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De 25 a 27 de maio de 2011
                                                                        Bento Gonçalves - RS




                           RESUMOS APRESENTADOS

                  IV SIMPÓSIO SUL DE IMUNOLOGIA E
                       XII ENCONTRO GAÚCHO DE
                              IMUNOLOGIA


                           DE 25 A 27 DE MAIO DE 2011
                            BENTO GONÇALVES - RS




                                                                                                1


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De 25 a 27 de maio de 2011
                                                                                Bento Gonçalves - RS




          TITULO DO TRABALHO                                       AUTOR                      PÁG

          A HIPER-HOMOCISTEINEMIA CRÔNICA PROVOCA AUMENTO
          NOS NÍVEIS DE CITOCINAS E PROSTAGLANDINA E2 NO           Aline Andrea da Cunha       4
          HIPOCAMPO DE RATOS
          A INIBIÇÃO DA REJEIÇÃO AGUDA PELA Hsp70 Mycobacterium
          tuberculosis É DEPENDENTE DA PRESENÇA DE TLR2 NO         Thiago J. Borges            5
          ENXERTO
          AÇÃO DA IL-17 NA VIABILIDADE DE CÉLULAS DE GLIOMA
                                                                   Marina Petersen
          HUMANO E CROSS-TALK COM O RECEPTOR P2X7                                              6
                                                                   Gehring
          AND CROSS-TALK WITH P2X7 RECEPTOR

          ANÁLISE COMPARATIVA DE SEQUÊNCIAS HOMÓLOGAS À
          APOPTINA ENCONTRADAS NO RECÉM DESCOBERTO                 Fernanda Luz de Castro      7
          GIROVÍRUS AVIÁRIO TIPO 2 (AGV2)

          ANÁLISE DOS NÍVEIS PLASMÁTICOS DA PROTEÍNA S100B EM
          DIFERENTES FASES DO CICLO MENSTRUAL DE PACIENTES         Lucas Rizzo                 8
          COM TRANSTORNO BIPOLAR TIPO I E II, EUTÍMICAS

          ANÁLISE DOS PARÂMETROS IMUNOLÓGICOS DE MULHERES
          COM TRANSTORNO BIPOLAR TIPO I E II EM DIFERENTES         Carine Prado                9
          FASES DO CICLO MENSTRUAL
          AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE FUNCIONAL DAS CÉLULAS
          NATURAL KILLER EM PACIENTES COM DOENÇA DO
          ENXERTO VERSUS HOSPEDEIRO AGUDA RESISTENTE A             Alice Dahmer               10
          CORTICOESTERÓIDES PÓS-TRANSPLANTE DE CÉLULAS
          TRONCO MESENQUIMAIS
          AVALIAÇÃO DA EXPRESSÃO DE UMA QUIMERA
          RECOMBINANTE DE LTB E DOMÍNIOS RECEPTORES DAS            Gustavo Moreira
                                                                                              11
          TOXINAS BOTULÍNICAS C E D NOS MEIOS M9 E LURIA-
          BERTANI

          AVALIAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE HUMORAL DE SUÍNOS
          INOCULADOS COM UMA QUIMERA DE ANTÍGENOS DE               Wallace Moraes Pereira     12
          Mycoplasma hyopnemoniae
          AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO DO TIPO-ANSIEDADE E
          DA ATIVIDADE DA GLUTATIONA-REDUTASE NA PROLE
                                                                   Lucas Kniess Debarba       13
          ADULTA DE CAMUNDONGOS NASCIDOS DE FÊMEAS
          INJETADAS COM LPS.
          CÉLULAS TRONCO MESENQUIMAIS PARA O TRATAMENTO
                                                                   Vanessa Valim              14
          DA DOENÇA DO ENXERTO CONTRA O HOSPEDEIRO
          CITOMETRIA DE FLUXO COMO METODOLOGIA ALTERNATIVA
          PARA A AVALIAÇÃO IN VITRO DE COMPOSTOS COM
                                                                   Douglas Bardini Silveira   15
          POTENCIAL ATIVIDADE IMUNOMODULATÓRIA SOBRE
          LINFÓCITOS B

                                                                                                        2


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                                                                                Bento Gonçalves - RS


          CLONAGEM E EXPRESSÃO DE UM ANTÍGENO SALIVAR DO
                                                                   Bruna Ferreira Leal        16
          CARRAPATO Rhipicephalus (Boophilus) microplus.

          CONSTRUÇÃO DE VACINAS DE SUBUNIDADES
          RECOMBINANTES PARA O CONTROLE DA LINFADENITE             Suelen costa Rodrigues     17
          CASEOSA

          EFEITOS ANTIINFLAMATÓRIOS CUTÂNEOS DO
                                                                   Gabriela Lucas da Silva    18
          ANTAGONISTA SELETIVO DO RECEPTOR P2X7, A438079
          EFEITOS DO ESTRESSE AGUDO EXPERIMENTAL SOBRE
          PARÂMETROS IMUNOLÓGICOS E NÍVEIS PLASMÁTICOS DE
                                                                   Andrea Wieck               19
          S100B EM PACIENTES COM TRANSTORNO BIPOLAR TIPO I E
          II
          ESTUDO CASO-CONTROLE DOS POLIMORFISMOS 2848G E -
          1237T DO GENE TLR9 EM PACIENTES COM DOENÇAS              Jaqueline Valverde         20
          INFLAMATORIAS INTESTINAIS DO SUL DO BRASIL

          ESTUDOS PRELIMINARES SOBRE A EXPOSIÇÃO PRÉNATAL
          DE CAMUNDONGOS AO LPS E SUBSEQUENTE ALTERAÇÕES
          NO COMPORTAMENTO DO TIPO-ANSIEDADE E ATIVIDADE           Lucas Kniess Debarba       21
          DA GLUTATIONA-REDUTASE APÓS O DESAFIO COM LPS NA
          FASE ADULTA.
          GRPR: UM NOVO RECEPTOR QUIMIOTÁTICO PARA
                                                                   Rafael Czepielewski        22
          NEUTRÓFILOS?

          PADRONIZAÇÃO DE UM ENSAIO IMUNOENZIMÁTICO PARA           Fernanda Munhoz dos
                                                                                              23
          LEPTOSPIROSE SUÍNA                                       Anjos Leal
          PRODUÇÃO DE ANTICORPOS POLICLONAIS DA PROTEÍNA
          RECOMBINANTE Ncp43 DE NEOSPORA CANINUM PARA              Gizele Lima de Sá          24
          UTILIZAÇÃO EM IMUNODIAGNÓSTICO.
          SOLUBILIZAÇÃO E PURIFICAÇÃO DE UMA QUIMERA
                                                                   Carlos Eduardo P.
          RECOMBINANTE COMPOSTA PELA LTB E DOMÍNIOS                                           25
                                                                   cunha
          RECEPTORES DAS TOXINAS BOTULÍNICAS C E D

          SOROPREVALÊNCIA DE LEPTOSPIROSE EM CÃES
                                                                   Marina Amaral Xavier       26
          ERRANTES

          UTILIZAÇÃO DA IMUNOSEPARAÇÃO MAGNÉTICA NA                João Paulo Mesquita
                                                                                              27
          DETECÇÃO DE Leptospira sp.                               Luiz
          UTILIZAÇÃO DO ENSAIO DE POLARIZAÇÃO DA
          FLUORESCÊNCIA (FPA) PARA DETECÇÃO DE ANTICORPOS          Thais Collares             28
          ANTI-Brucella abortus EM SOROS DE CÃES ERRANTES




                                                                                                        3


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                 A HIPER-HOMOCISTEINEMIA CRÔNICA PROVOCA AUMENTO NOS NÍVEIS DE
                      CITOCINAS E PROSTAGLANDINA E2 NO HIPOCAMPO DE RATOS

            Aline Andrea da Cunha


            Aline A. da Cunha1, Andréa G.K. Ferreira1, Maira J. da Cunha1, Felipe Schmitz1, Fernando
            Spiller2, Fernando de Queiróz Cunha3 e Angela T.S. Wyse1

            Laboratório de Doenças Metabólicas e Neuroproteção, Departamento de Bioquímica, UFRGS,
            Porto Alegre1; Departamento de Farmacologia, Centro de Ciências Biológicas, UFSC,
            Florianópolis2; Departamento de Farmacologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP,
            São Paulo3.


            Introdução: A homocistinúria, um erro inato do metabolismo, é caracterizada bioquimicamente
            pela deficiência da enzima cistationina β-sintase e pelo acúmulo tecidual de homocisteína. No
            presente estudo investigamos o efeito da hiper-homocisteinemia crônica sobre os níveis de
            citocinas (TNF-α, IL-1β e IL-6), quimiocina (MCP-1), nitritos e prostaglandina E2 (PGE2) no
            hipocampo de ratos. Como recentemente trabalhos demonstram o envolvimento do sistema
            colinérgico na inflamação, também verificamos o efeito da homocisteína sobre a atividade da
            acetilcolinesterase.

            Material e Métodos: Ratos Wistar receberam, duas vezes ao dia, doses crescentes de
            homocisteína subcutânea do 6º ao 28º dia (0,3–0,6 µmol/g de peso corporal, n=6) e salina
            (controle, n=6). Os animais foram sacrificados por decapitação 1 ou 12 horas após a última
            injeção. Os níveis de TNF-α, IL-1β, IL-6 e MCP-1 foram determinados através de imunoensaio
            enzimático (ELISA) utilizando kits comerciais da Invitrogen®, os níveis de PGE2 foram
            determinados por radioimunoensaio, e os níveis de nitritos e a atividade da acetilcolinesterase
            foram realizados através de ensaio colorimétrico.

            Resultados: A hiper-homocisteinemia crônica promoveu um aumento estatisticamente
            significativo nos níveis das citocinas pró-inflamatórias (TNF-α, IL-1β, IL-6) e nos níveis da
            quimiocina (MCP-1). Além disso, verificamos que a administração crônica de homocisteína
            promoveu um aumento significativo nos níveis de nitritos, PGE2 e na atividade da
            acetilcolinesterase no hipocampo dos animais sacrificados 1 hora após a última injeção. Nos
            animais sacrificados 12 horas após a última administração de homocisteína, verificamos um
            aumento estatisticamente significativo somente nos níveis de IL-1β, IL-6, nitritos e PGE2 no
            hipocampo dos ratos.

            Conclusão: De acordo com nossos resultados, a administração crônica de homocisteína
            promoveu um aumento em diferentes parâmetros inflamatórios, sugerindo que a inflamação
            pode estar associada, pelo menos em parte, com as disfunções cerebrovasculares, que estão
            presentes em alguns pacientes homocistinúricos.

            Apoio Financeiro: CNPq, FAPERGS.




                                                                                                                       4


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                 A INIBIÇÃO DA REJEIÇÃO AGUDA PELA Hsp70 Mycobacterium tuberculosis É
                            DEPENDENTE DA PRESENÇA DE TLR2 NO ENXERTO


            Thiago Borges

                                                                  1
            Thiago J. Borges¹, Rachel Gaudenzi¹, Felipe D. Machado , e Cristina Bonorino¹

            ¹Laboratório de Imunologia Celular e Molecular, Instituto de Pesquisas Biomédicas, PUCRS,
            Porto Alegre;

            Introdução: As proteínas de choque de calor (HSPs) são um grupo de proteínas induzidas por
            estresses celulares e possuem propriedades imuno-moduladoras. Recentemente,
            demonstramos que a Hsp70 de Mycobacterium tuberculosis (TBHsp70) pode atuar como
            imunossupressora, prolongando a aceitação do enxerto em dois modelos de aloenxerto murino
            e que esse efeito é mediado pela produção de IL-10 e pela indução de células T reguladoras
            (Tregs). Com esses achados, verificamos se a inibição da rejeição é dependente da presença
            de TLR2 tanto no enxerto quanto no recipiente. Também investigamos a hipótese da TBHsp70
            estar atuando modulando uma APC e tornando o microambiente propício para o surgimento de
            Tregs e se esse efeito também é dependente de TLR2.

            Material e métodos: Realizamos um modelo de aloenxerto cutâneo, no qual os enxertos
            (provenientes de camundongos C57Bl/6 WT ou TLR 2 KO) foram tratados com 30 μg OVA ou
            TBHsp70 e posteriormente foram transplantados em recipientes BALB/c. Também tratamos
            enxertos provenientes de camundongos BALB/c WT com 30 μg OVA ou TBHsp70 e
            posteriormente os transplantamos em recipientes C57Bl/6 WT ou TLR 2 KO. Todos os enxertos
            foram acompanhados e fotografados diariamente. Foram feitas culturas de BMDCs WT e TLR2
            KO as quais foram estimuladas por 48h com OVA, TBHsp70, DEXA ou PGN. Todos os
            sobrenadantes das culturas foram analisados para a produção de IL-10, TNF-α, IFN-γ, IL-6, IL-
            4, IL-17A com o kit CBA Mouse Th1/Th2/Th17 da BD.

            Resultados: O tratamento com a TBHsp70 inibiu a rejeição dos enxertos C57Bl/6 WT quando
            comparados com os enxertos C57Bl/6 TLR2 KO (p=0,0067) que sofreram o mesmo tratamento
            e com os WT (p=0,01) e TLR2 KO (p=0,04) tratados com OVA. Quanto à presença do TLR2
            nos recipientes, não houve diferença na inibição da rejeição entre os animais WT e TLR2 KO
            que receberam enxertos tratados com TBHsp70. As BMDCs WT tratadas com TBHsp70
            tiveram uma maior produção de IL-10 quando comparadas com as TLR2 KO e quando
            comparadas com as tratadas com OVA.

            Conclusão: Em nosso modelo a TBHsp70 possui propriedades imunossupressoras que são
            dependentes da presença de TLR2 no enxerto e não no recipiente. Com isso, formulamos a
            hipótese de que a TBHsp70 está modulando uma APC, provavelmente DCs, e essas células
            estão tornando o microambiente, através da produção de IL-10, propício para o aumento da
            população de Tregs.

            Apoio: FINEP e CNPq.




                                                                                                                     5


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                                                                                              Bento Gonçalves - RS

                AÇÃO DA IL-17 NA VIABILIDADE DE CÉLULAS DE GLIOMA HUMANO E CROSS-TALK
                                          COM O RECEPTOR P2X7

            Marina Petersen Gehring


            1                        2                              3                    4
             Marina Petersen Gehring, Ana Maria Oliveira Battastini, Maria Martha Campos, Fernanda
            Bueno Morrone.

            1
             Laboratório de Farmacologia Aplicado a Cultura de Células, PUCRS; 2Bioquímica, UFRGS;
            3
             Instituto de Toxicologia e Faculdade de Odontologia, PUCRS; 4Faculdade de Farmácia,
            PUCRS.

            Introdução: Os gliomas estão entre os tumores mais letais. A interleucina-17 é caracterizada
            como uma citocina que promove resposta inflamatória e evidências recentes sugerem que as
            células T efetoras, Th17, estão envolvidas na imunologia do tumor e podem ser um alvo para a
            terapia do câncer. No sistema nervoso central, a sinalização purinérgica exerce uma papel
            único nas interações neurônio-glia e a expressão do receptor purinérgico P2X7 está
            aumentada em condições patológicas, incluindo o câncer.

            Objetivo: Avaliar a ação da IL-17 na viabilidade de células de glioma humano (U138-MG) e um
            possível cross-talk entre a IL-17 e o receptor P2X7 nesta linhagem tumoral.

            Metodologia: As células de glioma foram obtidas da ATCC (Rockville, Maryland, USA). As
            células foram cultivadas em DMEM/15% SFB, sob condições ideais de cultivo. As células foram
            semeadas em placas de 96 poços, em densidade de 5 x 103 células/poço. Após atingirem
            semi-confluência as células foram tratadas com IL-17 (5, 10 e 20 ng/ml) e com o antagonista
            seletivo do receptor P2X7 A740003 (10 μM). A viabilidade celular foi avaliada pelo ensaio de
            MTT, após 24 h de tratamento. Os experimentos foram realizados três vezes em triplicata. Os
            dados foram analisados por meio da análise de variância (ANOVA), seguida pelo teste de
            Tukey-Kramer.

            Resultados: A viabilidade da linhagem celular de glioma humano U138-MG foi
            significativamente reduzida (53.7%, 66.3% e 55.5%), quando tratada com a IL-17, na
            concentração de 5, 10 e 20 ng/ml, respectivamente. Quando as células foram tratadas com o
            antagonista do receptor P2X7 A740003, em combinação com a IL-17 (10 ng/ml), o antagonista
            do receptor P2X7 reverteu parcialmente a morte causada pela IL-17 em 45.8% (de 66.3% para
            30.4%).

            Conclusões: Nossos resultados mostraram, pela primeira vez, que o tratamento com a IL-17
            induz a citotoxicidade da linhagem celular de glioma humano U138-MG e que o antagonista
            seletivo do receptor P2X7 A740003 diminuiu a citotoxicidade causada pela IL-17, sugerindo um
            possível cross-talk entre a IL-17 e este receptor purinérgico. Nossos dados indicam a possível
            participação da IL-17 e do receptor P2X7 na regulação das células de glioma.

            Suporte Financeiro: CAPES e PUCRS.




                                                                                                                      6


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            ANÁLISE COMPARATIVA DE SEQUÊNCIAS HOMÓLOGAS À APOPTINA ENCONTRADAS
                      NO RECÉM DESCOBERTO GIROVÍRUS AVIÁRIO TIPO 2 (AGV2)

            Fernanda luz de castro

                                  1                    1                 1
            Fernanda Luz de Castro ; Marcus Braga Knak ; Josiane Slongo ; Helton Fernandes dos
            Santos1; Camila Mengue Scheffer1; Paulo Michel Roehe1,2; Thais FumacoTeixeira2; Ana
            Cláudia Franco1

            ¹. Laboratório de Virologia, DM-ICBS / Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS),
            Porto Alegre, RS, Brasil;
            ². FEPAGRO Saúde Animal - Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor, Eldorado
            do Sul, RS, Brasil

            Introdução: Um novo vírus da família Circoviridae, denominado de Girovírus Aviário tipo 2
            (AGV2), foi recentemente descoberto em galinhas e descrito por nosso grupo. Através da
            análise da sequência de nucleotídeos do AGV2 foram identificadas três fases abertas de leitura
            que codificam homólogos das proteínas VP1, VP2 e VP3 de um vírus relacionado, o vírus da
            anemia infecciosa das galinhas (CAV). A proteína VP3 codificada pelo vírus CAV possui
            capacidade de induzir apoptose em células do timo de galinhas infectadas. A atividade de
            apoptose foi constatada in vitro em diversas linhagens celulares tumorais humanas, como
            linhagens derivadas de linfoma mielóide agudo e linfoma B imunoblástico. No entanto, não foi
            constatada a indução de apoptose em células não transformadas. A VP3 codificada pelo AGV2
            possui 32,2% de identidade com a VP3 do CAV e apresenta domínios que parecem ter um
            papel na sua atividade apoptótica.

            Objetivo: Analisar sequências da VP3 de amostras de AGV2 e, dessa forma, verificar se há
            conservação dos diferentes domínios entre elas e entre os domínios encontrados na VP3 do
            CAV.

            Material e Métodos: Amostras de DNA de galinhas provenientes da região sul do Brasil e da
            Holanda foram extraídas e submetidas à PCR, amplificando produtos correspondentes à
            seqüência parcial da VP3. Os produtos de PCR foram sequenciados, traduzidos na fase de
            leitura referente à VP3 e, em seguida, alinhados e analisados. Foi feita também a comparação
            dessas com a sequência da VP3 do CAV e com duas sequências completas da proteína do
            AGV2, previamente determinadas.

            Resultados: O domínio rico em leucina (LRS), bem como uma sequência de localização
            nuclear (NLS) bipartida, presentes na VP3 do CAV foram identificados na VP3 codificada pelo
            AGV2. Variações foram observadas nos domínios NLS de algumas sequências, mas apenas
            em uma, aparentemente, houve a perda do domínio. Por outro lado, o sinal de exportação
            nuclear encontrado na VP3 do CAV não foi identificado, dentro da sequência analisada, em
            nenhuma das amostras estudadas.

            Conclusão: As diferenças nas sequências analisadas sugerem que a VP3 do AGV2 pode
            apresentar diferente atividade de apoptose em comparação com a VP3 do CAV. Além disso,
            principalmente devido à inexistência do NES, a seletividade de ação em células humanas
            tumorais pode ser alterada. Mais estudos são necessários para elucidar a atividade da VP3 do
            AGV2, possibilitando uma melhor compreensão de sua habilidade apoptótica.

