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A Reforma não é Nossa
                                  Raniere Menezes


                                       As igrejas, como qualquer organização criada pelos
                                       homens, descambam para a corrupção, a ineficácia
                                       ou se petrificam no institucionalismo. São os radicais
                                       audaciosos que as purificam ou revigoram.

                                                                 Felipe Fernandez –Derek Wilson


Igreja Católica Romana Vs. Igreja Neo-Protestante

       A cristandade, de forma generalizada, do século 16, havia se afastado
muito de suas origens e de suas doutrinas, na prática ela se distanciou da
simplicidade de Cristo e da abnegação crucial. A luta da Reforma foi
exatamente reaproximar a Igreja do seu tronco. Será que hoje há muita
diferença do contexto decadente pós-medieval?

      No século da Reforma Protestante, o Catolicismo Romano era (e ainda
é!) uma religião de pompa, luxo clerical e ociosamente farisaica. E atualmente?
Pode-se dizer que a “velha senhora feudal” não está mais sozinha em todo o
seu aparato? Não há como negar que o evangelicalismo moderno é uma boa
companhia, dócil como um cão doméstico. Dificilmente alguma linha
denominacional evangélica escapa dessa ostentação e submissão mundana.

        Moral e teologicamente, a Igreja Católica Romana estava (e está!) em
decadência: sua preocupação não era – e nunca foi – com o Reino de Deus,
mas sempre com assuntos políticos, terrenos, maquiavélicos e econômicos,
literalmente. – E as questões religiosas? Sim, preocupava-se, entretanto,
anulando sempre a genuína verticalidade (exceto as relações verticais com o
Purgatório e o Inferno!).

       Por ironia da corrupção humana, o “elogio da loucura” está voltado,
agora, para o neo-protestantismo. Hoje em dia o que é que a igreja – dita –
evangélica mais faz? Consolida igualmente sua aliança com o mundo e tenta
fortalecer suas fronteiras arminianas bem definidas. Erasmo de Rotterdam,
criticando os exageros “piedosos” tolerados pela igreja romanista, disse,
brincando, que já existiam fragmentos da verdadeira cruz em abundância nas
coleções de relíquias, suficientes para se construir um navio de guerra. O que
diria dos evangélicos dos dias atuais?




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Tudo por Dinheiro

       Para aumentar suas riquezas, o clero papista não media esforços
pragmáticos: venda de indulgência, venda de cargos eclesiásticos, venda de
relíquias, encomendas de obras de arte, compra de ouro e distribuição
“filantrópica” de corrupção. Presentemente, quem mais saqueia a cristandade?
De certo, o evangelicalismo pós-moderno! Se bem que o neo-protestantismo
não acarreta tanto empobrecimento material e analfabetismo, no entanto, a
decadência espiritual talvez seja ainda pior.

       Há quem diga que “os protestantes tradicionalistas de todos os matizes
suspeitam que os costumes santificados e as crenças arduamente defendidas
estão sendo esmagados em virtude do pânico induzido pela diminuição do
número de adeptos.” – Avaliação de Felipe Fernandez e Derek Wilson,
historiadores da religião. – Esse seria outro fator relevante, o medo de uma
igreja vazia?

       Há pequenas exceções no mundo cristão contemporâneo – igrejas não
assaltadas pelas invencionices de Satanás e pelo coração corruptor humano. –
Entretanto, conceitualmente, a igreja pós-moderna está semelhante ao
Vaticano, um dos maiores mecenas da História. A igreja atual favorece mais
aos visitantes e membros potencialmente geradores de lucros do que servem a
Deus.

        Num outro nível, a igreja evangélica recente tem seus mega-eventos,
shows, produtoras, lojas, canais de TV, rádios, jornais, revistas, gravadoras,
editoras, feiras de pseudo-relíquias, templos-teatros, catedrais, corpo de
artistas, de dançarinos e de corais, pastores-palhaços, animadores talk-shows,
psicólogos hereges, enfim, quase uma cúria papal, uma semi-corte, digna dos
imperadores. A igreja evangélica não precisa de cardeais, pois já os possui em
escala maior: presbíteros, diáconos e patrocinadores. – Com raras exceções.

