SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 19
Colletotrichum
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE (ICBS)
DEPARTAMENTO DE ENTOMOLOGIA E FITOSSANIDADE (DENF)
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FITOSSANIDADE E BIOTECNOLOGIA
APLICADA (PPGFBA)
Prof. Dr. Carlos Antonio Inácio
Disciplina: Fungos Fitopatogênicos
2016-1
Fig. 1 - Colletotrichum em Polyscias guilfoylei
Reino
Filo
Subfilo
Classe
Ordem
Família
Gênero
Fungi
Ascomycota
Pezizomycotina
Sordariomycetes
Hypocreomycetidae,
Incertae sedis
Glomerellaceae
Colletotrichum Corda,
1831*
*Teleomorfo Glomerella Spauld. & H. Schrenk
• Saccardo, 1884 - Proeminência do gênero com 3º Volume do
Sylloge Fungorum;
• Edgerton 1912, 1914 - 1º estudo genético: Tipos de acasalamento
em Glomerella;
• Andes 1941, Lucas et al. 1944, Wheeler 1950, 1954 e Olive, 1951
– estudaram os mecanismos genéticos na G. cingulata;
• von Arx, 1957 – Marco taxonômico com “Die Arten der Gattung
Colletotrichum Cda“ onde reduz de 750 para 11 as espécies
conhecidas;
• Bailey & Jeger, 1992 e Prusky et al., 2000 - Estudos sobre a
biologia, patologia e interações patógeno-hospedeiro;
• Sutton, 1980, 1992 – Estudos taxonômicos do gênero baseados
em características morfológicas;
• Cannon et al., 2012 – Revisão bibliográfica da situação atual da
sistemática do gênero Colletotrichum - “Colletotrichum – current
status and future directions” - e diversos estudos moleculares.
• Distribuição tropical e subtropical, alguns são adaptados à
clima temperado.
• Causam doenças em diversas variedades de plantas lenhosas
e herbácias (Figuras A-L).
• Afetam principalmente a produção de frutos, culturas de alto
valor no mercado de clima temperado, como morango,
manga, citrus e abacate e, culturas básicas como banana.
• Eleito o 8º mais importante grupo de fungos fitopatogênicos
do mundo, com base na importância científica e econômica
percebida (Dean et al. 2012).
• Doenças: Antracnose, podridão de caule e coroa.
• Antracnose – sintomas:
manchas foliares marrons
necróticas
• Sobrevive saprofiticamente em restos de matéria orgânica
• Pode ser transmitido através das sementes
• Dispersão dos conídios ocorre por respingos de água e dos
ascósporos através do ar - Nicholson & Moraes, 1980);
• Infecção - Via apressório, em alguns casos por hifas
infectivas.
• Estabelecimento da relação patógeno-hospedeiro.
• As colônias se desenvolvem e passam por um período
biotrófico, assintomático, curto (O’Connell et al., 2000) ou
longo, envolvendo dormência (Prusky & Plumbley, 1992)
seguido de período necrotrófico.
Figura A–L. Sintomas da doença causada por
Colletotrichum spp. Na maioria dos casos o organismo
causador foi identificado somente no nível complexo
específico. A. Antracnose em morango causada por C.
nymphaeae (clado acutatum). B. Mancha foliar na
Brachyglottis repanda causada por C. beeveri (clado
boninense). C. Sintomas de antracnose nas folhas de
Tecomanthe speciosa causada por C. boninense agg. D.
Antracnose no bulbo da cebola causada por C. circinans
(clado dematium). E. Antracnose na banana causada por