            Apoio financeiro: CNPq/FAPERGS

                                                                                                                      7


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            ANÁLISE DOS NÍVEIS PLASMÁTICOS DA PROTEÍNA S100B EM DIFERENTES FASES DO
                CICLO MENSTRUAL DE PACIENTES COM TRANSTORNO BIPOLAR TIPO I E II,
                                           EUTÍMICAS

            Lucas Rizzo

            Lucas Rizzo1, Lucas Tortorelli3, Carine Prado1, Andréa wieck1, Ledo Daruy Filho2, Rodrigo
            Grassi-Oliveira2, Carlos Alberto Gonçalves3 e Moisés E. Bauer1

            1
             Laboratório de Imunologia do Envelhecimento, Instituto de Pesquisas Biomédicas (IPB),
            Hospital São Lucas, PUCRS; 2Programa de Pós-Graduação em Psicologia, PUCRS, Porto
            Alegre; 3Programa de Pós-Graduação em Bioquímica, UFRGS, Porto Alegre.


            Introdução: Transtorno bipolar (TB) é uma doença crônica, severa e altamente incapacitante.
            Faltam biomarcadores adequados que auxiliem no diagnóstico desta doença. A proteína
            S100B é uma proteína ligante de cálcio produzida e secretada por células da glia, notadamente
            astrócitos. Atua em vários processos celulares, como metabolismo energético, contração,
            comunicação, sinalização e crescimento celular, sendo seus efeitos dependentes de sua
            concentração extracelulares. Em concentrações nanomolares ela pode atuar como fator de
            crescimento e diferenciação para neurônios e astrócitos, e em concentrações micromolares,
            pode induzir apoptose. Há fortes indícios de que S100B possua papel importante na
            patogênese de transtornos do humor como a depressão, esquizofrenia e TB tipo I e II. Sabe-se,
            também, que as alterações hormonais que ocorrem nas diferentes fases do ciclo menstrual
            podem levar a diversas alterações tanto em parâmetros imunológicos como neurológicos
            (peptídeos neurais).

            Objetivo: Analisar as variações plasmáticas da proteína S100B em pacientes com TB do tipo I
            e tipo II, em diferentes fases do ciclo menstrual.

            Material e Métodos: foram recrutadas 16 Mulheres que apresentavam diagnóstico de TB do
            tipo I ou II (SCID-I), eutímicas, no Ambulatório de Psiquiatria do Hospital Presidente Vargas,
            Porto Alegre. As pacientes foram divididas em dois grupos, de acordo com a fase do ciclo
            menstrual em que se encontravam: menopausa (n=8; idades: 48 a 64 anos) e folicular (n=8;
            idade: 23 a 51 anos). Foram coletadas 5ml de sangue periférico. O plasma foi separado por
            centrifugação e congelado para posterior análise. A determinação da concentração plasmática
            de S100B foi realizada por meio da técnica de ELISA sanduíche. A análise estatística foi
            realizada com o auxílio do programa SPSS 17.0, utilizando teste não-paramétrico de Mann-
            Whitney com um p<0,05.

            Resultados: Não foram verificadas diferenças significativas nas concentrações plasmáticas de
            S100B entre os grupos (p=0,23).

            Conclusão: Estes resultados preliminares sugerem que a proteína S100B não esteja
            associada diretamente com o ciclo menstrual. Pretendemos recrutar indivíduos saudáveis e
            avaliar os níveis de S100B com uma população maior de pacientes com TB.

            Apoio: CNPq,CAPES.




                                                                                                                       8


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                ANÁLISE DOS PARÂMETROS IMUNOLÓGICOS DE MULHERES COM TRANSTORNO
                     BIPOLAR TIPO I E II EM DIFERENTES FASES DO CICLO MENSTRUAL

            Carine Prado

            Carine Hartmann do Prado1, Andréa Wieck1, Lucas Rizzo1, Ledo Daruy Filho2, Rodrigo Grassi-
            Oliveira2 e Moisés Evandro Bauer1.

            1
             Laboratório de Imunologia do Envelhecimento, Instituto de Pesquisas Biomédicas, PUCRS,
            Porto Alegre; 2 Programa de Pós-Graduação em Psicologia, PUCRS, Porto Alegre

            Introdução: O transtorno bipolar (TB) é caracterizado por recorrentes episódios maníacos e
            depressivos. Possui etiologia multifatorial, na qual fatores biológicos e psicossociais interagem
            em diversos níveis. É acompanhado de múltiplos sinais de ativação e alterações do sistema
            imune sugerindo que o mesmo, em interação direta com o sistema nervoso central, possua
            papel importante na patofisiologia do transtorno. Sabe-se que as alterações hormonais
            observadas nas diferentes fases do ciclo menstrual também podem levar a alterações em
            parâmetros imunológicos, como a freqüência de subtipos linfocitários circulantes.

            Objetivo: De forma a isolar o componente hormonal nas variações em parâmetros
            imunológicos decidiu-se avaliar as frequências de subtipos linfocitários em mulheres com TB,
            em diferentes fases do ciclo menstrual.

            Materiais e métodos: Foram recrutadas 16 pacientes com TB tipo I e II, eutímicas, do
            ambulatório psiquiátrico do Hospital Presidente Vargas,Porto Alegre. As pacientes foram
            divididas em dois grupos, de acordo com a fase do ciclo menstrual em que se encontravam:
            menopausa (n=8; idades: 48-64 anos) e folicular (n=8; idade: 23-51 anos). O diagnóstico de TB
            foi confirmado pelo SCID-I. Sangue foi coletado e células mononucleares periféricas por
            gradiente de densidade. Os seguintes subtipos linfocitários foram analisados por citometria de
            fluxo (FACS Calibur,BD): CD3+CD4+ (Th), CD4+CD45RA+ (naive), CD8+CD45RA+ (naive),
            CD4+CD45RO+ (memória), CD8+CD45RO+ (memória), CD3+CD8+ (Tc), CD3-CD19+ (B),
            CD3-CD16+CD56+         (NK),   CD3+CD4+CD25+,         CD3+CD4+CD69+,         CD8+CD28-       e
            CD4+CD25+FoxP3+. As diferenças entre as variáveis foram testadas pelo teste de Mann-
            Whitney (p<0,05).

            Resultados e conclusão: De um modo geral, as freqüências dos diferentes subtipos
            linfocitários não diferem de forma significativa entre os grupos. Entretanto, a porcentagem das
            populações de células B e de células T CD4+ virgens diferiu de forma significativa entre os
            grupos (p<0,05 e p=0,01 respectivamente). O grupo em menopausa apresentou uma
            porcentagem maior de células B e menor de células T virgens (0,11 e 0,15) do que o grupo
            folicular (0,06 e 0,28). Estes resultados preliminares apontam algumas diferenças linfocitárias
            associadas com o ciclo menstrual. Estudos posteriores com um tamanho amostral maior
            deverão ser realizados.

            Apoio: CNPq,CAPES.




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             Avaliação da Atividade Funcional das Células Natural Killer em Pacientes com Doença
            do Enxerto versus Hospedeiro Aguda Resistente a Corticoesteróides Pós-Transplante de
                                        Células Tronco Mesenquimais

            Alice Dahmer


            Autores: Alice Dahmer1; Fernanda S. de Oliveira1; Maria Aparecida Silva1; Vanessa Valim1;
            Lauro Moraes Jr1; Annelise Pezzi1; Regina Carvalho1; Natália E. Lemos1; Letícia Baggio1;
            Nathália Kersting1; Lucia Silla1

            1
            Centro de Tecnologia Celular – Laboratório de Cultura e Análise Molecular de Células
            Humanas

            Introdução: A terapia com Células Tronco Mesenquimais (CTM) cultivadas tem sido mais
            sistematicamente utilizada no tratamento da Doença do Enxerto versus Hospedeiro aguda
            (DECHa) resistente a corticoesteróides, pós-Transplante de Células Tronco Hematopoéticas
            (TCTH) alogênico. Dados pré-clínicos, em modelo animal de DECHa, mostraram que a
            atividade terapêutica destas células se deve a uma acentuada imunossupressão medida dias
            ou semanas apos a infusão. Embora benéfica para o tratamento da DECH esta
            imunossupressão poderia ser um fator de risco para a recidiva da doença maligna de base.
            Dados sobre a recuperação imune pós-infusão de CTM em pacientes são escassos na
            literatura e, de uma maneira geral medidos tardiamente.

            Pacientes e métodos: Pacientes submetidos ao TCTH alogênico com DECHa resistente a
            corticoesteróides do setor de Transplante de Medula Óssea do HCPA que receberam Células
            Tronco Mesenquimais (CTM) cultivadas. A atividade das células NK foi avaliada imediatamente
            antes e 14 horas após a infusão das CTM. Sangue total foi coletado e a através do gradiente
            de Ficoll as células mononucleares foram separadas e realizado o ensaio de citotoxicidade
            (ensaio NK) com 51Cr.

            Resultados: Até o momento 4 pacientes foram avaliados, dos quais 3 apresentaram atividade
            NK significativamente aumentada 14h pós-infusão.

            Conclusão: Embora com um número ainda reduzido de pacientes, a observação de uma
            atividade NK aumentada 14h apos a infusão de CTM cultivadas, não foi ainda descrita na
            literatura e pode explicar o efeito protetor contra a recidiva da doença maligna de base,
            observado em todos os ensaios clínicos publicados até hoje sobre a utilização de CTM para o
            tratamento da DECHa.

            Apoio: FIPE/HCPA, CAPES, CNPq, FAPERGS, FINEP, Hemoamigos




                                                                                                                 10


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            AVALIAÇÃO DA EXPRESSÃO DE UMA QUIMERA RECOMBINANTE DE LTB E DOMÍNIOS
             RECEPTORES DAS TOXINAS BOTULÍNICAS C E D NOS MEIOS M9 E LURIA-BERTANI

            Gustavo Moreira

            Gustavo Marçal Schmidt Garcia Moreira¹, Carlos Eduardo Pouey da Cunha¹, Luciana Aquini
            Fernandes Gil¹² e Fabricio Rochedo Conceição¹

            ¹Laboratório de Imunologia Aplicada, Centro de Desenvolvimento Tecnológico - Biotecnologia,
            UFPel;²Programa de Pós-Graduação em Veterinária, Faculdade de Veterinária, UFPel, Pelotas.

            Introdução: O botulismo é uma doença causada por neurotoxinas (BoNTs) produzidas pela
            bactéria Clostridium botulinum. A produção de toxóides a partir das BoNTS é fastidiosa,
            imprevisível e perigosa. Por isso, busca-se uma alternativa mais eficiente e segura para
            produção de vacinas. Este trabalho visa à obtenção de uma quimera composta pela
            subunidade B de enterotoxina termolábil de Escherichia coli (LTB), um potente adjuvante
            de imunidade humoral, fusionada aos domínios receptores das BoNTs C e D na forma
            solúvel.

            Material e métodos: A quimera, previamente caracterizada, foi expressa por E. coli BL21
            (DE3) Star. A cepa transformada foi cultivada em 20 mL de pré-inóculo por 16h a 37°C
            e, em seguida, transferida para 200mL dos meios Luria-Bertani (LB) e M9. O cultivo foi
            mantido a 37°C até DO600=0,6-0,8. Em seguida, foram induzidos com IPTG 0,5mM e
            0,7mM, respectivamente, e incubados sob agitação a 28°C por 16h. Ambos foram
            centrifugados, ressuspendidos em 25mL de PBS, tratados com lisozima (3µg/mL),
            sonicados (5x30s; 60Hz) e centrifugados. Amostras do pellet e do sobrenadante foram
            analisadas por SDS-PAGE e por Western Blot com anticorpo anti-toxina colérica (Sigma-
            Aldrich). Na transferência, também foram utilizados os controles positivo (quimera purificada) e
            negativo (extrato, sobrenadante e pellet de E. coli BL21 (DE3) Star). Resultados: O SDS-PAGE
            mostrou que, em meio LB, a proteína foi produzida em grande quantidade, porém na forma
            insolúvel (corpos de inclusão). Já no meio M9 não houve expressão significante. O Western
            Blot apresentou reação tanto no pellet da expressão em LB quanto em M9, confirmando
            a presença da proteína na forma insolúvel.

            Conclusão: O meio LB é mais comum para a expressão de proteínas heterólogas, mas nem
            sempre ele apresenta resultados satisfatórios. No processo de desenvolvimento de vacinas
            recombinantes, buscam-se, preferencialmente, antígenos expressos na forma solúvel. A
            quimera em questão se mostrou altamente expressa em LB, porém na forma insolúvel. A
            alternativa de usar o meio de cultivo M9 não foi eficiente, uma vez que a proteína continuou
            insolúvel e em menor quantidade. Contudo, deve-se, ainda, avaliar in vivo o potencial
            protetor de ambas as quimeras.

            Apoio: CNPq, CAPES e FAPERGS.




                                                                                                                   11


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                AVALIAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE HUMORAL DE SUÍNOS INOCULADOS COM UMA
                          QUIMERA DE ANTÍGENOS DE Mycoplasma hyopnemoniae

            Wallace Moraes Pereira


                                    1              1                                                  1
            Wallace Moraes Pereira , Sérgio Jorge , Charles Klazer Gomes¹, Silvana Beutinger Marchioro ,
                        1                1                          1                            2
            Cledir Stark , Andressa Fisch , Odir Antonio Dellagostin , Fabricio Rochedo Conceição

            1
            Laboratório de Biologia Molecular, 2Laboratório de Imunologia Aplicada, Centro de
            Desenvolvimento Tecnológico/Biotecnologia, UFPel, Pelotas, RS, Brasil.

            Introdução: Mycoplasma hyopneumoniae é o agente etiológico da Pneumonia Enzoótica
            Suína (PES). A patogenia da doença está associada à adesão da bactéria ao epitélio
            mucociliar do trato respiratório, causando paralisia e pré-dispondo o desenvolvimento de
            infecções secundárias. O controle estratégico da PES é realizado através de bacterinas, que
            apresentam elevado custo e conferem apenas proteção parcial. Este trabalho teve como
            objetivo avaliar a resposta imune humoral de suínos inoculados com uma quimera
            recombinantes de três antígenos de M. hyopneumoniae (R1, P42 e NrdF) com a subunidade B
            da enterotoxina termolábil de Escherichia coli (LTB).

            Material e Métodos: A quimera LTB-R1-P42-NrdF foi expressa em E. coli BL21(DE3),
            purificada por cromatografia de afinidade e caracterizada por SDS-PAGE e Western Blot. Cada
            proteína componente da quimera também foi produzida individualmente para a avaliação da
            resposta imune humoral mediante ELISA indireto. Foram utilizados oito leitões de uma granja
            que possui histórico positivo para PES, onde quatro foram inoculados com duas doses de 200
            µg da quimera recombinante, via intramuscular, administradas aos 60 dias de vida e outra 21
            dias após, sendo os animais restantes utilizados como controle (não inoculados). As coletas
            de sangue foram realizadas no dia 0, 21 e 42 a partir da primeira inoculação. O ELISA indireto
            procedeu com soros 1:50, sensibilização das placas com 200 ng/poço de proteína, conjugado
            anti-IgG de suíno e OPD como substrato, sendo a absorbância aferida em DO492.

            Resultados: A média de absorbância dos animais imunizados com a vacina recombinante foi
            maior que a média do grupo controle. No dia 42, a proteína R1 apresentou absorbância de 0,82
            nos inoculados e 0,8 no grupo controle. A Nrdf apresentou absorbância de 1,5 e o grupo
            controle 1,2. A P42 atingiu uma absorbância de 3,0 nos inoculados e 0,8 no grupo controle. A
            rLTB apresentou absorbância de 1,85, enquanto o grupo controle obteve 1,4.

            Conclusões: A quimera LTB-R1-P42-NrdF foi imunogênica para suínos, fazendo dela uma
            potencial vacina recombinante. Estudos posteriores com um maior número de animais em
            condições experimentais devem ser realizados a fim de avaliá-la como um método mais efetivo
            de controle da PES.

            Apoio: MAPA, CNPq, CAPES e FAPERGS.




                                                                                                                 12


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                AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO DO TIPO-ANSIEDADE E DA ATIVIDADE DA
               GLUTATIONA-REDUTASE NA PROLE ADULTA DE CAMUNDONGOS NASCIDOS DE
                                  FÊMEAS INJETADAS COM LPS.

            Lucas Kniess Debarba

            Lucas Kniess Debarba¹, Sonia Gonçalves Carobrez², Péricles Arruda Mitozo¹ Renata Pinheiro
            Gonzales¹, Camila Konell¹, Paula Barcellos¹, Alcir Luiz Dafré³, Odival Cezar Gasparotto¹.

            ¹Departamento de Ciências Fisiológicas, ²Departamento de Microbiologia, Imunologia e
            Parasitologia, ³Departamento de Bioquímica, CCB, UFSC.

            Introdução: A administração de Lipolissacarídeo (LPS) em roedores no período gestacional
            pode induzir retardo no crescimento intra-uterino, parto prematuro, distúrbios neurológicos e
            morte fetal intra-uterina. Xu et al., 2006ª apontam o fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) como
            o principal mediador desses efeitos deletérios. Dados obtidos por Xiang-Yun Li et al., 2008
            indicam que há um envolvimento das espécies reativas de oxigênio, cujas mães onde se
            observa uma regulação positiva da enzima heme-oxigenase-1 no fígado fetal de animais, cujas
            mães foram expostas ao LPS. Objetivo: Avaliar o comportamento do tipo-ansiedade e a
            atividade da glutationa redutase (GR) no parênquima cerebral de camundongos suíços adultos,
            nascidos de fêmeas prenhas injetadas com LPS. Métodos e Resultados: Os protocolos
            experimentais foram aprovados pelo comitê de ética para uso de animais da UFSC (Processo
            Nº 23080.029998/2009-23). Camundongos foram mantidos em ambientes climatizados, com
            iluminação artificial, ciclo claro/escuro de 12:12 horas, ração e água ad libitum. Fêmeas, no 8º
            dia de gestação, receberam uma única dose de LPS (10 mg/kg/ip). Como controle foram
            utilizadas fêmeas gestantes não injetadas com LPS. No 45º dia de vida, os animais foram
            testados no Labirinto em Cruz Elevado (LCE). Finalizados os testes comportamentais, os
            animais foram sacrificados para coleta do córtex e do hipocampo para análise da atividade da
            glutationa redutase (GR). A exposição ao LPS na vida intra-uterina foi capaz de provocar uma
            redução significativa (p < 0,001) na porcentagem de permanência de tempo no braço aberto
            (%TBA) na prole, tanto de machos como fêmeas, quando comparada a proles do grupo
            controle. A avaliação da porcentagem de exibição de acesso de risco (%AR) apresentou uma
            redução significativa (p < 0,001) nas proles provindas de fêmeas injetadas com LPS, quando
            comparadas ao grupo controle. Esse efeito sugere que o LPS exerce efeitos distintos nas
            diferentes formas de expressão da ansiedade. Estas formas de expressar a ansiedade
            possuem efeitos adaptativos diferentes e são construídas pelo processamento em vias neurais
            distintas que precisam ser melhor avaliadas. Não foi observado prejuízo na atividade da GR,
            tanto no hipocampo, quanto no córtex de ambos os gêneros.

            Conclusões: A administração de LPS (10 mg/kg/ip) no na fase intermediária do período
            gestacional foi capaz de modular o comportamento tipo-ansiedade na prole adulta de ambos
            os gêneros.

            Apoio: CAPES/PGN, CCB/UFSC.




                                                                                                                   13


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            CÉLULAS TRONCO MESENQUIMAIS PARA O TRATAMENTO DA DOENÇA DO ENXERTO
                                   CONTRA O HOSPEDEIRO

            Vanessa de Souza Valim


            Vanessa Valim1, Fernanda S. de Oliveira , Maria Aparecida Lima da Silva , Lauro Moraes
                                                        1                            1

            Júnior , Bruna Amorin , Annelise Pezzi , Alice Dahmer , Regina Carvalho , Letícia Baggio1,
                  1                1                 1           1                 1

            Nathalia Kersting1, Natália E. Lemos1, Lúcia Silla1

            1
            Centro de Tecnologia Celular – Laboratório de Cultura e Análise Molecular de Células
            Humanas

            Introdução. A Doença do Enxerto Contra o Hospedeiro aguda (DECHa) é uma uma
            complicação comum do transplante de medula óssea alogênico, no qual células imunes
            funcionais da medula óssea transplantada atacam células e tecidos do organismo
            receptor.Estudos demonstrando as propriedades imunorregulatórias das células tronco
            mesenquimais (CTM) têm permitido o seu uso em diversas patologias, fazendo uso de um
            mecanismo parácrino, que estas possuem, inibindo efetores imunes, quando este está ativado
            de forma descontrolada. Estudos clínicos têm demonstrado a eficiência imunorreguladora do
            uso destas células na DECH aguda.

