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FICHA TÉCNICA
FICHA TÉCNICA
Conasems
Presidente
Wilames Freire Bezerra
Vice Presidente
Charles Cezar Tocantins De Souza
Cristiane Martins Pantaleão
Diretor Administrativo
Geraldo Reple Sobrinho
Diretor Financeiro
Hisham Mohamad Hamida
Secretário Executivo
Mauro Junqueira
Mais Conasems
Coordenação do Núcleo de Audiovisual e TV
Mário Criscuolo Parreiras
Isabel de Laguna Geisel
Alexandre Fischgold
Constâncio Viana Martins
Marcio Aparecido Oliveira Rodrigues
Coordenação do Núcleo de Educação a Distância
Rubensmidt Ramos Riani
Cristina Fátima dos Santos Crespo
Valdívia de França Marçal
Kelly Cristina Santana
Daniel Vilela Martins
Coordenação de Web Desenvolvedores
Cristina Perrone
Esplanada dos Ministérios, Bloco G, Anexo B, Sala 144
Zona Cívico-Administrativa, Brasília - DF, 70058-900 - (61) 3022-8900
Revista Mais Conasems
Edição Especial 01 | Julho 2023
Impressão:
CNPJ:
Tiragem: 3 mil exemplares
Acesse o QRCode e conheça
ou acesse mais.conasems.app
O SUS nunca
O SUS nunca
esteve tão perto.
esteve tão perto.
A EaD em saúde
A EaD em saúde
nunca foi tão
nunca foi tão
longe.
longe.
Coordenação Executiva
Sylvio Rômulo Guimarães de Andrade Júnior
Coordenação de Tecnologia da Plataforma AVA
Alexandre Liberal Ferreira de Santana
Assessoria de Conteúdo
Patrícia da Silva Campos
Textos
Cristina Fátima dos Santos Crespo
Kelly Cristina Santana
Priscila Rondas
Rubensmidt Ramos Riani
Valdívia de França Marçal
Revisão Linguística
Keylla Manfili Fioravante
Assessoria Executiva
Conexões Consultoria em Saúde Ltda
Imagens
Fototeca Conasems
Produção de entrevistas e projeto gráfico
Cintia Ferreira
Jonas Costa
ÍNDICE
Conasems
Mais Conasems
+ Resultados
+ Diálogo
+ Educação
+ Opinião
Galeria de fotos
04
05
08
10
13
22
29
Conasems:
Conasems:
a defesa e promoção do SUS
promoção do SUS
nos municípios brasileiros
O Conselho Nacional de
Secretarias Municipais de
Saúde (Conasems) é uma
organização que represen-
ta as secretarias municipais
de saúde do Brasil. Funda-
do em 1988, o Conasems
tem como objetivo princi-
pal a defesa e a promoção
do Sistema Único de Saúde
(SUS) nos municípios.
O Conasems é compos-
to por uma diretoria execu-
tiva e por representantes
das secretarias municipais
de saúde de todos os esta-
dos brasileiros. A organi-
zação tem como principais
atividades a promoção de
debates e discussões so-
bre temas relevantes para
a saúde pública, a elabora-
ção de projetos e progra-
mas de saúde e a articula-
ção com outros órgãos e
entidades do setor.
Entre as pautas defen-
didas pelo Conasems estão
a ampliação do acesso aos
serviços de saúde, a melho-
ria da qualidade dos aten-
dimentos, o fortalecimento
do papel dos municípios no
SUS e a garantia da parti-
cipação social nas políticas
públicas de saúde.
Além disso, o Conasems
tem uma atuação impor-
tante na capacitação e for-
mação de gestores e pro-
fissionais da área de saúde,
por meio de cursos, trei-
namentos e eventos. A
organização realiza tam-
bém ações de cooperação
técnica com outras insti-
tuições, visando ao apri-
moramento da gestão em
saúde nos municípios.
Por fim, é importante
ressaltar que o Conasems
é uma entidade fundamen-
tal para a defesa do SUS e
para o fortalecimento das
políticas públicas de saúde
no Brasil. A organização de-
sempenha um papel impor-
tante na articulação entre
os municípios e as demais
esferas de governo, contri-
buindo para a construção
de um sistema de saúde
mais justo e equânime a to-
dos os brasileiros.
04
Inovar
Inovar para educar:
para educar:
nasce o Mais Conasems
nasce o Mais Conasems
Desde 1988, o Conasems
participa da promoção e
consolidação de um novo
modelo de gestão públi-
ca de saúde, alicerçado em
conceitos como descentra-
lização/municipalização, e
assumiu o desafio de rom-
per com a estrutura centra-
lista de decisões impostas,
fazendo jus aos preceitos
constitucionais de formu-
lação do Sistema Único de
Saúde (SUS). Na defesa in-
condicional da melhoria do
sistema público de saúde, os
municípios assumem, cada
vez mais, por meio da re-
presentação do Conasems,
o papel de formuladores
de políticas públicas e, para
tanto, se faz necessária a
articulação de soluções que
possibilitem a entidade in-
teragir e alinhar, de forma
cada vez mais intensa e efi-
caz, com as 5.570 secreta-
rias municipais de saúde
em todo o país.
Para promover a im-
plementação de diversas
estratégias de gestão, edu-
cação e transformações de
processos de trabalho, a
decisão foi de inovar com a
construção da rede corpo-
rativa de TV, com capacida-
de tecnológica de produ-
ção de conteúdos digitais e
educação a distância (EaD):
nasce assim o Programa
Mais Conasems.
05
Objetivos
Objetivos do Mais Conasems
• Propiciar o debate sobre políticas públicas e programas da área de saúde.
• Desenvolver e fortalecer a educação permanente, por meio da EaD.
• Possibilitar a uniformidade da informação e a homogeneidade da reflexão no SUS nacionalmente.
• Promover e favorecer a troca de experiências e conhecimentos na área de saúde;
• Difundir informações epidemiológicas, ambientais e sanitárias.
• Fortalecer a gestão do SUS, de forma descentralizada e com maior protagonismo dos municípios.
• Favorecer a atuação do Conasems de forma uniforme em crises epidemiológicas nacionais.
06
Em seus três anos de ati-
vidades, o Mais Conasems já
tem muitas contribuições e
muitos sucessos.
O primeiro foi o desafio
de, em plena pandemia, capa-
citar os profissionais de saú-
de das 45 mil salas de vacinas
existentes, de forma efetiva,
para atender às necessidades
impostas pelos novos proces-
sos de vacinação e sem in-
terrupção das atividades im-
prescindíveis desses mesmos
profissionais no atendimento
à população. Concebe-se as-
sim um projeto educacional
inovador denominado ‘‘Imu-
nizaSUS’’, em parceria com o
Ministério da Saúde.
O segundo, também mui-
to desafiador, foi o de capa-
citar a gestão municipal em
novas estratégias, procedi-
mentos e processos decor-
rentes da mesma pandemia
avassaladora que atingia o
país. Para tanto, foi idealizado
o projeto “Ser Gestor SUS”.
O terceiro desafio abra-
çado pelo Conasems foi o de,
em parceria com o Ministério
da Saúde, empreender a for-
mação técnica dos agentes
de saúde, determinada em
lei, conjugada com a definiti-
va implantação das Políticas
Nacionais de Atenção Básica
(PNAB) e de Vigilância em Saú-
de (PNVS), para os mais de 380
mil agentes de saúde distribu-
ídos em mais de 5 mil municí-
pios. Para atender a esse desa-
fio, foi concebido o programa
“Saúde com Agente”.
Tudo isso só foi possível
com a estruturação do Núcleo
Educacional Conasems, situa-
do em Belo Horizonte (MG), e
uma TV corporativa, em Brasí-
lia (DF), com seus vários equi-
pamentos e profissionais.
O Núcleo Educacional tra-
balha com uma equipe mul-
tiprofissional formada por
pedagogos, especialistas em
educação a distância, desig-
ners instrucionais, web de-
senvolvedores, revisores de
texto, roteiristas de teleaulas,
diagramadores, especialistas
em saúde, especialistas em
desenvolvimento de material
didático online e conteudistas.
Inovar para educar
07
08
+ RESULTADOS
Autonomia e
Autonomia e
protagonismo
protagonismo do aluno
na aprendizagem: eixos
do Núcleo Educacional
do Mais Conasems
O grande desafio da
equipe pedagógica do
Conasems sempre foi o de
tornar suas ações educacio-
nais atrativas, tecnicamente
consistentes e com conteú-
dos significativos suficientes
para que os alunos, nos mais
diversos locais de trabalho
espalhados pelos rincões
do Brasil, se mantivessem
curiosos, participantes e dis-
Material didático apresenta
linguagem de fácil compreensão Teleaulas de fácil entendimento
postos a empreenderem seu
processo de aprendizado a
cada dia de aula.
Para que isso ocorra e
continue, a estratégia adota-
da foi a educação interativa,
metodologia que convida os
alunos a desempenharem
um papel ativo no processo
de aprendizagem. Nela bus-
ca-se o envolvimento dos
alunos num amplo proces-
so de interação, seja aluno-
-aluno, seja aluno-tutor ou
aluno-material didático. Esse
último, com a adoção das
metodologias ativas que o
Núcleo Educacional do Mais
Conasems desenvolve, de-
sempenha uma importante
função, pois os alunos pas-
sam a ser os grandes prota-
gonistas e podem aprender
de forma contínua.
As aulas interativas, com
sua linguagem dialógica,
dão a oportunidade de o alu-
no raciocinar, refletir, ressig-
nificar seus conhecimentos
prévios, elaborar soluções
e ultrapassar desafios por
conta própria. Ele se envolve
nas atividades propostas pe-
los professores e acaba de-
senvolvendo habilidades e
autonomia, que repercutem
em suas atitudes, promo-
vendo transformações indi-
viduais e coletivas em seu
ambiente de trabalho.
Por ser relevante para o
processo de aprendizagem,
essa metodologia é avaliada
continuamente ao longo das
ações educacionais de modo
a sempre se manter fiel ao
seu propósito (veja exemplos
da sistemática avaliativa nos
gráficos desta matéria).
Mais Conasems em números
140
140
aulas
interativas e
e-books para apoio
102
102
guias de
tutorias
140
140
teleaulas
326
326
produções audiovisuais
Mostra Brasil, aqui tem
SUS
+ de 300
+ de 300
mil alunos
matriculados
9.200
9.200
páginas de material
analisadas e
transformadas em
conteúdo didático
165
165
roteiros para
teleaulas
+ de 800
+ de 800
especialistas
entrevistados
+ de 6.100
+ de 6.100
horas de
produção
audiovisual
45
45
cursos
160
160
horas de reuniões
pedagógicas
interinstitucionais
25
25
webinários
Presente nos
5.570
municípios
brasileiros
09
Curso de formação
de tutores e
preceptores
44 mil alunos
Curso Ser Gestor
Programa
ImunizaSUS
Curso Técnico de
Agente de Combate
às Endemias
Curso Técnico de
Agente Comunitário
de Saúde
13 mil alunos
52 mil alunos
+ de 40 mil
alunos
+ de 150 mil
alunos
Para garantir a qualidade
das ações educacionais reali-
zadas na modalidade a distân-
cia, foi criado o Curso de For-
mação de Tutor e Preceptor,
Formação de tutores e preceptores garante qualidade em cursos EaD
Formação de tutores e preceptores garante qualidade em cursos EaD
que prepara os responsáveis
pela formação teórico-prá-
tica em cursos ofertados no
canal Mais Conasems. Funda-
mentais no acompanhamento
do aluno e na mediação da
aprendizagem, tutores e pre-
ceptores são capacitados a
estimular o autodidatismo, a
autoavaliação e a autocrítica.
