Oswald de Andrade nasceu em 1890 em São Paulo. Ele foi um jornalista, escritor e líder do movimento modernista brasileiro. Publicou obras importantes como Os Condenados em 1922 e Memórias Sentimentais de João Miramar em 1924. Participou da Semana de Arte Moderna de 1922 que marcou o início do modernismo no Brasil. Faleceu em 1954 em São Paulo.
2. Em 11 de janeiro de 1890 nasce em São Paulo
José Oswald de Sousa Andrade, filho único de
José Oswald Nogueira de Andrade e Inês
Henriqueta Inglês de Sousa Andrade.
De família abastada, Oswald, em 1909 inicia sua
vida no jornalismo como redator e crítico
teatral do “Diário Popular”, assinando a coluna
"Teatro e Salões". Ingressa na Faculdade de
Direito.
3. Em 1911, com a ajuda financeira de sua mãe, funda “O Pirralho”, uma revista
literária e política, cujo primeiro número é lançado em 12 de agosto.
Conhece o poeta Emílio de Meneses, de quem se torna amigo.
Em 1912, viaja à Europa e visita vários países. Sua mãe, Inês Henriqueta, falece
no dia 6 de setembro. Retorna ao Brasil, trazendo a estudante francesa Kamiá.
Nasce o seu filho, José Oswald Antônio de
Andrade (Nonê), com Kamiá, em 1914.
Torna-se membro da Sociedade Brasileira dos
Homens de Letras em 1915, fundada em São Paulo
por Olavo Bilac.
No ano seguinte, publica “A Cigarra” o primeiro capítulo
— e, depois, lança, com Guilherme de Almeida, as peças
teatrais “Theatre Brésilien” (Teatro Brasileiro) e “Leur
Âme” (Sua alma).
4. Em 1917, conhece Mário de Andrade. Defende a pintora
Anita Malfatti das críticas violentas feitas por Monteiro
Lobato. Participa do primeiro grupo modernista com Mário
de Andrade, Guilherme de Almeida, Ribeiro Couto e Di
Cavalcanti.
5. Em 1921, revela Mário de Andrade poeta, em polêmico artigo
"O meu poeta futurista".
Torna-se o líder da campanha preparatória para a Semana de
Arte Moderna.
Em 1922, participa da Semana de Arte Moderna no Teatro
Municipal de São Paulo.
6. Ainda em 1922, integra o grupo dos cinco com Mário de Andrade,
Anita Malfatti, Menotti del Picchia e Tarsila do Amaral.
7. Nesse mesmo ano, publica “Os Condenados”, com capa de Anita Malfatti,
primeiro romance de “A trilogia do exílio”.
Em 1924, finalmente publica “Memórias Sentimentais de
João Miramar”, que já havia sido reescrevida e publicada
(apenas três capítulos) num jornal da faculdade.
8. Em 1926, casa-se com Tarsila do Amaral, em 30 de
outubro.
Publica, em 1927, “A Estrela de Absinto”, segundo
romance de “A trilogia do exílio”. Publica “Primeiro
Caderno de Poesia do Aluno Oswald de Andrade”,
ilustrado pelo autor, com capa de Tarsila.
9. 1929: Separa-se de Tarsila do Amaral. Rompe com
Mário de Andrade e Paulo Prado. Viaja pra Bahia
com Pagu.
No dia 1º de abril de 1930 casa-se com Patricia
Galvão (Pagu) numa cerimônia pouco
convencional.
Nasce seu filho Rudá Galvão de Andrade com
a escritora Patrícia Galvão (Pagú).
10. 1931: Tem um encontro com Luis Carlos Prestes em Montevidéu, que muda o
rumo político do escritor Oswald.
Começa a escrever ensaios políticos, geralmente
sobre a situação e os problemas do operário.
Funda com Queiroz Lima e Pagú “O Homem do
Povo”.
Em 1934, deixa Pagú e une-se
à pianista Pilar Ferrer. Publica
“A Escada Vermelha”, terceiro
romance de “A trilogia do
exílio”, e “O Homem e o
Cavalo”, com capa de seu
filho, Oswald de Andrade
Filho.
11. 1936: casa-se com a escritora Julieta Bárbara
Guerrini, tendo como padrinho o jornalista
Casper Líbero e o pintor Candido Portinari
1937: Publica “A Morta” e “O Rei da Vela”.
12. 1942: Publica “Cântico dos Cânticos para Flauta e Violão”, dedicado à sua futura
mulher, Maria Antonieta d’Alkmin.
Publica “Marco Zero: I A revolução melancólica” em 1943, no mesmo ano que se
casa com Maria Antonieta d’Alkmin
13. 1945 foi o ano de publicações, a mais famosa foi “Marco Zero: II — Chão”
Rompe com o Partido Comunista do Brasil e Luis Carlos Prestes, seu secretário
geral.
14. No último ano de vida de Oswald, o
mesmo escreve e publica o livro
chamado “Um homem sem profissão –
sob as ordens da mamãe” onde reúne
suas memórias e confissões,
relembrando amigos e
acontecimentos, aspectos de sua
formação pessoal e intelectual, suas
paixões e desapontamentos.
15. Falece em São Paulo, em
22 de outubro de 1954,
aos 64 anos, na sua
residência da rua
Marquês de Caravelas,
214. É sepultado no jazigo
da família, no cemitério
da Consolação, em São
Paulo.
É homenageado
postumamente pelo
Congresso Internacional
de Escritores, em 1954.
16. Obras de Oswald de Andrade
1922 - Gênero que mais despertou o interesse
de Oswald de Andrade. Esse é o primeiro
volume da Trilogia de Exílio. Também fazem
parte dessa trilogia: Estrela do Absinto (1927)
e Escada Vermelha (1934).
17. Memórias Sentimentais de João
Miramar (1924): baseada em
algumas experiências do autor. A
obra narra a história de um burguês
paulista e todas as suas
experiências.
Poesias Reunidas (1945):
composto por “Pau Brasil”,
“Primeiro Caderno de Poesia
Oswald de Andrade”, Cântico
dos Cânticos para Flauta e
Violão e “Poemas Menores”
19. Primeiro caderno do aluno de
poesia (1927) Misto de paródia e
invenção, este clássico do
modernismo brasileiro, além de
colocar em xeque o conceito
tradicional de livro de poemas,
radicaliza procedimentos poéticos da
vanguarda: o estilo telegráfico e a
montagem. Ele buscava uma poesia
como que feita por criança, uma
poesia que visse o mundo com olhos
novos.
20. O rei da vela (1937): peça de Oswald de Andrade, é uma obra
representativa da década de 30, e marca uma época de preocupações
e compromissos sociais. Escrito a partir de 1933, depois da crise
mundial de 1929, da Revolução de 30 e da Revolução
Constitucionalista de 32, o texto manifesta a imensa amargura de
Oswald, forçado a percorrer infindáveis escritórios de agiotagem para
equilibrar-se financeiramente.
21. Marco Zero (1943-1945): marca a adesão de Oswald de Andrade a uma
tendência literária da época: o romance social. Em A revolução melancólica
temos um amplo quadro que procura abarcar a totalidade do Estado de São
Paulo entre capital, interior e litoral. A Revolução de 1932, a qual o título faz
referência, é vista por Oswald de Andrade como uma tentativa dos latifundiários
paulistas retomarem o antigo poder abalado pela crise do café.