SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 46
Ciências Humanas e suas
Tecnologias - História
Ensino Fundamental, 8º Ano
Prof: Clayton Artaud
O SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
Golpe da maioridade:
• De acordo com a Constituição, Dom Pedro II só atingiria a sua
maioridade quando completasse 18 anos de idade;
• foi fundado o Clube da Maioridade, que acionou a Campanha da
Maioridade, um movimento que defendia a ideia de que Dom Pedro II,
mesmo com menos de 15 anos, estava preparado para assumir o
governo do Brasil;
• o Partido Liberal apresentou um projeto para a antecipação da
maioridade do Imperador, declarando Dom Pedro II como maior de
idade, mas as forças conservadoras se colocaram em oposição aos
liberais, que por sua vez foram às ruas fazer manifestações e recebendo
o apoio do povo. E, com toda essa pressão popular em meados de
1840, Dom Pedro II foi considerado maior de idade, com 15 anos
incompletos, dando início ao Segundo Reinado (1840 – 1889).
• No dia 23/07/1840 D. Pedro II jurou a Constituição e foi aclamado
imperador aos 14 anos.
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
GOLPE DA
MAIORIDADE
Grupos viram as revoltas
provinciais como um
sinal de que era preciso
antecipar a maioridade
de D. Pedro.
O debate sobre a
maioridade começou na
Assembleia, mas logo
ganhou as ruas.
Em julho de 1840, a
Assembleia Geral
declarou que Pedro de
Alcântara, aos 14 anos de
idade, já era maior de
idade.
Esse processo ficaria
conhecido como Golpe
da Maioridade.
3
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
Queremos D. Pedro II
Embora não tenha idade
A nação dispensa a lei
E viva a maioridade!
Cavalaria da Sabinada
O FIM DO PERÍODO REGENCIAL
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
• A propaganda ajudou a antecipar o golpe.
• Até os Conservadores apoiaram
• O Golpe seria a SALVAÇÃO DA NAÇÃO
• Em julho de 1840, com 15 anos incompletos,
D. Pedro II foi aclamado imperador do Brasil
Esta é uma das raras imagens
do monarca quando jovem.
O cetro portado por ele,
era todo feito de ouro e
cravejado de diamantes
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
LIBERAIS E
CONSERVADORES
 Dois grupos políticos, o Partido Liberal e o Partido
Conservador, dominaram a política brasileira no Segundo
Reinado.
Partidos no Segundo Reinado
Partido Liberal
(“Luzias”)
Partido Conservador
(“Saquaremas”)
Defendiam
mais
autonomia
para as
províncias
Venceu as
primeiras
eleições
parlamentares:
“eleições do
cacete”
Defendiam
um poder
central forte
De volta ao
poder em 1841,
tomaram
medidas para
reduzir o poder
das províncias
LIBERAIS E CONSERVADORES ERAM FARINHA DO MESMO
SACO
• Os dois eram os partidos políticos com o maior poder no Brasil
• Os dois tinham líderes da elite (fazendeiros, comerciantes, funcionários
públicos ou militares)
• Os dois tinham interesses em manter a população excluída da vida
política
• Os dois eram violentos e fraudavam as eleições
OS PARTIDOS E AS ELEIÇÕES
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
ELEIÇÕES DO CACETE:
LIBERAIS X CONSERVADORES
• Os Liberais fraudaram
as primeiras eleições legislativas
do Segundo Reinado.
• Pagaram capangas para espancar
os adversários e roubar as urnas.
• Modificaram o resultado das
eleições.
• E venceram de forma
fraudulenta
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
• Os Conservadores
pressionaram D. Pedro II
a dissolver a Câmara e
convocar outras eleições
Desta vez, quem
venceu foram os
Conservadores.
• Os Liberais reagiram ,
pegaram em armas ,
mas foram derrotados.
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
• Surgiu um novo partido : PARTIDO DA PRAIA (elite)
• O nome desse partido é por conta da sede de seu jornal , DIÁRIO NOVO, que
ficava na Rua da Praia em Recife.
• D. Pedro II nomeou um CONSERVADOR para comandar
Pernambuco
• Os PRAIEIROS reagiram (1848) com um MANIFESTO
• Tentaram conquistar Recife
• Líder PEDRO IVO DA SILVEIRA
• Conseguiram algumas vitórias mas foram derrotados pelo
império
• Os líderes foram condenados a prisão perpétua em FERNANDO DE NORONHA
Recife - 1851
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
• ONDE: Pernambuco
• CAUSAS: concentração de poder e riquezas nas
mãos de poucas famílias de Pernambuco , os
portugueses dominava o comércio do varejo e
só davam empregos a seus parentes.
• FAMÍLIA CAVALCANTE: somente essa
família detinha um terço dos engenhos de
Pernambuco
• Destas famílias ricas , saíam políticos do
Partido Liberal quanto do Partido
Conservador
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
• Autor: Antônio Borges da Fonseca)
• voto livre e universal do povo
brasileiro
• liberdade plena e absoluta de comunicar os
pensamentos por meio da imprensa
• trabalho como garantia de vida para
o cidadão brasileiro
• comércio varejista (a retalho) só para cidadãos
brasileiros
• extinção do poder MODERADOR
Capa de livro sobre a
Revolução Praieira
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
PARLAMENTARISMO À BRASILEIRA
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
A MARCHA DO
CAFÉ
 Principal produto cultivado no Brasil durante o Segundo Reinado (introduzido
por Francisco de Melo Palheta.
 Além do café, produziam-se cana-de-açúcar, algodão, tabaco etc.
 Boa parte da produção cafeeira era exportada.
Fonte: ARRUDA, José Jobson de A. Atlas histórico básico. São Paulo: Ática,
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
• RJ (1760) e SP tinham solo ideal (Vale
do Paraíba)
• A economia do Brasil melhorou
• Usavam mão-de-obra escrava
• Surgem os grandes proprietário rurais
• O Brasil passou a exportar café
• Nasce uma nova classe social: os
BARÕES DO CAFÉ (receberam títulos
de nobreza do imperador)
• Cafeicultores tinham influência
política
• Sustentavam a economia do Brasil
• Muitas cidades e grandes latifúndios surgiram
• Surgem ferrovias
• Os portos de Santos (SP) e do RJ
prosperaram
O café tem origem na Etiópia (África)
Acredita-se que as primeiras mudas do café
entraram no Brasil por Belém (PA) em 1727
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
A OPÇÃO PELO
CAFÉ.
No plano interno, o Brasil possuía clima e solos favoráveis para
esse cultivo, além disso havia mão de obra escrava e capitais
disponíveis para investir na lavoura cafeeira, provenientes de
comerciantes, ex-mineradores e de antigos plantadores de
cana de açúcar.
No plano externo, o consumo do café aumentou, no início do
século XIX, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, e isso
provocou um considerável aumento no preço do produto.
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
• Produção para o mercado
interno
• MG: gado, cavalo, porco,
tecidos e alimentos
( farinha de mandioca e de milho,
toucinho e carne salgada
• Produtos vendidos no interior
de MG e no RJ
• RS: charque (usada para
alimentar escravizados)
Casa de fazenda produtora de charque no RS
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
Além do CAFÉ , contribuíram também para o progresso do Brasil:
•Tarifa Alves Branco (1844): aumentou impostos de produtos estrangeiros ( passaram de 15% para até
60%)
•Lei Eusébio de Queirós (1850) : proibia a vinda de africanos para o trabalho escravo no Brasil
•O capital que era usado para comprar escravos e os lucros do café foram Investidos em FERROVIAS
• A primeira ferrovia do Brasil inaugurada em 1854 e
ligava Baía da Guanabara a Petrópolis(onde a família real descansava)
• 1858- Estrada de Ferro D. Pedro II
(para transportar café do Vale do Paraíba ao RJ)
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
• PE (1855): Estrada de Ferro Recife São Francisco
• SP (1868): Santos-Jundiaí (com capitais ingleses)
• Paulista, Mogiana e Sorocaba (financiadas pelo café)
• O transporte se tornou mais barato
• Aumentaram os lucros dos barões de café
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
• Surgem as primeiras indústrias de tecidos, chapéus e
cerveja
• Companhias de iluminação a gás
• Companhias de seguro e navegação a vapor
• Bancos
• Empresas de mineração
• Empresas de transporte urbano
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
O FIM DA ESCRAVIDÃO I
 A mão-de-obra escrava negra, utilizada durante séculos no país, começou
a ser cada vez mais questionada, a partir do Segundo Reinado.
 Isto porque o modelo capitalista e industrial que iniciou na Europa, e aos
poucos veio para o Brasil, era incompatível com o escravismo.
 Assim, a Inglaterra passou a pressionar pelo fim do tráfico de escravos na
América, visando investimento em seus produtos industrializados.
 Em 1845, os ingleses assinaram a Lei Bill Aberdeen que proibia o comércio
