização de emergência no Estado do Espírito Santo;
46
Norma Técnica nº 15/2009 do Centro de Atividades Técnicas do Corpo de
Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo, que versa sobre sistemas de
hidrantes e mangotinhos.
Norma Técnica nº 17/2013 do Centro de Atividades Técnicas do Corpo de
Bombeiros Militar do Espírito Santo que versa sobre sistema de detecção e alarme
de incêndio.
NR 23/2011 - Proteção Contra Incêndios.
NBR 12.693/2013 - Sistemas de proteção por extintores de incêndio.
NBR 9077/2001 – Saídas de emergência em edifícios.
NBR 10898/2000 – Sistema de iluminação de emergência.
NBR 5419/2005 – Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas.
NBR 13434-1/2004 – Sinalização de segurança contra incêndio e pânico –
NBR 13434-2/2004 - Sinalização de segurança contra incêndio e pânico –
Parte 2: Símbolos e suas formas, dimensões e cores.
NBR 13434-3/2004 - Sinalização de segurança contra incêndio e pânico –
Parte 3: Requisitos e métodos de ensaio.
NBR 14100/1998 - Proteção contra incêndio -Símbolos gráficos para projeto.
NBR 15219/2005-Plano De Emergência Contra Incêndio – Requisitos. Rio De
Janeiro: Associação Brasileira De Normas Técnicas.
5. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
5.1. DESCRIÇÃO DA EDIFICAÇÃO
5.1.1. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO AO RISCO
A edificação em análise está classificada na classe de risco B, ou seja, risco médio
de Incêndio, conforme a classificação do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), por
47
se tratar de Uma ocupação escolar temporária. A edificação pode ser classificada
como risco médio, conforme a Tabela A.1 da NBR 12693/2013, sendo a sua
ocupação escolar, descrita como escolas e com carga Específica de 300 MJ/m².
5.1.2. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO A SUA
OCUPAÇÃO
Quanto à ocupação, conforme a Tabela 1 da NBR9077/2001, a edificação está
Enquadrada em edifícios Educacionais e cultura física de apartamentos em geral, no
grupo E, Divisão E1 – Escolas em geral.
5.1.3. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO A SUA ALTURA
A edificação possui uma altura descendente de 6,15m. Conforme a Tabela 2 da
NBR 9077/2001, a edificação está classificada com o código M – edificações de
média altura – 6,00 < H ≤12,00m.
5.1.4. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO AS SUAS
DIMENSÕES EM PLANTA
A edificação é composta por 5 blocos de salas teóricas e práticas compartimentados
Horizontalmente entre si. Cada bloco possui por pavimento uma área de 820 m².
Conforme a Tabela 3 da NBR 9077/2001, a edificação é classificada com o código P
– De Edificações muito grandes – At > 5000 m2.
5.1.5. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO AS SUAS
CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
48
Conforme a Tabela 4 da NBR 9077/2001, a edificação é classificada com o código
Y, Sendo o tipo edificação com mediana resistência ao fogo e especificação com
estrutura Resistente ao fogo, mas com fácil propagação de fogo entre os
pavimentos.
5.1.6. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO A SUA CARGA
DE INCÊNDIO
A edificação pode ser classificada com risco médio, conforme a Tabela A.1 da NBR
12693/2013, sendo a sua ocupação escolar, descrita como apartamentos e com
carga Específica de 300 MJ/m².
5.1.7. CÁLCULO DA POPULAÇÃO
Conforme a Tabela 5 da NBR 9077/2001, a edificação fica definida como grupo A,
Divisão A-2, com uma população de 371 pessoas por bloco. O Senai em seu único
pavimento, com 5 blocos de salas de aula práticas e teóricas. Por bloco possui uma
média de 8 salas, resumindo, a instituição possui 49 salas no total, sendo cada bloco
composto por 5 blocos, assim temos:
• População de funcionários = 55;
• População total de alunos = 1800 alunos;
• População total de pessoas no Senai = 1855;
• População total por bloco = 371 pessoas.
5.2. DEFINIÇÕES DAS EXIGÊNCIAS MÍNIMAS DE PROTEÇÃO DE UMA
EDIFICAÇÃO
As exigências mínimas de proteção contra incêndios em uma edificação são
definidas pela sua ocupação, dimensões em planta, altura, ao risco submetido e as
49
suas características construtivas. Para definir-se estas exigências, precisamos
entender a edificação:
 A edificação é composta por um pavimento e um estacionamento externo,
com uma área total de 28,3 mil m²;
 O prédio possui uma área de 4.100 m²;
 O prédio possui 5 blocos compartimentados horizontalmente;
 Cada bloco possui uma área total de 820 m².
Neste caso, o decreto nº 2423-R, de 15 de Dezembro de 2009. (Alterado pelo
decreto nº 3823-R, de 29 de junho de 2015).
Decreto Estadual do Espírito Santo nº 2423/R, estabelece as seguintes exigências:
1)Medidas preventivas:
 Isolamento de risco – compartimentação horizontal e vertical e afastamento
entre edificações;
 Meio de fuga - saídas de emergência;
 Sistema de proteção de descargas atmosféricas (SPDA).
2) Medidas ativas:
 Meio de fuga – iluminação de emergência;
 Meio de alerta – sinalização de emergência;
 Meio de combate – extintores de incêndio.
5.3. DETALHAMENTOS DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA
INCÊNDIO
5.3.2. SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
O projeto da rota de fuga compreende os corredores do pavimentos. Uma saída
mínima obrigatória em cada bloco.
50
5.3.3. CÁLCULO DO NÚMERO DE UNIDADES DE PASSAGEM
O número de unidades de passagens em cada bloco é de 2 unidade. Este resultado
foi obtido através da divisão da população do bloco, que é de 371 Pessoas.
5.3.4. DISTÂNCIAS MÁXIMAS A SEREM PERCORRIDAS
Conforme a Tabela 6 da NBR9077/2001, a edificação enquadrada no tipo Y, de
qualquer grupo e divisão de ocupação e saída única, pode ter uma distância máxima
a ser percorrida de até 20 metros.
5.3.5. Descarga
No edifício escolar do SENAI Sérgio Rogério de castro, a descarga da rota de fuga
do pavimento térreo indo ao pátio com comunicação externa com a via pública.
5.3.6. TEMPO NECESSÁRIO PARA A DESOCUPAÇÃO
O tempo máximo para a desocupação total desta edificação numa situação de
incêndio seria de 5 minutos, devido à baixa densidade ocupacional dos blocos, a
velocidade de deslocamento de seus ocupantes e a distância máxima ser percorrida.
5.3.7. EXIGÊNCIA DE ALARME
A edificação enquadra-se com ocupação como grupo A; das dimensões com o
código P e da altura com o código M, portanto não é exigido alarme conforme tabela
8 da NBR 9077/2001.
51
5.3.8. EXIGÊNCIA DE SISTEMA DE INSTALAÇÃO HIDRÁULICA
Conforme Decreto N° 37.380 de 28 de abril de 1997, a edificação requer sistema de
instalação hidráulica de combate a incêndio. A edificação possui reservatórios de
água no solo e cobertura. Cada reservatório possui a capacidade de 3000 litros. O
passeio público nesta rua possui 1 hidrante.
5.3.9. CORREDORES
Nesta edificação, os corredores funcionam como um hall, dando acesso a entrada
dos blocos. Estes corredores possuem largura de 2,20 m, o pé-direito de 3,00 m,
não possuem desníveis e obstruções, portanto atendendo as exigências da NBR
9077/2001.
5.3.10. PORTAS
Nesta edificação, cada bloco necessita de uma unidade de passagem. Asportas das
rotas de saídas são de madeira, sentido de abertura para as laterais de saída,
largura de 2,20 cm, portanto atendendo as exigências da NBR 9077/2001.
5.3.11. SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA
Nos blocos desta edificação, foram colocadas 61 placas de sinalização, sendo 14
placas de sinalização de orientação e 46 placas de sinalização de equipamentos de
combate a incêndios. No estacionamento foram colocadas 01 placas de sinalização
de equipamentos de combate a incêndios.
As placas de sinalização de combate a incêndios (Extintor de Incêndio) foram
colocadas na indicação da localização dos extintores de incêndio, de acordo com as
52
exigências dos requisitos da NBR 12693/2013, a qual especifica que os extintores
devem estar visíveis e sinalizados conforme NBR 13434-1/2004.
5.3.12. ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA
A edificação possui sistema de iluminação de emergência, atendendo as exigências
do Decreto Estadual n° 38.273 de 09 de março de 1998 e a NBR 10898/2000.
Nos blocos foram instaladas luminárias de emergência em cada pavimento das
escadas e na porta da saída de cada bloco, correspondendo à identificação da rota
de saída.
O sistema de iluminação é do tipo de aclaramento e o método é de iluminação
permanente. As luminárias totalizam 10 unidades, sendo tipo fluorescente de 16w,
totalizando uma potência de 160W.
5.3.13. EXTINTORES DE INCÊNDIO
O Centro Integrado Sergio Rogerio de Castro é identificado com a natureza do fogo
com as classes A, B e C; e quanto a risco em médio de acordo com a sua carga de
incêndio específica.
Distribuição do s extintores existentes na escola
BLOCO TIPO LOCAL
A1 Extintor Água Pressurizada –
10 litros
Entre sala 6 e 5
A2 Extintor Água Pressurizada –
10 litros
Em frente sala 09 entre os dois lab de
informática
53
A3 Extintor CO2 – 6Kg Entre sala 4 e 5
A4 Extintor CO2 – 6Kg Entre sala 11 e LIED
BLOCO TIPO LOCAL
B1 Extintor de Agua - 10 L Em frente ao banheiro de funcionários
masculinos
B2 Extintor CO2 – 6 Kg Entre sala de espirometria e sala de
expurgo
B3 Extintor CO2 – 6 Kg Do lado da sala CFTV
B4 Extintor Água – 10 L Lado da sala da diretoria regional do
FINDES
B5 Extintor CO2 – 6 Kg Em frente a coordenação de
administração
B6 Extintor CO2 – 6 Kg Lado do guichê secretaria escolar
B7 Extintor Água – 10 L Dentro da secretaria na entrada na lateral
a esquerda
BLOCO TIPO LOCAL
C1 Extintor PQS - 6 Kg Lado da cantina
C2 Extintor Água – 10 L Entre banheiro de alunos masculino e
feminino
C3 Extintor Água – 10 L Dentro da sala Bloco de Convivência
C4 Extintor Água – 10 L Na entrada da Biblioteca n lateral a
esquerda
C5 Extintor CO2 – 6Kg Na coluna enfrente as mesas das
bibliotecárias
54
C6 Extintor Água – 10L Em frente a central de apoio
C7 Extintor CO2 – 6Kg Dentro da central de apoio
C8 Extintor PQS – 4Kg Lado da Sala dos vigias
C9 Extintor PQS – 4Kg Na lateral da entrada e saída de alunos
C10 Extintor CO2 – 6Kg Entre sala do gerador e sala de painéis
C11 Extintor CO2 – 6Kg Entre sala de painéis e subestação de
energia
BLOCO TIPO LOCAL
D1 Extintor Água – 10L Em frente LAB de hidráulica e
pneumática
D2 Extintor CO2 – 6Kg Entre LAB 1 de informática e LAB de
química
D3 Extintor Água – 10L Entre LAB 1 e2 de informática
D4 Extintor CO2 – 6Kg No corredor das salas eletricidade predial
e industrial
D5 Extintor CO2 – 6Kg No corredor das salas eletricidade predial
e industrial
D6 Extintor CO2 – 6Kg Dentro da sala de alunos da elétrica
D7 Extintor CO2 – 6Kg Dentro da sala de aula prática de elétrica
BLOCO TIPO LOCAL
E1 Extintor CO2 – 4Kg Dentro da área prática da mecânica
E2 Extintor Água – 10L Dentro da área prática da mecânica
55
E3 Extintor CO2 – 4Kg Dentro da área prática da mecânica
BLOCO TIPO LOCAL
F1 Extintor Água – 10L Quadra entre banheiro masculino e
feminino
F2 Extintor Água – 10L Quadra na lateral direita da quadra por
fora
F3 Extintor Água – 10L Quadra Na lateral esquerda da quadra
por fora
F4 Extintor CO2 – 6Kg Quadra entre banheiros masculino e
feminino
F5 Extintor PQS – 4Kg Quadra Na latera do banheiro masculino
A NBR 12.693/2013 entrou em vigor no dia 13 de outubro de 2013; portanto o
deverá se adaptar as novas exigências desta normativa na próxima vistoria e
renovação do Alvará de Prevenção e Proteção Contra Incêndios, fornecido pelo
Corpo de Bombeiros.
5.3.14. SISTEMA DE PROTEÇÃO DE DESCARGAS
ATMOSFÉRICAS
O Centro Integrado Sergio Rogerio de Castro possui um prédio com uma área de
4100m², um estacionamento externo com uma área de 1127 m².
A edificação possui sistema de proteção de descargas atmosféricas (SPDA),
atendendo. As exigências NBR 5419:2005 e do corpo de Bombeiro do Estado do
Espirito Santo.
56
6. IDENTIFICAÇÃO DE POTENCIAIS CENÁRIOS E HIPÓTESES ACIDENTAIS
São identificados como potenciais cenários e hipóteses acidentais os itens
constantes na tabela abaixo:
Cenários de
Emergência
Produto
INCÊNDIO
Óleo lubrificante
Óleo dielétrico
Óleo hidráulico
Toalhas contaminadas
Cola à base solvente
Gás Acetileno
Solventes, diluentes e tintas
Gás GLP
Combustível diesel
Combustível álcool
Combustível gasolina
DERRAMAMENTO
(Produtos químicos em
grandes quantidades –
acima de 50 litros)
Óleo dielétrico
Óleo hidráulico
Óleo refrigerante
Combustível álcool
Combustível diesel
Combustível gasolina
57
Óleo lubrificante
VAZAMENTO
Gás Lâmpada fluorescente quebrada/ queimada
Gás Acetileno
Gás Argônio
Gás Dióxido de Carbono
Gás Oxigênio
Gás GLP
EXPLOSÃO
Óleo dielétrico transformador
Gases GLP, Acetileno, Argônio, Oxigênio e CO2.
Reservatórios de óleo diesel, gasolina, álcool e óleo lubrificante.
Latas de tintas, vernizes e solventes.
58
7. ORGANIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA
A brigada de emergência é composta por 20 pessoas, que permanecem no prédio
em horários diversificados.
