O documento descreve as atividades de gestão agroecológica realizadas no Camping do Parque Estadual do Rio Vermelho entre dezembro de 2013 e maio de 2016, incluindo educação ambiental, turismo ecológico, horta agroecológica, controle de espécies exóticas e produção de mudas nativas.
2. Financiamento
Financiaram este projeto recursos oriundos da arrecadação do Camping e provenientes de compensação
ambiental através dos Termos de Compromisso de Compensação Ambiental firmados pelas empresas
HUISMAN LTDA., BOM JARDIM ENERGIA EÓLICA S.A. e OCEANA ESTALEIRO S.A., aprovados pela
CTCA/FATMA - Câmara Técnica de Compensação Ambiental da FATMA.
CEPAGRO – Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo
Diretor Presidente: Eduardo Daniel da Rocha
Vice Diretora Geral: Erika Sagae
Diretora Administrativa: Maria Dênis Schneider
Diretor Financeiro: Rafael Beghini Ruas
Coordenador de Projetos Rurais: Charles Onassis Peres Lamb
Coordenador de Projetos Urbanos: Marcos José de Abreu
Coordenador de Comunicação: Fernando Angeoletto
Revista Gestão Agroecológica do Camping do Parque Estadual do Rio Vermelho –
Dezembro de 2013 a Maio de 2016, impressa em julho de 2016.
Texto e fotos: Equipe Cepagro
Projeto Gráfico e edição: Fernando Angeoletto
Arte e Editoração Eletrônica: Juliana Duclós
Coordenação Editorial: André Ganzarolli Martins
REALIZAÇÃO
Fizeram parte da equipe Cepagro, trabalhando ou auxiliando no projeto Camping:
Alexandre Felipe Cordeiro - Engenheiro Agrônomo; André Ganzarolli Martins - Biólogo; Audrey de Fraga–
Auxiliar de Manutenção; Bruna Lunardi Taffe - Engenheira Agrônoma; Eduardo Rocha - Administrador;
Camilo Teixeira - Engenheiro Agrônomo, Historiador, Mestre em Agroecossistemas; Carlos Javier
Bartaburu Vignolo - Engenheiro Agrônomo; Charles Lamb - Técnico Agrícola; Érika Sagae – Educadora
do Campo; Flora de Oliveira Castellano – Engenheira Agrônoma; Fernando Angeoletto - Jornalista;
Francys Pacheco – Eng. Agrônomo; Gisa Garcia, Eng. Agrônoma; Guilherme Angelo Bottan - Engenheiro
Ambiental; Henrique Martini Romano – Administrador, Especialista em Agroecossistemas; Ícaro
Christovam de Souza Pereira - Engenheiro Agrônomo; Jeferson Severo - Auxiliar de Manutenção; Júlio
César Maestri - Eng. Agrônomo; Júlio Rafael Cançado Cogo - Educador Popular; Karina Smania De
Lorenzi - Engenheira Agrônoma; Luana Jamayna Gellert - Cientista Social; Luciano Tommasi - Engenheiro
Mecânico; Marcos J. de Abreu – Eng. Agrônomo, mestre em agroecossistemas – UFSC; Marina Ferreira
Campos Pinto - Bióloga, Mestre em Recursos Genéticos Vegetais; Mônica Auga – Eng. Agrônoma;
Pedro Rodolfo Ocampos Palermo - Engenheiro Ambiental; Rafael Beghini - Engenheiro Mecatrônico;
Renato Barreto Barbosa Trivella – Estudante de Agronomia/UFSC; Stephanye Oliveira Cardoso – Bióloga.
4. Apresentação
É
com grande alegria que divulga-
mos, através desta revista, uma
síntese dos resultados positivos
alcançados em pouco mais de 2 anos
de gestão agroecológica do Camping do
Parque Estadual do Rio Vermelho. Neste
período, nosso trabalho dentro desta Uni-
dade de Conservação foi pautado pelo
respeito à natureza através da adoção de
diversas práticas ecológicas, com ênfase
na educação ambiental.
Em dezembro de 2013 o Camping
reabriu ao público, depois de dois anos
fechado, sendo gerido até maio de 2016
pelo Centro de Estudos e Promoção da
Agricultura de Grupo (Cepagro) uma Or-
ganização da Sociedade Civil de Interesse
Público (OSCIP) cujo trabalho em prol do
ambiente, da ecologia e da saúde remonta
a uma história de mais de 25 anos cons-
truídos no meio rural e urbano de Santa
Catarina. O Cepagro tem como uma de
suas principais missões a promoção da
Agroecologia, ciência inovadora que alia
conhecimentos acadêmicos e populares
pela construção de uma sociedade verda-
deiramente sustentável.
Com uma visão pioneira de gestão de
espaços em Unidades de Conservação, o
Camping é entendido não apenas como
um local para lazer, mas também como um
centro de visitação e referência em educa-
ção ambiental. Com o objetivo maior de
promover a conservação da natureza, o
trabalho desenvolvido vem demonstrando
ser possível realizar dentro de uma Unida-
de de Conservação de Proteção Integral
práticas conservacionistas que podem ser
propagadas para além do próprio espaço,
potencializando o impacto positivo das
ações na sociedade e no ambiente.
No dia-a-dia do Camping do Parque
Estadual do Rio Vermelho, tais práticas se
traduziram em inúmeras atividades edu-
cativas (desde oficinas até painéis infor-
mativos), na coleta seletiva dos resíduos
sólidos, no tratamento dos resíduos or-
gânicos localmente através da compos-
tagem, na valorização da biodiversidade
local com o plantio de plantas nativas, na
horta agroecológica de plantas alimentí-
cias e medicinais, na produção e doação
de mudas de plantas nativas através do
viveiro e no controle de espécies exóticas
invasoras, entre outras ações. Nas pági-
nas seguintes, apresentamos amostras e
dados das atividades de gestão agroeco-
lógicas aqui elencadas.
Equipe do
Camping
da alta
temporada de
verão 2015-
2016.
4
Gestão
Agroecológica
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a mai/16
5. P
ara propiciar a manutenção desse
convívio entre as pessoas e o meio
ambiente, é fundamental a exis-
tência das Unidades de Conservação,
espaços públicos reservados para a
proteção da natureza. Nestas áreas pro-
tegidas o turismo ecológico tem poten-
cial para realização de ações positivas
na vida das pessoas, enquanto ocorra
de forma controlada e sustentável. Re-
verter impactos negativos causados pela
presença humana e transformá-los em
resultados positivos através da Agroe-
cologia tem sido a missão principal da
gestão do Cepagro nesta área pública
que é o Camping do Parque Estadual do
Rio Vermelho.
Diante de tantas
problemáticas associadas
à vida moderna, como a
poluição e as desigualdades
sócio-ambientais que
enfrentamos no dia-a-dia,
seja no campo, seja na
cidade, é cada vez mais
necessária a adoção de
práticas e pensamentos
ecológicos. É nesse sentido
que o turismo ecológico se
destaca como uma forma
essencial de geração de
bem-estar e saúde para a
população, sendo dever
da sociedade e dos órgãos
públicos promovê-la.
