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Apontamentos
sobre a história da
Psicologia Social
no Brasil
Samara Fernandes da Silva
Ma em Psicologia e Políticas Públicas (UFC)
A Psicologia Social como uma arena de diversidades
● Possui várias definições, abordagens teóricas e objetos de estudo. Para alguns
autores:
● consiste em uma subárea da Psicologia;
● intersecção da Psicologia com a Sociologia;
● Em outra perspectiva o termo “social” reforça o compromisso político que
todo psicólogo deve ter;
● Desse modo, a proposta do artigo base desta aula é um recorte, uma narrativa
singular do que foi e é a Psicologia Social brasileira.
Conteúdos
Primeira parte - o modo como a história da Psicologia Social costuma ser
contada tendo como momento de inflexão a “crise de referência” na década
de 1970.
Segunda parte - Algumas abordagens teórico-metodológicas desenvolvidas:
Análise Institucional, psicologia sócio-histórica, teoria das Representações
sociais e abordagens construcionistas.
Uma (breve) história da Psicologia Social
- A “crise de referência”
Antes
● Psicologia brasileira marcada pela
hegemonia do modelo
norte-americano;
● Base positivista e defesa da
suposta “neutralidade da ciência”;
Depois
● Crítica severa ao modelo
biologicista;
● Defesa de uma psicologia
comprometida com a
transformação social;
Uma (breve) história da Psicologia Social
- A “crise de referência”
● Não aconteceu somente no Brasil nem foi um fenômeno restrito à Psicologia Social;
Lallement (2008) diz de um “abalo teórico” que ocorreu também na Sociologia
● “O declínio do impulso modernizante do pós guerra”: enfraquecimento da fé na
igualdade de oportunidades, bem como o esgotamento das garantias de coesão social pelo
simples crescimento econômico, fizeram com que instituições como a escola, a prisão e a
fábrica - fossem questionadas.
Uma (breve) história da Psicologia Social
- A “crise de referência”
● Na América Latina: o abalo teórico foi impulsionado principalmente pelo situação
política vivenciada por alguns países. Diante da repressão político-cultural dos regimes
autoritários;
● A psicologia norte-americana começou a ser criticada pelos europeus: na França a
tradição psicanalítica foi retomada e a norte-americana considerada: “uma ciência
ideológica reprodutora dos interesses da classe dominante (…)”. Na Inglaterra, a crítica
ao positivismo evidenciava que este perdia o ser humano em nome da objetividade.
Uma (breve) história da Psicologia Social
- A “crise de referência”
● No Brasil:
● Começaram a ganhar força as críticas ao conceito de doença mental e ao modelo
psiquiátrico hegemônico; a preocupação com a educação popular (Paulo Freire) como
forma de resistência;
● Vários movimentos, críticas e fatos históricos foram necessários para criar as condições
de possibilidades, o “solo epistêmico, social e político”;
● “Necessidade de refletir sobre o papel da Psicologia em um contexto marcado pela
violência de Estado, pela miséria e pela desigualdade social”. A quem estamos servindo?
Uma (breve) história da Psicologia Social
- A “crise de referência”
● Para Bernardes (2001) dois eventos tiveram participação no avanço das novas
perspectivas em PS:
● Congresso da Sociedade Interamericana de Psicologia (SIP) em Miami, EUA (1976) e
em Lima, Peru (1979). A palavra de ordem era a transformação social. Comissão para
redigir o estatuto de uma nova associação
● No caso do Brasil a insatisfação levou à adoção ou desenvolvimento de diferentes teorias
e metodologias. No que se refere às abordagens pós construcionistas, a psicanálise social,
a psicologia da libertação e a Escola de Frankfurt, elas estão agrupadas no que se
convencionou chamar de Psicologia Social Crítica.
