2. Tarsila do Amaral foi uma importante artista plástica brasileira do movimento
modernista.
Junto à Anita Malfatti, ela ficou conhecida como uma das mais importantes
pintoras da primeira fase do modernismo. E, ao lado dos escritores Oswald de
Andrade e Raul Bopp, Tarsila inaugurou o movimento denominado “Antropofagia”.
Tarsila do Amaral nasceu em Capivari, interior de São Paulo, no dia 1 de setembro
de 1886.
Filha de família abastada, passou a infância e adolescência com seus pais e sete
irmãos na sua cidade natal. Sua família havia herdado fazendas de seu avô, José
Estanislau do Amaral, conhecido como “o milionário”. Morou em São Paulo, onde
esteve matriculada no Colégio de Freiras e no Colégio Sion.
3. Mais tarde, mudou-se para Barcelona, na Espanha, a fim de terminar seus estudos.
Com apenas 16 anos, Tarsila pinta seu primeiro quadro.
Quando retorna ao Brasil, casa-se com André Teixeira Pinto, com quem teve uma
filha, Dulce.
Mais tarde, em 1920, divorcia-se dele e vai para Paris, na França, estudar arte
na Academia Julian, escola de pintura e escultura.
Em 1922, ano da Semana de Arte Moderna, Tarsila participou do “Salão Oficial dos
Artistas da França”. Ao retornar, conheceu o escritor modernista Oswald de Andrade,
com quem iniciou um relacionamento que durou de 1926 a 1930.
Ao lado de Oswald de Andrade, Anita Malfatti, Mário de Andrade e Menotti del
Picchia, eles formaram o “Grupo dos Cinco”.
Essa aliança de artistas visava mudar o cenário histórico-cultural e artístico do país,
bem como trazer à cultura brasileira as influências das vanguardas europeias.
De 1934 a 1951, Tarsila estabeleceu um romance com o escritor Luís Martins.
Em 1965, foi submetida a uma cirurgia na coluna, entretanto, devido a um erro
médico ficou paralítica.
No ano seguinte, morre sua filha Dulce. Com 86 anos, Tarsila falece na cidade de
São Paulo, no dia 17 de janeiro de 1973.
4. Características do Movimento
A proposta do movimento era a de
assimilar outras culturas, mas não copiar. A
marca símbolo do Movimento
Antropofágico é o quadro Abaporu (1928)
de Tarsila do Amaral, o qual foi dado de
presente ao marido, Oswald de Andrade.
Características do Movimento
A proposta do movimento era a de
assimilar outras culturas, mas não copiar. A
marca símbolo do Movimento
Antropofágico é o quadro Abaporu (1928)
de Tarsila do Amaral, o qual foi dado de
presente ao marido, Oswald de Andrade.
A obra Abaporu é o símbolo do Movimento
Antropofágico
5. A divulgação do movimento era realizado na Revista de
Antropofagia, publicada em São Paulo. Já o primeiro
número trazia o Manifesto Antropofágico.
Essa revista foi editada em duas fases:
• primeira fase: editada entre maio de 1928 e fevereiro
de 1929;
• segunda fase: editada entre 17 de março a 1º de
agosto de 1929.
• "Só a Antropofagia nos une. Socialmente.
Economicamente. Filosoficamente. Única lei do
mundo. Expressão mascarada de todos os
individualismos, de todos os coletivismos. De todas
as religiões. De todos os tratados de paz. Tupi, or not
tupi that is the question. Contra todas as catequeses.
E contra a mãe dos Gracos. Só me interessa o que
não é meu. Lei do homem. Lei do antropófago."
(trecho do manifesto).
6. Cartaz criado por Emiliano Di Cavalcanti para simbolizar
a Semana de Arte Moderna de 1922
Mário de
Andrade (primeiro à
esquerda, no
alto), Rubens Borba de
Moraes (sentado,
segundo da esquerda
para a direita) e outros
modernistas em 1922,
como Tácito de
Almeida, Guilherme de
Almeida e Yan de
Almeida Prado
7. O Grupo dos Cinco. Da esquerda para direita: Anita Malfatti, Mário de
Andrade, Menotti del Picchia, Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral.
8. O termo antropofágico foi utilizado como associação ao ato deruminar, assimilar e deglutir.
A ideia, portanto, era de transfigurar a cultura, principalmente a europeia, conferindo
assim, o caráter nacional.
Note que esse é o período mais radical do Modernismo que também foi influenciado por
outros grupos:
• Pau-Brasil (1924-1925);
• Verde-amarelismo ou Escola da Anta (1916-1929);
• Manifesto Regionalista (1928-1929).