de escravos entre a África e a América.
 Em 1850, foi assinado, no Brasil, a Lei Eusébio de Queiróz, que proibia
o tráfico de escravos no país.
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
• Irineu Evangelista de Souza
• Empresário gaúcho
Aqui você pode baixar o livro:
“Mauá: o desafio inovador numa sociedade arcaica”
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
Ao longo de sua vida foi merecedor, por contribuição à
industrialização do Brasil no período do Império (1822-
1889), dos títulos nobiliárquicos primeiro de barão (1854)
e depois de Visconde de Mauá (1874).
Foi pioneiro em várias áreas da economia do Brasil.
Dentre as suas maiores realizações encontra-se a
implantação da primeira fundição de ferro e estaleiro no
país, a construção da primeira ferrovia brasileira, a
estrada de ferro Mauá, no atual estado do Rio de Janeiro,
o início da exploração do rio Amazonas e afluentes, bem
como o Guaíba e afluentes, no Rio Grande do Sul, com
barcos a vapor, a instalação da iluminação pública a gás
na cidade do Rio de Janeiro, a criação do primeiro Banco
do Brasil, e a instalação do cabo submarino telegráfico
entre a América do Sul e a Europa.
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889
LEI DE TERRA E
IMIGRAÇÃO
Imigração
• Pensada como alternativa para a mão de
obra escrava.
• Teorias racistas estimulavam o desejo de
imigração europeia.
• Objetivo da imigração era fornecer
trabalhadores para as fazendas brasileiras.
• Além disso, promover o branqueamento
da população do país.
Lei de Terra
• Lei visava impedir que libertos, imigrantes e
pobres se instalassem em terras devolutas.
• Oficializou o latifúndio e proibiu a venda de
terras a prazo.
• Estabeleceu que somente após dois anos
residindo no país o imigrante poderia comprar
terras.
• Muitos indígenas perderam o direito que tinham
sobre as terras em que viviam.
25
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
Abolição, imigração e indigenismo no
Império
Abolição
da
escravidão
Pressão inglesa
Resistência dos escravizados
Movimento abolicionista
RESISTÊNCIA DOS
ESCRAVIZADOS
Desobediência
Fuga e formação de quilombos
Levantes urbanos
Busca de liberdade para prática
de suas culturas e religiões
Inúmeras revoltas no século
XIX: mais de 20 na Bahia
MOVIMENTO ABOLICIONISTA
Ganha força na segunda
metade do século XIX
Luta na imprensa
Passeatas e comícios
Compra de cartas de alforria
O movimento ganha forças com
o fim da Guerra do Paraguai
26
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
IMIGRANTES NO BRASIL
Em 1871 o governo
brasileiro cria a lei que
permite a emissão de
apólices de até 600 contos
de réis para auxiliar no
pagamento das passagens
e no adiantamento de 20
mil-réis a cada família
imigrante. No mesmo ano,
é formada a Associação
Auxiliadora de Colonização
de São Paulo, que reúne
grandes fazendeiros e
capitalistas e tem o apoio
do governo provincial. Entre
1875 e 1885, a Província de
São Paulo recebe 42 mil
estrangeiros.
O CONTEXTO
EUROPEU.
Os grandes proprietários rurais introduziram técnicas
modernas na produção agrícola e dispensaram um grande
número de trabalhadores.
A nascente indústria europeia não era capaz de absorver um
grande número de trabalhadores desempregados. Além disso,
a população do continente praticamente dobrou nessa época.
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
IMIGRANTES NO BRASIL.
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
IMIGRANTES NO BRASIL
A SOCIEDADE PROMOTORA DE
IMIGRAÇÃO
Os cafeicultores de São Paulo, criaram em 1886, a sociedade
promotora de Imigração, como o objetivo de reunir trabalhadores
europeus dispostos a emigrar para o Brasil. A sociedade mantinha
agentes na Europa com a função de recrutar trabalhadores. Esses
agentes exageravam ao descrever as oportunidades oferecidas pelo
país, convencendo muitos europeus de que ótimas oportunidades de
trabalho estariam garantidas no Brasil.
Para facilitar a imigração desses europeus, geralmente eram
contratados no sistema de colonato, o governo brasileiro arcava com
os custos das passagens de navios, dessa forma os fazendeiros
ficavam isentos das despesas da viagem.
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
IMIGRANTES NO BRASIL.
OS IMIGRANTES
 Portugueses, espanhóis, italianos, alemães, austríacos, entre outros povos, são atraídos pelas
propagandas divulgadas em seus países, que acenam com uma vida melhor para quem quiser se
aventurar nos trópicos. É da Itália, porém, que vem a maioria dos imigrantes. Fogem da falta de
empregos e da fome generalizada. A maioria dos imigrantes vem para as lavouras de café de São
Paulo.
 Um número expressivo dirige-se ao Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde se
desenvolve uma colonização baseada na pequena propriedade agrícola. Muitos ficam nos
núcleos urbanos, como operários ou artesãos autônomos. O recenseamento de 1900 registra 1,2
milhão de estrangeiros no Brasil, ou cerca de 7% da população. Destes, cerca de 500 mil estão
em São Paulo, 200 mil no Rio de Janeiro, mais de 140 mil no Rio Grande do Sul.
Fonte: www.conhecimentosgerais.com.br
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
IMIGRANTES NO BRASIL.
Espanhóis
Os espanhóis começaram a imigrar para o Brasil em razão dos problemas no país de origem e das
possibilidades de trabalho que, bem ou mal, lhes eram oferecidas. Muitos agricultores, proprietários
de minifúndios, partiram da Galícia; outros vieram da Andaluzia, onde eram, principalmente,
trabalhadores agrícolas.
Italianos
As grandes áreas de atração de imigrantes italianos para o Brasil foram os estados de São Paulo, Rio
Grande do Sul e Minas Gerais. Considerando o período 1884-1972, verificamos que quase 70% dos
italianos ingressaram no País pelo estado de São Paulo.
As condições de estabelecimento dos italianos foram bastante diversas. A imigração sulina praticamente não
foi subsidiada e os recém-chegados instalaram-se como proprietários rurais ou urbanos. Em São Paulo,
foram a princípio atraídos para trabalhar nas fazendas de café, através do esquema da imigração
subsidiada. Nas cidades paulistas, trabalharam em uma série de atividades, em especial como operários da
construção e da indústria têxtil.
Os japoneses foram destinados inicialmente as fazendas de café, mas gradativamente tornaram-
se pequenos e médios proprietários rurais. Dentre todos os grupos imigrantes foram os que se
concentraram por período mais longo nas atividades rurais, em que se destacaram pela
diversificação da produção dos hortifrutigranjeiros. Em anos recentes, houve forte migração de
descendentes de japoneses para os centros urbanos, onde passaram a ocupar posições
importantes nas várias atividades componentes da área de serviços
Em anos mais recentes, a imigração para o
Brasil, qualitativamente, diversificou-se
bastante. Novas etnias se juntaram às mais
antigas, como é o caso da imigração de
países vizinhos – Argentina, Uruguai, Chile,
Bolívia etc. – tanto por razões profissionais
como políticas. Coreanos passaram a compor
a paisagem da cidade de São Paulo,
multiplicando restaurantes e confecções.
O fenômeno migratório no Brasil
O Brasil é um país de migrantes. É
bastante comum encontrar nas nossas
comunidades eclesiais, no trabalho, entre
os colegas de aula ou na parada de ônibus
pessoas provenientes de outras cidades,
outros estados e até mesmo de diferentes
países. Às vezes, quem migrou foram os
pais, os avós ou os bisavós. No fundo, se
remontamos às origens históricas, somos
todos migrantes ou descendentes de
migrantes. Essa realidade, que pode ser
averiguada pela experiência do dia-a-dia, é
o espelho de um país de grande
mobilidade humana. Mulheres, homens,
crianças, idosos, famílias, trabalhadores
com e sem emprego perambulam no país
em busca de melhores condições de vida,
muitas vezes fugindo de situações
insustentáveis, outras vezes perseguindo
um sonho, uma terra prometida.
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
IMIGRANTES NO BRASIL.
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
IMIGRANTES NO BRASIL.
O abolicionismo ganhou força em nosso país a partir da
década de 1870, mas um ponto de partida importante a ser
considerado foi a proibição do tráfico negreiro, que aconteceu
por meio da Lei Eusébio de Queirós, em 1850. Com essa lei,
cortava-se a fonte que renovava os números de escravos no
território brasileiro.
A força do abolicionismo em nosso país apresentou-se de
diversas maneiras. Associações abolicionistas surgiram aos
montes no país, conferências abolicionistas foram organizadas,
eventos públicos realizados, levantaram-se fundos para pagar a
alforria de escravos, advogados passaram a atuar efetivamente
