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TÓPICOS
ESPECIAIS EM
ECONOMIA 2
Gestão do Capital de Giro
Prof. Cleverson Neves
Unidade de Ensino: Elaboração e Análise de Projetos
Competência da Unidade: Capital de giro
Resumo: Aplicação do capital de giro e Financiamento do
capital
Palavras-chave: Capital de giro, sazonal, financiamento
Título da Tele aula: Gestão do capital de giro
Tele aula nº: 02
Contextualizando
• Compreender o conceito de capital de giro;
• Analisar a importância do conhecimento do
ciclo de conversão de caixa;
• Verificar os conceitos de liquidez e
lucratividade; e
• Identificar as necessidades de financiamento:
permanentes e sazonais.
Conceitos
Capital de giro
Capital de Giro
• O capital de giro inclui os ativos circulantes de
uma empresa, ou seja, caixa e títulos
negociáveis de curto prazo, além de contas a
receber e estoques.
• Também compreende passivos circulantes,
incluindo contas a pagar (fornecedores),
instituições financeiras a pagar (empréstimos
bancários) e despesas a pagar.
Capital de Giro
Capital de giro líquido é a diferença entre ativos
circulantes e passivos circulantes.
Quanto maior a margem entre ativos circulantes e
passivos circulantes, maior é a capacidade da
empresa de pagar as suas contas quando vencem.
Ativos Circulantes:
Caixa
Títulos Negociáveis
Pagamentos
Antecipados
Contas a Receber
Estoques
Passivos Circulantes:
Fornecedores
Salários e Encargos a Pagar
Despesas a Pagar
Dívidas de Curto Prazo
Impostos a Recolher
Ativos Permanentes:
Ativos Financeiros
Instalações &
Equipamentos
Terrenos & Prédios
Financiamento de Longo Prazo:
Capital de Terceiros
Capital Próprio
Capital de giro
Capital de giro líquido
Capital de Giro Líquido Positivo:
Ativo Circulante > Passivo Cirulante
Capital de Giro Líquido Negativo:
Ativo Circulante < Passivo Cirulante
Capital de Giro Líquido Nulo:
Ativo Circulante = Passivo Cirulante
Conceitos
Rentabilidade e
Liquidez
Rentabilidade e Liquidez
• É indispensável observar que ‘rentabilidade’ e
‘liquidez’ (ou fluxo de caixa) não são
necessariamente a mesma coisa ;
• Uma empresa pode ser rentável e ainda assim
passar por sérios problemas de fluxos de Caixa;
• O investimento em ativos circulantes diminui a
rentabilidade da empresa, pois, estes são menos
rentáveis que os ativos permanentes.
Rentabilidade e Liquidez
• Os ativos permanentes são usados para produção
e são mais rentáveis porque adicionam valor ao
produto (sem eles não há produção).
• Já os ativos cirulantes são menos rentáveis mas
aumentam a liquidez da empresa, ou seja, o risco
de não se conseguir pagar uma conta no
vencimento (quando isto acontece a empresa é
tecnicamente insolvente) é minimizado.
Rentabilidade e Liquidez
• A chave está na duração do ciclo de capital de
giro, ou seja, quanto tempo é necessário para
converter caixa novamente em caixa.
• O quociente de Passivos Circulantes por Ativo
Total indica o percentual de ativos que está
sendo financiado por passivos circulantes, sendo
que, são formas de financiamento mais barato
que financiamentos de longo prazo.
Rentabilidade e Liquidez
• Os passivos circulantes são basicamente dívidas
pelas quais não se pagam juros.
• Quando o quociente de PC/AT sobe,
representam maior risco de insolvência técnica,
reduz o capital de giro.
Resolução de Exercício
Cálculo do capital
de giro líquido
De acordo com os dados do balanço patrimonial da
empresa Faria & Cia, calcule o capital de giro:
Ativo Passivo
Ativo circulante Passivo circulante
Caixa 30.000,00 Fornecedores 25.000,00
Estoques 20.000,00 Passivo não circulante
Ativo não circulante Financiamentos 5.000,00
Investimentos 45.000,00 Patrim. Liquid. 65.000,00
Total ativo = 95.000,00 Total P + PL = 95.000,00
Capital de giro líquido
CGL = AC – PC
CGL = 50.000 - 25.000
CGL = 25.000,00
Interação
Momento de
reflexão!!!