            Material e Métodos: Células Tronco Mesenquimais foram expandidas em laboratório em
            ambiente GMP like (GooD Manufactories Practicies) e rastreadas por um complexo controle de
            qualidade, que incluiu testes para endotoxinas e micoplasmas. Até o momento 4
            pacientes com DECHa resistente a corticosteróides foram infundidos, dentre os quais dois
            receberam 2 infusões, um paciente recebeu uma infusão e outro recebeu 5 infusões. A
            média e a mediana de células infundidas em cada infusão foi de 1,47 X 106 e 1,88 células/kg.
            Em todos os pacientes foi observada redução do grau da DECH, contudo um paciente veio a
            óbito devido ao prévio comprometimento sistêmico. Nenhum efeito colateral foi detectado
            durante ou após a infusão das CTM.

            Conclusão: A infusão de células tronco mesenquimais pode ser uma alternativa de tratamento
            positivo para pacientes com DECHa resistente a costicosteróides. Este estudo visa, além de
            avaliar o efeito terapêutico das CTM, observar a segurança e exeqüibilidade do todo (expansão
            e infusão das células), e até o momento, nossos resultados são satisfatórios. Um número maior
            de pacientes está sendo incluído neste estudo.

            Apoio: CNPq, FINEP, CAPES, FIPE/HCPA, FAPERGS e HEMOAMIGOS




                                                                                                                14


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            CITOMETRIA DE FLUXO COMO METODOLOGIA ALTERNATIVA PARA A AVALIAÇÃO IN
             VITRO DE COMPOSTOS COM POTENCIAL ATIVIDADE IMUNOMODULATÓRIA SOBRE
                                        LINFÓCITOS B

            Douglas Bardini Silveira


            Douglas Bardini Silveira¹, Aguinaldo Roberto Pinto¹, Carlos Roberto Zanetti¹

            ¹Laboratório de Imunologia Aplicada, Departamento de Microbiologia, Imunologia e
            Parasitologia, UFSC, Florianópolis.

            Introdução. A citometria de fluxo (CF) destaca-se como um importante instrumento no estudo
            de eventos celulares envolvidos na resposta imune, possibilitando, dentre outras aplicações,
            investigações detalhadas do comportamento metabólico e funcional de subpopulações
            linfocitárias em diferentes estados de imunocompetência. No presente trabalho, a CF foi
            empregada para a análise de possíveis variações na expressão fenotípica de uma linhagem
            linfoblastóide B frente a estímulos de imunomodulação, objetivando estabelecer parâmetros
            experimentais para a avaliação e triagem in vitro de compostos com potencial atividade
            imunomodulatória sobre linfócitos B.

            Materiais e Métodos. Células da linhagem linfoblastóide B humana SKW 6.4 foram cultivadas
            em placas de 96 micropoços na presença de 100ng·mL-1 de forbol-12-miristato-13-acetato
            (PMA) ou 10ng·mL-1 de rapamicina (RAPA) – moduladores clássicos da resposta imune de
            linfócitos B in vitro – durante 48h à 37°C e 5% de CO2. Após incubação, células SKW 6.4 foram
            avaliadas por CF quanto à incidência de antígenos de superfície relacionados à ativação e/ou
            supressão da atividade imune basal de linfócitos B (CD19, CD23, CD40, CD54, CD69, CD80 e
            CD86). A estratégia de gates de quadrante foi utilizada para a determinação das porcentagens
            de eventos positivos, duplo-positivos e negativos em relação aos marcadores imunofenotípicos
            analisados. Os níveis de expressão de cada antígeno de superfície foram observados através
            de histogramas de intensidade de fluorescência registrada.

            Resultados. A porcentagem de células SKW 6.4 positivas para o marcador CD69 foi
            notadamente maior em condições referenciais de imunoestimulação por PMA (82%)
            comparado ao controle celular não tratado (28%); a atividade imunoestimulatória mediada por
            PMA pôde ainda ser evidenciada pelo aumento da expressão celular de CD69 e CD54, em
            acordo com dados relatados na literatura. Não foram constatadas mudanças significativas no
            perfil imunofenotípico de grupos celulares após imunossupressão com RAPA.

            Conclusões. Os resultados obtidos sugerem a utilização dos antígenos de superfície CD54 e
            CD69 como marcadores de imunoestimulação no modelo in vitro empregado, viabilizando sua
            análise por CF como alternativa metodológica para a avaliação e triagem de compostos com
            potencial ação imunoestimulatória sobre linfócitos B. Experimentos complementares para a
            identificação de possíveis marcadores antigênicos de imunossupressão encontram-se em
            andamento.

            Apoio: CNPq.




                                                                                                                   15


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                   CLONAGEM E EXPRESSÃO DE UM ANTÍGENO SALIVAR DO CARRAPATO
                                Rhipicephalus (Boophilus) microplus.

            Bruna Ferreira Leal

            Bruna Ferreira Leal¹, Adriana Seixas2 Itabajara da Silva Vaz Junior2, Carlos Alexandre Sanchez
            Ferreira¹

            ¹Laboratório de Imunologia e Microbiologia– PUCRS; 2Laboratório de Imunologia Aplicada a
            Sanidade Animal – UFRGS.

            Introdução: O Rhipicephalus microplus (Acari: Ixodidae) é um ectoparasito importante na
            criação de gado. O controle é baseado no uso de acaricidas, os quais apresentam alto custo e
            causam sérios impactos no meio ambiente e contaminação no leite e carne, o que indica a
            necessidade de novos métodos de controle, como o desenvolvimento de vacinas. A
            paramiosina (PRM) é uma proteína com funções relacionadas à evasão do sistema imune de
            hospedeiros, especialmente devido à ligação às imunoglobulinas e inibição do sistema
            complemento, configurando-se em candidato para compor uma vacina.

            Objetivo: Detectar o mRNA referente ao gene da PRM, além de clonar e expressar a
            sequência de DNA codificante em vetor procarioto.

            Materiais e métodos: Primers foram utilizados para a amplificação do DNA codificante para a
            PRM completa adicionada de seis resíduos de histidina em sua porção C-terminal. A clonagem
            foi realizada utilizando o Champion Pet Directional Topo Expression Kit (Invitrogen), e a
            expressão foi feita em Escherichia coli. O RT-PCR foi realizado utilizando RNAs obtidos de
            intestino, ovário, glândula salivar, corpo gorduroso de fêmeas adultas e de ovos de R.
            microplus

            Resultados: Após expressão e purificação parcial, obteve-se proteína com uma massa
            molecular equivalente a esperada para a paramiosina, confirmando-se por western-blot a sua
            identidade utilizando-se soro anti-paramiosina. A análise por RT-PCR mostrou que o gene
            codificante para PRM está ativo em todos os tecidos testados.

            Conclusões e perspectivas: A síntese de PRM em vários tecidos adultos corrobora a
            possibilidade de atuar como imunomoduladora no hospedeiro. A proteína recombinante
            purificada possibilitará analisar o seu reconhecimento por soros de bovinos infestados, além de
            poder ser administrada em bovinos para avaliar reações de hipersensibilidade. Além disso,
            será realizado o PCR em tempo real (qRT-PCR) a fim de quantificar os níveis de expressão do
            gene nos diversos órgãos e tecidos. Resultados preliminares do qRT-PCR indicam a síntese do
            mRNA da PRM também no ovo de 1º dia e ovário e glândula salivar de adultos.

            Apoio: CNPq, INCT-Entomologia Molecular.




                                                                                                                  16


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            CONSTRUÇÃO DE VACINAS DE SUBUNIDADES RECOMBINANTES PARA O CONTROLE
                                   DA LINFADENITE CASEOSA

            Suelen Costa Rodrigues

                                   1                        1                            1
            Suelen Costa Rodrigues , Drielly Cristina Braite , Gabriela Cristina de Paula , Filipe Santos
            Pereira Dutra1, Vasco Azevedo2, Odir Dellagostin1 Simone Smionatto3 e Sibele Borsuk1

            1
             Centro de Desenvolvimento Tecnológico, Biotecnologia, UFPel, 2 Departamento de Biologia
            Geral, UFMG, 3 Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais, UFGD.

          Introdução: A Linfadenite Caseosa (LC) causada por Corynebacterium pseudotuberculosis, é
          uma doença infecto-contagiosa que acomete caprinos e ovinos, ocasionado grandes perdas
          econômicas devido à sua alta incidência, especialmente em regiões tropicais e subtropicais. As
          vacinas inativadas não apresentam resultados satisfatórios no controle para esta doença. As
          vacinas recombinantes são uma alternativa para uma imunoproteção mais eficaz, de baixo custo
          de produção, sem oferecer riscos e podendo ser produzidas em maior escala. Os genes
          Cp1002_1802, Cp1002_0369 e Cp1002_1957, que codificam para uma provável proteína
          secretada (CP1002_1802), provável lipase (CP1002_0369) e provável fosfatase (Cp1002_1957),
          potencialmente antigênicas, as quais podem vir a ser utilizadas no desenvolvimento de vacinas
          recombinantes. O objetivo deste trabalho foi à construção de vacinas de subunidade
          recombinantes para o controle da LC.

          Materiais e Métodos: Os genes 0369, 1802 e 1957 de C. pseudotuberculosis foram
          amplificados por PCR e em seguida digeridos com as enzimas Bam HI e Hind III (1802 e 1957) e
          com BamHI e Eco RI (0369) e ligados ao vetor pAE digerido com as mesmas enzimas.O
          produto da ligação foi transformado em células de E. coli Top10.

          Resultados: Os clones recombinantes foram              caracterizados enzimaticamente e por
          seqüenciamento de DNA.

          Conclusão: Obtivemos os plasmideos recombinantes pAE/0369, pAE/1802 e pAE/1957 que
          serão transformados em cepas de expressão de E. coli e as proteínas recombinantes utilizadas
          para a imunização de camundongos a fim de avaliar o potencial imunogênico das mesmas.

          Apoio: BNB.




                                                                                                                    17


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                 EFEITOS ANTIINFLAMATÓRIOS CUTÂNEOS DO ANTAGONISTA SELETIVO DO
                                     RECEPTOR P2X7, A438079

            Gabriela Lucas da Silva


            Gabriela Lucas da Silva1,2, Nathália Denise de Moura Sperotto , Ana Maria de Oliveira
                                                                          2,3

            Batastini Maria Martha Campos , Rafael Fernandes Zanin , Fernanda Bueno Morrone2,3.
                     4,                   5                       1,2



            1
             Programa de pós-graduação em Biologia celular e Molecular PUCRS, Porto Alegre, RS.
            2
             Laboratório de Farmacologia Aplicada PUCRS, Porto Alegre, RS. 3Faculdade de Farmácia,
            Porto Alegre, RS. 4ICBS, Departamento de Bioquímica, UFRGS, Porto Alegre, RS. 5Faculdade
            de Odontologia/Instituto de Toxicologia PUCRS, Porto Alegre, RS.

            Introdução: A maioria das doenças que acometem a pele possuem em sua etiologia
            componentes inflamatórios e/ou imunológicos. Embora haja uma sucessão previsível dos
            fenômenos envolvidos na resposta inflamatória cutânea, os mecanismos envolvidos na
            patogênese destas doenças são poucos conhecidos. Várias são as vias e cascatas envolvidas;
            assim, existe uma variedade de alvos que, quando antagonizados ou neutralizados, conduzem
            a um efeito anti-inflamatório e/ou imunossupressor. O óleo de cróton é um agente irritante
            muito utilizado em modelos experimentais de dermatite de contato. Estudos utilizando estes
            modelos demonstram que a dermatite de contato possui um mecanismo patogênico mediado
            por nucleotídeos.

            Objetivo: investigar o envolvimento do receptor purinérgico P2X7 na resposta inflamatória
            induzida pelo óleo de cróton.

            Materiais e métodos: Camundongos swiss (n=5) receberam aplicação tópica de óleo de
            cróton 1% na face interna da orelha direita. Os animais foram tratados com o antagonista do
            receptor P2X7, A438079 i.p.(80 μmol/kg) ou com a ectonucleotidade, Apirase s.c. (0,2 U/ear),
            30 minutos antes e 3 horas depois da aplicação do irritante. Dexametasona (0,5 mg/kg) foi
            usada como controle positivo. Seis horas após a indução do edema, foram coletadas amostras
            de sangue e um plug de 6 mm de tecido foi removido de ambas as orelhas. O edema foi
            medido através da diferença de peso entre as orelhas. O acúmulo de neutrófilos no tecido foi
            quantificado através da medida da atividade da mieloperoxidase (MPO). As amostras de
            sangue coletadas foram utilizadas para dosagem de IL1β, através de kits ELISA.

            Resultados: Os tratamentos inibiram significativamente o edema de orelha e os níveis séricos
            de IL1β. Apirase provocou uma inibição do edema de 17.6% ± 4.5, enquanto o antagonista
            A438079 reduziu o edema em 41,7% ± 5.3. O tratamento com A438079 reduziu
            significativamente os níveis de MPO a valores comparáveis aos obtidos com o tratamento com
            a droga controle positivo, dexametasona.

            Conclusões: Muitos estudos tem demonstrado que o ATP atua como um importante mediador
            das respostas inflamatórias da pele. O ATP, quando presente em altas concentrações no
            espaço extracelular, ativa receptores P2X7 e as evidências indicando o papel patofisiológico
            destes receptores vêm aumentando. Nossos resultados demonstram a atividade
            antiinflamatória do antagonista seletivo do receptor P2X7, A438079, e sugerem o envolvimento
            do mesmo na patogênese da dermatite de contato.




                                                                                                                18


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                    EFEITOS DO ESTRESSE AGUDO EXPERIMENTAL SOBRE PARÂMETROS
                   IMUNOLÓGICOS E NÍVEIS PLASMÁTICOS DE S100B EM PACIENTES COM
                                   TRANSTORNO BIPOLAR TIPO I E II

            Andréa Wieck

            Andréa Wieck1, Carine Prado1, Lucas Rizzo1, Lucas Tortorelli3, Ledo Daruy Filho2, Rodrigo
            Grassi-Oliveira2, Carlos Alberto Gonçalves3,e Moisés E. Bauer1

            1
             Laboratório de Imunologia do Envelhecimento, Instituto de Pesquisas Biomédicas, Hospital
            São Lucas, PUCRS, Porto Alegre; 2Faculdade de Psicologia, Programa de Pós-graduação em
            Psicologia, PUCRS,Porto Alegre; 3Programa de Pós-Graduação em Bioquímica, UFRGS, Porto
            Alegre.


            Introdução: O estresse é uma ameaça à homeostase do organismo, resultando em uma
            cascata de processos biológicos adaptativos que visam retornar a homeostase. Evidências
            sugerem uma associação entre alterações nos mecanismos de resposta ao estresse e o
            desenvolvimento de transtornos de humor, assim como uma ligação entre o estresse crônico e
            a diminuição global da resposta imune celular. O Transtorno Bipolar (TB) é caracterizado pela
            variação do humor entre fases maníacas e depressivas. O conhecimento sobre as alterações
            imunológicas no TB é limitado devido às alterações imunes diferenciais ao longo dos ciclos de
            mania e depressão e à falta de biomarcadores que auxiliem no diagnóstico. A proteína S100B
            é uma proteína ligante de cálcio produzida e secretada por células da glia. Atua em vários
            processos celulares, sendo seus efeitos dependentes de sua concentração extracelular. Há
            indícios de que S100B possua papel importante na patogênese de transtornos do humor.

            Objetivos: Analisar populações linfocitárias e concentrações plasmáticas da proteína S100B
            em mulheres com TB antes e após uma intervenção de estresse agudo (TSST).

            Metodologia: Foram recrutadas 4 pacientes TB do tipo I e II, eutímicas, da Clínica São
            José,Porto Alegre. As células mononucleares periféricas foram isoladas por gradiente de
            densidade. Todos os dados foram aferidos nos momentos pré-TSST e pós-TSST. Os seguintes
            subtipos linfocitários foram analisados por citometria de fluxo (FACS Calibur,BD): CD3+CD4+
            (Th), CD4+CD45RA+ (naive), CD8+CD45RA+ (naive), CD4+CD45RO+ (memória),
            CD8+CD45RO+ (memória), CD3+CD8+ (Tc), CD3-CD19+ (B), CD3-CD16+CD56+ (NK),
            CD3+CD4+CD25+, CD3+CD4+CD69+, CD8+CD28- e CD4+CD25+FoxP3+. A determinação da
            concentração plasmática de S100B foi realizada através da técnica de ELISA. As diferenças
            entre as variáveis foram testadas pelo teste de Mann-Whitney (p<0,05).

            Resultados e conclusão: De um modo geral, as freqüências dos diferentes subtipos
            linfocitários não diferem de forma significativa pré e pós-TSST. Porém, observamos a redução
            significativa (P<0,05) na porcentagem de células B pós-TSST (pré:0,11 e pós:0,048). Estes
            resultados preliminares sugerem que o estresse pode estar relacionado a alterações
            linfocitárias. Quanto às concentrações plasmáticas de S100B nos dois momentos, não
            observamos diferenças significativas (p>0,05), indicando que o estresse não afeta diretamente
            as concentrações desta proteína. Estudos posteriores com um tamanho amostral maior
            deverão ser realizados.

            Apoio: CNPq,CAPES.

                                                                                                                19


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            ESTUDO CASO-CONTROLE DOS POLIMORFISMOS 2848G E -1237T DO GENE TLR9 EM
               PACIENTES COM DOENÇAS INFLAMATORIAS INTESTINAIS DO SUL DO BRASIL

            Jacqueline María Valverde Villegas

            Jacqueline M. Valverde Villegas1, Bruno Paiva dos Santos , Machado, MB , José A. Bogo
                                                                    1             2

            Chies1

            1
            Laboratório de Imunogenética, UFRGS, Departamento de Genética, Instituto de Biociências
            2
            Hospital São Lucas, PUCRS.

            Introdução: A Doença Inflamatória Intestinal (IBD) é classificada em Colitis Ulcerativa (CU) e
            em Doença de Crohn (DC) dependendo da área mais afetada no intestino, mas ambas
            apresentam uma série de sintomas de origem inflamatória e de etiologia multifatorial que
            acometem principalmente o trato intestinal. Os Receptores Toll-like (TLRs) têm um papel
            importante na regulação intestinal, principalmente na sinalização pró-inflamatória em resposta
            a distintos ligantes de microrganismos e na estimulação de respostas inflamatórias agudas
            e/ou crônicas. Alguns desses antígenos podem ser reconhecidos por TLRs e, mais
            precisamente, o DNA pelo TLR9. Como no Brasil não se tem estudos a respeito de TLR9 e
            IBD, o objetivo do nosso estudo é analisar a freqüência dos polimorfismos G2848A (rs352140)
            e T-1237C (rs5743836), no gene TLR9, em pacientes eurodescendentes com IBD
            provenientes de dois centros de saúde do Sul do Brasil e comparar com indivíduos
            eurodescendentes saudáveis, doadores de sangue, representando o grupo controle.


            Materiais e métodos: Foram analisados 250 indivíduos controles e 253 pacientes, dos quais
            105 provenientes do Hospital São Lucas da Pontificia Universidade Católica de Rio Grande do
            Sul (PUCRS) e 148 provenientes do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). As
            genotipagens foram feitas por RFLP-PCR para o G2848A e BIPASA para o T-1237C.


            Resultados: Para a análise das freqüências alélicas e genotípicas, se dividiu as populações
            em 3 grupos: grupo 1, pacientes provenientes da PUCRS; grupo 2, pacientes provenientes do
            HCPA; e o grupo 3, pacientes provenientes de ambos centros de saúde. Para o G2848A, o
            nosso estudo encontrou associação do genótipo heterozigoto quando comparamos o grupo 1
            e o grupo 3 aos controles (P = 0,000002 e P = 0,0013 respectivamente). Também,
            encontraram-se as mesmas associações quando se subdividiu os pacientes em DC e CU no
            grupo 1 (P=0,0002 e P=0,0013, respectivamente), embora no grupo 3 só encontrou-se
            associação entre pacientes DC (P=0,00057). Por outro lado, o polimorfismo T-1237C não
            apresentou qualquer associação nos grupos analisados. Também não houve associação
            quando comparamos haplótipos e a sintomatologia clínica dos pacientes.


            Conclusão: Os resultados obtidos sugerem que o genótipo heterozigoto G/A do polimorfismo
            G2848A é um fator de susceptibilidade na doença inflamatória intestinal na população
            brasileira estudada.


            Apoio financeiro: CNPq e FAPERGS.




                                                                                                                 20


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             ESTUDOS PRELIMINARES SOBRE A EXPOSIÇÃO PRÉNATAL DE CAMUNDONGOS AO
             LPS E SUBSEQUENTE ALTERAÇÕES NO COMPORTAMENTO DO TIPO-ANSIEDADE E
               ATIVIDADE DA GLUTATIONA-REDUTASE APÓS O DESAFIO COM LPS NA FASE
                                           ADULTA.

