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Resumão
Escolas Literárias
PARTE 1
 Origem de Portugal
 Reconquista da península Ibérica
 Surge a linguagem de Portugal e Galiza (galego-portuguesa)
 Início da expansão ultra marítima e do desenvolvimento Náutico
 Conquistas coloniais
○ Conquista de Ceuta
○ Descoberta da Ilha da Madeira
○ A costa oeste da África ○ Vasco da Gama chega à Índia
 Fundação da universidade de Coimbra
 Dinastia de Avis
Contexto Histórico
Contexto Histórico
• As guerras - controle de terras
• A fome
• As epidemias
• O surgimento – Burguesia
(Renascimento comercial)
Decadência do sistema Feudal:
 Teocentrismo
 Feudalismo
 Descentralização política
 Misticismo
 Irracionalismo
ERA MEDIEVAL
Carcassone e sua Cidade Medieval – uma das mais conservadas de toda a Europa
A POESIA E A PROSA TROVADORESCA
AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS ROMANCES DE CAVALARIA SÃO:
 Relatavam, em sua maioria, grandes aventuras e atos de coragem dos cavaleiros medievais;
 No enredo destes romances, os acontecimentos tinham mais importância do que os personagens;
 Aventuras sem fim com várias possibilidades de continuação (sequências);
 Amor idealizado do cavaleiro pela dama que amava (amor cortês). Este amor, quase sempre, era impossível. As histórias costumavam terminar de forma trágica,
sem o final feliz;
 Provação da honra, lealdade e coragem do cavaleiro em várias situações como, por exemplo, batalhas, aventuras, torneios e lutas contra monstros imaginários;
 Alguns temas ligados às batalhas entre cristãos e muçulmanos durante as Cruzadas Medievais;
 As novelas de cavalaria foram marcadas fortemente pela tradição oral;
Glorificação da violência na Idade Média;
 Referências a períodos históricos e míticos do passado;
 Eram narradas em capítulos;
 Uso de locais geográficos irreais (falsos) imaginários como, por exemplos, terras fantásticas e míticas;
 Apresentação de códigos de conduta próprios dos cavaleiros medievais.
Os primeiros registros da prosa trovadoresca somente se manifestaram no final do século XIII,
sendo que alguns assumiram um perfil religioso, outros, um perfil histórico e genealógico, bem como
alguns deles se apresentaram como narrativas. Partindo desses notáveis aspectos, podemos afirmar
que se apresentam subdivididos em categorias específicas, estando demarcadas por:
 Hagiografias (provindas do grego hagio + grafia = escrita) - Envoltas por objetivo moralizante e
exemplar, manifestavam-se como relatos da vida de algum santo, beato e servos de Deus
proclamados por algumas igrejas cristãs, sobretudo pela igreja católica, pela sua vida e pela prática
de virtudes heróicas. Assim, dadas tais intenções, foram produzidas dentro dos mosteiros e muitas
delas escritas em latim. Reconhece-se Anatásio de Alexandria como seu primeiro escritor conhecido;
 Cronicões – Caracterizavam-se como uma ordenação cronológica dos fatos históricos;
 Livros de linhagem ou nobiliários – Definiam-se como compilações da linhagem genealógica de
famílias nobres, nas quais, não raras as vezes, demarcavam-se por relatos de episódios ou feitos de
origem lendária. Assim, pretendiam orientar a nobreza acerca de possíveis casamentos e relações
de amizades, cujo intuito maior era defender os privilégios feudais;
 Novelas de cavalaria – Representavam narrativas de grandes feitos guerreiros e aventuras
amorosas dos cavaleiros medievais. Acerca delas, passemos a conhecer algumas das
características que as demarcaram, ora expressas abaixo:
A PROSA TROVADORESCA
Como expresso anteriormente, caracterizavam-se como narrativas tipicamente medievais, de autoria
desconhecida e resultando como sendo fruto das transformações das canções de gesta – poemas que
pautavam por narrar as aventuras heroicas de cavaleiros andantes. Manifestaram-se também em toda a
segunda fase medieval, demarcada pelo Humanismo e se estenderam até o Renascimento, época essa em
que tais produções vieram a se manifestar em outros países, transformando-se em outros tipos de relato,
como foi o caso de leituras populares.
Pode-se dizer que foram produzidas em lugares distintos da Europa, o que contribuiu para que se
tornassem subdivididas em três grandes ciclos: O ciclo bretão ou arthuriano, cuja origem se atribui à
Inglaterra e fazendo referência aos feitos do rei Arthur e aos cavaleiros da Távola Redonda;
ciclo carolíngio, referindo-se ao rei Carlos Magno e aos doze pares de cavaleiros da França; e o
ciclo Clássico, tendo como referência as figuras da Antiguidade grega e romana.
Em se tratando de Portugal, algumas novelas do ciclo bretão se tornaram traduzidas e adaptadas já
no século XIII, demarcadas pela História de Merlin, José de Arimateia e a mais famosa delas – A demanda
do Santo Graal. Já no século XIV, um pouco mais tarde, apareceu Amadis de Gaula, apresentando-se como
contemporânea da poesia trovadoresca e se afirmando como sendo de origem ibérica – razão pela qual se
define como a que mais reflete os temas das cantigas de amor e dos ideais cavaleirescos. Em última das
instâncias, torna-se importante ressaltar que, ao contrário de serem lidas de forma individual, eram para ser
ouvidas. Assim, acerca desse aspecto, equivale afirmar que possuíam um ritmo que lembrava o da poesia,
adequado à leitura em público - o que facilitava o emprego de recursos próprios da modalidade, como as
interjeições exclamativas.
NOVELAS DE CAVALARIA
POESIA TROVADORESCA – CONTEXTUALIZAÇÃO
Desde finais do século XII até meados do século XIV, a poesia trovadoresca
desenvolveu-se em Portugal, na Galiza, em Castela, em Leão e em Aragão.
A história do trovadorismo português pode ser distribuída por quatro
períodos: o pré-afonsino, o afonsino, o dionisíaco e o pós-dionisíaco.
O mais produtivo foi o afonsino, que abrangeu os reinados de Afonso III
(1245-1279) e de Afonso X, de Castela (1252-1284). Ambas as cortes
acolheram poetas que utilizaram o galaico-português, idioma por excelência
do lirismo na Península. O fenómeno manteve-se no reinado de D. Dinis, cujo
grupo literário inclui dois filhos bastardos do rei-trovador, D. Afonso Sanches e
D. Pedro, Conde de Barcelos. Porém, após a morte do rei em 1325, depressa
entrou em declínio.