contra senhores de escravos, jornalistas publicavam textos
defendendo a abolição e populares abrigavam escravos fugidos
em suas casas.
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
Abolicionismo.
Houve na ocasião um
descontentamento geral por parte dos
usineiros, fazendeiros, comerciantes,
cafeicultores e senhores de um modo
geral que se sentindo prejudicados
com a nova lei, entraram na justiça
exigindo que o governo os
ressarcisse, pois não sabiam como
vencer a crise gerada com a abolição
da escravatura, pois agora tinham de
pagar salários a seus ex-escravos.
Como a cultura brasileira sempre foi
escravagista o Brasil acabou sendo o
ultimo país a libertar seus escravos e
mesmo assim as dificuldades foram
imensas para se chegar a isso.
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
Abolicionismo.
A abolição da escravatura acabou fazendo do mundo um lugar melhor porém logo que foram
libertados muitos escravos não sabiam o que fazer com a sua liberdade pois não tinham
terras, nem economias e assim eram obrigados a viver de maneira muito precária tentando a
sorte em garimpos e florestas pelo interior do país. Muitos deles se deram bem e acabaram
ficando ricos, porém o número de escravos que continuou nas fazendas de seus antigos
donos foi muito grande e lá eles seguiram trabalhando e recebendo salários que mal dava
para sobreviverem uma vez que depois da abolição da escravatura aos que decidiam ficar
era pago um salário, mas em contrapartida comida, roupa, tudo passou a ser cobrado deles,
não sobrando praticamente nada.
que partiram em busca da felicidade e de uma nova vida, muitos se deram bem, entretanto
outros acabaram voltando ao lugar de origem. Hoje no Brasil muito ainda se fala em racismo
e discriminação dos negros, porém não se esqueça que poucos são os brasileiros que não
tem em sua arvore genealógica a presença negra. A abolição da escravatura terminou com
um período do qual os brasileiros devem se envergonhar, pois dominar e escravizar os
semelhantes, são idéias não só grotescas como inescrupulosas de pessoas ambiciosas e
sem caráter.
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
Abolicionismo.
Ano Nome ou origem da lei Conteúdo da lei Lei X Realidade
1831
Lei criada para atender a
exigência da Inglaterra para
reconhecer a independência do
Brasil
Declarava ilegal o comércio de africanos para o
Brasil
Não teve efeitos, pois, após um breve momentos
inicial, o tráfico cresceu em vez de diminuir.
1850 Lei Eusébio de Queiroz
Proibia definitivamente a entrada de escravizados
no Brasil
De fato não entraram mais escravizados vindos da
África, mas houve um aumento significativo do tráfico
interprovincial.
1871 Lei do Ventre Livre
Definia que os filhos de escravos nascidos a
partir daquela data seriam considerados livres
Foi elaborada segundo os interesses dos proprietários
de escravos, pois a lei previa que os escravos
poderiam ficar sob a autoridade do senhor até os 21
anos de idade.
1885 Lei dos Sexagenários
Declarava que os escravos a partir de 60 anos
eram livres
A lei previa que os escravos deveriam trabalhar por
mais três anos. Mesmo que eles conseguissem
sobreviver, não conseguiriam arrumar emprego com
aquela idade.
1889 Lei Áurea Declarou extinta a escravidão no Brasil
De fato foi aplicada, mas os ex-escravos foram
deixados em uma situação muito precária.
AS LEIS E A REALIDADE
38
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
Abolicionismo.
A VIDA DIFÍCIL DOS RECÉM-LIBERTOS
Recém-libertos sem terra, sem instrução, sem
dinheiro e sem apoio do governo
Alguns negociaram sua
permanência nas fazendas
em troca de modestos
salários ou do direito de ter
uma roça
Alguns migraram para as
cidades
Foram obrigados a aceitar os
piores serviços, os mais
baixos salários e a
convivência com o racismo
Alguns poucos ascenderam
socialmente
Para amenizar a
luta diária pela
sobrevivência,
organizavam-
-se em centros
religiosos,
clubes
esportivos e
grupos de lazer
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
Abolicionismo.
Um dos abolicionistas mais famosos,
é célebre por seus poemas
engajados, entre os quais, Vozes d’
África e Navio Negreiro. Fundou em
1869 a Sociedade Libertadora 7 de
Setembro na Bahia. Atuante,
conseguiu alforria para 500 escravos
e difundiu a luta em prol dos ideais
“Abolicionista”. Morreu aos 24 anos,
em 1871 sem ver a Lei Áurea ser
assinada.
de liberdade em um jornal chamado
CASTRO
ALVES
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
Abolicionismo.
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
Abolicionismo.
Fim da escravidão
O Brasil foi o último país do continente americano a abolir o trabalho escravo e isso ocorreu por meio da
Lei áurea aprovada pelo Senado e assinada pela princesa Isabel, em 13 de maio de 1888. O fim da
escravidão no Brasil não foi por um ato de bondade da monarquia brasileira, mas foi uma conquista
realizada por meio do engajamento popular e da resistência dos escravos.
A pressão realizada pela população livre e pelos escravos era tamanha que o clima de desordem no
final da década de 1880 era evidente: o Império não tinha mais o controle sobre a situação. Pressionado,
o Império teve de agir, dessa forma, aprovou-se a Lei Áurea em 13 de maio de 1888.
A reação da população mediante a lei foi de festa, e as celebrações estenderam-se por dias. A abolição,
porém, não foi acompanhada por medidas de suporte aos negros libertos, e eles continuaram sendo
vítimas do preconceito, violência e sofreram com a falta de acesso ao estudo e às boas oportunidades.
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
Abolicionismo.
JOSÉ DO
PATROCÍNIO
Filho de uma quitandeira com um
padre, José do Patrocínio foi um
desses abolicionistas que tinham a
alma inspirada. Era um jornalista
polêmico e orador eloquente. Com o
jornal Gazeta da Tarde fez ampliar a
voz dos ideais abolicionistas. Terminou
exilado por criticar demais o governo e
problematizar a questão da população
negra que, após a Lei Áurea, ainda
continuava miserável.
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
Abolicionismo.
EXERCÍCIOS DE
CLASSE
1) Analisando as estruturas econômicas coloniais, o historiador Caio Prado Jr., assim se referiu ao
tema da escravidão: “É aliás esta exigência da colonização que explica o renascimento, na
civilização ocidental, da escravidão em declínio desde os fins do Império Romano e já quase
extinta de todo neste século XVI em que se inicia aquela colonização”
A qual exigência da colonização o autor está se referindo?
a) Ao fato de o litoral brasileiro apresentar imenso potencial mineral e somente os escravos africanos
terem a necessária técnica de extração.
b) À definição de uma colonização baseada na plantation, dentro dos padrões mercantilistas da época
moderna.
c) À impossibilidade de se utilizar o trabalho escravo dos indígenas, visto que não se adaptaram de
forma conveniente ao trabalho compulsório.
d) À especialidade própria das regiões americanas, que estavam a exigir a implantação de um amplo
sistema de feitorias destinadas ao comércio dos produtos tropicais.
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
Abolicionismo.
A escravidão negra no Brasil teve várias facetas. Dentre as assertivas a seguir, qual
não pode ser considerada uma marca do escravismo brasileiro?
a) A vida nos engenhos era dura e penosa. Por isso, a expectativa de vida dos escravos era
muito pequena.
b) Todos os escravos se reconheciam como iguais e lutaram juntos pelo fim da infame
escravidão.
c) O processo de derrocada da escravidão foi lento e gradual, durando, legalmente falando,
quase quarenta anos (1850-1888).
d)Era relativamente comum ao “preto forro”, caso tivesse algum pecúlio, adquirir um
escravo.
e)Os escravos que conseguiam, ao longo de muito anos de trabalho duro, juntar algum
cabedal compravam a sua liberdade.
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud
Abolicionismo.
SCHWARTZ, Stuart B. Escravidão indígena e o início da escravidão africana. In.:
SCHWARCZ, Lilia Moritz e GOMES, Flávio (orgs.). Dicionário da escravidão e liberdade. São
Paulo: Companhia das Letras, 2018, p. 219.
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 2013, p. 46.
ALENCASTRO, Felipe. África, números do tráfico atlântico. In.: SCHWARCZ, Lilia Moritz e
GOMES, Flávio (orgs.). Dicionário da escravidão e liberdade. São Paulo: Companhia das
Letras, 2018, p. 60.
SKIDMORE, Thomas E. Uma História do Brasil. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998, p. 34.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a O Golpe da Maioridade e o início do Segundo Reinado no Brasil