            Lucas Kniess Debarba




            Lucas Kniess Debarba¹, Sonia Gonçalves Carobrez², Péricles Arruda Mitozo¹ Renata Pinheiro
            Gonzales¹, Camila Konell¹, Paula Barcellos¹, Alcir Luiz Dafré³, Odival Cezar Gasparotto¹.

            ¹Departamento de Ciências Fisiológicas, ²Departamento de Microbiologia, Imunologia e
            Parasitologia, ³Departamento de Bioquímica, CCB, UFSC.

            Introdução: A infecção com LPS no período gestacional em roedores induz a liberação de
            citocinas, sendo as citocinas TNF-α e IL-10 liberadas no encéfalo do feto exposto ao LPS intra-
            uterino (Xu et al., 2007). Godbout et al. 2004 demonstraram um aumento do estresse oxidativo
            encefálico do feto exposto ao LPS na vida intra-uterina.

            Objetivo: Avaliar o comportamento do tipo-ansiedade e a atividade da glutationa redutase
            (GR) no parênquima cerebral de camundongos suíços adultos, nascidos de fêmeas prenhas
            injetadas com LPS e re-expostos ao LPS na vida adulta.

            Métodos e Resultados: Os protocolos experimentais foram aprovados pelo comitê de ética
            para uso de animais da UFSC (Processo Nº 23080.029998/2009-23). Os animais foram
            mantidos em ambientes climatizados, com iluminação artificial, ciclo claro/escuro de 12:12
            horas, ração e água ad libitum. No 8º dia de gestação, as fêmeas gestantes foram divididas em
            dois grupos: (Grupo LPS) - receberam uma única dose de LPS (10 mg/kg/ip); (Grupo controle) -
            não injetadas com LPS. No 45º dia, as proles foram subdivididas em quatro subgrupos: I- prole
            do grupo LPS, injetada com LPS (5 mg / kg ip), II - prole do grupo LPS, injetada com PBS
            (solução salina tamponada com fosfatos, pH=7,2), III - prole do grupo controle, injetada com
            LPS (5 mg / kg ip) e IV - prole do grupo controle, injetada com PBS. Transcorrido quatro horas
            da injeção, os animais foram testados no Labirinto em Cruz Elevado (LCE). Finalizados os
            testes comportamentais, os animais foram sacrificados para coleta do córtex e do hipocampo
            para avaliação da atividade GR. Observou-se uma redução significativa (p < 0,001) da
            porcentagem de tempo no braço aberto (%TBA) tanto em machos quanto em fêmeas (♂, ♀) do
            subgrupo I quando comparados com o subgrupo III (♂, ♀). O mesmo índice de significância foi
            observado na %TBA quando se comparou proles do subgrupo II (♂, ♀) com o subgrupo IV (♂,
            ♀). A atividade da GR no hipocampo foi significativamente menor (p < 0,001), em machos do
            subgrupo I quando comparados com os do subgrupo III. Tal efeito não foi verificado nas
            fêmeas.

            Conclusões: O modelo de re-exposição ao LPS provoca um aumento na expressão da
            ansiedade, também observado em outros modelos de estresse. O prejuízo da atividade
            antioxidante no hipocampo de machos re-expostos ao LPS pode ser explicado por uma
            redução dos níveis da testosterona. Este hormônio possui um efeito neuroprotetor e sofre
            redução nas situações de estresse.

            Apoio: CAPES/PGN, CCB/UFSC.


                                                                                                                  21


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                          GRPR: UM NOVO RECEPTOR QUIMIOTÁTICO PARA NEUTRÓFILOS?

            Rafael Czepielewski


            Rafael S. Czepielewski1, Bárbara N. Porto , Rafael Roesler , Cristina Bonorino
                                                     1                2                   1



            ¹Laboratório de Imunologia Celular e Molecular, Instituto de Pesquisas Biomédicas, PUCRS,
            Porto Alegre, 2Laboratório de Pesquisas em Câncer, Centro de Pesquisa HCPA, UFRGS, Porto
            Alegre


            Introdução: O peptídeo liberador de gastrina (GRP) é um neuropeptídeo que atua através de
            seu receptor preferencial GRPR, promovendo proliferação e diferenciação celular, assim como
            outras funções sistêmicas. O GRP e seu receptor são expressos em diversas células e de
            forma aberrante em células tumorais, atuando como um fator de crescimento tumoral. O GRPR
            foi testado como possível alvo terapêutico específico para tumores e antagonistas seletivos do
            GRPR, como o RC-3095, têm sido desenvolvidos como potenciais agentes antitumorais. RC-
            3095 tem demonstrado promissores resultados em testes in intro, in vivo e clínicos de fase I na
            redução de tumores. O GRP mostrou-se também envolvido em inflamações, onde foi
            identificado sendo produzido por macrófagos ativados e o tratamento com RC-3095 em um
            modelo murino de sepse apresentou diminuição na liberação de citocinas pró-inflamatórias,
            elevando a sobrevida do animais. Como o principal componente da resposta inflamatória são
            os neutrófilos – células que migraram em direção ao foco inflamatório em função de gradientes
            de citocinas pró-inflamatórias e também estimuladas por alguns neuropeptídeos, como a
            substância P – avaliamos o papel do GRP na indução de quimiotaxia de neutrófilos in vitro e in
            vivo.

            Materiais métodos: Camundongos C57/Bl6 receberam injeções intraperitoneias de GRP ou
            GRP+RC-3095, e após 4 horas o lavado peritoneal foi realizado, assim como contagem
            diferencial do número de neutrófilos. Utilizamos a injeção de lipossomos clodronato para
            depletar os macrófagos peritoneias dos C57/Bl6. E neutrófilos isolados de sangue de
            voluntários saudáveis foram colocados para migrar num sistema Transwell em concentrações
            seriadas de GRP, seu antagonista (RC-3095) e inibidores de vias de sinalização.

            Resultados: O GRP induziu recrutamento de neutrófilos in vivo 4 horas após sua adminstração
            numa concentração de 0,6 µg por cavidade (p<0,001), e esse fenômeno antagonizado pelo
            RC-3095 (p<0,001). A depleção de macrófagos também reduziu o influxo de neutrófilos
            recrutados por GRP, assim como o anti-corpo monoclonal anti-TNF-α, Infliximab. In vitro
            observamos uma indução direta na migração de neutrófilos pelo GRP, antagonistazada pelo
            RC-3095 e sendo dependente das vias de sinalização PI3K e MAPKs (p38 e ERK).

            Conclusão: O GRP foi observado como novo quimioatrator de neutrófilos in vitro e in vivo,
            promovendo migração por via direta e indireta, dependente de macrófagos, e das vias das
            PI3K e MAPK.

            Apoio: CNPq




                                                                                                                      22


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                PADRONIZAÇÃO DE UM ENSAIO IMUNOENZIMÁTICO PARA LEPTOSPIROSE SUÍNA


            Fernanda Munhoz dos Anjos Leal

            LEAL, Fernanda Munhoz dos Anjos1; MONTE, Leonardo Garcia ; JORGE, Sérgio ; HARTWIG,
                                                                    1               2

            Daiane2; VASCONCELLOS, Silvio Arruda3; DELLAGOSTIN, Odir2; HARTLEBEN, Cláudia
            Pinho1
            1
             Laboratório de Imunodiagnóstico, 2 Laboratório de Biologia Molecular – Centro de
            Desenvolvimento Tecnológico – Universidade Federal de Pelotas; 3 Universidade de São Paulo

            Introdução: No Brasil, a leptospirose em suínos tem sido uma das principais causas de falhas
            reprodutivas em vários estados, principalmente nas regiões sul e sudeste do país. A técnica
            padrão para o diagnóstico de leptospirose, a soroaglutinação microscopia (MAT), possui baixa
            sensibilidade, além de ser uma técnica laboriosa e dispendiosa. Devido aos problemas
            enfrentados no diagnóstico laboratorial dessa doença, há um intenso esforço de pesquisa no
            sentido de utilizar proteínas recombinantes para desenvolver testes mais sensíveis. Dessa
            forma, as proteínas do grupo Lig têm sido identificadas como alvos potenciais para uso em
            testes de diagnóstico e vacinas contra leptospirose. As proteínas LigA e LigB, que localizam-se
            na membrana externa das leptospiras, pertencem à superfamília das imunoglobulinas e estão
            presentes apenas nas espécies patogênicas e virulentas. Além disso, são fortemente
            reconhecidas pelo soro de animais diagnosticados com a doença. Objetivo: O objetivo desse
            trabalho foi padronizar um Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay (ELISA) utilizando a proteína
            recombinante rLigAni para o diagnóstico de leptospirose suína.

            Materiais e métodos: Uma microplaca de 96 cavidades (Polysorp, Nunc) foi sensibilizada com
            diferentes concentrações de rLigAni em tampão carbonato-bicarbonato 0,05M pH 9,8 por 16h a
            4° e bloqueada com PBS contendo 10% de leite em pó. Um pool de soros negativos no MAT foi
            adicionado e incubado por 1h a 37°C. Após foi adicionado o conjugado anti-Ig suíno e
            peroxidase (Sigma) e também incubado a 37°C por 1h. Após a lavagem, foi adicionada solução
            substrato/cromógena contendo ortophenylendiamine (Sigma-Aldrich, USA) e peróxido de
            hidrogênio (0,1%) em 0,2 M tampão citrato-fosfato pH 4,0 por 15 min. a temperatura ambiente.
            A leitura foi realizada a 450 nm (VICTOR™ X5 Multilabel Plate Reader, PerkinElmer, USA).
            Para determinar a sensibilidade e especificidade do teste 103 soros suínos já caracterizados
            foram utilizados num título de 100.

            Resultado e discussão: A concentração de proteína rLigAni foi determinada em 100 ng por
            cavidade. O ELISA/rLigAni apresentou 82% de sensibilidade e 55,5% de especificidade em
            comparação ao teste padrão, o MAT.

            Conclusão: O ELISA/rLigAni pode ser uma alternativa como teste de triagem para o
            diagnóstico de leptospirose suína. Porém, mais soros devem ser testados para melhorar a
            sensibilidade e especificidade do teste.

            Apoio Financeiro: CNPq e FAPERGS




                                                                                                                  23


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                Produção de anticorpos policlonais da proteína recombinante Ncp43 de Neospora
                                 caninum para utilização em imunodiagnóstico.

            Gizele Lima de Sá

            Sá, Gizele Lima de1; Leal, Fernanda Munhoz dos Anjos ; Rizzi, Caroline ; Collares, Thaís
                                                                         1                 2

            Farias1; Borsuk, Sibele2; Berne, Maria Elisabeth Aires3; Hartleben, Cláudia Pinho1

            1
            Laboratório de Imunodiagnóstico – Centro de Desenvolvimento Tecnológico – UFPel – Pelotas
            2
            Laboratório de Biologia Molecular – Centro de Desenvolvimento Tecnológico – UFPel - Pelotas

            Introdução: O protozoário Neospora caninum é um dos principais parasitos de bovinos e cães,
            sendo uma das causas significativas de abortos na bovinocultura mundial. Anticorpos anti-
            neospora produzidos no soro de animais podem ser utilizados como ferramentas em ensaios
            imunológicos em pesquisa científica com finalidades diagnósticas. No entanto, testes de
            diagnóstico para detecção de anticorpos específicos de N. caninum é dificultado pela reação
            cruzada com outros coccídeos, já que se baseiam na detecção de antígenos de taquizoítos
            intactos. Logo o uso de um único antígeno poderia melhorar a especificidade de métodos de
            diagnóstico indireto. A proteína Ncp43 é um antígeno de superfície expresso tanto em
            taquizoítos quanto em bradizoítos e que é reconhecida por anticorpos séricos de animais
            infectados por N. caninum. Desta maneira, o objetivo do presente trabalho foi produzir
            anticorpos policlonais contra a proteína rNc-p43 e avaliar sua reatividade com a proteína na
            sua forma nativa e recombinante.

            Material e Métodos: O gene codificante da Nc-p43 foi clonado no vetor pAE, expressa em
            Escherichia coli (BL21 Star) e purificada até a homogeneidade. Posteriormente camundongos
            BALB/c foram imunizados com rNc-p43. O soro obtido destes animais foi testado para
            presença dos anticorpos policlonais em ensaios imunoenzimáticos (ELISA e Dot-blotting)
            empregando a proteína recombinante.

            Resultados: Os anticorpos produzidos contra a proteína recombinante Nc-p43 apresentaram
            reação quando esta proteína foi utilizada para sensibilizar placas de poliestireno e membranas
            de nitrocelulose.

            Conclusão: Os anticorpos obtidos contra rNc-p43 foram capazes de reconhecer a proteína em
            ensaios ELISA e Dot-blotting, podendo ser utilizados como ferramenta para detecção deste
            antígeno em ensaios imunoenzimáticos.

            Apoio: Capes




                                                                                                                 24


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              SOLUBILIZAÇÃO E PURIFICAÇÃO DE UMA QUIMERA RECOMBINANTE COMPOSTA
                 PELA LTB E DOMÍNIOS RECEPTORES DAS TOXINAS BOTULÍNICAS C E D

            Carlos Eduardo P. Cunha

            Carlos Eduardo Pouey da Cunha¹, Gustavo Marçal Schmidt Garcia Moreira¹, Luciana Aquini
            Fernandes Gil¹² e Fabricio Rochedo Conceição¹

            ¹Laboratório de Imunologia Aplicada, Centro de Desenvolvimento Tecnológico - Biotecnologia,
            UFPel; ²Programa de Pós-Graduação em Veterinária, Faculdade de Veterinária, UFPel,Pelotas.

            Introdução: O botulismo bovino é uma doença causada pelas neurotoxinas (BoNTs) C e D
            produzidas pela bactéria Clostridium botulinum, caracterizada por paralisia e morte,
            ocasionado significativo prejuízo à bovinocultura. A produção de toxóides a partir das BoNTS é
            fastidiosa, imprevisível e perigosa. Por isso, uma estratégia mais eficiente e segura para
            obtenção de insumos biológicos para produção de vacinas é desejável. Este trabalho tem por
            objetivo a produção, solubilização e purificação de uma quimera composta pela LTB,
            um potente adjuvante da imunidade humoral, fusionada aos domínios receptores das BoNTs
            C e D.

            Material e métodos: A quimera foi expressa por Escherichia coli BL21 (DE3) Star em caldo
            Luria-Bertani, sendo confirmada por Western Blot. As células foram centrifugadas,
            ressuspendidas em 30 mL de PBS, tratadas com lisozima (3 µg/mL), sonicadas (5 ciclos de
            30s; 60 Hz) e centrifugadas. O pellet foi ressuspendido em PBS com N-Lauroylsarcosine (NLS)
            0,4% (w/v) sob agitação durante 48h a 4°C, sendo centrifugado logo em seguida. Após
            a confirmação da presença da proteína no sobrenadante, por SDS-PAGE 10%, procedeu-se
            o refolding através de diálise em 1L de PBS com NLS 0,2% (24h) seguida de adição gradual de
            3L de PBS (48h). Western Blot com anticorpo anti-toxina colérica (anti-CT, Sigma-Aldrich) foi
            realizado para análise do sobrenadante e do pellet, utilizando LTB recombinante (rLTB)
            e extrato de E. coli BL21 (DE3) como controles.

            Resultados: O Western Blot indicou que a expressão e os processos de purificação e
            solubilização da quimera foram satisfatórios, permitindo observar que o anticorpo
            comercial anti-CT reagiu com a quimera recombinante, tanto na porção solúvel, quanto no
            pellet (insolúvel). No entanto, foi notada perda da proteína após o refolding, sugerida pela
            menor intensidade de banda no SDS-PAGE.

            Conclusão: Os resultados obtidos demonstram que a quimera apresenta parcial solubilidade
            em PBS com NLS 0,4% e possui, mesmo que desnaturada, alguns epítopos que permitem o
            reconhecimento pelo soro anti-CT. O pellet remanescente foi tratado com 8M de uréia sob
            agitação durante 48h,porém, tal tratamento não solubilizou os corpos de inclusão. Outras
            estratégias de solubilização e refolding estão sendo avaliadas. Futuros experimentos serão
            realizados para avaliar o potencial protetor dessa quimera in vivo.

            Apoio Financeiro: CNPq, CAPES e FAPERGS.




                                                                                                                 25


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                         SOROPREVALÊNCIA DE LEPTOSPIROSE EM CÃES ERRANTES

            Marina Amaral Xavier

            Marina Amaral Xavier1, Fernanda dos Anjos Munhoz Leal , João Paulo Mesquita Luiz , Wallace
                                                                 1                          1

                           1               1                       1                 2
            Moraes Pereira , Sérgio Jorge , Leonardo Garcia Monte , Claudiomar Brod , Cecília Nunes
            Moreira3, Cláudia Pinho Hartleben1

            1
             Laboratório de Imunodiagnóstico – Centro de Desenvolvimento Tecnológico/Biotecnologia –
            UFPel; 2Centro de Controle de Zoonoses – Faculdades de Veterinária – UFPel; 3Faculdade de
            Veterinária - UFG - Campus Jataí - Unidade Jatobá

            Introdução: A leptospirose é uma zoonose de distribuição mundial, causada por bactérias
            patogênicas do gênero Leptospira. Na espécie canina, a infecção pela variante sorológica
            (sorovar) Canicola é um dos mais freqüentes nesta espécie, sendo o próprio cão considerado o
            reservatório deste sorovar. Contudo, a infecção em cães pode ocorrer por diferentes sorovares,
            dependendo do ambiente no qual é mantido, podendo estes animais inclusive ser indicadores
            da contaminação ambiental por leptospiras. Um exemplo seria a detecção de anticorpos anti
            sorovar icterohaemorrhagiae em soros de cães, que tem como principal reservatório os ratos.
            Animais domésticos, assim como a maioria das espécies silvestres, podem tornar-se
            portadores e contribuírem para a disseminação do microrganismo na natureza. A eliminação da
            Leptospira pela urina dos portadores pode variar de poucas semanas a vários meses, entre os
            animais domésticos, e por toda vida no caso dos roedores. A doença nos cães pode ocorrer na
            forma subclínica ou clínica, com evolução aguda ou crônica. A leptospirose canina é um sério
            problema sanitário devido ao potencial de contágio, pela proximidade estabelecida entre os
            seres humanos e os cães. Por este motivo o objetivo deste trabalho foi de detectar anticorpos
            anti-Leptospira em soros de cães errantes do município de Jataí, Goiás, para monitorar a
            contaminação ambiental por este patógeno.

            Material e métodos: foi utilizado o teste de aglutinação microscópica (MAT) segundo Faine et
            al., (1999), com título de triagem de 100, 21 cepas de Leptospira, 20 patogênicas e 1 saprófita.
            Os soros reagentes na triagem de 100 foram titulados, considerando-se como título final aquele
            com presença de 50% de aglutinação do antígeno. Nos casos de coaglutinação, o sorovar que
            apresentou maior título foi considerado como o prevalente.

            Resultados: A soroprevalência foi de 42,72% (47/110). Dentre os soros reagentes,
            independente de coaglutinações, as reações mais freqüentes foram contra os sorovares
            Canicola (38,3%), Bratislava (38,3%), Copenhageni (36,2%) e Icteroaemorragiae (31,9%).
            Estes resultados concordam com o status de reservatório desta espécie para o sorovar
            Canicola e sugere que estes animais foram expostos a infecção por leptospiras eliminadas de
            roedores sinantrópicos.

            Conclusão: a soroprevalência de leptospirose na espécie canina deve ser identificada para
            implantação de medidas de controle direcionadas ao ambiente e aos hospedeiros.




                                                                                                                   26


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              UTILIZAÇÃO DA IMUNOSEPARAÇÃO MAGNÉTICA NA DETECÇÃO DE Leptospira sp.

            João Paulo Mesquita Luiz

            João Paulo Mesquita Luiz, Leonardo Garcia Monte, Francine Alves Sinnott, Fabiana Seixas,
            Odir Dellagostin, Fabricio Rochedo Conceição, Cláudia Pinho Hartleben

            Laboratório de Imunodiagnóstico, UFPel, Pelotas, Centro de Desenvolvimento Tecnológico

            Introdução: A leptospirose é uma doença zoonótica grave, cosmopolita, causada pela infecção
            por bactérias patogênicas do genero Leptospira. A infecção de animais e humanos por
            leptospiras apresenta variedade na apresentação clínica, ocorrendo de forma aguda ou
            crônica, com quadro leve ou grave, podendo resultar na falência de múltiplos órgãos. O
            diagnóstico precoce é importante para a instituição do tratamento adequado, sendo preferível a
            identificação do agente a anticorpos contra ele gerados, os quais podem ser detectáveis
            somente 10 dias após início dos sintomas. O sistema de separação imunomagnética (IMS)
            tem sido freqüentemente utilizado no isolamento e na detecção de patógenos, sendo possível
            eliminar contaminantes e inibidores, os quais interferem no cultivo e nas técnicas de
            identificação moleculares. Por estes motivos, o objetivo deste trabalho foi utilizar um anticorpo
            monoclonal (mab) específico contra leptospiras patogênicas na metodologia de IMS, com
            intuito de capturar leptospiras em suspensão.