AS ORIGENS DA POESIA TROVADORESCA
Os representantes da escola
D. Dinis
D. Afonso X D. Duarte
POESIA TROVADORESCA – CONTEXTUALIZAÇÃO
AS ORIGENS DA POESIA TROVADORESCA
A par da cultura monástica, floresceu, na Idade
Média, uma cultura profana que evidenciava o espírito
cavaleiresco sem, no entanto, abandonar os valores
religiosos. Essa cultura, difundida em cantos ou em
composições em verso de índole lírica ou satírica,
passou a expressar-se através da chamada poesia
trovadoresca.
A poesia trovadoresca representa, em geral, a
primeira manifestação da literatura lusitana,
documentando a realidade cultural e literária de Portugal
desde a fundação da sua nacionalidade, em 1143.
Os Cancioneiros – Cancioneiro da Ajuda,
Cancioneiro da Biblioteca Nacional e Cancioneiro da
Vaticana – dão-nos conta de poesias do século XII, mas
acredita-se que, em Portugal, as mais antigas
composições escritas em verso tenham surgido muito
antes, a partir de uma tradição oral, através dos jograis,
que as transmitiam de geração em geração.
Página do Cancioneiro da Ajuda.
Um banquete medieval.
Trovadores obtiverem grande destaque nesse período:
 Paio Soares de Taveirós;
 João Soares Paiva;
 João Garcia de Guilhade;
 Aires Nunes;
 Meendinho;
 Martim Codax.
Nessa época, as poesias eram feitas para serem cantadas
ao som de instrumentos musicais. Geralmente, eram
acompanhadas por flauta, viola, alaúde, e daí o nome
“cantigas”.
A “Cantiga da Ribeirinha” (Que mora próximo de rio ou ribeira) ou “Cantiga da Guarvaia”(manto
real, vestimenta) é um texto desse gênero. Ela foi escrita em 1189 por Paio Soares de Taveirós. O
português daquela época era o chamado “galego-português”, que mais parecia uma espécie de
“portunhol”. Mesmo assim, os versos desse poema retratam, exatamente, o amor platônico.
A “Ribeirinha” a que se refere um dos nomes da cantiga é Maria Pais Ribeiro, amante de D.
Sancho I, rei de Portugal entre 1185 e 1211. O poema foi provavelmente dedicado a ela (que seria a
“filha de don Paai Moniz”) e tem todas as características típicas de uma cantiga de amor. Há, no
entanto, alguns detalhes do texto que merecem ser pensados: o trovador identifica sua dama, fato
que fere o código do amor cortês; além disso, o texto fala de um momento em que a dama foi vista na
intimidade (“em saia”, isto é, sem o manto), para, em seguida, expor uma reclamação: mesmo sendo
a dama uma mulher de condição elevada, não foi capaz de dar a seu poeta um pequeno presente.
Pelo o que se percebe, o amor medieval era bem platônico. Esse poema, exclusivamente,
retrata da paixão por uma nobre. O eu lírico tem que se conformar com o fato de não ser nobre,
portanto, tem que se conformar de que nunca a terá. Por isso, quando diz “Mao dia me levantey, que
vus enton nom vi fea”, amaldiçoa o dia em que se apaixonou por D. Ribeirinha
Amores eram muito manifestados nesses poemas. Os trovadores se sentiam “servos” de
suas paixões, e, por isso, as exaltavam. Neste poema, a palavra “señor” representa isso. Representa
uma relação de “vassalagem” com a dama, assim como os senhores feudais faziam com os reis.
TROVADORISMO
INÍCIO:1189 (1198) -
Cantiga da Ribeirinha
(cantiga da Garvaia) -
de Paio Soares de
Taveirós.
FIM:1418 – Nomeação
de Fernão Lopes como
Guarda-mor da Torre
do Tombo.
CONTEXTO HISTÓRICO: O trovadorismo (séc. XI ao séc. XV) teve origem no continente europeu durante a Baixa Idade Média , um longo período da
história que esteve marcado por uma sociedade religiosa. Nele, a Igreja Católica dominava inteiramente a Europa. Nesse contexto, o teocentrismo
(Deus no centro do mundo) prevalecia, cujo homem ocupava um lugar secundário e estava à mercê dos valores cristãos. O feudalismo era o sistema
econômico, político e social que vigorava numa época de descentralização do poder. Baseado em feudos, grandes extensões de terras comandadas
pelos nobres, a sociedade era rural e autossuficiente. Nele, o camponês vivia miseravelmente e a propriedade de terra dava liberdade e poder.
 Produção em prosa
 Teocentrismo, subjetividade, uso do galego-português;
 União da música e da poesia; Recitação de poemas com acompanhamento musical;
 Produção de textos em versos: cantigas líricas (que evidencia os sentimentos, emoções e percepções do autor) e satíricas (que tem como objetivo
criticar ou ridicularizar algo ou alguém); “amor cortês” e “vassalagem amorosa”;
 Principais temas explorados: amor, sofrimento, amizade e críticas política e social, presença de trovadores, jograis e menestréis.
CANTIGAS
LÍRICAS
SATÍRICAS
Cantiga de amor – cantiga de origem provençal trazidas através dos eventos religiosos e contatos entre as cortes.
Se expressa através de uma voz masculina que louva a amada, dama da corte.
• Trovador assume um eu lírico masculino sofredor, cativo, aflito que se dirige à dama;
• Idealização da mulher pela qualidade física, moral e social. A dama é ratada por senhora (“mia senhor”)
• Vassalagem amorosa – o poeta ama e se põe servo de uma mulher inatingível, cujo nome não revela.
Cantiga de amigo – cantiga de origem galaico-portuguesa em voz feminina, canta a saudade do amado.
• Trovador assume um eu lírico feminino: mulher formosa, bela, graciosa e camponesa que se dirige à natureza, à mãe, à
irmã para expressar seu sofrimento;
• Idealização do amado como um homem formoso, mas mentiroso e traidor;
• Sofrimento peala saudade que sente do “amigo” (namorado)que a abandonou.
Cantiga de escárnio - "São mais irônicas e trabalham sobretudo com trocadilhos e palavras de duplo sentido, sem
mencionar diretamente nomes. São críticas indiretas: é um “mal dizer” de maneira encoberta, insinuada.
Cantiga de escárnio - "São aquelas em que os trovadores apontam direta e nominalmente o alvo de suas sátiras, de
forma propositalmente ofensiva e fazendo uso de vocabulário grosseiro.
Poeta = trovador
PRINCIPAIS
TROVADORES:
 João Soares de
Paiva;
 João Zorro; Martin
Codax,
 Paio Soares de
Taveirós;
 João Garcia de
Guilhade;
 Vasco Martins de
Resende;
 Aires Nunes;
 Meedinho;
 e os reis D. Dinis I
e Afonso X As cantigas chegaram aos nossos dias graças ao Cancioneiros (Cancioneiro da Ajuda, Cancioneiro da Biblioteca Nacional e Cancioneiro da Vaticana)
Hagiografias - relatos da vida de algum santo, beato e servos de Deus .