Uma (breve) história da Psicologia Social
- A “crise de referência”
● Psicologia Social Crítica é mais uma frente de luta ampla do que propriamente uma
escola;
● Expressam seu caráter crítico de quatro maneiras: 1- recolocando a ciência como prática
social sujeita às vicissitudes dos fazeres humanos 2- considerando a centralidade da
linguagem na produção dos conhecimentos tanto científicos quanto do senso comum 3-
radicalizando o potencial transformador da ciência e 4- rompendo com o paradigma
positivista de ciência;
● Criação da ABRAPSO e de novos programas de pós-graduação;
A diversidade da Psicologia Social brasileira
- a Análise Institucional
● Começou a ser desenvolvida na França por volta de 1960.;
● Psicanalistas argentinas usaram essa perspectiva para promover transformações sociais
na saúde mental, educação e formação; o golpe militar de 1976 trouxe como
consequência o exílio de algumas delas(es) para o Brasil;
● História do Setor de Psicologia Social da UFMG ao final dos anos de 1960- havia visitas
dos principais autores franceses e por meio desse programa foi possível reunir
professores e estudantes em torno de pautas como: saúde pública, antipsiquiatria análise
de discurso e de conteúdo, etc.
A diversidade da Psicologia Social brasileira
- a Psicologia Sócio-Histórica
● Começou a se desenvolver no Brasil no final da década de 1970. Também chamada
“escola de São Paulo” foi desenvolvida por um grupo ligado à PUC-SP liderados por
Silvia Lane e fortemente influenciados pela Psicologia Histórico-Cultural de Vygotsky
● Busca por se contrapor à dicotomia indivíduo-sociedade e teoria-prática; e busca da
construção de uma psicologia comprometida com a transformação social brasileira;
● O homem social e histórico. Desenvolveram trabalhos com sindicatos em Osasco-SP e
isso permitiu o questionamento teórico-metodológico profundo. Outro fator foi
aproximação com outras psicólogas sociais latino americanas.
A diversidade da Psicologia Social brasileira
- a Teoria das Representações Sociais
● “O termo foi usado pela primeira vez por Serge Moscovici em 1961 para se referir aos
saberes populares e do senso comum , elaborados e partilhados coletivamente com o
objetivo de construir e interpretar o real” (p.1077);
● Chegou ao Brasil em 1978 com a publicação da primeira parte do livro desse autor; após
isso a busca de estudantes brasileiros pelo laboratório de Moscovici e posteriormente a
chegada de Denise Jodelet em Campina Grande.
● Ela promoveu eventos, parcerias entre diversas instituições de pesquisa e assim os
pesquisadores brasileiros tornaram-se cada vez mais autônomos. Escola brasileira da
TRS
A diversidade da Psicologia Social brasileira
- Abordagens construcionistas
● Keneth (1985) define a investigação construcionista como “aquela que se preocupa com a
explicitação dos processos por meio dos quais as pessoas descrevem e explicam o mundo
em que vivem”;
● Questionamento contínuo: das formulações representacionistas sobre produção de
conhecimento, que perpassa diferentes campos do saber; daquilo que é considerado óbvio
natural, correto e evidente; antiessencialismo.
● A verdade, o bom e o correto são construções sociais; nossa responsabilidade em adotar
posturas éticas.
A diversidade da Psicologia Social brasileira
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● Convite a entender também a historicidade dos fenômenos. A linguagem deixa de ser
apenas expressiva e passa a ter características performáticas: gera categorias com as quais
pensamos e damos sentido aos eventos do cotidiano.
A diversidade da Psicologia Social brasileira
- Abordagens construcionistas
● Taos Institute - Keneth Gergen
● Visitas de pesquisadores,
estágios sanduíche em
universidade.
Norte-americanas;
● Tradução do livro “Terapia
como construção social”(1992)
● Filosofia da linguagem-Rorty bem
como pesquisadores da
Universidade Autônoma de
Barcelona;
● Visitas recíprocas PUC-SP e UAB
com Lupicinio Iñiguez;
● Gergen - foco mais relacional
● Tomás Ibañez - estudos de ciência
e tecnologia.
Considerações finais
● Este artigo é um recorte da história da Psicologia Social no Brasil, não há pretensão de
ser o único modo de abordar esse tema;
● As escolhas referentes ao que foi abordado tem a ver com o percurso de pesquisa e
atuação das autoras, bem como a região e a formação onde se situam;
● Convite a entender também a história e a fazer essa história.
Referência bibliográfica
CORDEIRO, M. P.; SPINK, M. J. P. Apontamentos sobre a história da Psicologia Social no
Brasil. Estudos e Pesquisas em Psicologia, v. 18, n. 4, p. 1068-1086, 2018. Disponível em:
<http://pepsic.bvsalud.org/pdf/epp/v18nspe/v18nspea03.pdf>.