Turismo
ecológico
Turismo
ecológico
Gestão
Agroecológica
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5
7. O Camping do Rio Vermelho,
apresenta condições ideais para
pessoas que queiram apreciar
e desfrutar de momentos em
meio à natureza. Ele faz parte
do Parque Estadual do Rio
Vermelho (PAERVE), que ocupa
uma área de 1.532 hectares e
está localizado na costa leste da
Ilha de Santa Catarina, em um
local privilegiado, com natureza
exuberante e acesso tanto à
praia do Moçambique quanto à
Lagoa da Conceição.
Gestão
Agroecológica
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7
8. O
s diversos ecossistemas do Parque
pertencem ao bioma Mata Atlântica,
considerado um dos mais ricos em
biodiversidade do mundo, sendo também
um dos mais ameaçados pela degrada-
ção ambiental. Atualmente, restam apenas
12,5% da área coberta originalmente e,
por isso, existe a grande necessidade de
conservação desses remanescentes (SOS
Mata Atlântica, 2016).
A criação do Parque Estadual do Rio
Vermelho ocorreu em 24 de maio de 2007,
pelo Decreto Estadual nº 308, visando a pre-
servação dessa importante área de relevância
ecológica, histórica, turística, cultural e pai-
sagística. Desde então, o Camping situa-se
dentro de uma Unidade de Conservação de
Proteção Integral regida pela lei 9985/2000,
que institui o Sistema Nacional de Unidades
de Conservação. Mas a história do Parque
começou muito an-
tes, em 1962, com
a criação da Esta-
ção Florestal do Rio
Vermelho, que tinha
por objetivo experi-
mentar o plantio de
diversas espécies de
pinheiros (também co-
nhecidos como Pinus),
eucaliptos, ciprestes,
entre outras, para saber
quais delas melhor se
adaptavam à região e a
viabilidade da produção
florestal destas espécies.
O idealizador e coordenador desta
estação foi Henrique Berenhauser e as se-
mentes utilizadas foram provenientes de
diversos países. Em 1974, após 12 anos,
atingiu-se a área de 800 hectares basica-
mente de Pinus e eucalipto, materializando
então aquele projeto e modificando drasti-
camente a paisagem local. Até a década de
1970 foram introduzidas cerca de 25 espé-
cies de Pinus na área, fato que acarretou
na descaracterização de grande parte do
ecossistema original. Nesta época, a ges-
tão da área era feita através de um convê-
nio entre o governo do estado, a Secretaria
de Agricultura e a Associação Rural Regio-
nal de Florianópolis.
Em 1974, a Estação Florestal foi trans-
formada no Parque Florestal do Rio Verme-
lho, mantendo os mesmos objetivos da Es-
tação e incluindo a restauração, proteção e
conservação do ecossistema local. A partir
disto, a gestão da área foi entregue à Se-
cretaria Estadual de Agricultura. Em 1983,
a administração foi repassada à Compa-
nhia Integrada de Desenvolvimento Agríco-
la de Santa Catarina (CIDASC), cuja ges-
tão estendeu-se até 2007, quando a área
tornou-se Parque Estadual, passando a ser
administrada pela Fundação Estadual do
Meio Ambiente (FATMA). (Ferreira, 2010).
Apesar da intensa mudança sofrida
pela paisagem, estudos recentes reve-
lam que ainda há uma imensa riqueza
de espécies de animais e plantas nati-
vas. Já foram registradas 169 espécies
de plantas, distribuídas em diferentes ti-
pos de vegetação do Parque, que são:
restinga herbácea, restinga arbustiva,
restinga arbórea, vegetação de banhado
e a mata-atlântica “clássica”, conheci-
da também por floresta ombrófila densa
(Ferreira, 2010).
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Gestão
Agroecológica
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9. É o nome que pode ser dado aos vários
tipos de vegetação da Mata-Atântica
que crescem próximas do mar, em solos
basicamente arenosos, apresentando uma
série de adaptações à este ambiente, como
a resistência ao solo pobre em nutrientes, sol forte e à
salinidade vinda do mar, entre outras características. As
restingas abrigam muita riqueza de animais e plantas e
são protegidas por Lei, também são lugares muito bonitos
e importantes para a preservação das praias. Apesar
disso, continuam muito ameaçadas, pois estão em lugares
frágeis e muito atrativos para a construção imobiliária.
>> No trabalho desenvolvido no Camping toda essa biodiversidade é valorizada através da
educação ambiental, com o objetivo de que os visitantes conheçam mais sobre os habitantes
nativos do Parque e passem a respeitá-los e admirá-los. Neste sentido, existe também um
esforço por parte da equipe técnica, em registrar os animais e plantas encontrados no
Camping e seu entorno, para que o conhecimento sobre a natureza local seja cada vez maior.
Essa diversidade de espécies vegetais
é responsável pelo sustento e abrigo de
muitas espécies de animais silvestres que
habitam o parque. Somente de aves os re-
gistros apontam pelo menos 106 espécies,
sendo algumas delas migratórias, que apa-
recem em apenas algumas épocas do ano
na região. Também existem diversas espé-
cies de répteis, como lagartos e cobras, e
mamíferos, como macaco-prego, cachorro-
-do-mato e gambás, além de fungos, inse-
tos e a microfauna do solo, que são seres
fundamentais para as dinâmicas ecológicas
dos ambientes. (Ferreira, 2010).
Gestão
Agroecológica
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10. Um camping em
O
Camping do Rio Vermelho é con-
siderado um dos campings mais
tradicionais do sul do Brasil, com
mais de 35 anos de história envolvendo
gerações de campistas.
Após o início da gestão do Cepa-
gro, o Camping foi considerado um
dos melhores do Brasil em 2015 e
janeiro de 2016, segundo o guia
de campismo MaCamp, referên-
cia internacional nesta área.
Tanto o guia quanto as ava-
liações realizadas com os
campistas apontam como
sendo a maior qualidade
do Camping o atendimen-
to da equipe, as estrutu-
ras bem cuidadas e as
atividades educativas e
sócio-culturais em meio
à natureza.
Desde a reabertura
do camping em dezembro
de 2013, foram registra-
das mais de 25 mil pessoas
entre campistas, visitantes,
comunidade escolar e parti-
cipantes de eventos.
Em relação ao atendi-
mento, ao chegar no Camping,
os visitantes foram recebidos por
profissionais qualificados, com for-
mação especializada, à disposição
para tirar duvidas sobre roteiros de eco-
turismo, passeios e também sobre a eco-
logia do local. Foram também orientados
sobre o modelo de gestão de resíduos
adotado, e recebem uma breve introdu-
ção sobre o Parque e as atividades edu-
cativas e sócio-culturais realizadas.
O Camping apresenta uma extensa
área com aproximadamente 3 hectares,
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Gestão
Agroecológica
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11. que oferece aos campistas banheiros
limpos e com água quente, mais de 70
pontos de energia para utilização de apa-
relhos elétricos, áreas destinadas para a
lavagem de roupas e utensílios de cozi-
nha, quatro espaços coletivos com chur-
rasqueiras e pias, cozinha coletiva com
fogão à gás e à lenha.