            Materiais e métodos: Foram utilizadas partículas magnéticas (Bangs) cobertas com mab,
            preparadas segundo protocolo estabelecido. Amostras de Leptospira patogênica L. interrogans
            cepa L1 130 e Leptospira saprófita L. biflexa cepa patoc 1 foram diluídas da concentração
            10 /mL a 100/mL. Para a IMS, partículas/Mab foram adicionadas as diferentes diluições,
               8

            incubadas por 15 min a 30ºC, em agitação suave, lavadas 2 vezes utilizando solução tampão
            estéril, e suspendidas em 20µL de solução de extração de DNA. Para o procedimento de
            lavagem e separação foi utilizado o separador magnético para microtubos (Invitrogen). Para a
            detecção do microorganismo capturado foi utilizada reação de PCR, com par de primers que
            amplificam uma região de 264 pb do gene codificador da proteína LipL32. A amplificação foi
            avaliada através de eletroforese em gel de agarose.

            Resultados: A sensibilização das partículas foi eficiente utilizando a concentração de 1,2 mg
            de LipL32Mab, estimada através da medida de anticorpo não ligado às partículas, após cada
            lavagem. Todas as diluições de amostra contendo leptospiras patogênicas foram amplificadas
            através da PCR e não houve amplificação de amostras contendo Leptospiras saprófitas.
            Conclusão: A associação das técnicas de IMS e PCR foi eficiente para detectar leptospiras de
            amostras artificialmente contaminadas até a diluição contendo 100 bactérias/mL.