       E para que ninguém diga que a maioria das igrejas passa por dificuldade
econômica, vale lembrar que a cobiça e a ambição das pequenas empresas, ou
melhor, de muitas pequenas igrejas pela riqueza e a vaidade é algo inerente.
Por menor que seja o negócio ou igreja o evangelicalismo está longe da
simplicidade das paredes brancas sem vitrais, sem arcos catedráticos, sem
altares, sem mesas maçônicas e sem cadeiras aristocráticas. Longe está da
simplicidade de Cristo!




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Cultura Consumista

       Outra característica da igreja romana: a garantia papal do perdão dos
pecados - comprado! - também foi transmitida para a igreja evangélica pós-
moderna. Assim como o clero romano oferecia aos pecadores o perdão da
“Igreja Mãe” por um preço especial, a igreja evangélica faz o mesmo, e muito
bem, mas, às vezes, não tão descaradamente. Cristo ainda hoje continua sendo
traído por 30 moedas, este é o preço mínimo de pastores mercenários que
distorcem o evangelho em prol de sua conta bancária.

       De modo sutil, com aparente piedade saqueiam os bolsos dos
ignorantes (e “felizes!”). Indiscutivelmente, o evangelicalismo abraçou a
cultura dos mercadores. Hoje se vende promessas de cura, de emprego, de
casamento, de facilidades e felicidade. - Prometendo-lhes liberdade, quando eles
mesmos são escravos da corrupção. (2 Pedro 2.19a).

       A igreja de hoje em dia está vendida, prostituída e mundanizada. O
ministério pastoral de conveniência é uma forma sofisticada e torpe de
prostituição. O que interessa mais é O AQUI E AGORA, não mais a
eternidade. O reino fausto aqui na terra tornou-se o objetivo principal. E
pode-se dizer que, dentro da cristandade - como um todo -, os novos
evangélicos absorveram e ampliaram essa concepção faustiana, muito mais do
que os Católicos Romanos. Arnaldo Jabor, em crítica aos religiosos
mercenários, bem disse: “a solidariedade [hoje] é um interesse de mercado”.

      Ela, a igreja do novo milênio, parece admirar e invejar a cultura
consumista, mundana-pagã, liberal e clerical. Sim! Os evangélicos são os
novos burgueses de uma anti-revolução, mercadores e comerciantes neo-
renascentistas; “ricos” aristocratas de linhagem arminiana. Vive-se um novo
antropocentrismo, mais terrível, mais centrado no homem! Copérnico estava
errado, o sol não é o centro! Tudo gira em torno do coração demasiadamente
corrupto do homem! - ser humano, imundo e nojento, que bebe o pecado como se fosse
água? Assim está no livro de Jó 15.16.

Auto-Contra-Reforma

       A igreja de Roma não precisa mais se preocupar em manter viva a sua
tradição da Contra-Reforma, porque os evangélicos aderiram em grande parte
ao Concílio de Trento. No presente século milhares de cristãos neo-
protestantes são - de maneira prática - CONTRA certas características
fundamentais da Reforma, dentre as quais: a Autoridade das Escrituras tão-
somente, a Fé centrada só em Cristo, o Evangelho da Graça e de graça, o
Princípio Regulador de Culto teocêntrico, e outras. A Declaração de




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Cambridge ressalta com muita propriedade toda decadência da igreja
evangélica do final do século 20.

       Lutero, hoje, não precisaria se preocupar com o papa Leão X, mas, sim,
com dezenas e centenas de leões e lobos nos púlpitos e seminários teológicos.
Pastores pragmáticos – mais preocupados com suas contas bancárias do que
com o rebanho de Deus -, dominadores do rebanho, constrangedores, falsos
mestres, hereges destruidores, atrevidos, arrogantes, brutos irracionais, cães, -
Tendo os olhos cheios de adultério e insaciáveis no pecado, engodando almas inconstantes,
tendo coração exercitado na avareza, filhos malditos; (2 Pedro 2.14). - Em suma,
enganam as pessoas fracas e só pensam em ganhar dinheiro.

       A revolução foi a ditadura dos quartéis, hoje estamos vivendo a
ditadura das igrejas. Homens patrimonialistas se eternizam em seus postos e
se apoderam da noiva de Cristo. Em princípio não se pode condenar um
pastor por tempo de igreja, mas, sim, o modo de sua aquisição e o abuso que
dela se faz. Para muitos, ministério pastoral é uma insinuação de despotismo.