2ª licenciatura curso de história trabalho de slide brasil imperio
2ª licenciatura   curso de história trabalho de slide brasil imperio2ª licenciatura   curso de história trabalho de slide brasil imperio
2ª licenciatura curso de história trabalho de slide brasil imperioAndréia Matos
 
4-Segundo Reinado (1840-1889)brasil históraq.pdf
4-Segundo Reinado (1840-1889)brasil históraq.pdf4-Segundo Reinado (1840-1889)brasil históraq.pdf
4-Segundo Reinado (1840-1889)brasil históraq.pdflinharespedro305
 
História Brasil - Segundo Reinado (completo)
História Brasil - Segundo Reinado (completo)História Brasil - Segundo Reinado (completo)
História Brasil - Segundo Reinado (completo)isameucci
 
Segundo Reinado Módulo
Segundo Reinado  Módulo Segundo Reinado  Módulo
Segundo Reinado Módulo CarlosNazar1
 
SEGUNDO REINADO E GUERRA DO PARAGUAI
SEGUNDO REINADO E GUERRA DO PARAGUAISEGUNDO REINADO E GUERRA DO PARAGUAI
SEGUNDO REINADO E GUERRA DO PARAGUAIIsabel Aguiar
 
segundo Reinado - ok.ppt
segundo Reinado - ok.pptsegundo Reinado - ok.ppt
segundo Reinado - ok.pptdawdsoncangussu
 
Apresentação segundo reinado 2011
Apresentação segundo reinado 2011Apresentação segundo reinado 2011
Apresentação segundo reinado 2011ProfessoresColeguium
 
Segundoreinadomestresdahistoria 110501080754-phpapp02 (1)
Segundoreinadomestresdahistoria 110501080754-phpapp02 (1)Segundoreinadomestresdahistoria 110501080754-phpapp02 (1)
Segundoreinadomestresdahistoria 110501080754-phpapp02 (1)Gretiane Pinheiro
 
O café no Segundo Reinado e a Proclamação da República
O café no Segundo Reinado e a Proclamação da RepúblicaO café no Segundo Reinado e a Proclamação da República
O café no Segundo Reinado e a Proclamação da RepúblicaAlinnie Moreira
 

Semelhante a O Golpe da Maioridade e o início do Segundo Reinado no Brasil (20)

2ª licenciatura curso de história trabalho de slide brasil imperio
2ª licenciatura   curso de história trabalho de slide brasil imperio2ª licenciatura   curso de história trabalho de slide brasil imperio
2ª licenciatura curso de história trabalho de slide brasil imperio
 