            Apoio: CNPq Fapergs




                                                                                                                    27


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  • 1. De 25 a 27 de maio de 2011 Bento Gonçalves - RS RESUMOS APRESENTADOS IV SIMPÓSIO SUL DE IMUNOLOGIA E XII ENCONTRO GAÚCHO DE IMUNOLOGIA DE 25 A 27 DE MAIO DE 2011 BENTO GONÇALVES - RS 1 PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
  • 2. De 25 a 27 de maio de 2011 Bento Gonçalves - RS TITULO DO TRABALHO AUTOR PÁG A HIPER-HOMOCISTEINEMIA CRÔNICA PROVOCA AUMENTO NOS NÍVEIS DE CITOCINAS E PROSTAGLANDINA E2 NO Aline Andrea da Cunha 4 HIPOCAMPO DE RATOS A INIBIÇÃO DA REJEIÇÃO AGUDA PELA Hsp70 Mycobacterium tuberculosis É DEPENDENTE DA PRESENÇA DE TLR2 NO Thiago J. Borges 5 ENXERTO AÇÃO DA IL-17 NA VIABILIDADE DE CÉLULAS DE GLIOMA Marina Petersen HUMANO E CROSS-TALK COM O RECEPTOR P2X7 6 Gehring AND CROSS-TALK WITH P2X7 RECEPTOR ANÁLISE COMPARATIVA DE SEQUÊNCIAS HOMÓLOGAS À APOPTINA ENCONTRADAS NO RECÉM DESCOBERTO Fernanda Luz de Castro 7 GIROVÍRUS AVIÁRIO TIPO 2 (AGV2) ANÁLISE DOS NÍVEIS PLASMÁTICOS DA PROTEÍNA S100B EM DIFERENTES FASES DO CICLO MENSTRUAL DE PACIENTES Lucas Rizzo 8 COM TRANSTORNO BIPOLAR TIPO I E II, EUTÍMICAS ANÁLISE DOS PARÂMETROS IMUNOLÓGICOS DE MULHERES COM TRANSTORNO BIPOLAR TIPO I E II EM DIFERENTES Carine Prado 9 FASES DO CICLO MENSTRUAL AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE FUNCIONAL DAS CÉLULAS NATURAL KILLER EM PACIENTES COM DOENÇA DO ENXERTO VERSUS HOSPEDEIRO AGUDA RESISTENTE A Alice Dahmer 10 CORTICOESTERÓIDES PÓS-TRANSPLANTE DE CÉLULAS TRONCO MESENQUIMAIS AVALIAÇÃO DA EXPRESSÃO DE UMA QUIMERA RECOMBINANTE DE LTB E DOMÍNIOS RECEPTORES DAS Gustavo Moreira 11 TOXINAS BOTULÍNICAS C E D NOS MEIOS M9 E LURIA- BERTANI AVALIAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE HUMORAL DE SUÍNOS INOCULADOS COM UMA QUIMERA DE ANTÍGENOS DE Wallace Moraes Pereira 12 Mycoplasma hyopnemoniae AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO DO TIPO-ANSIEDADE E DA ATIVIDADE DA GLUTATIONA-REDUTASE NA PROLE Lucas Kniess Debarba 13 ADULTA DE CAMUNDONGOS NASCIDOS DE FÊMEAS INJETADAS COM LPS. CÉLULAS TRONCO MESENQUIMAIS PARA O TRATAMENTO Vanessa Valim 14 DA DOENÇA DO ENXERTO CONTRA O HOSPEDEIRO CITOMETRIA DE FLUXO COMO METODOLOGIA ALTERNATIVA PARA A AVALIAÇÃO IN VITRO DE COMPOSTOS COM Douglas Bardini Silveira 15 POTENCIAL ATIVIDADE IMUNOMODULATÓRIA SOBRE LINFÓCITOS B 2 PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
  • 3. De 25 a 27 de maio de 2011 Bento Gonçalves - RS CLONAGEM E EXPRESSÃO DE UM ANTÍGENO SALIVAR DO Bruna Ferreira Leal 16 CARRAPATO Rhipicephalus (Boophilus) microplus. CONSTRUÇÃO DE VACINAS DE SUBUNIDADES RECOMBINANTES PARA O CONTROLE DA LINFADENITE Suelen costa Rodrigues 17 CASEOSA EFEITOS ANTIINFLAMATÓRIOS CUTÂNEOS DO Gabriela Lucas da Silva 18 ANTAGONISTA SELETIVO DO RECEPTOR P2X7, A438079 EFEITOS DO ESTRESSE AGUDO EXPERIMENTAL SOBRE PARÂMETROS IMUNOLÓGICOS E NÍVEIS PLASMÁTICOS DE Andrea Wieck 19 S100B EM PACIENTES COM TRANSTORNO BIPOLAR TIPO I E II ESTUDO CASO-CONTROLE DOS POLIMORFISMOS 2848G E - 1237T DO GENE TLR9 EM PACIENTES COM DOENÇAS Jaqueline Valverde 20 INFLAMATORIAS INTESTINAIS DO SUL DO BRASIL ESTUDOS PRELIMINARES SOBRE A EXPOSIÇÃO PRÉNATAL DE CAMUNDONGOS AO LPS E SUBSEQUENTE ALTERAÇÕES NO COMPORTAMENTO DO TIPO-ANSIEDADE E ATIVIDADE Lucas Kniess Debarba 21 DA GLUTATIONA-REDUTASE APÓS O DESAFIO COM LPS NA FASE ADULTA. GRPR: UM NOVO RECEPTOR QUIMIOTÁTICO PARA Rafael Czepielewski 22 NEUTRÓFILOS? PADRONIZAÇÃO DE UM ENSAIO IMUNOENZIMÁTICO PARA Fernanda Munhoz dos 23 LEPTOSPIROSE SUÍNA Anjos Leal PRODUÇÃO DE ANTICORPOS POLICLONAIS DA PROTEÍNA RECOMBINANTE Ncp43 DE NEOSPORA CANINUM PARA Gizele Lima de Sá 24 UTILIZAÇÃO EM IMUNODIAGNÓSTICO. SOLUBILIZAÇÃO E PURIFICAÇÃO DE UMA QUIMERA Carlos Eduardo P. RECOMBINANTE COMPOSTA PELA LTB E DOMÍNIOS 25 cunha RECEPTORES DAS TOXINAS BOTULÍNICAS C E D SOROPREVALÊNCIA DE LEPTOSPIROSE EM CÃES Marina Amaral Xavier 26 ERRANTES UTILIZAÇÃO DA IMUNOSEPARAÇÃO MAGNÉTICA NA João Paulo Mesquita 27 DETECÇÃO DE Leptospira sp. Luiz UTILIZAÇÃO DO ENSAIO DE POLARIZAÇÃO DA FLUORESCÊNCIA (FPA) PARA DETECÇÃO DE ANTICORPOS Thais Collares 28 ANTI-Brucella abortus EM SOROS DE CÃES ERRANTES 3 PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
  • 4. De 25 a 27 de maio de 2011 Bento Gonçalves - RS A HIPER-HOMOCISTEINEMIA CRÔNICA PROVOCA AUMENTO NOS NÍVEIS DE CITOCINAS E PROSTAGLANDINA E2 NO HIPOCAMPO DE RATOS Aline Andrea da Cunha Aline A. da Cunha1, Andréa G.K. Ferreira1, Maira J. da Cunha1, Felipe Schmitz1, Fernando Spiller2, Fernando de Queiróz Cunha3 e Angela T.S. Wyse1 Laboratório de Doenças Metabólicas e Neuroproteção, Departamento de Bioquímica, UFRGS, Porto Alegre1; Departamento de Farmacologia, Centro de Ciências Biológicas, UFSC, Florianópolis2; Departamento de Farmacologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, São Paulo3. Introdução: A homocistinúria, um erro inato do metabolismo, é caracterizada bioquimicamente pela deficiência da enzima cistationina β-sintase e pelo acúmulo tecidual de homocisteína. No presente estudo investigamos o efeito da hiper-homocisteinemia crônica sobre os níveis de citocinas (TNF-α, IL-1β e IL-6), quimiocina (MCP-1), nitritos e prostaglandina E2 (PGE2) no hipocampo de ratos. Como recentemente trabalhos demonstram o envolvimento do sistema colinérgico na inflamação, também verificamos o efeito da homocisteína sobre a atividade da acetilcolinesterase. Material e Métodos: Ratos Wistar receberam, duas vezes ao dia, doses crescentes de homocisteína subcutânea do 6º ao 28º dia (0,3–0,6 µmol/g de peso corporal, n=6) e salina (controle, n=6). Os animais foram sacrificados por decapitação 1 ou 12 horas após a última injeção. Os níveis de TNF-α, IL-1β, IL-6 e MCP-1 foram determinados através de imunoensaio enzimático (ELISA) utilizando kits comerciais da Invitrogen®, os níveis de PGE2 foram determinados por radioimunoensaio, e os níveis de nitritos e a atividade da acetilcolinesterase foram realizados através de ensaio colorimétrico. Resultados: A hiper-homocisteinemia crônica promoveu um aumento estatisticamente significativo nos níveis das citocinas pró-inflamatórias (TNF-α, IL-1β, IL-6) e nos níveis da quimiocina (MCP-1). Além disso, verificamos que a administração crônica de homocisteína promoveu um aumento significativo nos níveis de nitritos, PGE2 e na atividade da acetilcolinesterase no hipocampo dos animais sacrificados 1 hora após a última injeção. Nos animais sacrificados 12 horas após a última administração de homocisteína, verificamos um aumento estatisticamente significativo somente nos níveis de IL-1β, IL-6, nitritos e PGE2 no hipocampo dos ratos. Conclusão: De acordo com nossos resultados, a administração crônica de homocisteína promoveu um aumento em diferentes parâmetros inflamatórios, sugerindo que a inflamação pode estar associada, pelo menos em parte, com as disfunções cerebrovasculares, que estão presentes em alguns pacientes homocistinúricos. Apoio Financeiro: CNPq, FAPERGS. 4 PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
  • 5. De 25 a 27 de maio de 2011 Bento Gonçalves - RS A INIBIÇÃO DA REJEIÇÃO AGUDA PELA Hsp70 Mycobacterium tuberculosis É DEPENDENTE DA PRESENÇA DE TLR2 NO ENXERTO Thiago Borges 1 Thiago J. Borges¹, Rachel Gaudenzi¹, Felipe D. Machado , e Cristina Bonorino¹ ¹Laboratório de Imunologia Celular e Molecular, Instituto de Pesquisas Biomédicas, PUCRS, Porto Alegre; Introdução: As proteínas de choque de calor (HSPs) são um grupo de proteínas induzidas por estresses celulares e possuem propriedades imuno-moduladoras. Recentemente, demonstramos que a Hsp70 de Mycobacterium tuberculosis (TBHsp70) pode atuar como imunossupressora, prolongando a aceitação do enxerto em dois modelos de aloenxerto murino e que esse efeito é mediado pela produção de IL-10 e pela indução de células T reguladoras (Tregs). Com esses achados, verificamos se a inibição da rejeição é dependente da presença de TLR2 tanto no enxerto quanto no recipiente. Também investigamos a hipótese da TBHsp70 estar atuando modulando uma APC e tornando o microambiente propício para o surgimento de Tregs e se esse efeito também é dependente de TLR2. Material e métodos: Realizamos um modelo de aloenxerto cutâneo, no qual os enxertos (provenientes de camundongos C57Bl/6 WT ou TLR 2 KO) foram tratados com 30 μg OVA ou TBHsp70 e posteriormente foram transplantados em recipientes BALB/c. Também tratamos enxertos provenientes de camundongos BALB/c WT com 30 μg OVA ou TBHsp70 e posteriormente os transplantamos em recipientes C57Bl/6 WT ou TLR 2 KO. Todos os enxertos foram acompanhados e fotografados diariamente. Foram feitas culturas de BMDCs WT e TLR2 KO as quais foram estimuladas por 48h com OVA, TBHsp70, DEXA ou PGN. Todos os sobrenadantes das culturas foram analisados para a produção de IL-10, TNF-α, IFN-γ, IL-6, IL- 4, IL-17A com o kit CBA Mouse Th1/Th2/Th17 da BD. Resultados: O tratamento com a TBHsp70 inibiu a rejeição dos enxertos C57Bl/6 WT quando comparados com os enxertos C57Bl/6 TLR2 KO (p=0,0067) que sofreram o mesmo tratamento e com os WT (p=0,01) e TLR2 KO (p=0,04) tratados com OVA. Quanto à presença do TLR2 nos recipientes, não houve diferença na inibição da rejeição entre os animais WT e TLR2 KO que receberam enxertos tratados com TBHsp70. As BMDCs WT tratadas com TBHsp70 tiveram uma maior produção de IL-10 quando comparadas com as TLR2 KO e quando comparadas com as tratadas com OVA. Conclusão: Em nosso modelo a TBHsp70 possui propriedades imunossupressoras que são dependentes da presença de TLR2 no enxerto e não no recipiente. Com isso, formulamos a hipótese de que a TBHsp70 está modulando uma APC, provavelmente DCs, e essas células estão tornando o microambiente, através da produção de IL-10, propício para o aumento da população de Tregs. Apoio: FINEP e CNPq. 5 PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
  • 6. De 25 a 27 de maio de 2011 Bento Gonçalves - RS AÇÃO DA IL-17 NA VIABILIDADE DE CÉLULAS DE GLIOMA HUMANO E CROSS-TALK COM O RECEPTOR P2X7 Marina Petersen Gehring 1 2 3 4 Marina Petersen Gehring, Ana Maria Oliveira Battastini, Maria Martha Campos, Fernanda Bueno Morrone. 1 Laboratório de Farmacologia Aplicado a Cultura de Células, PUCRS; 2Bioquímica, UFRGS; 3 Instituto de Toxicologia e Faculdade de Odontologia, PUCRS; 4Faculdade de Farmácia, PUCRS. Introdução: Os gliomas estão entre os tumores mais letais. A interleucina-17 é caracterizada como uma citocina que promove resposta inflamatória e evidências recentes sugerem que as células T efetoras, Th17, estão envolvidas na imunologia do tumor e podem ser um alvo para a terapia do câncer. No sistema nervoso central, a sinalização purinérgica exerce uma papel único nas interações neurônio-glia e a expressão do receptor purinérgico P2X7 está aumentada em condições patológicas, incluindo o câncer. Objetivo: Avaliar a ação da IL-17 na viabilidade de células de glioma humano (U138-MG) e um possível cross-talk entre a IL-17 e o receptor P2X7 nesta linhagem tumoral. Metodologia: As células de glioma foram obtidas da ATCC (Rockville, Maryland, USA). As células foram cultivadas em DMEM/15% SFB, sob condições ideais de cultivo. As células foram semeadas em placas de 96 poços, em densidade de 5 x 103 células/poço. Após atingirem semi-confluência as células foram tratadas com IL-17 (5, 10 e 20 ng/ml) e com o antagonista seletivo do receptor P2X7 A740003 (10 μM). A viabilidade celular foi avaliada pelo ensaio de MTT, após 24 h de tratamento. Os experimentos foram realizados três vezes em triplicata. Os dados foram analisados por meio da análise de variância (ANOVA), seguida pelo teste de Tukey-Kramer. Resultados: A viabilidade da linhagem celular de glioma humano U138-MG foi significativamente reduzida (53.7%, 66.3% e 55.5%), quando tratada com a IL-17, na concentração de 5, 10 e 20 ng/ml, respectivamente. Quando as células foram tratadas com o antagonista do receptor P2X7 A740003, em combinação com a IL-17 (10 ng/ml), o antagonista do receptor P2X7 reverteu parcialmente a morte causada pela IL-17 em 45.8% (de 66.3% para 30.4%). Conclusões: Nossos resultados mostraram, pela primeira vez, que o tratamento com a IL-17 induz a citotoxicidade da linhagem celular de glioma humano U138-MG e que o antagonista seletivo do receptor P2X7 A740003 diminuiu a citotoxicidade causada pela IL-17, sugerindo um possível cross-talk entre a IL-17 e este receptor purinérgico. Nossos dados indicam a possível participação da IL-17 e do receptor P2X7 na regulação das células de glioma. Suporte Financeiro: CAPES e PUCRS. 6 PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
  • 7. De 25 a 27 de maio de 2011 Bento Gonçalves - RS ANÁLISE COMPARATIVA DE SEQUÊNCIAS HOMÓLOGAS À APOPTINA ENCONTRADAS NO RECÉM DESCOBERTO GIROVÍRUS AVIÁRIO TIPO 2 (AGV2) Fernanda luz de castro 1 1 1 Fernanda Luz de Castro ; Marcus Braga Knak ; Josiane Slongo ; Helton Fernandes dos Santos1; Camila Mengue Scheffer1; Paulo Michel Roehe1,2; Thais FumacoTeixeira2; Ana Cláudia Franco1 ¹. Laboratório de Virologia, DM-ICBS / Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS, Brasil; ². FEPAGRO Saúde Animal - Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor, Eldorado do Sul, RS, Brasil Introdução: Um novo vírus da família Circoviridae, denominado de Girovírus Aviário tipo 2 (AGV2), foi recentemente descoberto em galinhas e descrito por nosso grupo. Através da análise da sequência de nucleotídeos do AGV2 foram identificadas três fases abertas de leitura que codificam homólogos das proteínas VP1, VP2 e VP3 de um vírus relacionado, o vírus da anemia infecciosa das galinhas (CAV). A proteína VP3 codificada pelo vírus CAV possui capacidade de induzir apoptose em células do timo de galinhas infectadas. A atividade de apoptose foi constatada in vitro em diversas linhagens celulares tumorais humanas, como linhagens derivadas de linfoma mielóide agudo e linfoma B imunoblástico. No entanto, não foi constatada a indução de apoptose em células não transformadas. A VP3 codificada pelo AGV2 possui 32,2% de identidade com a VP3 do CAV e apresenta domínios que parecem ter um papel na sua atividade apoptótica. Objetivo: Analisar sequências da VP3 de amostras de AGV2 e, dessa forma, verificar se há conservação dos diferentes domínios entre elas e entre os domínios encontrados na VP3 do CAV. Material e Métodos: Amostras de DNA de galinhas provenientes da região sul do Brasil e da Holanda foram extraídas e submetidas à PCR, amplificando produtos correspondentes à seqüência parcial da VP3. Os produtos de PCR foram sequenciados, traduzidos na fase de leitura referente à VP3 e, em seguida, alinhados e analisados. Foi feita também a comparação dessas com a sequência da VP3 do CAV e com duas sequências completas da proteína do AGV2, previamente determinadas. Resultados: O domínio rico em leucina (LRS), bem como uma sequência de localização nuclear (NLS) bipartida, presentes na VP3 do CAV foram identificados na VP3 codificada pelo AGV2. Variações foram observadas nos domínios NLS de algumas sequências, mas apenas em uma, aparentemente, houve a perda do domínio. Por outro lado, o sinal de exportação nuclear encontrado na VP3 do CAV não foi identificado, dentro da sequência analisada, em nenhuma das amostras estudadas. Conclusão: As diferenças nas sequências analisadas sugerem que a VP3 do AGV2 pode apresentar diferente atividade de apoptose em comparação com a VP3 do CAV. Além disso, principalmente devido à inexistência do NES, a seletividade de ação em células humanas tumorais pode ser alterada. Mais estudos são necessários para elucidar a atividade da VP3 do AGV2, possibilitando uma melhor compreensão de sua habilidade apoptótica. Apoio financeiro: CNPq/FAPERGS 7 PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
  • 8. De 25 a 27 de maio de 2011 Bento Gonçalves - RS ANÁLISE DOS NÍVEIS PLASMÁTICOS DA PROTEÍNA S100B EM DIFERENTES FASES DO CICLO MENSTRUAL DE PACIENTES COM TRANSTORNO BIPOLAR TIPO I E II, EUTÍMICAS Lucas Rizzo Lucas Rizzo1, Lucas Tortorelli3, Carine Prado1, Andréa wieck1, Ledo Daruy Filho2, Rodrigo Grassi-Oliveira2, Carlos Alberto Gonçalves3 e Moisés E. Bauer1 1 Laboratório de Imunologia do Envelhecimento, Instituto de Pesquisas Biomédicas (IPB), Hospital São Lucas, PUCRS; 2Programa de Pós-Graduação em Psicologia, PUCRS, Porto Alegre; 3Programa de Pós-Graduação em Bioquímica, UFRGS, Porto Alegre. Introdução: Transtorno bipolar (TB) é uma doença crônica, severa e altamente incapacitante. Faltam biomarcadores adequados que auxiliem no diagnóstico desta doença. A proteína S100B é uma proteína ligante de cálcio produzida e secretada por células da glia, notadamente astrócitos. Atua em vários processos celulares, como metabolismo energético, contração, comunicação, sinalização e crescimento celular, sendo seus efeitos dependentes de sua concentração extracelulares. Em concentrações nanomolares ela pode atuar como fator de crescimento e diferenciação para neurônios e astrócitos, e em concentrações micromolares, pode induzir apoptose. Há fortes indícios de que S100B possua papel importante na patogênese de transtornos do humor como a depressão, esquizofrenia e TB tipo I e II. Sabe-se, também, que as alterações hormonais que ocorrem nas diferentes fases do ciclo menstrual podem levar a diversas alterações tanto em parâmetros imunológicos como neurológicos (peptídeos neurais). Objetivo: Analisar as variações plasmáticas da proteína S100B em pacientes com TB do tipo I e tipo II, em diferentes fases do ciclo menstrual. Material e Métodos: foram recrutadas 16 Mulheres que apresentavam diagnóstico de TB do tipo I ou II (SCID-I), eutímicas, no Ambulatório de Psiquiatria do Hospital Presidente Vargas, Porto Alegre. As pacientes foram divididas em dois grupos, de acordo com a fase do ciclo menstrual em que se encontravam: menopausa (n=8; idades: 48 a 64 anos) e folicular (n=8; idade: 23 a 51 anos). Foram coletadas 5ml de sangue periférico. O plasma foi separado por centrifugação e congelado para posterior análise. A determinação da concentração plasmática de S100B foi realizada por meio da técnica de ELISA sanduíche. A análise estatística foi realizada com o auxílio do programa SPSS 17.0, utilizando teste não-paramétrico de Mann- Whitney com um p<0,05. Resultados: Não foram verificadas diferenças significativas nas concentrações plasmáticas de S100B entre os grupos (p=0,23). Conclusão: Estes resultados preliminares sugerem que a proteína S100B não esteja associada diretamente com o ciclo menstrual. Pretendemos recrutar indivíduos saudáveis e avaliar os níveis de S100B com uma população maior de pacientes com TB. Apoio: CNPq,CAPES. 8 PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
  • 9. De 25 a 27 de maio de 2011 Bento Gonçalves - RS ANÁLISE DOS PARÂMETROS IMUNOLÓGICOS DE MULHERES COM TRANSTORNO BIPOLAR TIPO I E II EM DIFERENTES FASES DO CICLO MENSTRUAL Carine Prado Carine Hartmann do Prado1, Andréa Wieck1, Lucas Rizzo1, Ledo Daruy Filho2, Rodrigo Grassi- Oliveira2 e Moisés Evandro Bauer1. 1 Laboratório de Imunologia do Envelhecimento, Instituto de Pesquisas Biomédicas, PUCRS, Porto Alegre; 2 Programa de Pós-Graduação em Psicologia, PUCRS, Porto Alegre Introdução: O transtorno bipolar (TB) é caracterizado por recorrentes episódios maníacos e depressivos. Possui etiologia multifatorial, na qual fatores biológicos e psicossociais interagem em diversos níveis. É acompanhado de múltiplos sinais de ativação e alterações do sistema imune sugerindo que o mesmo, em interação direta com o sistema nervoso central, possua papel importante na patofisiologia do transtorno. Sabe-se que as alterações hormonais observadas nas diferentes fases do ciclo menstrual também podem levar a alterações em parâmetros imunológicos, como a freqüência de subtipos linfocitários circulantes. Objetivo: De forma a isolar o componente hormonal nas variações em parâmetros imunológicos decidiu-se avaliar as frequências de subtipos linfocitários em mulheres com TB, em diferentes fases do ciclo menstrual. Materiais e métodos: Foram recrutadas 16 pacientes com TB tipo I e II, eutímicas, do ambulatório psiquiátrico do Hospital Presidente Vargas,Porto Alegre. As pacientes foram divididas em dois grupos, de acordo com a fase do ciclo menstrual em que se encontravam: menopausa (n=8; idades: 48-64 anos) e folicular (n=8; idade: 23-51 anos). O diagnóstico de TB foi confirmado pelo SCID-I. Sangue foi coletado e células mononucleares periféricas por gradiente de densidade. Os seguintes subtipos linfocitários foram analisados por citometria de fluxo (FACS Calibur,BD): CD3+CD4+ (Th), CD4+CD45RA+ (naive), CD8+CD45RA+ (naive), CD4+CD45RO+ (memória), CD8+CD45RO+ (memória), CD3+CD8+ (Tc), CD3-CD19+ (B), CD3-CD16+CD56+ (NK), CD3+CD4+CD25+, CD3+CD4+CD69+, CD8+CD28- e CD4+CD25+FoxP3+. As diferenças entre as variáveis foram testadas pelo teste de Mann- Whitney (p<0,05). Resultados e conclusão: De um modo geral, as freqüências dos diferentes subtipos linfocitários não diferem de forma significativa entre os grupos. Entretanto, a porcentagem das populações de células B e de células T CD4+ virgens diferiu de forma significativa entre os grupos (p<0,05 e p=0,01 respectivamente). O grupo em menopausa apresentou uma porcentagem maior de células B e menor de células T virgens (0,11 e 0,15) do que o grupo folicular (0,06 e 0,28). Estes resultados preliminares apontam algumas diferenças linfocitárias associadas com o ciclo menstrual. Estudos posteriores com um tamanho amostral maior deverão ser realizados. Apoio: CNPq,CAPES. 9 PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
  • 10. De 25 a 27 de maio de 2011 Bento Gonçalves - RS Avaliação da Atividade Funcional das Células Natural Killer em Pacientes com Doença do Enxerto versus Hospedeiro Aguda Resistente a Corticoesteróides Pós-Transplante de Células Tronco Mesenquimais Alice Dahmer Autores: Alice Dahmer1; Fernanda S. de Oliveira1; Maria Aparecida Silva1; Vanessa Valim1; Lauro Moraes Jr1; Annelise Pezzi1; Regina Carvalho1; Natália E. Lemos1; Letícia Baggio1; Nathália Kersting1; Lucia Silla1 1 Centro de Tecnologia Celular – Laboratório de Cultura e Análise Molecular de Células Humanas Introdução: A terapia com Células Tronco Mesenquimais (CTM) cultivadas tem sido mais sistematicamente utilizada no tratamento da Doença do Enxerto versus Hospedeiro aguda (DECHa) resistente a corticoesteróides, pós-Transplante de Células Tronco Hematopoéticas (TCTH) alogênico. Dados pré-clínicos, em modelo animal de DECHa, mostraram que a atividade terapêutica destas células se deve a uma acentuada imunossupressão medida dias ou semanas apos a infusão. Embora benéfica para o tratamento da DECH esta imunossupressão poderia ser um fator de risco para a recidiva da doença maligna de base. Dados sobre a recuperação imune pós-infusão de CTM em pacientes são escassos na literatura e, de uma maneira geral medidos tardiamente. Pacientes e métodos: Pacientes submetidos ao TCTH alogênico com DECHa resistente a corticoesteróides do setor de Transplante de Medula Óssea do HCPA que receberam Células Tronco Mesenquimais (CTM) cultivadas. A atividade das células NK foi avaliada imediatamente antes e 14 horas após a infusão das CTM. Sangue total foi coletado e a através do gradiente de Ficoll as células mononucleares foram separadas e realizado o ensaio de citotoxicidade (ensaio NK) com 51Cr. Resultados: Até o momento 4 pacientes foram avaliados, dos quais 3 apresentaram atividade NK significativamente aumentada 14h pós-infusão. Conclusão: Embora com um número ainda reduzido de pacientes, a observação de uma atividade NK aumentada 14h apos a infusão de CTM cultivadas, não foi ainda descrita na literatura e pode explicar o efeito protetor contra a recidiva da doença maligna de base, observado em todos os ensaios clínicos publicados até hoje sobre a utilização de CTM para o tratamento da DECHa. Apoio: FIPE/HCPA, CAPES, CNPq, FAPERGS, FINEP, Hemoamigos 10 PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