Cronicões – Caracterizavam-se como uma ordenação cronológica dos fatos históricos;
Livros de linhagem ou nobiliários – Definiam-se como compilações da linhagem genealógica de famílias nobres.
Novelas de cavalaria – Representavam narrativas de grandes feitos guerreiros e aventuras amorosas dos cavaleiros medievais de autoria
desconhecida e resultando como sendo fruto das transformações das canções de gesta – poemas que pautavam por narrar as aventuras
heroicas de cavaleiros andantes. Estão divididas em três grandes ciclos: O ciclo bretão ou arthuriano, cuja origem se atribui à Inglaterra e
fazendo referência aos feitos do rei Arthur e aos cavaleiros da Távola Redonda; ciclo carolíngio, referindo-se ao rei Carlos Magno e aos doze
pares de cavaleiros da França; e o ciclo Clássico, tendo como referência as figuras da antiguidade grega e romana.
PRINCIPAIS
CARACTERÍSTICAS:
Cantiga de amor de Bernardo de Bonaval
"A dona que eu amo e tenho por Senhor
amostra-me-a Deus, se vos en prazer for,
se non dade-me-a morte.
A que tenh'eu por lume d'estes olhos meus
e porque choran sempr(e) amostrade-me-a Deus,
se non dade-me-a morte.
Essa que Vós fezestes melhor parecer
de quantas sei, a Deus, fazede-me-a veer,
se non dade-me-a morte.
A Deus, que me-a fizestes mais amar,
mostrade-me-a algo possa con ela falar,
se non dade-me-a morte."
Cantigas de Amigo
Ondas do mar de Vigo,
se vistes meu amigo?
E ai Deus, se verra cedo!
Ondas do mar levado,
se vistes meu amado?
E ai Deus, se verra cedo!
Se vistes meu amigo,
o por que eu sospiro?
E ai Deus, se verra cedo!
Se vistes meu amado,
por que ei gran coitado?
E ai Deus, se verra cedo!
Martim Codax
Ondas do mar de Vigo,
acaso vistes meu amigo?
Queira Deus que ele venha cedo!
(digam que virá cedo)
Ondas do mar agitado,
acaso vistes meu amado?
Queira Deus que ele venha cedo!
Acaso vistes meu amigo
aquele por quem suspiro?
Queira Deus que ele venha cedo!
Acaso vistes meu amado,
por quem tenho grande cuidado (preocupado) ?
Queira Deus que ele venha cedo
Em galego-português Em português moderno
Cantigas de Escárnio
Ai, dona fea, fostes-vos queixar
que vos nunca louv[o] em meu cantar;
mais ora quero fazer um cantar
em que vos loarei toda via;
e vedes como vos quero loar:
dona fea, velha e sandia!
Dona fea, se Deus mi pardom,
pois avedes [a]tam gram coraçom
que vos eu loe, em esta razom
vos quero ja loar toda via;
e vedes qual sera a loaçom:
dona fea, velha e sandia!
Dona fea, nunca vos eu loei
em meu trobar, pero muito trobei;
mais ora ja um bom cantrar farei,
em que vos loarei toda via;
e direi-vos como vos loarei:
dona fea, velha e sandia!
João Garcia de Ghilhade
Ai, dona feia, foste-vos queixar
que nunca vos louvo em meu cantar;
mas agora quero fazer um cantar
em que vos louvares de qualquer modo;
e vede como quero vos louvar
dona feia, velha e maluca!
Dona feia, que Deus me perdoe,
pois tendes tão grande desejo
de que eu vos louve, por este motivo
quero vos louvar já de qualquer modo;
e vede qual será a louvação:
dona feia, velha e maluca!
Dona feia, eu nunca vos louvei
em meu trovar, embora tenha trovado
muito;
mas agora já farei um bom cantar;
em que vos louvarei de qualquer modo;
e vos direi como vos louvarei:
dona feia, velha e maluca!
Em galego-português Em português moderno
"Dom Bernaldo, pois trazeis
convosco uma tal mulher,
a pior que conheceis
que se o alguazil souber,
açoitá-la quererá.
A prostituta queixar-se-á
e vós, assanhar-vos-ei
Vós que tão bem entendeis
o que um bom jogral entende,
por que demônio viveis
com uma mulher que se vende ?
E depois, o que fareis
se alguém a El-rei contar
a mulher com quem viveis
e ele a quiser justiçar?
Se nem Deus lhe valerá,
muito vos molestará,
pois valer-lhe não podeis" (Pero da Ponte)
Exemplos de Cantiga de Maldizer
CANTIGAS SATÍRICAS
Nessas cantigas os trovadores preocupavam-se em denunciar os falsos valores morais vigentes,
atingindo todas as classes sociais: senhores feudais, clérigos, povo e até eles próprios. Dividem-se
em Cantigas de escárnio e Cantigas de maldizer:
CRUZADINHA DO TROVADORISMO
1.Assinale (V) para verdadeiro e (F) para falso em
relação as cantigas trovadorescas:
a.( )No Trovadorismo podemos reconhecer dois tipos de
cantigas: as cantigas líricas e as satíricas.
b.( ) As cantigas líricas se subdividem em cantigas de
amor e cantigas de amigo.
c.( ) As cantigas satíricas se subdividem em cantigas de
escárnio e de maldizer.
d.( ) Nas cantigas de amor , o trovador sempre declara
seu amor por uma dama da corte ( chamada de “senhor”,
isto é, senhora).Trata-a de modo respeitoso em com
cortesia.
e.( )A principal característica das cantigas de amigo é o
sentimento feminino que exprimem, apesar de terem sido
escritas por homens.
f.( ) As cantigas de escárnio eram diretas que exploravam
palavras e construções ambíguas , expressões irônicas
sem revelar o nome da pessoa satirizada.
g.( ) As cantigas de maldizer eram sátiras indiretas, com
citação nominal da pessoa ironizada.
2.As cantigas medievais foram reunidas em três
volumes de compilações manuscritas chamadas
de Cancioneiros cujos nomes são:
a.( ) Cancioneiro da Ajuda, Cancioneiro da
Biblioteca Nacional, Cancioneiro da Vaticana.
b.( ) Cancioneiro da Aguda, Cancioneiro da
Biblioteca Nacional, Cancioneiro da Vaticana.
c.( ) Cancioneiro da Ajuda, Cancioneiro da
Biblioteca Internacional, Cancioneiro da Vaticana.
d.( ) Cancioneiro da Ajuda, Cancioneiro da
Biblioteca Nacional, Cancioneiro da Mariana.
Texto I
Ondas do mar de Vigo,
se vistes meu amigo!