O conteúdo do curso inclui,
entre outros temas, história
da EaD, seus conceitos e uso
das metodologias ativas.
“Com o Mais Conasems,
municípios melhoraram
municípios melhoraram
a
a condição de acesso
condição de acesso aos
seus serviços de saúde”
Sonho que tomou forma
em meio ao pesadelo da pan-
demia de covid-19, o Mais Co-
nasems é classificado como
“principal ferramenta de cur-
sos a distância do país” pelo
presidente do Conselho Na-
cional de Secretarias Munici-
pais de Saúde, Wilames Freire
Bezerra. O odontólogo de 54
anos, eleito em 2019 e reeleito
em 2021, é secretário de Saú-
de de Pacatuba (CE), município
da Grande Fortaleza. Na en-
trevista a seguir, ele comenta
o desafio da crise sanitária, o
sucesso do Mais Conasems e
as perspectivas do Canal.
Como foi a experiência
de presidir o Conasems e
representar as secretarias
municipais de saúde duran-
te toda a crise sanitária oca-
sionada pelo coronavírus?
Wilames Freire Bezerra
– É uma grande honra e uma
oportunidade ímpar presi-
dir uma entidade de renome
nacional que representa os
5.570 municípios brasileiros.
E foi um grande desafio ser
presidente do Conasems,
com uma diretoria brilhan-
te, num momento em que
o sistema público de saúde
do Brasil foi exigido por uma
pandemia cujo comporta-
mento não sabíamos como
seria. A sociedade precisava
muito do nosso sistema pú-
blico, precisava muito dos
municípios organizados e a
10
postos para dar socorro ime-
diato a quem necessitasse.
Eu, que já estava na pre-
sidência naquele momento,
entendi que era fundamen-
tal nossa entidade liderar os
municípios, tranquilizá-los e
prepará-los para o enfrenta-
mento da pandemia, capa-
citando nossos vacinadores,
nossos trabalhadores.
Foi um grande desafio
e um grande aprendiza-
do. Tenho certeza de que o
Conasems saiu fortalecido
desse enfrentamento, sen-
do uma entidade, hoje, re-
conhecida nacional e inter-
nacionalmente como forte
representação dos sistemas
municipais de saúde.
De que forma o Mais
Conasems se tornou, em
tão pouco tempo, a grande
contribuição do conselho à
saúde pública ao longo da
pandemia de covid-19?
+ DIÁLOGO
Wilames – O Mais Cona-
sems tem uma longa história.
Algum tempo atrás, quando
eu fazia parte da diretoria
do Conasems em outras fun-
ções, sempre falava que tería-
mos que evoluir e trabalhar
com as demandas vindas dos
municípios, que o Conasems
não poderia ficar somente
na esteira da representação
tutelar dos municípios, que
precisávamos partir também
para o campo da orientação.
O município é, hoje, o ente
que mais emprega trabalha-
dores no sistema público de
saúde do Brasil e que faz a
gestão da atenção primária.
O Conasems colocou em
sua pauta que era necessá-
rio atendermos às demandas
do processo de educação em
saúde nos nossos municípios.
Aí surgiu a ideia, durante a
pandemia, de criarmos o ca-
nal Mais Conasems com o
objetivo claro de nos comu-
nicarmos diretamente com a
“ponta”: com as unidades de
saúde, com os trabalhado-
res, com os gestores, com os
técnicos e com a comunidade
que milita no sistema público.
A princípio, imagináva-
mos uma estrutura simples
que pudesse fazer um diálogo
esporádico lá na “ponta”. Com
o sucesso do Mais Conasems,
ele ganhou dimensão e, hoje,
dota os profissionais da saúde
de informações técnicas capa-
zes de mitigar os problemas
de acesso da população aos
sistemas públicos. É a principal
ferramenta de cursos a distân-
cia que temos no país.
Hoje, temos capacidade,
por exemplo, de promover
um curso com 200 mil for-
mandos, o “Saúde com Agen-
te”, para agentes de combate
a endemias e agentes comu-
nitários de saúde, com nível
O sucesso do canal está
O sucesso do canal está
comprovado e nosso objetivo
comprovado e nosso objetivo
é um aperfeiçoamento ainda
é um aperfeiçoamento ainda
maior. É a principal ferramenta
maior. É a principal ferramenta
de cursos a distância do país.”
de cursos a distância do país.”
“
de satisfação acima de 90%
e nível de frequência de qua-
se 90%. Isso demonstra que
o sucesso do canal está mais
do que comprovado, e nos-
so objetivo é um aperfeiçoa-
mento ainda maior.
Algum momento lhe
marcou mais nestes três
anos do Mais Conasems?
Wilames – Muita coi-
sa me surpreendeu no
Mais Conasems. Alguns
fatos específicos nos
emocionam quando
assistimos aos do-
cumentários feitos
nos diversos mu-
nicípios do Brasil,
que retratam o
resultado do
11
trabalho das gestões mu-
nicipais, dos trabalhadores
das unidades de saúde. Mu-
nicípios que, em algumas si-
tuações, têm dificuldades de
acesso, dificuldades finan-
ceiras, dificuldades técnicas,
mas observamos que, com o
processo formativo chegan-
do pela educação a distância
do Mais Conasems, consegui-
ram melhorar muito a condi-
ção de acesso da população
aos seus serviços de saúde,
com capacitação de profis-
sionais. Esses documentários
nos emocionam muito por-
que são constatações de que
o Conasems estava certo no
momento em que optou pela
criação desse belo Canal.
Qual resultado já alcan-
çado pelo projeto mais lhe
orgulha?
Wilames – Acho que o
maior legado do Mais Co-
nasems é a resposta que dá
na melhoria dos serviços, na
capacitação e na orientação
dos trabalhadores. Já tive-
mos diversos cursos, capa-
citamos milhares e milhares
de pessoas, e isso, com cer-
teza, tem reflexo positivo lá
na “ponta”, principalmente,
salvando vidas.
A existência do canal é
motivo de muito orgulho
para nós. E a forma como as
coisas acontecem no Mais
Conasems, com agenda
diariamente lotada de gra-
vações de programas e de
projetos sendo executados,
demonstra que o Canal tem
tido o máximo de utilização
possível.
Quais novos passos do
Mais Conasems já são pos-
síveis de serem vislumbra-
dos para os próximos anos?
Wilames – O futuro é promis-
sor. Acredito que teremos TV
aberta, criação de aplicativo,
internacionalização do Canal.
O futuro também é traba-
lharmos muito fortemente
nas parcerias que já inicia-
mos, tanto com o governo fe-
deral quanto com a iniciativa
privada, no processo formati-
vo e fortalecimento do nosso
sistema público de saúde, no
incentivo à participação po-
pular, no esclarecimento da
população quanto ao papel
de cada ente federado no sis-
tema, na tarefa de mostrar
ao povo seus direitos e o que
o SUS faz.
O Mais Conasems vai
continuar trabalhando na
educação em saúde, preven-
ção em saúde e formação dos
trabalhadores do SUS. Vai se
consolidar como o principal
canal de saúde pública do
Brasil porque é voltado dire-
tamente para atender às de-
mandas do sistema público.
Sonho em ver a popula-
ção, nas residências, sintoni-
zando suas TVs no Canal Mais
Conasems. Com isso, conse-
guiremos diminuir os agravos
em saúde e desobstruir nos-
sos serviços porque a popula-
ção estará mais consciente da
necessidade permanente de
cuidar da própria saúde.
12
12
+ DIÁLOGO
A crise sanitária pro-
vocada pela disseminação
do coronavírus colocou em
evidência a diversidade dos
municípios brasileiros, os di-
ferentes imunizantes utiliza-
dos contra a covid-19 e a im-
portância da vacinação. Para
impulsionar a procura e a
eficiência das 45 mil salas de
vacina do país, o Conasems
criou o Projeto ImunizaSUS,
Diversidade de municípios
Diversidade de municípios e de vacinas
é contemplada pelo “ImunizaSUS”
“ImunizaSUS”
unindo ensino, pesquisa e
mobilização social.
O carro-chefe do proje-
tofoiocurso“Fortalecimen-
to de Ações de Imunização
em Territórios Municipais”,
realizado ao longo de 10
meses para capacitar mais
de 32 mil vacinadores de
todos os estados. A forma-
ção aconteceu pela modali-
dade a distância, mas com
13
+ EDUCAÇÃO
o acompanhamento de 1,8
mil tutores.
O curso atualizou con-
ceitos e práticas de imu-
nização e saúde pública.
O ImunizaSUS produziu e
difundiu informação cien-
tífica de qualidade com lin-
guagem acessível sobre as
vacinas contra a covid-19
e as outras 18 incluídas no
Programa Nacional de Imu-
nizações (PNI) – não apenas
em aulas, mas também na
série documental “Questão
de Saúde” e em conteúdos
voltados para redes sociais.
Além disso, o projeto
pesquisou a queda das ta-
xas de cobertura vacinal no
Brasil, com participação de
mais de 90% das secretarias
municipais de saúde nesse
levantamento.
14
“Saúde com Agente”
“Saúde com Agente” forma
quase 200 mil, maior turma
de saúde do Brasil
Com atribuições am-
pliadas por leis recentes,
os agentes comunitários de
saúde (ACSs) e os agentes
de combate às endemias
(ACEs) passaram a neces-
sitar de formação técnica
à altura de suas novas res-
ponsabilidades. A resposta
veio do Conasems e do Mi-
nistério da Saúde, que cria-
ram, em 2022, o Programa
Saúde com Agente em par-
ceria com a Universidade
Federal do Rio Grande do
Sul (UFRGS), com carga ho-
rária de 1.275 horas e inves-
timento de R$ 388 milhões.
O programa nasceu
para fortalecer a política de
atenção básica do Sistema
Único de Saúde (SUS) e va-
lorizar o papel dos agentes
como educadores para a
cidadania na saúde. A capa-
citação teve 198.265 inscri-
tos (155.309 ACSs e 42.956
ACEs), maior turma de um
curso formal de saúde da
história do Brasil. A inicia-
tiva é a primeira formação
técnica na área a utilizar for-
mato híbrido, que combina
educação a distância (EaD) e
ensino presencial.
+ EDUCAÇÃO
15
No Saúde com Agente, a
formação é atrelada ao pro-
cesso de trabalho por meio
das atividades de campo,
buscando o aprimoramento
imediato dos alunos e a me-
lhoria dos indicadores de
qualidade e resolutividade
dos serviços da atenção pri-
mária. Esse modelo favore-
ce a integração dos agentes
às demais carreiras do SUS,
consolidando o status de
profissionais de saúde para
os ACSs e ACEs.
A realização do pro-
grama motivou o reconhe-
cimento inédito, pelo Mi-
nistério da Educação, das
Unidades Básicas de Saúde
(UBS) como espaços didáti-
co-pedagógicos, processo
que resultou em 46 mil no-
vos polos de educação no
país e num baixíssimo índice
de evasão dos alunos (cerca
de 2,5%, número 10 vezes in-
ferior à média nacional).