Queda Livre

      Indubitavelmente, há um declínio acentuado da igreja contemporânea.
A ascensão do misticismo, do subjetivismo e mil “achismos” teológicos são
evidentes. Há um sentimento de entropia religiosa incomparável. Paira no ar
um descrédito geral por parte das nações que recebem o novo evangelho;
tudo parece meio camuflado pela cortina de fumaça produzida pelos milhares
de pregadores. Pode-se dizer que o Protestantismo está mais fragmentado do
que nunca.

       Não foram fatores análogos que desencadearam a Reforma do século
16? – Queira Deus novamente mover as placas tectônicas sob os falsos pilares
da igreja decadente, e abalar mais uma vez o mundo!

      “Para alguns, essa colorida diversidade [a fragmentação] nada mais é
que manchas dos pedaços ensangüentados de uma igreja desmembrada. Para
outros, é como as tonalidades de um arco-íris, distinguíveis por uma mudança
na freqüência da radiação luminosa.” - Apontaram Felipe Fernandez e Derek
Wilson. – E ainda: “No mínimo, [a Reforma] transformou uma igreja
monolítica em um pilar em chamas, envolto em fumaça, do qual saíram
fagulhas e centelhas flutuantes para longe, para formar as incrivelmente
numerosas igrejas e seitas cristãs que hoje abundam.” Uma coisa é certa, a
Reforma está estilhaçada e decadente.

       O cerne do capitalismo impera na nova religião evangélica, as atividades
eclesiásticas de hoje se misturam com as idéias de administração – auto-



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gestão, empreendedorismo, excelência de carreira, gerenciamento, etc. –, os
termos se confundem. As atividades do mundo dos negócios estão
entranhadas nas instituições religiosas. Hoje se fala mais em excelência
pastoral ou profissional do que em santidade de vida, vida exemplar piedosa,
longanimidade, pureza, abnegação por Cristo e deveres do ministério, segundo
as cartas pastorais do Apóstolo Paulo. - Alguém que seja irrepreensível, marido de
uma só mulher, que tenha filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são
insubordinados. (Tito 1.6).

A Igreja na Linguagem de Hoje

       A igreja atual está muito mais conectada ao “teo-bussines”. Estamos
distantes da Reforma há quase 500 anos, mas existe um fio invisível da
História que nos conduz diretamente ao malcheiroso cenário do século 16. O
contexto apontava para uma igreja opulenta, gananciosa, feudal e apóstata que
fazia o papel dos cobradores de impostos, publicanos e fariseus. Hoje o que se
vê? Uma igreja evangélica que constrange, pressiona e explora seus membros
através de dízimos-impostos, ofertas e produtos de consumo. Devemos
sempre lembrar que “imposto” e “impostor” tem a mesma origem
etimológica e o mesmo valor semântico.

       Principalmente num país como o Brasil, onde se encontra dólar na
cueca – e recentemente descobriram dólares não declarados dentro de Bíblia –
fica claro que há exploração econômica de certas igrejas (ou lavanderias!). A
pergunta que surge com toda veemência é: o que as igrejas têm a oferecer às
sociedades carentes do ponto de vista moral – um cálice contendo remédio ou
veneno?

       Você já se perguntou despojado de preconceito se o movimento
reformado atual é algo genuinamente espiritual, religioso, psicossocial ou
caricatural? Pois o que a igreja herdeira direta da rica tradição reformada tem
feito para reverter esse quadro? NADA! Se a Reforma é uma tentativa de
alertar o mundo, onde estão os arautos reformadores? - Será que estão muito
ocupados com seus empregos e sua sobrevivência familiar? - Se a Reforma é
um movimento espiritual, o que a igreja reformada tem feito hoje no espírito
humano? Nada fazer, já é fazer o mal!

       Se a Reforma é um movimento de fortalecimento dos vínculos de
santidade, que ligam as pessoas e a sociedade ao Espírito de Cristo, o que a
igreja reformada de hoje tem feito de concreto? Onde estão os radicais, os
desafiadores, os audaciosos, os purificadores, os iconoclastas? Muito
provavelmente nos livros de história.