Na área de entretenimento, o Cam-
ping contou com um salão de jogos com
mesas de ping-pong, sinuca e pebolim,
além de campo de futebol, quadra de
vôlei, parque infantil e galpão para
eventos. Também contou com uma
pequena biblioteca coletiva, brin-
quedoteca e acesso à internet
wi-fi para comunicação dos
campistas em um espaço
confortável.
Em alguns períodos
do ano, especialmente na
alta temporada de verão,
o Camping contou com a
comodidade de um res-
taurante servindo café-
-da-manhã, almoço e jan-
tar, bem como lanches
diversos. No local tam-
bém são comercializados
artigos de primeira neces-
sidade, como mantimentos e
material de limpeza e higiene.
Entre 22 de Dezembro de
2013 à 10 de março de 2016, o
Camping abrigou aproximadamen-
te 9.150 campistas, sendo a maio-
ria adultos e jovens. Também tivemos
cerca de 7.000 registros de pessoas que
passaram pelo Camping para visita, acesso
à praia, fazer trilhas e praticar esportes.
meio a natureza Gestão
Agroecológica
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12. Arte &
Cultura
O
utro diferencial da gestão do Cam-
ping pelo Cepagro é o estímulo
às atividades culturais e artísticas.
Durante a temporada, foram diversos mo-
mentos de cultura para visitantes e cam-
pistas, todos gratuitos. Os artistas e ofici-
neiros são em sua maioria campistas que
vem desfrutar do Camping e trocam seu
talento por alguns dias de estadia. A ri-
queza da programação cultural e entrete-
nimento durante as temporadas foi enor-
me. Foram mais de 100 apresentações
de música, circo, teatro, aulas de dança,
canto, artes marciais e até fabricação de
fantoches.
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Gestão
Agroecológica
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13. >> Durante a baixa temporada, o
Camping também tem se tornado
sede de eventos diversos, tais como:
acampamentos de grupos escolares e
de escoteiros, acampamentos religiosos,
gincanas escolares, convenções
culturais de circo, encontros de dança
e cultura africana e afro-brasileira,
entre outros. Nesses dois anos de
co-gestão, sediamos 90 eventos, entre
os quais a maioria teve parte de sua
programação aberta ao público.
Para valorizar a comuni-
dade local durante as tempora-
das também foram convidados
pessoas e grupos do bairro Rio
Vermelho, vizinho ao Camping,
para darem oficinas de yoga, ca-
poeira e recreação para crianças.
Além disso, os campistas-
artistas deixaram o Camping mais
bonito e colorido com suas pinturas
inspiradas na vida e ecologia do
Parque. Até o momento, foram sete
murais pintados, que têm tornado o
espaço do Camping uma galeria de
arte a céu aberto.
>> No dia 24 de maio de 2015 o
Camping sediou a quarta edição
do evento “Domingo no Parque”
organizado em parceria com a FATMA
e a Casa de Cultura do Rio Vermelho.
Neste dia o Camping recebeu
aproximadamente 3000 visitantes.
Gestão
Agroecológica
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15. Focar nos conhecimentos
práticos e teóricos sem
deixar de lado a magia
e encantamento gerados
por experiências lúdicas,
sensoriais e emocionais
é uma das chaves para
a educação ambiental
desenvolvida pelo Cepagro.
Ouvir na floresta as histórias
de um duende, conhecer a
plantação de um “pirata”,
ou simplesmente fazer uma
brincadeira divertida antes
de começar uma caminhada,
são alguns dos momentos
de prazer e de integração
com o público envolvido nas
atividades educativas.
Educação e
interpretação
ambiental
Educação e
interpretação
ambiental
Gestão
Agroecológica
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16. C
omo princípio, nosso grande in-
teresse com a educação e inter-
pretação ambiental é desenvolver
pensamentos e práticas que contem-
plem a variável social na conservação
dos ecossistemas, buscando tornar o
público atuante na preservação das Uni-
dades de Conservação e do ambiente
como um todo, de forma que multiplique
também na sua comunidade os aprendi-
zados vivenciados.
Entre os muitos temas abordados,
destacam-se a importância da preser-
vação da biodiversidade e dos recursos
naturais de forma sustentável e integra-
dora, além da adoção de hábitos de vida
saudáveis. Dessa forma, diversos valo-
res, práticas e conhecimentos foram di-
fundidos entre as atividades didáticas,
demonstrando que a valorização e o cui-
dado com as diversas formas de vida,
comunidade e natureza é a base para um
desenvolvimento em harmonia e de fato
sustentável.
De forma geral, as ações educativas
ocorreram de maneira contínua dentro do
Camping em três grandes grupos:
1) Oferta gratuita de cursos e oficinas
para comunidade, atendimento para ins-
tituições de ensino de todo o estado de
Santa Catarina e acampamentos coleti-
vos;
2) Orientação da comunidade campista e
visitantes quanto à gestão do Camping,
com foco na separação de resíduos só-
lidos, consumo consciente de recursos
como água e energia, regramento e ca-
racterização da Unidade de Conservação
Ambiental;
3) Estágios Voluntários e Curriculares.
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Gestão
Agroecológica
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17. No primeiro ano de gestão,
em 2014, contabilizamos mais
de 1000 pessoas atendidas de
Unidades Escolares e grupos
universitários de diversos bairros
da cidade de Florianópolis e de
outros municípios. As atividades
realizadas basicamente abordaram as
seguintes temáticas: a) Conhecendo
os Ecossistemas do Parque através
de Trilhas Ecológicas; b) Ecologia e
Reprodução de Espécies de Plantas
Nativas (Viveiro Educativo); c) Horta
Agroecológica (consumo consciente
e alimentação saudável, produção
orgânica de alimentos); d) Gestão
de Resíduos Sólidos (separação,
coleta seletiva e destinação
correta dos resíduos sólidos).
Em 2014, realizamos um curso
gratuito sobre “Hortas Escolares
Agroecológicas” através de
parceria com a ESAG/UDESC, que
teve a participação de pessoas
de diversos municípios de Santa
Catarina, Paraná e Rio Grande
do Sul. Seguindo essa mesma
linha realizamos em 2015, mais
dois cursos para 200 professores
da rede municipal de ensino de
Florianópolis ligados ao Projeto
Educando com a Horta Escolar e a
Gastronomia da Prefeitura Municipal
de Florianópolis (PEHEG/PMF).
Resultados alcançados
Gestão
Agroecológica
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19. Fauna e Flora do PAERVE;
Viveiro Agroflorestal;
Trilha Ecológica na Bacia Hidrográfica
da Lagoa da Conceição;
Práticas de Compostagem;
Horta Agroecológica;
Bioconstrução;
Observação de Aves da Restinga;
Produção de Mudas
de Plantas Nativas;
Plantas Medicinais Nativas
Roça Agroecológica e Agroflorestal;
Nesse mesmo ano (2015),
contabilizamos 1099 pessoas
em atendimentos de 42 visitas
guiadas. Além disso realizamos a
Formação em Gestão Comunitária
de Resíduos Sólidos Orgânicos
e a Formação em Agroecologia
para agentes do CRAS (Centro de
Referência em Assistência Social
de Florianópolis) para trabalharem
os conceitos, ensinamentos
e práticas de agroecologia na
recuperação de pessoas em
situação de vulnerabilidade social.