C. musae (clado gloeosporioides). F. A doença da baga do
café é causada por C. kahawae subsp. kahawae (clado
gloeosporioides). G. Antracnose da folha do inhame
causada por C. gloeosporioides agg. H. Antrocnose da
berinjela causada por C. gloeosporioides agg. I. Queima
das flores da mangueira causada por um Colletotrichum
sp. J. Antracnose na manga causada por C.
gloeosporioides agg. K. Queima das folhas de milho
causada por C. graminicola (clado graminicola). L.
Antracnose da vagem de feijão causada por C.
lindemuthianum (orbiculare agg.). A, © Ulrike Damm/CBS.
B, C, D, H © Landcare Research, New Zealand. E, F, K ©
Jim Waller/CABI. G © Paul Cannon/CABI. I, J © Barbara
Ritchie/CABI. L © Lu Guo-zhong, Dalian, China.
• Celomiceto
• Formam acérvulos imersos ou subcuticulares com ruptura irregular
A
D E F
B C
Fig. 2 – Acérvulos: A- Corte em lâmina aumento 40X; B, C, D, E e F- superfície foliar.
• Setas marrons, septadas, abundantes ou raras
Fig. 3 – Setas: A, B, D, E- Acérvulos das folhas; C- Meio de cultura
A
B
D E
C
• Conídios hialinos, asseptados, cilíndricos, falcados, fusiformes,
lobados;
Fig. 4 - Conídios: A, B- cilíndricos; C- fusiformes
A C
B
• Célula conidiogênica cilíndrica à lageniforme e fialídica;
A
C D
B
Fig. 5 – Células conidiogênicas: A, C, D- corte foliar, B- Cultura
• Cirro conidial (mucilagem laranja a ocre)
Fig. 6 – Cirro conidial: A- Meio de cultura; B- superfície foliar
A B
• Características culturais distintas
A B
Fig. 7 – Cultivo em BDA: A- frente da placa; B- Fundo da placa
• Apressórios
• AGRIOS, G. N.. Plant Pathology. 4ª ed. New York: Academic Press, 1997.
• AINSWORTH, G.C. et al.. The Fungi IV A. Academic Press. 1973.
• ALEXOPOULOS, C.J.; MIMS, C.W.; BLACKWELL, M.. Introductory Mycology. New York: John Wiley & Sons,
Inc., 1996.
• ANDES, J.O.. Experiments on the inheritance of the “plus” and “minus” characters in Glomerella cingulata.
Bulletin of the Torrey Botanical Club 68: 609–614, 1941.
• ARX, J. A. VON.. Die Arten der Gattung Colletotrichum Cda. Phytopathologische Zeitschrift, Verlag Paul
Parey, Berlin und Hamburg, n. 29, p. 413-468, 1957.
• BAILEY, J.A.; JEGER, M.J.. Colletotrichum. Biology, Pathology and Control. CABI, Wallingford, UK, 1992.
• BERGAMIN-FILHO, A.; KIMATI, H.; AMORIM, L.. Manual de Fitopatologia I. Princípios e conceitos. 3ª ed. São
Paulo: Ed. Agronômica Ceres Ltda., 1995.
• CANNON, P.F. et al.. Colletotrichum – current status and future directions. CBS-KNAW Fungal Biodiversity
Centre, Utrecht, The Netherlands: Studies in Mycology 73: 181–213, 2012.
• CANNON, P.F.; BRIDGE, P.D.; MONTE, E.. Linking the past, present, and future of Colletotrichum systematics.
In: Colletotrichum: Host specificity, Pathology, and host-pathogen interaction. St. Paul: APS Press, 2000.
cap.5, p.1-20.
• CARMICHAEL, J.W. et al.. General of Hyphomycetes. The University of Alberta Press, Canadá, 1980.
• DEAN, R. et al. The Top 10 fungal pathogens in molecular plant pathology. Molecular Plant Pathology 13:
414–430, 2012.
• EDGERTON, C.W.. Plus and minus strains in an ascomycete. Science 35:151, 1912.