E ai Deus, se verrá cedo!
Ondas do mar levado,
se vistes meu amado!
E ai Deus, se verrá cedo!
Martim Codax
Obs.: verrá = virá
levado = agitado.
Texto II
1. Me sinto com a cara no chão, mas a verdade precisa ser dita ao
2. menos uma vez: aos 52 anos eu ignorava a admirável forma lírica da
3. canção paralelística (…).
4. O “Cantar de amor” foi fruto de meses de leitura dos cancioneiros.
5. Li tanto e tão seguidamente aquelas deliciosas cantigas, que fiquei
6. com a cabeça cheia de “velidas” e “mha senhor” e “nula ren”;
7. sonhava com as ondas do mar de Vigo e com romarias a San Servando.
8. O único jeito de me livrar da obsessão era fazer uma cantiga.
Manuel Bandeira
3. Assinale a afirmativa correta com relação ao Trovadorismo.
a) Um dos temas mais explorados por esse estilo de época é a exaltação do amor sensual entre nobres e
mulheres camponesas.
b) Desenvolveu-se especialmente no século XV e refletiu a transição da cultura teocêntrica para a cultura
antropocêntrica.
c) Devido ao grande prestígio que teve durante toda a Idade Média, foi recuperado pelos poetas da Renascença,
época em que alcançou níveis estéticos insuperáveis.
d) Valorizou recursos formais que tiveram não apenas a função de produzir efeito musical, como também a
função de facilitar a memorização, já que as composições eram transmitidas oralmente.
e) Tanto no plano temático como no plano expressivo, esse estilo de época absorveu a influência dos padrões
estéticos greco-romanos
4.Aponte as causas da decadência do
Trovadorismo segundo Rodrigues Lapa.
I.A decadência do mecenatismo real. Conta que
D.Pedro I de Portugal, por volta de 1366, foi o
responsável pela extinção do lirismo jogralesco na
corte. Salienta-se que esse lirismo já entrara em
franca decadência na França.
II.O aburguesamento de Portugal. Com a
Revolução de Avis, Portugal começou a expandir-
se e a revelar um vigoroso espírito mercantil. A
arte trovadoresca era essencialmente palaciana ,
não condizendo com a nova realidade
portuguesa.
III.Os conflitos entre Portugal e Espanha. A partir
do reinado de D.Afonso IV, as relações entre
Portugal e Espanha tornaram-se tensas , o que
ocasionou uma separação não só linguística, mas
também literária.
Assinale apenas a alternativa correta:
a.( ) Todas as alternativas estão corretas.
b.( ) Apenas a alternativa I está correta.
c.( ) Apenas a alternativa II está correta.
d.( ) Apenas a alternativa III está correta.
5. (Mackenzie – SP) – Assinale a alternativa incorreta a
respeito do Trovadorismo em Portugal.
a) Durante o Trovadorismo, ocorreu a separação entre
poesia e a música.
b) Muitas cantigas trovadorescas foram reunidas em livros ou
coletâneas que receberam o nome de cancioneiros.
c) Nas cantigas de amor, há o reflexo do relacionamento
entre o senhor e vassalo na sociedade feudal: distância e
extrema submissão.
d) Nas cantigas de amigo, o trovador escreve o poema do
ponto de vista feminino.
e) A influência dos trovadores provençais é nítida nas
cantigas de amor galego-portuguesas.
6. (ESPCEX) – É correto afirmar sobre o Trovadorismo que
a) os poemas são produzidos para ser encenados.
b) as cantigas de escárnio e maldizer têm temáticas
amorosas.
c) nas cantigas de amigo, o eu lírico é sempre feminino.
d) as cantigas de amigo têm estrutura poética complicada.
e) as cantigas de amor são de origem nitidamente popular.
Texto para as questões 7 e 8
ATRÁS DA PORTA – Chico Buarque & Francis Hime
Quando olhaste bem nos olhos meus
E o teu olhar era de adeus
Juro que não acreditei
Eu te estranhei
Me debrucei sobre o teu corpo e duvidei
E me arrastei e te arranhei
E me agarrei nos teus cabelos
Nos teus pelos
Teu pijama
Nos teus pés
Ao pé da cama
Sem carinho, sem coberta
No tapete atrás da porta
Reclamei baixinho
Dei para maldizer nosso lar
Pra sujar teu nome, te humilhar
E me entregar a qualquer preço
Te adorando pelo avesso
Pra mostrar que ainda sou tua
Só pra provar que inda sou tua...
https://www.letras.mus.br/chico-buarque/45113/
7.Após analisar a música assinale as alternativas
corretas:
a.( ) a música se enquadra nas cantigas de amigo,
pois a mesma foi escrita por homem , mas o
sentimento expressado é de mulher.
b.( )a música se enquadra nas cantigas de amor, pois
a mesma foi escrita por homem , mas o sentimento
expressado é de mulher.
c.( )O verso” E me arrastei e te arranhei...” enfatiza a
submissão da mulher em relação ao esposo.
8.As ações apresentadas na canção praticadas pelo eu
lírico : agarrar no cabelo, nos pelos, no pijama, nos
pés ao pé da cama, representam a figura de linguagem
denominada:
a.( ) gradação
b.( ) eufemismo
c.( )pleonasmo
d.( ) antítese
9. (UFMG) – Nas mais importantes novelas de cavalaria que circularam na Europa medieval, principalmente
como propaganda das Cruzadas, sobressaem-se:
a) as namoradas sofredoras, que fazem bailar para atrair o namorado ausente.
b) os cavaleiros medievais, concebidos segundo os padrões da Igreja Católica (por quem lutam).
c) as namorada castas, fiéis, dedicadas, dispostas a qualquer sacrifício para ir ao encontro do amado.
d) os namorados castos, fiéis, dedicados que, entretanto, são traídos pelas namoradas sedutoras.
e) os cavaleiros sarracenos, eslavos e infiéis, inimigos da fé cristã.
10. (PUC-RS) – O paralelismo, uma técnica de construção literária nas cantigas trovadorescas, consistiu em:
a) unir duas ou mais cantigas com temas paralelos e recitá-las em simultaneidade.
b) um conjunto de estrofes ou um par de dísticos em que sempre se procura dizer a mesma ideia.
c) apresentar as cantigas, nas festas da corte, sempre com o acompanhamento de um coro.
d) reduzir todo o refrão a um dístico.
e) pressupor que há sempre dois elementos paralelos que se digladiam verbalmente.
