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Universidade Federal da Bahia
Instituto de Biologia
Disciplina: BIOB26 – Origem e evolução de procariontes e eucariontes basais
Docente: Adriana Oliveira Medeiros
Discentes: Ivan Pedro Azevedo Campos
Mariana Santos de Oliveira
Marina Faillace de Amorim
Avaliação Teórica
Questão 1
A produção e o comércio do café são de fundamental importância para a
economia brasileira, sendo o Brasil, o maior produtor e exportador do mundo.
Segundo dados da secretaria da agricultura, em 2015 foram produzidas 43,24
milhões de sacas de 60kg, a exportação obteve uma receita de 6,16 bilhões de
dólares. O cultivo estende-se por 1900 municípios, divididos em 15 estados
sendo Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Rondônia, Paraná e
Goiás, os maiores produtores, o que favorece o plantio de diversas espécies de
café de acordo com o clima e o tipo de solo.
O cultivo de café, assim como outras monoculturas, sofre com a ação de
diversos tipos de pragas que acabam por reduzir a produção e,
consequentemente, a arrecadação, acarretando em grande perda para a
economia nacional. A broca de café (Hipothenemus hampei) praga de
lavouras cafezeiras é um inseto pertencente a ordem coleóptera, popularmente
chamados besouros. Nativa da África, a praga se alastrou por vários países e
afeta negativamente a produtividade das fazendas cafeicultoras, causando
baixo rendimento e a perda de milhões de reais anuais (PÉREZ, Jeanneth; et
all). A fêmea da espécie perfura a baga de café depositando seus ovos no
buraco. Os ovos ao eclodirem, liberam as larvas que irão se alimentar da
semente do café (BURBANO, Elsie; et all.). Pode-se dizer que o parasitismo ao
café faz parte do ciclo de vida do inseto, já que ao atingirem a maturidade
reprodutiva as fêmeas buscam colonizar outras bagas de café.
O uso de inseticidas químicos para o controle de pragas, além de
custoso, pode causar mal à saúde de seres humanos e outros animais, além
de matar outros insetos que não são prejudiciais a lavoura (ANDALÓ, Vanessa,
et all; 2004). Por esses motivos, vê-se a necessidade de utilizar o controle
biológico, utilizando um predador natural do patógeno com a intenção de evitar
o uso de agrotóxicos, diminuindo assim os custos da produção, bem como o
risco a saúde.
Ofungo Beauveria bassiana, dofiloascomycota, é um biopesticida
entomopatogênico natural que atua no controle biológico desta praga. Os
esporos, conídios, aderem à superfície corpórea do animal e ao germinarem se
acumulam na base do corpo. Estes secretam uma série de enzimas que
degradam a cutícula do hospedeiro, penetrando-a. Dentro do corpo do
hospedeiro o fungo se multiplica e libera toxinas que causam a morte do inseto
(MANTILLA, Javier Guillermo; et all.).
Referências:
BURBANO, Elsie; WRIGHT, Mark; E. BRIGHT, Donald; E. VEGA, Fernando.
New record for the coffee berry borer, Hypothenemus hampei, in
Hawaii. Journal of Insect Science, v.11, p.1-3.
MANTILLA, Javier Guillermo; GALEANO, Narmer F.; GAITAN, Alvaro L.;
CRISTANCHO, Marco A.; KEYHANI, Nemati O.;
GONGORA, Carmenza E. Transcriptome analysis of the entomopathogenic
fungus Beauveria bassiana grown on cuticular extracts of the coffee berr
y borer (Hypothenemus hampei). Microbiology (2012), p.1826-1842.
PÉREZ, Jeanneth; INFANTE, Francisco; E. VEGA,
Fernando. A Coffee Berry Borer (Coleoptera: Curculionidae: Scolytinae) Bi
bliography. Journal of Insect Science, v.15, p.2-41.
Secretaria da Agricultura, Disponível em:
<http://www.agricultura.gov.br/vegetal/culturas/cafe/saiba-mais>; Acesso em:
29/03/2016 às 20 horas
Questão 2
Existe uma quantidade considerável de fungos passíveis de consumo e
capazes de serem cultivados para este fim. Dentre estes alguns
recomendáveis são:
 Flammulina velutipes: Comumente conhecida como cogumelo agulha de
ouro, F. velutipes é uma espécie de fungo pertencente à classe
Agaricomycetiae do filo Basidiomycota. Os basidiomas (corpos de
frutificação para Basidiomycotas) por vezes são brancos e as saliências
da suprapellis são geralmente longas e estreitas (HIBBETT et al, 2008).