• EDGERTON, C.W.. Plus and minus strains in the genus Glomerella. American Journal of Botany 1: 244–254,
1914.
• ELLIS, M.B.. Dematiaceous Hyphomycetes. Commonwealth Mycological Institute, Kew, England, 1971.
• Host-pathogen interaction. (Prusky D, Freeman S, Dickman, M, eds). APS Press, St Paul, USA: 1–20, 2000.
• JOSHEE S. et al.. Diversity and distribution of fungal foliar endophytes in New Zealand Podocarpaceae.
Mycological Research 113: 1003–1015, 2009.
• LENNÉ J.M.. Some major plant diseases. In: Plant Pathologist’s Pocketbook (Waller JM, Lenné JM, Waller SJ,
eds). 3rd edn. CABI, Wallingford, UK: 4–18, 2002.
• LU, G. et al. Diversity and molecular relationships of endophytic Colletotrichum isolates from the
Iwokrama Forest Reserve, Guyana. Mycological Research 108: 53–63, 2004.
• LUCAS, G.B.; CHILTON, S.J.P.; EDGERTON, C.W.. Genetics of Glomerella. I. Studies on the behavior of certain
strains. American Journal of Botany 31: 233–239, 1944.
• NELSON, S.. Rust of Canna Lily. University of Hawaí – College of Tropical Agriculture and Human Resources
(UH–CTAHR) - Plant Disease PD-96 — Julho 2013.
• NICHOLSON, R.L.; MORAES, W.B.C.. Survival of Colletotrichum graminicola: importance of the spore matrix.
Phytopathology 70: 255–261, 1980.
• OLIVE, L.S.. Homothallism and heterothallism in Glomerella. Transactions of the New York Academy of
Science 13: 238–242, 1951.
• PARQUE NATURAL MUNICIPAL DO CURIÓ. Página visitada em 15/02/2016:
http://www.curio.paracambi.rj.gov.br/
• PRUSKY, D.; FREEMAN, S.; DICKMAN, M.B. (eds). Colletotrichum. Host Specificity, Pathology and Host-
Pathogen Interaction. APS Press, St Paul, USA, 2000.
• RÉBLOVÁ, M.; GAMS, W.; SEIFERT, K.A.. Monilochaetes and allied genera of the Glomerellales, and a
reconsideration of families in the Microascales. Studies in Mycology 68: 163–191, 2011.
• ROJAS, E.I. et al. Colletotrichum gloeosporioides s.l. associated with Theobroma cacao and other plants in
Panama: multilocus phylogenies distinguish pathogen and endophyte clades. Mycologia 102: 1318–1338,
2010.
• SACCARDO, P.A. Sylloge Fungorum. v.III: 1-860, 1884.
• SUTTON, B.C.. The Coelomycetes. Robert Mac Lehose and Co. Ltd., Glasgow, 1980.
• SUTTON, B.C.. The genus Glomerella and its anamorph Colletotrichum. In: Colletotrichum: Biology,
Pathology and Control (Bailey JA, Jeger MJ, eds). CABI, Wallingford, UK: 1–26, 1992
• WALLER, J.M.; LENNÉ J.M.; WALLER, S.J.. Plant Pathologists’s Pocketbook. CABI, Wallingford, UK, 2002.
• WHEELER, H.E.. Genetics and evolution of heterothallism in Glomerella. Phytopathology 44: 342–345,
1954.
• WHEELER, H.E.. Genetics of Glomerella. VIII. A genetic basis for the occurrence of minus mutants.
American Journal of Botany 37: 304–312, 1950.
• YUAN, Z.L. et al. Distinctive endophytic fungal assemblage in stems of wild rice (Oryza granulata) in China
with special reference to two species of Muscodor (Xylariaceae). Journal of Microbiology 49:15–23, 2011.
• ZHANG N. et al. An overview of the systematics of the Sordariomycetes based on a four-gene phylogeny.
Mycologia 98: 1076–1087, 2006.
“Até aqui nos ajudou o Senhor.” 1 Samuel 7:12