Também realizamos a Formação
em Agroecologia para Agentes
da Rede Municipal de Saúde, com
o objetivo de incentivar o uso de
fitoterápicos no tratamento de
enfermidades e aprender a elaborar
e manter hortas agroecológicas
dentro das unidades de saúde.
Ainda em 2015, iniciamos
uma nova fase de oficinas
abertas e gratuitas a população,
denominada Saber na Prática. De
abril a novembro de 2015 foram
ofertadas 24 oficinas, alcançando
um total de 442 participantes durante
aquele ano. Em algumas edições
contamos com a participação
de convidados especiais.
Os temas das oficinas foram:
Reaproveitamento Integral
de Alimentos Orgânicos;
Alimento Vivo;
Biodiversidade de Sementes;
Telhado Verde;
Despolpa de Juçara (Açaí da Mata Atlântica);
Astronomia e Agricultura;
Gastronomia com Plantas
Alimentícias não Convencionais;
Musicalidade;
Produção de Sabão com Óleo
Usado e Plantas Medicinais.
Gestão
Agroecológica
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20. D
entro de sua proposta de atrair
para o ambiente do Camping e do
Parque os anseios de comunida-
des, organizações e escolas, o Cepagro
ampliou as relações no âmbito acadê-
mico, servindo de base para estágios
curriculares de nível médio e superior, e
abrindo-se também ao voluntariado. Na
baixa temporada de 2015 foram acolhi-
dos e orientados 2 estagiários, através
de parceria com a Universidade Federal
de Santa Catarina, e 4 voluntários que
atuaram em frentes de pesquisa e tra-
balho sincronizadas com as agendas da
equipe técnica do Camping.
A partir de 2015, acolhemos ainda
estágios curriculares através da parce-
ria entre o Cepagro e o Instituto Federal
Catarinense (IFC) de Rio do Sul (SC). Ao
todo vieram 8 jovens formandos execu-
tar seu estágio curricular obrigatório em
Ensino Médio Técnico, cumprindo um
período de 45 dias durante o verão.
Em relação ao voluntariado, conta-
bilizamos 25 voluntários durante o verão
da temporada 2014/2015. Na tempora-
da seguinte (2015/2016) este número foi
maior ainda, totalizando 63 pessoas, que
contribuíam com as ações do Camping
e ao mesmo tempo aprenderam mais
sobre as temáticas ligadas a educação
ambiental junto à equipe.
Articulando saberes
com a comunidade
20
Estagiários
do verão
2014-2015
Gestão
Agroecológica
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21. O Trabalho
Externo
As ações de educação
ambiental desenvolvidas no
Camping foram estendidas
por meio da participação em
importantes eventos e atividades
externas, através da montagem
de stands, realização de
oficinas e divulgação das
ações do Camping do
PAERVE em: escolas, grupos
comunitários de bairros
de Florianópolis, eventos
comunitários de bairros do
entorno do Parque, eventos
institucionais (do SESC,
FATMA e Prefeitura Municipal),
conferências, simpósios,
encontros de agroecologia,
grupos de agricultores,
aldeias indígenas, comunidades
quilombolas e até um Centro
de Atenção Psicossocial.
É dada uma atenção especial
a comunidade do bairro do Rio
Vermelho, considerando que é
fundamental a aproximação da
Unidade de Conservação com a
população do entorno. A relação
se deu através de apoio técnico,
realização de oficinas de educação
ambiental e capacitação em torno
da agroecologia e conservação dos
recursos naturais, com o Núcleo
de Educação Infantil São João
Batista, Coletivo Pátios Amigos
do Rio Vermelho e Comunidade
Quilombola Vidal Martins do Rio
Vermelho. De maio à novembro de
2015, foram realizadas um total de
15 oficinas com estes coletivos,
repercutindo positivamente
no desenvolvimento
sustentável da região.
Gestão
Agroecológica
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Bolsistas da UFSC - verão 2015
22. ESTAÇÕES
DIDÁTICAS
Palco das atividades de
educação ambiental, foram
determinados 4 espaços
didáticos principais,
integrados à gestão
agroecológica do Camping:
VIVEIRO DE PLANTAS NATIVAS
Proporciona ao visitante
tanto conhecer as técnicas
de produção de mudas,
quanto aprender sobre os
ecossistemas nativos, desde
sua composição até suas
interações ecológicas, sobre
sucessão ecológica e outras
questões ambientais observadas
no entorno, como a presença
de espécies exóticas invasoras
e sistemas agroforestais.
HORTA AGROFLORESTAL
Utiliza como insumo principal
o adubo produzido na
compostagem. A horta permite
a interação das crianças,
jovens e adultos com toda
a riqueza e as dinâmicas da
vida que se desenvolve neste
espaço. Além da produção
de alimentos, a horta é
conectada à restauração
ambiental e gera um universo
de atividades lúdicas,
brincadeiras e conhecimentos.
22
Gestão
Agroecológica
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23. TRILHAS ECOLÓGICAS
Nesse roteiro o público
pratica a caminhada ao
ar livre, conhecendo mais
sobre a biodiversidade
nativa, as histórias e
importância da Unidade
de Conservação, além
de outros temas, como
princípios que regem a
Ecologia. No caminho
pela Mata-Atlântica,
belas paisagens são
visitadas, como a Lagoa
da Conceição e a Praia
do Moçambique.
ÁREAS DE
COMPOSTAGEM
Nestes locais o visitante
conhece a técnica
de transformação de
resíduos orgânicos em
adubo, refletindo sobre
seus hábitos de consumo
e os problemas advindos
da destinação incorreta
do lixo. São abordados
tanto aspectos técnicos
como os fundamentos
teóricos da compostagem.
Gestão
Agroecológica
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24. A
s trilhas do Camping levam a
diferentes paisagens e propor-
cionam aos visitantes percorrer
e conhecer os ecossistemas do Parque.
Um exemplo é o caminho até a Lagoa da
Conceição, no qual passamos por uma
floresta, a restinga arbórea, e chegamos
numa área de banhado e na lagoa, onde
podem ser avistadas aves aquáticas e
migratórias, peixes, plantas nativas e
muito mais.
Existem ainda trilhas em ambiente
florestal, onde podemos perceber o im-
pacto dos Pinus e eucaliptos na vegeta-
ção nativa, e seu processo de regenera-
ção. Na trilha principal, que liga a área de
camping até o mar, podemos perceber
as mudanças na vegetação ao longo do
caminho, saindo de um ambiente florestal
para o ecossistema de beira de praia.