Momento de interação...
Qual a importância da gestão do capital de giro
para o gerenciamento dos negócios empresariais?
Pensando na resposta da interatividade...
• O capital de giro permitirá que a empresa não
opere em situações em que as despesas
ultrapassem as receitas.
• A ausência do capital de giro faz o
empreendedor recorrer a fontes externas de
financiamento, o que reduz a margem de
retorno, uma vez que a mesma incorre em juros
e correções.
Conceitos
Ciclo de conversão
de caixa
Ciclo de conversão de caixa
• Gestão financeira de curto prazo – a gestão de
ativos e passivos circulantes – é uma das
atividades mais importantes e que consomem
mais tempo do administrador financeiro.
• O objetivo da gestão financeira de curto prazo é
administrar os ativos e passivos circulantes da
empresa para obter um equilíbrio entre
rentabilidade e risco que contribua
positivamente para o valor da empresa.
Ciclo de conversão de caixa
• Essencial para a gestão financeira da empresa é
uma compreensão do ciclo de conversão de
caixa.
Compensação entre rentabilidade e risco
Fonte: Adaptado Gitman (2010)
Cálculo do ciclo de conversão de caixa
O ciclo de conversão de caixa (CCC) é o prazo
desde o pagamento aos fornecedores até o
recebimento com a venda do produto final.
Ciclo de Conversão de Caixa = Ciclo Operacional -
Prazo Médio de Pagamento
CCC = (IME + PMR) - PMP
Conceitos
Exigências de
Financiamentos
Exigências de Financiamento
Se as vendas de uma empresa forem constantes,
então seu investimento em ativos operacionais
também será constante e a empresa terá exigências
de financiamento permanentes.
Se as vendas forem cíclicas, então o investimento
em ativos operacionais variará com o passar do
tempo, levando à necessidade de financiamento
sazonal além do financiamento permanente de seu
investimento mínimo em ativos operacionais.
Exemplo 1
A Cia Luma Boom produtora de guloseimas
mantém, em média, $ 50.000 em caixa e títulos
negociáveis, $ 1.250.000 em estoques e $ 750.000
em contas a receber.
As atividades da empresa são muito estáveis, de
modo que seus ativos operacionais podem ser
considerados permanentes.
Exemplo 1
Além disso, as contas a pagar de $ 425.000 também
são estáveis.
Portanto, a Luma Boom tem um investimento
permanente em ativos operacionais de $ 1.625.000
($ 50.000 + $ 1.250.000 + $ 750.000 – $ 425.000).
Esse montante seria igual à exigência de
financiamento permanente .
Exemplo 2
A Fábrica de sorvetes Gelato, apresenta exigências
de financiamento sazonais.
A empresa tem vendas sazonais, com o pico
associado às compras de sorvetes no verão.
Ela possui, como mínimo, $ 25.000 em caixa e
títulos negociáveis, $ 100.000 em estoques e $
60.000 em contas a receber.
Exemplo 2
Nos períodos de pico, o estoque eleva-se para $
750.000 e suas contas a receber sobem para $
400.000. Para tirar proveito de eficiências, a Ice
produz sorvetes em ritmo constante o ano inteiro.
Isso faz com que as contas a pagar permaneçam
constantes no nível de $ 50.000 durante o ano
inteiro.
Exemplo 2
Portanto, tem necessidade de financiamento
permanente, causada por seu nível mínimo de
ativos operacionais, de:
$ 135.000 ($ 25.000 + $ 100.000 + $ 60.000 – $
50.000), e necessidades de financiamento sazonais
(acima das necessidades permanentes) de:
$ 990.000 [($ 25.000 + $ 750.000 + $ 400.000 – $
50.000) – $ 135.000
Exemplo 2
As necessidades totais de financiamento da
empresa para ativos operacionais variam de um
mínimo de $ 135.000 (permanentes) a um pico
sazonal de $ 1.125.000 ($ 135.000 + $ 990.000)
Estratégia de gestão de ciclo de conversão de caixa
1. Girar o estoque com a maior velocidade
possível, sem faltas que resultem em vendas
perdidas.