Nº NOME NI RG DESCRIÇÃO DO CARGO
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
59
7.1. RELAÇÕES DOS ÓRGÃOS EXTERNOS – APOIO
INSTITUIÇÃO/ DEPARTAMENTO TELEFONE
DISTÂNCIA
CORPO DE BOMBEIROS 193/32960358 6 km
DEFESA CIVIL 3256-4044
POLÍCIA CIVIL 3256-8576 3 km
POLÍCIA MILITAR 190 4 km
POLÍCIA RODOVIÁRIA 191 km
POLÍCIA AMBIENTAL 190 3 km
HOSPITAL/
PRONTO-SOCORRO
HOSPITAL SÃO
CAMILO3256-9700
2,5 KM
SEMTSU 3256 -2003
EDP – ESCELSA 0800 721 0707
SAAE - 3256-9400
60
7.2. RELAÇÕES DOS TELEFONES DA UNIDADE
RESPONSÁVEIS
TELEFONE
INTERNO
(Ramal)
TELEFONE RESIDENCIAL
GERENTE
9955
Tais números
estarão de posse
da recepção da
escola, bem
como, vigias, que
poderão fazer uso
em casos
emergenciais.
DIRETOR
9966
COORDENADOR
9962
APOIO PEDAGÓGICO 9963
61
7.3. ESTRUTURA E RESPONSABILIDADES
7.3.1. GERENTE:
Responsável geral por todas as edificações que compõem uma planta, Deve:
 Assumir a direção geral das ações necessárias no âmbito de
responsabilidade da Unidade. Comunicar a ocorrência da emergência à
Direção da Unidade;
 Inspecionar o local sinistrado para as investigações;
 Disponibilizar os recursos (pessoas e materiais) necessários para o
atendimento à emergência;
 Aprovar a realização dos testes simulados geral do plano de emergência e
avaliação de sua eficácia.
7.3.2. DIRETOR:
Responsável geral por todas as edificações que compõem uma planta, na ausência
do gerente geral, deve:
 Inspecionar o local sinistrado para as investigações;
 Disponibilizar os recursos (pessoas e materiais) necessários para o
atendimento à emergência;
 Aprovar a realização dos testes simulados geral do plano de emergência e
avaliação de sua eficácia;
 Apoiar as áreas na elaboração e implementação dos procedimentos
específicos para atendimento à emergência;
 Coordenar a elaboração do Plano de Atendimento a Emergência da
unidade.
62
7.3.3. COORDENADORES:
Responsável por uma edificação com mais de um pavimento/ compartimento. É
escolhido entre o diretor e gerente. É o responsável pela coordenação de toda
emergência. Adotando medidas técnicas, administrativas para que o combate à
emergência tenha sucesso. Deve:
 Avaliar a situação e os riscos potenciais que se apresentam dentro e fora
da Unidade;
 Junto com o Coordenador Geral Local, avaliar a necessidade de auxílio
externo como: Corpo de Bombeiros, fornecedor de água, etc;
 Acionar ou solicitar o auxílio externo, tais como: Corpo de Bombeiro, etc;
 Decidir, com o apoio da equipe, procedimentos estratégicos no combate à
emergência e controle de seus efeitos;
 Autorizar a contratação de empresas especializadas para combate e
controle da emergência, se necessário;
 Decretar o término da emergência, inspecionar o local sinistrado junto com
o Coordenador Geral Local para as investigações e elaborar o relatório;
 Fazer reunião de avaliação, logo após o “fim de emergência” com a equipe
de atendimento de Emergência e analisar a situação e informar os demais
funcionários.
7.3.4. APOIO PEDAGÓGICO:
Responsável por medidas de apoio administrativo, abandono, informação aos
funcionários, transporte auxiliar, etc. Deve:
 Auxiliar o Coordenador Geral Local na solicitação de ambulância, e outros
serviços auxiliares;
 Inspecionar todas as dependências da unidade, o prédio, visando confirmar
sempre que necessário o seu abandono total;
 Dar apoio e suporte a famílias das vítimas quando necessário.
63
7.3.5. DOCENTE:
Responsável pela coordenação e execução das ações de emergência em sua área
de atuação nos blocos. Responsável pela atuação direta na emergência, Deve:
 Coordenar as ações de combate à situação de emergência junto ao
atendimento de Emergência e dos serviços auxiliares;
 Informar as condições e controle da emergência junto ao Gerente.
64
8. CONCLUSÃO
Com o presente trabalho desenvolvido no SESI SENAI de Aracruz, objetivou-se
analisar criticamente o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico(COSCIP),
localizada no município de Aracruz; no que tange ao aprofundamento de
conhecimentos e subsídios técnicos para a elaboração de um trabalho
interdisciplinar de proteção contra incêndios, dando ênfase à importância de
prevenção e planejamento.
Por meio deste estudo, verifica-se que o sistema de prevenção e combate a
incêndios deve ser analisado desde o início dos estudos da edificação, pois a
proteção não é algo que possa ser adicionado após o projeto da edificação ter sido
elaborado e essa adição compromete a sua eficiência.
Neste contexto, infelizmente ainda existem paradoxo e desprezo na questão de
Prevenção contra incêndio em edificações, devido à equivocada ideia de que os
valores sãotomados como custos na orçamentação da obra ao invés de
investimento a fim de obtersegurança as vidas humanas e ao patrimônio.
Contudo, não existe projetode prevenção e proteção contra incêndios que minimize
osdanos causados em causa de incêndio, entretanto à opção por um sistema de
combate aincêndios e equipamentos eficazes e adequados quanto ao seu
desempenho são a melhoropção.
Sugerimos ao centro integrado Sergio Rogerio de Castro treinamentos de:
Treinamento de primeiro socorros conforme a NR 7 item 7.5.1;
Treinamento combate a incêndio;
Rota de Fuga conforme o anexo 8.2:
 Liberação de acesso de todas as portas de emergências;
 Instalação de biruta para localizar a direção de vento;
 Localização das sinalizações de saída de emergência com 1,5mts ao lado
esquerdo conforme a NBR 13434-2;
 Umsimulado de evacuação de área por ano;
 Sugerimos três pontos de encontro:
1- próximo a caixa d’água;
2 - na entrada principal;
65
3 - estacionamento de carga e descarga.
 Abertura de um portão de emergência na parte dos fundos do Senai dando
acesso à rua de trás.
 Sistema de comunicação em Ramais para fácil acesso aos pontos de
encontro.
 O COSCIP deve ser amplamente divulgado aos ocupantes doSESI SENAI de
Aracruz , de forma a garantir que todos tenham conhecimentos dos
procedimentos a serem executados em caso de emergência;
 Os visitantes sejam informados sobre o Plano de Emergência contra
Incêndio da edificação por meio de panfletos, vídeos e/oupalestras.
 O COSCIP deve fazer parte dos treinamentos de formação, treinamentos
periódicos e reuniões ordinárias dos membros da brigada de incêndio, dos
brigadistas profissionais, do grupo de apoioetc.
Por fim, após estudos acerca dos métodos de prevenção e proteção adotados,
conclui-se que o SESI SENAI de Aracruz atende as normas técnicas
regulamentadoras da ABNT e as exigências legais do corpo Bombeiro do Estado do
Espirito Santo.
66
9. REFERÊNCIASBIBLIOGRAFICAS
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=126746
http://www.inema.ba.gov.br/legislacao/normas-tecnicas-e-portarias/
http://construcaomercado.pini.com.br/negocios-incorporacao-construcao/151/nova-
norma-tecnica-e-resolucoes-de-seguranca-do-ministerio-do-304808-1.aspx
http://www.cff.org.br/userfiles/NotaTecnicaPrescricaoFarmaceutica.pdf
http://sisfiesportal.mec.gov.br/arquivos/portaria_normativa_n10_30042010.pdf
http://portal.mte.gov.br/legislacao/nota-tecnica-n-11-2010-srt-mte.htm
http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/audiencia/arquivo/2009/042/documento/nota_tec
nica_solicita_ap-belo_monte_.pdf
http://www.dinamicasistemas.com.br/upload/files/ServContent(286).
http://pt.scribd.com/doc/122577177/NT-14-2010-Sinalizacao-de-Emergencia-
pdf#scribd
http://www.mpba.mp.br/atuacao/infancia/educacao/especial/nota_tecnica_seesp_2_
7_2010.pdf
http://www.bombeiros.es.gov.br/wp-content/uploads/sites/37/2015/01/NT_17_-
_BRIGADA_DE_INC%C3%8ANDIO.pdf
http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr23.htm
http://www.totalsegmg.com.br/downloads/leis_normas/it_16.pdf
https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=28427
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAhKMAC/nbr-10898
http://docente.lages.ifsc.edu.br/felipe.camargo/MaterialDidatico/ELETRO3%20-
%20ELETROTECNICA/NBR/Nbr_5419_-_Abnt_-
_Protecao_De_Estrutu_ras_Contra_Descargas_Atmosfericas.pdf
http://www.gmfmontagens.com.br/assets/content/downloads/fd85e8d663a986cfc013
97e13ce063ff.pdf
67
http://pt.slideshare.net/mjmcreatore/nbr-
134342004simbolosdesinalizacaodesegurancacontraincendioepanico
http://www.allplacas.com.br/NBR13434-3.pdf
http://pt.scribd.com/doc/30914327/NBR-14100-Simbolos-de-Protecao-Contra-
Incendio#scribd
https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=28427.
68
ANEXO
FLUXOGRAMA DE PROCEDIMENTO DE EMERGÊNCIA
Fonte:NBR15.219/05,daAssociaçãoBrasileiradeNormasTécnicas.
69
EXTINTORES E HIDRANTES
70
ROTA DE FUGA
71
ADM CONVIVENCIA ELETRICA MECÂNICA
ORGANOGRAMA DE ATENDIMENTO A EMERGÊNCIA.
SALA DE AULA
DIRETOR
GERENTE
Jr.
LÍDER BLOCO CLÍDER BLOCO A LÍDER BLOCO B LÍDER BLOCO D
DOCENTE 1 DOCENTE 2 DOCENTE 3 DOCENTE 4
COORDENADOR
APOIO PEDAGÓGICO
LÍDER BLOCO E
v
DOCENTE 4
DOCENTE 5
65

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Código de Segurança Contra Incêndios SENAI Aracruz

  • 1. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM (SENAI) CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO ADRIANO DE ALMIEDA GLADIEL SOUZA FERREIRA GREGORY SANTANA REMIZIO JULINIANO DA SILVA NUNES TATIANE APARECIDA RODRIGUES LIONCIO DIRETRIZES PARA IMPLANTAÇÃO DE UM CÓDIGO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS: ESTUDO DE CASO SENAI-ARACRUZ-ES Aracruz – ES 2015
  • 2. ADRIANO DE ALMEIDA GLADIEL SOUZA FERREIRA GREGORY SANTANA REMIZIO JULINIANO DA SILVA NUNES TATIANE APARECIDA RODRIGUES LIONCIO DIRETRIZES PARA IMPLANTAÇÃO DE UMCÓDIGO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS: ESTUDO DE CASO SENAI-ARACRUZ-ES Projeto de pesquisa apresentado ao SENAI de Aracruz, como requisito parcial de avaliação da disciplina SST do curso Técnico em Segurança do Trabalho. Orientador (a): Prof. Tiago Damacena
  • 3. 3 Aracruz – ES 2015 RESUMO Nas edificações, a proteção contra incêndios deve ser encarada como uma obrigação em um dever indeclinável de proteger acima de todas as vidas humanas e o patrimônio envolvido. Logo, a prevenção, instalação de processos e métodos na proteção contra incêndios não podem ser negligenciados em favor da economia de custos, pois seus prejuízos podem se traduzir em perdas irreparáveis. Este trabalho objetiva analisar e aprofundar o estudo sobre o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico (COSCIP)de uma edificação. Em decorrência do objetivo geral, os objetivos específicos foram: [ii] Trabalho, com ênfase Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico (COSCIP) e; [ii] Produzir subsídios e ter acesso a informações, tomando como base as normas técnicas e legislação brasileira para a elaboração de projetos de COSCIP exigidos pelo Corpo de Bombeiros. Nesse sentido, o trabalho inicia com uma revisão bibliográfica do tema, continua descrevendo a edificação analisada, os equipamentos de proteção contra incêndio. Os métodos de prevenção e proteção descritos no projeto de COSCIP, adotados na edificação em estudo atendem as normas técnicas regulamentadoras da ABNT e as exigências legais do Estado do Espirito Santo pelo Corpo de Bombeiros. Palavras-chave: COSCIP, Proteção, Segurança; Incêndios.