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Revisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro ano
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Resumo do artigo “apontamentos sobre a história da psicologia social no Brasil”

  • 1. Apontamentos sobre a história da Psicologia Social no Brasil Samara Fernandes da Silva Ma em Psicologia e Políticas Públicas (UFC)
  • 2. A Psicologia Social como uma arena de diversidades ● Possui várias definições, abordagens teóricas e objetos de estudo. Para alguns autores: ● consiste em uma subárea da Psicologia; ● intersecção da Psicologia com a Sociologia; ● Em outra perspectiva o termo “social” reforça o compromisso político que todo psicólogo deve ter; ● Desse modo, a proposta do artigo base desta aula é um recorte, uma narrativa singular do que foi e é a Psicologia Social brasileira.
  • 3. Conteúdos Primeira parte - o modo como a história da Psicologia Social costuma ser contada tendo como momento de inflexão a “crise de referência” na década de 1970. Segunda parte - Algumas abordagens teórico-metodológicas desenvolvidas: Análise Institucional, psicologia sócio-histórica, teoria das Representações sociais e abordagens construcionistas.
  • 4. Uma (breve) história da Psicologia Social - A “crise de referência” Antes ● Psicologia brasileira marcada pela hegemonia do modelo norte-americano; ● Base positivista e defesa da suposta “neutralidade da ciência”; Depois ● Crítica severa ao modelo biologicista; ● Defesa de uma psicologia comprometida com a transformação social;
  • 5. Uma (breve) história da Psicologia Social - A “crise de referência” ● Não aconteceu somente no Brasil nem foi um fenômeno restrito à Psicologia Social; Lallement (2008) diz de um “abalo teórico” que ocorreu também na Sociologia ● “O declínio do impulso modernizante do pós guerra”: enfraquecimento da fé na igualdade de oportunidades, bem como o esgotamento das garantias de coesão social pelo simples crescimento econômico, fizeram com que instituições como a escola, a prisão e a fábrica - fossem questionadas.
  • 6. Uma (breve) história da Psicologia Social - A “crise de referência” ● Na América Latina: o abalo teórico foi impulsionado principalmente pelo situação política vivenciada por alguns países. Diante da repressão político-cultural dos regimes autoritários; ● A psicologia norte-americana começou a ser criticada pelos europeus: na França a tradição psicanalítica foi retomada e a norte-americana considerada: “uma ciência ideológica reprodutora dos interesses da classe dominante (…)”. Na Inglaterra, a crítica ao positivismo evidenciava que este perdia o ser humano em nome da objetividade.
  • 7. Uma (breve) história da Psicologia Social - A “crise de referência” ● No Brasil: ● Começaram a ganhar força as críticas ao conceito de doença mental e ao modelo psiquiátrico hegemônico; a preocupação com a educação popular (Paulo Freire) como forma de resistência; ● Vários movimentos, críticas e fatos históricos foram necessários para criar as condições de possibilidades, o “solo epistêmico, social e político”; ● “Necessidade de refletir sobre o papel da Psicologia em um contexto marcado pela violência de Estado, pela miséria e pela desigualdade social”. A quem estamos servindo?
  • 8. Uma (breve) história da Psicologia Social - A “crise de referência” ● Para Bernardes (2001) dois eventos tiveram participação no avanço das novas perspectivas em PS: ● Congresso da Sociedade Interamericana de Psicologia (SIP) em Miami, EUA (1976) e em Lima, Peru (1979). A palavra de ordem era a transformação social. Comissão para redigir o estatuto de uma nova associação ● No caso do Brasil a insatisfação levou à adoção ou desenvolvimento de diferentes teorias e metodologias. No que se refere às abordagens pós construcionistas, a psicanálise social, a psicologia da libertação e a Escola de Frankfurt, elas estão agrupadas no que se convencionou chamar de Psicologia Social Crítica.