O uso de casca de café como substrato demonstra um desempenho
mediano, com rendimento de 56%. Já o uso da borra do café garante
rendimento de 78% na produção (FAN & SOCCOL, 2001).
 Pleurotus ostreatus: Popularmente chamado de Shimeji-preto, o P.
ostreatus pertence à classe dos Homobasidiomycetes, no filo
Basidiomycota. Este, bem como outros cogumelos desse gênero, têm
um crescimento de micélio e do corpo de frutificação um tanto rápido, o
que torna rentável o cultivo deste (FAN et al). Como substrato derivado
da cultura de café podem ser utilizadas as cascas de café e a polpa
deste, restantes do processamento deste, sendo que com o primeiro
pode-se chegar a um rendimento produtivo de até 95%. Com borras de
café o rendimento também chega a bons níveis, de até 91% (FAN &
SOCCOL, 2001).
 Lentinus edodes: Conhecido como Cogumelo Shiitake, é um dos cinco
cogumelos comestíveis mais cultivados no mundo. Pertencente à classe
Agaricomycetiae, do filo Basidiomycota, seu crescimento e surgimento
de corpo de frutificação leva em forno de 6 a 8 meses. Com a casca de
café pode-se obter um crescimento e desenvolvimento razoável, com
aparecimento de corpos de frutificação a partir de 60 dias, tendo um
rendimento de 85% (FAN & SOCCOL, 2001).
Os cogumelos acima listados, pertencentes ao filo Basidiomycota,
encontram-se neste filo em função de sua estrutura de reprodução sexual
típica, denominada basídio. É justamente neste que a cariogamia (etapa
sexuada) ocorre, havendo então a geração de uma célula diploide, o zigoto,
que após processos meióticos irá gerar os basidiósporos (de natureza
haploide). A partir destes haverá a formação de hifas primeiramente
asseptadas e, posteriormente, ocorrerá a formação dos septos. Estes formarão
os micélios primários, constituídos de hifas monocarióticas. Quando se tem a
fusão de diferentes hifas monocarióticas teremos então a formação de um
micélio secundário, que irão gerar um novo basídio, reiniciando o ciclo (MILLAN
& HILL, 1993).
Referências
FAN, L.; SOCCOL, C.R. Produção de cogumelo comestível do tipo
Pleurotus, Lentinus e Flammulina em casca e borra de café. II Simpósio de
Pesquisa dos Cafés do Brasil (2001), p. 400-407.
FAN, Leifa; SOCCOL, Carlos R.; PANDEY, Ashok. Produção de cogumelo
comestível Pleurotus em casca de café e avaliação do grau de
detoxificação do substrato. Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil, p.
687-690.
HIBBETT, D.S. et al. Flammulina species from China inferred by
morphological and molecular data. Fungal Diversity, v 32 (2008), p. 59-68.
MILLAN, M. GRAW-HILL, M. Viruses and Simple Organisms, part IX (1993),
p. 728
Questão 3
Quando uma determinada área vegetal está devastada, o solo fica exposto,
sofrendo mais com as intempéries, o que o deixa pobre e sem condições
favoráveis para plantio, sendo necessário intervenção antrópica para reverter
esse quadro. O reflorestamento é fundamental para a recuperação destas
áreas, porém o ambiente é desfavorável, o que torna o processo lento. Uma
estratégia eficaz para acelerar o processo de reflorestamento, é o uso de
fungos micorrízicos, que são simbiontes com plantas e auxiliam as mesmas na
fixação do nitrogênio, aumentando a absorção de nutrientes e,
consequentemente, a qualidade fértil do solo, melhorando seu aspecto físico-
químico.
Os fungos micorrizicos arbusculares também se mostram eficientes alterado a
fisiologia da planta a que está associado fazendo com que elas se tornem
menos susceptíveis a ação de substâncias prejudiciais, o que aumenta a
resistência das mesmas além de favorecer a absorção dos nutrientes. Além
disso, plantas com micorriza associada também são mais resistente a agentes
patogênicos e passaritas, pois atuam como uma camada protetora.
Deste modo, a utilização destes fungos se mostra muito eficaz e benéfica para
recuperação de áreas degradadas a partir do processo de reflorestamento. O
uso de plantas generalistas também favorece esse processo aumentando a
eficiência de colonização do fungo que abrange uma maior área em menos
tempo.