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

fisiologia X_ fotomorfogenese
fisiologia X_ fotomorfogenesefisiologia X_ fotomorfogenese
fisiologia X_ fotomorfogenese
Rodrigo Marques
 
2S|_ Lista de exercícios de fisiologia vegetal 12 11 2014
2S|_ Lista de exercícios de  fisiologia vegetal 12 11 2014 2S|_ Lista de exercícios de  fisiologia vegetal 12 11 2014
2S|_ Lista de exercícios de fisiologia vegetal 12 11 2014
Ionara Urrutia Moura
 
Unidade 02 formação e desenvolvimento das sementes
Unidade 02 formação e desenvolvimento das sementesUnidade 02 formação e desenvolvimento das sementes
Unidade 02 formação e desenvolvimento das sementes
Bruno Rodrigues
 

Mais procurados (20)

Fitopatologia
FitopatologiaFitopatologia
Fitopatologia
 
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 002
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 002Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 002
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 002
 
UFMT 2017 - Fitonematoides
UFMT 2017 - FitonematoidesUFMT 2017 - Fitonematoides
UFMT 2017 - Fitonematoides
 
Livro - Fisiologia Vegetal - UFPB
Livro - Fisiologia Vegetal - UFPBLivro - Fisiologia Vegetal - UFPB
Livro - Fisiologia Vegetal - UFPB
 
MANEJO DE FITONEMATOIDES
MANEJO DE FITONEMATOIDESMANEJO DE FITONEMATOIDES
MANEJO DE FITONEMATOIDES
 
Fabaceaes
FabaceaesFabaceaes
Fabaceaes
 
fisiologia X_ fotomorfogenese
fisiologia X_ fotomorfogenesefisiologia X_ fotomorfogenese
fisiologia X_ fotomorfogenese
 
metabolismo e fixação de nitrogênio: BIOLOGICA E NÃO BIOLOGICA.
metabolismo e fixação de nitrogênio: BIOLOGICA E NÃO BIOLOGICA.metabolismo e fixação de nitrogênio: BIOLOGICA E NÃO BIOLOGICA.
metabolismo e fixação de nitrogênio: BIOLOGICA E NÃO BIOLOGICA.
 
Apresentação fitopatologia
Apresentação fitopatologiaApresentação fitopatologia
Apresentação fitopatologia
 
Morfologia vegetal da flor
Morfologia vegetal da florMorfologia vegetal da flor
Morfologia vegetal da flor
 
Ambiente das plantas
Ambiente das plantasAmbiente das plantas
Ambiente das plantas
 
2S|_ Lista de exercícios de fisiologia vegetal 12 11 2014
2S|_ Lista de exercícios de  fisiologia vegetal 12 11 2014 2S|_ Lista de exercícios de  fisiologia vegetal 12 11 2014
2S|_ Lista de exercícios de fisiologia vegetal 12 11 2014
 
Unidade 02 formação e desenvolvimento das sementes
Unidade 02 formação e desenvolvimento das sementesUnidade 02 formação e desenvolvimento das sementes
Unidade 02 formação e desenvolvimento das sementes
 
Apresentação orthoptera
Apresentação orthopteraApresentação orthoptera
Apresentação orthoptera
 
Aula 10 plantas c3 c4 cam pdf
Aula 10 plantas c3 c4 cam pdfAula 10 plantas c3 c4 cam pdf
Aula 10 plantas c3 c4 cam pdf
 
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 003
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 003Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 003
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 003
 
Adubação verde e plantio direto
Adubação verde e plantio diretoAdubação verde e plantio direto
Adubação verde e plantio direto
 
Controle biológico de pragas e doenças, organismos de controle e especificações
Controle biológico de pragas e doenças, organismos de controle e especificaçõesControle biológico de pragas e doenças, organismos de controle e especificações
Controle biológico de pragas e doenças, organismos de controle e especificações
 
Cultura da Cenoura
Cultura da CenouraCultura da Cenoura
Cultura da Cenoura
 
Seminario doenças pós colheita
Seminario doenças pós colheitaSeminario doenças pós colheita
Seminario doenças pós colheita
 

Semelhante a Aula Colletotrichum 1a. revisao.ppsx

Em atual ciencias_da_natureza_e_suas_tecnologias_final
Em atual ciencias_da_natureza_e_suas_tecnologias_finalEm atual ciencias_da_natureza_e_suas_tecnologias_final
Em atual ciencias_da_natureza_e_suas_tecnologias_final
Atividades Diversas Cláudia
 
Gabarito da lista de exercícios 2º bimestre 7º ano - 1ª parte
Gabarito da lista de exercícios 2º bimestre   7º ano - 1ª parteGabarito da lista de exercícios 2º bimestre   7º ano - 1ª parte
Gabarito da lista de exercícios 2º bimestre 7º ano - 1ª parte
Leonardo Kaplan
 
ENEM FASCÍCULOSBIOLOGIA [Salvo automaticamente].pptx
ENEM FASCÍCULOSBIOLOGIA [Salvo automaticamente].pptxENEM FASCÍCULOSBIOLOGIA [Salvo automaticamente].pptx
ENEM FASCÍCULOSBIOLOGIA [Salvo automaticamente].pptx
UEDSONFELIXRODRIGUES
 