2º Reinado
2º Reinado2º Reinado
2º Reinado
 
Brasil monárquico
Brasil monárquicoBrasil monárquico
Brasil monárquico
 
4-Segundo Reinado (1840-1889)brasil históraq.pdf
4-Segundo Reinado (1840-1889)brasil históraq.pdf4-Segundo Reinado (1840-1889)brasil históraq.pdf
4-Segundo Reinado (1840-1889)brasil históraq.pdf
 
Segundo Reinado
Segundo ReinadoSegundo Reinado
Segundo Reinado
 
História Brasil - Segundo Reinado (completo)
História Brasil - Segundo Reinado (completo)História Brasil - Segundo Reinado (completo)
História Brasil - Segundo Reinado (completo)
 
2º SEGUNDO REINADO.ppt
2º SEGUNDO REINADO.ppt2º SEGUNDO REINADO.ppt
2º SEGUNDO REINADO.ppt
 
Segundo reinado
Segundo reinadoSegundo reinado
Segundo reinado
 
O 2º reinado 1840 - 1889
O 2º reinado   1840 - 1889O 2º reinado   1840 - 1889
O 2º reinado 1840 - 1889
 
Segundo Reinado Módulo
Segundo Reinado  Módulo Segundo Reinado  Módulo
Segundo Reinado Módulo
 
SEGUNDO REINADO E GUERRA DO PARAGUAI
SEGUNDO REINADO E GUERRA DO PARAGUAISEGUNDO REINADO E GUERRA DO PARAGUAI
SEGUNDO REINADO E GUERRA DO PARAGUAI
 
segundo Reinado - ok.ppt
segundo Reinado - ok.pptsegundo Reinado - ok.ppt
segundo Reinado - ok.ppt
 
Segundo reinado
Segundo reinadoSegundo reinado
Segundo reinado
 
Apresentação segundo reinado 2011
Apresentação segundo reinado 2011Apresentação segundo reinado 2011
Apresentação segundo reinado 2011
 
Segundo reinado
Segundo reinadoSegundo reinado
Segundo reinado
 
3ão - Brasil Segundo Reinado
3ão - Brasil Segundo Reinado3ão - Brasil Segundo Reinado
3ão - Brasil Segundo Reinado
 
Segundo reinado
Segundo reinadoSegundo reinado
Segundo reinado
 
Segundoreinadomestresdahistoria 110501080754-phpapp02 (1)
Segundoreinadomestresdahistoria 110501080754-phpapp02 (1)Segundoreinadomestresdahistoria 110501080754-phpapp02 (1)
Segundoreinadomestresdahistoria 110501080754-phpapp02 (1)
 
O café no Segundo Reinado e a Proclamação da República
O café no Segundo Reinado e a Proclamação da RepúblicaO café no Segundo Reinado e a Proclamação da República
O café no Segundo Reinado e a Proclamação da República
 
Slide(1) cópia
Slide(1)   cópiaSlide(1)   cópia
Slide(1) cópia
 

Último

planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfmaurocesarpaesalmeid
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdfBlendaLima1
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfEmanuel Pio
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESEduardaReis50
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxMauricioOliveira258223
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 

Último (20)

planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 

O Golpe da Maioridade e o início do Segundo Reinado no Brasil

  • 1. Ciências Humanas e suas Tecnologias - História Ensino Fundamental, 8º Ano Prof: Clayton Artaud O SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
  • 2. Golpe da maioridade: • De acordo com a Constituição, Dom Pedro II só atingiria a sua maioridade quando completasse 18 anos de idade; • foi fundado o Clube da Maioridade, que acionou a Campanha da Maioridade, um movimento que defendia a ideia de que Dom Pedro II, mesmo com menos de 15 anos, estava preparado para assumir o governo do Brasil; • o Partido Liberal apresentou um projeto para a antecipação da maioridade do Imperador, declarando Dom Pedro II como maior de idade, mas as forças conservadoras se colocaram em oposição aos liberais, que por sua vez foram às ruas fazer manifestações e recebendo o apoio do povo. E, com toda essa pressão popular em meados de 1840, Dom Pedro II foi considerado maior de idade, com 15 anos incompletos, dando início ao Segundo Reinado (1840 – 1889). • No dia 23/07/1840 D. Pedro II jurou a Constituição e foi aclamado imperador aos 14 anos. HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
  • 3. GOLPE DA MAIORIDADE Grupos viram as revoltas provinciais como um sinal de que era preciso antecipar a maioridade de D. Pedro. O debate sobre a maioridade começou na Assembleia, mas logo ganhou as ruas. Em julho de 1840, a Assembleia Geral declarou que Pedro de Alcântara, aos 14 anos de idade, já era maior de idade. Esse processo ficaria conhecido como Golpe da Maioridade. 3 HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
  • 4. Queremos D. Pedro II Embora não tenha idade A nação dispensa a lei E viva a maioridade! Cavalaria da Sabinada O FIM DO PERÍODO REGENCIAL HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
  • 5. • A propaganda ajudou a antecipar o golpe. • Até os Conservadores apoiaram • O Golpe seria a SALVAÇÃO DA NAÇÃO • Em julho de 1840, com 15 anos incompletos, D. Pedro II foi aclamado imperador do Brasil Esta é uma das raras imagens do monarca quando jovem. O cetro portado por ele, era todo feito de ouro e cravejado de diamantes HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
  • 6. LIBERAIS E CONSERVADORES  Dois grupos políticos, o Partido Liberal e o Partido Conservador, dominaram a política brasileira no Segundo Reinado. Partidos no Segundo Reinado Partido Liberal (“Luzias”) Partido Conservador (“Saquaremas”) Defendiam mais autonomia para as províncias Venceu as primeiras eleições parlamentares: “eleições do cacete” Defendiam um poder central forte De volta ao poder em 1841, tomaram medidas para reduzir o poder das províncias
  • 7. LIBERAIS E CONSERVADORES ERAM FARINHA DO MESMO SACO • Os dois eram os partidos políticos com o maior poder no Brasil • Os dois tinham líderes da elite (fazendeiros, comerciantes, funcionários públicos ou militares) • Os dois tinham interesses em manter a população excluída da vida política • Os dois eram violentos e fraudavam as eleições OS PARTIDOS E AS ELEIÇÕES HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
  • 8. ELEIÇÕES DO CACETE: LIBERAIS X CONSERVADORES • Os Liberais fraudaram as primeiras eleições legislativas do Segundo Reinado. • Pagaram capangas para espancar os adversários e roubar as urnas. • Modificaram o resultado das eleições. • E venceram de forma fraudulenta HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
  • 9. • Os Conservadores pressionaram D. Pedro II a dissolver a Câmara e convocar outras eleições Desta vez, quem venceu foram os Conservadores. • Os Liberais reagiram , pegaram em armas , mas foram derrotados. HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
  • 10. HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
  • 11. • Surgiu um novo partido : PARTIDO DA PRAIA (elite) • O nome desse partido é por conta da sede de seu jornal , DIÁRIO NOVO, que ficava na Rua da Praia em Recife. • D. Pedro II nomeou um CONSERVADOR para comandar Pernambuco • Os PRAIEIROS reagiram (1848) com um MANIFESTO • Tentaram conquistar Recife • Líder PEDRO IVO DA SILVEIRA • Conseguiram algumas vitórias mas foram derrotados pelo império • Os líderes foram condenados a prisão perpétua em FERNANDO DE NORONHA Recife - 1851 HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
  • 12. • ONDE: Pernambuco • CAUSAS: concentração de poder e riquezas nas mãos de poucas famílias de Pernambuco , os portugueses dominava o comércio do varejo e só davam empregos a seus parentes. • FAMÍLIA CAVALCANTE: somente essa família detinha um terço dos engenhos de Pernambuco • Destas famílias ricas , saíam políticos do Partido Liberal quanto do Partido Conservador HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
  • 13. • Autor: Antônio Borges da Fonseca) • voto livre e universal do povo brasileiro • liberdade plena e absoluta de comunicar os pensamentos por meio da imprensa • trabalho como garantia de vida para o cidadão brasileiro • comércio varejista (a retalho) só para cidadãos brasileiros • extinção do poder MODERADOR Capa de livro sobre a Revolução Praieira HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
  • 14. PARLAMENTARISMO À BRASILEIRA HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
  • 15. A MARCHA DO CAFÉ  Principal produto cultivado no Brasil durante o Segundo Reinado (introduzido por Francisco de Melo Palheta.  Além do café, produziam-se cana-de-açúcar, algodão, tabaco etc.  Boa parte da produção cafeeira era exportada. Fonte: ARRUDA, José Jobson de A. Atlas histórico básico. São Paulo: Ática, HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
  • 16. • RJ (1760) e SP tinham solo ideal (Vale do Paraíba) • A economia do Brasil melhorou • Usavam mão-de-obra escrava • Surgem os grandes proprietário rurais • O Brasil passou a exportar café • Nasce uma nova classe social: os BARÕES DO CAFÉ (receberam títulos de nobreza do imperador) • Cafeicultores tinham influência política • Sustentavam a economia do Brasil • Muitas cidades e grandes latifúndios surgiram • Surgem ferrovias • Os portos de Santos (SP) e do RJ prosperaram O café tem origem na Etiópia (África) Acredita-se que as primeiras mudas do café entraram no Brasil por Belém (PA) em 1727 HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
  • 17. A OPÇÃO PELO CAFÉ. No plano interno, o Brasil possuía clima e solos favoráveis para esse cultivo, além disso havia mão de obra escrava e capitais disponíveis para investir na lavoura cafeeira, provenientes de comerciantes, ex-mineradores e de antigos plantadores de cana de açúcar. No plano externo, o consumo do café aumentou, no início do século XIX, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, e isso provocou um considerável aumento no preço do produto. HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
  • 18. • Produção para o mercado interno • MG: gado, cavalo, porco, tecidos e alimentos ( farinha de mandioca e de milho, toucinho e carne salgada • Produtos vendidos no interior de MG e no RJ • RS: charque (usada para alimentar escravizados) Casa de fazenda produtora de charque no RS HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
  • 19. Além do CAFÉ , contribuíram também para o progresso do Brasil: •Tarifa Alves Branco (1844): aumentou impostos de produtos estrangeiros ( passaram de 15% para até 60%) •Lei Eusébio de Queirós (1850) : proibia a vinda de africanos para o trabalho escravo no Brasil •O capital que era usado para comprar escravos e os lucros do café foram Investidos em FERROVIAS • A primeira ferrovia do Brasil inaugurada em 1854 e ligava Baía da Guanabara a Petrópolis(onde a família real descansava) • 1858- Estrada de Ferro D. Pedro II (para transportar café do Vale do Paraíba ao RJ) HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
  • 20. • PE (1855): Estrada de Ferro Recife São Francisco • SP (1868): Santos-Jundiaí (com capitais ingleses) • Paulista, Mogiana e Sorocaba (financiadas pelo café) • O transporte se tornou mais barato • Aumentaram os lucros dos barões de café HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
  • 21. • Surgem as primeiras indústrias de tecidos, chapéus e cerveja • Companhias de iluminação a gás • Companhias de seguro e navegação a vapor • Bancos • Empresas de mineração • Empresas de transporte urbano HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
  • 22. O FIM DA ESCRAVIDÃO I  A mão-de-obra escrava negra, utilizada durante séculos no país, começou a ser cada vez mais questionada, a partir do Segundo Reinado.  Isto porque o modelo capitalista e industrial que iniciou na Europa, e aos poucos veio para o Brasil, era incompatível com o escravismo.  Assim, a Inglaterra passou a pressionar pelo fim do tráfico de escravos na América, visando investimento em seus produtos industrializados.  Em 1845, os ingleses assinaram a Lei Bill Aberdeen que proibia o comércio de escravos entre a África e a América.  Em 1850, foi assinado, no Brasil, a Lei Eusébio de Queiróz, que proibia o tráfico de escravos no país. HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
