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Primeiros
Socorros
Feridas e Hemorragias
Sumário
Feridas:
● Definição
● Classificação das feridas
● Fatores de gravidade
● Tratamento
● Amputação traumática
Hemorragias:
● Definição
● Tipos e causas das hemorragias
● Tratamento de hemorragias externas e internas
● Sinais de choque hemorrágico
● Hemorragias exteriorizadas
Feridas
O que são feridas?
Uma ferida é uma lesão produzida pela perda da integridade de um tecido ou órgão
do corpo, que pode ser causado por uma força mecânica externa ou interna.
Classificação das feridas
De acordo a como se originam, as feridas podem ser classificadas em:
● Feridas incisas
● Feridas contusas
● Feridas perfurantes
● Feridas laceradas
● Feridas abrasivas
● Feridas avulsivas
● Feridas mistas
Feridas incisas ou cortantes
São provocadas por agentes cortantes, como
faca, bisturi, lâminas, etc.; suas características
são o predomínio do comprimento sobre a
profundidade, bordas regulares e nítidas,
geralmente retilíneas.
Feridas contusas
São produzidas por objetos rombos e são
caracterizadas por traumatismo das partes
moles, hemorragia, edema e equimoses
(hematomas).
Feridas perfurantes
São aquelas que se caracterizam por serem feitas
com objetos longos e pontiagudos, como facas,
pregos, alfinetes. Podem ser transfixantes
quando atravessam órgãos, sendo que um fator
de gravidade é a importância do órgão.
Feridas laceradas
Possuem margens irregulares onde ocorre perda
de tecido. Podem ser causadas por arame
farpado, mordida humana ou animal, vidro, etc.
Feridas abrasivas
São produzidas pela fricção ou atrito da pele com
superfícies ásperas. Se caracterizam por
superfície irregular, sangramento escasso, alta
incidência de microorganismos anaeróbicos.
Afetam apenas planos superficiais, como a pele.
Também são denominadas escoriações.
Feridas avulsivas
São aquelas onde o tecido do corpo se separa e
rasga o tecido do corpo da vítima. O sangramento
é abundante. Apresentam uma parte da pele ou
tecido pendurado e segurado por apenas uma
parte da qual sai dito tecido.
Feridas mistas
São aquelas que envolvem dois ou mais tipos de
feridas. Podem ser classificadas em:
● Corto-contusas;
● Pérfuro-contusas;
● Perfurocortantes;
● Lácero-contusas.
Ex.: Ferimentos por arma de fogo.
Fatores de gravidade de feridas
As feridas são classificadas em leves ou graves, baseando-se em fatores como:
● Extensão;
● Profundidade;
● Localização(rosto, abdômen ou tórax);
● Objeto causador;
● Estado geral da vítima e idade.
Tratamento de feridas leves
O tratamento de uma ferida se destina a prevenir a infecção e favorecer uma boa
cicatrização. Para isso, o socorrista deve:
● Evitar contaminar a ferida, lavando as mãos com água e sabão ou álcool em gel;
● Utilizar luvas descartáveis;
● Lavar a ferida com água e sabão ou soro fisiológico;
● Desinfetar a ferida;
● Realizar um curativo.
O que não pode ser feito
● Não tocar a ferida diretamente com os dedos ou as mãos;
● Não utilizar algodão para desinfetar ou limpar;
● Não remover corpos estranhos encravados;
● Não aplicar café, sal, açúcar, teias de aranha, manteiga, azeite, etc.
Tratamento de feridas graves
Quando a ferida é grave, o socorrista deve realizar a primeira atenção e ir até um
hospital para que essa seja tratada.
No caso de ferimentos penetrantes, não se deve retirar nenhum objeto encravado,
mas fixá-lo.
Nunca reintroduzir os órgãos. Cobri-los com um pedaço grande de tecido limpo
umedecido.
Não dar nada por via oral à vítima.
Agasalhar o acidentado e levar para um hospital.