  • 11. De 25 a 27 de maio de 2011 Bento Gonçalves - RS AVALIAÇÃO DA EXPRESSÃO DE UMA QUIMERA RECOMBINANTE DE LTB E DOMÍNIOS RECEPTORES DAS TOXINAS BOTULÍNICAS C E D NOS MEIOS M9 E LURIA-BERTANI Gustavo Moreira Gustavo Marçal Schmidt Garcia Moreira¹, Carlos Eduardo Pouey da Cunha¹, Luciana Aquini Fernandes Gil¹² e Fabricio Rochedo Conceição¹ ¹Laboratório de Imunologia Aplicada, Centro de Desenvolvimento Tecnológico - Biotecnologia, UFPel;²Programa de Pós-Graduação em Veterinária, Faculdade de Veterinária, UFPel, Pelotas. Introdução: O botulismo é uma doença causada por neurotoxinas (BoNTs) produzidas pela bactéria Clostridium botulinum. A produção de toxóides a partir das BoNTS é fastidiosa, imprevisível e perigosa. Por isso, busca-se uma alternativa mais eficiente e segura para produção de vacinas. Este trabalho visa à obtenção de uma quimera composta pela subunidade B de enterotoxina termolábil de Escherichia coli (LTB), um potente adjuvante de imunidade humoral, fusionada aos domínios receptores das BoNTs C e D na forma solúvel. Material e métodos: A quimera, previamente caracterizada, foi expressa por E. coli BL21 (DE3) Star. A cepa transformada foi cultivada em 20 mL de pré-inóculo por 16h a 37°C e, em seguida, transferida para 200mL dos meios Luria-Bertani (LB) e M9. O cultivo foi mantido a 37°C até DO600=0,6-0,8. Em seguida, foram induzidos com IPTG 0,5mM e 0,7mM, respectivamente, e incubados sob agitação a 28°C por 16h. Ambos foram centrifugados, ressuspendidos em 25mL de PBS, tratados com lisozima (3µg/mL), sonicados (5x30s; 60Hz) e centrifugados. Amostras do pellet e do sobrenadante foram analisadas por SDS-PAGE e por Western Blot com anticorpo anti-toxina colérica (Sigma- Aldrich). Na transferência, também foram utilizados os controles positivo (quimera purificada) e negativo (extrato, sobrenadante e pellet de E. coli BL21 (DE3) Star). Resultados: O SDS-PAGE mostrou que, em meio LB, a proteína foi produzida em grande quantidade, porém na forma insolúvel (corpos de inclusão). Já no meio M9 não houve expressão significante. O Western Blot apresentou reação tanto no pellet da expressão em LB quanto em M9, confirmando a presença da proteína na forma insolúvel. Conclusão: O meio LB é mais comum para a expressão de proteínas heterólogas, mas nem sempre ele apresenta resultados satisfatórios. No processo de desenvolvimento de vacinas recombinantes, buscam-se, preferencialmente, antígenos expressos na forma solúvel. A quimera em questão se mostrou altamente expressa em LB, porém na forma insolúvel. A alternativa de usar o meio de cultivo M9 não foi eficiente, uma vez que a proteína continuou insolúvel e em menor quantidade. Contudo, deve-se, ainda, avaliar in vivo o potencial protetor de ambas as quimeras. Apoio: CNPq, CAPES e FAPERGS. 11 PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
  • 12. De 25 a 27 de maio de 2011 Bento Gonçalves - RS AVALIAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE HUMORAL DE SUÍNOS INOCULADOS COM UMA QUIMERA DE ANTÍGENOS DE Mycoplasma hyopnemoniae Wallace Moraes Pereira 1 1 1 Wallace Moraes Pereira , Sérgio Jorge , Charles Klazer Gomes¹, Silvana Beutinger Marchioro , 1 1 1 2 Cledir Stark , Andressa Fisch , Odir Antonio Dellagostin , Fabricio Rochedo Conceição 1 Laboratório de Biologia Molecular, 2Laboratório de Imunologia Aplicada, Centro de Desenvolvimento Tecnológico/Biotecnologia, UFPel, Pelotas, RS, Brasil. Introdução: Mycoplasma hyopneumoniae é o agente etiológico da Pneumonia Enzoótica Suína (PES). A patogenia da doença está associada à adesão da bactéria ao epitélio mucociliar do trato respiratório, causando paralisia e pré-dispondo o desenvolvimento de infecções secundárias. O controle estratégico da PES é realizado através de bacterinas, que apresentam elevado custo e conferem apenas proteção parcial. Este trabalho teve como objetivo avaliar a resposta imune humoral de suínos inoculados com uma quimera recombinantes de três antígenos de M. hyopneumoniae (R1, P42 e NrdF) com a subunidade B da enterotoxina termolábil de Escherichia coli (LTB). Material e Métodos: A quimera LTB-R1-P42-NrdF foi expressa em E. coli BL21(DE3), purificada por cromatografia de afinidade e caracterizada por SDS-PAGE e Western Blot. Cada proteína componente da quimera também foi produzida individualmente para a avaliação da resposta imune humoral mediante ELISA indireto. Foram utilizados oito leitões de uma granja que possui histórico positivo para PES, onde quatro foram inoculados com duas doses de 200 µg da quimera recombinante, via intramuscular, administradas aos 60 dias de vida e outra 21 dias após, sendo os animais restantes utilizados como controle (não inoculados). As coletas de sangue foram realizadas no dia 0, 21 e 42 a partir da primeira inoculação. O ELISA indireto procedeu com soros 1:50, sensibilização das placas com 200 ng/poço de proteína, conjugado anti-IgG de suíno e OPD como substrato, sendo a absorbância aferida em DO492. Resultados: A média de absorbância dos animais imunizados com a vacina recombinante foi maior que a média do grupo controle. No dia 42, a proteína R1 apresentou absorbância de 0,82 nos inoculados e 0,8 no grupo controle. A Nrdf apresentou absorbância de 1,5 e o grupo controle 1,2. A P42 atingiu uma absorbância de 3,0 nos inoculados e 0,8 no grupo controle. A rLTB apresentou absorbância de 1,85, enquanto o grupo controle obteve 1,4. Conclusões: A quimera LTB-R1-P42-NrdF foi imunogênica para suínos, fazendo dela uma potencial vacina recombinante. Estudos posteriores com um maior número de animais em condições experimentais devem ser realizados a fim de avaliá-la como um método mais efetivo de controle da PES. Apoio: MAPA, CNPq, CAPES e FAPERGS. 12 PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
  • 13. De 25 a 27 de maio de 2011 Bento Gonçalves - RS AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO DO TIPO-ANSIEDADE E DA ATIVIDADE DA GLUTATIONA-REDUTASE NA PROLE ADULTA DE CAMUNDONGOS NASCIDOS DE FÊMEAS INJETADAS COM LPS. Lucas Kniess Debarba Lucas Kniess Debarba¹, Sonia Gonçalves Carobrez², Péricles Arruda Mitozo¹ Renata Pinheiro Gonzales¹, Camila Konell¹, Paula Barcellos¹, Alcir Luiz Dafré³, Odival Cezar Gasparotto¹. ¹Departamento de Ciências Fisiológicas, ²Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia, ³Departamento de Bioquímica, CCB, UFSC. Introdução: A administração de Lipolissacarídeo (LPS) em roedores no período gestacional pode induzir retardo no crescimento intra-uterino, parto prematuro, distúrbios neurológicos e morte fetal intra-uterina. Xu et al., 2006ª apontam o fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) como o principal mediador desses efeitos deletérios. Dados obtidos por Xiang-Yun Li et al., 2008 indicam que há um envolvimento das espécies reativas de oxigênio, cujas mães onde se observa uma regulação positiva da enzima heme-oxigenase-1 no fígado fetal de animais, cujas mães foram expostas ao LPS. Objetivo: Avaliar o comportamento do tipo-ansiedade e a atividade da glutationa redutase (GR) no parênquima cerebral de camundongos suíços adultos, nascidos de fêmeas prenhas injetadas com LPS. Métodos e Resultados: Os protocolos experimentais foram aprovados pelo comitê de ética para uso de animais da UFSC (Processo Nº 23080.029998/2009-23). Camundongos foram mantidos em ambientes climatizados, com iluminação artificial, ciclo claro/escuro de 12:12 horas, ração e água ad libitum. Fêmeas, no 8º dia de gestação, receberam uma única dose de LPS (10 mg/kg/ip). Como controle foram utilizadas fêmeas gestantes não injetadas com LPS. No 45º dia de vida, os animais foram testados no Labirinto em Cruz Elevado (LCE). Finalizados os testes comportamentais, os animais foram sacrificados para coleta do córtex e do hipocampo para análise da atividade da glutationa redutase (GR). A exposição ao LPS na vida intra-uterina foi capaz de provocar uma redução significativa (p < 0,001) na porcentagem de permanência de tempo no braço aberto (%TBA) na prole, tanto de machos como fêmeas, quando comparada a proles do grupo controle. A avaliação da porcentagem de exibição de acesso de risco (%AR) apresentou uma redução significativa (p < 0,001) nas proles provindas de fêmeas injetadas com LPS, quando comparadas ao grupo controle. Esse efeito sugere que o LPS exerce efeitos distintos nas diferentes formas de expressão da ansiedade. Estas formas de expressar a ansiedade possuem efeitos adaptativos diferentes e são construídas pelo processamento em vias neurais distintas que precisam ser melhor avaliadas. Não foi observado prejuízo na atividade da GR, tanto no hipocampo, quanto no córtex de ambos os gêneros. Conclusões: A administração de LPS (10 mg/kg/ip) no na fase intermediária do período gestacional foi capaz de modular o comportamento tipo-ansiedade na prole adulta de ambos os gêneros. Apoio: CAPES/PGN, CCB/UFSC. 13 PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
  • 14. De 25 a 27 de maio de 2011 Bento Gonçalves - RS CÉLULAS TRONCO MESENQUIMAIS PARA O TRATAMENTO DA DOENÇA DO ENXERTO CONTRA O HOSPEDEIRO Vanessa de Souza Valim Vanessa Valim1, Fernanda S. de Oliveira , Maria Aparecida Lima da Silva , Lauro Moraes 1 1 Júnior , Bruna Amorin , Annelise Pezzi , Alice Dahmer , Regina Carvalho , Letícia Baggio1, 1 1 1 1 1 Nathalia Kersting1, Natália E. Lemos1, Lúcia Silla1 1 Centro de Tecnologia Celular – Laboratório de Cultura e Análise Molecular de Células Humanas Introdução. A Doença do Enxerto Contra o Hospedeiro aguda (DECHa) é uma uma complicação comum do transplante de medula óssea alogênico, no qual células imunes funcionais da medula óssea transplantada atacam células e tecidos do organismo receptor.Estudos demonstrando as propriedades imunorregulatórias das células tronco mesenquimais (CTM) têm permitido o seu uso em diversas patologias, fazendo uso de um mecanismo parácrino, que estas possuem, inibindo efetores imunes, quando este está ativado de forma descontrolada. Estudos clínicos têm demonstrado a eficiência imunorreguladora do uso destas células na DECH aguda. Material e Métodos: Células Tronco Mesenquimais foram expandidas em laboratório em ambiente GMP like (GooD Manufactories Practicies) e rastreadas por um complexo controle de qualidade, que incluiu testes para endotoxinas e micoplasmas. Até o momento 4 pacientes com DECHa resistente a corticosteróides foram infundidos, dentre os quais dois receberam 2 infusões, um paciente recebeu uma infusão e outro recebeu 5 infusões. A média e a mediana de células infundidas em cada infusão foi de 1,47 X 106 e 1,88 células/kg. Em todos os pacientes foi observada redução do grau da DECH, contudo um paciente veio a óbito devido ao prévio comprometimento sistêmico. Nenhum efeito colateral foi detectado durante ou após a infusão das CTM. Conclusão: A infusão de células tronco mesenquimais pode ser uma alternativa de tratamento positivo para pacientes com DECHa resistente a costicosteróides. Este estudo visa, além de avaliar o efeito terapêutico das CTM, observar a segurança e exeqüibilidade do todo (expansão e infusão das células), e até o momento, nossos resultados são satisfatórios. Um número maior de pacientes está sendo incluído neste estudo. Apoio: CNPq, FINEP, CAPES, FIPE/HCPA, FAPERGS e HEMOAMIGOS 14 PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
  • 15. De 25 a 27 de maio de 2011 Bento Gonçalves - RS CITOMETRIA DE FLUXO COMO METODOLOGIA ALTERNATIVA PARA A AVALIAÇÃO IN VITRO DE COMPOSTOS COM POTENCIAL ATIVIDADE IMUNOMODULATÓRIA SOBRE LINFÓCITOS B Douglas Bardini Silveira Douglas Bardini Silveira¹, Aguinaldo Roberto Pinto¹, Carlos Roberto Zanetti¹ ¹Laboratório de Imunologia Aplicada, Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia, UFSC, Florianópolis. Introdução. A citometria de fluxo (CF) destaca-se como um importante instrumento no estudo de eventos celulares envolvidos na resposta imune, possibilitando, dentre outras aplicações, investigações detalhadas do comportamento metabólico e funcional de subpopulações linfocitárias em diferentes estados de imunocompetência. No presente trabalho, a CF foi empregada para a análise de possíveis variações na expressão fenotípica de uma linhagem linfoblastóide B frente a estímulos de imunomodulação, objetivando estabelecer parâmetros experimentais para a avaliação e triagem in vitro de compostos com potencial atividade imunomodulatória sobre linfócitos B. Materiais e Métodos. Células da linhagem linfoblastóide B humana SKW 6.4 foram cultivadas em placas de 96 micropoços na presença de 100ng·mL-1 de forbol-12-miristato-13-acetato (PMA) ou 10ng·mL-1 de rapamicina (RAPA) – moduladores clássicos da resposta imune de linfócitos B in vitro – durante 48h à 37°C e 5% de CO2. Após incubação, células SKW 6.4 foram avaliadas por CF quanto à incidência de antígenos de superfície relacionados à ativação e/ou supressão da atividade imune basal de linfócitos B (CD19, CD23, CD40, CD54, CD69, CD80 e CD86). A estratégia de gates de quadrante foi utilizada para a determinação das porcentagens de eventos positivos, duplo-positivos e negativos em relação aos marcadores imunofenotípicos analisados. Os níveis de expressão de cada antígeno de superfície foram observados através de histogramas de intensidade de fluorescência registrada. Resultados. A porcentagem de células SKW 6.4 positivas para o marcador CD69 foi notadamente maior em condições referenciais de imunoestimulação por PMA (82%) comparado ao controle celular não tratado (28%); a atividade imunoestimulatória mediada por PMA pôde ainda ser evidenciada pelo aumento da expressão celular de CD69 e CD54, em acordo com dados relatados na literatura. Não foram constatadas mudanças significativas no perfil imunofenotípico de grupos celulares após imunossupressão com RAPA. Conclusões. Os resultados obtidos sugerem a utilização dos antígenos de superfície CD54 e CD69 como marcadores de imunoestimulação no modelo in vitro empregado, viabilizando sua análise por CF como alternativa metodológica para a avaliação e triagem de compostos com potencial ação imunoestimulatória sobre linfócitos B. Experimentos complementares para a identificação de possíveis marcadores antigênicos de imunossupressão encontram-se em andamento. Apoio: CNPq. 15 PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
  • 16. De 25 a 27 de maio de 2011 Bento Gonçalves - RS CLONAGEM E EXPRESSÃO DE UM ANTÍGENO SALIVAR DO CARRAPATO Rhipicephalus (Boophilus) microplus. Bruna Ferreira Leal Bruna Ferreira Leal¹, Adriana Seixas2 Itabajara da Silva Vaz Junior2, Carlos Alexandre Sanchez Ferreira¹ ¹Laboratório de Imunologia e Microbiologia– PUCRS; 2Laboratório de Imunologia Aplicada a Sanidade Animal – UFRGS. Introdução: O Rhipicephalus microplus (Acari: Ixodidae) é um ectoparasito importante na criação de gado. O controle é baseado no uso de acaricidas, os quais apresentam alto custo e causam sérios impactos no meio ambiente e contaminação no leite e carne, o que indica a necessidade de novos métodos de controle, como o desenvolvimento de vacinas. A paramiosina (PRM) é uma proteína com funções relacionadas à evasão do sistema imune de hospedeiros, especialmente devido à ligação às imunoglobulinas e inibição do sistema complemento, configurando-se em candidato para compor uma vacina. Objetivo: Detectar o mRNA referente ao gene da PRM, além de clonar e expressar a sequência de DNA codificante em vetor procarioto. Materiais e métodos: Primers foram utilizados para a amplificação do DNA codificante para a PRM completa adicionada de seis resíduos de histidina em sua porção C-terminal. A clonagem foi realizada utilizando o Champion Pet Directional Topo Expression Kit (Invitrogen), e a expressão foi feita em Escherichia coli. O RT-PCR foi realizado utilizando RNAs obtidos de intestino, ovário, glândula salivar, corpo gorduroso de fêmeas adultas e de ovos de R. microplus Resultados: Após expressão e purificação parcial, obteve-se proteína com uma massa molecular equivalente a esperada para a paramiosina, confirmando-se por western-blot a sua identidade utilizando-se soro anti-paramiosina. A análise por RT-PCR mostrou que o gene codificante para PRM está ativo em todos os tecidos testados. Conclusões e perspectivas: A síntese de PRM em vários tecidos adultos corrobora a possibilidade de atuar como imunomoduladora no hospedeiro. A proteína recombinante purificada possibilitará analisar o seu reconhecimento por soros de bovinos infestados, além de poder ser administrada em bovinos para avaliar reações de hipersensibilidade. Além disso, será realizado o PCR em tempo real (qRT-PCR) a fim de quantificar os níveis de expressão do gene nos diversos órgãos e tecidos. Resultados preliminares do qRT-PCR indicam a síntese do mRNA da PRM também no ovo de 1º dia e ovário e glândula salivar de adultos. Apoio: CNPq, INCT-Entomologia Molecular. 16 PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
  • 17. De 25 a 27 de maio de 2011 Bento Gonçalves - RS CONSTRUÇÃO DE VACINAS DE SUBUNIDADES RECOMBINANTES PARA O CONTROLE DA LINFADENITE CASEOSA Suelen Costa Rodrigues 1 1 1 Suelen Costa Rodrigues , Drielly Cristina Braite , Gabriela Cristina de Paula , Filipe Santos Pereira Dutra1, Vasco Azevedo2, Odir Dellagostin1 Simone Smionatto3 e Sibele Borsuk1 1 Centro de Desenvolvimento Tecnológico, Biotecnologia, UFPel, 2 Departamento de Biologia Geral, UFMG, 3 Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais, UFGD. Introdução: A Linfadenite Caseosa (LC) causada por Corynebacterium pseudotuberculosis, é uma doença infecto-contagiosa que acomete caprinos e ovinos, ocasionado grandes perdas econômicas devido à sua alta incidência, especialmente em regiões tropicais e subtropicais. As vacinas inativadas não apresentam resultados satisfatórios no controle para esta doença. As vacinas recombinantes são uma alternativa para uma imunoproteção mais eficaz, de baixo custo de produção, sem oferecer riscos e podendo ser produzidas em maior escala. Os genes Cp1002_1802, Cp1002_0369 e Cp1002_1957, que codificam para uma provável proteína secretada (CP1002_1802), provável lipase (CP1002_0369) e provável fosfatase (Cp1002_1957), potencialmente antigênicas, as quais podem vir a ser utilizadas no desenvolvimento de vacinas recombinantes. O objetivo deste trabalho foi à construção de vacinas de subunidade recombinantes para o controle da LC. Materiais e Métodos: Os genes 0369, 1802 e 1957 de C. pseudotuberculosis foram amplificados por PCR e em seguida digeridos com as enzimas Bam HI e Hind III (1802 e 1957) e com BamHI e Eco RI (0369) e ligados ao vetor pAE digerido com as mesmas enzimas.O produto da ligação foi transformado em células de E. coli Top10. Resultados: Os clones recombinantes foram caracterizados enzimaticamente e por seqüenciamento de DNA. Conclusão: Obtivemos os plasmideos recombinantes pAE/0369, pAE/1802 e pAE/1957 que serão transformados em cepas de expressão de E. coli e as proteínas recombinantes utilizadas para a imunização de camundongos a fim de avaliar o potencial imunogênico das mesmas. Apoio: BNB. 17 PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
  • 18. De 25 a 27 de maio de 2011 Bento Gonçalves - RS EFEITOS ANTIINFLAMATÓRIOS CUTÂNEOS DO ANTAGONISTA SELETIVO DO RECEPTOR P2X7, A438079 Gabriela Lucas da Silva Gabriela Lucas da Silva1,2, Nathália Denise de Moura Sperotto , Ana Maria de Oliveira 2,3 Batastini Maria Martha Campos , Rafael Fernandes Zanin , Fernanda Bueno Morrone2,3. 4, 5 1,2 1 Programa de pós-graduação em Biologia celular e Molecular PUCRS, Porto Alegre, RS. 2 Laboratório de Farmacologia Aplicada PUCRS, Porto Alegre, RS. 3Faculdade de Farmácia, Porto Alegre, RS. 4ICBS, Departamento de Bioquímica, UFRGS, Porto Alegre, RS. 5Faculdade de Odontologia/Instituto de Toxicologia PUCRS, Porto Alegre, RS. Introdução: A maioria das doenças que acometem a pele possuem em sua etiologia componentes inflamatórios e/ou imunológicos. Embora haja uma sucessão previsível dos fenômenos envolvidos na resposta inflamatória cutânea, os mecanismos envolvidos na patogênese destas doenças são poucos conhecidos. Várias são as vias e cascatas envolvidas; assim, existe uma variedade de alvos que, quando antagonizados ou neutralizados, conduzem a um efeito anti-inflamatório e/ou imunossupressor. O óleo de cróton é um agente irritante muito utilizado em modelos experimentais de dermatite de contato. Estudos utilizando estes modelos demonstram que a dermatite de contato possui um mecanismo patogênico mediado por nucleotídeos. Objetivo: investigar o envolvimento do receptor purinérgico P2X7 na resposta inflamatória induzida pelo óleo de cróton. Materiais e métodos: Camundongos swiss (n=5) receberam aplicação tópica de óleo de cróton 1% na face interna da orelha direita. Os animais foram tratados com o antagonista do receptor P2X7, A438079 i.p.(80 μmol/kg) ou com a ectonucleotidade, Apirase s.c. (0,2 U/ear), 30 minutos antes e 3 horas depois da aplicação do irritante. Dexametasona (0,5 mg/kg) foi usada como controle positivo. Seis horas após a indução do edema, foram coletadas amostras de sangue e um plug de 6 mm de tecido foi removido de ambas as orelhas. O edema foi medido através da diferença de peso entre as orelhas. O acúmulo de neutrófilos no tecido foi quantificado através da medida da atividade da mieloperoxidase (MPO). As amostras de sangue coletadas foram utilizadas para dosagem de IL1β, através de kits ELISA. Resultados: Os tratamentos inibiram significativamente o edema de orelha e os níveis séricos de IL1β. Apirase provocou uma inibição do edema de 17.6% ± 4.5, enquanto o antagonista A438079 reduziu o edema em 41,7% ± 5.3. O tratamento com A438079 reduziu significativamente os níveis de MPO a valores comparáveis aos obtidos com o tratamento com a droga controle positivo, dexametasona. Conclusões: Muitos estudos tem demonstrado que o ATP atua como um importante mediador das respostas inflamatórias da pele. O ATP, quando presente em altas concentrações no espaço extracelular, ativa receptores P2X7 e as evidências indicando o papel patofisiológico destes receptores vêm aumentando. Nossos resultados demonstram a atividade antiinflamatória do antagonista seletivo do receptor P2X7, A438079, e sugerem o envolvimento do mesmo na patogênese da dermatite de contato. 18 PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
  • 19. De 25 a 27 de maio de 2011 Bento Gonçalves - RS EFEITOS DO ESTRESSE AGUDO EXPERIMENTAL SOBRE PARÂMETROS IMUNOLÓGICOS E NÍVEIS PLASMÁTICOS DE S100B EM PACIENTES COM TRANSTORNO BIPOLAR TIPO I E II Andréa Wieck Andréa Wieck1, Carine Prado1, Lucas Rizzo1, Lucas Tortorelli3, Ledo Daruy Filho2, Rodrigo Grassi-Oliveira2, Carlos Alberto Gonçalves3,e Moisés E. Bauer1 1 Laboratório de Imunologia do Envelhecimento, Instituto de Pesquisas Biomédicas, Hospital São Lucas, PUCRS, Porto Alegre; 2Faculdade de Psicologia, Programa de Pós-graduação em Psicologia, PUCRS,Porto Alegre; 3Programa de Pós-Graduação em Bioquímica, UFRGS, Porto Alegre. Introdução: O estresse é uma ameaça à homeostase do organismo, resultando em uma cascata de processos biológicos adaptativos que visam retornar a homeostase. Evidências sugerem uma associação entre alterações nos mecanismos de resposta ao estresse e o desenvolvimento de transtornos de humor, assim como uma ligação entre o estresse crônico e a diminuição global da resposta imune celular. O Transtorno Bipolar (TB) é caracterizado pela variação do humor entre fases maníacas e depressivas. O conhecimento sobre as alterações imunológicas no TB é limitado devido às alterações imunes diferenciais ao longo dos ciclos de mania e depressão e à falta de biomarcadores que auxiliem no diagnóstico. A proteína S100B é uma proteína ligante de cálcio produzida e secretada por células da glia. Atua em vários processos celulares, sendo seus efeitos dependentes de sua concentração extracelular. Há indícios de que S100B possua papel importante na patogênese de transtornos do humor. Objetivos: Analisar populações linfocitárias e concentrações plasmáticas da proteína S100B em mulheres com TB antes e após uma intervenção de estresse agudo (TSST). Metodologia: Foram recrutadas 4 pacientes TB do tipo I e II, eutímicas, da Clínica São José,Porto Alegre. As células mononucleares periféricas foram isoladas por gradiente de densidade. Todos os dados foram aferidos nos momentos pré-TSST e pós-TSST. Os seguintes subtipos linfocitários foram analisados por citometria de fluxo (FACS Calibur,BD): CD3+CD4+ (Th), CD4+CD45RA+ (naive), CD8+CD45RA+ (naive), CD4+CD45RO+ (memória), CD8+CD45RO+ (memória), CD3+CD8+ (Tc), CD3-CD19+ (B), CD3-CD16+CD56+ (NK), CD3+CD4+CD25+, CD3+CD4+CD69+, CD8+CD28- e CD4+CD25+FoxP3+. A determinação da concentração plasmática de S100B foi realizada através da técnica de ELISA. As diferenças entre as variáveis foram testadas pelo teste de Mann-Whitney (p<0,05). Resultados e conclusão: De um modo geral, as freqüências dos diferentes subtipos linfocitários não diferem de forma significativa pré e pós-TSST. Porém, observamos a redução significativa (P<0,05) na porcentagem de células B pós-TSST (pré:0,11 e pós:0,048). Estes resultados preliminares sugerem que o estresse pode estar relacionado a alterações linfocitárias. Quanto às concentrações plasmáticas de S100B nos dois momentos, não observamos diferenças significativas (p>0,05), indicando que o estresse não afeta diretamente as concentrações desta proteína. Estudos posteriores com um tamanho amostral maior deverão ser realizados. Apoio: CNPq,CAPES. 19 PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