  • 23. • Irineu Evangelista de Souza • Empresário gaúcho Aqui você pode baixar o livro: “Mauá: o desafio inovador numa sociedade arcaica” HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
  • 24. Ao longo de sua vida foi merecedor, por contribuição à industrialização do Brasil no período do Império (1822- 1889), dos títulos nobiliárquicos primeiro de barão (1854) e depois de Visconde de Mauá (1874). Foi pioneiro em várias áreas da economia do Brasil. Dentre as suas maiores realizações encontra-se a implantação da primeira fundição de ferro e estaleiro no país, a construção da primeira ferrovia brasileira, a estrada de ferro Mauá, no atual estado do Rio de Janeiro, o início da exploração do rio Amazonas e afluentes, bem como o Guaíba e afluentes, no Rio Grande do Sul, com barcos a vapor, a instalação da iluminação pública a gás na cidade do Rio de Janeiro, a criação do primeiro Banco do Brasil, e a instalação do cabo submarino telegráfico entre a América do Sul e a Europa. HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889
  • 25. LEI DE TERRA E IMIGRAÇÃO Imigração • Pensada como alternativa para a mão de obra escrava. • Teorias racistas estimulavam o desejo de imigração europeia. • Objetivo da imigração era fornecer trabalhadores para as fazendas brasileiras. • Além disso, promover o branqueamento da população do país. Lei de Terra • Lei visava impedir que libertos, imigrantes e pobres se instalassem em terras devolutas. • Oficializou o latifúndio e proibiu a venda de terras a prazo. • Estabeleceu que somente após dois anos residindo no país o imigrante poderia comprar terras. • Muitos indígenas perderam o direito que tinham sobre as terras em que viviam. 25 HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
  • 26. Abolição, imigração e indigenismo no Império Abolição da escravidão Pressão inglesa Resistência dos escravizados Movimento abolicionista RESISTÊNCIA DOS ESCRAVIZADOS Desobediência Fuga e formação de quilombos Levantes urbanos Busca de liberdade para prática de suas culturas e religiões Inúmeras revoltas no século XIX: mais de 20 na Bahia MOVIMENTO ABOLICIONISTA Ganha força na segunda metade do século XIX Luta na imprensa Passeatas e comícios Compra de cartas de alforria O movimento ganha forças com o fim da Guerra do Paraguai 26 HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840-1889)
  • 27. HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud IMIGRANTES NO BRASIL Em 1871 o governo brasileiro cria a lei que permite a emissão de apólices de até 600 contos de réis para auxiliar no pagamento das passagens e no adiantamento de 20 mil-réis a cada família imigrante. No mesmo ano, é formada a Associação Auxiliadora de Colonização de São Paulo, que reúne grandes fazendeiros e capitalistas e tem o apoio do governo provincial. Entre 1875 e 1885, a Província de São Paulo recebe 42 mil estrangeiros.
  • 28. O CONTEXTO EUROPEU. Os grandes proprietários rurais introduziram técnicas modernas na produção agrícola e dispensaram um grande número de trabalhadores. A nascente indústria europeia não era capaz de absorver um grande número de trabalhadores desempregados. Além disso, a população do continente praticamente dobrou nessa época. HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud IMIGRANTES NO BRASIL.
  • 29. HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud IMIGRANTES NO BRASIL
  • 30. A SOCIEDADE PROMOTORA DE IMIGRAÇÃO Os cafeicultores de São Paulo, criaram em 1886, a sociedade promotora de Imigração, como o objetivo de reunir trabalhadores europeus dispostos a emigrar para o Brasil. A sociedade mantinha agentes na Europa com a função de recrutar trabalhadores. Esses agentes exageravam ao descrever as oportunidades oferecidas pelo país, convencendo muitos europeus de que ótimas oportunidades de trabalho estariam garantidas no Brasil. Para facilitar a imigração desses europeus, geralmente eram contratados no sistema de colonato, o governo brasileiro arcava com os custos das passagens de navios, dessa forma os fazendeiros ficavam isentos das despesas da viagem. HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud IMIGRANTES NO BRASIL.
  • 31. OS IMIGRANTES  Portugueses, espanhóis, italianos, alemães, austríacos, entre outros povos, são atraídos pelas propagandas divulgadas em seus países, que acenam com uma vida melhor para quem quiser se aventurar nos trópicos. É da Itália, porém, que vem a maioria dos imigrantes. Fogem da falta de empregos e da fome generalizada. A maioria dos imigrantes vem para as lavouras de café de São Paulo.  Um número expressivo dirige-se ao Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde se desenvolve uma colonização baseada na pequena propriedade agrícola. Muitos ficam nos núcleos urbanos, como operários ou artesãos autônomos. O recenseamento de 1900 registra 1,2 milhão de estrangeiros no Brasil, ou cerca de 7% da população. Destes, cerca de 500 mil estão em São Paulo, 200 mil no Rio de Janeiro, mais de 140 mil no Rio Grande do Sul. Fonte: www.conhecimentosgerais.com.br HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud IMIGRANTES NO BRASIL.
  • 32. Espanhóis Os espanhóis começaram a imigrar para o Brasil em razão dos problemas no país de origem e das possibilidades de trabalho que, bem ou mal, lhes eram oferecidas. Muitos agricultores, proprietários de minifúndios, partiram da Galícia; outros vieram da Andaluzia, onde eram, principalmente, trabalhadores agrícolas. Italianos As grandes áreas de atração de imigrantes italianos para o Brasil foram os estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Considerando o período 1884-1972, verificamos que quase 70% dos italianos ingressaram no País pelo estado de São Paulo. As condições de estabelecimento dos italianos foram bastante diversas. A imigração sulina praticamente não foi subsidiada e os recém-chegados instalaram-se como proprietários rurais ou urbanos. Em São Paulo, foram a princípio atraídos para trabalhar nas fazendas de café, através do esquema da imigração subsidiada. Nas cidades paulistas, trabalharam em uma série de atividades, em especial como operários da construção e da indústria têxtil. Os japoneses foram destinados inicialmente as fazendas de café, mas gradativamente tornaram- se pequenos e médios proprietários rurais. Dentre todos os grupos imigrantes foram os que se concentraram por período mais longo nas atividades rurais, em que se destacaram pela diversificação da produção dos hortifrutigranjeiros. Em anos recentes, houve forte migração de descendentes de japoneses para os centros urbanos, onde passaram a ocupar posições importantes nas várias atividades componentes da área de serviços
  • 33. Em anos mais recentes, a imigração para o Brasil, qualitativamente, diversificou-se bastante. Novas etnias se juntaram às mais antigas, como é o caso da imigração de países vizinhos – Argentina, Uruguai, Chile, Bolívia etc. – tanto por razões profissionais como políticas. Coreanos passaram a compor a paisagem da cidade de São Paulo, multiplicando restaurantes e confecções. O fenômeno migratório no Brasil O Brasil é um país de migrantes. É bastante comum encontrar nas nossas comunidades eclesiais, no trabalho, entre os colegas de aula ou na parada de ônibus pessoas provenientes de outras cidades, outros estados e até mesmo de diferentes países. Às vezes, quem migrou foram os pais, os avós ou os bisavós. No fundo, se remontamos às origens históricas, somos todos migrantes ou descendentes de migrantes. Essa realidade, que pode ser averiguada pela experiência do dia-a-dia, é o espelho de um país de grande mobilidade humana. Mulheres, homens, crianças, idosos, famílias, trabalhadores com e sem emprego perambulam no país em busca de melhores condições de vida, muitas vezes fugindo de situações insustentáveis, outras vezes perseguindo um sonho, uma terra prometida. HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud IMIGRANTES NO BRASIL.
  • 34. HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud IMIGRANTES NO BRASIL.
  • 35. O abolicionismo ganhou força em nosso país a partir da década de 1870, mas um ponto de partida importante a ser considerado foi a proibição do tráfico negreiro, que aconteceu por meio da Lei Eusébio de Queirós, em 1850. Com essa lei, cortava-se a fonte que renovava os números de escravos no território brasileiro. A força do abolicionismo em nosso país apresentou-se de diversas maneiras. Associações abolicionistas surgiram aos montes no país, conferências abolicionistas foram organizadas, eventos públicos realizados, levantaram-se fundos para pagar a alforria de escravos, advogados passaram a atuar efetivamente contra senhores de escravos, jornalistas publicavam textos defendendo a abolição e populares abrigavam escravos fugidos em suas casas. HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud Abolicionismo.