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Os Tetzéis da Vida

      Muitos, muitos mesmo, ainda (ainda!) não detectaram a igreja pós-
moderna como um sistema corruptor, - acham que está tudo mais ou menos
bem, e que talvez a coisa tenha que ser assim mesmo. – bem que, alguns
conseguem, pela graça, abrir os olhos, apesar da maioria que ainda não
percebeu o pedágio que se paga.

       Em nossa época não se constrói mais basílicas, como a de São Pedro
em Roma, mas se patrocinam templos ao deus Mamon! Muitos líderes
religiosos visam mesmo é dinheiro e o poder – quando não o sexo para
compor a tríade mundana. – Os tetzéis de hoje querem é mais financiar
viagens a Israel ou a Disney; o objetivo, afinal, é o mesmo! O dinheiro das
“indulgências” de hoje serve para os passeios internacionais, para a compra de
imóveis, para a construção de templos atraentes, enfim, é desnecessário listar.
Alguém já disse: “muitos pastores não querem bem, querem os nossos bens.”
Duvida disso?

        Talvez um leitor mais atento levante a seguinte objeção: muitas igrejas
não possuem recursos financeiros; não são ricas, e aí, como elas se encaixam
nessa descrição? A questão central não é o “poder de compra” de uma igreja,
e, sim, o conceito capital corruptor que envolve a igreja moderna, ou seja,
quando não se tem acesso aos bens citados, no mínimo se DESEJA. Hoje,
exemplificando, dificilmente se consegue manter uma poupança para o setor
diaconal porque a estrutura para se manter um prédio e um pastor suga todo
recurso! O fato é que essa mentalidade mercadológica influencia, e como
influencia o novo clero! - Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os
maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias,
o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Ora, todos estes males vêm de
dentro e contaminam o homem. (Marcos 7.21-23).

Que Deus Desperte a Sua Igreja

        Sem dúvida, a freqüente fragmentação das denominações e alas
eclesiásticas da Reforma pra cá, o poder semi-deificado dos líderes religiosos,
a carência do povo, as manipulações dos sacerdotes-politicos; bajuladores;
falsificadores, juntamente com as influências dos movimentos sociais,
culturais e econômicos de cada religião e de cada época, também com as
permanentes invasões heréticas doutrinárias, tudo isso somado pode ser
considerado a causa (ou causas!) da decadência da igreja de hoje.

       É óbvio que este enfraquecimento geral da igreja deu condições ideais
para que a supremacia arminiana dominasse o cenário da cristandade. Tanto
os católicos romanos como os evangélicos assimilaram intensamente a cultura



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arminiana e pentecostal. Muitos calvinistas (ou que se dizem ser!) não estão
fora da influência da civilização cristã arminiana como pensam! – por mais
que neguem ou não queiram ver! A igreja de hoje não ama a verdade, nem a
santidade, nem a eternidade como diz que ama em seus discursos.

        O relativismo, filhote da pós-modernidade, tem fabricado um
cristianismo voltado para o que é místico, emocional, caótico e consumista.
Reinam a teologia da glória, a teologia da prosperidade, o animismo, a
confissão positiva, a guerra espiritual e o abandono da santificação. E toda
linha denominacional cristã num grau o noutro está incluída.

       O mais triste de tudo isso é que não há muitas vozes protestantes nos
dias atuais para tão-só PROTESTAR! E quando alguém clama fortemente tal
voz é logo abafada pela voz da multidão – ou pelos ouvidos moucos -. O
único consolo e esperança é saber que a Reforma não é nossa! Não fomos nós
que erguemos homens como Lutero, Zuínglio, Calvino, Knox e tantos outros
que subverteram a religião formalista. E também nos conforta saber que de
tempos em tempos Deus purifica a sua igreja.

       A clássica citação de A. W. Tozer resume bem o sentimento que falta
ao protestantismo: “A igreja, neste momento, precisa de homens, o tipo certo
de homens, homens ousados. Afirma-se que necessitamos de avivamento e de
um novo movimento do Espírito; Deus sabe que precisamos de ambas as
coisas. Entretanto, Ele não haverá de avivar camundongos. Não encherá
coelhos com seu Espírito Santo.”