2. Cobrar as contas a receber com a maior rapidez
possível, sem perder vendas em conseqüência
do uso de técnicas de cobrança muito
agressivas.
Estratégia de gestão de ciclo de conversão de caixa
3. Gerir os tempos de correspondência,
processamento e compensação para reduzi-los
ao cobrar dos clientes e aumentá-los ao pagar
aos fornecedores.
4. Efetuar o pagamento das contas a pagar com a
maior lentidão possível, sem prejudicar a
classificação de crédito da empresa.
Resolução de Exercício
Cálculo do ciclo de
conversão de caixa
(CCC)
Aplicação do Fluxo de caixa
A Cia França está preocupada com a gestão
eficiente de seu caixa. Em média, os estoques tem
90 dias de idade e as contas a receber realizam-se
em 60 dias. As contas a pagar a fornecedores são
quitadas aproximadamente em 30 dias.
Aplicação do Fluxo de caixa
A empresa tem vendas anuais de cerca de $
30.000.000,00. Suponha não haver diferença em
investimento por dólar de vendas em estoque,
recebíveis e conta a pagar a fornecedores; e um
ano de 360 dias.
Calcule o ciclo de conversão de caixa da empresa.
Pensando na resolução da atividade..
CCC = IME + PMR – PMP
CCC = 90 + 60 – 30
CCC = 120 dias
Interação
Momento de
reflexão !!!
Em relação aos objetivos da previsão de caixa, este é:
( ) Assegurar a disponibilidade de fundos em
qualquer situação para fazer frente ao pagamento
das despesas correntes.
( ) Informar eventuais faltas de dinheiro com
tempo suficiente para procurar as fontes de
financiamento mais convenientes.
( ) Informar de futuros excessos de dinheiro
para planejamento de aplicações com o máximo
proveito possível.
Conceitos
Revisão de
conteúdo
Recapitulando conteúdos estudados...
• Conceito de capital de giro;
• Análise da importância do conhecimento do
ciclo de conversão de caixa;
• Verificação dos conceitos de liquidez e
lucratividade; e
• Identificação das necessidades de
financiamento: permanentes e sazonais.
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  • 1. TÓPICOS ESPECIAIS EM ECONOMIA 2 Gestão do Capital de Giro Prof. Cleverson Neves
  • 2. Unidade de Ensino: Elaboração e Análise de Projetos Competência da Unidade: Capital de giro Resumo: Aplicação do capital de giro e Financiamento do capital Palavras-chave: Capital de giro, sazonal, financiamento Título da Tele aula: Gestão do capital de giro Tele aula nº: 02
  • 3. Contextualizando • Compreender o conceito de capital de giro; • Analisar a importância do conhecimento do ciclo de conversão de caixa; • Verificar os conceitos de liquidez e lucratividade; e • Identificar as necessidades de financiamento: permanentes e sazonais.
  • 5. Capital de Giro • O capital de giro inclui os ativos circulantes de uma empresa, ou seja, caixa e títulos negociáveis de curto prazo, além de contas a receber e estoques. • Também compreende passivos circulantes, incluindo contas a pagar (fornecedores), instituições financeiras a pagar (empréstimos bancários) e despesas a pagar.
  • 6. Capital de Giro Capital de giro líquido é a diferença entre ativos circulantes e passivos circulantes. Quanto maior a margem entre ativos circulantes e passivos circulantes, maior é a capacidade da empresa de pagar as suas contas quando vencem.