Amputação traumática
A amputação traumática é a remoção acidental de um ou mais membros corporais.
São comuns em acidentes de trânsito ou trabalho. É a segunda maior causa de
amputações no Brasil, ficando atrás apenas das complicações do pé diabético,
consequência da Diabetes.
O que fazer diante de uma amputação traumática?
● Aplicar uma gaze ou tecido limpo sobre o coto;
● Aplicar bandagem na zona sobre a gaze;
● Envolver o membro em gaze ou pano limpo;
● Colocar o membro amputado em uma sacola estéril e fechá-la;
● Colocar a sacola em um recipiente com gelo comum;
● Certificar que a parte amputada seja transportada para o hospital junto da
vítima para que sejam avaliadas as possibilidades de seu reimplante.
Hemorragias
O que são hemorragias?
As hemorragias são perdas anormais de sangue por lesão de vasos sanguíneos. O
sangue pode extravasar para fora ou em alguma cavidade interna do corpo. Também
podem ser lesionados diferentes tipos de vasos sanguíneos. A maioria não
desencadeia nenhum processo de natureza mortal, mas quando a quantidade de
sangue perdida é considerável, pode colocar em risco a vida da pessoa, ocasionando
um choque hemorrágico.
Tipos de hemorragias
Elas podem ser classificadas pelo tipo de vaso sanguíneo afetado.
● Arterial: Sangue vermelho vivo, pulsátil, ao ritmo dos batimentos do coração. É mais
perigosa, pois é perdida uma grande quantidade de sangue.
● Venosa: Sangue vermelho escuro, que sai em fluxo contínuo.
● Capilar: Sangramento fino e contínuo.
Também podem ser classificadas pela localização.
● Externa: Quando o sangramento é visível ao exame clínico. (Ex.: feridas)
● Interna: Quando não é possível visualizar o sangramento, uma vez que a lesão
envolve a parte interna do organismo. (Ex.: ruptura de órgãos)
● Exteriorizada: Quando o sangue flui através de algum orifício natural do corpo. (Ex.:
hemorragia digestiva)
Causas das hemorragias
As hemorragias podem ser:
● Espontâneas;
● Por deficiências na coagulação sanguínea;
● Por toxicidade ou efeito colateral de medicamentos;
● Por envenenamento;
● Por lesões ulcerosas externas e internas;
● Traumáticas.
Hemorragias externas
Diante de uma hemorragia externa o socorrista deve:
● Colocar luvas descartáveis;
● Colocar a vítima em uma posição confortável e descobrir o local da lesão para
avaliar o tipo de hemorragia;
● Fazer pressão direta com uma gaze ou tecido limpo;
● Se o sangramento não parar ou a gaze ficar suja de sangue, não retire, coloque uma
nova por cima para não remover o coágulo que está em formação;
● Elevar o membro, exceto se houver dor ou suspeita de fratura;
● Se a hemorragia não cessar, deve-se realizar pressão indireta sobre a artéria mais
próxima ao coração. Nos membros superiores, a pressão é feita na artéria braquial
ou humeral. Nos membros inferiores, a pressão é feita na artéria femoral.
Torniquete
Deve ser utilizado em último caso, quando os métodos anteriores falharam ou em
caso de amputação traumática, pois pode produzir necrose da parte afetada.
O torniquete deve ser realizado da seguinte forma:
● Amarrar um pano limpo ligeiramente acima do ferimento, enrolando-o
firmemente duas vezes;
● Amarrá-lo com um nó simples;
● Em seguida, amarrar um bastão sobre o nó do tecido;
● Torcer o bastão até estancar o sangramento.
O que fazer diante de uma hemorragia interna?
Diante de uma hemorragia interna, deve-se:
● Deitar a pessoa afetada;
● Elevar as pernas;
● Comprovar sinais vitais;
● Cobrir a vítima;
● Não dar nada por via oral para o acidentado;
● Contatar os serviços de emergência.
