O documento descreve o período Pré-Modernismo no Brasil em 3 frases:
1) Foi um período de transição entre os estilos literários do final do século XIX como o Realismo e o Simbolismo para a modernidade, marcado por diferentes tendências e vozes literárias como Euclides da Cunha, Lima Barreto e Graça Aranha.
2) Os autores pré-modernistas faziam uma crítica social do Brasil, denunciando os conflitos políticos e sociais e desmistificando o nacionalismo romântic
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para o professor que trabalha com a educação de jovens e adultos- anos finais do ensino fundamental.
Na sequência das Eleições Europeias realizadas em 26 de maio de 2019, Portugal elegeu 21 eurodeputados ao Parlamento Europeu para um mandato de cinco ano (2019-2024).
Desde essa data, alguns eurodeputados saíram e foram substituídos, pelo que esta é a nova lista atualizada em maio de 2024.
Para mais informações, consulte o dossiê temático Eleições Europeias no portal Eurocid:
https://eurocid.mne.gov.pt/eleicoes-europeias
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=52295&img=11583
Data de conceção: maio 2019.
Data de atualização: maio 2024.
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2. Vanguardas
Européias
Pré-Modernismo
Localização: Não constitui uma escola literária, mas
um período de transição para o modernismo.
Realismo
Naturalismo
Parnasianismo
Simbolismo
Pré-
Modernismo
1902
Os Sertões
Canaã
1922
Semana
de Arte
Moderna
Modernismo
3. Os estilos que marcaram o final do séc. XIX –
Realismo, Naturalismo, Parnasianismo e Simbolismo –
ainda estavam no gosto do público
Pré-Modernismo
Um Período Sincrético
Centelhas de renovação artística incendeiam o
ambiente, que se prepara para a grande renovação
de 1922.
4. Nesse campo, misturam-se várias tendências:
• A erudição conservadora de Rui Barbosa e
Coelho Neto.
•A literatura popular e suburbana de Lima Barreto.
• A proposta modernizadora de Graça Aranha.
• As manifestações polêmicas de Monteiro Lobato.
• A erudição assombrosa de Euclides da Cunha.
• A poesia escatológica de Augusto dos Anjos.
Pré-Modernismo
Um Período Sincrético
5. No geral, o Pré-Modernismo é uma literatura de Crítica
Social.
Pré-Modernismo
Uma Radiografia Crítica do Brasil
Mostra o Brasil real, com seus Conflitos Político-Sociais.
Desmistifica o romantismo e seu Nacionalismo Ufanista.
Portanto, um Nacionalismo Crítico-Amargo.
“Precisamos descobrir o Brasil!
Escondido atrás das florestas,
Com a água dos rios no meio,
O Brasil está dormindo, coitado!”
Carlos Drummond de Andrade
6. Pré-Modernismo
Que Brasil é este? É o Brasil desigual...
Rural
Urbano
civilizado
politizado
refinado
Anacrônico
Brutalizado
Fanatizado
Tema de Euclides da Cunha
10. Pré-Modernismo
Brasil: Terra de Canaã
Com a abolição da escravatura o Brasil passou a
importar mão-de-obra estrangeira. Surgem os
conflitos de adaptação e questões raciais.
Graça Aranha: Canaã
11. CARACTERÍSTICAS
RUPTURA COM O PASSADO
DENÚNCIA DA REALIDADE
BRASILEIRA
REGIONALISMO
TIPOS HUMANOS MARGINALIZADOS
LIGAÇÃO COM FATOS POLÍTICOS,
ECONÔMICOS E SOCIAIS
CONTEMPORÂNEOS
12. Lima Barreto
Pré-Modernismo
Romances principais:
•Recordações do Escrivão Isaías Caminha
•Triste Fim de Policarpo Quaresma
•Clara dos Anjos * Bruzundangas (crônica, sátira, alegoria)
• Mestiço humilde
• Nasceu e morreu no Rio de
Janeiro
• Funcionário público e jornalista
• Envolveu-se no alcoolismo
• Duas vezes recolhido ao hospício
13. CARACTERÍSTICAS
Relatos neorrealistas, de estilo simples, mais ou
menos desleixados na linguagem.
