O número de empresas inadimplentes e de dívidas em atraso aumentou no primeiro semestre de 2015. A região Sudeste liderou o crescimento anual da inadimplência, com aumento de 11,38%. O setor de Serviços, incluindo bancos e financeiras, teve o maior aumento na inadimplência de empresas, com crescimento de 12,56%.
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Número de empresas inadimplentes aumenta 5,38% no primeiro semestre
1. Número de empresas inadimplentes aumenta
5,38% no primeiro semestre, diz SPC Brasil
Já o número de dívidas cresce 5,41% nos primeiros seis meses de 2015.
Região Sudeste lidera o crescimento anual, com aumento de 11,38%
O volume de empresas com dívidas atrasadas registrou um aumento de 5,38% no
primeiro semestre de 2015, de acordo com o indicador calculado pelo Serviço de
Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas
(CNDL). No mesmo período do ano passado, a variação foi de 4,86%.
Em junho, o aumento no número de empresas inadimplentes aumentou 8,05% na
comparação com o mesmo mês do ano passado, sendo o segundo maior crescimento
desde agosto de 2013. Segundo o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, o ritmo
acelerado do crescimento da inadimplência entre empresas é reflexo da forte
deterioração da economia ao longo do ano. “O ajuste monetário que visa a redução
da inflação, ainda que importante, tem fortes efeitos sobre o faturamento das
empresas e sobre o custo do capital”, diz Pinheiro.
Na comparação com o mês anterior, o indicador se manteve praticamente estável,
com variação de 0,09%, mas sucedendo três meses de fortes altas, desde março.
Inadimplência das empresas do setor de Serviços cresce 12,85%
O número de empresas devedoras cresceu em todos os setores, na comparação com
junho de 2014. O destaque ficou por conta do setor de Serviços, englobando Bancos
e Financeiras, e que, como nos meses anteriores, liderou o avanço da inadimplência,
com um crescimento de 12,56%. A segunda maior alta ficou por conta da Indústria,
com crescimento 8,71% das empresas devedoras.
O indicador mostra que quase metade das empresas devedoras está concentrada no
setor de Comércio (49,39%). O setor de Serviços também concentra boa parcela,
com 37,22%.
Já sobre os setores credores que concentram a maior parte das dívidas de pessoas
jurídicas, Serviços, com grande participação de Bancos e Financeiras, têm
expressivos 70,35% do total, seguido de Comércio, com 16,21%.
Quantidade de dívidas em atraso sobe 8,13% em junho
2. Além do aumento no número de empresas inadimplentes, a aceleração atingiu
também a quantidade de dívidas em atraso de pessoas jurídicas, que teve um
crescimento de 5,41% no primeiro semestre de 2015, contra 3,77% no mesmo
período de 2014.
Em junho, a quantidade de dívidas subiu 8,13%, em relação ao mesmo mês do ano
passado. Na comparação mensal, o número de dívidas se manteve praticamente
estável, com variação negativa de 0,03%.
A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, explica que a dificuldade dos
empresários em manter os compromissos financeiros em dia está relacionada ao
baixo crescimento da economia, com quedas da produção industrial, elevada inflação
e altas taxas juros. "Com maior restrição ao crédito e desaceleração do ambiente
econômico, a capacidade de pagamento das empresas é afetada.”
Dívidas com 3 a 5 anos de atraso crescem 13,82%
A abertura dos dados por tempo de atraso das dívidas revela que, em junho, o
número de devedores com dívidas mais antigas, de 3 a 5 anos, teve crescimento
expressivo de 13,82% na variação anual.
Já o número de devedores com pendências mais recentes, com até 90 dias de
atraso, registraram variação de 2,30%.
Número de dívidas no Sudeste cresce acima de média nacional
Enquanto no Brasil o número de dívidas ficou praticamente estagnado, com variação
de -0,03%, na região Sudeste o crescimento foi de 3,45% em junho, na comparação
com maio – a segunda maior variação mensal da série histórica.
Na comparação com junho de 2014, o Sudeste lidera o crescimento no número de
pendências em atraso de empresas, com uma variação de 11,38%, acima da média
nacional de 8,13%. A segunda maior variação é do Nordeste, com 10,77%.
É justamente nessas regiões que estão as maiores concentrações de dívidas ainda
não pagas: o Sudeste corresponde a 44,84% do total, enquanto o Nordeste
representa 19,53%.
Baixe a série histórica em:
https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos
Informações à imprensa:
Renan Miret