Sinais e sintomas de choque hemorrágico
Todas as hemorragias devem ser controladas rapidamente, para evitar que a vítima
apresente um choque hemorrágico, ou seja, quando existe uma grande perda de sangue e
o coração não possui a quantidade suficiente para bombear para o corpo.
Os sinais e sintomas de choque hemorrágico são:
● Palidez;
● Pulso fraco e rápido;
● Fraqueza;
● Respiração rápida, curta e superficial;
● Alteração da consciência;
● Pressão arterial baixa;
● Visão embaçada;
● Pele fria, úmida e pegajosa.
Hemorragias exteriorizadas
São aquelas nas quais o sangue flui através de orifícios naturais do corpo. Pode
ocorrer pela boca através de vômitos (hematêmese) ou tosse (hemoptise), pelo nariz
(epistaxe), pelos ouvidos (otorragia), pelo reto (retorragia), pela vagina
(metrorragia), pela uretra (hematúria) e pelo aparelho digestivo (hemorragia
digestiva).
Hemorragia nasal
● Acalmar a vítima;
● Sentá-la com a cabeça inclinada para frente;
● Pressionar as narinas durante 10 minutos;
● Orientar a vítima a respirar pela boca;
● Soltar lentamente após 10 minutos;
● Orientar a vítima a não assoar o nariz, evitar esforços e também evitar
exposição ao calor;
● Caso o sangramento persista, repetir a ação por mais duas vezes;
● Se o sangramento durar mais de 30 minutos, remova a vítima imediatamente
para o serviço de saúde (pronto socorro ou hospital) mais próximo.
Hemorragia na boca
● Realizar compressão direta para caso de sangramento nos lábios;
● Caso o sangramento seja nos dentes, o socorrista deverá visualizar o local do
sangramento, preparar uma gaze, um chumaço de algodão ou pano limpo para
colocar no local exato do sangramento e pedir à vítima para morder durante 10
minutos.

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Feridas e Hemorragias

  • 2. Sumário Feridas: ● Definição ● Classificação das feridas ● Fatores de gravidade ● Tratamento ● Amputação traumática Hemorragias: ● Definição ● Tipos e causas das hemorragias ● Tratamento de hemorragias externas e internas ● Sinais de choque hemorrágico ● Hemorragias exteriorizadas
  • 4. O que são feridas? Uma ferida é uma lesão produzida pela perda da integridade de um tecido ou órgão do corpo, que pode ser causado por uma força mecânica externa ou interna.
  • 5. Classificação das feridas De acordo a como se originam, as feridas podem ser classificadas em: ● Feridas incisas ● Feridas contusas ● Feridas perfurantes ● Feridas laceradas ● Feridas abrasivas ● Feridas avulsivas ● Feridas mistas
  • 6. Feridas incisas ou cortantes São provocadas por agentes cortantes, como faca, bisturi, lâminas, etc.; suas características são o predomínio do comprimento sobre a profundidade, bordas regulares e nítidas, geralmente retilíneas.
  • 7. Feridas contusas São produzidas por objetos rombos e são caracterizadas por traumatismo das partes moles, hemorragia, edema e equimoses (hematomas).
  • 8. Feridas perfurantes São aquelas que se caracterizam por serem feitas com objetos longos e pontiagudos, como facas, pregos, alfinetes. Podem ser transfixantes quando atravessam órgãos, sendo que um fator de gravidade é a importância do órgão.
  • 9. Feridas laceradas Possuem margens irregulares onde ocorre perda de tecido. Podem ser causadas por arame farpado, mordida humana ou animal, vidro, etc.
  • 10. Feridas abrasivas São produzidas pela fricção ou atrito da pele com superfícies ásperas. Se caracterizam por superfície irregular, sangramento escasso, alta incidência de microorganismos anaeróbicos. Afetam apenas planos superficiais, como a pele. Também são denominadas escoriações.