  • 4. LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas ART – Anotação de Responsabilidade Técnica CO2 – Gás Carbônico CREA – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia GLP – Gás Liquefeito de Petróleo GN – Gás Natural IRB – Instituto de Resseguros do Brasil NRB – Norma Regulamentadora Brasileira PPCI – Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio COSCIP – Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico SPDA – Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas PQS - Pó Quimico Seco
  • 5. 5 Sumário 2. OBJETIVOS........................................................................................................11 2.1. Objetivo geral..................................................................................................11 2.2. Objetivos específicos ......................................................................................11 3. REVISÕES BIBLIOGRÁFICAS ..........................................................................12 3.1. FOGO ............................................................................................................12 3.2. CLASSES DE INCÊNDIO ..............................................................................14 3.3. CAUSAS DE INCÊNDIO................................................................................15 3.4. PROPAGAÇÃO DO FOGO............................................................................17 3.5. MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO..........................................................18 3.6. AGENTES EXTINTORES ..............................................................................18 3.6.1. A ÁGUA ...................................................................................................19 3.6.2. ESPUMA AQUOSA OU MECÂNICA .......................................................19 3.6.3. GASES INERTES....................................................................................20 3.6.4. PÓ QUÍMICO SECO................................................................................20 3.7. SISTEMAS DE COMBATE AO FOGO...........................................................21 3.8. MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO .........................................21 3.9. PROJETOS....................................................................................................23 3.10. DETALHAMENTO DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO 24 3.10.1. ISOLAMENTO DE RISCOS...................................................................24 3.10.2. COMPARTIMENTAÇÃO VERTICAL E HORIZONTAL..........................24 3.10.3. RESISTÊNCIA DAS ESTRUTURAS AO FOGO....................................25 3.10.4. RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS AO FOGO ........................................26 3.11. CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES.......................................................26 3.11.1. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO AO RISCO...................27 3.11.2. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO A SUA OCUPAÇÃO.....27 3.11.3. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO A SUA ALTURA ...........27 3.11.4. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO A SUA ÁREA OU DIMENSÕES EM PLANTA.................................................................................28 3.11.5. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO ÀS SUAS CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS .............................................................28
  • 6. 6 3.11.6. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO A SUA CARGA DE INCÊNDIO ..........................................................................................................29 3.12. CÁLCULO DA POPULAÇÃO.......................................................................30 3.13. SAÍDAS DE EMERGÊNCIA.........................................................................30 3.14. CÁLCULO DO NÚMERO DE UNIDADES DE PASSAGEM.........................31 3.15. NÚMEROS MÍNIMOS DE SAÍDAS DE EMERGÊNCIA ..............................32 3.16. DISTÂNCIAS MÁXIMAS A SEREM PERCORRIDAS..................................32 3.17. DESCARGA.................................................................................................33 3.18. TEMPO NECESSÁRIO PARA A DESOCUPAÇÃO .....................................33 3.19. CORREDORES ...........................................................................................34 3.20. PORTAS ......................................................................................................34 3.21. ESCADAS....................................................................................................35 3.22. GUARDA-CORPOS E BALAUSTRADAS ....................................................37 3.23. CORRIMÃOS...............................................................................................37 3.24. SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA ..............................................................38 3.25. ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA................................................................39 3.26. EXTINTORES DE INCÊNDIO......................................................................40 3.27. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS.......42 4. METODOLOGIA ..................................................................................................43 4.1. DESCRIÇÕES DO ESTUDO ..........................................................................43 4.2. DESCRIÇÕES DO OBJETO EM ESTUDO ....................................................43 4.3 - LEGISLAÇÃO E NORMAS UTILIZADAS ......................................................44 5. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ....................................46 5.1. DESCRIÇÃO DA EDIFICAÇÃO.....................................................................46 5.1.1. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO AO RISCO.....................46 5.1.2. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO A SUA OCUPAÇÃO......47 5.1.3. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO A SUA ALTURA ............47 5.1.4. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO AS SUAS DIMENSÕES EM PLANTA .......................................................................................................47 5.1.5. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO AS SUAS CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS .............................................................47 5.1.6. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO A SUA CARGA DE INCÊNDIO ..........................................................................................................48
  • 7. 7 5.1.7. CÁLCULO DA POPULAÇÃO...................................................................48 5.2. DEFINIÇÕES DAS EXIGÊNCIAS MÍNIMAS DE PROTEÇÃO DE UMA EDIFICAÇÃO .........................................................................................................48 5.3. DETALHAMENTOS DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO .49 5.3.2. SAÍDAS DE EMERGÊNCIA.....................................................................49 5.3.3. CÁLCULO DO NÚMERO DE UNIDADES DE PASSAGEM ....................50 5.3.4. DISTÂNCIAS MÁXIMAS A SEREM PERCORRIDAS..............................50 5.3.5. Descarga .................................................................................................50 5.3.6. TEMPO NECESSÁRIO PARA A DESOCUPAÇÃO.................................50 5.3.7. EXIGÊNCIA DE ALARME........................................................................50 5.3.8. EXIGÊNCIA DE SISTEMA DE INSTALAÇÃO HIDRÁULICA ...................51 5.3.9. CORREDORES .......................................................................................51 5.3.10. PORTAS ................................................................................................51 5.3.11. SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA ........................................................51 5.3.12. ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA..........................................................52 5.3.13. EXTINTORES DE INCÊNDIO................................................................52 5.3.14. SISTEMA DE PROTEÇÃO DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS..........55 6. IDENTIFICAÇÃO DE POTENCIAIS CENÁRIOS E HIPÓTESES ACIDENTAIS .56 7. ORGANIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA ...................................................................58 7.1. RELAÇÕES DOS ÓRGÃOS EXTERNOS – APOIO ......................................59 7.2. RELAÇÕES DOS TELEFONES DA UNIDADE..............................................60 7.3. ESTRUTURA E RESPONSABILIDADES ......................................................61 7.3.1. GERENTE: ..............................................................................................61 7.3.2. DIRETOR:................................................................................................61 7.3.3. COORDENADORES: ..............................................................................62 7.3.4. APOIO PEDAGÓGICO: ...........................................................................62 7.3.5. DOCENTE: ..............................................................................................63 8. CONCLUSÃO ......................................................................................................64 9. REFERÊNCIASBIBLIOGRAFICAS......................................................................66 ANEXO .....................................................................................................................68 FLUXOGRAMA DE PROCEDIMENTO DE EMERGÊNCIA ......................................68 ROTA DE FUGA ....................................................................................................70
  • 8. 8 ORGANOGRAMA DE ATENDIMENTO A EMERGÊNCIA.....................................71
  • 9. 9 1. INTRODUÇÃO Ao se analisar o tema Prevenção e Combate a Incêndios, observa-se que esse contexto é uma das principais medidas de controle e prevenção de acidentes e tragédias, como grandes incêndios. Historicamente, desde as décadas de 70 e 80, grandes incêndios em edifícios altos chocaram e paralisaram o Brasil, tais como o Edifício Joelma, com 25 pavimentos, em 1974; o Edifício Andraus, com 31 pavimentos, em 1972; as torres da CESPI, com 21 e 27pavimentos, em 1987, em São Paulo; entre outros. Estes incêndios marcaram o país, pela perda de centenas de vida de pessoas, documentos importantes, geraram danos materiais incalculáveis e uma fobia coletiva do fogo em grandes edificações. A realidade é que não havia preocupação sobre instalações de incêndio naquela época, pois nas décadas anteriores não ocorreram grandes incêndios no Brasil. Coincidentemente, neste mesmo período, as edificações começaram a ter alturas mais elevadas, excesso de vidros nas fachadas, utilização de estruturas de concreto armado, divisórias leves e materiais não resistentes ao fogo, ou seja, não se pensava em técnicas construtivas, materiais ou soluções arquitetônicas adequadas para cada tipo de edificação para evitar a propagação do fogo. Estes eventos desencadearam uma preocupação nacional com a segurança contra incêndios nas edificações. Foi o despertar para o problema no Brasil. Através destes episódios, o assunto sobre prevenção e proteção contra incêndio começou a ser discutido, com isso surgiu à necessidade da elaboração de normas técnicas e legislações a serem seguidas. Os grandes incêndios continuam acontecendo até hoje, no Brasil e no mundo, e são exemplos repetidos do quanto ainda temos de aprender para entender os fenômenos relacionados com a origem e a propagação do fogo (Beltrano 2010). A população está frequentemente exposta a situações adversas, sem uma adequada capacidade de reconhecimento dos riscos e efetiva atuação na resposta e enfrentamento. Sobre este assunto, é importante relatar que tragédias e acidentes desta natureza continuam acontecendo, como é o caso recente do incêndio da Boate Kiss,
  • 10. 10 acontecido em janeiro de 2013, em Santa Maria/RS. Este caso sugere uma significativa falta de cultura de segurança; seja por negligência dos proprietários ou descaso dos órgãos públicos. Conforme o Relatório Técnico apresentado pelo Conselho Regional de Engenharia do Rio Grande do Sul (CREA/RS 2013), o incêndio ocorreu no interior de um galpão, adaptado de forma errônea para ser um bar ou danceteria. As mudanças arquitetônicas efetuadas não levaram em consideração os possíveis riscos e os investimentos realizados no âmbito da segurança foram mal direcionados ou insuficientes. Atualmente, com o objetivo de preservar e proteger as pessoas e o patrimônio público ou privado, em cada estado brasileiro existe uma legislação específica, composta por Normas Técnicas, Leis, Portarias e Resoluções do Corpo de Bombeiros, a qual norteia e orienta a elaboração dos projetos de prevenção e proteção contra incêndio. A proteção contra incêndio deve ser encarada como uma obrigação e necessidade de proteger acima de tudo as vidas humanas, e secundariamente o patrimônio envolvido; independente do seu custo financeiro. A construção de qualquer tipo de edificação mais segura deve ser um dever indeclinável e ético do projetista, executor da obra e do empreendedor, independente das exigências legais. O trabalho tem como tema o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico (COSCIP). Fica delimitado à análise crítica de um COSCIP, com estudo de um caso. Sua questão de estudo é: Quais os procedimentos e métodos eficazes e corretos utilizados para atender as exigências e normas técnicas vigentes na elaboração e análise Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico em edificações prediais, no caso em estudo? O trabalho em questão será estruturado da seguinte maneira: Inicialmente é introduzido o trabalho, apresentando a importância, justificativa e seus objetivos referentes ao tema em estudo.  REVISÕES BIBLIOGRÁFICAS são apresentados, de forma sintética, definições coletadas na revisão da bibliografia realizada a partir da definição do tema;  METODOLOGIAS são apresentadas as principais características da Pesquisa aplicada, qualitativa e quantitativa. Também é descrito o objeto em estudo;
  • 11. 11  APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS descrevem os resultados obtidos pela execução da pesquisa, a quantificação e a previsão de custos para implantação do COSCIP;  CONCLUSÃO encerra o trabalho, apresentando as considerações finais sobre o estudo. Na sequência contam as REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. 1.1. OBJETIVOS Os objetivos do estudo estão divididos em objetivo geral e objetivos específicos, sendo. 1.1.1. Objetivo geral Analisar e aprofundar o estudo sobre o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico de uma edificação residencial multipavimentada, tomando por base as normas técnicas e a legislação brasileira que versam sobre o assunto em questão; 1.1.2. Objetivos específicos  Produzir subsídios técnicos e ter acesso a informações, tomando como base as normas técnicas e legislação brasileira para a elaboração de projetos de COSCIP exigidos pelo Corpo de Bombeiros;  Buscar a aplicação das normas através de visitas ao corpo de bombeiros.  Analisar documentações do estabelecimento relacionadas ao programa de controle ou incêndio.  Mitigar os riscos ocasionados por um incêndio.  Identificar os dispositivos de prevenção contra incêndio existente no estabelecimento.  Apresentar recomendações pertinentes a implementação de um PCE. 1.2. JUSTIFICATIVAS. O incêndio em grande proporção quando ocasionado pode resultar em danos a estrutura do estabelecimento, as pessoas que ocupam aquela edificação resultando até mesmo em mortes, como o papel de um TST é ser prevencionista, propomos ao SENAI a implantação de um COSCIP.
  • 12. 12 O SENAI inserido neste contexto será agraciado com as contribuições das ações de planejamento e na adoção de medidas preventivas que poderão ser implantadas na empresa. 3. REVISÕES BIBLIOGRÁFICAS 3.1. FOGO Toda edificação, sob o ponto de vista de segurança, está sujeita a uma calamidade. Imprevisível: o fogo. O fogo é capaz de causar grandes acidentes e catástrofes, gerando perdas de vidas humanas e enormes prejuízos materiais. Para se fazer à prevenção e o combate efetivo a incêndios, deve-se conhecer a mecânica do fogo em todos os seus aspectos: causas, formação e suas consequências. A vida moderna aumenta os riscos de incêndios devido às grandes concentrações humanas nas grandes cidades, edificações mais próximas e altas, concepções arquitetônicas que favorecem a propagação do fogo, materiais empregados de fácil combustão e pela proliferação e concentração de toda espécie. “O fogo sempre irá conviver com o homem, por isso ambos devem viver em harmonia, para que isso aconteça, ele deve ser controlado para que esta relação não seja quebrada”.(BRENTANO, 2010, p. 89). O fogo pode ser definido como uma reação química, denominada combustão, que é uma oxidação rápida entre um material combustível, sólido, líquido ou gasoso, e o oxigênio do ar, provocada por uma fonte de calor que gera luz e calor. Em outras palavras, o fogo é uma combustão viva que se manifesta através da produção de chamas que geram luz e desprendem calor, além da emissão de fumaça, gases e outros resíduos. Segundo Brentano (2010), cada um desses produtos derivados da combustão geram consequências:  As chamas formam a parte espetacular e visível do fogo, iluminam e atraem;