Referência
Colodete, C.M.; Dobbss, L.B. & Ramos, A.C. 2014. Aplicação das micorrizas
arbusculares na recuperação de áreas impactadas, Natureza Online, 31-37

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Reflorestamento com fungos micorrízicos

  • 1. Universidade Federal da Bahia Instituto de Biologia Disciplina: BIOB26 – Origem e evolução de procariontes e eucariontes basais Docente: Adriana Oliveira Medeiros Discentes: Ivan Pedro Azevedo Campos Mariana Santos de Oliveira Marina Faillace de Amorim Avaliação Teórica Questão 1 A produção e o comércio do café são de fundamental importância para a economia brasileira, sendo o Brasil, o maior produtor e exportador do mundo. Segundo dados da secretaria da agricultura, em 2015 foram produzidas 43,24 milhões de sacas de 60kg, a exportação obteve uma receita de 6,16 bilhões de dólares. O cultivo estende-se por 1900 municípios, divididos em 15 estados sendo Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Rondônia, Paraná e Goiás, os maiores produtores, o que favorece o plantio de diversas espécies de café de acordo com o clima e o tipo de solo. O cultivo de café, assim como outras monoculturas, sofre com a ação de diversos tipos de pragas que acabam por reduzir a produção e, consequentemente, a arrecadação, acarretando em grande perda para a economia nacional. A broca de café (Hipothenemus hampei) praga de lavouras cafezeiras é um inseto pertencente a ordem coleóptera, popularmente chamados besouros. Nativa da África, a praga se alastrou por vários países e afeta negativamente a produtividade das fazendas cafeicultoras, causando baixo rendimento e a perda de milhões de reais anuais (PÉREZ, Jeanneth; et all). A fêmea da espécie perfura a baga de café depositando seus ovos no buraco. Os ovos ao eclodirem, liberam as larvas que irão se alimentar da semente do café (BURBANO, Elsie; et all.). Pode-se dizer que o parasitismo ao
  • 2. café faz parte do ciclo de vida do inseto, já que ao atingirem a maturidade reprodutiva as fêmeas buscam colonizar outras bagas de café. O uso de inseticidas químicos para o controle de pragas, além de custoso, pode causar mal à saúde de seres humanos e outros animais, além de matar outros insetos que não são prejudiciais a lavoura (ANDALÓ, Vanessa, et all; 2004). Por esses motivos, vê-se a necessidade de utilizar o controle biológico, utilizando um predador natural do patógeno com a intenção de evitar o uso de agrotóxicos, diminuindo assim os custos da produção, bem como o risco a saúde. Ofungo Beauveria bassiana, dofiloascomycota, é um biopesticida entomopatogênico natural que atua no controle biológico desta praga. Os esporos, conídios, aderem à superfície corpórea do animal e ao germinarem se acumulam na base do corpo. Estes secretam uma série de enzimas que degradam a cutícula do hospedeiro, penetrando-a. Dentro do corpo do hospedeiro o fungo se multiplica e libera toxinas que causam a morte do inseto (MANTILLA, Javier Guillermo; et all.). Referências: BURBANO, Elsie; WRIGHT, Mark; E. BRIGHT, Donald; E. VEGA, Fernando. New record for the coffee berry borer, Hypothenemus hampei, in Hawaii. Journal of Insect Science, v.11, p.1-3. MANTILLA, Javier Guillermo; GALEANO, Narmer F.; GAITAN, Alvaro L.; CRISTANCHO, Marco A.; KEYHANI, Nemati O.; GONGORA, Carmenza E. Transcriptome analysis of the entomopathogenic fungus Beauveria bassiana grown on cuticular extracts of the coffee berr y borer (Hypothenemus hampei). Microbiology (2012), p.1826-1842. PÉREZ, Jeanneth; INFANTE, Francisco; E. VEGA, Fernando. A Coffee Berry Borer (Coleoptera: Curculionidae: Scolytinae) Bi bliography. Journal of Insect Science, v.15, p.2-41.