Dientamoeba fragilis
Dientamoeba fragilisDientamoeba fragilis
Dientamoeba fragilis
Marcos Silva
 
Criptococose pulmonar sbpt 2009
Criptococose pulmonar sbpt 2009Criptococose pulmonar sbpt 2009
Criptococose pulmonar sbpt 2009
Flávia Salame
 
2 s exercicios_monera protista e fungi
2 s   exercicios_monera protista e fungi2 s   exercicios_monera protista e fungi
2 s exercicios_monera protista e fungi
Ionara Urrutia Moura
 
2S_Monera Protoctista e Fungi_ lista com respostas
2S_Monera Protoctista  e Fungi_ lista com respostas2S_Monera Protoctista  e Fungi_ lista com respostas
2S_Monera Protoctista e Fungi_ lista com respostas
Ionara Urrutia Moura
 
Treinamento - Monera e vírus super super med
Treinamento - Monera e vírus super super medTreinamento - Monera e vírus super super med
Treinamento - Monera e vírus super super med
emanuel
 
Lista de exercícios vii reinos monera, protista e fungi
Lista de exercícios vii reinos monera, protista e fungiLista de exercícios vii reinos monera, protista e fungi
Lista de exercícios vii reinos monera, protista e fungi
Carlos Priante
 
1.vírus e bactérias + ecossistemas biosfera
1.vírus e bactérias + ecossistemas biosfera1.vírus e bactérias + ecossistemas biosfera
1.vírus e bactérias + ecossistemas biosfera
Regina Silva
 

Semelhante a Aula Colletotrichum 1a. revisao.ppsx (20)

Enem 2015
Enem 2015 Enem 2015
Enem 2015
 
Em atual ciencias_da_natureza_e_suas_tecnologias_final
Em atual ciencias_da_natureza_e_suas_tecnologias_finalEm atual ciencias_da_natureza_e_suas_tecnologias_final
Em atual ciencias_da_natureza_e_suas_tecnologias_final
 
Gabarito da lista de exercícios 2º bimestre 7º ano - 1ª parte
Gabarito da lista de exercícios 2º bimestre   7º ano - 1ª parteGabarito da lista de exercícios 2º bimestre   7º ano - 1ª parte
Gabarito da lista de exercícios 2º bimestre 7º ano - 1ª parte
 
Diversidade genética de toxoplasma gondii
Diversidade genética de toxoplasma gondiiDiversidade genética de toxoplasma gondii
Diversidade genética de toxoplasma gondii
 
ENEM FASCÍCULOSBIOLOGIA [Salvo automaticamente].pptx
ENEM FASCÍCULOSBIOLOGIA [Salvo automaticamente].pptxENEM FASCÍCULOSBIOLOGIA [Salvo automaticamente].pptx
ENEM FASCÍCULOSBIOLOGIA [Salvo automaticamente].pptx
 
monerasprotistasfungos______________.pdf
monerasprotistasfungos______________.pdfmonerasprotistasfungos______________.pdf
monerasprotistasfungos______________.pdf
 
2003
20032003
2003
 
Dientamoeba fragilis
Dientamoeba fragilisDientamoeba fragilis
Dientamoeba fragilis
 
Criptococose pulmonar sbpt 2009
Criptococose pulmonar sbpt 2009Criptococose pulmonar sbpt 2009
Criptococose pulmonar sbpt 2009
 
Família eriocaulaceae
Família eriocaulaceaeFamília eriocaulaceae
Família eriocaulaceae
 
2 s exercicios_monera protista e fungi
2 s   exercicios_monera protista e fungi2 s   exercicios_monera protista e fungi
2 s exercicios_monera protista e fungi
 
2S_Monera Protoctista e Fungi_ lista com respostas
2S_Monera Protoctista  e Fungi_ lista com respostas2S_Monera Protoctista  e Fungi_ lista com respostas
2S_Monera Protoctista e Fungi_ lista com respostas
 
Introdução à classificação dos eucariontes
Introdução à classificação dos eucariontesIntrodução à classificação dos eucariontes
Introdução à classificação dos eucariontes
 