“Ser Gestor SUS”
prepara secretários e
equipes para novos
novos
desafios
desafios
Compreendendo que os
desafios do Sistema Único de
Saúde na esfera local se tor-
naram ainda mais complexos
com a chegada da pande-
mia de covid-19, o Conasems
lançou, em 2021, o Curso de
Aperfeiçoamento em Gestão
Municipal do SUS (Ser Ges-
tor SUS), com carga horária
de 183 horas em 10 meses
(nove de aulas e um para de-
senvolvimento do projeto in-
tegrador de intervenções no
município).
Realizado na modalidade
EaD, o curso teve 20 mil vagas
para gestores e técnicos das
secretarias municipais de saú-
de, membros do Ministério
Público e da Rede de Gover-
nança do Tribunal de Contas
da União (TCU). O principal
objetivo desse aperfeiçoa-
mento é promover reflexões
sobre a prática da gestão nos
diferentes cenários do terri-
tório brasileiro, considerando
aspectos políticos, adminis-
trativos, éticos e técnicos.
+ EDUCAÇÃO
16
EducaConasems: aprimoramento
aprimoramento
e atualização
e atualização na atenção básica
Programa educacional
inovador, amplo e acessível,
o EducaConasems engloba
diversas ações contínuas
para atualização, capacita-
ção e aperfeiçoamento das
práticas e dos processos de
trabalho dos profissionais
que fazem o Sistema Único
de Saúde (SUS) acontecer
no nível municipal.
Os cursos oferecidos
pelo programa são desti-
nados à qualificação das
equipes multiprofissionais
de atenção básica e dos
integrantes da Rede Cona-
sems-Cosems, um universo
de mais de 200 mil alunos
em potencial. Entre os re-
sultados esperados estão
o aprimoramento técnico
dos profissionais, o fortale-
cimento da gestão pública
em saúde, a valorização do
desempenho das equipes
e dos serviços de atenção
primária.
Desenvolvido na mo-
dalidade a distância (EaD),
com atividades realizadas
no próprio ambiente de tra-
balho, o EducaConasems
atende às necessidades de
capacitação dos trabalha-
dores e gestores munici-
pais do SUS. Para difundir
e estimular práticas trans-
formadoras que melhorem
a resolutividade do cuida-
do, o programa aposta na
andragogia (ciência para
orientar adultos a apren-
derem), nas metodologias
ativas e na conexão entre
teoria e prática.
+ EDUCAÇÃO
17
Projeto Imunize:
Trilhas de
Conhecimento
sobre doenças
doenças
imunopreveníveis
imunopreveníveis
1. Influenza 2. Febre
amarela
3. Hepatite A
Infecção aguda do sistema
respiratório, provocada pelo
vírus da Influenza, com grande
potencial de transmissão. Os
vírus da Influenza A e B são
responsáveis por epidemias
sazonais, sendo o tipo A cau-
sador das grandes pandemias.
A taxa de letalidade da doença
é de 0,1% a 0,2% dos casos.
Febre hemorrágica viral grave,
transmitida por mosquitos. É
endêmica nas regiões tropi-
cais e subtropicais da África e
da América do Sul. Após redu-
ção da incidência da doença
no inverno, houve novo surto
em 2016/2017. Está inserida
no grupo de doenças de notifi-
cação compulsória.
Infecção causada pelo vírus da
hepatite A (HAV). Na maioria
dos casos, tem caráter benig-
no, mas o curso sintomático e
a letalidade aumentam com a
idade. De 2000 a 2021, Nor-
deste e Norte concentraram a
maioria dos casos. Está inse-
rida no grupo de doenças de
notificação compulsória.
4. Coqueluche
Infecção respiratória transmis-
sível, causada pela bactéria
Bordetella pertussis e presente
em todo o mundo. Após cres-
cimento de 283% dos casos
no Brasil entre 2011 e 2014,
houve redução significativa a
partir de 2015. Está inserida
no grupo de doenças de notifi-
cação compulsória.
5. HPV
Vírus (papilomavírus humano)
que infecta pele ou mucosas,
tanto de homens quanto de
mulheres, provocando ver-
rugas na região genital e no
ânus. A infecção pelo HPV é
sexualmente transmissível
(IST) e pode causar câncer. Há
vacinação contra o vírus na
infância e na adolescência.
O Projeto Imunize tem
como primeira grande inicia-
tiva a capacitação a distância
de profissionais para o ma-
nejo clínico de 21 doenças
imunopreveníveis. Seu con-
teúdo é dividido em Trilhas
de Conhecimento – cami-
nhos alternativos e flexíveis
que respeitam a autonomia
e os interesses dos alunos,
com formato autoinstrucio-
nal, diálogo e reflexão sobre
a prática do processo de tra-
balho. Conheça os temas.
+ EDUCAÇÃO
18
8. Pneumonia
12. Rotavírus
7. Difteria
11. Rubéola
6. Hepatite B
10. Sarampo
9. Haemophilus
influenzae B
13.Tuberculose
Infecção pulmonar identificada
pela sigla PAC (pneumonia ad-
quirida na comunidade). Tendo
como patógeno predominante
o pneumococo (Streptococcus
pneumoniae), confere altas
morbidade e mortalidade na
população. É uma das prin-
cipais causas de internação
hospitalar no Brasil.
Agente viral que causa diarreia
grave em crianças menores de
cinco anos, especialmente nos
países em desenvolvimento.
Está associado a 30-50% dos
casos de hospitalização por
doença diarreica nessa faixa
etária, com maior incidência
entre pacientes de seis a 24
meses de idade.
Doença transmissível causada
por bactéria (Corynebacterium
diphtheriae) e que atinge amíg-
dalas, faringe, laringe, nariz e,
ocasionalmente, outras partes
do corpo. Sua cobertura va-
cinal tem diminuído no Brasil
desde 2016. Está inserida no
grupo de doenças de notifica-
ção compulsória.
Doença exantemática viral
aguda, de alta contagiosida-
de, transmitida por vírus do
gênero Rubivirus da família
Togaviridae. Com vigilância e
controle intensificados a partir
de 1999, o país recebeu, em
2015, a verificação da elimina-
ção da rubéola e da síndrome
da rubéola congênita.
Infecção causada pelo vírus
da hepatite B (HBV), que
pertence à família Hepadnavi-
ridae e possui tropismo pelas
células hepáticas. Entre 2000
e 2017, esse vírus esteve asso-
ciado a 21,3% das mortes re-
lacionadas às hepatites. Está
inserida no grupo de doenças
de notificação compulsória.
Doença viral extremamente
contagiosa e potencialmente
grave, que pode resultar em
morte. É causado pelo vírus
Measles morbillivirus. O vírus
voltou a circular no Brasil em
2018, o que ocasionou novos
surtos da doença e a perda da
certificação de “país livre do
vírus do sarampo”.
Bactéria Gram-negativa que
pode ser classificada em seis
sorotipos (A, B, C, D, E e F) – o
de maior relevância é o Haemo-
philus influenzae tipo b (Hib).
Com vacina conjugada no PNI
desde 1999, o Brasil reduziu
em torno de cinco vezes a
incidência de meningite por
Haemophilus até 2014.
Doença infecciosa e transmis-
sível, causada pela bactéria
Mycobacterium tuberculosis,
também conhecida como baci-
lo de Koch. O Plano Brasil Livre
da Tuberculose, publicado em
2017, busca eliminar a doença
até 2035. Está inserida no gru-
po de doenças de notificação
compulsória.
19
16. Tétano
20. Raiva
humana
15. Covid-19
19. Caxumba
14. Varicela
18. Poliomielite
17. Meningite
21. Botulismo
Doença infecciosa não conta-
giosa, prevenível por vacina,
que causa síndrome neuro-
lógica devido a neurotoxinas
do Clostridium tetani. Em 2017,
a Opas declarou eliminado o
tétano materno e neonatal
(TMN) nas Américas. Está inse-
rida no grupo de doenças de
notificação compulsória.
Doença infecciosa, zoonótica e
antropozoonótica (hidrofobia),
causada pelo vírus da raiva e
que afeta mamíferos. Apesar
da disponibilidade da vacina
antirrábica, a raiva é um pro-
blema de saúde pública nos
países em desenvolvimento.
Está no grupo de doenças de
notificação compulsória.
Infecção respiratória aguda,
causada pelo coronavírus SAR-
S-CoV-2, potencialmente grave,
de elevada transmissibilidade e
de distribuição global. O fim da
emergência de saúde pública
de importância internacional,
em 2023, não significa que a
doença tenha deixado de ser
uma ameaça.
Infecção viral aguda e conta-
giosa, causada pelo Paramyxo-
virus, da família Rubulavirus.
Também conhecida como
papeira, é a única parotidite
epidêmica. Do ponto de vista
epidemiológico, é uma doença
bastante contagiosa. Sua inci-
dência no Brasil tem diminuído
desde a introdução do PNI.
Doença infecciosa, altamen-
te contagiosa, que acomete
apenas humanos e se apre-
senta de forma exantemática.
No Brasil, afeta cerca de 3
milhões de pessoas por ano,
concentrando internações no
Sudeste e no Nordeste. Está
inserida no grupo de doenças
de notificação compulsória.
Doença infectocontagiosa
viral aguda (paralisia infantil),
cujo reservatório é o homem,
sobretudo as crianças meno-
res de cinco anos. Com vacina-
ção pelo PNI, o Brasil recebeu
da Opas, em 2004, o certifica-
do de erradicação da “pólio”.
Está no grupo de doenças de
notificação compulsória.
Infecção das membranas que
revestem o cérebro e a medula
espinhal, que pode ser causada
por infecções, doenças au-
toimunes, neoplasias e medi-
camentos. No Brasil, 393.941
casos suspeitos foram notifi-
cados de 2007 a 2020. Está no
grupo de doenças de notifica-
ção compulsória imediata.
Doença infecciosa, não conta-
giosa, neuroparalítica grave,
causada pela toxina botulínica
produzida por espécies de
Clostridium botulinium, de alta
letalidade. Um caso de botu-
lismo já caracteriza surto. É
considerada de notificação
compulsória imediata e emer-
gência médica, tratada em UTI.
20
O Programa Mais Rede
surgiu para fortalecimento
do SUS nos municípios por
meio do aprimoramento
dos processos de trabalho
dos coordenadores, facilita-
dores e apoiadores da Rede
Conasems-Cosems. Faz par-
Rede Conasems-Cosems
ganha programa de
programa de
fortalecimento
fortalecimento e ação
educativa
te do programa a ação edu-
cativa Projeto Revisitando a
Rede, desenvolvida através
de Trilhas de Aprendizagem
na modalidade EaD, com
180 horas de duração, para
tornar a rede mais homogê-
nea e qualificada.
21
+ EDUCAÇÃO
Um desafio tamanho Brasil
Um desafio tamanho Brasil
O Conasems represen-
ta os 5.570 municípios do
Brasil, um país continental
e com mudanças a todo
momento na gestão públi-
ca. Nos últimos três anos e
meio, tivemos cinco minis-
tros da Saúde, e essa rota-
tividade no ministério é a
mesma que acontece nos
estados e municípios.