  • 20. De 25 a 27 de maio de 2011 Bento Gonçalves - RS ESTUDO CASO-CONTROLE DOS POLIMORFISMOS 2848G E -1237T DO GENE TLR9 EM PACIENTES COM DOENÇAS INFLAMATORIAS INTESTINAIS DO SUL DO BRASIL Jacqueline María Valverde Villegas Jacqueline M. Valverde Villegas1, Bruno Paiva dos Santos , Machado, MB , José A. Bogo 1 2 Chies1 1 Laboratório de Imunogenética, UFRGS, Departamento de Genética, Instituto de Biociências 2 Hospital São Lucas, PUCRS. Introdução: A Doença Inflamatória Intestinal (IBD) é classificada em Colitis Ulcerativa (CU) e em Doença de Crohn (DC) dependendo da área mais afetada no intestino, mas ambas apresentam uma série de sintomas de origem inflamatória e de etiologia multifatorial que acometem principalmente o trato intestinal. Os Receptores Toll-like (TLRs) têm um papel importante na regulação intestinal, principalmente na sinalização pró-inflamatória em resposta a distintos ligantes de microrganismos e na estimulação de respostas inflamatórias agudas e/ou crônicas. Alguns desses antígenos podem ser reconhecidos por TLRs e, mais precisamente, o DNA pelo TLR9. Como no Brasil não se tem estudos a respeito de TLR9 e IBD, o objetivo do nosso estudo é analisar a freqüência dos polimorfismos G2848A (rs352140) e T-1237C (rs5743836), no gene TLR9, em pacientes eurodescendentes com IBD provenientes de dois centros de saúde do Sul do Brasil e comparar com indivíduos eurodescendentes saudáveis, doadores de sangue, representando o grupo controle. Materiais e métodos: Foram analisados 250 indivíduos controles e 253 pacientes, dos quais 105 provenientes do Hospital São Lucas da Pontificia Universidade Católica de Rio Grande do Sul (PUCRS) e 148 provenientes do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). As genotipagens foram feitas por RFLP-PCR para o G2848A e BIPASA para o T-1237C. Resultados: Para a análise das freqüências alélicas e genotípicas, se dividiu as populações em 3 grupos: grupo 1, pacientes provenientes da PUCRS; grupo 2, pacientes provenientes do HCPA; e o grupo 3, pacientes provenientes de ambos centros de saúde. Para o G2848A, o nosso estudo encontrou associação do genótipo heterozigoto quando comparamos o grupo 1 e o grupo 3 aos controles (P = 0,000002 e P = 0,0013 respectivamente). Também, encontraram-se as mesmas associações quando se subdividiu os pacientes em DC e CU no grupo 1 (P=0,0002 e P=0,0013, respectivamente), embora no grupo 3 só encontrou-se associação entre pacientes DC (P=0,00057). Por outro lado, o polimorfismo T-1237C não apresentou qualquer associação nos grupos analisados. Também não houve associação quando comparamos haplótipos e a sintomatologia clínica dos pacientes. Conclusão: Os resultados obtidos sugerem que o genótipo heterozigoto G/A do polimorfismo G2848A é um fator de susceptibilidade na doença inflamatória intestinal na população brasileira estudada. Apoio financeiro: CNPq e FAPERGS. 20 PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
  • 21. De 25 a 27 de maio de 2011 Bento Gonçalves - RS ESTUDOS PRELIMINARES SOBRE A EXPOSIÇÃO PRÉNATAL DE CAMUNDONGOS AO LPS E SUBSEQUENTE ALTERAÇÕES NO COMPORTAMENTO DO TIPO-ANSIEDADE E ATIVIDADE DA GLUTATIONA-REDUTASE APÓS O DESAFIO COM LPS NA FASE ADULTA. Lucas Kniess Debarba Lucas Kniess Debarba¹, Sonia Gonçalves Carobrez², Péricles Arruda Mitozo¹ Renata Pinheiro Gonzales¹, Camila Konell¹, Paula Barcellos¹, Alcir Luiz Dafré³, Odival Cezar Gasparotto¹. ¹Departamento de Ciências Fisiológicas, ²Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia, ³Departamento de Bioquímica, CCB, UFSC. Introdução: A infecção com LPS no período gestacional em roedores induz a liberação de citocinas, sendo as citocinas TNF-α e IL-10 liberadas no encéfalo do feto exposto ao LPS intra- uterino (Xu et al., 2007). Godbout et al. 2004 demonstraram um aumento do estresse oxidativo encefálico do feto exposto ao LPS na vida intra-uterina. Objetivo: Avaliar o comportamento do tipo-ansiedade e a atividade da glutationa redutase (GR) no parênquima cerebral de camundongos suíços adultos, nascidos de fêmeas prenhas injetadas com LPS e re-expostos ao LPS na vida adulta. Métodos e Resultados: Os protocolos experimentais foram aprovados pelo comitê de ética para uso de animais da UFSC (Processo Nº 23080.029998/2009-23). Os animais foram mantidos em ambientes climatizados, com iluminação artificial, ciclo claro/escuro de 12:12 horas, ração e água ad libitum. No 8º dia de gestação, as fêmeas gestantes foram divididas em dois grupos: (Grupo LPS) - receberam uma única dose de LPS (10 mg/kg/ip); (Grupo controle) - não injetadas com LPS. No 45º dia, as proles foram subdivididas em quatro subgrupos: I- prole do grupo LPS, injetada com LPS (5 mg / kg ip), II - prole do grupo LPS, injetada com PBS (solução salina tamponada com fosfatos, pH=7,2), III - prole do grupo controle, injetada com LPS (5 mg / kg ip) e IV - prole do grupo controle, injetada com PBS. Transcorrido quatro horas da injeção, os animais foram testados no Labirinto em Cruz Elevado (LCE). Finalizados os testes comportamentais, os animais foram sacrificados para coleta do córtex e do hipocampo para avaliação da atividade GR. Observou-se uma redução significativa (p < 0,001) da porcentagem de tempo no braço aberto (%TBA) tanto em machos quanto em fêmeas (♂, ♀) do subgrupo I quando comparados com o subgrupo III (♂, ♀). O mesmo índice de significância foi observado na %TBA quando se comparou proles do subgrupo II (♂, ♀) com o subgrupo IV (♂, ♀). A atividade da GR no hipocampo foi significativamente menor (p < 0,001), em machos do subgrupo I quando comparados com os do subgrupo III. Tal efeito não foi verificado nas fêmeas. Conclusões: O modelo de re-exposição ao LPS provoca um aumento na expressão da ansiedade, também observado em outros modelos de estresse. O prejuízo da atividade antioxidante no hipocampo de machos re-expostos ao LPS pode ser explicado por uma redução dos níveis da testosterona. Este hormônio possui um efeito neuroprotetor e sofre redução nas situações de estresse. Apoio: CAPES/PGN, CCB/UFSC. 21 PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
  • 22. De 25 a 27 de maio de 2011 Bento Gonçalves - RS GRPR: UM NOVO RECEPTOR QUIMIOTÁTICO PARA NEUTRÓFILOS? Rafael Czepielewski Rafael S. Czepielewski1, Bárbara N. Porto , Rafael Roesler , Cristina Bonorino 1 2 1 ¹Laboratório de Imunologia Celular e Molecular, Instituto de Pesquisas Biomédicas, PUCRS, Porto Alegre, 2Laboratório de Pesquisas em Câncer, Centro de Pesquisa HCPA, UFRGS, Porto Alegre Introdução: O peptídeo liberador de gastrina (GRP) é um neuropeptídeo que atua através de seu receptor preferencial GRPR, promovendo proliferação e diferenciação celular, assim como outras funções sistêmicas. O GRP e seu receptor são expressos em diversas células e de forma aberrante em células tumorais, atuando como um fator de crescimento tumoral. O GRPR foi testado como possível alvo terapêutico específico para tumores e antagonistas seletivos do GRPR, como o RC-3095, têm sido desenvolvidos como potenciais agentes antitumorais. RC- 3095 tem demonstrado promissores resultados em testes in intro, in vivo e clínicos de fase I na redução de tumores. O GRP mostrou-se também envolvido em inflamações, onde foi identificado sendo produzido por macrófagos ativados e o tratamento com RC-3095 em um modelo murino de sepse apresentou diminuição na liberação de citocinas pró-inflamatórias, elevando a sobrevida do animais. Como o principal componente da resposta inflamatória são os neutrófilos – células que migraram em direção ao foco inflamatório em função de gradientes de citocinas pró-inflamatórias e também estimuladas por alguns neuropeptídeos, como a substância P – avaliamos o papel do GRP na indução de quimiotaxia de neutrófilos in vitro e in vivo. Materiais métodos: Camundongos C57/Bl6 receberam injeções intraperitoneias de GRP ou GRP+RC-3095, e após 4 horas o lavado peritoneal foi realizado, assim como contagem diferencial do número de neutrófilos. Utilizamos a injeção de lipossomos clodronato para depletar os macrófagos peritoneias dos C57/Bl6. E neutrófilos isolados de sangue de voluntários saudáveis foram colocados para migrar num sistema Transwell em concentrações seriadas de GRP, seu antagonista (RC-3095) e inibidores de vias de sinalização. Resultados: O GRP induziu recrutamento de neutrófilos in vivo 4 horas após sua adminstração numa concentração de 0,6 µg por cavidade (p<0,001), e esse fenômeno antagonizado pelo RC-3095 (p<0,001). A depleção de macrófagos também reduziu o influxo de neutrófilos recrutados por GRP, assim como o anti-corpo monoclonal anti-TNF-α, Infliximab. In vitro observamos uma indução direta na migração de neutrófilos pelo GRP, antagonistazada pelo RC-3095 e sendo dependente das vias de sinalização PI3K e MAPKs (p38 e ERK). Conclusão: O GRP foi observado como novo quimioatrator de neutrófilos in vitro e in vivo, promovendo migração por via direta e indireta, dependente de macrófagos, e das vias das PI3K e MAPK. Apoio: CNPq 22 PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
  • 23. De 25 a 27 de maio de 2011 Bento Gonçalves - RS PADRONIZAÇÃO DE UM ENSAIO IMUNOENZIMÁTICO PARA LEPTOSPIROSE SUÍNA Fernanda Munhoz dos Anjos Leal LEAL, Fernanda Munhoz dos Anjos1; MONTE, Leonardo Garcia ; JORGE, Sérgio ; HARTWIG, 1 2 Daiane2; VASCONCELLOS, Silvio Arruda3; DELLAGOSTIN, Odir2; HARTLEBEN, Cláudia Pinho1 1 Laboratório de Imunodiagnóstico, 2 Laboratório de Biologia Molecular – Centro de Desenvolvimento Tecnológico – Universidade Federal de Pelotas; 3 Universidade de São Paulo Introdução: No Brasil, a leptospirose em suínos tem sido uma das principais causas de falhas reprodutivas em vários estados, principalmente nas regiões sul e sudeste do país. A técnica padrão para o diagnóstico de leptospirose, a soroaglutinação microscopia (MAT), possui baixa sensibilidade, além de ser uma técnica laboriosa e dispendiosa. Devido aos problemas enfrentados no diagnóstico laboratorial dessa doença, há um intenso esforço de pesquisa no sentido de utilizar proteínas recombinantes para desenvolver testes mais sensíveis. Dessa forma, as proteínas do grupo Lig têm sido identificadas como alvos potenciais para uso em testes de diagnóstico e vacinas contra leptospirose. As proteínas LigA e LigB, que localizam-se na membrana externa das leptospiras, pertencem à superfamília das imunoglobulinas e estão presentes apenas nas espécies patogênicas e virulentas. Além disso, são fortemente reconhecidas pelo soro de animais diagnosticados com a doença. Objetivo: O objetivo desse trabalho foi padronizar um Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay (ELISA) utilizando a proteína recombinante rLigAni para o diagnóstico de leptospirose suína. Materiais e métodos: Uma microplaca de 96 cavidades (Polysorp, Nunc) foi sensibilizada com diferentes concentrações de rLigAni em tampão carbonato-bicarbonato 0,05M pH 9,8 por 16h a 4° e bloqueada com PBS contendo 10% de leite em pó. Um pool de soros negativos no MAT foi adicionado e incubado por 1h a 37°C. Após foi adicionado o conjugado anti-Ig suíno e peroxidase (Sigma) e também incubado a 37°C por 1h. Após a lavagem, foi adicionada solução substrato/cromógena contendo ortophenylendiamine (Sigma-Aldrich, USA) e peróxido de hidrogênio (0,1%) em 0,2 M tampão citrato-fosfato pH 4,0 por 15 min. a temperatura ambiente. A leitura foi realizada a 450 nm (VICTOR™ X5 Multilabel Plate Reader, PerkinElmer, USA). Para determinar a sensibilidade e especificidade do teste 103 soros suínos já caracterizados foram utilizados num título de 100. Resultado e discussão: A concentração de proteína rLigAni foi determinada em 100 ng por cavidade. O ELISA/rLigAni apresentou 82% de sensibilidade e 55,5% de especificidade em comparação ao teste padrão, o MAT. Conclusão: O ELISA/rLigAni pode ser uma alternativa como teste de triagem para o diagnóstico de leptospirose suína. Porém, mais soros devem ser testados para melhorar a sensibilidade e especificidade do teste. Apoio Financeiro: CNPq e FAPERGS 23 PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
  • 24. De 25 a 27 de maio de 2011 Bento Gonçalves - RS Produção de anticorpos policlonais da proteína recombinante Ncp43 de Neospora caninum para utilização em imunodiagnóstico. Gizele Lima de Sá Sá, Gizele Lima de1; Leal, Fernanda Munhoz dos Anjos ; Rizzi, Caroline ; Collares, Thaís 1 2 Farias1; Borsuk, Sibele2; Berne, Maria Elisabeth Aires3; Hartleben, Cláudia Pinho1 1 Laboratório de Imunodiagnóstico – Centro de Desenvolvimento Tecnológico – UFPel – Pelotas 2 Laboratório de Biologia Molecular – Centro de Desenvolvimento Tecnológico – UFPel - Pelotas Introdução: O protozoário Neospora caninum é um dos principais parasitos de bovinos e cães, sendo uma das causas significativas de abortos na bovinocultura mundial. Anticorpos anti- neospora produzidos no soro de animais podem ser utilizados como ferramentas em ensaios imunológicos em pesquisa científica com finalidades diagnósticas. No entanto, testes de diagnóstico para detecção de anticorpos específicos de N. caninum é dificultado pela reação cruzada com outros coccídeos, já que se baseiam na detecção de antígenos de taquizoítos intactos. Logo o uso de um único antígeno poderia melhorar a especificidade de métodos de diagnóstico indireto. A proteína Ncp43 é um antígeno de superfície expresso tanto em taquizoítos quanto em bradizoítos e que é reconhecida por anticorpos séricos de animais infectados por N. caninum. Desta maneira, o objetivo do presente trabalho foi produzir anticorpos policlonais contra a proteína rNc-p43 e avaliar sua reatividade com a proteína na sua forma nativa e recombinante. Material e Métodos: O gene codificante da Nc-p43 foi clonado no vetor pAE, expressa em Escherichia coli (BL21 Star) e purificada até a homogeneidade. Posteriormente camundongos BALB/c foram imunizados com rNc-p43. O soro obtido destes animais foi testado para presença dos anticorpos policlonais em ensaios imunoenzimáticos (ELISA e Dot-blotting) empregando a proteína recombinante. Resultados: Os anticorpos produzidos contra a proteína recombinante Nc-p43 apresentaram reação quando esta proteína foi utilizada para sensibilizar placas de poliestireno e membranas de nitrocelulose. Conclusão: Os anticorpos obtidos contra rNc-p43 foram capazes de reconhecer a proteína em ensaios ELISA e Dot-blotting, podendo ser utilizados como ferramenta para detecção deste antígeno em ensaios imunoenzimáticos. Apoio: Capes 24 PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
  • 25. De 25 a 27 de maio de 2011 Bento Gonçalves - RS SOLUBILIZAÇÃO E PURIFICAÇÃO DE UMA QUIMERA RECOMBINANTE COMPOSTA PELA LTB E DOMÍNIOS RECEPTORES DAS TOXINAS BOTULÍNICAS C E D Carlos Eduardo P. Cunha Carlos Eduardo Pouey da Cunha¹, Gustavo Marçal Schmidt Garcia Moreira¹, Luciana Aquini Fernandes Gil¹² e Fabricio Rochedo Conceição¹ ¹Laboratório de Imunologia Aplicada, Centro de Desenvolvimento Tecnológico - Biotecnologia, UFPel; ²Programa de Pós-Graduação em Veterinária, Faculdade de Veterinária, UFPel,Pelotas. Introdução: O botulismo bovino é uma doença causada pelas neurotoxinas (BoNTs) C e D produzidas pela bactéria Clostridium botulinum, caracterizada por paralisia e morte, ocasionado significativo prejuízo à bovinocultura. A produção de toxóides a partir das BoNTS é fastidiosa, imprevisível e perigosa. Por isso, uma estratégia mais eficiente e segura para obtenção de insumos biológicos para produção de vacinas é desejável. Este trabalho tem por objetivo a produção, solubilização e purificação de uma quimera composta pela LTB, um potente adjuvante da imunidade humoral, fusionada aos domínios receptores das BoNTs C e D. Material e métodos: A quimera foi expressa por Escherichia coli BL21 (DE3) Star em caldo Luria-Bertani, sendo confirmada por Western Blot. As células foram centrifugadas, ressuspendidas em 30 mL de PBS, tratadas com lisozima (3 µg/mL), sonicadas (5 ciclos de 30s; 60 Hz) e centrifugadas. O pellet foi ressuspendido em PBS com N-Lauroylsarcosine (NLS) 0,4% (w/v) sob agitação durante 48h a 4°C, sendo centrifugado logo em seguida. Após a confirmação da presença da proteína no sobrenadante, por SDS-PAGE 10%, procedeu-se o refolding através de diálise em 1L de PBS com NLS 0,2% (24h) seguida de adição gradual de 3L de PBS (48h). Western Blot com anticorpo anti-toxina colérica (anti-CT, Sigma-Aldrich) foi realizado para análise do sobrenadante e do pellet, utilizando LTB recombinante (rLTB) e extrato de E. coli BL21 (DE3) como controles. Resultados: O Western Blot indicou que a expressão e os processos de purificação e solubilização da quimera foram satisfatórios, permitindo observar que o anticorpo comercial anti-CT reagiu com a quimera recombinante, tanto na porção solúvel, quanto no pellet (insolúvel). No entanto, foi notada perda da proteína após o refolding, sugerida pela menor intensidade de banda no SDS-PAGE. Conclusão: Os resultados obtidos demonstram que a quimera apresenta parcial solubilidade em PBS com NLS 0,4% e possui, mesmo que desnaturada, alguns epítopos que permitem o reconhecimento pelo soro anti-CT. O pellet remanescente foi tratado com 8M de uréia sob agitação durante 48h,porém, tal tratamento não solubilizou os corpos de inclusão. Outras estratégias de solubilização e refolding estão sendo avaliadas. Futuros experimentos serão realizados para avaliar o potencial protetor dessa quimera in vivo. Apoio Financeiro: CNPq, CAPES e FAPERGS. 25 PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
  • 26. De 25 a 27 de maio de 2011 Bento Gonçalves - RS SOROPREVALÊNCIA DE LEPTOSPIROSE EM CÃES ERRANTES Marina Amaral Xavier Marina Amaral Xavier1, Fernanda dos Anjos Munhoz Leal , João Paulo Mesquita Luiz , Wallace 1 1 1 1 1 2 Moraes Pereira , Sérgio Jorge , Leonardo Garcia Monte , Claudiomar Brod , Cecília Nunes Moreira3, Cláudia Pinho Hartleben1 1 Laboratório de Imunodiagnóstico – Centro de Desenvolvimento Tecnológico/Biotecnologia – UFPel; 2Centro de Controle de Zoonoses – Faculdades de Veterinária – UFPel; 3Faculdade de Veterinária - UFG - Campus Jataí - Unidade Jatobá Introdução: A leptospirose é uma zoonose de distribuição mundial, causada por bactérias patogênicas do gênero Leptospira. Na espécie canina, a infecção pela variante sorológica (sorovar) Canicola é um dos mais freqüentes nesta espécie, sendo o próprio cão considerado o reservatório deste sorovar. Contudo, a infecção em cães pode ocorrer por diferentes sorovares, dependendo do ambiente no qual é mantido, podendo estes animais inclusive ser indicadores da contaminação ambiental por leptospiras. Um exemplo seria a detecção de anticorpos anti sorovar icterohaemorrhagiae em soros de cães, que tem como principal reservatório os ratos. Animais domésticos, assim como a maioria das espécies silvestres, podem tornar-se portadores e contribuírem para a disseminação do microrganismo na natureza. A eliminação da Leptospira pela urina dos portadores pode variar de poucas semanas a vários meses, entre os animais domésticos, e por toda vida no caso dos roedores. A doença nos cães pode ocorrer na forma subclínica ou clínica, com evolução aguda ou crônica. A leptospirose canina é um sério problema sanitário devido ao potencial de contágio, pela proximidade estabelecida entre os seres humanos e os cães. Por este motivo o objetivo deste trabalho foi de detectar anticorpos anti-Leptospira em soros de cães errantes do município de Jataí, Goiás, para monitorar a contaminação ambiental por este patógeno. Material e métodos: foi utilizado o teste de aglutinação microscópica (MAT) segundo Faine et al., (1999), com título de triagem de 100, 21 cepas de Leptospira, 20 patogênicas e 1 saprófita. Os soros reagentes na triagem de 100 foram titulados, considerando-se como título final aquele com presença de 50% de aglutinação do antígeno. Nos casos de coaglutinação, o sorovar que apresentou maior título foi considerado como o prevalente. Resultados: A soroprevalência foi de 42,72% (47/110). Dentre os soros reagentes, independente de coaglutinações, as reações mais freqüentes foram contra os sorovares Canicola (38,3%), Bratislava (38,3%), Copenhageni (36,2%) e Icteroaemorragiae (31,9%). Estes resultados concordam com o status de reservatório desta espécie para o sorovar Canicola e sugere que estes animais foram expostos a infecção por leptospiras eliminadas de roedores sinantrópicos. Conclusão: a soroprevalência de leptospirose na espécie canina deve ser identificada para implantação de medidas de controle direcionadas ao ambiente e aos hospedeiros. 26 PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
  • 27. De 25 a 27 de maio de 2011 Bento Gonçalves - RS UTILIZAÇÃO DA IMUNOSEPARAÇÃO MAGNÉTICA NA DETECÇÃO DE Leptospira sp. João Paulo Mesquita Luiz João Paulo Mesquita Luiz, Leonardo Garcia Monte, Francine Alves Sinnott, Fabiana Seixas, Odir Dellagostin, Fabricio Rochedo Conceição, Cláudia Pinho Hartleben Laboratório de Imunodiagnóstico, UFPel, Pelotas, Centro de Desenvolvimento Tecnológico Introdução: A leptospirose é uma doença zoonótica grave, cosmopolita, causada pela infecção por bactérias patogênicas do genero Leptospira. A infecção de animais e humanos por leptospiras apresenta variedade na apresentação clínica, ocorrendo de forma aguda ou crônica, com quadro leve ou grave, podendo resultar na falência de múltiplos órgãos. O diagnóstico precoce é importante para a instituição do tratamento adequado, sendo preferível a identificação do agente a anticorpos contra ele gerados, os quais podem ser detectáveis somente 10 dias após início dos sintomas. O sistema de separação imunomagnética (IMS) tem sido freqüentemente utilizado no isolamento e na detecção de patógenos, sendo possível eliminar contaminantes e inibidores, os quais interferem no cultivo e nas técnicas de identificação moleculares. Por estes motivos, o objetivo deste trabalho foi utilizar um anticorpo monoclonal (mab) específico contra leptospiras patogênicas na metodologia de IMS, com intuito de capturar leptospiras em suspensão. Materiais e métodos: Foram utilizadas partículas magnéticas (Bangs) cobertas com mab, preparadas segundo protocolo estabelecido. Amostras de Leptospira patogênica L. interrogans cepa L1 130 e Leptospira saprófita L. biflexa cepa patoc 1 foram diluídas da concentração 10 /mL a 100/mL. Para a IMS, partículas/Mab foram adicionadas as diferentes diluições, 8 incubadas por 15 min a 30ºC, em agitação suave, lavadas 2 vezes utilizando solução tampão estéril, e suspendidas em 20µL de solução de extração de DNA. Para o procedimento de lavagem e separação foi utilizado o separador magnético para microtubos (Invitrogen). Para a detecção do microorganismo capturado foi utilizada reação de PCR, com par de primers que amplificam uma região de 264 pb do gene codificador da proteína LipL32. A amplificação foi avaliada através de eletroforese em gel de agarose. Resultados: A sensibilização das partículas foi eficiente utilizando a concentração de 1,2 mg de LipL32Mab, estimada através da medida de anticorpo não ligado às partículas, após cada lavagem. Todas as diluições de amostra contendo leptospiras patogênicas foram amplificadas através da PCR e não houve amplificação de amostras contendo Leptospiras saprófitas. Conclusão: A associação das técnicas de IMS e PCR foi eficiente para detectar leptospiras de amostras artificialmente contaminadas até a diluição contendo 100 bactérias/mL. Apoio: CNPq Fapergs 27 PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com