Ae bg10 teste_avaliacao_4_mar2021
Ae bg10 teste_avaliacao_4_mar2021Ae bg10 teste_avaliacao_4_mar2021
Ae bg10 teste_avaliacao_4_mar2021
 
Treinamento - Monera e vírus super super med
Treinamento - Monera e vírus super super medTreinamento - Monera e vírus super super med
Treinamento - Monera e vírus super super med
 
Aulão Enem 2020 Celio - Biologia.pdf
Aulão Enem 2020 Celio - Biologia.pdfAulão Enem 2020 Celio - Biologia.pdf
Aulão Enem 2020 Celio - Biologia.pdf
 
Lista de exercícios vii reinos monera, protista e fungi
Lista de exercícios vii reinos monera, protista e fungiLista de exercícios vii reinos monera, protista e fungi
Lista de exercícios vii reinos monera, protista e fungi
 
7027 27183-1-pb
7027 27183-1-pb7027 27183-1-pb
7027 27183-1-pb
 
Teste relações ecológicas
Teste relações ecológicasTeste relações ecológicas
Teste relações ecológicas
 
1.vírus e bactérias + ecossistemas biosfera
1.vírus e bactérias + ecossistemas biosfera1.vírus e bactérias + ecossistemas biosfera
1.vírus e bactérias + ecossistemas biosfera
 