Imagine um gestor
novo chegando, tendo que
enfrentar os problemas to-
dos e fazer uma boa ges-
tão. Fazer saúde com a
complexidade que é e com
a enormidade de diretrizes
do Ministério da Saúde. Só
do gabinete do ministro
são mais de 20 mil porta-
rias vigentes.
Criamos o Mais
Conasems pensando nis-
so e trazendo a experiên-
cia de Minas Gerais, onde
fui presidente do Cosems
por oito anos e apoiamos
o desenvolvimento do Ca-
nal Minas Saúde pela Se-
cretaria de Estado. À época,
desenvolvemos um trabalho
para os 853 municípios mi-
neiros, uma iniciativa muito
exitosa, com várias capaci-
tações. Tínhamos essa expe-
riência acumulada.
Quando a pandemia
chegou, nos afastou! Todos
os meses, o Conasems se
reúne com seus diretores e
com os secretários de for-
ma presencial, mas, com
a pandemia, isso não foi
possível, houve um lap-
so de aproximadamente
dois anos sem reuniões
presenciais. Tivemos que
buscar novas ferramentas
rapidamente.
O distanciamento tam-
bém nos provocou a pen-
sar em colocar um canal à
disposição, não só para um
estado, mas para o país
todo. Pensávamos, inicial-
mente, numa capacitação
para gestores municipais
de saúde por toda essa
complexidade: rotativida-
de de gestores, enorme
quantidade de legislação…
Foi com esse objetivo que
aproveitamos a expertise
minha e do Dr. Antônio Jor-
ge, ex-secretário de Saúde
de Minas Gerais, um par-
ceiro que convidamos para
alavancar o projeto.
Levantamos o Canal
em plena pandemia. Uti-
lizamos toda a estrutura
Mauro Guimarães Junqueira, secretário executivo do Conasems
22
+ OPINIÃO
do Conasems e dos 26
Cosems. Contratamos
uma banda de satélite
para que o sinal pudes-
se chegar a qualquer
canto deste país. Tínha-
mos a opção de fazer só
por streamig, mas temos
dificuldade com a inter-
net em várias partes
do país. Então,
optamos tan-
to por strea-
mig quanto
por sinal
via sa-
télite.
Par-
timos daí e abraçamos al-
guns desafios que a pan-
demia nos trouxe, como a
questão da vacinação.
O canal já nasceu com
uma grande demanda, de
formar pessoas para vaci-
nar – obrigação dos esta-
dos, que não vinham fazen-
do essa capacitação havia
muitos anos. Era necessário
disponibilizar uma ferra-
menta rápida de capacita-
ção a distância, porque não
podíamos concentrar pes-
soas, tínhamos que manter
o distanciamento. O Cona-
sems fez esse papel através
de um curso pactuado com
o Ministério da Saúde.
O canal já nasceu com uma grande
O canal já nasceu com uma grande
demanda, de formar pessoas para
demanda, de formar pessoas para
vacinar. O Conasems fez esse papel,
vacinar. O Conasems fez esse papel,
e tivemos muito sucesso.”
e tivemos muito sucesso.”
“
Capacitamos mais de
50 mil trabalhadores no
período da pandemia. Tive-
mos muito sucesso na va-
cinação contra a covid-19,
com quantidade insignifi-
cante de erros na aplicação
das vacinas, porque o Mais
Conasems disponibilizou
um curso de 180 horas,
com teleaulas toda semana
e, no meio delas, lives com
orientações. Esse foi o pri-
meiro grande desafio do ca-
nal, levando informação e
capacitação de qualidade à
“ponta” para atender àque-
la demanda tão necessária
da população, que foi o en-
frentamento da covid.
23
Audácia, inovação e acesso
Audácia, inovação e acesso
Criar o Mais Conasems
foi uma iniciativa audaciosa
pelo tamanho e pela densi-
dade tecnológica que colo-
camos. Quando decidimos
implementar o Canal, para
formação e comunicação
aos gestores e trabalha-
dores do Sistema Único de
Saúde, buscamos o que não
existia. Sentíamos muita
falta de uma comunicação
de qualidade que, de fato,
mostrasse o SUS, formasse
e atualizasse seus profissio-
nais. Para isso, precisáva-
mos investir em tecnologia
com algo diferente.
Fomos buscar o que ha-
via de melhor no mercado
e optamos que o Mais Co-
nasems deveria ser aces-
sado de qualquer lugar,
a qualquer momento, em
qualquer tela, ou seja, te-
ríamos que superar as bar-
reiras de conectividade que
existem no país. Temos um
desafio de internet, então,
a única alternativa naquele
momento era via satélite:
colocamos um canal para
que, com uma antena off-
set, qualquer unidade de
saúde pudesse receber o si-
nal. É claro que, se a unida-
de tiver internet, também
pode receber por streamig,
porque estamos em todos
os meios.
O primeiro passo foi
observarmos a possibili-
dade de alocação de um
espaço, de uma banda sa-
telital, para disponibilizar
o conteúdo do canal. Ou-
tro ponto foi a questão da
produção. Normalmente, o
que vem das produtoras é
focado num mercado mais
comercial, o que não é nos-
so caso. Optamos por mon-
tar nossa própria estrutura
de produção, com aquisi-
ção de câmeras, servidores,
computadores de edição
gráfica, de processamento,
de pós-produção...
Também desenvolve-
mos nossa própria platafor-
ma educacional. Naquele
momento, a grande maio-
ria das pessoas utilizava
plataforma gratuita ou com
custo reduzido, mas com
várias limitações. A princí-
pio, vimos que aquilo não
supriria o que pensávamos
para o ambiente virtual de
aprendizagem.
Outro ponto foi a lin-
guagem a ser utilizada na
Hisham Mohamad Hamida, diretor financeiro do Conasems
24
+ OPINIÃO
formação, sendo escolhi-
da a andragogia, voltada
ao ensino de adultos, para
deixar à vontade os traba-
lhadores e outros públicos
que buscam nossas infor-
mações e potencializar seu
aprendizado.
Tínhamos que ter algo
diferente, sem trabalhar
com o mesmo cenário,
aquela coisa física. Opta-
mos pelo cenário virtual,
por trabalhar toda a nossa
formação no ambiente vir-
tual, então, nossa própria
equipe desenvolve nossos
cenários virtuais, o que
é utilizado pelas grandes
emissoras de televisão do
país hoje.
Na busca de ter um
produto final de excelência,
que prendesse a atenção
do nosso público, tivemos
que investir em todo esse
aparato de última geração,
desenvolvendo um portal
educacional que centraliza
o conteúdo e garantindo
transmissão com conec-
tividade robusta. Com a
tecnologia disponibilizada
pelo Mais Conasems, qual-
quer unidade de saúde do
país consegue ter acesso a
Com a tecnologia disponibilizada
Com a tecnologia disponibilizada
pelo Mais Conasems, qualquer
pelo Mais Conasems, qualquer
unidade de saúde do país consegue
unidade de saúde do país consegue
ter acesso a formação e informação.”
ter acesso a formação e informação.”
“
formação e informação.
Para mim, o Mais Co-
nasems é a maior inicia-
tiva de formação real do
Sistema Único de Saúde,
para todos os municípios
brasileiros, respeitando
suas particularidades e
levando o que é a ne-
cessidade de saúde
da população no dia
a dia. Não se encon-
tra nenhum profis-
sional que não se
sinta representado,
que não se enxer-
gue nesse processo
de formação.
25
Mais saúde, de ponta a ponta
Mais saúde, de ponta a ponta
Charles Cezar Tocantins de Souza, vice-presidente do Conasems
O Conasems tem a fun-
ção primordial de represen-
tar os gestores municipais de
saúde nos fóruns deliberati-
vos do SUS. Ao mesmo tem-
po que essa representação
é institucional, o Conasems
assume o papel de ser porta-
-voz das demandas internas e
imediatas dos gestores.
Uma das principais dessas
demandas era, justamente,
termos comunicação direta,
discussão da formação dos tra-
balhadoresdosis-
tema e cursos
para aperfei-
çoar a atuação
dos gestores,
profissionais e técnicos dos
municípios. E numa visão dife-
rente, porque a demanda dos
cursos e da comunicação não é
uma visão apenas do aparelho
formador para os profissionais
da “ponta”: é a “ponta” que de-
manda a formação, a qualifica-
ção, a agenda.
Para nós, da Região Nor-
te, o Mais Conasems é um
projeto muito positivo. A falta
de energia e tecnologia em
alguns locais da Amazônia é
uma realidade. Então, o Mais
Conasems tem aproveitado a
própria rede onde a estrutura-
ção permite. E onde não há es-
trutura de TV e energia (áreas
ribeirinhas, quilombolas e
indígenas), temos adotado
técnicas para que as equipes
tenham contato com o Mais
Conasems quando se deslo-
cam às sedes municipais.
O Mais Conasems é uma
ferramenta do futuro. O fu-
turo está na comunicação
rápida, está na formação di-
nâmica, está na intensidade
da interação entre quem faz
e quem recebe formação e
informação. Nossas experiên-
cias práticas indicam que o
aprendizado na “ponta” tem
sido fundamental para uma
saúde de mais qualidade à
população brasileira.
+ OPINIÃO
27
Educar: missão
Educar: missão
permanente
permanente
Uma das deficiências da
qualificação do Sistema Único
de Saúde é a falta de exigên-
cia de formação para traba-
lhar no SUS. Sempre tivemos
profissionais formados para
trabalhar na assistência à saú-
de, mas nunca se exigiu que
os trabalhadores tenham ex-
periência no sistema. Nunca
houve uma política de Estado
de educação permanente para
o profissional atuar no SUS.
Isso ficou mais grave du-
rante a pandemia, quando ti-
vemos falta de conhecimento
sobre a situação na época e
percebemos que havia pouca
estrutura e pouco acesso aos
profissionais de saúde. Não
conseguíamos uma política
de educação permanente, in-
clusive, porque tivemos muita
troca de ministro e de secretá-
rios estaduais de saúde.
O Conasems, entenden-
do essa fragilidade e saben-
do da nossa responsabilida-
de de apoiar os municípios,
teve a ideia de criar uma te-
levisão com equipe pedagó-
gica, buscando se aproximar
dos profissionais e qualificá-
-los, principalmente, naquela
situação da pandemia. Perce-
bemos o quanto os profissio-
nais aderiram a essa iniciativa
do Conasems e assumimos
de vez a responsabilidade de
construir, dentro da institui-
ção, um processo pautado na
educação permanente.
Não há limite, hoje, para
a formação na modalidade
de educação a distância. O
que precisamos é trabalhar
com inovação, não fazer
mais do mesmo. Devemos
trabalhar conhecendo o ter-
ritório para sabermos o
que utilizar das estra-
tégias locais para for-
talecer aquilo que é
repassado na EaD.
Cristiane Martins Pantaleão, vice-presidente do Conasems
27
+ OPINIÃO
Salas de espera e de aula
Salas de espera e de aula
Com a oportunidade de
estar na diretoria do Cona-
sems, acompanhei a criação
do Mais Conasems e, em se-
guida, com a possibilidade de
o Canal ser reproduzido no
Brasil todo, tivemos conhe-
cimento de que, com ante-
nas, poderíamos reproduzi-lo
também nas nossas unidades
de saúde (UBSs e ESFs) de Ita-
jubá [município da região Sul
de Minas Gerais], onde sou
secretário de Saúde.