  • 13. 13  A fumaça impede a visibilidade, provoca pânico, intoxica e/ou asfixia, dificulta a saída e a aproximação para o combate ao fogo, corrói objetos frágeis;  Os gases são invisíveis, podem ser tóxicos, inodoros e a sua difusão provoca a propagação do fogo. Atualmente, com os materiais sintéticos cada vez em maior quantidade usados nos revestimentos de construções, aumentou a quantidade de produtos gasosos prejudiciais ao homem em uma situação de incêndio. A fumaça e os gases tóxicos são responsáveis por mais de 80% das mortes em incêndios;  O calor aquece o ar chegando a altíssimas temperaturas, provocando a propagação do fogo através da combustão espontânea de certos materiais e a de formação e a perda de resistência de outros; como exemplo a própria estrutura de uma edificação;  O oxigênio do ar é consumido durante a combustão em ambientes fechados tornando-o irrespirável;  Os resíduos deixados pelos combustíveis sólidos comuns, como as cinzas, além de emitirem fumaças. Para que haja a ocorrência do fogo, deve haver a concorrência simultânea de três elementos essenciais: material combustível, comburente (oxigênio) e uma fonte de calor, formando o triângulo do fogo. Caso haja a propagação do fogo após a sua ocorrência, deve haver a transferência de calor molécula para molécula do material combustível, ainda intacta, que entram em combustão sucessivamente, gerando então, a reação química em cadeia. As principais características dos elementos componentes do fogo são:  O combustível é toda a matéria suscetível à queima, isto é, após a inflamação continua queimando sem nenhuma adição suplementar de calor. Pode ser sólido, líquido ou gasoso. A maior parte dos combustíveis sólidos possui um mecanismo sequencial para a sua ignição. Para entrar em combustão devem ser primeiramente aquecidos liberando vapores combustíveis que se misturam como oxigênio do ar gerando uma mistura inflamável. Os combustíveis líquidos se vaporizam ao serem aquecidos, misturando-se com
  • 14. 14 o oxigênio do ar, formando uma mistura inflamável. Os gases, para entrar em combustão devem formar uma mistura inflamável com o oxigênio do ar, cuja concentração deve estar dentro de uma faixa ideal;  O comburente, geralmente o oxigênio do ar, é o agente químico que ativa e conserva a combustão, combinando-se com os gases ou vapores do combustível, formando uma mistura inflamável;  O calor, energia que dá início, mantém e incentiva a propagação do fogo. O calor é o provocador da reação química da mistura inflamável, proveniente da combinação dos gases ou vapores do combustível e do comburente. A reação química em cadeia, que é a transferência de calor de uma molécula do material em combustão para a molécula vizinha, ainda intacta, que se aquece e entra em combustão, assim sucessivamente, até que todo o material esteja em combustão. 3.2. CLASSES DE INCÊNDIO Os incêndios são classificados, de acordo com o material combustível, em quatro classes:  Classe A: São incêndios que ocorrem em materiais combustíveis comuns, como madeira, papel, tecidos, etc. Estes materiais queimam em superfície e em profundidade, deixando resíduos após a sua combustão, como brasas e cinzas. A extinção mais eficaz se dá pela ação da água, pois estes materiais necessitam de resfriamento para a extinção do fogo;  Classe B: São incêndios que ocorrem na mistura do ar com os vapores que se formam nas superfícies dos líquidos combustíveis inflamáveis, como óleos, gasolina, entre outros, que queimam somente em superfície, não deixando resíduos; e nos gases inflamáveis como gás liquefeito do petróleo (GLP), gás natural (GN), hidrogênio e outros. A extinção se dá por abafamento, pela quebrada reação química em cadeia ou pela retirada do material combustível. Os agentes extintores podem ser produtos químicos secos, líquidos
  • 15. 15 vaporizem-te, CO2, água nebulizada e a espuma química, que é o melhor agente extintor;  Classe C: São incêndios que ocorrem em equipamentos elétricos energizados. Deve ser usado agente extintor não condutor de eletricidade. São usados os pós- químicos secos, líquidos vaporizam-te e CO2;  Classe D: São incêndios que ocorrem em metais combustíveis, chamados de pirofóricos, como magnésio, titânio, lítio, alumínio, entre outros. Estes metais queimam mais rapidamente, reagem com o oxigênio atmosférico, atingindo temperaturas mais altas que outros materiais combustíveis. O combate exige equipamentos, técnicas e agentes extintores especiais para cada tipo de metal combustível, que formam uma capa protetora isolando o metal combustível do ar atmosférico. 3.3. CAUSAS DE INCÊNDIO Para ocorrer o início de um incêndio em uma edificação, deve-se ter à concorrência simultânea e fundamental de uma fonte de calor, de um combustível e de um componente humano. O componente humano passa a ser fundamental neste evento, podendo ser encontrado através de falhas no projeto e/ou execução de instalações, bem como pela negligência comportamental na ocupação da edificação. Tais componentes, aliados a reação química em cadeia e ao oxigênio, garantem a manutenção do fogo, bem como o seu crescimento. Segundo Pozzobon (2010), quando se estudam as causas de um incêndio, procura-se saber como, porque e onde iniciou o processo de combustão, se a sua origem é proveniente da ação direta do homem ou não. Assim sendo, podem-se classificar as causas de um incêndio como:  Causas humanas (culposas e criminosas): A causa humana culposa é causada pela ação direta do homem por negligência, imprudência ou imperícia. Exemplificando: quando o homem manipula uma determinada fonte de calor sem observar os cuidados necessários, deixando, por exemplo, o ferro de passar roupa ligada, sobre a mesa; usar o maçarico próximo a um material inflamável; deixar velas
  • 16. 16 acesas sobre o móvel, etc. A causa criminosa se identifica quando o homem, por motivos psicológicos e materiais, voluntariamente, provoca um incêndio ou explosão. É o chamado incendiaríssimo. Vários são os motivos que levam um homem a provocar um incêndio: vingança, motivos financeiros, destruição de documentos, ocultação de crimes, etc. Também, por motivos psicopáticos o homem pode provocar um incêndio. São os chamados piromaníacos, que provocam incêndios com o intuito mórbido de se emocionar com o espetáculo apresentado pelas chamas:  Causas naturais: Ocorrem pelos chamados fenômenos naturais, tais como raios elétricos, descargas atmosféricas, terremotos, erupções vulcânicas, desabamentos, o sol (através da concentração de seus raios em vidros e lentes);cujo controle foge dos procedimentos preventivos;  Causas acidentais (elétricas mecânicas e químicas): são as que ocorrem devido às falhas ocasionais, mesmo que o homem tenha tomado às devidas precauções para que isso não ocorra, entretanto, devido a inúmeros fatores independentes da sua vontade, eles acontecem. São exemplos de causas elétricas: Aquecimento excessivo de um motor por falta de lubrificação, que pode provocar um curto-circuito; superaquecimento na fiação devido à sobrecarga nos circuitos ou circuitos mal calculados; arcos elétricos e centelhas, devido, principalmente, a curtos-circuitos; faíscas provenientes de chaves ou outros aparelhos elétricos; falta de proteção nos circuitos; eletricidade estática, etc. São exemplos de causas mecânicas: Atritos ou fricção provocados por falta de lubrificação em rolamentos e mancais; emperramento de correias de sistema de transmissão ou transporte em indústrias, causando sua queima; explosão mecânica dos vasos de pressão de caldeiras, autoclaves e tubulações pressurizadas. Como exemplo de causas químicas, podemos citar o fenômeno chamado de autocombustão causado pela absorção da umidade em determinados produtos químicos, tais como: hidro sulfito de sódio, óxido de cálcio, penta sulfeto de fósforo, pó de alumínio, pó de bronze, pó de zinco, potássio, dentre outros.
  • 17. 17  Causas industriais: o risco de incêndios industriais vem aumentando devido à utilização de novos materiais e projetos de edificações, além do grande consumo de energia, onde uma das fontes de energia é a calorífica. Com a Revolução Industrial, os países que implantaram parques industriais observaram o crescimento assustador dos casos de incêndios, principalmente nos centros urbanos criados para atender a demanda de mão-de-obra para as indústrias. 3.4. PROPAGAÇÃO DO FOGO O fogo se comporta de forma complexa, tendo suas propagações muitas vezes imprevisíveis. Os fatores que contribuem para a propagação do fogo estão relacionados com a transmissão de calor, que pode ocorrer de três formas principais:  Condução ou contato, pelas próprias labaredas que passam de um para outro pavimento através de janelas, cortinas e outros materiais, ou através de um meio físico aquecido pelo fogo que conduz o calor até o outro, como paredes e tetos;  Convecção, isto é, pelo meio circulante gasoso, como os gases e o ar quente produzido pelo fogo, que sobem entrando em contato com outros materiais que são aquecidos até entrar em combustão;  Radiação, isto é, por meio de ondas ou raios caloríficos gerados por um corpo aquecido, que irradia calor em todas as direções através do espaço, semelhantes à luz. É a sensação térmica sentida na pele devido aos raios solares ou na aproximação de um fogo. Em um incêndio as três formas de propagação do fogo geralmente são concomitantes, embora, em determinado momento, uma delas predomine sobre as demais. A propagação do fogo deve ser sempre pensada e analisada com muito cuidado na elaboração de um COSCIP, eliminando assim, a possibilidade de uma reação em cadeia.
  • 18. 18 3.5. MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO Segundo Brentano (2010), sempre que se deseja extinguir o fogo, deve-se neutralizar um dos seus três elementos componentes, pelo menos, ou interromper a reação química em cadeia. Os métodos de extinção do fogo são utilizados de acordo com o elemento componentes do mesmo que se deseja neutralizar, são:  Extinção por isolamento (retirada do material): Em algumas situações de incêndio é possível retirar o material combustível. Em incêndios em edificações, a neutralização desse elemento é difícil, se não impossível;  Extinção por abafamento (retirada do comburente): Neste caso procura-se evitar que o material em combustão seja alimentado por mais oxigênio do ar, reduzindo sua concentração na mistura inflamável;  Extinção por resfriamento (retirada do calor): Com a utilização de um agente extintor, este agente absorve o calor do fogo e do material em combustão, como consequente resfriamento deste material. De forma geral, o resfriamento do material combustível é a forma mais comum de extinguir o fogo em edificações e o agente mais utilizado é a água;  Extinção química (quebra da cadeia de reação química): Com o lançamento ao fogo de determinados agentes extintores, suas moléculas se dissociam pela ação do calor, formando átomos de radicais livres, que se combina com a mistura inflamável resultante do gás ou vapor do material combustível com o comburente, formando uma mistura não inflamável, interrompendo a reação química em cadeia. 3.6. AGENTES EXTINTORES Segundo Brentano (2010), para se extinguir o fogo é necessário eliminar, no mínimo, um dos elementos formadores do fogo. Para isso, na maioria das vezes, deve-se utilizar a água ou certas substâncias químicas, sólidas, líquidas ou gasosas, chamadas de agentes extintores, que atuam diretamente sobre um ou mais desses
  • 19. 19 elementos. Cada material combustível tem assuas características de combustão, exigindo, com isso, formas específicas para extinguir o fogo. O agente extintor a ser utilizado deve ser apropriado, para que sua ação seja rápida e eficiente, causando o mínimo de danos à vida das pessoas, ao conteúdo e a edificação. Os principais agentes extintores utilizados são: água, espuma aquosa ou mecânica, gases inertes e pós-químicos secos. 3.6.1. A ÁGUA A água é a substância mais usada como agente extintor de incêndio por várias razões:  É a mais difundida na natureza e, portanto, a mais disponível, abundante e barata;  É a mais efetiva no combate ao fogo, porque tem grande poder de absorção de calor;  É um agente extintor seguro, não tóxico, não corrosivo e estável. Como agente extintor, a água age sobre o fogo porque tem a capacidade de resfriamento e abafamento, simultaneamente, conforme seu estado físico. No estado líquido a água pode ser utilizada na forma de;  Jato compacto, que age por resfriamento;  Jato de neblina, que age por resfriamento e abafamento (melhor ação sobre o fogo). No estado gasoso, a água pode ser usada na forma de vapor, que age unicamente por abafamento. O vapor é utilizado como agente extintor de incêndios em indústrias onde ele já é usado ininterruptamente nos processos produtivos. 3.6.2. ESPUMA AQUOSA OU MECÂNICA
  • 20. 20 A espuma aquosa ou mecânica é composta por bolhas de gás, normalmente o ar, formada a partir de uma solução aquosa de um agente concentrado líquido formador de espuma (extrato). É produzida com a agitação de uma mistura de água com extrato em determinadas proporções com a aspiração simultânea de ar atmosférico. Com a espuma é mais leve e flutua sobre o líquido combustível, extingue o fogo por abafamento e resfriamento. 3.6.3. GASES INERTES Os gases inertes mais usados nas composições são o dióxido de carbono, o nitrogênio, o argônio e outros. Desses, o mais usado, barato e um dos mais efetivos é o próprio dióxido de carbono, anídrico carbônico ou gás carbônico. Os dois últimos, embora sendo mais caros, são cada vez mais usados, como na composição do gás Inergen. São usados no combate a incêndios em equipamentos energizados eletricamente, arquivos, bibliotecas, centro de processamento de dados, etc., e em quase todos os materiais combustíveis, principalmente quando o agente extintor não deve danificar estes materiais. 3.6.4. PÓ QUÍMICO SECO Os pós-químicos secos têm com bases químicas principais o bicarbonato de sódio, o bicarbonato de potássio, o cloreto de potássio, bicarbonato de potássio-ureia e o monofosfato de amônia, misturados com aditivos que dão estabilidade ao pó frente à umidade e à aglutinação. A extinção do fogo se dá por abafamento, resfriamento e, principalmente, pelo rompimento da cadeia de reação química. Os pós químicos secos são eficientes para extinguir fogos líquidos inflamáveis, podendo ser usados no combate a fogos em alguns equipamentos elétricos energizados. O seu uso deve ser evitado em
  • 21. 21 equipamentos eletrônicos, pois o pó químico em contato com a umidade do ar corrói as placas dos circuitos atingidos. 3.7. SISTEMAS DE COMBATE AO FOGO Segundo Brentano (2010), para se combater o fogo numa edificação, devem ser usados os agentes extintores específicos para os materiais combustíveis existentes na edificação. Os sistemas de combate ao fogo que podem ser adotados de acordo com o tipo de material combustível que se quer proteger e o grau de risco da edificação são:  Sistema de extintores de incêndio. Este sistema é o obrigatório em todas as edificações;  Sistema de hidrantes e de mangotinhos;  Sistema de chuveiros automáticos (“sprinklers”);  Sistema de projetores de água;  Sistema de espuma mecânica;  Sistema fixo de gases. 3.8. MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO Para se alcançar um grau de eficácia contra incêndios, quanto a sua concepção e operacionalidade, são preconizadas pelas normas técnicas e legislações vigentes medidas de proteção. As medidas de proteção podem ser divididas em:  Passivas ou preventivas: Estas medidas têm por objetivo minimizar as possibilidades da eclosão de um princípio de fogo, bem com reduzir a probabilidade de seu alastramento;  Ativas ou de combate: Estas medidas visam agir sobre o fogo já existente, para extingui-lo ou, então, controlá-lo até à chegada do corpo de bombeiros ao local, criando facilidades para que este combate seja o mais eficaz possível.
  • 22. 22 As principais medidas de proteção preventiva ou passiva nas edificações são:  Afastamento entre edificações;  Segurança estrutural das edificações;  Compartimentações horizontais e verticais;  Saídas de emergência;  Sistema de controle e detecção da fumaça de incêndio;  Sistema de detecção de calor;  Instalação de sistema DRR-disjuntor referencial residual;  Controle dos materiais de revestimento e acabamento;  Controle das possíveis fontes de incêndio;  Sistema de proteção contra descargas atmosféricas;  Central de gás;  Acesso de viaturas do corpo de bombeiros junto à edificação;  Brigada de incêndio. As principais medidas de proteção ativa ou de combate a focos de fogo são:  Sistemas de detecção e de alarme de incêndio;  Sistema de sinalização de emergência;  Sistema de iluminação de emergência;  Sistema de extintores de incêndio;  Sistema de hidrantes ou de mangotinhos;  Sistema de chuveiros automáticos (“sprinklers”);  Sistema de espuma mecânica para combate em alguns tipos de riscos;  Sistema fixo de gases limpos ou CO2 para combate a incêndios em alguns tipos de riscos.