Trilhas ecológicas
24
Gestão
Agroecológica
dez/2013
a mai/16
25. VOCÊ SABIA
que atualmente a
Agroecologia já é
tema de vários cursos de
ensino médio (técnicos),
graduação e de
pós-graduação, em todas
as regiões do Brasil?
A presença humana nas
Unidades de Conservação,
sem gerar impactos
negativos, só é possível
através da Agroecologia.
Esta ciência inovadora,
que tem se desenvolvido
significativamente nos
últimos anos, trabalha com
a união de conhecimentos
acadêmicos e populares,
criando técnicas e saberes
que façam a sociedade se
desenvolver sem agredir
o meio ambiente, de
forma verdadeiramente
sustentável. Na prática,
são muitos saberes e
técnicas desenvolvidas
com a Agroecologia, muitas
destas implementadas pelo
Cepagro no Camping do
Rio Vermelho, seguindo
princípios como:
AgroecologiaAgroecologia
Nas próximas seções
convidamos você a
conhecer melhor cada
uma das práticas
agroecológicas
desenvolvidas no
Camping do Parque
Estadual do Rio
Vermelho! Gestão
Agroecológica
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26. atório
gestão
3 a mar/16
26
A
tualmente, são raras as Unida-
des de Conservação, bem como
espaços públicos em geral, que
assumem práticas agroecológicas na sua
gestão. Normalmente, nestes espaços,
de forma contraditória, vemos ações con-
trárias aos princípios da conservação da
natureza, como gestão incorreta dos resí-
duos, consumo irracional dos recursos, au-
sência de saneamento ecológico, falta de
atividades educativas e integradoras com
a comunidade, entre outros sintomas
que reforçam a necessidade de mudança
dessa realidade.
Portanto, através desta publicação es-
peramos contribuir e inspirar mais o desen-
volvimento da Agroecologia no âmbito da
gestão dos espaços públicos e Unidades
de Conservação, enxergando nela a forma
mais correta e adequada de desenvolver
a sociedade. Através de seus princípios e
práticas, temos buscado gerar um funcio-
namento ecológico e saudável deste espa-
ço público que é o Camping do Rio Verme-
lho, com todas as ações permeadas pela
educação ambiental.
Agroecologia: Uma mudança
necessária na gestão dos espaços
INTEGRANDO A GESTÃO DO ESPAÇO
ATRAVÉS DA AGROECOLOGIA
USO
PÚBLICO
EDUCAÇÃO
AMBIENTAL
REFLORESTAMENTO
E HORTAS
AGROFLORESTAIS
ALIMENTOS
COLETA
SELETIVA
RESÍDUO
ORGÂNICO
SEPARADO
COMPOSTAGEM
PRODUÇÃO DE
MUDAS
VIVEIRO
ADUBO
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Gestão
Agroecológica
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27. Gerenciamento de
resíduos sólidos
O
Gerenciamento de Resíduos Sóli-
dos, conhecido pela sigla “GRS”, foi
estratégia e instrumento de gestão
fundamental no Camping do Rio Vermelho,
representando uma ferramenta capaz de
minimizar os efeitos negativos dos resíduos
gerados pelas atividades humanas e ser-
vindo como base para uma série de outras
ações agroecológicas e educativas.
Entre estas ações resultantes da
gestão de resíduos, podemos destacar a
produção de adubo, que é responsável
tanto por subsidiar a produção de mu-
das do viveiro, quanto pela restauração
de áreas degradadas do Parque. Em dois
anos foram coletados, triados e pesa-
dos 49 toneladas de resíduos sólidos no
Camping.
Compreendendo que a maior parte do “lixo”
na verdade é algo muito útil, que ainda pode ser
transformado através da reciclagem, optamos por
mudar o nome do “lixo” para “resíduo”.
Dessa forma, a gestão de todo resíduo gerado
no Camping se baseou em priorizar sua separação
inicial pelo próprio público que o gerou, resultando
em três grupos principais: orgânicos compostáveis,
recicláveis secos e rejeitos. Através desta coleta
seletiva, torna-se muito mais fácil a destinação
posterior dos materiais para a reciclagem.
O “LIXO”
QUE NÃO
É LIXO...
Gestão
Agroecológica
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28. atório
gestão
3 a mar/16
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50%
30%
20%
COMO FUNCIONARAM AS ETAPAS
DA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
NO CAMPING DO RIO VERMELHO:
>> Os resíduos gerados pelo público são depositados
em recipientes específicos, separados em três
grupos principais de resíduos: orgânico compostável,
reciclável seco e rejeito. Materiais perigosos e óleo de
cozinha são depositados em locais particulares.
>> Uma coleta bastante qualificada dos resíduos
é desenvolvida. Os resíduos encontrados em cada
recipiente são inspecionados e separados corretamente
pelos coletores, corrigindo eventuais erros que podem
aparecer na separação dos resíduos feita pelo público.
>> Após coletados, os resíduos são pesados
e os dados registrados, gerando parâmetros
usados nas atividades de educação
ambiental e monitoramento da gestão.
Reciclagem
Os recicláveis
secos (30%) são
encaminhados para
associações de
catadores que os
venderão para empresas
de reciclagem.
Aterro sanitário
A menor parte constituída
pelos rejeitos (20%),
vai para o aterro sanitário
através da coleta convencional
de lixo do município.
Compostagem
A maior parte
(50%), representada
pelos orgânicos,
são levados para
a compostagem.
SEPARAÇÃO
NA FONTE
COLETA E
TRIAGEM
PESAGEM
DESTINAÇÃO
Cabe destacar que o investimento em
infraestrutura (boa quantidade e qualidade
de recipientes coletores) e geração de ma-
teriais educativos (placas informativas e ofi-
cinas) foi fundamental para o sucesso desta
metodologia. Outra estratégia adotada foi
agrupar os recipientes para cada categoria
de resíduo nos PEVs (Pontos de Entrega Vo-
luntária), distribuídos por todo o Camping,
trazendo o ponto de descarte mais perto
dos campistas e dessa forma impedindo o
acúmulo de resíduo em locais inapropriados.
>> Cada grupo de resíduo é então destinado corretamente.
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Gestão
Agroecológica
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29. Separe seus resíduos
Deposite nos contentores adequados
Uma percepção interessante foi que a cul-
tura da separação dos resíduos sólidos trans-
formou-se numa política interna da equipe do
Camping, sendo muito bem avaliada pelos
campistas e visitantes, além de contribuir para
a formação de professores, estudantes e a
população através de cursos e oficinas com
essa temática.
Portanto, podemos dizer que o Gerencia-
mento dos Resíduos Sólidos foi um instrumento
de gestão que de fato contribuiu para diminuir o
impacto do resíduo sólido gerado pelas ações
humanas no Camping do PAERVE, sendo, por-
tanto, de extrema necessidade enquanto hou-
ver atividades no espaço.
Quer saber uma coisa
legal que descobrimos
com a GRS?
Na alta temporada, período entre o Natal
até o fim do carnaval, são gerados em
média 14.000 Kg de lixo ou “Resíduos
Sólidos”, deixados por campistas de
vários países e estados brasileiros.