11. (UFMG) Nas mais importantes novelas de cavalaria que circularam na Europa medieval, principalmente
como propaganda das Cruzadas, sobressaem-se:
a) As namoradas sofredoras, que fazem bailar para atrair o namorado ausente.
b) Os cavaleiros medievais, concebidos segundo os padrões da Igreja Católica (por quem lutam).
c) As namorada castas, fiéis, dedicadas, dispostas a qualquer sacrifício para ir ao encontro do amado.
d) Os namorados castos, fiéis, dedicados que, entretanto, são traídos pelas namoradas sedutoras.
e) Os cavaleiros sarracenos, eslavos e infiéis, inimigos da fé cristã.

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  • 2.
  • 3.
  • 4.
  • 5.
  • 6.  Origem de Portugal  Reconquista da península Ibérica  Surge a linguagem de Portugal e Galiza (galego-portuguesa)  Início da expansão ultra marítima e do desenvolvimento Náutico  Conquistas coloniais ○ Conquista de Ceuta ○ Descoberta da Ilha da Madeira ○ A costa oeste da África ○ Vasco da Gama chega à Índia  Fundação da universidade de Coimbra  Dinastia de Avis Contexto Histórico
  • 7. Contexto Histórico • As guerras - controle de terras • A fome • As epidemias • O surgimento – Burguesia (Renascimento comercial) Decadência do sistema Feudal:
  • 8.  Teocentrismo  Feudalismo  Descentralização política  Misticismo  Irracionalismo ERA MEDIEVAL
  • 9.
  • 10.
  • 11. Carcassone e sua Cidade Medieval – uma das mais conservadas de toda a Europa
  • 12.
  • 13. A POESIA E A PROSA TROVADORESCA
  • 14. AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS ROMANCES DE CAVALARIA SÃO:  Relatavam, em sua maioria, grandes aventuras e atos de coragem dos cavaleiros medievais;  No enredo destes romances, os acontecimentos tinham mais importância do que os personagens;  Aventuras sem fim com várias possibilidades de continuação (sequências);  Amor idealizado do cavaleiro pela dama que amava (amor cortês). Este amor, quase sempre, era impossível. As histórias costumavam terminar de forma trágica, sem o final feliz;  Provação da honra, lealdade e coragem do cavaleiro em várias situações como, por exemplo, batalhas, aventuras, torneios e lutas contra monstros imaginários;  Alguns temas ligados às batalhas entre cristãos e muçulmanos durante as Cruzadas Medievais;  As novelas de cavalaria foram marcadas fortemente pela tradição oral; Glorificação da violência na Idade Média;  Referências a períodos históricos e míticos do passado;  Eram narradas em capítulos;  Uso de locais geográficos irreais (falsos) imaginários como, por exemplos, terras fantásticas e míticas;  Apresentação de códigos de conduta próprios dos cavaleiros medievais.
  • 15. Os primeiros registros da prosa trovadoresca somente se manifestaram no final do século XIII, sendo que alguns assumiram um perfil religioso, outros, um perfil histórico e genealógico, bem como alguns deles se apresentaram como narrativas. Partindo desses notáveis aspectos, podemos afirmar que se apresentam subdivididos em categorias específicas, estando demarcadas por:  Hagiografias (provindas do grego hagio + grafia = escrita) - Envoltas por objetivo moralizante e exemplar, manifestavam-se como relatos da vida de algum santo, beato e servos de Deus proclamados por algumas igrejas cristãs, sobretudo pela igreja católica, pela sua vida e pela prática de virtudes heróicas. Assim, dadas tais intenções, foram produzidas dentro dos mosteiros e muitas delas escritas em latim. Reconhece-se Anatásio de Alexandria como seu primeiro escritor conhecido;  Cronicões – Caracterizavam-se como uma ordenação cronológica dos fatos históricos;  Livros de linhagem ou nobiliários – Definiam-se como compilações da linhagem genealógica de famílias nobres, nas quais, não raras as vezes, demarcavam-se por relatos de episódios ou feitos de origem lendária. Assim, pretendiam orientar a nobreza acerca de possíveis casamentos e relações de amizades, cujo intuito maior era defender os privilégios feudais;  Novelas de cavalaria – Representavam narrativas de grandes feitos guerreiros e aventuras amorosas dos cavaleiros medievais. Acerca delas, passemos a conhecer algumas das características que as demarcaram, ora expressas abaixo: A PROSA TROVADORESCA
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20.
  • 21. Como expresso anteriormente, caracterizavam-se como narrativas tipicamente medievais, de autoria desconhecida e resultando como sendo fruto das transformações das canções de gesta – poemas que pautavam por narrar as aventuras heroicas de cavaleiros andantes. Manifestaram-se também em toda a segunda fase medieval, demarcada pelo Humanismo e se estenderam até o Renascimento, época essa em que tais produções vieram a se manifestar em outros países, transformando-se em outros tipos de relato, como foi o caso de leituras populares. Pode-se dizer que foram produzidas em lugares distintos da Europa, o que contribuiu para que se tornassem subdivididas em três grandes ciclos: O ciclo bretão ou arthuriano, cuja origem se atribui à Inglaterra e fazendo referência aos feitos do rei Arthur e aos cavaleiros da Távola Redonda; ciclo carolíngio, referindo-se ao rei Carlos Magno e aos doze pares de cavaleiros da França; e o ciclo Clássico, tendo como referência as figuras da Antiguidade grega e romana. Em se tratando de Portugal, algumas novelas do ciclo bretão se tornaram traduzidas e adaptadas já no século XIII, demarcadas pela História de Merlin, José de Arimateia e a mais famosa delas – A demanda do Santo Graal. Já no século XIV, um pouco mais tarde, apareceu Amadis de Gaula, apresentando-se como contemporânea da poesia trovadoresca e se afirmando como sendo de origem ibérica – razão pela qual se define como a que mais reflete os temas das cantigas de amor e dos ideais cavaleirescos. Em última das instâncias, torna-se importante ressaltar que, ao contrário de serem lidas de forma individual, eram para ser ouvidas. Assim, acerca desse aspecto, equivale afirmar que possuíam um ritmo que lembrava o da poesia, adequado à leitura em público - o que facilitava o emprego de recursos próprios da modalidade, como as interjeições exclamativas. NOVELAS DE CAVALARIA
  • 22. POESIA TROVADORESCA – CONTEXTUALIZAÇÃO Desde finais do século XII até meados do século XIV, a poesia trovadoresca desenvolveu-se em Portugal, na Galiza, em Castela, em Leão e em Aragão. A história do trovadorismo português pode ser distribuída por quatro períodos: o pré-afonsino, o afonsino, o dionisíaco e o pós-dionisíaco. O mais produtivo foi o afonsino, que abrangeu os reinados de Afonso III (1245-1279) e de Afonso X, de Castela (1252-1284). Ambas as cortes acolheram poetas que utilizaram o galaico-português, idioma por excelência do lirismo na Península. O fenómeno manteve-se no reinado de D. Dinis, cujo grupo literário inclui dois filhos bastardos do rei-trovador, D. Afonso Sanches e D. Pedro, Conde de Barcelos. Porém, após a morte do rei em 1325, depressa entrou em declínio. AS ORIGENS DA POESIA TROVADORESCA
  • 23. Os representantes da escola D. Dinis D. Afonso X D. Duarte
  • 24. POESIA TROVADORESCA – CONTEXTUALIZAÇÃO AS ORIGENS DA POESIA TROVADORESCA A par da cultura monástica, floresceu, na Idade Média, uma cultura profana que evidenciava o espírito cavaleiresco sem, no entanto, abandonar os valores religiosos. Essa cultura, difundida em cantos ou em composições em verso de índole lírica ou satírica, passou a expressar-se através da chamada poesia trovadoresca. A poesia trovadoresca representa, em geral, a primeira manifestação da literatura lusitana, documentando a realidade cultural e literária de Portugal desde a fundação da sua nacionalidade, em 1143. Os Cancioneiros – Cancioneiro da Ajuda, Cancioneiro da Biblioteca Nacional e Cancioneiro da Vaticana – dão-nos conta de poesias do século XII, mas acredita-se que, em Portugal, as mais antigas composições escritas em verso tenham surgido muito antes, a partir de uma tradição oral, através dos jograis, que as transmitiam de geração em geração. Página do Cancioneiro da Ajuda.