Tivemos a ideia de trans-
mitir o canal para 100% das
nossas unidades de saúde e
já podemos relatar o suces-
so que é nas salas de espera
de UBS termos programas
de tanta qualidade como são
os do Mais Conasems, com
conteúdos diversificados, que
passam um panorama da
saúde no Brasil todo. Entrar
em contato com essa riqueza
que é o SUS passou a ser uma
oportunidade à pessoa que
está lá esperando sua consul-
ta ou vacina. Tem sido uma
experiência muito boa.
Nossos colaboradores,
dentro das unidades, usu-
fruem mais ainda do Mais Co-
nasems, que é muito amplo.
Além de sua programação de
Nilo César do Vale Baracho, diretor administrativo
adjunto do Conasems
TV, o Canal se propõe, em par-
ceria com o Ministério da Saú-
de e com a Organização Pan-A-
mericana da Saúde, a oferecer
cursos a distância de alta qua-
lidade, sempre ligados a algu-
ma universidade, que ajuda na
produção do conteúdo e em
seu controle de qualidade.
Temos certeza de que,
em médio prazo, veremos
resultados na “ponta”: o pa-
ciente sendo mais bem as-
sistido e podendo dar uma
resposta muito boa de saúde
pública, com o SUS cada vez
mais universal, mais integral
e mais equânime.
28
+ OPINIÃO
29
GALERIA DE FOTOS
Bastidores do canal em Brasília, Belo Horizonte e pelo Brasil adentro
Bastidores do canal em Brasília, Belo Horizonte e pelo Brasil adentro
30
GALERIA DE FOTOS
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confira
Série no YouTube
Série no YouTube
produzida para tirar
produzida para tirar
dúvidas e exaltar a grande
dúvidas e exaltar a grande
contribuição das vacinas
contribuição das vacinas
para a saúde pública.
para a saúde pública.
Momentos de trabalho e integração
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no Mais Conasems
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Conasems: a defesa e promoção do SUS nos municípios brasileiros

  • 1.
  • 2. FICHA TÉCNICA FICHA TÉCNICA Conasems Presidente Wilames Freire Bezerra Vice Presidente Charles Cezar Tocantins De Souza Cristiane Martins Pantaleão Diretor Administrativo Geraldo Reple Sobrinho Diretor Financeiro Hisham Mohamad Hamida Secretário Executivo Mauro Junqueira Mais Conasems Coordenação do Núcleo de Audiovisual e TV Mário Criscuolo Parreiras Isabel de Laguna Geisel Alexandre Fischgold Constâncio Viana Martins Marcio Aparecido Oliveira Rodrigues Coordenação do Núcleo de Educação a Distância Rubensmidt Ramos Riani Cristina Fátima dos Santos Crespo Valdívia de França Marçal Kelly Cristina Santana Daniel Vilela Martins Coordenação de Web Desenvolvedores Cristina Perrone Esplanada dos Ministérios, Bloco G, Anexo B, Sala 144 Zona Cívico-Administrativa, Brasília - DF, 70058-900 - (61) 3022-8900 Revista Mais Conasems Edição Especial 01 | Julho 2023 Impressão: CNPJ: Tiragem: 3 mil exemplares Acesse o QRCode e conheça ou acesse mais.conasems.app O SUS nunca O SUS nunca esteve tão perto. esteve tão perto. A EaD em saúde A EaD em saúde nunca foi tão nunca foi tão longe. longe. Coordenação Executiva Sylvio Rômulo Guimarães de Andrade Júnior Coordenação de Tecnologia da Plataforma AVA Alexandre Liberal Ferreira de Santana Assessoria de Conteúdo Patrícia da Silva Campos Textos Cristina Fátima dos Santos Crespo Kelly Cristina Santana Priscila Rondas Rubensmidt Ramos Riani Valdívia de França Marçal Revisão Linguística Keylla Manfili Fioravante Assessoria Executiva Conexões Consultoria em Saúde Ltda Imagens Fototeca Conasems Produção de entrevistas e projeto gráfico Cintia Ferreira Jonas Costa
  • 3. ÍNDICE Conasems Mais Conasems + Resultados + Diálogo + Educação + Opinião Galeria de fotos 04 05 08 10 13 22 29
  • 4. Conasems: Conasems: a defesa e promoção do SUS promoção do SUS nos municípios brasileiros O Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) é uma organização que represen- ta as secretarias municipais de saúde do Brasil. Funda- do em 1988, o Conasems tem como objetivo princi- pal a defesa e a promoção do Sistema Único de Saúde (SUS) nos municípios. O Conasems é compos- to por uma diretoria execu- tiva e por representantes das secretarias municipais de saúde de todos os esta- dos brasileiros. A organi- zação tem como principais atividades a promoção de debates e discussões so- bre temas relevantes para a saúde pública, a elabora- ção de projetos e progra- mas de saúde e a articula- ção com outros órgãos e entidades do setor. Entre as pautas defen- didas pelo Conasems estão a ampliação do acesso aos serviços de saúde, a melho- ria da qualidade dos aten- dimentos, o fortalecimento do papel dos municípios no SUS e a garantia da parti- cipação social nas políticas públicas de saúde. Além disso, o Conasems tem uma atuação impor- tante na capacitação e for- mação de gestores e pro- fissionais da área de saúde, por meio de cursos, trei- namentos e eventos. A organização realiza tam- bém ações de cooperação técnica com outras insti- tuições, visando ao apri- moramento da gestão em saúde nos municípios. Por fim, é importante ressaltar que o Conasems é uma entidade fundamen- tal para a defesa do SUS e para o fortalecimento das políticas públicas de saúde no Brasil. A organização de- sempenha um papel impor- tante na articulação entre os municípios e as demais esferas de governo, contri- buindo para a construção de um sistema de saúde mais justo e equânime a to- dos os brasileiros. 04
  • 5. Inovar Inovar para educar: para educar: nasce o Mais Conasems nasce o Mais Conasems Desde 1988, o Conasems participa da promoção e consolidação de um novo modelo de gestão públi- ca de saúde, alicerçado em conceitos como descentra- lização/municipalização, e assumiu o desafio de rom- per com a estrutura centra- lista de decisões impostas, fazendo jus aos preceitos constitucionais de formu- lação do Sistema Único de Saúde (SUS). Na defesa in- condicional da melhoria do sistema público de saúde, os municípios assumem, cada vez mais, por meio da re- presentação do Conasems, o papel de formuladores de políticas públicas e, para tanto, se faz necessária a articulação de soluções que possibilitem a entidade in- teragir e alinhar, de forma cada vez mais intensa e efi- caz, com as 5.570 secreta- rias municipais de saúde em todo o país. Para promover a im- plementação de diversas estratégias de gestão, edu- cação e transformações de processos de trabalho, a decisão foi de inovar com a construção da rede corpo- rativa de TV, com capacida- de tecnológica de produ- ção de conteúdos digitais e educação a distância (EaD): nasce assim o Programa Mais Conasems. 05
  • 6. Objetivos Objetivos do Mais Conasems • Propiciar o debate sobre políticas públicas e programas da área de saúde. • Desenvolver e fortalecer a educação permanente, por meio da EaD. • Possibilitar a uniformidade da informação e a homogeneidade da reflexão no SUS nacionalmente. • Promover e favorecer a troca de experiências e conhecimentos na área de saúde; • Difundir informações epidemiológicas, ambientais e sanitárias. • Fortalecer a gestão do SUS, de forma descentralizada e com maior protagonismo dos municípios. • Favorecer a atuação do Conasems de forma uniforme em crises epidemiológicas nacionais. 06
  • 7. Em seus três anos de ati- vidades, o Mais Conasems já tem muitas contribuições e muitos sucessos. O primeiro foi o desafio de, em plena pandemia, capa- citar os profissionais de saú- de das 45 mil salas de vacinas existentes, de forma efetiva, para atender às necessidades impostas pelos novos proces- sos de vacinação e sem in- terrupção das atividades im- prescindíveis desses mesmos profissionais no atendimento à população. Concebe-se as- sim um projeto educacional inovador denominado ‘‘Imu- nizaSUS’’, em parceria com o Ministério da Saúde. O segundo, também mui- to desafiador, foi o de capa- citar a gestão municipal em novas estratégias, procedi- mentos e processos decor- rentes da mesma pandemia avassaladora que atingia o país. Para tanto, foi idealizado o projeto “Ser Gestor SUS”. O terceiro desafio abra- çado pelo Conasems foi o de, em parceria com o Ministério da Saúde, empreender a for- mação técnica dos agentes de saúde, determinada em lei, conjugada com a definiti- va implantação das Políticas Nacionais de Atenção Básica (PNAB) e de Vigilância em Saú- de (PNVS), para os mais de 380 mil agentes de saúde distribu- ídos em mais de 5 mil municí- pios. Para atender a esse desa- fio, foi concebido o programa “Saúde com Agente”. Tudo isso só foi possível com a estruturação do Núcleo Educacional Conasems, situa- do em Belo Horizonte (MG), e uma TV corporativa, em Brasí- lia (DF), com seus vários equi- pamentos e profissionais. O Núcleo Educacional tra- balha com uma equipe mul- tiprofissional formada por pedagogos, especialistas em educação a distância, desig- ners instrucionais, web de- senvolvedores, revisores de texto, roteiristas de teleaulas, diagramadores, especialistas em saúde, especialistas em desenvolvimento de material didático online e conteudistas. Inovar para educar 07
  • 8. 08 + RESULTADOS Autonomia e Autonomia e protagonismo protagonismo do aluno na aprendizagem: eixos do Núcleo Educacional do Mais Conasems O grande desafio da equipe pedagógica do Conasems sempre foi o de tornar suas ações educacio- nais atrativas, tecnicamente consistentes e com conteú- dos significativos suficientes para que os alunos, nos mais diversos locais de trabalho espalhados pelos rincões do Brasil, se mantivessem curiosos, participantes e dis- Material didático apresenta linguagem de fácil compreensão Teleaulas de fácil entendimento postos a empreenderem seu processo de aprendizado a cada dia de aula. Para que isso ocorra e continue, a estratégia adota- da foi a educação interativa, metodologia que convida os alunos a desempenharem um papel ativo no processo de aprendizagem. Nela bus- ca-se o envolvimento dos alunos num amplo proces- so de interação, seja aluno- -aluno, seja aluno-tutor ou aluno-material didático. Esse último, com a adoção das metodologias ativas que o Núcleo Educacional do Mais Conasems desenvolve, de- sempenha uma importante função, pois os alunos pas- sam a ser os grandes prota- gonistas e podem aprender de forma contínua. As aulas interativas, com sua linguagem dialógica, dão a oportunidade de o alu- no raciocinar, refletir, ressig- nificar seus conhecimentos prévios, elaborar soluções e ultrapassar desafios por conta própria. Ele se envolve nas atividades propostas pe- los professores e acaba de- senvolvendo habilidades e autonomia, que repercutem em suas atitudes, promo- vendo transformações indi- viduais e coletivas em seu ambiente de trabalho. Por ser relevante para o processo de aprendizagem, essa metodologia é avaliada continuamente ao longo das ações educacionais de modo a sempre se manter fiel ao seu propósito (veja exemplos da sistemática avaliativa nos gráficos desta matéria).