  • 7. Ativos Circulantes: Caixa Títulos Negociáveis Pagamentos Antecipados Contas a Receber Estoques Passivos Circulantes: Fornecedores Salários e Encargos a Pagar Despesas a Pagar Dívidas de Curto Prazo Impostos a Recolher Ativos Permanentes: Ativos Financeiros Instalações & Equipamentos Terrenos & Prédios Financiamento de Longo Prazo: Capital de Terceiros Capital Próprio Capital de giro
  • 8. Capital de giro líquido Capital de Giro Líquido Positivo: Ativo Circulante > Passivo Cirulante Capital de Giro Líquido Negativo: Ativo Circulante < Passivo Cirulante Capital de Giro Líquido Nulo: Ativo Circulante = Passivo Cirulante
  • 10. Rentabilidade e Liquidez • É indispensável observar que ‘rentabilidade’ e ‘liquidez’ (ou fluxo de caixa) não são necessariamente a mesma coisa ; • Uma empresa pode ser rentável e ainda assim passar por sérios problemas de fluxos de Caixa; • O investimento em ativos circulantes diminui a rentabilidade da empresa, pois, estes são menos rentáveis que os ativos permanentes.
  • 11. Rentabilidade e Liquidez • Os ativos permanentes são usados para produção e são mais rentáveis porque adicionam valor ao produto (sem eles não há produção). • Já os ativos cirulantes são menos rentáveis mas aumentam a liquidez da empresa, ou seja, o risco de não se conseguir pagar uma conta no vencimento (quando isto acontece a empresa é tecnicamente insolvente) é minimizado.
  • 12. Rentabilidade e Liquidez • A chave está na duração do ciclo de capital de giro, ou seja, quanto tempo é necessário para converter caixa novamente em caixa. • O quociente de Passivos Circulantes por Ativo Total indica o percentual de ativos que está sendo financiado por passivos circulantes, sendo que, são formas de financiamento mais barato que financiamentos de longo prazo.
  • 13. Rentabilidade e Liquidez • Os passivos circulantes são basicamente dívidas pelas quais não se pagam juros. • Quando o quociente de PC/AT sobe, representam maior risco de insolvência técnica, reduz o capital de giro.
  • 14. Resolução de Exercício Cálculo do capital de giro líquido
  • 15. De acordo com os dados do balanço patrimonial da empresa Faria & Cia, calcule o capital de giro: Ativo Passivo Ativo circulante Passivo circulante Caixa 30.000,00 Fornecedores 25.000,00 Estoques 20.000,00 Passivo não circulante Ativo não circulante Financiamentos 5.000,00 Investimentos 45.000,00 Patrim. Liquid. 65.000,00 Total ativo = 95.000,00 Total P + PL = 95.000,00
  • 16. Capital de giro líquido CGL = AC – PC CGL = 50.000 - 25.000 CGL = 25.000,00
  • 18. Momento de interação... Qual a importância da gestão do capital de giro para o gerenciamento dos negócios empresariais?
  • 19. Pensando na resposta da interatividade... • O capital de giro permitirá que a empresa não opere em situações em que as despesas ultrapassem as receitas. • A ausência do capital de giro faz o empreendedor recorrer a fontes externas de financiamento, o que reduz a margem de retorno, uma vez que a mesma incorre em juros e correções.
  • 21. Ciclo de conversão de caixa • Gestão financeira de curto prazo – a gestão de ativos e passivos circulantes – é uma das atividades mais importantes e que consomem mais tempo do administrador financeiro. • O objetivo da gestão financeira de curto prazo é administrar os ativos e passivos circulantes da empresa para obter um equilíbrio entre rentabilidade e risco que contribua positivamente para o valor da empresa.
  • 22. Ciclo de conversão de caixa • Essencial para a gestão financeira da empresa é uma compreensão do ciclo de conversão de caixa.
  • 23. Compensação entre rentabilidade e risco Fonte: Adaptado Gitman (2010)
  • 24. Cálculo do ciclo de conversão de caixa O ciclo de conversão de caixa (CCC) é o prazo desde o pagamento aos fornecedores até o recebimento com a venda do produto final. Ciclo de Conversão de Caixa = Ciclo Operacional - Prazo Médio de Pagamento CCC = (IME + PMR) - PMP
  • 26. Exigências de Financiamento Se as vendas de uma empresa forem constantes, então seu investimento em ativos operacionais também será constante e a empresa terá exigências de financiamento permanentes. Se as vendas forem cíclicas, então o investimento em ativos operacionais variará com o passar do tempo, levando à necessidade de financiamento sazonal além do financiamento permanente de seu investimento mínimo em ativos operacionais.