  • 25.
  • 27. Trovadores obtiverem grande destaque nesse período:  Paio Soares de Taveirós;  João Soares Paiva;  João Garcia de Guilhade;  Aires Nunes;  Meendinho;  Martim Codax. Nessa época, as poesias eram feitas para serem cantadas ao som de instrumentos musicais. Geralmente, eram acompanhadas por flauta, viola, alaúde, e daí o nome “cantigas”.
  • 28. A “Cantiga da Ribeirinha” (Que mora próximo de rio ou ribeira) ou “Cantiga da Guarvaia”(manto real, vestimenta) é um texto desse gênero. Ela foi escrita em 1189 por Paio Soares de Taveirós. O português daquela época era o chamado “galego-português”, que mais parecia uma espécie de “portunhol”. Mesmo assim, os versos desse poema retratam, exatamente, o amor platônico. A “Ribeirinha” a que se refere um dos nomes da cantiga é Maria Pais Ribeiro, amante de D. Sancho I, rei de Portugal entre 1185 e 1211. O poema foi provavelmente dedicado a ela (que seria a “filha de don Paai Moniz”) e tem todas as características típicas de uma cantiga de amor. Há, no entanto, alguns detalhes do texto que merecem ser pensados: o trovador identifica sua dama, fato que fere o código do amor cortês; além disso, o texto fala de um momento em que a dama foi vista na intimidade (“em saia”, isto é, sem o manto), para, em seguida, expor uma reclamação: mesmo sendo a dama uma mulher de condição elevada, não foi capaz de dar a seu poeta um pequeno presente. Pelo o que se percebe, o amor medieval era bem platônico. Esse poema, exclusivamente, retrata da paixão por uma nobre. O eu lírico tem que se conformar com o fato de não ser nobre, portanto, tem que se conformar de que nunca a terá. Por isso, quando diz “Mao dia me levantey, que vus enton nom vi fea”, amaldiçoa o dia em que se apaixonou por D. Ribeirinha Amores eram muito manifestados nesses poemas. Os trovadores se sentiam “servos” de suas paixões, e, por isso, as exaltavam. Neste poema, a palavra “señor” representa isso. Representa uma relação de “vassalagem” com a dama, assim como os senhores feudais faziam com os reis.
  • 29. TROVADORISMO INÍCIO:1189 (1198) - Cantiga da Ribeirinha (cantiga da Garvaia) - de Paio Soares de Taveirós. FIM:1418 – Nomeação de Fernão Lopes como Guarda-mor da Torre do Tombo. CONTEXTO HISTÓRICO: O trovadorismo (séc. XI ao séc. XV) teve origem no continente europeu durante a Baixa Idade Média , um longo período da história que esteve marcado por uma sociedade religiosa. Nele, a Igreja Católica dominava inteiramente a Europa. Nesse contexto, o teocentrismo (Deus no centro do mundo) prevalecia, cujo homem ocupava um lugar secundário e estava à mercê dos valores cristãos. O feudalismo era o sistema econômico, político e social que vigorava numa época de descentralização do poder. Baseado em feudos, grandes extensões de terras comandadas pelos nobres, a sociedade era rural e autossuficiente. Nele, o camponês vivia miseravelmente e a propriedade de terra dava liberdade e poder.  Produção em prosa  Teocentrismo, subjetividade, uso do galego-português;  União da música e da poesia; Recitação de poemas com acompanhamento musical;  Produção de textos em versos: cantigas líricas (que evidencia os sentimentos, emoções e percepções do autor) e satíricas (que tem como objetivo criticar ou ridicularizar algo ou alguém); “amor cortês” e “vassalagem amorosa”;  Principais temas explorados: amor, sofrimento, amizade e críticas política e social, presença de trovadores, jograis e menestréis. CANTIGAS LÍRICAS SATÍRICAS Cantiga de amor – cantiga de origem provençal trazidas através dos eventos religiosos e contatos entre as cortes. Se expressa através de uma voz masculina que louva a amada, dama da corte. • Trovador assume um eu lírico masculino sofredor, cativo, aflito que se dirige à dama; • Idealização da mulher pela qualidade física, moral e social. A dama é ratada por senhora (“mia senhor”) • Vassalagem amorosa – o poeta ama e se põe servo de uma mulher inatingível, cujo nome não revela. Cantiga de amigo – cantiga de origem galaico-portuguesa em voz feminina, canta a saudade do amado. • Trovador assume um eu lírico feminino: mulher formosa, bela, graciosa e camponesa que se dirige à natureza, à mãe, à irmã para expressar seu sofrimento; • Idealização do amado como um homem formoso, mas mentiroso e traidor; • Sofrimento peala saudade que sente do “amigo” (namorado)que a abandonou. Cantiga de escárnio - "São mais irônicas e trabalham sobretudo com trocadilhos e palavras de duplo sentido, sem mencionar diretamente nomes. São críticas indiretas: é um “mal dizer” de maneira encoberta, insinuada. Cantiga de escárnio - "São aquelas em que os trovadores apontam direta e nominalmente o alvo de suas sátiras, de forma propositalmente ofensiva e fazendo uso de vocabulário grosseiro. Poeta = trovador PRINCIPAIS TROVADORES:  João Soares de Paiva;  João Zorro; Martin Codax,  Paio Soares de Taveirós;  João Garcia de Guilhade;  Vasco Martins de Resende;  Aires Nunes;  Meedinho;  e os reis D. Dinis I e Afonso X As cantigas chegaram aos nossos dias graças ao Cancioneiros (Cancioneiro da Ajuda, Cancioneiro da Biblioteca Nacional e Cancioneiro da Vaticana) Hagiografias - relatos da vida de algum santo, beato e servos de Deus . Cronicões – Caracterizavam-se como uma ordenação cronológica dos fatos históricos; Livros de linhagem ou nobiliários – Definiam-se como compilações da linhagem genealógica de famílias nobres. Novelas de cavalaria – Representavam narrativas de grandes feitos guerreiros e aventuras amorosas dos cavaleiros medievais de autoria desconhecida e resultando como sendo fruto das transformações das canções de gesta – poemas que pautavam por narrar as aventuras heroicas de cavaleiros andantes. Estão divididas em três grandes ciclos: O ciclo bretão ou arthuriano, cuja origem se atribui à Inglaterra e fazendo referência aos feitos do rei Arthur e aos cavaleiros da Távola Redonda; ciclo carolíngio, referindo-se ao rei Carlos Magno e aos doze pares de cavaleiros da França; e o ciclo Clássico, tendo como referência as figuras da antiguidade grega e romana. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
  • 30. Cantiga de amor de Bernardo de Bonaval "A dona que eu amo e tenho por Senhor amostra-me-a Deus, se vos en prazer for, se non dade-me-a morte. A que tenh'eu por lume d'estes olhos meus e porque choran sempr(e) amostrade-me-a Deus, se non dade-me-a morte. Essa que Vós fezestes melhor parecer de quantas sei, a Deus, fazede-me-a veer, se non dade-me-a morte. A Deus, que me-a fizestes mais amar, mostrade-me-a algo possa con ela falar, se non dade-me-a morte."