Ao longo do verão, duas vezes ao dia,
realizamos a coleta seletiva, triagem e
pesagem de todo material recolhido.
E sabe o que mais
descobrimos?
Que a quantidade de materiais recicláveis
coletados somou aproximadamente 4200
Kg e entre estes o vidro somou 1.800Kg
(43%), Garrafas PET 504 Kg (12%),
embalagens 1.300 Kg (31%), alumínio
378 Kg (9%) e papelão 105Kg (2,5%)
e outros (2,5%). Mesmo assim, alguns
materiais recicláveis são considerados
rejeitos ou por estarem sujos ou por
não ser reconhecido comercialmente
o valor econômico do material.
Por isso, quando vier ao Camping,
já sabe. Contribua com a separação
do resíduo sólido.O Planeta
agradece e nós também!
VOCÊ SABIA que boa parte do
resíduo jogado no chão é causado
por duas razões? Em primeiro
lugar, a falta de educação, e em
segundo, a falta de locais adequados
para armazenamento do resíduo.
Observamos no Camping que
a destinação correta do resíduo
pelo público melhora sempre
quanto mais ofertamos atividades
de educação ambiental e quanto
mais disponibilizamos recipientes
adequados para colocar o resíduo.
Gestão
Agroecológica
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30. atório
gestão
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elatório
e gestão
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O composto produzido tem
gerado muitos benefícios,
tornando-se um símbolo
contundente que expressa
como um problema (“lixo”)
pode virar solução (adubo).
A compostagem também
tem se conectado com
outras ações importantes
dentro da Unidade de
Conservação, como o viveiro
e a restauração ambiental,
ações essas detalhadas nas
próximas seções.
T
ransformando um grande impacto
negativo em positivo, a equipe do
Cepagro, através da metodologia
de compostagem, conseguiu transformar
em adubo orgânico 100% dos resíduos
sólidos orgânicos gerados no Camping,
representando mais de 23.630 kilos de
restos de alimentos que seriam descarta-
dos, mas foram processados adequada-
mente, de forma ecológica.
Dessa maneira, aproximadamen-
te metade de todo o “lixo” produzido no
Camping nesses dois anos transformou-
-se em vida através do adubo (também
chamado de composto), sendo utilizado
principalmente para a produção de mu-
das do Viveiro e adubação de hortas e jar-
dins do Camping, entre outras ações de
educação ambiental.
A técnica de compostagem adotada
no Camping, conhecida como compos-
tagem termofílica, baseia-se em facilitar
as condições para que os resíduos or-
gânicos sejam transformados em adubo
através da ação de bactérias e fungos,
dentro de condições controladas, e com
proporções adequadas de mistura com
outros materiais.
A atividade decompositora
dos microorganismos
produz calor (chegando a
65 graus), destruindo seres
nocivos e seus esporors
CAMADAS SECAS
Depois de passar por um período de
maturação, o resultado do processo
é um excelente composto orgânico,
pronto para adubar a terra.
A atividade decompositora
dos microrganismos
produz calor (chegando a
65 graus), destruindo seres
nocivos e seus esporors
CAMADAS SECAS
Depois de passar por um período de
maturação, o resultado do processo
é um excelente composto orgânico,
pronto para adubar a terra.
CONHEÇA
O CICLO DA
COMPOSTAGEM
TERMOFÍLICA
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Gestão
Agroecológica
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31. A palhada de cobertura reduz
a perda de calor e umidade da
pilha de compostagem
CAMADAS ÚMIDAS
Macrorganismos como as
minhocas estão presentes na
pilha e ajudarão a arejá-la e
decompor os materiais orgânicos
No Camping do Rio Vermelho, o adubo foi
usado para produção de mudas e o plantio
de árvores nativas, além de alimentar a Horta
Agroecológica.
HORTA
AGROECOLÓGICA
EDUCAÇÃO
AMBIENTAL Gestão
Agroecológica
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Ilustração: Hatsi do Rio Apa
Compostagem
32. O desenvolvimento do Viveiro de
Plantas Nativas é uma atividade
integrada às demais que ocorrem
na co-gestão do Camping, como:
A Compostagem, em que os resíduos
orgânicos foram transformados em adubo,
agora disponível para a produção de mudas;
A coleta seletiva, em que
embalagens foram transformadas
em vasos para as plantas;
A educação ambiental, servindo de
estrutura para práticas e informações
ligadas à biodiversidade do PAERVE;
A pesquisa, com o registro de mais de
170 espécies vegetais nos arredores do
Camping, observando seus períodos de
floração e frutificação, na coleta de sementes
e na observação de sua germinação;
O estímulo ao plantio de árvores
nativas nas áreas de entorno com a
doação de mais de 4.000 mudas;
A ornamentação e planejamento
dos espaços do Camping;
A restauração ambiental do PAERVE,
com o enriquecimento de ecossistemas
através de plantios de espécies-chave, e
salvando das roçadas aquelas plantas que
nascem ou já estão na área de camping.
O viveiro de
plantas nativas
O
viveiro de mudas brotou da motiva-
ção de criar um espaço de aprendi-
zados e trabalhos a favor da natu-
reza. O PAERVE já teve um viveiro anterior,
que foi desativado. Muitas pessoas da co-
munidade procuravam o Camping no início
do projeto querendo saber desse viveiro
desativado, sendo esta outra motivação
para iniciar o movimento.
No viveiro, durante a gestão foi possí-
vel conhecer mais de 60 espécies de plan-
tas nativas do ameaçado bioma Floresta
Atlântica. A maior parte destas espécies
compõe a vegetação do PAERVE, formada
por floresta de encosta, restinga, dunas,
banhados, laguna e toda vegetação que
permeia estes ambientes.
Completando
Ciclos
Reflorestamento
Alimentos
Coleta
seletiva
Resíduo orgânico
separado
Compostagem
Produção
de mudas
Viveiro
Adubo
ATRAVÉS DO VIVEIRO, em
um período de 2 anos:
Foram produzidas mais
de 10 mil mudas.
Foram plantadas no Camping e seus
arredores em torno de 1000 mudas, de
60 espécies vegetais nativas do Parque.
Doação de mais de 10.000 mudas.
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Gestão
Agroecológica
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33. RESTINGA ARBUSTIVA:
Guabiroba (Campomanesia xanthocarpa),
Pitanga (Eugenia uniflora), Erva-baleeira
(Varronia curassavica ), Capororoquinha
(Myrsine parvifolia), entre muitas outras.
Um dos objetivos do viveiro é servir
como uma estrutura educadora possibi-
litando desde a auto-interpretação quan-
to a sensibilização de visitantes. O vivei-
ro tem atuado como um local didático
onde grupos de estudantes, visitantes e
campistas tem acesso à informação qua-
lificada sobre a biodiversidade nativa e
diversos temas relacionados à ecologia,
biologia e restauração.
A operacionalização do Viveiro de
Plantas Nativas mostrou-se uma ativida-
de fundamental para a gestão agroeco-
lógica do Camping dentro desta Unidade
de Conservação. As pessoas são atraídas
pelas mudas e aproveitam para interagir
com o ecossistema do parque.