  • 9. Mais Conasems em números 140 140 aulas interativas e e-books para apoio 102 102 guias de tutorias 140 140 teleaulas 326 326 produções audiovisuais Mostra Brasil, aqui tem SUS + de 300 + de 300 mil alunos matriculados 9.200 9.200 páginas de material analisadas e transformadas em conteúdo didático 165 165 roteiros para teleaulas + de 800 + de 800 especialistas entrevistados + de 6.100 + de 6.100 horas de produção audiovisual 45 45 cursos 160 160 horas de reuniões pedagógicas interinstitucionais 25 25 webinários Presente nos 5.570 municípios brasileiros 09 Curso de formação de tutores e preceptores 44 mil alunos Curso Ser Gestor Programa ImunizaSUS Curso Técnico de Agente de Combate às Endemias Curso Técnico de Agente Comunitário de Saúde 13 mil alunos 52 mil alunos + de 40 mil alunos + de 150 mil alunos Para garantir a qualidade das ações educacionais reali- zadas na modalidade a distân- cia, foi criado o Curso de For- mação de Tutor e Preceptor, Formação de tutores e preceptores garante qualidade em cursos EaD Formação de tutores e preceptores garante qualidade em cursos EaD que prepara os responsáveis pela formação teórico-prá- tica em cursos ofertados no canal Mais Conasems. Funda- mentais no acompanhamento do aluno e na mediação da aprendizagem, tutores e pre- ceptores são capacitados a estimular o autodidatismo, a autoavaliação e a autocrítica. O conteúdo do curso inclui, entre outros temas, história da EaD, seus conceitos e uso das metodologias ativas.
  • 10. “Com o Mais Conasems, municípios melhoraram municípios melhoraram a a condição de acesso condição de acesso aos seus serviços de saúde” Sonho que tomou forma em meio ao pesadelo da pan- demia de covid-19, o Mais Co- nasems é classificado como “principal ferramenta de cur- sos a distância do país” pelo presidente do Conselho Na- cional de Secretarias Munici- pais de Saúde, Wilames Freire Bezerra. O odontólogo de 54 anos, eleito em 2019 e reeleito em 2021, é secretário de Saú- de de Pacatuba (CE), município da Grande Fortaleza. Na en- trevista a seguir, ele comenta o desafio da crise sanitária, o sucesso do Mais Conasems e as perspectivas do Canal. Como foi a experiência de presidir o Conasems e representar as secretarias municipais de saúde duran- te toda a crise sanitária oca- sionada pelo coronavírus? Wilames Freire Bezerra – É uma grande honra e uma oportunidade ímpar presi- dir uma entidade de renome nacional que representa os 5.570 municípios brasileiros. E foi um grande desafio ser presidente do Conasems, com uma diretoria brilhan- te, num momento em que o sistema público de saúde do Brasil foi exigido por uma pandemia cujo comporta- mento não sabíamos como seria. A sociedade precisava muito do nosso sistema pú- blico, precisava muito dos municípios organizados e a 10 postos para dar socorro ime- diato a quem necessitasse. Eu, que já estava na pre- sidência naquele momento, entendi que era fundamen- tal nossa entidade liderar os municípios, tranquilizá-los e prepará-los para o enfrenta- mento da pandemia, capa- citando nossos vacinadores, nossos trabalhadores. Foi um grande desafio e um grande aprendiza- do. Tenho certeza de que o Conasems saiu fortalecido desse enfrentamento, sen- do uma entidade, hoje, re- conhecida nacional e inter- nacionalmente como forte representação dos sistemas municipais de saúde. De que forma o Mais Conasems se tornou, em tão pouco tempo, a grande contribuição do conselho à saúde pública ao longo da pandemia de covid-19? + DIÁLOGO
  • 11. Wilames – O Mais Cona- sems tem uma longa história. Algum tempo atrás, quando eu fazia parte da diretoria do Conasems em outras fun- ções, sempre falava que tería- mos que evoluir e trabalhar com as demandas vindas dos municípios, que o Conasems não poderia ficar somente na esteira da representação tutelar dos municípios, que precisávamos partir também para o campo da orientação. O município é, hoje, o ente que mais emprega trabalha- dores no sistema público de saúde do Brasil e que faz a gestão da atenção primária. O Conasems colocou em sua pauta que era necessá- rio atendermos às demandas do processo de educação em saúde nos nossos municípios. Aí surgiu a ideia, durante a pandemia, de criarmos o ca- nal Mais Conasems com o objetivo claro de nos comu- nicarmos diretamente com a “ponta”: com as unidades de saúde, com os trabalhado- res, com os gestores, com os técnicos e com a comunidade que milita no sistema público. A princípio, imagináva- mos uma estrutura simples que pudesse fazer um diálogo esporádico lá na “ponta”. Com o sucesso do Mais Conasems, ele ganhou dimensão e, hoje, dota os profissionais da saúde de informações técnicas capa- zes de mitigar os problemas de acesso da população aos sistemas públicos. É a principal ferramenta de cursos a distân- cia que temos no país. Hoje, temos capacidade, por exemplo, de promover um curso com 200 mil for- mandos, o “Saúde com Agen- te”, para agentes de combate a endemias e agentes comu- nitários de saúde, com nível O sucesso do canal está O sucesso do canal está comprovado e nosso objetivo comprovado e nosso objetivo é um aperfeiçoamento ainda é um aperfeiçoamento ainda maior. É a principal ferramenta maior. É a principal ferramenta de cursos a distância do país.” de cursos a distância do país.” “ de satisfação acima de 90% e nível de frequência de qua- se 90%. Isso demonstra que o sucesso do canal está mais do que comprovado, e nos- so objetivo é um aperfeiçoa- mento ainda maior. Algum momento lhe marcou mais nestes três anos do Mais Conasems? Wilames – Muita coi- sa me surpreendeu no Mais Conasems. Alguns fatos específicos nos emocionam quando assistimos aos do- cumentários feitos nos diversos mu- nicípios do Brasil, que retratam o resultado do 11
  • 12. trabalho das gestões mu- nicipais, dos trabalhadores das unidades de saúde. Mu- nicípios que, em algumas si- tuações, têm dificuldades de acesso, dificuldades finan- ceiras, dificuldades técnicas, mas observamos que, com o processo formativo chegan- do pela educação a distância do Mais Conasems, consegui- ram melhorar muito a condi- ção de acesso da população aos seus serviços de saúde, com capacitação de profis- sionais. Esses documentários nos emocionam muito por- que são constatações de que o Conasems estava certo no momento em que optou pela criação desse belo Canal. Qual resultado já alcan- çado pelo projeto mais lhe orgulha? Wilames – Acho que o maior legado do Mais Co- nasems é a resposta que dá na melhoria dos serviços, na capacitação e na orientação dos trabalhadores. Já tive- mos diversos cursos, capa- citamos milhares e milhares de pessoas, e isso, com cer- teza, tem reflexo positivo lá na “ponta”, principalmente, salvando vidas. A existência do canal é motivo de muito orgulho para nós. E a forma como as coisas acontecem no Mais Conasems, com agenda diariamente lotada de gra- vações de programas e de projetos sendo executados, demonstra que o Canal tem tido o máximo de utilização possível. Quais novos passos do Mais Conasems já são pos- síveis de serem vislumbra- dos para os próximos anos? Wilames – O futuro é promis- sor. Acredito que teremos TV aberta, criação de aplicativo, internacionalização do Canal. O futuro também é traba- lharmos muito fortemente nas parcerias que já inicia- mos, tanto com o governo fe- deral quanto com a iniciativa privada, no processo formati- vo e fortalecimento do nosso sistema público de saúde, no incentivo à participação po- pular, no esclarecimento da população quanto ao papel de cada ente federado no sis- tema, na tarefa de mostrar ao povo seus direitos e o que o SUS faz. O Mais Conasems vai continuar trabalhando na educação em saúde, preven- ção em saúde e formação dos trabalhadores do SUS. Vai se consolidar como o principal canal de saúde pública do Brasil porque é voltado dire- tamente para atender às de- mandas do sistema público. Sonho em ver a popula- ção, nas residências, sintoni- zando suas TVs no Canal Mais Conasems. Com isso, conse- guiremos diminuir os agravos em saúde e desobstruir nos- sos serviços porque a popula- ção estará mais consciente da necessidade permanente de cuidar da própria saúde. 12 12 + DIÁLOGO
  • 13. A crise sanitária pro- vocada pela disseminação do coronavírus colocou em evidência a diversidade dos municípios brasileiros, os di- ferentes imunizantes utiliza- dos contra a covid-19 e a im- portância da vacinação. Para impulsionar a procura e a eficiência das 45 mil salas de vacina do país, o Conasems criou o Projeto ImunizaSUS, Diversidade de municípios Diversidade de municípios e de vacinas é contemplada pelo “ImunizaSUS” “ImunizaSUS” unindo ensino, pesquisa e mobilização social. O carro-chefe do proje- tofoiocurso“Fortalecimen- to de Ações de Imunização em Territórios Municipais”, realizado ao longo de 10 meses para capacitar mais de 32 mil vacinadores de todos os estados. A forma- ção aconteceu pela modali- dade a distância, mas com 13 + EDUCAÇÃO o acompanhamento de 1,8 mil tutores. O curso atualizou con- ceitos e práticas de imu- nização e saúde pública. O ImunizaSUS produziu e difundiu informação cien- tífica de qualidade com lin- guagem acessível sobre as vacinas contra a covid-19 e as outras 18 incluídas no Programa Nacional de Imu- nizações (PNI) – não apenas em aulas, mas também na série documental “Questão de Saúde” e em conteúdos voltados para redes sociais. Além disso, o projeto pesquisou a queda das ta- xas de cobertura vacinal no Brasil, com participação de mais de 90% das secretarias municipais de saúde nesse levantamento.
  • 14. 14 “Saúde com Agente” “Saúde com Agente” forma quase 200 mil, maior turma de saúde do Brasil Com atribuições am- pliadas por leis recentes, os agentes comunitários de saúde (ACSs) e os agentes de combate às endemias (ACEs) passaram a neces- sitar de formação técnica à altura de suas novas res- ponsabilidades. A resposta veio do Conasems e do Mi- nistério da Saúde, que cria- ram, em 2022, o Programa Saúde com Agente em par- ceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com carga ho- rária de 1.275 horas e inves- timento de R$ 388 milhões. O programa nasceu para fortalecer a política de atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS) e va- lorizar o papel dos agentes como educadores para a cidadania na saúde. A capa- citação teve 198.265 inscri- tos (155.309 ACSs e 42.956 ACEs), maior turma de um curso formal de saúde da história do Brasil. A inicia- tiva é a primeira formação técnica na área a utilizar for- mato híbrido, que combina educação a distância (EaD) e ensino presencial. + EDUCAÇÃO
  • 15. 15 No Saúde com Agente, a formação é atrelada ao pro- cesso de trabalho por meio das atividades de campo, buscando o aprimoramento imediato dos alunos e a me- lhoria dos indicadores de qualidade e resolutividade dos serviços da atenção pri- mária. Esse modelo favore- ce a integração dos agentes às demais carreiras do SUS, consolidando o status de profissionais de saúde para os ACSs e ACEs. A realização do pro- grama motivou o reconhe- cimento inédito, pelo Mi- nistério da Educação, das Unidades Básicas de Saúde (UBS) como espaços didáti- co-pedagógicos, processo que resultou em 46 mil no- vos polos de educação no país e num baixíssimo índice de evasão dos alunos (cerca de 2,5%, número 10 vezes in- ferior à média nacional).