      Deus, e somente Ele, a seu tempo levanta o remanescente para
condenar todo pecado. Querendo Ele, outros reformadores surgirão para
queimar em público a história atual da igreja em declínio, porque quem dá a
palavra final é o Grande General Invencível, Cristo Jesus!




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Reforma nossa raniere

  • 1. A Reforma não é Nossa Raniere Menezes As igrejas, como qualquer organização criada pelos homens, descambam para a corrupção, a ineficácia ou se petrificam no institucionalismo. São os radicais audaciosos que as purificam ou revigoram. Felipe Fernandez –Derek Wilson Igreja Católica Romana Vs. Igreja Neo-Protestante A cristandade, de forma generalizada, do século 16, havia se afastado muito de suas origens e de suas doutrinas, na prática ela se distanciou da simplicidade de Cristo e da abnegação crucial. A luta da Reforma foi exatamente reaproximar a Igreja do seu tronco. Será que hoje há muita diferença do contexto decadente pós-medieval? No século da Reforma Protestante, o Catolicismo Romano era (e ainda é!) uma religião de pompa, luxo clerical e ociosamente farisaica. E atualmente? Pode-se dizer que a “velha senhora feudal” não está mais sozinha em todo o seu aparato? Não há como negar que o evangelicalismo moderno é uma boa companhia, dócil como um cão doméstico. Dificilmente alguma linha denominacional evangélica escapa dessa ostentação e submissão mundana. Moral e teologicamente, a Igreja Católica Romana estava (e está!) em decadência: sua preocupação não era – e nunca foi – com o Reino de Deus, mas sempre com assuntos políticos, terrenos, maquiavélicos e econômicos, literalmente. – E as questões religiosas? Sim, preocupava-se, entretanto, anulando sempre a genuína verticalidade (exceto as relações verticais com o Purgatório e o Inferno!). Por ironia da corrupção humana, o “elogio da loucura” está voltado, agora, para o neo-protestantismo. Hoje em dia o que é que a igreja – dita – evangélica mais faz? Consolida igualmente sua aliança com o mundo e tenta fortalecer suas fronteiras arminianas bem definidas. Erasmo de Rotterdam, criticando os exageros “piedosos” tolerados pela igreja romanista, disse, brincando, que já existiam fragmentos da verdadeira cruz em abundância nas coleções de relíquias, suficientes para se construir um navio de guerra. O que diria dos evangélicos dos dias atuais? Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) www.monergismo.com
  • 2. Tudo por Dinheiro Para aumentar suas riquezas, o clero papista não media esforços pragmáticos: venda de indulgência, venda de cargos eclesiásticos, venda de relíquias, encomendas de obras de arte, compra de ouro e distribuição “filantrópica” de corrupção. Presentemente, quem mais saqueia a cristandade? De certo, o evangelicalismo pós-moderno! Se bem que o neo-protestantismo não acarreta tanto empobrecimento material e analfabetismo, no entanto, a decadência espiritual talvez seja ainda pior. Há quem diga que “os protestantes tradicionalistas de todos os matizes suspeitam que os costumes santificados e as crenças arduamente defendidas estão sendo esmagados em virtude do pânico induzido pela diminuição do número de adeptos.” – Avaliação de Felipe Fernandez e Derek Wilson, historiadores da religião. – Esse seria outro fator relevante, o medo de uma igreja vazia? Há pequenas exceções no mundo cristão contemporâneo – igrejas não assaltadas pelas invencionices de Satanás e pelo coração corruptor humano. – Entretanto, conceitualmente, a igreja pós-moderna está semelhante ao Vaticano, um dos maiores mecenas da História. A igreja atual favorece mais aos visitantes e membros potencialmente geradores de lucros do que servem a Deus. Num outro nível, a igreja evangélica recente tem seus mega-eventos, shows, produtoras, lojas, canais de TV, rádios, jornais, revistas, gravadoras, editoras, feiras de pseudo-relíquias, templos-teatros, catedrais, corpo de artistas, de dançarinos e de corais, pastores-palhaços, animadores talk-shows, psicólogos hereges, enfim, quase uma cúria papal, uma semi-corte, digna dos imperadores. A igreja evangélica não precisa de cardeais, pois já os possui em escala maior: presbíteros, diáconos e patrocinadores. – Com raras exceções. E para que ninguém diga que a maioria das igrejas passa por dificuldade econômica, vale lembrar que a cobiça e a ambição das pequenas empresas, ou melhor, de muitas pequenas igrejas pela riqueza e a vaidade é algo inerente. Por menor que seja o negócio ou igreja o evangelicalismo está longe da simplicidade das paredes brancas sem vitrais, sem arcos catedráticos, sem altares, sem mesas maçônicas e sem cadeiras aristocráticas. Longe está da simplicidade de Cristo! Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) www.monergismo.com