Aula Colletotrichum 1a. revisao.ppsx

  • 1. Colletotrichum UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE (ICBS) DEPARTAMENTO DE ENTOMOLOGIA E FITOSSANIDADE (DENF) PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FITOSSANIDADE E BIOTECNOLOGIA APLICADA (PPGFBA) Prof. Dr. Carlos Antonio Inácio Disciplina: Fungos Fitopatogênicos 2016-1
  • 2. Fig. 1 - Colletotrichum em Polyscias guilfoylei
  • 4. • Saccardo, 1884 - Proeminência do gênero com 3º Volume do Sylloge Fungorum; • Edgerton 1912, 1914 - 1º estudo genético: Tipos de acasalamento em Glomerella; • Andes 1941, Lucas et al. 1944, Wheeler 1950, 1954 e Olive, 1951 – estudaram os mecanismos genéticos na G. cingulata; • von Arx, 1957 – Marco taxonômico com “Die Arten der Gattung Colletotrichum Cda“ onde reduz de 750 para 11 as espécies conhecidas; • Bailey & Jeger, 1992 e Prusky et al., 2000 - Estudos sobre a biologia, patologia e interações patógeno-hospedeiro; • Sutton, 1980, 1992 – Estudos taxonômicos do gênero baseados em características morfológicas; • Cannon et al., 2012 – Revisão bibliográfica da situação atual da sistemática do gênero Colletotrichum - “Colletotrichum – current status and future directions” - e diversos estudos moleculares.
  • 5. • Distribuição tropical e subtropical, alguns são adaptados à clima temperado. • Causam doenças em diversas variedades de plantas lenhosas e herbácias (Figuras A-L). • Afetam principalmente a produção de frutos, culturas de alto valor no mercado de clima temperado, como morango, manga, citrus e abacate e, culturas básicas como banana. • Eleito o 8º mais importante grupo de fungos fitopatogênicos do mundo, com base na importância científica e econômica percebida (Dean et al. 2012). • Doenças: Antracnose, podridão de caule e coroa.
  • 6. • Antracnose – sintomas: manchas foliares marrons necróticas
  • 7. • Sobrevive saprofiticamente em restos de matéria orgânica • Pode ser transmitido através das sementes • Dispersão dos conídios ocorre por respingos de água e dos ascósporos através do ar - Nicholson & Moraes, 1980); • Infecção - Via apressório, em alguns casos por hifas infectivas. • Estabelecimento da relação patógeno-hospedeiro. • As colônias se desenvolvem e passam por um período biotrófico, assintomático, curto (O’Connell et al., 2000) ou longo, envolvendo dormência (Prusky & Plumbley, 1992) seguido de período necrotrófico.
  • 8. Figura A–L. Sintomas da doença causada por Colletotrichum spp. Na maioria dos casos o organismo causador foi identificado somente no nível complexo específico. A. Antracnose em morango causada por C. nymphaeae (clado acutatum). B. Mancha foliar na Brachyglottis repanda causada por C. beeveri (clado boninense). C. Sintomas de antracnose nas folhas de Tecomanthe speciosa causada por C. boninense agg. D. Antracnose no bulbo da cebola causada por C. circinans (clado dematium). E. Antracnose na banana causada por C. musae (clado gloeosporioides). F. A doença da baga do café é causada por C. kahawae subsp. kahawae (clado gloeosporioides). G. Antracnose da folha do inhame causada por C. gloeosporioides agg. H. Antrocnose da berinjela causada por C. gloeosporioides agg. I. Queima das flores da mangueira causada por um Colletotrichum sp. J. Antracnose na manga causada por C. gloeosporioides agg. K. Queima das folhas de milho causada por C. graminicola (clado graminicola). L. Antracnose da vagem de feijão causada por C. lindemuthianum (orbiculare agg.). A, © Ulrike Damm/CBS. B, C, D, H © Landcare Research, New Zealand. E, F, K © Jim Waller/CABI. G © Paul Cannon/CABI. I, J © Barbara Ritchie/CABI. L © Lu Guo-zhong, Dalian, China.
  • 9. • Celomiceto • Formam acérvulos imersos ou subcuticulares com ruptura irregular A D E F B C Fig. 2 – Acérvulos: A- Corte em lâmina aumento 40X; B, C, D, E e F- superfície foliar.
  • 10. • Setas marrons, septadas, abundantes ou raras Fig. 3 – Setas: A, B, D, E- Acérvulos das folhas; C- Meio de cultura A B D E C
  • 11. • Conídios hialinos, asseptados, cilíndricos, falcados, fusiformes, lobados; Fig. 4 - Conídios: A, B- cilíndricos; C- fusiformes A C B
  • 12. • Célula conidiogênica cilíndrica à lageniforme e fialídica; A C D B Fig. 5 – Células conidiogênicas: A, C, D- corte foliar, B- Cultura
  • 13. • Cirro conidial (mucilagem laranja a ocre) Fig. 6 – Cirro conidial: A- Meio de cultura; B- superfície foliar A B
  • 14. • Características culturais distintas A B Fig. 7 – Cultivo em BDA: A- frente da placa; B- Fundo da placa