Valorização da vida suburbana e das camadas
pobres do Rio de Janeiro
Caricatura dirigida aos poderosos da época
(políticos e letrados, em especial)
Ironia corrosiva ao nacionalismo ufanista
Denúncia dos preconceitos sociais e de cor (o
autor era mulato)
14. TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA
Trata-se da história de um funcionário público de meia-idade locado no
Arsenal de Guerra, no Rio de Janeiro. Patriota fanático, Quaresma
cultiva um gosto exacerbado pelos temas nacionais que estuda com
devoção. Tido pelos colegas de repartição e pelos vizinhos como tipo
excêntrico e algo risível, ele só encontra respaldo e atenção para as
suas idéias na sobrinha e no professor Ricardo Coração dos Outros,
com quem pretendia aprender a tocar viola para reproduzir as
modinhas que ele julgava serem a melhor e mais pura manifestação da
música popular brasileira.
Seu fanatismo pela brasilidade o leva a dois extremos: estudar Tupi e
propor, através de petição à Câmara dos Deputados, que esse idioma
seja oficializado como língua brasileira.
15. Depois de lida a petição, o pobre Major é ridicularizado, cópias de
sua petição são publicadas em todos os jornais, fazem sua
caricatura e, como insistisse em seus ideais, é internado num
hospício e lá permanece durante seis meses. Desgostoso, vende
tudo quanto tem e se estabelece num sítio em Curuzu, a que dá o
nome de “Sossego”. Lá, é perseguido pelo prefeito quando se nega
a participar de uma imoralidade eleitoral. Traído, desta vez pela
natureza – que assola seus animais com uma praga e suas
plantações com saúvas - , Quaresma finalmente engaja-se ao lado
de Floriano na Revolta da Armada.
Quando a Revolta é sufocada pelos homens do presidente Floriano,
Quaresma estava se recuperando de um ferimento de guerra.
Curado, ganha um cargo-gratificação como carcereiro dos
prisioneiros de guerra feitos pelo Marechal. Ao ver o despotismo
com que eram tratados, as condições subumanas de suas
instalações e, sobretudo, as sumárias condenações ao fuzilamento,
sem julgamento prévio, Quaresma não se contém e denuncia esse
estado de coisas. É então condenado à morte sob a acusação
irônica de ser um traidor da pátria. Nem mesmo as intervenções de
sua sobrinha e de Ricardo Coração dos Outros lhe valeram.
Na verdade, o que Quaresma pretendeu foi reformar o Brasil de três
maneiras diferentes: primeiro por meio da cultura, depois, da
agricultura e finalmente da política.
17. CARACTERÍSTICAS
Relato sobre a guerra de Canudos travada entre
sertanejos fanáticos e soldados do exército;
A base fatual do relato são as reportagens que
E.C. enviou para o jornal durante o confronto.
A obra se divide – de acordo com as teses
deterministas que a delimitam (Taine: meio,
raça e momento) em A terra – O homem – A
luta.
18. OS SERTÕES
Antônio Conselheiro, o líder de Canudos. Apresenta seu caráter,
seu passado e relatos de como era a vida e os costumes de
Canudos.
A TERRA- aspectos geográficos e físicos do Nordeste.
O HOMEM- Estuda e analisa o tipo humano da região,destacando a
figura profética e lendária de Antonio Conselheiro.
A LUTA –narra a luta entre jagunços fanáticos e expedições
militares do governo.
Até hoje a epopéia euclidiana é objeto de discussões e matéria de
Filmes de autores nacionais e internacionais
19. A Luta - O absurdo de um massacre que
começou por um motivo tolo - Antônio
Conselheiro reclamando um estoque de
madeira não entregue. No final, foi apenas
um massacre violento onde estavam todos
errados e o lado mais fraco resistiu até o
fim com seus derradeiros defensores - um
velho, dois adultos e uma criança.
20. A TERRA
"Antônio Conselheiro chegou aqui fazendo muitos
milagres, todo mundo se incutindo com as graças
dele, achando que ele era um verdadeiro profeta de
Deus. Mas "deixa" que ele era revoltado contra a
República. Ele não queria a república, queria a
monarquia, o tempo dos reis da monarquia. Quando
achou-se com o povo do nordeste ao lado dele, ele
que se revoltou contra o governo. Aí o governo da
Bahia teve de pedir auxílio ao governo do Rio de
Janeiro, que mandou o canhão de guerra e o exército
de lá. Veio com um tal de Marechal Bittencourt, que foi
quem venceu Antônio Conselheiro."