  • 3. Cultura Consumista Outra característica da igreja romana: a garantia papal do perdão dos pecados - comprado! - também foi transmitida para a igreja evangélica pós- moderna. Assim como o clero romano oferecia aos pecadores o perdão da “Igreja Mãe” por um preço especial, a igreja evangélica faz o mesmo, e muito bem, mas, às vezes, não tão descaradamente. Cristo ainda hoje continua sendo traído por 30 moedas, este é o preço mínimo de pastores mercenários que distorcem o evangelho em prol de sua conta bancária. De modo sutil, com aparente piedade saqueiam os bolsos dos ignorantes (e “felizes!”). Indiscutivelmente, o evangelicalismo abraçou a cultura dos mercadores. Hoje se vende promessas de cura, de emprego, de casamento, de facilidades e felicidade. - Prometendo-lhes liberdade, quando eles mesmos são escravos da corrupção. (2 Pedro 2.19a). A igreja de hoje em dia está vendida, prostituída e mundanizada. O ministério pastoral de conveniência é uma forma sofisticada e torpe de prostituição. O que interessa mais é O AQUI E AGORA, não mais a eternidade. O reino fausto aqui na terra tornou-se o objetivo principal. E pode-se dizer que, dentro da cristandade - como um todo -, os novos evangélicos absorveram e ampliaram essa concepção faustiana, muito mais do que os Católicos Romanos. Arnaldo Jabor, em crítica aos religiosos mercenários, bem disse: “a solidariedade [hoje] é um interesse de mercado”. Ela, a igreja do novo milênio, parece admirar e invejar a cultura consumista, mundana-pagã, liberal e clerical. Sim! Os evangélicos são os novos burgueses de uma anti-revolução, mercadores e comerciantes neo- renascentistas; “ricos” aristocratas de linhagem arminiana. Vive-se um novo antropocentrismo, mais terrível, mais centrado no homem! Copérnico estava errado, o sol não é o centro! Tudo gira em torno do coração demasiadamente corrupto do homem! - ser humano, imundo e nojento, que bebe o pecado como se fosse água? Assim está no livro de Jó 15.16. Auto-Contra-Reforma A igreja de Roma não precisa mais se preocupar em manter viva a sua tradição da Contra-Reforma, porque os evangélicos aderiram em grande parte ao Concílio de Trento. No presente século milhares de cristãos neo- protestantes são - de maneira prática - CONTRA certas características fundamentais da Reforma, dentre as quais: a Autoridade das Escrituras tão- somente, a Fé centrada só em Cristo, o Evangelho da Graça e de graça, o Princípio Regulador de Culto teocêntrico, e outras. A Declaração de Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) www.monergismo.com
  • 4. Cambridge ressalta com muita propriedade toda decadência da igreja evangélica do final do século 20. Lutero, hoje, não precisaria se preocupar com o papa Leão X, mas, sim, com dezenas e centenas de leões e lobos nos púlpitos e seminários teológicos. Pastores pragmáticos – mais preocupados com suas contas bancárias do que com o rebanho de Deus -, dominadores do rebanho, constrangedores, falsos mestres, hereges destruidores, atrevidos, arrogantes, brutos irracionais, cães, - Tendo os olhos cheios de adultério e insaciáveis no pecado, engodando almas inconstantes, tendo coração exercitado na avareza, filhos malditos; (2 Pedro 2.14). - Em suma, enganam as pessoas fracas e só pensam em ganhar dinheiro. A revolução foi a ditadura dos quartéis, hoje estamos vivendo a ditadura das igrejas. Homens patrimonialistas se eternizam em seus postos e se apoderam da noiva de Cristo. Em princípio não se pode condenar um pastor por tempo de igreja, mas, sim, o modo de sua aquisição e o abuso que dela se faz. Para muitos, ministério pastoral