  • 27. Exemplo 1 A Cia Luma Boom produtora de guloseimas mantém, em média, $ 50.000 em caixa e títulos negociáveis, $ 1.250.000 em estoques e $ 750.000 em contas a receber. As atividades da empresa são muito estáveis, de modo que seus ativos operacionais podem ser considerados permanentes.
  • 28. Exemplo 1 Além disso, as contas a pagar de $ 425.000 também são estáveis. Portanto, a Luma Boom tem um investimento permanente em ativos operacionais de $ 1.625.000 ($ 50.000 + $ 1.250.000 + $ 750.000 – $ 425.000). Esse montante seria igual à exigência de financiamento permanente .
  • 29. Exemplo 2 A Fábrica de sorvetes Gelato, apresenta exigências de financiamento sazonais. A empresa tem vendas sazonais, com o pico associado às compras de sorvetes no verão. Ela possui, como mínimo, $ 25.000 em caixa e títulos negociáveis, $ 100.000 em estoques e $ 60.000 em contas a receber.
  • 30. Exemplo 2 Nos períodos de pico, o estoque eleva-se para $ 750.000 e suas contas a receber sobem para $ 400.000. Para tirar proveito de eficiências, a Ice produz sorvetes em ritmo constante o ano inteiro. Isso faz com que as contas a pagar permaneçam constantes no nível de $ 50.000 durante o ano inteiro.
  • 31. Exemplo 2 Portanto, tem necessidade de financiamento permanente, causada por seu nível mínimo de ativos operacionais, de: $ 135.000 ($ 25.000 + $ 100.000 + $ 60.000 – $ 50.000), e necessidades de financiamento sazonais (acima das necessidades permanentes) de: $ 990.000 [($ 25.000 + $ 750.000 + $ 400.000 – $ 50.000) – $ 135.000
  • 32. Exemplo 2 As necessidades totais de financiamento da empresa para ativos operacionais variam de um mínimo de $ 135.000 (permanentes) a um pico sazonal de $ 1.125.000 ($ 135.000 + $ 990.000)
  • 33. Estratégia de gestão de ciclo de conversão de caixa 1. Girar o estoque com a maior velocidade possível, sem faltas que resultem em vendas perdidas. 2. Cobrar as contas a receber com a maior rapidez possível, sem perder vendas em conseqüência do uso de técnicas de cobrança muito agressivas.
  • 34. Estratégia de gestão de ciclo de conversão de caixa 3. Gerir os tempos de correspondência, processamento e compensação para reduzi-los ao cobrar dos clientes e aumentá-los ao pagar aos fornecedores. 4. Efetuar o pagamento das contas a pagar com a maior lentidão possível, sem prejudicar a classificação de crédito da empresa.
  • 35. Resolução de Exercício Cálculo do ciclo de conversão de caixa (CCC)
  • 36. Aplicação do Fluxo de caixa A Cia França está preocupada com a gestão eficiente de seu caixa. Em média, os estoques tem 90 dias de idade e as contas a receber realizam-se em 60 dias. As contas a pagar a fornecedores são quitadas aproximadamente em 30 dias.
  • 37. Aplicação do Fluxo de caixa A empresa tem vendas anuais de cerca de $ 30.000.000,00. Suponha não haver diferença em investimento por dólar de vendas em estoque, recebíveis e conta a pagar a fornecedores; e um ano de 360 dias. Calcule o ciclo de conversão de caixa da empresa.
  • 38. Pensando na resolução da atividade.. CCC = IME + PMR – PMP CCC = 90 + 60 – 30 CCC = 120 dias
  • 40. Em relação aos objetivos da previsão de caixa, este é: ( ) Assegurar a disponibilidade de fundos em qualquer situação para fazer frente ao pagamento das despesas correntes. ( ) Informar eventuais faltas de dinheiro com tempo suficiente para procurar as fontes de financiamento mais convenientes. ( ) Informar de futuros excessos de dinheiro para planejamento de aplicações com o máximo proveito possível.