  • 23. 23 3.9. PROJETOS Segundo Brentano (2010), a vida humana é o objetivo principal e, como tal, sempre deve ser pensado como sendo o mais importante e delineador de todos os parâmetros determinantes do projeto da edificação. Os projetos dos meios de proteção para os ocupantes da edificação dependem do tipo de ocupação da mesma, como:  Quais são as atividades desenvolvidas na edificação?  Quais são as possíveis fontes de fogo na edificação?  Que produtos combustíveis são usados ou existem na edificação?  Que características físicas ou mentais possuem seus ocupantes?  Como pode ser o comportamento dos mesmos durante uma emergência de incêndio? Também, merece destaque a proteção do patrimônio, pois os investimentos são bastante elevados, e, consequentemente, as perdas por decorrência de um incêndio. Muitas medidas de segurança que devem ser tomadas e só podem ser executadas quando previstas no projeto arquitetônico, porque envolvem áreas e volumes das edificações. Para tanto, podemos afirmar da importância do projeto arquitetônico como o início da proteção contra incêndios. O projeto de prevenção contra incêndios são todas as medidas de proteção contra incêndios de uma edificação que devem ser tomadas, tanto passivas como ativas, devendo ser encaminhado aos órgãos públicos competentes para análise e aprovação. O projeto é constituído por um conjunto de documentos escritos e gráficos. O projeto arquitetônico e o projeto de COSCIP devem ser focados em duas premissas básicas:  Evitar o início do fogo. Para isso, no projeto da edificação devem estar previstas todas as medidas construtivas para que seja evitado que o fogo aconteça;
  • 24. 24  Havendo a ocorrência de foco de fogo, devem ser previstos meios apropriados para a desocupação com segurança e rapidez da edificação e instalações adequadas para que seja isolado no seu local de origem e combatido de forma rápida e eficaz. 3.10. DETALHAMENTO DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO 3.10.1. ISOLAMENTO DE RISCOS Conforme descrito no item 2.4 PROPAGAÇÃO DO FOGO, o fogo se propaga entre edifícios isolados através de radiação térmica, através das aberturas nas fachadas, cobertura da edificação e pelas chamas que alcançam a edificação vizinha; através de convecção, quando os gases quentes emitidos por uma edificação atingem a edificação vizinha; ou através da condução, quando as chamas se propagam de uma edificação para a outra. Para que haja o isolamento, deve-se se ter afastamentos mínimos entre edificações e compartimentações horizontais e verticais na própria edificação para confinar o fogo durante um determinado período, de maneira que permita a saída segura de seus ocupantes, e que também o combate possa ser iniciado evitando a propagação do fogo. Também, para facilitaras operações de resgate, evitar ou retardar o colapso parcial ou total da edificação e para minimizar os danos às edificações vizinhas e à infraestrutura pública. 3.10.2. COMPARTIMENTAÇÃO VERTICAL E HORIZONTAL Para que seja evitada a propagação do fogo, deve-se compartilhar fisicamente a edificação, visando dividir a mesma em células que tenham capacidade de suportar a queima dos materiais combustíveis, impedindo e minimizando seu alastramento. Uma compartimentação elaborada corretamente depende dos elementos construtivos utilizados e suas características físicas que fazem com que ele resista a
  • 25. 25 determinado tempo à ação do fogo. Ela deve possuir três características construtivas básicas, como a estabilidade estrutural, a estanqueidade às chamas, gases e fumaça e por fim o isolamento térmico durante um tempo predeterminado. Assim as compartimentações de isolamento podem ser do tipo horizontal e vertical. A compartimentação horizontal se destina a impedir a propagação do fogo no plano horizontal do pavimento de origem para outros ambientes ou setores do mesmo pavimento através de aberturas diversas existentes entre eles ou para edificações vizinhas através de janelas das fachadas. Ela pode obtida através de paredes e portas corta-fogo, registros corta fogo nos dutos que transpassam as paredes corta- fogo, selagem corta-fogo da passagem de cabos elétricos e tubulações das paredes corta-fogo e afastamento horizontal entre janelas de setores compartimentados. A compartimentação vertical se destina a impedir a propagação do fogo do pavimento de origem para os pavimentos consecutivos no plano vertical através de aberturas diversas existentes entre eles ou para as edificações vizinhas através das janelas das fachadas. Ela pode ser obtida através de lajes corta-fogo, enclausuramento de escadas através de paredes e portas corta-fogo, registro corta- fogo em dutos que intercomunicam os pavimentos, selagem de abas verticais ou abas horizontais projetando-se além da fachada, resistentes ao fogo, separando as janelas de pavimentos consecutivos. Segundo Brentano (2010), a compartimentação é a forma mais econômica e eficaz de se proteger passivamente do fogo uma edificação. 3.10.3. RESISTÊNCIA DAS ESTRUTURAS AO FOGO Sempre que ocorre um incêndio em uma edificação de forma generalizada, a temperatura alcança níveis tão elevados que, a estrutura normalmente não suporta. Para isso, elas devem ser projetadas e construídas dentro de certos padrões mínimos de desempenho, com os objetivos de:  Que os materiais de revestimento e acabamento não só não propaguem o fogo como não contribuam para o mesmo;
  • 26. 26  Que as paredes de compartimentação permitam evitar e retardar a propagação das chamas, do calor e da fumaça;  Evitar o colapso estrutural parcial ou total da edificação. A estrutura de uma edificação deve resistir ao permitindo que os seus ocupantes consigam sair em segurança, garantir condições para se combater o fogo pelo socorro externo e minimizar as possíveis perdas materiais, inclusive de edificações vizinhas. 3.10.4. RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS AO FOGO Cada material componente de uma edificação possui características que auxiliam ou não no combate a um foco de incêndio. As características construtivas da edificação, as características e quantidade dos materiais utilizados na obra e os materiais combustíveis depositados no local estão relacionados aos níveis elevados de temperatura que o incêndio possa alcançar, sob o ponto de vista de sustentar a combustão e propagar as chamas. Na queima do material combustível, um fator importante a ser considerado é a fumaça. Em função da quantidade e opacidade da fumaça, o material pode provocar empecilhos à fugadas pessoas e ao combate do incêndio. Os materiais empregados em uma edificação possuem dois objetivos;  Dificultar o alastramento de um foco de incêndio;  Limitar a severidade do ambiente onde o fogo se originou. 3.11. CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES Esta classificação é importante porque a partir dela serão definidas as condições construtivas de prevenção à eclosão de foco de fogo na edificação e os equipamentos necessários para o combate efetivo, caso ele ocorra.
  • 27. 27 3.11.1. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO AO RISCO Para elaboração do COSCIP é necessária à consulta à tabela de tarifa de Seguro- Incêndio do Brasil que classifica os tipos de ocupação de cada edificação. De acordo com esta tabela, o Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) apresenta as seguintes classes de ocupação quanto ao risco: Classe A (risco baixo), Classe B (risco médio) e Classe C (risco alto).Conforme a NBR 12693/2013, os tipos de ocupação de cada edificação são classificados de acordo com a carga de incêndio especifica, podendo ser de risco baixo, risco médio ou risco alto. 3.11.2. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO A SUA OCUPAÇÃO Esta classificação é necessária para um correto dimensionamento do COSCIP, cujo valor será utilizado na determinação do cálculo de população, sendo seus parâmetros importantes para verificarmos a proteção necessária na elaboração do mesmo. Para tal classificação utilizamos a Tabela 1 da NBR 9077/2001. 3.11.3. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO A SUA ALTURA Segundo Brentano (2010), considerando as medidas de proteção contra incêndio devem ser implementada três alturas:  Altura descendente (hd): Esta altura é definida como a diferença de nível entre o piso do último pavimento-tipo ou pavimento habitável e o nível do piso do pavimento de descarga que dá acesso ao passeio público;  Altura ascendente (ha): Esta altura é definida com a diferença de nível entre o piso mais baixo da edificação, no caso o subsolo ou o último subsolo, quando houver mais de um, e o nível do pavimento de descarga que dá acesso ao passeio público;
  • 28. 28  Altura real ou total (ht): Esta altura é definida como o desnível entre a saída para a via pública do nível de descarga mais baixo e o nível mais alto de qualquer edificação, geralmente o topo do reservatório superior de água fria. Ela é utilizada no dimensionamento do sistema de proteção de descargas atmosféricas (SPDA). A altura é um fator importante no correto dimensionamento do COSCIP, pois com edificações cada vez mais altas, precisamos verificar os sistemas adequados para cada empreendimento. Para tal classificação utilizamos a Tabela 2 da NBR 9077/2001. 3.11.4. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO A SUA ÁREA OU DIMENSÕES EM PLANTA A área do pavimento ou de toda a edificação é um parâmetro determinante para a escolha do tipo de proteção contra o fogo a ser utilizado. Segundo Brentano (2010), as edificações são classificadas em dois grandes grupos, para todas as ocupações com área:  Inferior ou igual a 750 m²;  Superior a 750 m². As edificações são classificadas quanto às suas dimensões em planta de acordo com a Tabela 3 da NBR 9077/2001. 3.11.5. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO ÀS SUAS CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS As edificações podem apresentar maior ou menor facilidade para a propagação do fogo, conforme as suas concepções arquitetônicas e estruturais e os materiais utilizados. As edificações são classificadas quanto às suas características construtivas de acordo com a Tabela 4 da NBR 9077/2001.
  • 29. 29 3.11.6. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO A SUA CARGA DE INCÊNDIO Para entender esta classificação, deve se compreender a designação de carga de incêndio e de carga de incêndio especifica. Carga de incêndio na edificação é a soma da adição das energias caloríficas possíveis de serem liberadas pela combustão completa de todos os materiais combustíveis contidos num ambiente, pavimento ou edificação, inclusive os revestimentos das paredes, divisórias, pisos e tetos. Carga de incêndio especifica é o valor da carga de incêndio total dividido pela área de piso correspondente, expresso em megajoules por metro quadrado (Mj/m²). As cargas de incêndio específicas podem ser determinadas por valores característicos nas edificações e áreas de risco, conforme a ocupação e uso específico, de acordo com a Tabela A.1 da NBR 12693/2013. As edificações quanto a sua carga de incêndio especifica, de acordo com a NBR 12693/2013 podem ser classificadas em risco baixo, risco médio e risco alto. Segundo Brentano (2010), as edificações quanto a sua carga de incêndio especifica podem ser classificadas de acordo com detalhamento do Quadro 1.
  • 30. 30 3.12. CÁLCULO DA POPULAÇÃO A importância do cálculo da população em uma edificação se dá pelo fato de fornecer dados para o dimensionamento das saídas de emergência, independentemente do número real de ocupantes da mesma. Segundo Brentano (2010), o cálculo da população é determinado pela sua ocupação, área do pavimento ou da edificação, obtida pelo projeto arquitetônico e pela sua densidade ocupacional, obtida pela Tabela 4 da NBR 9077/2001. A fórmula utilizada é: P = A x Do; Onde: P = População em número de pessoas; A: Área do ambiente, pavimento ou edificação em m²; Do: Densidade ocupacional, em nº de pessoas/m². 3.13. SAÍDAS DE EMERGÊNCIA Segundo Brentano (2010), a saída de emergência ou rota de saída de emergência é um caminho contínuo, devidamente protegido, sinalizado e iluminado, constituído por portas, corredores, vestíbulos, escadas, rampas, saguões, passagens externas, etc., a ser percorrido pelos ocupantes, por seus próprios meios, em caso de incêndio ou de outra emergência, a partir de qualquer ponto da edificação, até atingir a via pública ou outro espaço externo devidamente seguro. De acordo com a NBR 9077/2001, os objetivos básicos das saídas de emergência são possibilitar que os seus ocupantes se desloquem com segurança por seus próprios meios, de qualquer ponto da edificação para um lugar livre da ação do fogo, calor, fumaça e gases, independente da origem do fogo. Também, se deve permitir o acesso externo do corpo de bombeiros, para efetuar de forma rápida e segura o salvamento dos ocupantes. As saídas de emergência devem atender as determinações legais de acessibilidade às edificações dispostas na NBR 9050/2004. Também devem possuir uma rota
  • 31. 31 acessível para um trajeto contínuo, desobstruído e sinalizado, que conecta os ambientes das edificações, e que possa ser utilizada de formas autônomas e segura por todas as pessoas, inclusive aquelas com deficiência física ou mobilidade reduzida. As rotas das saídas de emergência compreendem de forma geral:  No plano horizontal: São considerados todos os caminhos ou espaços localizados no interior dos pavimentos, que podem dar acesso a uma área de refúgio no mesmo pavimento ou diretamente às escadas, rampas ou elevadores de emergência. Estas rotas podem ser corredores, passarelas, varandas, terraços, sacadas, etc;  No plano vertical: São considerados todos os caminhos ou meios utilizados para se deslocar entre pavimentos de diferentes níveis, que dão acesso a áreas de refúgio ou ao pavimento de descarga. Estas rotas são escadas, rampas e elevadores de emergência. Os elementos de cálculo necessários para o dimensionamento das rotas de saída de emergência de uma edificação são:  Cálculo da população de acordo com a sua ocupação;  Cálculo do número de unidades de passagem necessário;  Distâncias máximas a serem percorridas;  Determinação do número mínimo de saídas de emergência;  Tempo necessário para a desocupação total da edificação. 3.14. CÁLCULO DO NÚMERO DE UNIDADES DE PASSAGEM Conforme a NBR 9077/2001, a largura das saídas deve ser dimensionada de acordo com a população que por ela transitar, sendo que os acessos são dimensionados em função da população de cada pavimento, porém as escadas, rampas e descargas são dimensionadas em função do pavimento de maior população, considerando-se o sentido da saída.
  • 32. 32 Para o cálculo do número de unidades de passagem necessário nas rotas de saída de emergência usa-se a formula: N = P / C Onde: N = Número de unidades de passagem; P = População do ambiente, pavimento ou edificação, em nº de pessoas; C = Capacidade da unidade de passagem, em nº de pessoas por minuto/ unidadede passagem, de acordo com a ocupação da edificação, de acordo com a tabela 5 da NBR9077/2001. As larguras mínimas das saídas de emergência estipuladas pela NBR 9077/2001, são as seguintes: a) 1,10m, correspondendo a duas unidades de passagem e 55cm, para as ocupações em geral, ressalvado o disposto a seguir; b) 2,20m, para permitir a passagem de macas, camas, e outros, nas ocupações do grupo H, divisão H-3. As larguras das saídas deve ser medida na sua parte mais estreita, não sendo admitidas saliências de alisares, pilares e outros, com dimensões maiores que 10x25 cm. 3.15. NÚMEROS MÍNIMOS DE SAÍDAS DE EMERGÊNCIA O número mínimo de saídas exigidas para os diferentes tipos de ocupação é determinado em função da sua altura, dimensões em planta e características construtivas década edificação, de acordo com Tabela 7 da NBR 9077/2001. Também, admite-se saída única em habitações multifamiliares (A-2), quando não houver mais de quatro unidades autônomas por pavimento. 3.16. DISTÂNCIAS MÁXIMAS A SEREM PERCORRIDAS
  • 33. 33 Consiste na distância entre o ponto mais afastado e o acesso a uma saída de emergência segura, devendo sempre considerar o risco à vida humana decorrente do fogo, podendo variar de acordo com a ocupação, características construtivas da edificação e a existência de chuveiros automáticos para a contenção dos incêndios. As distancias máximas a serem percorridas constam na Tabela 6 da NBR 9077/2001. Segundo Brentano (2010), as saídas e as escadas devem ser localizadas de forma a propiciar efetivamente aos ocupantes a oportunidade de escolher a melhor rota de saída, mas para isso devem estar suficientemente afastadas umas das outras. 3.17. DESCARGA Descarga ou área de descarga é o trecho da rota de saída de emergência de uma edificação constituída pelo espaço entre o término de uma escada, rampa ou elevador de emergência e uma porta, que dá acesso a uma área externa protegida ou para a via pública. A descarga pode ser constituída por:  Corredor ou saguão enclausurado;  Área aberta com pilotis;  Corredor a céu aberto. 3.18. TEMPO NECESSÁRIO PARA A DESOCUPAÇÃO Um dado importante nas saídas de emergência é o tempo necessário para que toda a edificação seja desocupada numa situação de incêndio, considerando as diversidades de possibilidades de locomoção e de velocidade de deslocamento de seus ocupantes. Segundo Brentano (2010), recomenda-se para as velocidades médias de deslocamentos e o tempo máximo de desocupação a seguir:
  • 34. 34  Velocidade de deslocamento Trajetos horizontais = 20 m/min. o Escadas = 5 m/min;  Tempo máximo para a desocupação total de uma edificação = 20 min. 3.19. CORREDORES Os corredores têm um papel fundamental na evacuação de uma edificação, sendo que nos mesmos recomenda-se ter paredes revestidas com materiais resistentes ao fogo e que não desprendam gases tóxicos e fumaça. Além disso, corredores longos devem possuir aberturas para exaustão. Os corredores devem arbitrar as seguintes considerações:  Permitir o fluxo fácil de todos os ocupantes dos pavimentos da edificação;  Permanecer totalmente desobstruídos e livres de quaisquer obstáculos em todos os pavimentos;  Ter larguras mínimas de acordo com as unidades de passagem;  Devem possuir pé-direito mínimo de 2,50m, conforme NBR 9077/2001;  Ter sinalização visual, sonora e tátil junto as portas que dão acesso às escadas e nos seus corrimãos;  De desníveis máximos de 5mm. Na forma de rampa com desníveis de 5 até 15mm. Em degraus e ser sinalizados como tais, acima de 15mm. 3.20. PORTAS As portas das rotas de saída e aquelas das salas com capacidade acima de 50 pessoas e em comunicação com os acessos e descargas devem abrir no sentido do trânsito de saída e não podem ser trancadas. Em salas com capacidade acima de 200 pessoas, as portas de comunicação com os acessos, escadas e descarga devem ser dotadas de ferragem do tipo antipânico, conforme NBR11785/1997.