  • 3. Secretaria da Agricultura, Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/vegetal/culturas/cafe/saiba-mais>; Acesso em: 29/03/2016 às 20 horas Questão 2 Existe uma quantidade considerável de fungos passíveis de consumo e capazes de serem cultivados para este fim. Dentre estes alguns recomendáveis são:  Flammulina velutipes: Comumente conhecida como cogumelo agulha de ouro, F. velutipes é uma espécie de fungo pertencente à classe Agaricomycetiae do filo Basidiomycota. Os basidiomas (corpos de frutificação para Basidiomycotas) por vezes são brancos e as saliências da suprapellis são geralmente longas e estreitas (HIBBETT et al, 2008). O uso de casca de café como substrato demonstra um desempenho mediano, com rendimento de 56%. Já o uso da borra do café garante rendimento de 78% na produção (FAN & SOCCOL, 2001).  Pleurotus ostreatus: Popularmente chamado de Shimeji-preto, o P. ostreatus pertence à classe dos Homobasidiomycetes, no filo Basidiomycota. Este, bem como outros cogumelos desse gênero, têm um crescimento de micélio e do corpo de frutificação um tanto rápido, o que torna rentável o cultivo deste (FAN et al). Como substrato derivado da cultura de café podem ser utilizadas as cascas de café e a polpa deste, restantes do processamento deste, sendo que com o primeiro pode-se chegar a um rendimento produtivo de até 95%. Com borras de café o rendimento também chega a bons níveis, de até 91% (FAN & SOCCOL, 2001).  Lentinus edodes: Conhecido como Cogumelo Shiitake, é um dos cinco cogumelos comestíveis mais cultivados no mundo. Pertencente à classe Agaricomycetiae, do filo Basidiomycota, seu crescimento e surgimento de corpo de frutificação leva em forno de 6 a 8 meses. Com a casca de café pode-se obter um crescimento e desenvolvimento razoável, com aparecimento de corpos de frutificação a partir de 60 dias, tendo um rendimento de 85% (FAN & SOCCOL, 2001). Os cogumelos acima listados, pertencentes ao filo Basidiomycota, encontram-se neste filo em função de sua estrutura de reprodução sexual
  • 4. típica, denominada basídio. É justamente neste que a cariogamia (etapa sexuada) ocorre, havendo então a geração de uma célula diploide, o zigoto, que após processos meióticos irá gerar os basidiósporos (de natureza haploide). A partir destes haverá a formação de hifas primeiramente asseptadas e, posteriormente, ocorrerá a formação dos septos. Estes formarão os micélios primários, constituídos de hifas monocarióticas. Quando se tem a fusão de diferentes hifas monocarióticas teremos então a formação de um micélio secundário, que irão gerar um novo basídio, reiniciando o ciclo (MILLAN & HILL, 1993). Referências FAN, L.; SOCCOL, C.R. Produção de cogumelo comestível do tipo Pleurotus, Lentinus e Flammulina em casca e borra de café. II Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil (2001), p. 400-407. FAN, Leifa; SOCCOL, Carlos R.; PANDEY, Ashok. Produção de cogumelo comestível Pleurotus em casca de café e avaliação do grau de detoxificação do substrato. Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil, p. 687-690. HIBBETT, D.S. et al. Flammulina species from China inferred by morphological and molecular data. Fungal Diversity, v 32 (2008), p. 59-68. MILLAN, M. GRAW-HILL, M. Viruses and Simple Organisms, part IX (1993), p. 728 Questão 3 Quando uma determinada área vegetal está devastada, o solo fica exposto, sofrendo mais com as intempéries, o que o deixa pobre e sem condições favoráveis para plantio, sendo necessário intervenção antrópica para reverter esse quadro. O reflorestamento é fundamental para a recuperação destas áreas, porém o ambiente é desfavorável, o que torna o processo lento. Uma estratégia eficaz para acelerar o processo de reflorestamento, é o uso de fungos micorrízicos, que são simbiontes com plantas e auxiliam as mesmas na fixação do nitrogênio, aumentando a absorção de nutrientes e,
  • 5. consequentemente, a qualidade fértil do solo, melhorando seu aspecto físico- químico. Os fungos micorrizicos arbusculares também se mostram eficientes alterado a fisiologia da planta a que está associado fazendo com que elas se tornem menos susceptíveis a ação de substâncias prejudiciais, o que aumenta a resistência das mesmas além de favorecer a absorção dos nutrientes. Além disso, plantas com micorriza associada também são mais resistente a agentes patogênicos e passaritas, pois atuam como uma camada protetora. Deste modo, a utilização destes fungos se mostra muito eficaz e benéfica para recuperação de áreas degradadas a partir do processo de reflorestamento. O uso de plantas generalistas também favorece esse processo aumentando a eficiência de colonização do fungo que abrange uma maior área em menos tempo. Referência Colodete, C.M.; Dobbss, L.B. & Ramos, A.C. 2014. Aplicação das micorrizas arbusculares na recuperação de áreas impactadas, Natureza Online, 31-37