Vitalício José dos Santos, romeiro de Monte Santo - nascido em 1936.
21. O HOMEM
Neste ambiente, surgiu Antônio Conselheiro,
que absorveu as crenças do seu meio. Fixou-se
em Canudos com seus seguidores, que
acreditavam na certeza de ir para o céu se
mortos em combate, defendendo uma causa
sagrada.
Não esqueça: A linguagem –
extraordinariamente elaborada, ornamental,
difícil, poética, barroca em suas antíteses, em
suas metáforas e em seus paradoxos – é o que
confere caráter literário ao texto.
22. "O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não
tem o raquitismo exaustivo dos mestiços do
litoral. A sua aparência, entretanto, no
primeiro lance de vista, revela o contrário(...).
É desgracioso, desengonçado, torto.
Hércules-Quasimodo (...) é o homem
permanentemente fatigado (...) Entretanto,
toda essa aparência de cansaço ilude (...) No
revés o homem transfigura-se . (...) e da
figura vulgar do tabaréu canhestro reponta,
inesperadamente, o aspecto dominador de
um titã acobreado e potente, num
desdobramento surpreendente de força e
agilidade extraordinárias."
Trecho do livro "Os Sertões".
23. Monteiro Lobato
Pré-Modernismo
• Escritor polêmico.
• Criticava o atraso do país, mas se
colocou contra o Modernismo.
• Criticado por preconceito.
•Escreveu literatura infantil e
literatura “para adulto”.
•Publicou o artigo “Paranóia ou
Mistificação?” criticando a exposição
modernista de Anita Malfatti.
24. Graça Aranha
Pré-Modernismo
Canaã: Romance de tese (ou de idéias
ou ainda romance-ensaio), centrado no
debate ideológico entre dois
imigrantes alemães, Milkau e Lentz,
recém chegados ao Espírito Santo. Há
uma discussão sobre o futuro da
sociedade brasileira, discussão esta
centrada nas idéias de clima e de raça.
A linguagem da obra tem certos
acentos impressionistas.
Simpatizou com o grupo Modernista de
São Paulo e apadrinhou a Semana de
Arte Moderna.
25. Augusto dos Anjos
Pré-Modernismo
• Poesia da solidão e da
decomposição humano-psicológica.
• Sincretismo: parnasianismo +
naturalismo + simbolismo.
Obra:
•Eu
26. CARACTERÍSTICAS
Poesia com traços parnasianos, simbolistas e pré-
modernistas.
Utilização frequente de termos científicos da
medicina e da biologia, de acordo com as tendências
naturalistas/evolucionistas vindas do século XIX.
27. Temática da morte, nas formas mais
degradadas que ela pode apresentar: podridão
da carne, cadáveres fétidos, corpos
decompostos, vermes famintos e fedor de
cemitérios.
Dominada pelo pessimismo schopenhauriano
niilismo, a poesia de Augusto dos Anjos
questiona a falta de sentido da existência e
verte um nojo amargo e desesperado pelo fim
inglório a que a natureza nos condena.
A angústia diante da morte transforma-se numa
espécie de metafísica do horror: o homem não
passa de matéria que acaba, que entra em
putrefação e que depois desaparece.
28.
29. Psicologia de um vencido
Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênesis da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.
Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à
ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.
Já o verme — este operário das ruínas —
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há-de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!
30. I. Ao se definir como filho do carbono e do amoníaco, o eu lírico
desce ao limite inferior da materialidade biológica pois,
pensando em termos de átomos (carbono) e moléculas
(amoníaco), que são estudados pela Química, constata-se uma
dimensão onde não existe qualquer resquício de alma ou de
espírito.
II. O amoníaco, no soneto, é uma metáfora de alma, pois,
segundo o eu lírico, o homem é composto de corpo (carbono) e
alma (amoníaco) e, no fim da vida, o corpo (orgânico) acaba,
apodrece, enquanto a alma (inorgânica) mantém-se intacta.