  • 35. 35 Segundo Brentano (2010), as portas de saídas de emergência devem ter as seguintes dimensões mínimas de vão de luz:  80 cm, valendo por uma unidade de passagem;  1,00m, valendo por duas unidades de passagem;  1,50m, em duas folhas, valendo por três unidades de passagem;  2,00m, com duas folhas, valendo por quatro unidades de passagem. Acima de 2,20m de vão de luz é exigida a divisão do vão por uma coluna central. As portas de saída de emergência incluídas na rota de fuga são elementos importantes para a contenção e proteção contra o fogo, sendo definidas como corta- fogo (PCF), resistente são fogo (PRF) e à prova de fumaça pressurizada (PF), conforme a NBR 11742/2003. 3.21. ESCADAS As escadas podem ter diversas formas, larguras e degraus, porém qualquer escada de uma edificação deve ser incombustível, os elementos estruturais oferecerem resistência ao fogo de, no mínimo de 2 hs, ser dotadas de guarda-corpos nos seus lados abertos e corrimãos, ter pisos e patamares em condições antiderrapantes. Para correto dimensionamento de uma escada devemos observar a largura da escada, altura e largura dos degraus, bocel e comprimento dos patamares. De acordo com a NBR 9077/2001, os degraus devem atender as seguintes condições geométricas: a) Ter a altura do espelho “h” compreendida entre 16 e 18cm, com tolerância de 0,5cm; b) Ter a largura da base do piso “b” calculada pela fórmula: 63 cm £ (2h + b) £ 64 cm. As escadas devem ter um patamar a cada 3,70m de desnível, no mínimo, e sempre que houver mudança de direção.
  • 36. 36 Os patamares das escadas devem atender às seguintes condições:  Eles não podem ter degraus;  Nas mudanças de direção eles devem estar totalmente planos, com largura mínima igual à largura da escada que servem;  Devem ter o comprimento calculado pela formula de Blondel, não interessando a largura da escada: P = (2h + b) n + b; Sendo: P = Comprimento do patamar em cm; H = Altura do espelho do degrau em cm; B = Largura da base do degrau em cm; N = Número inteiro igual a 1, 2 ou 3. Segundo Brentano (2010), as escadas, que podem ser utilizadas nas saídas de emergência, pode ser dos seguintes tipos:  Escada enclausurada protegida (EP): É uma escada devidamente ventilada, situada em ambiente envolvido por paredes resistentes ao fogo por um tempo mínimo de 2 horas, dotadas de portas corta-fogo PCF/P-90 e com continuidade até uma saída final para um local que ofereça segurança às pessoas;  Escada enclausurada à prova de fumaça (EPF) ou (PF): É uma escada cuja caixa é constituída por paredes resistentes ao fogo por 4 horas, no mínimo, e dotada de portas corta-fogo estanques à fumaça PCF/P-60, cujo acesso é por antecâmara, igualmente enclausurada e com porta corta-fogo PCF/P-60, ou local aberto, como varanda, balcão ou terraço, de modo a evitar a entrada de fogo, de calor e de fumaça em caso de incêndio e que tenha continuidade até uma saída final para um local que ofereça segurança às pessoas;  Escada enclausurada à prova de fumaça pressurizada (PFP): É a escada cuja caixa é constituída por paredes resistentes ao fogo por 4 horas, no mínimo, e dotada de portas corta-fogo estanques à fumaça PCF/P-60, cujo acesso é por antecâmara, igualmente enclausurada, ou local aberto, que tem
  • 37. 37 estanqueidade à fumaça obtida por sistema de pressurização, que mantém a pressão interna sempre maior que a dos ambientes contíguos;  Escada não enclausurada ou escada comum (NE): É a escada que, embora possa fazer parte de uma rota de saída de emergência, se comunica diretamente com os demais ambientes como corredores, saguões, etc., em cada pavimento, não possuindo portas corta-fogo. Escada aberta externa (AE): É a escada que tem projeção fora do corpo principal da edificação, isolada da fachada por parede com resistência ao fogo por 2 horas, no mínimo, sendo dotada de guarda-corpo ou gradil e corrimão sem toda a sua extensão. 3.22. GUARDA-CORPOS E BALAUSTRADAS As escadas e rampas em saídas de emergência devem ser protegidas de ambos os lados por paredes ou guarda-corpos contínuos sempre que houver qualquer desnível maior que 19cm. A altura das guardas, internamente, deve ser, no mínimo, de 1,05m ao longo de patamares, corredores, mezaninos, e outros; podendo ser reduzida para 92cm nas escadas internas, quando medida verticalmente do topo da guarda a uma linha que uma as pontas dos bocéis ou quinas dos degraus. A altura das guardas em escadas externas, de seus patamares, de balcões e assemelhados, quando a mais de 12 metros acima do solo adjacente, deve ser de, no mínimo 1,30m. As guardas constituídas por balaustradas, grades, telas e assemelhados, deverão ter aberturas de no máximo de 15cm de diâmetro. 3.23. CORRIMÃOS
  • 38. 38 Os corrimãos são elementos fundamentais no ordenamento e no trânsito da população numa saída de emergência por ocasião de uma situação de incêndio, diminuindo as possibilidades de quedas e as consequentes obstruções no caminho. Além disso, os corrimãos devem ter uma forma arredondada facilmente adaptada à forma anatômica da mão, permitindo serem agarrados facilmente, devendo ter um deslizamento contínuo, fácil e confortável em toda a sua extensão. Não são aceitos corrimão sem saídas de emergência constituídos de elementos com arestas vivas. Conforme a NBR 9077/2001, os corrimãos devem estar afastados 40 mm, no mínimo, das paredes ou guardas às quais forem fixados, e prolongados, no mínimo 30cm além da projeção do primeiro degrau. Também, devem ter seção circular ou semicircular com diâmetro entre 38 e 65mm, e a altura deve estar situada entre 80 e 92cm acima do nível do piso. As extremidades dos corrimãos intermediários devem ser dotadas de balaústres ou outros dispositivos para evitar acidentes. 3.24. SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA O projeto de sinalização de emergência deve ser elaborado adotando os procedimentos previstos nas normas técnicas: NBR 9077/2011 – Saídas de emergência em edifícios, NBR 13434-1/2004 – Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – Parte 1: Princípios de projeto, NBR 13434-2/2004 - Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – Parte 2:Símbolos e suas formas, dimensões e cores e a NBR 13434-3/2004 - Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – Parte 3: Requisitos e métodos de ensaio. Conforme a NBR 9077/2001, a sinalização de saída é obrigatória em acessos e descargas de escadas de emergência em geral, em prédios não – residenciais (isto é, excluídas as edificações do grupo A); em locais de reunião de público (grupo F), mesmo quando não dotados de escadas; e nas edificações das ocupações B, C, D, E, H, quando classificadas em O(área maior que 750 m²). A sinalização de emergência tem como propósito orientar e guiar os ocupantes de uma edificação, podendo ser preventiva e ativa ao combate a incêndio. Elas
  • 39. 39 objetivam identificar e alertar para os pontos de riscos potenciais de incêndio, com a finalidade da redução da ocorrência de incêndios, orientação da localização dos equipamentos de combate ao fogo e indicar as saídas de emergência, entre outras. A sinalização de emergência possui quatro categorias distintas, de acordo com a sua função, as denominamos como sinalização de condições de orientações e salvamento, alerta, proibição e de indicação de equipamentos de combate a incêndios. Segundo Brentano (2010), diferenciamos as sinalizações de emergências pela cor de cada placa de identificação dentro de um sistema de prevenção e proteção contra incêndio, sendo determinadas assim:  Vermelho: Identifica as placas de proibição ou identificando os equipamentos de combate a incêndios e alarme;  Amarelo: Identifica as placas de alerta e sinais de perigos;  Verde: Identifica as placas de orientação e salvamento. As imagens ou símbolos das placas de sinalização podem ser: A Preta: Utilizada nas placas de proibição e alerta. O Verde: Utilizadas nas placas de orientação e salvamento. A Branca: Utilizada nas placas de identificação dos equipamentos de combate a incêndios e de orientação e salvamento. Esta deverá ser fotoluminescente. A fixação das sinalizações nas paredes deve ser no mínimo a 1,50m do piso acabado à base da sinalização, sendo que a distância máxima entre as mesmas deve ser entre 13 e 15m. As sinalizações em portas das rotas de saída de emergência devem estar fixadas imediatamente acima das portas, no máximo 10 cm acima da verga à base da sinalização; diretamente na folha da porta, centralizada, a uma altura de 1,80m do piso à base da sinalização ou logo acima da barra antipânico com orientação do seu acionamento. 3.25. ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA
  • 40. 40 A iluminação de emergência tem como objetivo substituir a iluminação artificial normal, que deve ser desligada ou pode falhar em caso de incêndio, por fonte de energia própria que assegure um tempo mínimo de funcionamento. Ela deve garantir, durante este período, um nível mínimo de iluminância para proporcionar a saída com rapidez e segurança dos ocupantes de uma edificação. De acordo com o Decreto Estadual n° 38.273 de 09 de março de 1998, o artigo 12, trata da instalação de iluminação de emergência que deverá ser instaladas nas edificações previstas na NBR 9077/2001 – Saídas de emergência em edifícios e a NBR 10898/2000 – Sistema de iluminação de emergência. De acordo com a NBR 10898/2000, dois métodos de iluminação de emergência são possíveis:  Iluminação permanente: As lâmpadas de iluminação de emergência são alimentadas pela rede elétrica da concessionária, sendo comutadas automaticamente para a fonte de alimentação de energia alternativa em caso de falta e/ ou falha da fonte normal;  Iluminação não permanente: As lâmpadas de iluminação de emergência não são alimentadas pela rede elétrica da concessionária e, só em caso de falta desta fonte normal, são alimentadas automaticamente pela fonte de energia alternativa. Podem ser encontrados dois tipos de iluminação de segurança contra incêndios:  Iluminação de aclaramento: Destina-se a iluminar as rotas de saídas de tal forma que os ocupantes não tenham dificuldades de evacuar a edificação;  Iluminação de balizamento: Destina-se a iluminar os obstáculos e a sinalização, e que indicam as rotas de saída, orientando a direção e o sentido a ser tomado pelos ocupantes da edificação em caso de emergência. 3.26. EXTINTORES DE INCÊNDIO A NBR 12693/2013 estabelece os requisitos exigíveis para projeto, seleção e instalação de extintores de incêndio portáteis e sobre rodas, em edificações e áreas de risco, para combate a princípio de incêndio.
  • 41. 41 Extintores de incêndio são utilizados com primeira linha de ataque contra incêndio de tamanho limitado. Eles são necessários mesmo que o local esteja equipado com chuveiros automáticos, hidrantes e mangueiras. Este sistema é obrigatório em todas as edificações, exceto em residências unifamiliares, independente de qualquer outra medida de proteção. Os extintores podem ser dois tipos, os portáteis e os sobre rodas (carreta). Segundo Brentano (2010), o número mínimo de extintores de incêndio necessários para a proteção contra incêndios de uma edificação é determinado:  A classe de risco da edificação a ser protegida e a respectiva área;  A classe do fogo a ser extinto;  A seleção do agente extintor;  A capacidade extintora do extintor de incêndio;  A área máxima a ser protegida por extintor e a distância máxima a ser percorrida pelo operador;  O número mínimo necessário de extintores de incêndio. De acordo com a NBR 12693/2013, cada pavimento deve possuir no mínimo duas unidades extintoras, sendo que uma para incêndio classe A e outra para incêndio classe B e classe C. É permitida a instalação de duas unidades extintoras de pó ABC. Também deve haver no mínimo um extintor de incêndio distante a não mais de 5m da porta de acesso da entrada principal da edificação, entrada do pavimento ou entrada da área de risco. Os extintores portáteis devem ser instalados nas seguintes condições: a) Sua alça deve estar no máximo a 1,60m do piso acabado; b) O fundo, sua parte inferior, deve estar no mínimo a 0,10m do piso acabado, mesmo apoiado em suporte. Recomenda-se que os extintores estejam onde haja a menor probabilidade de o fogo bloquear seu acesso, seja visível e de fácil retirada, que permaneça protegido contra intempéries e danos físicos em potencial e não fique instalado em escadas.