  • 31. Cantigas de Amigo Ondas do mar de Vigo, se vistes meu amigo? E ai Deus, se verra cedo! Ondas do mar levado, se vistes meu amado? E ai Deus, se verra cedo! Se vistes meu amigo, o por que eu sospiro? E ai Deus, se verra cedo! Se vistes meu amado, por que ei gran coitado? E ai Deus, se verra cedo! Martim Codax Ondas do mar de Vigo, acaso vistes meu amigo? Queira Deus que ele venha cedo! (digam que virá cedo) Ondas do mar agitado, acaso vistes meu amado? Queira Deus que ele venha cedo! Acaso vistes meu amigo aquele por quem suspiro? Queira Deus que ele venha cedo! Acaso vistes meu amado, por quem tenho grande cuidado (preocupado) ? Queira Deus que ele venha cedo Em galego-português Em português moderno
  • 32.
  • 33. Cantigas de Escárnio Ai, dona fea, fostes-vos queixar que vos nunca louv[o] em meu cantar; mais ora quero fazer um cantar em que vos loarei toda via; e vedes como vos quero loar: dona fea, velha e sandia! Dona fea, se Deus mi pardom, pois avedes [a]tam gram coraçom que vos eu loe, em esta razom vos quero ja loar toda via; e vedes qual sera a loaçom: dona fea, velha e sandia! Dona fea, nunca vos eu loei em meu trobar, pero muito trobei; mais ora ja um bom cantrar farei, em que vos loarei toda via; e direi-vos como vos loarei: dona fea, velha e sandia! João Garcia de Ghilhade Ai, dona feia, foste-vos queixar que nunca vos louvo em meu cantar; mas agora quero fazer um cantar em que vos louvares de qualquer modo; e vede como quero vos louvar dona feia, velha e maluca! Dona feia, que Deus me perdoe, pois tendes tão grande desejo de que eu vos louve, por este motivo quero vos louvar já de qualquer modo; e vede qual será a louvação: dona feia, velha e maluca! Dona feia, eu nunca vos louvei em meu trovar, embora tenha trovado muito; mas agora já farei um bom cantar; em que vos louvarei de qualquer modo; e vos direi como vos louvarei: dona feia, velha e maluca! Em galego-português Em português moderno
  • 34. "Dom Bernaldo, pois trazeis convosco uma tal mulher, a pior que conheceis que se o alguazil souber, açoitá-la quererá. A prostituta queixar-se-á e vós, assanhar-vos-ei Vós que tão bem entendeis o que um bom jogral entende, por que demônio viveis com uma mulher que se vende ? E depois, o que fareis se alguém a El-rei contar a mulher com quem viveis e ele a quiser justiçar? Se nem Deus lhe valerá, muito vos molestará, pois valer-lhe não podeis" (Pero da Ponte) Exemplos de Cantiga de Maldizer
  • 35. CANTIGAS SATÍRICAS Nessas cantigas os trovadores preocupavam-se em denunciar os falsos valores morais vigentes, atingindo todas as classes sociais: senhores feudais, clérigos, povo e até eles próprios. Dividem-se em Cantigas de escárnio e Cantigas de maldizer:
  • 36.
  • 38. 1.Assinale (V) para verdadeiro e (F) para falso em relação as cantigas trovadorescas: a.( )No Trovadorismo podemos reconhecer dois tipos de cantigas: as cantigas líricas e as satíricas. b.( ) As cantigas líricas se subdividem em cantigas de amor e cantigas de amigo. c.( ) As cantigas satíricas se subdividem em cantigas de escárnio e de maldizer. d.( ) Nas cantigas de amor , o trovador sempre declara seu amor por uma dama da corte ( chamada de “senhor”, isto é, senhora).Trata-a de modo respeitoso em com cortesia. e.( )A principal característica das cantigas de amigo é o sentimento feminino que exprimem, apesar de terem sido escritas por homens. f.( ) As cantigas de escárnio eram diretas que exploravam palavras e construções ambíguas , expressões irônicas sem revelar o nome da pessoa satirizada. g.( ) As cantigas de maldizer eram sátiras indiretas, com citação nominal da pessoa ironizada. 2.As cantigas medievais foram reunidas em três volumes de compilações manuscritas chamadas de Cancioneiros cujos nomes são: a.( ) Cancioneiro da Ajuda, Cancioneiro da Biblioteca Nacional, Cancioneiro da Vaticana. b.( ) Cancioneiro da Aguda, Cancioneiro da Biblioteca Nacional, Cancioneiro da Vaticana. c.( ) Cancioneiro da Ajuda, Cancioneiro da Biblioteca Internacional, Cancioneiro da Vaticana. d.( ) Cancioneiro da Ajuda, Cancioneiro da Biblioteca Nacional, Cancioneiro da Mariana.