  • 16. “Ser Gestor SUS” prepara secretários e equipes para novos novos desafios desafios Compreendendo que os desafios do Sistema Único de Saúde na esfera local se tor- naram ainda mais complexos com a chegada da pande- mia de covid-19, o Conasems lançou, em 2021, o Curso de Aperfeiçoamento em Gestão Municipal do SUS (Ser Ges- tor SUS), com carga horária de 183 horas em 10 meses (nove de aulas e um para de- senvolvimento do projeto in- tegrador de intervenções no município). Realizado na modalidade EaD, o curso teve 20 mil vagas para gestores e técnicos das secretarias municipais de saú- de, membros do Ministério Público e da Rede de Gover- nança do Tribunal de Contas da União (TCU). O principal objetivo desse aperfeiçoa- mento é promover reflexões sobre a prática da gestão nos diferentes cenários do terri- tório brasileiro, considerando aspectos políticos, adminis- trativos, éticos e técnicos. + EDUCAÇÃO 16
  • 17. EducaConasems: aprimoramento aprimoramento e atualização e atualização na atenção básica Programa educacional inovador, amplo e acessível, o EducaConasems engloba diversas ações contínuas para atualização, capacita- ção e aperfeiçoamento das práticas e dos processos de trabalho dos profissionais que fazem o Sistema Único de Saúde (SUS) acontecer no nível municipal. Os cursos oferecidos pelo programa são desti- nados à qualificação das equipes multiprofissionais de atenção básica e dos integrantes da Rede Cona- sems-Cosems, um universo de mais de 200 mil alunos em potencial. Entre os re- sultados esperados estão o aprimoramento técnico dos profissionais, o fortale- cimento da gestão pública em saúde, a valorização do desempenho das equipes e dos serviços de atenção primária. Desenvolvido na mo- dalidade a distância (EaD), com atividades realizadas no próprio ambiente de tra- balho, o EducaConasems atende às necessidades de capacitação dos trabalha- dores e gestores munici- pais do SUS. Para difundir e estimular práticas trans- formadoras que melhorem a resolutividade do cuida- do, o programa aposta na andragogia (ciência para orientar adultos a apren- derem), nas metodologias ativas e na conexão entre teoria e prática. + EDUCAÇÃO 17
  • 18. Projeto Imunize: Trilhas de Conhecimento sobre doenças doenças imunopreveníveis imunopreveníveis 1. Influenza 2. Febre amarela 3. Hepatite A Infecção aguda do sistema respiratório, provocada pelo vírus da Influenza, com grande potencial de transmissão. Os vírus da Influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o tipo A cau- sador das grandes pandemias. A taxa de letalidade da doença é de 0,1% a 0,2% dos casos. Febre hemorrágica viral grave, transmitida por mosquitos. É endêmica nas regiões tropi- cais e subtropicais da África e da América do Sul. Após redu- ção da incidência da doença no inverno, houve novo surto em 2016/2017. Está inserida no grupo de doenças de notifi- cação compulsória. Infecção causada pelo vírus da hepatite A (HAV). Na maioria dos casos, tem caráter benig- no, mas o curso sintomático e a letalidade aumentam com a idade. De 2000 a 2021, Nor- deste e Norte concentraram a maioria dos casos. Está inse- rida no grupo de doenças de notificação compulsória. 4. Coqueluche Infecção respiratória transmis- sível, causada pela bactéria Bordetella pertussis e presente em todo o mundo. Após cres- cimento de 283% dos casos no Brasil entre 2011 e 2014, houve redução significativa a partir de 2015. Está inserida no grupo de doenças de notifi- cação compulsória. 5. HPV Vírus (papilomavírus humano) que infecta pele ou mucosas, tanto de homens quanto de mulheres, provocando ver- rugas na região genital e no ânus. A infecção pelo HPV é sexualmente transmissível (IST) e pode causar câncer. Há vacinação contra o vírus na infância e na adolescência. O Projeto Imunize tem como primeira grande inicia- tiva a capacitação a distância de profissionais para o ma- nejo clínico de 21 doenças imunopreveníveis. Seu con- teúdo é dividido em Trilhas de Conhecimento – cami- nhos alternativos e flexíveis que respeitam a autonomia e os interesses dos alunos, com formato autoinstrucio- nal, diálogo e reflexão sobre a prática do processo de tra- balho. Conheça os temas. + EDUCAÇÃO 18
  • 19. 8. Pneumonia 12. Rotavírus 7. Difteria 11. Rubéola 6. Hepatite B 10. Sarampo 9. Haemophilus influenzae B 13.Tuberculose Infecção pulmonar identificada pela sigla PAC (pneumonia ad- quirida na comunidade). Tendo como patógeno predominante o pneumococo (Streptococcus pneumoniae), confere altas morbidade e mortalidade na população. É uma das prin- cipais causas de internação hospitalar no Brasil. Agente viral que causa diarreia grave em crianças menores de cinco anos, especialmente nos países em desenvolvimento. Está associado a 30-50% dos casos de hospitalização por doença diarreica nessa faixa etária, com maior incidência entre pacientes de seis a 24 meses de idade. Doença transmissível causada por bactéria (Corynebacterium diphtheriae) e que atinge amíg- dalas, faringe, laringe, nariz e, ocasionalmente, outras partes do corpo. Sua cobertura va- cinal tem diminuído no Brasil desde 2016. Está inserida no grupo de doenças de notifica- ção compulsória. Doença exantemática viral aguda, de alta contagiosida- de, transmitida por vírus do gênero Rubivirus da família Togaviridae. Com vigilância e controle intensificados a partir de 1999, o país recebeu, em 2015, a verificação da elimina- ção da rubéola e da síndrome da rubéola congênita. Infecção causada pelo vírus da hepatite B (HBV), que pertence à família Hepadnavi- ridae e possui tropismo pelas células hepáticas. Entre 2000 e 2017, esse vírus esteve asso- ciado a 21,3% das mortes re- lacionadas às hepatites. Está inserida no grupo de doenças de notificação compulsória. Doença viral extremamente contagiosa e potencialmente grave, que pode resultar em morte. É causado pelo vírus Measles morbillivirus. O vírus voltou a circular no Brasil em 2018, o que ocasionou novos surtos da doença e a perda da certificação de “país livre do vírus do sarampo”. Bactéria Gram-negativa que pode ser classificada em seis sorotipos (A, B, C, D, E e F) – o de maior relevância é o Haemo- philus influenzae tipo b (Hib). Com vacina conjugada no PNI desde 1999, o Brasil reduziu em torno de cinco vezes a incidência de meningite por Haemophilus até 2014. Doença infecciosa e transmis- sível, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como baci- lo de Koch. O Plano Brasil Livre da Tuberculose, publicado em 2017, busca eliminar a doença até 2035. Está inserida no gru- po de doenças de notificação compulsória. 19
  • 20. 16. Tétano 20. Raiva humana 15. Covid-19 19. Caxumba 14. Varicela 18. Poliomielite 17. Meningite 21. Botulismo Doença infecciosa não conta- giosa, prevenível por vacina, que causa síndrome neuro- lógica devido a neurotoxinas do Clostridium tetani. Em 2017, a Opas declarou eliminado o tétano materno e neonatal (TMN) nas Américas. Está inse- rida no grupo de doenças de notificação compulsória. Doença infecciosa, zoonótica e antropozoonótica (hidrofobia), causada pelo vírus da raiva e que afeta mamíferos. Apesar da disponibilidade da vacina antirrábica, a raiva é um pro- blema de saúde pública nos países em desenvolvimento. Está no grupo de doenças de notificação compulsória. Infecção respiratória aguda, causada pelo coronavírus SAR- S-CoV-2, potencialmente grave, de elevada transmissibilidade e de distribuição global. O fim da emergência de saúde pública de importância internacional, em 2023, não significa que a doença tenha deixado de ser uma ameaça. Infecção viral aguda e conta- giosa, causada pelo Paramyxo- virus, da família Rubulavirus. Também conhecida como papeira, é a única parotidite epidêmica. Do ponto de vista epidemiológico, é uma doença bastante contagiosa. Sua inci- dência no Brasil tem diminuído desde a introdução do PNI. Doença infecciosa, altamen- te contagiosa, que acomete apenas humanos e se apre- senta de forma exantemática. No Brasil, afeta cerca de 3 milhões de pessoas por ano, concentrando internações no Sudeste e no Nordeste. Está inserida no grupo de doenças de notificação compulsória. Doença infectocontagiosa viral aguda (paralisia infantil), cujo reservatório é o homem, sobretudo as crianças meno- res de cinco anos. Com vacina- ção pelo PNI, o Brasil recebeu da Opas, em 2004, o certifica- do de erradicação da “pólio”. Está no grupo de doenças de notificação compulsória. Infecção das membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal, que pode ser causada por infecções, doenças au- toimunes, neoplasias e medi- camentos. No Brasil, 393.941 casos suspeitos foram notifi- cados de 2007 a 2020. Está no grupo de doenças de notifica- ção compulsória imediata. Doença infecciosa, não conta- giosa, neuroparalítica grave, causada pela toxina botulínica produzida por espécies de Clostridium botulinium, de alta letalidade. Um caso de botu- lismo já caracteriza surto. É considerada de notificação compulsória imediata e emer- gência médica, tratada em UTI. 20
  • 21. O Programa Mais Rede surgiu para fortalecimento do SUS nos municípios por meio do aprimoramento dos processos de trabalho dos coordenadores, facilita- dores e apoiadores da Rede Conasems-Cosems. Faz par- Rede Conasems-Cosems ganha programa de programa de fortalecimento fortalecimento e ação educativa te do programa a ação edu- cativa Projeto Revisitando a Rede, desenvolvida através de Trilhas de Aprendizagem na modalidade EaD, com 180 horas de duração, para tornar a rede mais homogê- nea e qualificada. 21 + EDUCAÇÃO
  • 22. Um desafio tamanho Brasil Um desafio tamanho Brasil O Conasems represen- ta os 5.570 municípios do Brasil, um país continental e com mudanças a todo momento na gestão públi- ca. Nos últimos três anos e meio, tivemos cinco minis- tros da Saúde, e essa rota- tividade no ministério é a mesma que acontece nos estados e municípios. Imagine um gestor novo chegando, tendo que enfrentar os problemas to- dos e fazer uma boa ges- tão. Fazer saúde com a complexidade que é e com a enormidade de diretrizes do Ministério da Saúde. Só do gabinete do ministro são mais de 20 mil porta- rias vigentes. Criamos o Mais Conasems pensando nis- so e trazendo a experiên- cia de Minas Gerais, onde fui presidente do Cosems por oito anos e apoiamos o desenvolvimento do Ca- nal Minas Saúde pela Se- cretaria de Estado. À época, desenvolvemos um trabalho para os 853 municípios mi- neiros, uma iniciativa muito exitosa, com várias capaci- tações. Tínhamos essa expe- riência acumulada. Quando a pandemia chegou, nos afastou! Todos os meses, o Conasems se reúne com seus diretores e com os secretários de for- ma presencial, mas, com a pandemia, isso não foi possível, houve um lap- so de aproximadamente dois anos sem reuniões presenciais. Tivemos que buscar novas ferramentas rapidamente. O distanciamento tam- bém nos provocou a pen- sar em colocar um canal à disposição, não só para um estado, mas para o país todo. Pensávamos, inicial- mente, numa capacitação para gestores municipais de saúde por toda essa complexidade: rotativida- de de gestores, enorme quantidade de legislação… Foi com esse objetivo que aproveitamos a expertise minha e do Dr. Antônio Jor- ge, ex-secretário de Saúde de Minas Gerais, um par- ceiro que convidamos para alavancar o projeto. Levantamos o Canal em plena pandemia. Uti- lizamos toda a estrutura Mauro Guimarães Junqueira, secretário executivo do Conasems 22 + OPINIÃO