  • 42. 42 Os locais destinados aos extintores devem observar os campos visuais, vertical e horizontal, através de sinalização de paredes ou pintura sob o piso em área industrial e depósitos. O sistema de proteção contra incêndios, através de extintores, deverá ser instalado conforme o projeto e passar por manutenções e inspeções conforme legislação vigente. 3.27. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS Estabelece que toda a edificação com mais detrês pavimentos ou área total construída maior de 750m² deverão ter sistema de proteçãocontra descargas atmosféricas (SPDA), projetado e executado de acordo com a NBR5419/2005 – Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. A determinação da projeção ou instalação do SPDA varia de acordo com o tipo, ocupação e o porte da edificação. Este sistema pode ser relevante na proteção contra sinistro, não assegurando uma proteção absoluta, mas reduzindo significativamente a redução de riscos e danos nas edificações. O sistema de proteção contra descargas atmosféricas consiste em captores, condutores de descida e sistema de aterramento. Os captores têm a função de interceptar as descargas atmosféricas, podem ser constituídos de hastes, cabos esticados, condutores em malha e naturais. Os métodos usados nos projetos de captores podem ser: a) Método Franklin – ângulo de proteção; b) Método de Faraday – condutores em malha ou gaiola; c) Modelo eletromagnético – esfera rolante e fictícia. Um sistema de SPDA único e integrado a estrutura da edificação constitui a melhor solução e assegura uma proteção completa a todas as instalações existentes na edificação.
  • 43. 43 O projeto do SPDA deverá ser elaborado e executado por profissional técnico habilitado (Engenheiro Eletricista) que será anexado ao Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico. 4. METODOLOGIA 4.1. DESCRIÇÕES DO ESTUDO Este estudo objetiva aprofundar os conhecimentos adquiridos Técnico de Segurança do trabalho, com ênfase em Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico. A pesquisa realizada foi através do estudo de um caso, analisando-se uma edificação escolar. Este método envolve o estudo profundo do objeto, de maneira a se obter o seu conhecimento amplo. Logo, foi necessária a revisão bibliográfica das normas, legislação e artigos que abordam o tema sobre a proteção contra incêndios nas edificações. O estudo deste caso trata-se de uma pesquisa qualitativa, uma vez que os dados da edificação podem ser descritos tecnicamente a fim de obter-se uma análise do COSCIP e de uma pesquisa quantitativa, pois dos dados obtidos através da análise e interpretação da pesquisa descritiva podem ser expressos mediante símbolos numéricos. Ida até o corpo de bombeiros, buscando atualizar-se nas normas. 4.2. DESCRIÇÕES DO OBJETO EM ESTUDO O estudo de caso foi desenvolvido no CENTRO INTEGRADO SERGIO ROGERIO DE CASTRO, construído à Rua EPHIFANIO PONTIN, 985, VILA NOVA, ARACRUZ- ES. A Edificação é composta por5 blocos distribuídos:
  • 44. 44  Bloco Administrativo, contendo salas para atendimento à saúde e segurança do trabalho, salas administrativas, sede da Regional Findes e gerência da unidade;  Bloco de Convivência, contendo biblioteca, banheiros para alunos e funcionários e área de lazer;  Bloco de salas de aulas, contendo 12 salas climatizadas;  Bloco Eletroeletrônico, contendo salas de aulas e laboratórios;  Bloco Metalmecânica, contendo salas de aulas e laboratórios;  Subestação de energia e parte estrutural, como caixa d'água, estacionamento externo e área de carga e descarga e um estacionamento externo possuindo uma área total de 28,3 mil m². 4.3 - LEGISLAÇÃO E NORMAS UTILIZADAS A legislação de proteção contra incêndios nas edificações do Estado do Espirito Santo. Art 1º 20.7.1978 e 7.990, de 25.5.2005 que dizem respeito ao serviço de segurança das pessoas e de seus bens, contra incêndio e pânico. Art. 2º Compete ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo - CBMES estudar, analisar, planejar, normatizar, exigir e fiscalizar todo o serviço de segurança das pessoas e de seus bens, contra incêndio e pânico, conforme disposto nesta Lei e em sua regulamentação. A legislação nacional sobre proteção contra incêndios é a Norma Regulamentadora 23da Portaria 3214/1978 do Ministério do Trabalho e Emprego. A Lei nº 5.194 trata das atividades do CREA como órgão de fiscalização profissional, nesta Lei Federal consta também que todo o sistema de prevenção e proteção contra incêndio deve ter Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). Caso contrário, o sistema sem ART caracteriza o exercício ilegal da profissão, estando o responsável sujeito a rigor da lei. Para a elaboração de um COSCIP é importante ter conhecimento das exigências das normas técnicas utilizadas na proteção contra incêndios em edificações, referentes à sua ocupação, o grau de risco, o armazenamento e o
  • 45. 45 manuseio dos produtos combustíveis, os critérios para a determinação dos tipos de equipamentos que devem ser instalados, as medidas preventivas, as medidas ativas de combate, entre outros. As normas técnicas regulamentadoras e as exigências legais utilizadas na elaboração e análise deste COSCIP foram: _ DECRETO Nº 2423-R, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2009. (Alterado pelo Decreto Nº 3823-R, DE 29 de junho de 2015). Regulamenta a Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009 e institui o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico (COSCIP) no âmbito do território do Estado e estabelece outras providências. PORTA RIA N.º 192 - R, DE 10 DE MARÇO DE 2010. E dá outras providências. NORMA TECNICA- 09/10 - que disciplina a segurança contra incêndio dos elementos de construção. Norma Técnica nº 10/2013 Parte 1 do Centro de Atividades Técnicas, que estabelece as condições gerais a serem observadas para as saídas de emergência. Norma Técnica Nº 10/2010, Parte 2 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina os requisitos para a pressurização de escada de segurança no Estado do Espírito Santo. Norma Técnica nº 10/2010, Parte 4 do Centro de Atividades Técnicas, que estabelece as condições gerais a serem observadas para o dimensionamento das saídas de emergência para edificações e áreas de risco destinadas a shows e eventos; Norma Técnica nº 11/2010 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina a compartimentação horizontal e a compartimentação vertical. Norma Técnica nº 12/2009 do Centro de Atividades Técnicas do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo que versa sobre sistema de proteção por extintores. Norma Técnica nº 13/2013 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina os requisitos relacionados à iluminação de emergência. Norma Técnica nº 14/2010 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina a sinalização de emergência no Estado do Espírito Santo;
  • 46. 46 Norma Técnica nº 15/2009 do Centro de Atividades Técnicas do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo, que versa sobre sistemas de hidrantes e mangotinhos. Norma Técnica nº 17/2013 do Centro de Atividades Técnicas do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo que versa sobre sistema de detecção e alarme de incêndio. NR 23/2011 - Proteção Contra Incêndios. NBR 12.693/2013 - Sistemas de proteção por extintores de incêndio. NBR 9077/2001 – Saídas de emergência em edifícios. NBR 10898/2000 – Sistema de iluminação de emergência. NBR 5419/2005 – Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. NBR 13434-1/2004 – Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – NBR 13434-2/2004 - Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – Parte 2: Símbolos e suas formas, dimensões e cores. NBR 13434-3/2004 - Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – Parte 3: Requisitos e métodos de ensaio. NBR 14100/1998 - Proteção contra incêndio -Símbolos gráficos para projeto. NBR 15219/2005-Plano De Emergência Contra Incêndio – Requisitos. Rio De Janeiro: Associação Brasileira De Normas Técnicas. 5. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 5.1. DESCRIÇÃO DA EDIFICAÇÃO 5.1.1. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO AO RISCO A edificação em análise está classificada na classe de risco B, ou seja, risco médio de Incêndio, conforme a classificação do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), por
  • 47. 47 se tratar de Uma ocupação escolar temporária. A edificação pode ser classificada como risco médio, conforme a Tabela A.1 da NBR 12693/2013, sendo a sua ocupação escolar, descrita como escolas e com carga Específica de 300 MJ/m². 5.1.2. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO A SUA OCUPAÇÃO Quanto à ocupação, conforme a Tabela 1 da NBR9077/2001, a edificação está Enquadrada em edifícios Educacionais e cultura física de apartamentos em geral, no grupo E, Divisão E1 – Escolas em geral. 5.1.3. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO A SUA ALTURA A edificação possui uma altura descendente de 6,15m. Conforme a Tabela 2 da NBR 9077/2001, a edificação está classificada com o código M – edificações de média altura – 6,00 < H ≤12,00m. 5.1.4. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO AS SUAS DIMENSÕES EM PLANTA A edificação é composta por 5 blocos de salas teóricas e práticas compartimentados Horizontalmente entre si. Cada bloco possui por pavimento uma área de 820 m². Conforme a Tabela 3 da NBR 9077/2001, a edificação é classificada com o código P – De Edificações muito grandes – At > 5000 m2. 5.1.5. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO AS SUAS CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
  • 48. 48 Conforme a Tabela 4 da NBR 9077/2001, a edificação é classificada com o código Y, Sendo o tipo edificação com mediana resistência ao fogo e especificação com estrutura Resistente ao fogo, mas com fácil propagação de fogo entre os pavimentos. 5.1.6. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO QUANTO A SUA CARGA DE INCÊNDIO A edificação pode ser classificada com risco médio, conforme a Tabela A.1 da NBR 12693/2013, sendo a sua ocupação escolar, descrita como apartamentos e com carga Específica de 300 MJ/m². 5.1.7. CÁLCULO DA POPULAÇÃO Conforme a Tabela 5 da NBR 9077/2001, a edificação fica definida como grupo A, Divisão A-2, com uma população de 371 pessoas por bloco. O Senai em seu único pavimento, com 5 blocos de salas de aula práticas e teóricas. Por bloco possui uma média de 8 salas, resumindo, a instituição possui 49 salas no total, sendo cada bloco composto por 5 blocos, assim temos: • População de funcionários = 55; • População total de alunos = 1800 alunos; • População total de pessoas no Senai = 1855; • População total por bloco = 371 pessoas. 5.2. DEFINIÇÕES DAS EXIGÊNCIAS MÍNIMAS DE PROTEÇÃO DE UMA EDIFICAÇÃO As exigências mínimas de proteção contra incêndios em uma edificação são definidas pela sua ocupação, dimensões em planta, altura, ao risco submetido e as
  • 49. 49 suas características construtivas. Para definir-se estas exigências, precisamos entender a edificação:  A edificação é composta por um pavimento e um estacionamento externo, com uma área total de 28,3 mil m²;  O prédio possui uma área de 4.100 m²;  O prédio possui 5 blocos compartimentados horizontalmente;  Cada bloco possui uma área total de 820 m². Neste caso, o decreto nº 2423-R, de 15 de Dezembro de 2009. (Alterado pelo decreto nº 3823-R, de 29 de junho de 2015). Decreto Estadual do Espírito Santo nº 2423/R, estabelece as seguintes exigências: 1)Medidas preventivas:  Isolamento de risco – compartimentação horizontal e vertical e afastamento entre edificações;  Meio de fuga - saídas de emergência;  Sistema de proteção de descargas atmosféricas (SPDA). 2) Medidas ativas:  Meio de fuga – iluminação de emergência;  Meio de alerta – sinalização de emergência;  Meio de combate – extintores de incêndio. 5.3. DETALHAMENTOS DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO 5.3.2. SAÍDAS DE EMERGÊNCIA O projeto da rota de fuga compreende os corredores do pavimentos. Uma saída mínima obrigatória em cada bloco.
  • 50. 50 5.3.3. CÁLCULO DO NÚMERO DE UNIDADES DE PASSAGEM O número de unidades de passagens em cada bloco é de 2 unidade. Este resultado foi obtido através da divisão da população do bloco, que é de 371 Pessoas. 5.3.4. DISTÂNCIAS MÁXIMAS A SEREM PERCORRIDAS Conforme a Tabela 6 da NBR9077/2001, a edificação enquadrada no tipo Y, de qualquer grupo e divisão de ocupação e saída única, pode ter uma distância máxima a ser percorrida de até 20 metros. 5.3.5. Descarga No edifício escolar do SENAI Sérgio Rogério de castro, a descarga da rota de fuga do pavimento térreo indo ao pátio com comunicação externa com a via pública. 5.3.6. TEMPO NECESSÁRIO PARA A DESOCUPAÇÃO O tempo máximo para a desocupação total desta edificação numa situação de incêndio seria de 5 minutos, devido à baixa densidade ocupacional dos blocos, a velocidade de deslocamento de seus ocupantes e a distância máxima ser percorrida. 5.3.7. EXIGÊNCIA DE ALARME A edificação enquadra-se com ocupação como grupo A; das dimensões com o código P e da altura com o código M, portanto não é exigido alarme conforme tabela 8 da NBR 9077/2001.