é uma insinuação de despotismo. Queda Livre Indubitavelmente, há um declínio acentuado da igreja contemporânea. A ascensão do misticismo, do subjetivismo e mil “achismos” teológicos são evidentes. Há um sentimento de entropia religiosa incomparável. Paira no ar um descrédito geral por parte das nações que recebem o novo evangelho; tudo parece meio camuflado pela cortina de fumaça produzida pelos milhares de pregadores. Pode-se dizer que o Protestantismo está mais fragmentado do que nunca. Não foram fatores análogos que desencadearam a Reforma do século 16? – Queira Deus novamente mover as placas tectônicas sob os falsos pilares da igreja decadente, e abalar mais uma vez o mundo! “Para alguns, essa colorida diversidade [a fragmentação] nada mais é que manchas dos pedaços ensangüentados de uma igreja desmembrada. Para outros, é como as tonalidades de um arco-íris, distinguíveis por uma mudança na freqüência da radiação luminosa.” - Apontaram Felipe Fernandez e Derek Wilson. – E ainda: “No mínimo, [a Reforma] transformou uma igreja monolítica em um pilar em chamas, envolto em fumaça, do qual saíram fagulhas e centelhas flutuantes para longe, para formar as incrivelmente numerosas igrejas e seitas cristãs que hoje abundam.” Uma coisa é certa, a Reforma está estilhaçada e decadente. O cerne do capitalismo impera na nova religião evangélica, as atividades eclesiásticas de hoje se misturam com as idéias de administração – auto- Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) www.monergismo.com
  • 5. gestão, empreendedorismo, excelência de carreira, gerenciamento, etc. –, os termos se confundem. As atividades do mundo dos negócios estão entranhadas nas instituições religiosas. Hoje se fala mais em excelência pastoral ou profissional do que em santidade de vida, vida exemplar piedosa, longanimidade, pureza, abnegação por Cristo e deveres do ministério, segundo as cartas pastorais do Apóstolo Paulo. - Alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenha filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados. (Tito 1.6). A Igreja na Linguagem de Hoje A igreja atual está muito mais conectada ao “teo-bussines”. Estamos distantes da Reforma há quase 500 anos, mas existe um fio invisível da História que nos conduz diretamente ao malcheiroso cenário do século 16. O contexto apontava para uma igreja opulenta, gananciosa, feudal e apóstata que fazia o papel dos cobradores de impostos, publicanos e fariseus. Hoje o que se vê? Uma igreja evangélica que constrange, pressiona e explora seus membros através de dízimos-impostos, ofertas e produtos de consumo. Devemos sempre lembrar que “imposto” e “impostor” tem a mesma origem etimológica e o mesmo valor semântico. Principalmente num país como o Brasil, onde se encontra dólar na cueca – e recentemente descobriram dólares não declarados dentro de Bíblia – fica claro que há exploração econômica de certas igrejas (ou lavanderias!). A pergunta que surge com toda veemência é: o que as igrejas têm a oferecer às sociedades carentes do ponto de vista moral – um cálice contendo remédio ou veneno? Você já se perguntou despojado de preconceito se o movimento reformado atual é algo genuinamente espiritual, religioso, psicossocial ou caricatural? Pois o que a igreja herdeira direta da rica tradição reformada tem feito para reverter esse quadro? NADA! Se a Reforma é uma tentativa de alertar o mundo, onde estão os arautos reformadores? - Será que estão muito ocupados com seus empregos e sua sobrevivência familiar? - Se a Reforma é um movimento espiritual, o que a igreja reformada tem feito hoje no espírito humano? Nada fazer, já é fazer o mal! Se a Reforma é um movimento de fortalecimento dos vínculos de santidade, que ligam as pessoas e a sociedade ao Espírito de Cristo, o que a igreja reformada de hoje tem feito de concreto? Onde estão os radicais, os desafiadores, os audaciosos, os purificadores, os iconoclastas? Muito provavelmente nos livros de história. Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) www.monergismo.com