  • 42. Recapitulando conteúdos estudados... • Conceito de capital de giro; • Análise da importância do conhecimento do ciclo de conversão de caixa; • Verificação dos conceitos de liquidez e lucratividade; e • Identificação das necessidades de financiamento: permanentes e sazonais.

Notas do Editor

  1. O capital de giro necessário é todo valor disponível menos todas as despesas. O bom empreendedor tem um capital de giro de pelo menos cerca de 60% dos ativos totais de negócio. Se seu negócio for instável, ou seja, os valores de receita e despesas não forem fixas, o capital de giro precisa ser constantemente calculado. O bom empreendedor é aquele que consegue antever problemas e antecipar soluções, sendo que o capital de giro é essencial para isso. Exemplo: Se sua empresa tem R$ 100 mil em ativos circulantes, ou seja, receitas previstas, e R$ 75 mil em passivos circulantes, terá disponível R$ 25 mil em capital de giro. Porém, se os passivos forem R$ 120 mil, a empresa precisará de R$ 20 mil para repor o capital de giro.
  2. a expressão “capital de giro”. A expressão se refere ao ativo circulante, ou seja, o valor em caixa para custear as despesas fixas, como aluguel e funcionários, e também eventuais imprevistos ou até investimentos.
  3. Como conseguir capital de giro para empresa: 6 opções Aporte dos sócios. Se você está se perguntando, “como conseguir capital de giro para minha empresa?”, a primeira sugestão é: usar suas próprias economias. ... Renegociação das dívidas e parcelamentos. ... Antecipação de recebíveis. ... Sale & Leaseback. ... Conta garantida. ... Empréstimos bancários para pessoa jurídica.
  4. É importante destacar que são conceitos muito diferentes: uma aplicação com alta rentabilidade não tem necessariamente uma alta liquidez.
  5. Liquidez é um conceito que corresponde à facilidade e velocidade com as quais um ativo pode ser convertido em caixa. Ou, em uma definição mais simples, é a capacidade de transformar um ativo (bens ou investimentos) em dinheiro. Um ativo com pouca liquidez, portanto, é aquele mais difícil de ser convertido em dinheiro, seja simplesmente pela falta de compradores ou mesmo pelo tempo necessário para liquidar o investimento. A liquidez, na verdade, envolve duas dimensões: a facilidade de conversão e a perda de valor. Qualquer ativo pode ser convertido em caixa rapidamente, desde que seu valor seja reduzido. Mas um ativo com boa liquidez é aquele que pode ser convertido em dinheiro com rapidez, sem que haja uma perda significativa de valor.
  6. Como exemplo de investimento com boa liquidez, você pode pensar na poupança, da qual pode sacar a qualquer momento, embora os juros sejam pagos apenas uma vez por mês. Já um imóvel é um produto de liquidez muito baixa. Isso porque você pode demorar dias, meses ou até anos para vendê-lo pela quantia que realmente vale. Caso precise muito do dinheiro naquele momento, terá de reduzir o preço cobrado. Por consequência, ele perderá valor. Então, trata-se de uma questão estratégica: você precisa definir o que deseja priorizar ao investir no produto – rentabilidade ou liquidez. Se você tem um bom aporte financeiro e está seguro em investir uma parte do seu capital a longo prazo, pois possui outra reserva emergencial (que pode, inclusive, estar aplicada em um fundo com melhor liquidez), vale a pena priorizar a rentabilidade maior. Considerado esse contexto, o peso da baixa liquidez diminui.
  7. O que mede a liquidez de um investimento, em síntese, é seu grau de agilidade de conversão sem perda significativa de seu valor. A liquidez de um investimento é um conceito relacionado à rapidez através da qual um investidor pode se desfazer de um ativo: seja para resgatar o dinheiro aplicado, ou para obter lucros com altas do mercado. Quer um exemplo bem fácil? A poupança. Trata-se de uma aplicação com altíssima liquidez (você pode retirar o dinheiro a qualquer momento), mas baixíssima rentabilidade.