  • 11. Feridas avulsivas São aquelas onde o tecido do corpo se separa e rasga o tecido do corpo da vítima. O sangramento é abundante. Apresentam uma parte da pele ou tecido pendurado e segurado por apenas uma parte da qual sai dito tecido.
  • 12. Feridas mistas São aquelas que envolvem dois ou mais tipos de feridas. Podem ser classificadas em: ● Corto-contusas; ● Pérfuro-contusas; ● Perfurocortantes; ● Lácero-contusas. Ex.: Ferimentos por arma de fogo.
  • 13. Fatores de gravidade de feridas As feridas são classificadas em leves ou graves, baseando-se em fatores como: ● Extensão; ● Profundidade; ● Localização(rosto, abdômen ou tórax); ● Objeto causador; ● Estado geral da vítima e idade.
  • 14. Tratamento de feridas leves O tratamento de uma ferida se destina a prevenir a infecção e favorecer uma boa cicatrização. Para isso, o socorrista deve: ● Evitar contaminar a ferida, lavando as mãos com água e sabão ou álcool em gel; ● Utilizar luvas descartáveis; ● Lavar a ferida com água e sabão ou soro fisiológico; ● Desinfetar a ferida; ● Realizar um curativo.
  • 15. O que não pode ser feito ● Não tocar a ferida diretamente com os dedos ou as mãos; ● Não utilizar algodão para desinfetar ou limpar; ● Não remover corpos estranhos encravados; ● Não aplicar café, sal, açúcar, teias de aranha, manteiga, azeite, etc.
  • 16. Tratamento de feridas graves Quando a ferida é grave, o socorrista deve realizar a primeira atenção e ir até um hospital para que essa seja tratada. No caso de ferimentos penetrantes, não se deve retirar nenhum objeto encravado, mas fixá-lo. Nunca reintroduzir os órgãos. Cobri-los com um pedaço grande de tecido limpo umedecido. Não dar nada por via oral à vítima. Agasalhar o acidentado e levar para um hospital.
  • 17. Amputação traumática A amputação traumática é a remoção acidental de um ou mais membros corporais. São comuns em acidentes de trânsito ou trabalho. É a segunda maior causa de amputações no Brasil, ficando atrás apenas das complicações do pé diabético, consequência da Diabetes.
  • 18. O que fazer diante de uma amputação traumática? ● Aplicar uma gaze ou tecido limpo sobre o coto; ● Aplicar bandagem na zona sobre a gaze; ● Envolver o membro em gaze ou pano limpo; ● Colocar o membro amputado em uma sacola estéril e fechá-la; ● Colocar a sacola em um recipiente com gelo comum; ● Certificar que a parte amputada seja transportada para o hospital junto da vítima para que sejam avaliadas as possibilidades de seu reimplante.
  • 20. O que são hemorragias? As hemorragias são perdas anormais de sangue por lesão de vasos sanguíneos. O sangue pode extravasar para fora ou em alguma cavidade interna do corpo. Também podem ser lesionados diferentes tipos de vasos sanguíneos. A maioria não desencadeia nenhum processo de natureza mortal, mas quando a quantidade de sangue perdida é considerável, pode colocar em risco a vida da pessoa, ocasionando um choque hemorrágico.
  • 21. Tipos de hemorragias Elas podem ser classificadas pelo tipo de vaso sanguíneo afetado. ● Arterial: Sangue vermelho vivo, pulsátil, ao ritmo dos batimentos do coração. É mais perigosa, pois é perdida uma grande quantidade de sangue. ● Venosa: Sangue vermelho escuro, que sai em fluxo contínuo. ● Capilar: Sangramento fino e contínuo. Também podem ser classificadas pela localização. ● Externa: Quando o sangramento é visível ao exame clínico. (Ex.: feridas) ● Interna: Quando não é possível visualizar o sangramento, uma vez que a lesão envolve a parte interna do organismo. (Ex.: ruptura de órgãos) ● Exteriorizada: Quando o sangue flui através de algum orifício natural do corpo. (Ex.: hemorragia digestiva)
  • 22. Causas das hemorragias As hemorragias podem ser: ● Espontâneas; ● Por deficiências na coagulação sanguínea; ● Por toxicidade ou efeito colateral de medicamentos; ● Por envenenamento; ● Por lesões ulcerosas externas e internas; ● Traumáticas.