Através do plantio e doação de mu-
das, a comunidade tem se beneficiado
com o enriquecimento ambiental e a res-
tauração de áreas degradadas do Parque,
além de revitalizar diversos quintais, ruas
e praças da própria cidade de Florianópo-
lis e outras regiões do estado.
Espécies de plantas cultivadas
no viveiro, nativas do Parque
Estadual do Rio Vermelho, de
acordo com cada tipo de restinga:
RESTINGA ARBÓREA:
Araçá (Psidium cattleyanum), Aroeira-
vermelha (Schinus terebinthifolius),
Guamirim-da-folha-fina (Myrcia
splendens), Baguaçu (Eugenia
umbelliflora), Camboatá-vermelho
(Cupania vernalis), Maria-mole (Guapira
opposita), entre muitas outras.
RESTINGA HERBÁCEA:
Macela (Achyrocline satureioides),
Tansagem (Plantago sp.), Feijãozinho-
da-praia (Sophora tomentosa), Batateira-
da-praia (Ipomea pes-caprae e Ipomea
imperati), entre muitas outras.
Gestão
Agroecológica
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35. A equipe do Cepagro,
formada por especialistas
como biólogos e agrônomos,
catalogou a fauna e a flora
dentro e ao redor do Camping,
contabilizando a existência de
pelo menos 174 espécies de
plantas, 55 espécies de aves, 6
espécies de répteis, 6 espécies
de mamíferos e muitos outros
animais, como anfíbios e
insetos ao redor do Camping.
SAÍRA-AZUL Dacnis cayana
BEM-TE-VI-RAJADO Myiodynastes maculatus
GRALHA-AZUL Cyanocorax caeruleus
Gestão
Agroecológica
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37. Tais registros têm sido
preciosos, dando vida às
pesquisas realizadas no
Parque e se transformando
em conhecimento e
cultura para os visitantes,
através de placas
informativas e atividades
de educação ambiental.
Gestão
Agroecológica
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BROMÉLIA-CHUP-CHUP
Aechmea nudicaulis
GRAVATÁ DO AR Tillandsia geminiflora
TOMATE-DE-ÁRVORE-DA-RESTINGA
Solanum pelagicum
GUABIROBA Campomanesia xanthocarpa
38. C
om objetivo de servir como espaço
educativo complementar às demais
trilhas do Parque, a partir de 2014
foi desenvolvida uma horta agroecológi-
ca e agroflorestal no Camping, para que
demonstrasse, de maneira concreta e in-
terativa, como as ações humanas, como
a produção de alimentos, podem existir
cooperando com a natureza e não indo
contrária a ela.
Através do conceito de agrofloresta,
onde uma horta ou roça dá lugar aos pou-
cos a uma floresta, além dos usos educati-
vos, temos contribuído diretamente para a
conservação da natureza do Parque. Se-
guindo este princípio, a horta agroflorestal
serve como espaço que atrai e promove
a biodiversidade e culmina, ao longo dos
anos, na restauração da vegetação nativa.
Paralelamente, também promove a qua-
lidade de vida dos campistas e visitantes
através do cultivo orgânico de alimentos e
plantas medicinais que são consumidos e
utilizados localmente pela população, além
das trocas de saberes proporcionadas pe-
las plantas ali cultivadas.
A horta agroflorestal
38
Gestão
Agroecológica
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39. A horta agroflorestal
implementada no Camping baseia-
se na Agroecologia, seguindo
um modelo de agricultura que
respeita a natureza, não utiliza
agrotóxicos e adubos químicos,
nem outras práticas agrícolas
que envenenam e destroem o
solo. Ao contrário, baseia-se em
conhecimentos científicos da
ecologia, biologia, entre outras
áreas, focando uma produção
saudável de alimentos, através de
diversas técnicas ecológicas.
Entre estas técnicas, estão
diferentes maneiras de restauração
e preservação do solo, cultivo
consorciado de diversas espécies
vegetais com funções ecológicas,
uso de fertilizantes naturais, uso
de materiais locais, dentre muitas
outras práticas sustentáveis. Além
disso, tomamos o cuidado de
não introduzir plantas exóticas
invasoras, que tem o potencial
de se reproduzir e prejudicar os
ecossistemas naturais do Parque.
Paralelamente ao cultivo das
plantas alimentícias e medicinais,
que apresentam ciclo de vida curto,
são plantadas espécies nativas de
vida média a longa, produzidas no
Viveiro de Plantas Nativas, e que
gradualmente transformarão o local
da antiga horta em floresta, como
é detalhado na seção a seguir.
A agroecologia como princípio
Gestão
Agroecológica
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40. Horta/Roça
agroflorestal
Entre 3 a 5
meses após o início
da composteira, o
composto pronto
é coletado e as
composteiras são
desmanchadas. No
local são plantados
vegetais comestiveis
de ciclo curto, como
milho e hortaliças, junto
com plantas nativas de
ciclo médio e longo:
as árvores, arbustos e
ervas nativas produzidas
no viveiro com o adubo
das composteiras.
Retirada de
espécies exóticas
Nesta etapa é feito
o corte ou roçada das
plantas invasoras. Com
os galhos das podas
são feitos “poleiros”,
que servirão de
abrigo para animais,
que enriquecerão
o local com as
sementes que trazem.
A retirada, aliada ao
controle posterior das
invasoras, favorece o
desenvolvimento de
plantas nativas.
C
om a perspectiva de contribuir com a
restauração e recuperação dos ecos-
sistemas naturais do Parque, uma
série de ações integradas ao dia-a-dia do
Camping tem sido desenvolvidas e geram
cada vez mais frutos.
Um dos maiores dilemas do Parque
é o controle do pinheiro americano (Pinus
elliotii), uma árvore que, apesar de trazer
benefícios como sombra e madeira de boa
qualidade, entre outros, tem prejudicado a
natureza local.
O pinus, com seu crescimento rápi-
do, principalmente em áreas abertas com
vegetação rasteira, acaba dominando e
impedindo a vegetação nativa de crescer
naturalmente. Os animais nativos também
interagem pouco com a árvore, pois é uma
planta que não dá frutos comestíveis, nem
suas folhas são apreciadas. Além disso,
seu formato oferece pouco abrigo para
animais e plantas que vivem em árvores,
e suas folhas finas (chamadas de acículas)
quando caem no chão formam uma grossa
camada que também dificulta a germina-
ção da floresta nativa.
Recuperando ecossistemas
40
Compostagem
Em seguida, se
utiliza o local para
a construção de
composteiras, que
acabam abafando as
plantas invasoras
remanescentes e
gerando fertilidade
no solo.
Gestão
Agroecológica
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a mai/16
41. Assim, o controle das espécies exó-
ticas invasoras, tais como o pinus e grama
braquiária, é tratado como uma atividade
fundamental na área do Camping, que
se desenvolve numa série de etapas in-
tegradas até chegar no objetivo final, que
é o retorno da floresta e vegetação nativa
compostas por uma riqueza de espécies
diversificadas e saudáveis.