  • 51. 51 5.3.8. EXIGÊNCIA DE SISTEMA DE INSTALAÇÃO HIDRÁULICA Conforme Decreto N° 37.380 de 28 de abril de 1997, a edificação requer sistema de instalação hidráulica de combate a incêndio. A edificação possui reservatórios de água no solo e cobertura. Cada reservatório possui a capacidade de 3000 litros. O passeio público nesta rua possui 1 hidrante. 5.3.9. CORREDORES Nesta edificação, os corredores funcionam como um hall, dando acesso a entrada dos blocos. Estes corredores possuem largura de 2,20 m, o pé-direito de 3,00 m, não possuem desníveis e obstruções, portanto atendendo as exigências da NBR 9077/2001. 5.3.10. PORTAS Nesta edificação, cada bloco necessita de uma unidade de passagem. Asportas das rotas de saídas são de madeira, sentido de abertura para as laterais de saída, largura de 2,20 cm, portanto atendendo as exigências da NBR 9077/2001. 5.3.11. SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA Nos blocos desta edificação, foram colocadas 61 placas de sinalização, sendo 14 placas de sinalização de orientação e 46 placas de sinalização de equipamentos de combate a incêndios. No estacionamento foram colocadas 01 placas de sinalização de equipamentos de combate a incêndios. As placas de sinalização de combate a incêndios (Extintor de Incêndio) foram colocadas na indicação da localização dos extintores de incêndio, de acordo com as
  • 52. 52 exigências dos requisitos da NBR 12693/2013, a qual especifica que os extintores devem estar visíveis e sinalizados conforme NBR 13434-1/2004. 5.3.12. ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA A edificação possui sistema de iluminação de emergência, atendendo as exigências do Decreto Estadual n° 38.273 de 09 de março de 1998 e a NBR 10898/2000. Nos blocos foram instaladas luminárias de emergência em cada pavimento das escadas e na porta da saída de cada bloco, correspondendo à identificação da rota de saída. O sistema de iluminação é do tipo de aclaramento e o método é de iluminação permanente. As luminárias totalizam 10 unidades, sendo tipo fluorescente de 16w, totalizando uma potência de 160W. 5.3.13. EXTINTORES DE INCÊNDIO O Centro Integrado Sergio Rogerio de Castro é identificado com a natureza do fogo com as classes A, B e C; e quanto a risco em médio de acordo com a sua carga de incêndio específica. Distribuição do s extintores existentes na escola BLOCO TIPO LOCAL A1 Extintor Água Pressurizada – 10 litros Entre sala 6 e 5 A2 Extintor Água Pressurizada – 10 litros Em frente sala 09 entre os dois lab de informática
  • 53. 53 A3 Extintor CO2 – 6Kg Entre sala 4 e 5 A4 Extintor CO2 – 6Kg Entre sala 11 e LIED BLOCO TIPO LOCAL B1 Extintor de Agua - 10 L Em frente ao banheiro de funcionários masculinos B2 Extintor CO2 – 6 Kg Entre sala de espirometria e sala de expurgo B3 Extintor CO2 – 6 Kg Do lado da sala CFTV B4 Extintor Água – 10 L Lado da sala da diretoria regional do FINDES B5 Extintor CO2 – 6 Kg Em frente a coordenação de administração B6 Extintor CO2 – 6 Kg Lado do guichê secretaria escolar B7 Extintor Água – 10 L Dentro da secretaria na entrada na lateral a esquerda BLOCO TIPO LOCAL C1 Extintor PQS - 6 Kg Lado da cantina C2 Extintor Água – 10 L Entre banheiro de alunos masculino e feminino C3 Extintor Água – 10 L Dentro da sala Bloco de Convivência C4 Extintor Água – 10 L Na entrada da Biblioteca n lateral a esquerda C5 Extintor CO2 – 6Kg Na coluna enfrente as mesas das bibliotecárias
  • 54. 54 C6 Extintor Água – 10L Em frente a central de apoio C7 Extintor CO2 – 6Kg Dentro da central de apoio C8 Extintor PQS – 4Kg Lado da Sala dos vigias C9 Extintor PQS – 4Kg Na lateral da entrada e saída de alunos C10 Extintor CO2 – 6Kg Entre sala do gerador e sala de painéis C11 Extintor CO2 – 6Kg Entre sala de painéis e subestação de energia BLOCO TIPO LOCAL D1 Extintor Água – 10L Em frente LAB de hidráulica e pneumática D2 Extintor CO2 – 6Kg Entre LAB 1 de informática e LAB de química D3 Extintor Água – 10L Entre LAB 1 e2 de informática D4 Extintor CO2 – 6Kg No corredor das salas eletricidade predial e industrial D5 Extintor CO2 – 6Kg No corredor das salas eletricidade predial e industrial D6 Extintor CO2 – 6Kg Dentro da sala de alunos da elétrica D7 Extintor CO2 – 6Kg Dentro da sala de aula prática de elétrica BLOCO TIPO LOCAL E1 Extintor CO2 – 4Kg Dentro da área prática da mecânica E2 Extintor Água – 10L Dentro da área prática da mecânica
  • 55. 55 E3 Extintor CO2 – 4Kg Dentro da área prática da mecânica BLOCO TIPO LOCAL F1 Extintor Água – 10L Quadra entre banheiro masculino e feminino F2 Extintor Água – 10L Quadra na lateral direita da quadra por fora F3 Extintor Água – 10L Quadra Na lateral esquerda da quadra por fora F4 Extintor CO2 – 6Kg Quadra entre banheiros masculino e feminino F5 Extintor PQS – 4Kg Quadra Na latera do banheiro masculino A NBR 12.693/2013 entrou em vigor no dia 13 de outubro de 2013; portanto o deverá se adaptar as novas exigências desta normativa na próxima vistoria e renovação do Alvará de Prevenção e Proteção Contra Incêndios, fornecido pelo Corpo de Bombeiros. 5.3.14. SISTEMA DE PROTEÇÃO DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS O Centro Integrado Sergio Rogerio de Castro possui um prédio com uma área de 4100m², um estacionamento externo com uma área de 1127 m². A edificação possui sistema de proteção de descargas atmosféricas (SPDA), atendendo. As exigências NBR 5419:2005 e do corpo de Bombeiro do Estado do Espirito Santo.
  • 56. 56 6. IDENTIFICAÇÃO DE POTENCIAIS CENÁRIOS E HIPÓTESES ACIDENTAIS São identificados como potenciais cenários e hipóteses acidentais os itens constantes na tabela abaixo: Cenários de Emergência Produto INCÊNDIO Óleo lubrificante Óleo dielétrico Óleo hidráulico Toalhas contaminadas Cola à base solvente Gás Acetileno Solventes, diluentes e tintas Gás GLP Combustível diesel Combustível álcool Combustível gasolina DERRAMAMENTO (Produtos químicos em grandes quantidades – acima de 50 litros) Óleo dielétrico Óleo hidráulico Óleo refrigerante Combustível álcool Combustível diesel Combustível gasolina
  • 57. 57 Óleo lubrificante VAZAMENTO Gás Lâmpada fluorescente quebrada/ queimada Gás Acetileno Gás Argônio Gás Dióxido de Carbono Gás Oxigênio Gás GLP EXPLOSÃO Óleo dielétrico transformador Gases GLP, Acetileno, Argônio, Oxigênio e CO2. Reservatórios de óleo diesel, gasolina, álcool e óleo lubrificante. Latas de tintas, vernizes e solventes.
  • 58. 58 7. ORGANIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA A brigada de emergência é composta por 20 pessoas, que permanecem no prédio em horários diversificados. Nº NOME NI RG DESCRIÇÃO DO CARGO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
  • 59. 59 7.1. RELAÇÕES DOS ÓRGÃOS EXTERNOS – APOIO INSTITUIÇÃO/ DEPARTAMENTO TELEFONE DISTÂNCIA CORPO DE BOMBEIROS 193/32960358 6 km DEFESA CIVIL 3256-4044 POLÍCIA CIVIL 3256-8576 3 km POLÍCIA MILITAR 190 4 km POLÍCIA RODOVIÁRIA 191 km POLÍCIA AMBIENTAL 190 3 km HOSPITAL/ PRONTO-SOCORRO HOSPITAL SÃO CAMILO3256-9700 2,5 KM SEMTSU 3256 -2003 EDP – ESCELSA 0800 721 0707 SAAE - 3256-9400
  • 60. 60 7.2. RELAÇÕES DOS TELEFONES DA UNIDADE RESPONSÁVEIS TELEFONE INTERNO (Ramal) TELEFONE RESIDENCIAL GERENTE 9955 Tais números estarão de posse da recepção da escola, bem como, vigias, que poderão fazer uso em casos emergenciais. DIRETOR 9966 COORDENADOR 9962 APOIO PEDAGÓGICO 9963
  • 61. 61 7.3. ESTRUTURA E RESPONSABILIDADES 7.3.1. GERENTE: Responsável geral por todas as edificações que compõem uma planta, Deve:  Assumir a direção geral das ações necessárias no âmbito de responsabilidade da Unidade. Comunicar a ocorrência da emergência à Direção da Unidade;  Inspecionar o local sinistrado para as investigações;  Disponibilizar os recursos (pessoas e materiais) necessários para o atendimento à emergência;  Aprovar a realização dos testes simulados geral do plano de emergência e avaliação de sua eficácia. 7.3.2. DIRETOR: Responsável geral por todas as edificações que compõem uma planta, na ausência do gerente geral, deve:  Inspecionar o local sinistrado para as investigações;  Disponibilizar os recursos (pessoas e materiais) necessários para o atendimento à emergência;  Aprovar a realização dos testes simulados geral do plano de emergência e avaliação de sua eficácia;  Apoiar as áreas na elaboração e implementação dos procedimentos específicos para atendimento à emergência;  Coordenar a elaboração do Plano de Atendimento a Emergência da unidade.
  • 62. 62 7.3.3. COORDENADORES: Responsável por uma edificação com mais de um pavimento/ compartimento. É escolhido entre o diretor e gerente. É o responsável pela coordenação de toda emergência. Adotando medidas técnicas, administrativas para que o combate à emergência tenha sucesso. Deve:  Avaliar a situação e os riscos potenciais que se apresentam dentro e fora da Unidade;  Junto com o Coordenador Geral Local, avaliar a necessidade de auxílio externo como: Corpo de Bombeiros, fornecedor de água, etc;  Acionar ou solicitar o auxílio externo, tais como: Corpo de Bombeiro, etc;  Decidir, com o apoio da equipe, procedimentos estratégicos no combate à emergência e controle de seus efeitos;  Autorizar a contratação de empresas especializadas para combate e controle da emergência, se necessário;  Decretar o término da emergência, inspecionar o local sinistrado junto com o Coordenador Geral Local para as investigações e elaborar o relatório;  Fazer reunião de avaliação, logo após o “fim de emergência” com a equipe de atendimento de Emergência e analisar a situação e informar os demais funcionários. 7.3.4. APOIO PEDAGÓGICO: Responsável por medidas de apoio administrativo, abandono, informação aos funcionários, transporte auxiliar, etc. Deve:  Auxiliar o Coordenador Geral Local na solicitação de ambulância, e outros serviços auxiliares;  Inspecionar todas as dependências da unidade, o prédio, visando confirmar sempre que necessário o seu abandono total;  Dar apoio e suporte a famílias das vítimas quando necessário.
  • 63. 63 7.3.5. DOCENTE: Responsável pela coordenação e execução das ações de emergência em sua área de atuação nos blocos. Responsável pela atuação direta na emergência, Deve:  Coordenar as ações de combate à situação de emergência junto ao atendimento de Emergência e dos serviços auxiliares;  Informar as condições e controle da emergência junto ao Gerente.
  • 64. 64 8. CONCLUSÃO Com o presente trabalho desenvolvido no SESI SENAI de Aracruz, objetivou-se analisar criticamente o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico(COSCIP), localizada no município de Aracruz; no que tange ao aprofundamento de conhecimentos e subsídios técnicos para a elaboração de um trabalho interdisciplinar de proteção contra incêndios, dando ênfase à importância de prevenção e planejamento. Por meio deste estudo, verifica-se que o sistema de prevenção e combate a incêndios deve ser analisado desde o início dos estudos da edificação, pois a proteção não é algo que possa ser adicionado após o projeto da edificação ter sido elaborado e essa adição compromete a sua eficiência. Neste contexto, infelizmente ainda existem paradoxo e desprezo na questão de Prevenção contra incêndio em edificações, devido à equivocada ideia de que os valores sãotomados como custos na orçamentação da obra ao invés de investimento a fim de obtersegurança as vidas humanas e ao patrimônio. Contudo, não existe projetode prevenção e proteção contra incêndios que minimize osdanos causados em causa de incêndio, entretanto à opção por um sistema de combate aincêndios e equipamentos eficazes e adequados quanto ao seu desempenho são a melhoropção. Sugerimos ao centro integrado Sergio Rogerio de Castro treinamentos de: Treinamento de primeiro socorros conforme a NR 7 item 7.5.1; Treinamento combate a incêndio; Rota de Fuga conforme o anexo 8.2:  Liberação de acesso de todas as portas de emergências;  Instalação de biruta para localizar a direção de vento;  Localização das sinalizações de saída de emergência com 1,5mts ao lado esquerdo conforme a NBR 13434-2;  Umsimulado de evacuação de área por ano;  Sugerimos três pontos de encontro: 1- próximo a caixa d’água; 2 - na entrada principal;
  • 65. 65 3 - estacionamento de carga e descarga.  Abertura de um portão de emergência na parte dos fundos do Senai dando acesso à rua de trás.  Sistema de comunicação em Ramais para fácil acesso aos pontos de encontro.  O COSCIP deve ser amplamente divulgado aos ocupantes doSESI SENAI de Aracruz , de forma a garantir que todos tenham conhecimentos dos procedimentos a serem executados em caso de emergência;  Os visitantes sejam informados sobre o Plano de Emergência contra Incêndio da edificação por meio de panfletos, vídeos e/oupalestras.  O COSCIP deve fazer parte dos treinamentos de formação, treinamentos periódicos e reuniões ordinárias dos membros da brigada de incêndio, dos brigadistas profissionais, do grupo de apoioetc. Por fim, após estudos acerca dos métodos de prevenção e proteção adotados, conclui-se que o SESI SENAI de Aracruz atende as normas técnicas regulamentadoras da ABNT e as exigências legais do corpo Bombeiro do Estado do Espirito Santo.
  • 66. 66 9. REFERÊNCIASBIBLIOGRAFICAS https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=126746 http://www.inema.ba.gov.br/legislacao/normas-tecnicas-e-portarias/ http://construcaomercado.pini.com.br/negocios-incorporacao-construcao/151/nova- norma-tecnica-e-resolucoes-de-seguranca-do-ministerio-do-304808-1.aspx http://www.cff.org.br/userfiles/NotaTecnicaPrescricaoFarmaceutica.pdf http://sisfiesportal.mec.gov.br/arquivos/portaria_normativa_n10_30042010.pdf http://portal.mte.gov.br/legislacao/nota-tecnica-n-11-2010-srt-mte.htm http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/audiencia/arquivo/2009/042/documento/nota_tec nica_solicita_ap-belo_monte_.pdf http://www.dinamicasistemas.com.br/upload/files/ServContent(286). http://pt.scribd.com/doc/122577177/NT-14-2010-Sinalizacao-de-Emergencia- pdf#scribd http://www.mpba.mp.br/atuacao/infancia/educacao/especial/nota_tecnica_seesp_2_ 7_2010.pdf http://www.bombeiros.es.gov.br/wp-content/uploads/sites/37/2015/01/NT_17_- _BRIGADA_DE_INC%C3%8ANDIO.pdf http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr23.htm http://www.totalsegmg.com.br/downloads/leis_normas/it_16.pdf https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=28427 http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAhKMAC/nbr-10898 http://docente.lages.ifsc.edu.br/felipe.camargo/MaterialDidatico/ELETRO3%20- %20ELETROTECNICA/NBR/Nbr_5419_-_Abnt_- _Protecao_De_Estrutu_ras_Contra_Descargas_Atmosfericas.pdf http://www.gmfmontagens.com.br/assets/content/downloads/fd85e8d663a986cfc013 97e13ce063ff.pdf
  • 68. 68 ANEXO FLUXOGRAMA DE PROCEDIMENTO DE EMERGÊNCIA Fonte:NBR15.219/05,daAssociaçãoBrasileiradeNormasTécnicas.
  • 71. 71 ADM CONVIVENCIA ELETRICA MECÂNICA ORGANOGRAMA DE ATENDIMENTO A EMERGÊNCIA. SALA DE AULA DIRETOR GERENTE Jr. LÍDER BLOCO CLÍDER BLOCO A LÍDER BLOCO B LÍDER BLOCO D DOCENTE 1 DOCENTE 2 DOCENTE 3 DOCENTE 4 COORDENADOR APOIO PEDAGÓGICO LÍDER BLOCO E v DOCENTE 4 DOCENTE 5
  • 72. 65