  8. A verdade é que há uma diferença significativa entre liquidez e rentabilidade. Liquidez diz respeito à capacidade do ativo de se transformar em dinheiro, enquanto rentabilidade se refere ao percentual de remuneração que você receberá ao aplicar nele. Há investimentos que oferecem melhor rentabilidade, mas pouca liquidez.
  9. O que é ciclo de caixa? Ciclo de caixa é o tempo que se passa entre o pagamento feito aos fornecedores e o recebimento dos valores referente às vendas dos produtos adquiridos. Esse período também é chamado de ciclo financeiro ou Ciclo de Conversão de Caixa (CCC). Em inglês, a conta é conhecida como cash convertion. É importante compreender que aqui o que vale não é a data da compra. Até porque, ela pode ser parcelada. O cálculo de tempo começa com o pagamento ao fornecedor do material adquirido. E, em geral, empresas de comércio pagam seus fornecedores 30 dias após a aquisição do produto.
  10. O cenário ideal é que as empresas tenham o menor intervalo entre aquisição e venda possível. Desse modo, mercadoria não fica parada em estoque por muito tempo, proporcionando o retorno financeiro rápido para o negócio. A importância do Ciclo de Caixa Isto fará também com que o empresário não precise mexer no seu capital de giro para manter a empresa funcionando. Porque, quanto antes for a conversão de caixa, mais rápido o produto “se paga”.
  11. Ciclo de caixa = Ciclo Operacional – Prazo Médio Pagamentos a Fornecedores (PMPF) Digamos, por exemplo, que a empresa “Investidores do açúcar” teve um prazo médio de recebimento de 40 dias e um prazo médio de estocagem de 50 dias. Assim, seu ciclo operacional é de 90 dias. Considerando que o empreendimento tem um Prazo Médio Pagamentos a Fornecedores de 30 dias, seu ciclo de caixa será de 60 dias.
  12. Para pedir um financiamento com recursos do BNDES, o cliente deve atender aos seguintes requisitos mínimos: estar em dia com as obrigações fiscais, tributárias e sociais; apresentar cadastro satisfatório; ter capacidade de pagamento; dispor de garantias suficientes para cobertura do risco da operação;
  13. Para obter o empréstimo no Banco do Brasil como MEI, é importante levar: Certificado de Condição do Microempreendedor Individual (CCMEI) e/ou Certidão Simplificada da Junta Comercial. RG. CPF. Comprovante de residência do Microempreendedor. CNPJ.
  14. Linha Proger Urbano – Capital de Giro A Linha de crédito Proger Urbano é um financiamente no limite de até R$ 200 mil por empresa, com prazo máximo de pagamento de até 48 meses, sendo 12 meses de carência e limite financiável de 100%. As taxas de juros de longo prazo (TJLP) são de até 12% ao ano. BNDES Automático Financiamento realizado por meio de instituições financeiras credenciadas ao BNDES, com valores até o limite de R$ 20 milhões. O BNDES possui várias linhas de financiamento com condições que podem ser adequadas às mais diversas necessidades, vale a pena conhecer. FINEM É um financiamento do grupo BNDES para empreendimentos que valor igual ou SUPERIOR a R$ 20 milhões. Este financiamento é direcionado para ampliação, recuperação e modernização de ativos fixos nos setores de indústria, comércio, prestação de serviços e agropecuária. FINAME Financiamento do BNDES direcionado especificamente para máquinas e equipamentos. Só pode ser direcionado para produção e aquisição destes produtos e os eles devem ser credenciados no BNDES Cartão BNDES O cartão BNDES é voltado para aqueles empresários que necessitam de valores até R$ 1 milhão, exclusivamente para aquisição de produtos credenciados no Portal de Operações do cartão BNDES. A taxa de juros dessa linha de crédito é definida mensalmente e os prazos de amortização variam de acordo com a instituição credenciada que você escolher. Microcrédito Produtivo Orientado Caixa A linha de crédito da Caixa Econômica Federal é outra opção para você que busca investir no seu negócio. O valor liberado depende da análise do crédito e da capacidade de pagamento da empresa. O valor pode chegar a R$ 15 mil. É uma das formas mais facilitadas de se conseguir um crédito.