  • 23. Hemorragias externas Diante de uma hemorragia externa o socorrista deve: ● Colocar luvas descartáveis; ● Colocar a vítima em uma posição confortável e descobrir o local da lesão para avaliar o tipo de hemorragia; ● Fazer pressão direta com uma gaze ou tecido limpo; ● Se o sangramento não parar ou a gaze ficar suja de sangue, não retire, coloque uma nova por cima para não remover o coágulo que está em formação; ● Elevar o membro, exceto se houver dor ou suspeita de fratura; ● Se a hemorragia não cessar, deve-se realizar pressão indireta sobre a artéria mais próxima ao coração. Nos membros superiores, a pressão é feita na artéria braquial ou humeral. Nos membros inferiores, a pressão é feita na artéria femoral.
  • 24. Torniquete Deve ser utilizado em último caso, quando os métodos anteriores falharam ou em caso de amputação traumática, pois pode produzir necrose da parte afetada. O torniquete deve ser realizado da seguinte forma: ● Amarrar um pano limpo ligeiramente acima do ferimento, enrolando-o firmemente duas vezes; ● Amarrá-lo com um nó simples; ● Em seguida, amarrar um bastão sobre o nó do tecido; ● Torcer o bastão até estancar o sangramento.
  • 25. O que fazer diante de uma hemorragia interna? Diante de uma hemorragia interna, deve-se: ● Deitar a pessoa afetada; ● Elevar as pernas; ● Comprovar sinais vitais; ● Cobrir a vítima; ● Não dar nada por via oral para o acidentado; ● Contatar os serviços de emergência.
  • 26. Sinais e sintomas de choque hemorrágico Todas as hemorragias devem ser controladas rapidamente, para evitar que a vítima apresente um choque hemorrágico, ou seja, quando existe uma grande perda de sangue e o coração não possui a quantidade suficiente para bombear para o corpo. Os sinais e sintomas de choque hemorrágico são: ● Palidez; ● Pulso fraco e rápido; ● Fraqueza; ● Respiração rápida, curta e superficial; ● Alteração da consciência; ● Pressão arterial baixa; ● Visão embaçada; ● Pele fria, úmida e pegajosa.
  • 27. Hemorragias exteriorizadas São aquelas nas quais o sangue flui através de orifícios naturais do corpo. Pode ocorrer pela boca através de vômitos (hematêmese) ou tosse (hemoptise), pelo nariz (epistaxe), pelos ouvidos (otorragia), pelo reto (retorragia), pela vagina (metrorragia), pela uretra (hematúria) e pelo aparelho digestivo (hemorragia digestiva).
  • 28. Hemorragia nasal ● Acalmar a vítima; ● Sentá-la com a cabeça inclinada para frente; ● Pressionar as narinas durante 10 minutos; ● Orientar a vítima a respirar pela boca; ● Soltar lentamente após 10 minutos; ● Orientar a vítima a não assoar o nariz, evitar esforços e também evitar exposição ao calor; ● Caso o sangramento persista, repetir a ação por mais duas vezes; ● Se o sangramento durar mais de 30 minutos, remova a vítima imediatamente para o serviço de saúde (pronto socorro ou hospital) mais próximo.
  • 29. Hemorragia na boca ● Realizar compressão direta para caso de sangramento nos lábios; ● Caso o sangramento seja nos dentes, o socorrista deverá visualizar o local do sangramento, preparar uma gaze, um chumaço de algodão ou pano limpo para colocar no local exato do sangramento e pedir à vítima para morder durante 10 minutos.