Baseado nos princípios ecológicos de
manejo de recursos naturais, utilizamos os
galhos que caem pelo camping tanto para
jardinagem e ornamentação dos espaços,
quanto para formar núcleos de biodiverdade
através das técnicas de nucleação, como a
transposição de galharia e poleiros. Com as
palhas alimentamos a compostagem e aba-
famos espécies exóticas agressivas como a
braquiária, e as composteiras também pro-
movem a fertilidade do solo e proporcionam
interações ecológicas que favorecem a re-
generação espontânea de espécies da flora
local. Antes de roçar as áreas verdes, verifi-
camos rotineiramente se há alguma plântula
para ser resgatada por ali, o que chamamos
de “roçada seletiva”.
através da agroecologia
Floresta nativa
(estágio inicial)
A partir do segundo
ano, a contar da
retirada das espécies
exóticas, uma “tímida”
floresta começa então
a surgir. A sombra
das árvores pioneiras
dificulta a germinação
das espécies exóticas
invasoras, como o
Pinus e Braquiária,
e a vegetação
nativa presente
já tem força para
continuar seu ciclo.
Floresta nativa
(estágio
desenvolvido)
Algum tempo
depois, as árvores
nativas começam a
frutificar, espalhando
e catalizando a
restauração das
áreas próximas num
processo virtuoso. A
partir daí a floresta
volta a seguir seu ritmo
natural de riqueza e
biodiversidade.
Durante o
desenvolvimento da
horta ou roça, além
dos vegetais nativos
plantados, igualmente
são preservados as
espécies nativas
que nascem
espontaneamente,
enriquecendo ainda
mais o sistema.
Também é feito o
controle de plantas
invasoras que
podem voltar a
aparecer no local.
Agrofloresta
de Nativas
Gestão
Agroecológica
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41
42. N
esses dois anos e 6 meses de
co-gestão do Cepagro no Cam-
ping do Parque Estadual do Rio
Vermelho, observa-se claramente que
este local nunca mais será visto da mesma
forma. O Camping deixou de ser apenas
lembrado pela natureza exuberante que o
cerca, e passou a ser referência, como um
verdadeiro centro educativo de práticas
sustentáveis, ecológicas e socio-culturais.
Nesse período, graças a ação inte-
grada entre Cepagro e FATMA, o Camping
tornou-se um espaço público múltiplo,
apto para o campismo, lazer, educação
ambiental, cursos, oficinas, viveiro,doação
de mudas, eventos sócio-ambientais e
culturais, trilhas, prática de esportes, pi-
quenique e tantas outras atividades.
Vale ressaltar que houve uma grande
contribuição para a conservação am-
biental, objetivo maior das Unidades de
Conservação, através de ações integra-
das de educação, interpretação e restau-
ração ambiental, uma vez que crianças,
jovens e adultos de diversas culturas e
nacionalidades puderam aumentar seu
conhecimento e refletir sobre o seu com-
portamento, quer seja dividindo e con-
vivendo em espaços públicos coletivos,
plantando uma árvore, colhendo um fru-
to, apreciando a paisagem, admirando
um animal, separando seu resíduo, fa-
zendo a compostagem.
Também foi marcante o sentimento
42
CONCLUSÃO
Gestão
Agroecológica
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43. de bem-estar da população que conheceu
o Camping do PAERVE, pois a quantida-
de e a qualidade de atrativos foram mui-
tas. Mais de 25.000 pessoas passaram
pelo Camping para conhecer o projeto,
as ações, o lugar, pessoas de diversas
partes do mundo que levam a mensagem
da Ecologia e da Agroecolgia para seus
lares. Mensagens estas que traduzem a
vontade de fazermos um mundo melhor
a cada dia, buscando a harmonia entre
o ambiente e o ser humano, orientando
as pessoas a adquirirem uma cidadania
sócio-ambiental.
Portanto, através deste universo de
atividades desenvolvidas, o legado destes
anos de gestão agroecológica do Camping
certamente se perpetuará, servindo como
referência e inspiração não somente para a
gestão diferenciada dentro de Unidades de
Conservação, mas também para gestão
ecológica de muitos outros espaços públi-
cos utilizados pela sociedade.
Certamente a mudança individual e
coletiva continuará frutificando através de
todos aqueles que passaram pelo espa-
ço. Com gratidão, agradecemos a todos
estes que tem contribuído para a trans-
formação positiva do Camping do Rio
Vermelho. Cabe agora à sociedade dar
continuidade ao uso e defesa deste lindo
espaço conquistado e que multiplique a
Agroecologia por muitos outros lugares.
Gestão
Agroecológica
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43
44. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COMCAP. Considerando mais o lixo Considerando mais o lixo. 2ª Ed. Florianópolis:
Copiart. 2009. 90p.
Disponível em: http://www.pmf.sc.gov.br/arquivos/arquivos/pdf/29_02_2012_18.45
.04.7077a606f3fda0d488e445bd509fb45b.pdf
BRASIL. Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000; Decreto nº 4.340, de 22 de agosto
de 2002. Sistema Nacional de Unidade de Conservação da Natureza – SNUC. 6ª Ed.
Brasília: MMA/SBF, 2006. 56p. Disponível em: http://www.mma.gov.br/estruturas/sbs_
dap/_arquivos/snuc_lei_decreto.pdf
FERREIRA, F.A.C. Projeto Parque Estadual do Rio Vermelho: Subsidios ao plano de
manejo. Florianópolis: Insular, 2010.196p. Disponível em: http://docslide.com.br/docu-
ments/projeto-parque-est-rio-vermelho-subsidio-plano-manejo.html
SOS Mata Atlântica. Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica - Perío-
do 2011 - 2012. São Paulo: SOS Mata Atlântica e INPE. 2013.
Disponível em: https://www.sosma.org.br/wp-content/uploads/2013/06/
atlas_2011-2012_relatorio_tecnico_2013final.pdf
Links que se referem a Gestão
Agroecológica do Camping do Paerve:
Vídeos:
https://www.youtube.com/watch?v=sRftwtZ6q0M
https://www.youtube.com/watch?v=gEs11Egl_CA
https://www.youtube.com/watch?v=Wo2kzO3zuYs
http://www.youtube.com/watch?v=96-8p_vlhRc
Reportagens:
http://www.campingriovermelho.wordpress.com/
http://macamp.com.br/camping_do_rio_vermelho_da_show_de_gestao/
http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/verao/2015/noticia/2015/01/camping-no-par-
que-do-rio-vermelho-e-opcao-de-ferias-para-turistas-em-sc.html
http://ecohospedagem.com/narotadasustentabilidade/parque-do-rio-vermelho-trilha-
-ecologica-e-camping/
http://www.ecovida.org.br/a-rede/nucleos/litoral-catarinense/compostagem-e-aborda-
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I Encontro Regional Sul de Grupos de Agroecologia, organizado
pela REGA - Rede de Grupos de Agroecologia do Brasil.
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