  • 36. Houve na ocasião um descontentamento geral por parte dos usineiros, fazendeiros, comerciantes, cafeicultores e senhores de um modo geral que se sentindo prejudicados com a nova lei, entraram na justiça exigindo que o governo os ressarcisse, pois não sabiam como vencer a crise gerada com a abolição da escravatura, pois agora tinham de pagar salários a seus ex-escravos. Como a cultura brasileira sempre foi escravagista o Brasil acabou sendo o ultimo país a libertar seus escravos e mesmo assim as dificuldades foram imensas para se chegar a isso. HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud Abolicionismo.
  • 37. A abolição da escravatura acabou fazendo do mundo um lugar melhor porém logo que foram libertados muitos escravos não sabiam o que fazer com a sua liberdade pois não tinham terras, nem economias e assim eram obrigados a viver de maneira muito precária tentando a sorte em garimpos e florestas pelo interior do país. Muitos deles se deram bem e acabaram ficando ricos, porém o número de escravos que continuou nas fazendas de seus antigos donos foi muito grande e lá eles seguiram trabalhando e recebendo salários que mal dava para sobreviverem uma vez que depois da abolição da escravatura aos que decidiam ficar era pago um salário, mas em contrapartida comida, roupa, tudo passou a ser cobrado deles, não sobrando praticamente nada. que partiram em busca da felicidade e de uma nova vida, muitos se deram bem, entretanto outros acabaram voltando ao lugar de origem. Hoje no Brasil muito ainda se fala em racismo e discriminação dos negros, porém não se esqueça que poucos são os brasileiros que não tem em sua arvore genealógica a presença negra. A abolição da escravatura terminou com um período do qual os brasileiros devem se envergonhar, pois dominar e escravizar os semelhantes, são idéias não só grotescas como inescrupulosas de pessoas ambiciosas e sem caráter. HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud Abolicionismo.
  • 38. Ano Nome ou origem da lei Conteúdo da lei Lei X Realidade 1831 Lei criada para atender a exigência da Inglaterra para reconhecer a independência do Brasil Declarava ilegal o comércio de africanos para o Brasil Não teve efeitos, pois, após um breve momentos inicial, o tráfico cresceu em vez de diminuir. 1850 Lei Eusébio de Queiroz Proibia definitivamente a entrada de escravizados no Brasil De fato não entraram mais escravizados vindos da África, mas houve um aumento significativo do tráfico interprovincial. 1871 Lei do Ventre Livre Definia que os filhos de escravos nascidos a partir daquela data seriam considerados livres Foi elaborada segundo os interesses dos proprietários de escravos, pois a lei previa que os escravos poderiam ficar sob a autoridade do senhor até os 21 anos de idade. 1885 Lei dos Sexagenários Declarava que os escravos a partir de 60 anos eram livres A lei previa que os escravos deveriam trabalhar por mais três anos. Mesmo que eles conseguissem sobreviver, não conseguiriam arrumar emprego com aquela idade. 1889 Lei Áurea Declarou extinta a escravidão no Brasil De fato foi aplicada, mas os ex-escravos foram deixados em uma situação muito precária. AS LEIS E A REALIDADE 38 HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud Abolicionismo.
  • 39. A VIDA DIFÍCIL DOS RECÉM-LIBERTOS Recém-libertos sem terra, sem instrução, sem dinheiro e sem apoio do governo Alguns negociaram sua permanência nas fazendas em troca de modestos salários ou do direito de ter uma roça Alguns migraram para as cidades Foram obrigados a aceitar os piores serviços, os mais baixos salários e a convivência com o racismo Alguns poucos ascenderam socialmente Para amenizar a luta diária pela sobrevivência, organizavam- -se em centros religiosos, clubes esportivos e grupos de lazer HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud Abolicionismo.
  • 40. Um dos abolicionistas mais famosos, é célebre por seus poemas engajados, entre os quais, Vozes d’ África e Navio Negreiro. Fundou em 1869 a Sociedade Libertadora 7 de Setembro na Bahia. Atuante, conseguiu alforria para 500 escravos e difundiu a luta em prol dos ideais “Abolicionista”. Morreu aos 24 anos, em 1871 sem ver a Lei Áurea ser assinada. de liberdade em um jornal chamado CASTRO ALVES HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud Abolicionismo.
  • 41. HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud Abolicionismo.
  • 42. Fim da escravidão O Brasil foi o último país do continente americano a abolir o trabalho escravo e isso ocorreu por meio da Lei áurea aprovada pelo Senado e assinada pela princesa Isabel, em 13 de maio de 1888. O fim da escravidão no Brasil não foi por um ato de bondade da monarquia brasileira, mas foi uma conquista realizada por meio do engajamento popular e da resistência dos escravos. A pressão realizada pela população livre e pelos escravos era tamanha que o clima de desordem no final da década de 1880 era evidente: o Império não tinha mais o controle sobre a situação. Pressionado, o Império teve de agir, dessa forma, aprovou-se a Lei Áurea em 13 de maio de 1888. A reação da população mediante a lei foi de festa, e as celebrações estenderam-se por dias. A abolição, porém, não foi acompanhada por medidas de suporte aos negros libertos, e eles continuaram sendo vítimas do preconceito, violência e sofreram com a falta de acesso ao estudo e às boas oportunidades. HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud Abolicionismo.
  • 43. JOSÉ DO PATROCÍNIO Filho de uma quitandeira com um padre, José do Patrocínio foi um desses abolicionistas que tinham a alma inspirada. Era um jornalista polêmico e orador eloquente. Com o jornal Gazeta da Tarde fez ampliar a voz dos ideais abolicionistas. Terminou exilado por criticar demais o governo e problematizar a questão da população negra que, após a Lei Áurea, ainda continuava miserável. HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud Abolicionismo.
  • 44. EXERCÍCIOS DE CLASSE 1) Analisando as estruturas econômicas coloniais, o historiador Caio Prado Jr., assim se referiu ao tema da escravidão: “É aliás esta exigência da colonização que explica o renascimento, na civilização ocidental, da escravidão em declínio desde os fins do Império Romano e já quase extinta de todo neste século XVI em que se inicia aquela colonização” A qual exigência da colonização o autor está se referindo? a) Ao fato de o litoral brasileiro apresentar imenso potencial mineral e somente os escravos africanos terem a necessária técnica de extração. b) À definição de uma colonização baseada na plantation, dentro dos padrões mercantilistas da época moderna. c) À impossibilidade de se utilizar o trabalho escravo dos indígenas, visto que não se adaptaram de forma conveniente ao trabalho compulsório. d) À especialidade própria das regiões americanas, que estavam a exigir a implantação de um amplo sistema de feitorias destinadas ao comércio dos produtos tropicais. HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud Abolicionismo.
  • 45. A escravidão negra no Brasil teve várias facetas. Dentre as assertivas a seguir, qual não pode ser considerada uma marca do escravismo brasileiro? a) A vida nos engenhos era dura e penosa. Por isso, a expectativa de vida dos escravos era muito pequena. b) Todos os escravos se reconheciam como iguais e lutaram juntos pelo fim da infame escravidão. c) O processo de derrocada da escravidão foi lento e gradual, durando, legalmente falando, quase quarenta anos (1850-1888). d)Era relativamente comum ao “preto forro”, caso tivesse algum pecúlio, adquirir um escravo. e)Os escravos que conseguiam, ao longo de muito anos de trabalho duro, juntar algum cabedal compravam a sua liberdade. HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental. Prof. Clayton Artaud Abolicionismo.
  • 46. SCHWARTZ, Stuart B. Escravidão indígena e o início da escravidão africana. In.: SCHWARCZ, Lilia Moritz e GOMES, Flávio (orgs.). Dicionário da escravidão e liberdade. São Paulo: Companhia das Letras, 2018, p. 219. FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 2013, p. 46. ALENCASTRO, Felipe. África, números do tráfico atlântico. In.: SCHWARCZ, Lilia Moritz e GOMES, Flávio (orgs.). Dicionário da escravidão e liberdade. São Paulo: Companhia das Letras, 2018, p. 60. SKIDMORE, Thomas E. Uma História do Brasil. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998, p. 34.