  • 39. Texto I Ondas do mar de Vigo, se vistes meu amigo! E ai Deus, se verrá cedo! Ondas do mar levado, se vistes meu amado! E ai Deus, se verrá cedo! Martim Codax Obs.: verrá = virá levado = agitado. Texto II 1. Me sinto com a cara no chão, mas a verdade precisa ser dita ao 2. menos uma vez: aos 52 anos eu ignorava a admirável forma lírica da 3. canção paralelística (…). 4. O “Cantar de amor” foi fruto de meses de leitura dos cancioneiros. 5. Li tanto e tão seguidamente aquelas deliciosas cantigas, que fiquei 6. com a cabeça cheia de “velidas” e “mha senhor” e “nula ren”; 7. sonhava com as ondas do mar de Vigo e com romarias a San Servando. 8. O único jeito de me livrar da obsessão era fazer uma cantiga. Manuel Bandeira 3. Assinale a afirmativa correta com relação ao Trovadorismo. a) Um dos temas mais explorados por esse estilo de época é a exaltação do amor sensual entre nobres e mulheres camponesas. b) Desenvolveu-se especialmente no século XV e refletiu a transição da cultura teocêntrica para a cultura antropocêntrica. c) Devido ao grande prestígio que teve durante toda a Idade Média, foi recuperado pelos poetas da Renascença, época em que alcançou níveis estéticos insuperáveis. d) Valorizou recursos formais que tiveram não apenas a função de produzir efeito musical, como também a função de facilitar a memorização, já que as composições eram transmitidas oralmente. e) Tanto no plano temático como no plano expressivo, esse estilo de época absorveu a influência dos padrões estéticos greco-romanos
  • 40. 4.Aponte as causas da decadência do Trovadorismo segundo Rodrigues Lapa. I.A decadência do mecenatismo real. Conta que D.Pedro I de Portugal, por volta de 1366, foi o responsável pela extinção do lirismo jogralesco na corte. Salienta-se que esse lirismo já entrara em franca decadência na França. II.O aburguesamento de Portugal. Com a Revolução de Avis, Portugal começou a expandir- se e a revelar um vigoroso espírito mercantil. A arte trovadoresca era essencialmente palaciana , não condizendo com a nova realidade portuguesa. III.Os conflitos entre Portugal e Espanha. A partir do reinado de D.Afonso IV, as relações entre Portugal e Espanha tornaram-se tensas , o que ocasionou uma separação não só linguística, mas também literária. Assinale apenas a alternativa correta: a.( ) Todas as alternativas estão corretas. b.( ) Apenas a alternativa I está correta. c.( ) Apenas a alternativa II está correta. d.( ) Apenas a alternativa III está correta. 5. (Mackenzie – SP) – Assinale a alternativa incorreta a respeito do Trovadorismo em Portugal. a) Durante o Trovadorismo, ocorreu a separação entre poesia e a música. b) Muitas cantigas trovadorescas foram reunidas em livros ou coletâneas que receberam o nome de cancioneiros. c) Nas cantigas de amor, há o reflexo do relacionamento entre o senhor e vassalo na sociedade feudal: distância e extrema submissão. d) Nas cantigas de amigo, o trovador escreve o poema do ponto de vista feminino. e) A influência dos trovadores provençais é nítida nas cantigas de amor galego-portuguesas. 6. (ESPCEX) – É correto afirmar sobre o Trovadorismo que a) os poemas são produzidos para ser encenados. b) as cantigas de escárnio e maldizer têm temáticas amorosas. c) nas cantigas de amigo, o eu lírico é sempre feminino. d) as cantigas de amigo têm estrutura poética complicada. e) as cantigas de amor são de origem nitidamente popular.
  • 41. Texto para as questões 7 e 8 ATRÁS DA PORTA – Chico Buarque & Francis Hime Quando olhaste bem nos olhos meus E o teu olhar era de adeus Juro que não acreditei Eu te estranhei Me debrucei sobre o teu corpo e duvidei E me arrastei e te arranhei E me agarrei nos teus cabelos Nos teus pelos Teu pijama Nos teus pés Ao pé da cama Sem carinho, sem coberta No tapete atrás da porta Reclamei baixinho Dei para maldizer nosso lar Pra sujar teu nome, te humilhar E me entregar a qualquer preço Te adorando pelo avesso Pra mostrar que ainda sou tua Só pra provar que inda sou tua... https://www.letras.mus.br/chico-buarque/45113/ 7.Após analisar a música assinale as alternativas corretas: a.( ) a música se enquadra nas cantigas de amigo, pois a mesma foi escrita por homem , mas o sentimento expressado é de mulher. b.( )a música se enquadra nas cantigas de amor, pois a mesma foi escrita por homem , mas o sentimento expressado é de mulher. c.( )O verso” E me arrastei e te arranhei...” enfatiza a submissão da mulher em relação ao esposo. 8.As ações apresentadas na canção praticadas pelo eu lírico : agarrar no cabelo, nos pelos, no pijama, nos pés ao pé da cama, representam a figura de linguagem denominada: a.( ) gradação b.( ) eufemismo c.( )pleonasmo d.( ) antítese
  • 42. 9. (UFMG) – Nas mais importantes novelas de cavalaria que circularam na Europa medieval, principalmente como propaganda das Cruzadas, sobressaem-se: a) as namoradas sofredoras, que fazem bailar para atrair o namorado ausente. b) os cavaleiros medievais, concebidos segundo os padrões da Igreja Católica (por quem lutam). c) as namorada castas, fiéis, dedicadas, dispostas a qualquer sacrifício para ir ao encontro do amado. d) os namorados castos, fiéis, dedicados que, entretanto, são traídos pelas namoradas sedutoras. e) os cavaleiros sarracenos, eslavos e infiéis, inimigos da fé cristã. 10. (PUC-RS) – O paralelismo, uma técnica de construção literária nas cantigas trovadorescas, consistiu em: a) unir duas ou mais cantigas com temas paralelos e recitá-las em simultaneidade. b) um conjunto de estrofes ou um par de dísticos em que sempre se procura dizer a mesma ideia. c) apresentar as cantigas, nas festas da corte, sempre com o acompanhamento de um coro. d) reduzir todo o refrão a um dístico. e) pressupor que há sempre dois elementos paralelos que se digladiam verbalmente. 11. (UFMG) Nas mais importantes novelas de cavalaria que circularam na Europa medieval, principalmente como propaganda das Cruzadas, sobressaem-se: a) As namoradas sofredoras, que fazem bailar para atrair o namorado ausente. b) Os cavaleiros medievais, concebidos segundo os padrões da Igreja Católica (por quem lutam). c) As namorada castas, fiéis, dedicadas, dispostas a qualquer sacrifício para ir ao encontro do amado. d) Os namorados castos, fiéis, dedicados que, entretanto, são traídos pelas namoradas sedutoras. e) Os cavaleiros sarracenos, eslavos e infiéis, inimigos da fé cristã.