  • 9. Uma (breve) história da Psicologia Social - A “crise de referência” ● Psicologia Social Crítica é mais uma frente de luta ampla do que propriamente uma escola; ● Expressam seu caráter crítico de quatro maneiras: 1- recolocando a ciência como prática social sujeita às vicissitudes dos fazeres humanos 2- considerando a centralidade da linguagem na produção dos conhecimentos tanto científicos quanto do senso comum 3- radicalizando o potencial transformador da ciência e 4- rompendo com o paradigma positivista de ciência; ● Criação da ABRAPSO e de novos programas de pós-graduação;
  • 10. A diversidade da Psicologia Social brasileira - a Análise Institucional ● Começou a ser desenvolvida na França por volta de 1960.; ● Psicanalistas argentinas usaram essa perspectiva para promover transformações sociais na saúde mental, educação e formação; o golpe militar de 1976 trouxe como consequência o exílio de algumas delas(es) para o Brasil; ● História do Setor de Psicologia Social da UFMG ao final dos anos de 1960- havia visitas dos principais autores franceses e por meio desse programa foi possível reunir professores e estudantes em torno de pautas como: saúde pública, antipsiquiatria análise de discurso e de conteúdo, etc.
  • 11. A diversidade da Psicologia Social brasileira - a Psicologia Sócio-Histórica ● Começou a se desenvolver no Brasil no final da década de 1970. Também chamada “escola de São Paulo” foi desenvolvida por um grupo ligado à PUC-SP liderados por Silvia Lane e fortemente influenciados pela Psicologia Histórico-Cultural de Vygotsky ● Busca por se contrapor à dicotomia indivíduo-sociedade e teoria-prática; e busca da construção de uma psicologia comprometida com a transformação social brasileira; ● O homem social e histórico. Desenvolveram trabalhos com sindicatos em Osasco-SP e isso permitiu o questionamento teórico-metodológico profundo. Outro fator foi aproximação com outras psicólogas sociais latino americanas.
  • 12. A diversidade da Psicologia Social brasileira - a Teoria das Representações Sociais ● “O termo foi usado pela primeira vez por Serge Moscovici em 1961 para se referir aos saberes populares e do senso comum , elaborados e partilhados coletivamente com o objetivo de construir e interpretar o real” (p.1077); ● Chegou ao Brasil em 1978 com a publicação da primeira parte do livro desse autor; após isso a busca de estudantes brasileiros pelo laboratório de Moscovici e posteriormente a chegada de Denise Jodelet em Campina Grande. ● Ela promoveu eventos, parcerias entre diversas instituições de pesquisa e assim os pesquisadores brasileiros tornaram-se cada vez mais autônomos. Escola brasileira da TRS
  • 13. A diversidade da Psicologia Social brasileira - Abordagens construcionistas ● Keneth (1985) define a investigação construcionista como “aquela que se preocupa com a explicitação dos processos por meio dos quais as pessoas descrevem e explicam o mundo em que vivem”; ● Questionamento contínuo: das formulações representacionistas sobre produção de conhecimento, que perpassa diferentes campos do saber; daquilo que é considerado óbvio natural, correto e evidente; antiessencialismo. ● A verdade, o bom e o correto são construções sociais; nossa responsabilidade em adotar posturas éticas.
  • 14. A diversidade da Psicologia Social brasileira - Abordagens construcionistas ● Convite a entender também a historicidade dos fenômenos. A linguagem deixa de ser apenas expressiva e passa a ter características performáticas: gera categorias com as quais pensamos e damos sentido aos eventos do cotidiano.
  • 15. A diversidade da Psicologia Social brasileira - Abordagens construcionistas ● Taos Institute - Keneth Gergen ● Visitas de pesquisadores, estágios sanduíche em universidade. Norte-americanas; ● Tradução do livro “Terapia como construção social”(1992) ● Filosofia da linguagem-Rorty bem como pesquisadores da Universidade Autônoma de Barcelona; ● Visitas recíprocas PUC-SP e UAB com Lupicinio Iñiguez; ● Gergen - foco mais relacional ● Tomás Ibañez - estudos de ciência e tecnologia.
  • 16. Considerações finais ● Este artigo é um recorte da história da Psicologia Social no Brasil, não há pretensão de ser o único modo de abordar esse tema; ● As escolhas referentes ao que foi abordado tem a ver com o percurso de pesquisa e atuação das autoras, bem como a região e a formação onde se situam; ● Convite a entender também a história e a fazer essa história.
  • 17. Referência bibliográfica CORDEIRO, M. P.; SPINK, M. J. P. Apontamentos sobre a história da Psicologia Social no Brasil. Estudos e Pesquisas em Psicologia, v. 18, n. 4, p. 1068-1086, 2018. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/pdf/epp/v18nspe/v18nspea03.pdf>.