  • 16. • AGRIOS, G. N.. Plant Pathology. 4ª ed. New York: Academic Press, 1997. • AINSWORTH, G.C. et al.. The Fungi IV A. Academic Press. 1973. • ALEXOPOULOS, C.J.; MIMS, C.W.; BLACKWELL, M.. Introductory Mycology. New York: John Wiley & Sons, Inc., 1996. • ANDES, J.O.. Experiments on the inheritance of the “plus” and “minus” characters in Glomerella cingulata. Bulletin of the Torrey Botanical Club 68: 609–614, 1941. • ARX, J. A. VON.. Die Arten der Gattung Colletotrichum Cda. Phytopathologische Zeitschrift, Verlag Paul Parey, Berlin und Hamburg, n. 29, p. 413-468, 1957. • BAILEY, J.A.; JEGER, M.J.. Colletotrichum. Biology, Pathology and Control. CABI, Wallingford, UK, 1992. • BERGAMIN-FILHO, A.; KIMATI, H.; AMORIM, L.. Manual de Fitopatologia I. Princípios e conceitos. 3ª ed. São Paulo: Ed. Agronômica Ceres Ltda., 1995. • CANNON, P.F. et al.. Colletotrichum – current status and future directions. CBS-KNAW Fungal Biodiversity Centre, Utrecht, The Netherlands: Studies in Mycology 73: 181–213, 2012. • CANNON, P.F.; BRIDGE, P.D.; MONTE, E.. Linking the past, present, and future of Colletotrichum systematics. In: Colletotrichum: Host specificity, Pathology, and host-pathogen interaction. St. Paul: APS Press, 2000. cap.5, p.1-20. • CARMICHAEL, J.W. et al.. General of Hyphomycetes. The University of Alberta Press, Canadá, 1980. • DEAN, R. et al. The Top 10 fungal pathogens in molecular plant pathology. Molecular Plant Pathology 13: 414–430, 2012. • EDGERTON, C.W.. Plus and minus strains in an ascomycete. Science 35:151, 1912.
  • 17. • EDGERTON, C.W.. Plus and minus strains in the genus Glomerella. American Journal of Botany 1: 244–254, 1914. • ELLIS, M.B.. Dematiaceous Hyphomycetes. Commonwealth Mycological Institute, Kew, England, 1971. • Host-pathogen interaction. (Prusky D, Freeman S, Dickman, M, eds). APS Press, St Paul, USA: 1–20, 2000. • JOSHEE S. et al.. Diversity and distribution of fungal foliar endophytes in New Zealand Podocarpaceae. Mycological Research 113: 1003–1015, 2009. • LENNÉ J.M.. Some major plant diseases. In: Plant Pathologist’s Pocketbook (Waller JM, Lenné JM, Waller SJ, eds). 3rd edn. CABI, Wallingford, UK: 4–18, 2002. • LU, G. et al. Diversity and molecular relationships of endophytic Colletotrichum isolates from the Iwokrama Forest Reserve, Guyana. Mycological Research 108: 53–63, 2004. • LUCAS, G.B.; CHILTON, S.J.P.; EDGERTON, C.W.. Genetics of Glomerella. I. Studies on the behavior of certain strains. American Journal of Botany 31: 233–239, 1944. • NELSON, S.. Rust of Canna Lily. University of Hawaí – College of Tropical Agriculture and Human Resources (UH–CTAHR) - Plant Disease PD-96 — Julho 2013. • NICHOLSON, R.L.; MORAES, W.B.C.. Survival of Colletotrichum graminicola: importance of the spore matrix. Phytopathology 70: 255–261, 1980. • OLIVE, L.S.. Homothallism and heterothallism in Glomerella. Transactions of the New York Academy of Science 13: 238–242, 1951. • PARQUE NATURAL MUNICIPAL DO CURIÓ. Página visitada em 15/02/2016: http://www.curio.paracambi.rj.gov.br/
  • 18. • PRUSKY, D.; FREEMAN, S.; DICKMAN, M.B. (eds). Colletotrichum. Host Specificity, Pathology and Host- Pathogen Interaction. APS Press, St Paul, USA, 2000. • RÉBLOVÁ, M.; GAMS, W.; SEIFERT, K.A.. Monilochaetes and allied genera of the Glomerellales, and a reconsideration of families in the Microascales. Studies in Mycology 68: 163–191, 2011. • ROJAS, E.I. et al. Colletotrichum gloeosporioides s.l. associated with Theobroma cacao and other plants in Panama: multilocus phylogenies distinguish pathogen and endophyte clades. Mycologia 102: 1318–1338, 2010. • SACCARDO, P.A. Sylloge Fungorum. v.III: 1-860, 1884. • SUTTON, B.C.. The Coelomycetes. Robert Mac Lehose and Co. Ltd., Glasgow, 1980. • SUTTON, B.C.. The genus Glomerella and its anamorph Colletotrichum. In: Colletotrichum: Biology, Pathology and Control (Bailey JA, Jeger MJ, eds). CABI, Wallingford, UK: 1–26, 1992 • WALLER, J.M.; LENNÉ J.M.; WALLER, S.J.. Plant Pathologists’s Pocketbook. CABI, Wallingford, UK, 2002. • WHEELER, H.E.. Genetics and evolution of heterothallism in Glomerella. Phytopathology 44: 342–345, 1954. • WHEELER, H.E.. Genetics of Glomerella. VIII. A genetic basis for the occurrence of minus mutants. American Journal of Botany 37: 304–312, 1950. • YUAN, Z.L. et al. Distinctive endophytic fungal assemblage in stems of wild rice (Oryza granulata) in China with special reference to two species of Muscodor (Xylariaceae). Journal of Microbiology 49:15–23, 2011. • ZHANG N. et al. An overview of the systematics of the Sordariomycetes based on a four-gene phylogeny. Mycologia 98: 1076–1087, 2006.
  • 19. “Até aqui nos ajudou o Senhor.” 1 Samuel 7:12