  • 23. do Conasems e dos 26 Cosems. Contratamos uma banda de satélite para que o sinal pudes- se chegar a qualquer canto deste país. Tínha- mos a opção de fazer só por streamig, mas temos dificuldade com a inter- net em várias partes do país. Então, optamos tan- to por strea- mig quanto por sinal via sa- télite. Par- timos daí e abraçamos al- guns desafios que a pan- demia nos trouxe, como a questão da vacinação. O canal já nasceu com uma grande demanda, de formar pessoas para vaci- nar – obrigação dos esta- dos, que não vinham fazen- do essa capacitação havia muitos anos. Era necessário disponibilizar uma ferra- menta rápida de capacita- ção a distância, porque não podíamos concentrar pes- soas, tínhamos que manter o distanciamento. O Cona- sems fez esse papel através de um curso pactuado com o Ministério da Saúde. O canal já nasceu com uma grande O canal já nasceu com uma grande demanda, de formar pessoas para demanda, de formar pessoas para vacinar. O Conasems fez esse papel, vacinar. O Conasems fez esse papel, e tivemos muito sucesso.” e tivemos muito sucesso.” “ Capacitamos mais de 50 mil trabalhadores no período da pandemia. Tive- mos muito sucesso na va- cinação contra a covid-19, com quantidade insignifi- cante de erros na aplicação das vacinas, porque o Mais Conasems disponibilizou um curso de 180 horas, com teleaulas toda semana e, no meio delas, lives com orientações. Esse foi o pri- meiro grande desafio do ca- nal, levando informação e capacitação de qualidade à “ponta” para atender àque- la demanda tão necessária da população, que foi o en- frentamento da covid. 23
  • 24. Audácia, inovação e acesso Audácia, inovação e acesso Criar o Mais Conasems foi uma iniciativa audaciosa pelo tamanho e pela densi- dade tecnológica que colo- camos. Quando decidimos implementar o Canal, para formação e comunicação aos gestores e trabalha- dores do Sistema Único de Saúde, buscamos o que não existia. Sentíamos muita falta de uma comunicação de qualidade que, de fato, mostrasse o SUS, formasse e atualizasse seus profissio- nais. Para isso, precisáva- mos investir em tecnologia com algo diferente. Fomos buscar o que ha- via de melhor no mercado e optamos que o Mais Co- nasems deveria ser aces- sado de qualquer lugar, a qualquer momento, em qualquer tela, ou seja, te- ríamos que superar as bar- reiras de conectividade que existem no país. Temos um desafio de internet, então, a única alternativa naquele momento era via satélite: colocamos um canal para que, com uma antena off- set, qualquer unidade de saúde pudesse receber o si- nal. É claro que, se a unida- de tiver internet, também pode receber por streamig, porque estamos em todos os meios. O primeiro passo foi observarmos a possibili- dade de alocação de um espaço, de uma banda sa- telital, para disponibilizar o conteúdo do canal. Ou- tro ponto foi a questão da produção. Normalmente, o que vem das produtoras é focado num mercado mais comercial, o que não é nos- so caso. Optamos por mon- tar nossa própria estrutura de produção, com aquisi- ção de câmeras, servidores, computadores de edição gráfica, de processamento, de pós-produção... Também desenvolve- mos nossa própria platafor- ma educacional. Naquele momento, a grande maio- ria das pessoas utilizava plataforma gratuita ou com custo reduzido, mas com várias limitações. A princí- pio, vimos que aquilo não supriria o que pensávamos para o ambiente virtual de aprendizagem. Outro ponto foi a lin- guagem a ser utilizada na Hisham Mohamad Hamida, diretor financeiro do Conasems 24 + OPINIÃO
  • 25. formação, sendo escolhi- da a andragogia, voltada ao ensino de adultos, para deixar à vontade os traba- lhadores e outros públicos que buscam nossas infor- mações e potencializar seu aprendizado. Tínhamos que ter algo diferente, sem trabalhar com o mesmo cenário, aquela coisa física. Opta- mos pelo cenário virtual, por trabalhar toda a nossa formação no ambiente vir- tual, então, nossa própria equipe desenvolve nossos cenários virtuais, o que é utilizado pelas grandes emissoras de televisão do país hoje. Na busca de ter um produto final de excelência, que prendesse a atenção do nosso público, tivemos que investir em todo esse aparato de última geração, desenvolvendo um portal educacional que centraliza o conteúdo e garantindo transmissão com conec- tividade robusta. Com a tecnologia disponibilizada pelo Mais Conasems, qual- quer unidade de saúde do país consegue ter acesso a Com a tecnologia disponibilizada Com a tecnologia disponibilizada pelo Mais Conasems, qualquer pelo Mais Conasems, qualquer unidade de saúde do país consegue unidade de saúde do país consegue ter acesso a formação e informação.” ter acesso a formação e informação.” “ formação e informação. Para mim, o Mais Co- nasems é a maior inicia- tiva de formação real do Sistema Único de Saúde, para todos os municípios brasileiros, respeitando suas particularidades e levando o que é a ne- cessidade de saúde da população no dia a dia. Não se encon- tra nenhum profis- sional que não se sinta representado, que não se enxer- gue nesse processo de formação. 25
  • 26. Mais saúde, de ponta a ponta Mais saúde, de ponta a ponta Charles Cezar Tocantins de Souza, vice-presidente do Conasems O Conasems tem a fun- ção primordial de represen- tar os gestores municipais de saúde nos fóruns deliberati- vos do SUS. Ao mesmo tem- po que essa representação é institucional, o Conasems assume o papel de ser porta- -voz das demandas internas e imediatas dos gestores. Uma das principais dessas demandas era, justamente, termos comunicação direta, discussão da formação dos tra- balhadoresdosis- tema e cursos para aperfei- çoar a atuação dos gestores, profissionais e técnicos dos municípios. E numa visão dife- rente, porque a demanda dos cursos e da comunicação não é uma visão apenas do aparelho formador para os profissionais da “ponta”: é a “ponta” que de- manda a formação, a qualifica- ção, a agenda. Para nós, da Região Nor- te, o Mais Conasems é um projeto muito positivo. A falta de energia e tecnologia em alguns locais da Amazônia é uma realidade. Então, o Mais Conasems tem aproveitado a própria rede onde a estrutura- ção permite. E onde não há es- trutura de TV e energia (áreas ribeirinhas, quilombolas e indígenas), temos adotado técnicas para que as equipes tenham contato com o Mais Conasems quando se deslo- cam às sedes municipais. O Mais Conasems é uma ferramenta do futuro. O fu- turo está na comunicação rápida, está na formação di- nâmica, está na intensidade da interação entre quem faz e quem recebe formação e informação. Nossas experiên- cias práticas indicam que o aprendizado na “ponta” tem sido fundamental para uma saúde de mais qualidade à população brasileira. + OPINIÃO
  • 27. 27 Educar: missão Educar: missão permanente permanente Uma das deficiências da qualificação do Sistema Único de Saúde é a falta de exigên- cia de formação para traba- lhar no SUS. Sempre tivemos profissionais formados para trabalhar na assistência à saú- de, mas nunca se exigiu que os trabalhadores tenham ex- periência no sistema. Nunca houve uma política de Estado de educação permanente para o profissional atuar no SUS. Isso ficou mais grave du- rante a pandemia, quando ti- vemos falta de conhecimento sobre a situação na época e percebemos que havia pouca estrutura e pouco acesso aos profissionais de saúde. Não conseguíamos uma política de educação permanente, in- clusive, porque tivemos muita troca de ministro e de secretá- rios estaduais de saúde. O Conasems, entenden- do essa fragilidade e saben- do da nossa responsabilida- de de apoiar os municípios, teve a ideia de criar uma te- levisão com equipe pedagó- gica, buscando se aproximar dos profissionais e qualificá- -los, principalmente, naquela situação da pandemia. Perce- bemos o quanto os profissio- nais aderiram a essa iniciativa do Conasems e assumimos de vez a responsabilidade de construir, dentro da institui- ção, um processo pautado na educação permanente. Não há limite, hoje, para a formação na modalidade de educação a distância. O que precisamos é trabalhar com inovação, não fazer mais do mesmo. Devemos trabalhar conhecendo o ter- ritório para sabermos o que utilizar das estra- tégias locais para for- talecer aquilo que é repassado na EaD. Cristiane Martins Pantaleão, vice-presidente do Conasems 27 + OPINIÃO
  • 28. Salas de espera e de aula Salas de espera e de aula Com a oportunidade de estar na diretoria do Cona- sems, acompanhei a criação do Mais Conasems e, em se- guida, com a possibilidade de o Canal ser reproduzido no Brasil todo, tivemos conhe- cimento de que, com ante- nas, poderíamos reproduzi-lo também nas nossas unidades de saúde (UBSs e ESFs) de Ita- jubá [município da região Sul de Minas Gerais], onde sou secretário de Saúde. Tivemos a ideia de trans- mitir o canal para 100% das nossas unidades de saúde e já podemos relatar o suces- so que é nas salas de espera de UBS termos programas de tanta qualidade como são os do Mais Conasems, com conteúdos diversificados, que passam um panorama da saúde no Brasil todo. Entrar em contato com essa riqueza que é o SUS passou a ser uma oportunidade à pessoa que está lá esperando sua consul- ta ou vacina. Tem sido uma experiência muito boa. Nossos colaboradores, dentro das unidades, usu- fruem mais ainda do Mais Co- nasems, que é muito amplo. Além de sua programação de Nilo César do Vale Baracho, diretor administrativo adjunto do Conasems TV, o Canal se propõe, em par- ceria com o Ministério da Saú- de e com a Organização Pan-A- mericana da Saúde, a oferecer cursos a distância de alta qua- lidade, sempre ligados a algu- ma universidade, que ajuda na produção do conteúdo e em seu controle de qualidade. Temos certeza de que, em médio prazo, veremos resultados na “ponta”: o pa- ciente sendo mais bem as- sistido e podendo dar uma resposta muito boa de saúde pública, com o SUS cada vez mais universal, mais integral e mais equânime. 28 + OPINIÃO
  • 29. 29 GALERIA DE FOTOS Bastidores do canal em Brasília, Belo Horizonte e pelo Brasil adentro Bastidores do canal em Brasília, Belo Horizonte e pelo Brasil adentro
  • 31. Acesse o QRCode e confira Série no YouTube Série no YouTube produzida para tirar produzida para tirar dúvidas e exaltar a grande dúvidas e exaltar a grande contribuição das vacinas contribuição das vacinas para a saúde pública. para a saúde pública. Momentos de trabalho e integração Momentos de trabalho e integração no Mais Conasems no Mais Conasems