  • 6. Os Tetzéis da Vida Muitos, muitos mesmo, ainda (ainda!) não detectaram a igreja pós- moderna como um sistema corruptor, - acham que está tudo mais ou menos bem, e que talvez a coisa tenha que ser assim mesmo. – bem que, alguns conseguem, pela graça, abrir os olhos, apesar da maioria que ainda não percebeu o pedágio que se paga. Em nossa época não se constrói mais basílicas, como a de São Pedro em Roma, mas se patrocinam templos ao deus Mamon! Muitos líderes religiosos visam mesmo é dinheiro e o poder – quando não o sexo para compor a tríade mundana. – Os tetzéis de hoje querem é mais financiar viagens a Israel ou a Disney; o objetivo, afinal, é o mesmo! O dinheiro das “indulgências” de hoje serve para os passeios internacionais, para a compra de imóveis, para a construção de templos atraentes, enfim, é desnecessário listar. Alguém já disse: “muitos pastores não querem bem, querem os nossos bens.” Duvida disso? Talvez um leitor mais atento levante a seguinte objeção: muitas igrejas não possuem recursos financeiros; não são ricas, e aí, como elas se encaixam nessa descrição? A questão central não é o “poder de compra” de uma igreja, e, sim, o conceito capital corruptor que envolve a igreja moderna, ou seja, quando não se tem acesso aos bens citados, no mínimo se DESEJA. Hoje, exemplificando, dificilmente se consegue manter uma poupança para o setor diaconal porque a estrutura para se manter um prédio e um pastor suga todo recurso! O fato é que essa mentalidade mercadológica influencia, e como influencia o novo clero! - Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Ora, todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem. (Marcos 7.21-23). Que Deus Desperte a Sua Igreja Sem dúvida, a freqüente fragmentação das denominações e alas eclesiásticas da Reforma pra cá, o poder semi-deificado dos líderes religiosos, a carência do povo, as manipulações dos sacerdotes-politicos; bajuladores; falsificadores, juntamente com as influências dos movimentos sociais, culturais e econômicos de cada religião e de cada época, também com as permanentes invasões heréticas doutrinárias, tudo isso somado pode ser considerado a causa (ou causas!) da decadência da igreja de hoje. É óbvio que este enfraquecimento geral da igreja deu condições ideais para que a supremacia arminiana dominasse o cenário da cristandade. Tanto os católicos romanos como os evangélicos assimilaram intensamente a cultura Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) www.monergismo.com
  • 7. arminiana e pentecostal. Muitos calvinistas (ou que se dizem ser!) não estão fora da influência da civilização cristã arminiana como pensam! – por mais que neguem ou não queiram ver! A igreja de hoje não ama a verdade, nem a santidade, nem a eternidade como diz que ama em seus discursos. O relativismo, filhote da pós-modernidade, tem fabricado um cristianismo voltado para o que é místico, emocional, caótico e consumista. Reinam a teologia da glória, a teologia da prosperidade, o animismo, a confissão positiva, a guerra espiritual e o abandono da santificação. E toda linha denominacional cristã num grau o noutro está incluída. O mais triste de tudo isso é que não há muitas vozes protestantes nos dias atuais para tão-só PROTESTAR! E quando alguém clama fortemente tal voz é logo abafada pela voz da multidão – ou pelos ouvidos moucos -. O único consolo e esperança é saber que a Reforma não é nossa! Não fomos nós que erguemos homens como Lutero, Zuínglio, Calvino, Knox e tantos outros que subverteram a religião formalista. E também nos conforta saber que de tempos em tempos Deus purifica a sua igreja. A clássica citação de A. W. Tozer resume bem o sentimento que falta ao protestantismo: “A igreja, neste momento, precisa de homens, o tipo certo de homens, homens ousados. Afirma-se que necessitamos de avivamento e de um novo movimento do Espírito; Deus sabe que precisamos de ambas as coisas. Entretanto, Ele não haverá de avivar camundongos. Não encherá coelhos com seu Espírito Santo.” Deus, e somente Ele, a seu tempo levanta o remanescente para condenar todo pecado. Querendo Ele, outros reformadores surgirão para queimar em público a história atual da igreja em declínio, porque quem dá a palavra final é o Grande General Invencível, Cristo Jesus! Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) www.monergismo.com