III. O soneto principia descrevendo as origens da vida e termina
descrevendo o destino final do ser humano; retrata o ciclo da
vida e da morte, permeado de dor, de sofrimento e da presença
constante e ameaçadora da morte inevitável.
Está(ão) correta(s)
a) apenas II. b) apenas I e III. c) apenas III.
d) apenas II e III. e) apenas I e II.
31. Versos Íntimos
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!
Budismo Moderno
Tome, Dr., esta tesoura, e... corte
Minha singularíssima pessoa.
Que importa a mim que a bicharia roa
Todo o meu coração, depois da morte?!
Ah! Um urubu pousou na minha sorte!
Também, das diatomáceas da lagoa
A criptograma cápsula se esbroa
Ao contato de bronca destra forte!
Dissolva-se, portanto, minha vida
Igualmente a uma célula caída
Na aberração de um óvulo infecundo;
Mas o agregado abstrato das saudades
Fique batendo nas perpétuas grades
Do último verso que eu fizer no mundo!
32. É um dos traços mais característicos do Pré-
Modernismo, época literária que abrange o início
do século XX:
a) ênfase dada a temas universais, em detrimento
dos nacionais;
b) o culto do subjetivismo, a ênfase dada ao
individualismo do autor;
c) a busca de motivos e temas bucólicos e pastoris
que denunciassem o crescimento vertiginoso das
cidades industrializadas;
d) a despreocupação de problemas referentes à
realidade cotidiana;
e) a problematização de nossa realidade social e
cultural.
33. Leia atentamente os enunciados abaixo a respeito da
produção literária brasileira considerada pré-modernista.
1) Trata-se de um período de transição, em que os
escritores, apesar de ainda guardarem traços das estéticas
realista, naturalista ou parnasiana, expressam um viés
crítico que será explorado pelos modernistas.
2) O nacionalismo pré-modernista identificava-se com o da
primeira geração romântica, em que autores como
Gonçalves Dias e José de Alencar idealizavam as origens e
a constituição do povo brasileiro.
3) Na poesia, Augusto dos Anjos foi uma das expressões
mais relevantes, representando uma poética de caráter
mais objetivo e concreto, como será, décadas após, a
produção de João Cabral de Melo Neto.
Está(ão) correta(s):
a) 1 e 2 apenas b) 3 apenas c) 1 apenas
d) 1, 2 e 3 e) 2 e 3 apenas
34. Assinale a alternativa correta a respeito da prosa brasileira dos
primeiros vinte anos do século XX.
a) Euclides da Cunha publicou em 1902 sua obra monumental,
Os Sertões, romance que narra a trajetória de uma família de
retirantes, vítima do flagelo da seca.
b) Nos seus romances, Lima Barreto enfocava a voz das
minorias sociais, num estilo livre que, aos olhos dos parnasianos,
não primava pela correção.
c) Monteiro Lobato preocupou-se com as condições sociais e
materiais do sertanejo, resultando disso a postura crítica
assumida pelo romancista.
d) Graça Aranha foi um dos artistas e intelectuais mais
respeitados da época em questão. Seu romance Canaã relata um
fato bíblico, opção muito elogiada pelos parnasianos de então.
e) Nas duas primeiras décadas do século XX, não houve nenhum
escritor que tenha ousado, pela literatura, confrontar o regime
republicano vigente na época.
35. É correto afirmar que Augusto dos Anjos foi o poeta do
a) Pessimismo aliado à ciência que acusava a degradação
humana mediante associações e comparações com
processos químicos e biológicos.
b) Cientificismo triunfante que, aliado à idéia de progresso,
marcou boa parte da lírica contemporânea aos primeiros
anos da República.
c) Pessimismo acusatório que denunciou o latifúndio e a
política oligárquica, reproduzindo na poesia as
preocupações e temas de Lima Barreto.
d) Esteticismo que depurava a forma de seus sonetos à
perfeição, sem jamais fazer concessões a temas
considerados prosaicos ou de mau gosto.
e) Cientificismo militante disposto a abranger temas como
o cálculo algébrico, a crítica literária e arquitetura para
retirar o caráter subjetivo da poesia.